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Aquicultura Definição Produção de organismos que tenham parte da vida ou a vida toda em meio aquático. Está incluso, peixes, crustáceos (camarão e a lagosta), moluscos (polvo e a lula), algas e de outros organismos que vivem em ambientes aquáticos. Rãs, tartarugas e jacarés também podem ser criados para alimentação humana. O competidor da aquicultura é a pesca. Aquicultura: Criação desses organismos em cativeiro. A aquicultura envolve sustentabilidade, pois ao invés de retirar o estoque natural desses organismos, há a proposta de cultivar, criar em um espaço e retirar do mesmo a produção. O pescado é a proteína de origem animal mais consumida no mundo. Leitura do gráfico A captura de peixe é constante no gráfico, não cresce e nem abaixa. Quando a espécie é retirada da natureza por meio do pescado, é retirado macho, fêmea, reprodutor, animal jovem, ou seja, animal de toda idade. Isso faz com que a população desses animais diminui, pois é tirado o limite, ou seja, o estoque natural, com isso, chegará um momento que não terá mais animais para reprodução. Qualquer tonelada a mais que será produzida de 2022 adiante é necessariamente do sistema fechado, ou seja, em que o homem estará manuseando. Importância dos grupos de produção na aquicultura mundial Divisão da aquicultura mundial. Produção marinha versus continental em 2012 Tendências A aquicultura é um sistema de produção que tende a aumentar tanto no Brasil quanto no mundo. Não só necessariamente produzir peixe em uma área que é da pessoa, é possível, por exemplo requisitar uma área de furnas, pedir autorização para união e utilizar o espaço para reprodução de animais. Hoje, a principal dificuldade do produtor é ambiental, regulamentação da atividade. Leitura do gráfico Barra maior: Peixe para alimentação humana. Consumo motivado pelo aumento da população humana. Non food: Barra menor, consumo de peixe para não alimento, ou seja, para fabricação de ração para pets, ração de peixes, Ômega 3 e 6. População: Linha horizontal. Leitura do gráfico Barra azul, 1°: Produção aquícola; Barra vermelha 2°: Captura; Barra verde 3°: Consumo humano. Leitura do gráfico 1° peixe/ tilápia e file: Carne mais cara. Na primeira etapa do gráfico houve várias variações de preço. Na segunda etapa do gráfico houve uma queda no preço na carne de tilápia. Essa queda está relacionada ao aumento de concorrência, com o aumento de concorrência há queda no preço para o consumidor final. 2°: Carne de boi: Até a primeira parte do gráfico manteve constante. Na segunda etapa do gráfico houve uma queda no preço na carne de boi. O preço uma grande queda pois houve um aumento no sistema de confinamento, aumentando a suplementação na seca, ou seja, melhora na nutrição desses animais. 3°: Carne suína: Até a primeira parte do gráfico manteve constante. Na segunda etapa do gráfico houve uma queda no preço da carne de suíno. Houve melhoramento genético, ambiência, nutrição, rações de melhor qualidade. Com a redução do custo de produção, há redução no custo de varejo. 4° Carne de frango: Carne mais em conta. Até a primeira parte do gráfico manteve constante. Na segunda etapa do gráfico, a carne de frango continuou constante, pois o frango consegue um ganho de peso maior em pouco tempo, com isso o custo fica relativamente mais em conta e com isso consegue se produzir mais. Ou seja, os pacotes tecnológicos já estão definidos, já tem genética, nutrição e ambiência e há muitas pessoas trabalhando no setor, produtores individuais, integrativas e coorporativas. Para se reduzir o preço do frango, não há muito para onde ir. A pesca é mais barata por não ter custo de criação, mão de obra, há apenas o custo do diesel, há maior competitividade. Dentre as atividades agrícolas mencionadas, a safra de peixe é a que traz mais retorno. Mesmo com isso, há produção de aquicultura no país ainda é muito baixa, pois as legislações ficam muito em cima dos produtores e acaba sendo inviável. O peixe é mais produtivo pois há uma possibilidade de colocar grande quantidade da espécie em menor área, o peixe utiliza o volume, naturalmente o peixe é colocado um encima do outro. Ásia, maior produtor aquícola mundial. Leitura do gráfico O Brasil tem maior potencial hídrico do mundo, porém mesmo assim continua numa pequena escala de produção. O consumo de pescado está relacionado com o IDH, quanto maior o IDH do país, maior o consumo de pescado. Espécies mais produzidas no mundo 1° barra: Volume produzido; 2° barra: Valor em dinheiro. Brasil Carcinicultura: Camarão. Conversão alimentar Conversão alimentar: Quanto de ração o animal precisa comer para ganhar 1 kg de peso vivo. Consumo/ganho de peso. Uma das maneiras de calcular a conversão dos animais é, a cada 2 semanas é retirado 2% dos peixes para realizar a biometria, os peixes são pesados e é multiplicado pela quantidade de peixe que estima estar dentro do tanque. Biometria: Amostragem. Dado de mortalidade histórica. Ex: Em 14 dias, foi pego 1% da quantidade de peixes, 100 peixes para 99. O peixe ganhou 100g: 99x0,1= 9.9. Os animais foram alimentados com 20kg de ração, 20kg/9,9=2,02 de conversão alimentar. 8T de ração 4T de peixe= 2kg para 1 peixe. Ou seja, 2Kg consumo de ração para 1Kg de peso vivo. A conversão alimentar sempre será maior que 1. Eficiência alimentar Eficiência alimentar: Quanto de peso o animal ganhou comendo 1 KG de ração. Ganho de peso/consumo de ração. 4/8= 0,5 eficiência em transformar ração em peso vivo. A eficiência alimentar sempre será menor que 1. Espécies de peixes Nome comum: Tilápia nilótica. Nome científico: Oreochromis niloticus. Hábito alimentar: Fitoplanctófaga. Características: Alimenta-se de fitoplâncton. Adaptada ao consumo de rações. Está sendo investido a tecnologia do frango na produção da tilápia, marcadores genéticos entre outros Nome comum: Tambaqui. Nome científico: Colossoma macropomum. Hábito alimentar: Onívoro. Características: Alimenta-se de frutos e sementes. Adaptado ao consumo de rações. Natural da bacia amazônica. Atualmente na Amazônia, a maior parte dos peixes consumidos pela população vem do sistema intensivo. O sistema intensivo (em teste) ajudou aumentar 50% da produção, fazendo com que mais produtores utilizassem também. Além do lucro, o sistema trouxe vários aspectos ambientais positivos, ajudar a aumentar a produção nos mesmos tanques existentes, sem precisar abrir novas áreas para produção, evitando desmatamento. Outra vantagem é não gerar efluentes e sem renovação de água, apenas é feita a reposição de água que foram evaporadas. Criação de tambaqui em Rondônia: Recria: Larvicultura, as larvas dos peixes são adquiridas de laboratórios de reprodução (menos de 1cm de comprimento), ficam cerca de 1 mês em tanques apropriados. Após passar pelo período de metamorfose e adquirir as cores de tambaqui, elas passam para tanques de recria (alevinos) 4 cm. Tanques de engorda, ficam até o abate. Nome: Tambacu. Nome científico: P. mesopotamicus x C. macropomum Hábito alimentar: Onívoro. Características: Híbrido entre tambaqui e pacu-caranha. Desova: Período de Iracema. Os alevinos maiores comem os menores. (sistema natural). Em mato grosso do Sul, 100% dos pintados engordados em cativeiro são híbridos, cachara com surubim. Esse cruzamento surgiu para viabilizar a produção principalmente de alevinos. Sistema tanque rede: Facilidade alimentação, manejo, sabe-se quantos peixes se encontra em cada tanque. Peixe vermelho Criação de pirarucu em tanque artificial: Animal rustico, com crescimento rápido, taxa de conversão alimentar alta,respiração aérea, com isso se dá bem em quase todos sistemas de criação. Pode alcançar 300 quilos. Camarão água doce Ranicultura O Brasil é o 2° maior produtor de rã no mundo, optando por sistema confinado. A rã começa a vida na água e na fase adulta se divide entre água e terra. O desenvolvimento das rãs depende do clima, pois ela muda a temperatura do corpo dependendo da temperatura. Recebem ração de peixe carnívoro. Girino (larva da rã) -> imago (rã pequena). Etapas de criação Matriz: Alimenta-se 1 vez ao dia; Girino: 4 vezes ao dia; Fase de engorda: 3 vezes ao dia. Malacultura Mexilhões Comum nas áreas costeiras do litoral. Santa Catarina é referência na produção de moluscos de duas conchas. O estado é o maior produtor de mexilhões e com isso o Brasil é o 2° maior produtor desse organismo na América Latina. Muitas das boais do mar é sistema de produção de mexilhões. Para estar usado o espaço natural, tem toda uma legislação e documentação que deve ser solicitado para estar usando, a liberação é dado por um tempo determinado, e a pessoa é responsável por essa área, risco de contaminação para o meio ambiente ou fauna local, a pessoa que é responsável. Ostra Função filtradora. Produção a longo prazo. É considerado um molusco. Produção parecida com o mexilhão, porém sua produção é mais longa. Vieira Molusco parecido com a outra e mexilhões; São de águas mais frias; Se desenvolvendo no país. Produção a longo prazo (1 ano e meio); Malacocultura: Produção de vieiras. Fazendas marinhas Brasil A aquicultura no Brasil 82% é para produção de peixes (piscicultura); 1% répteis e anfíbios; 4%Malacultura 13% carcinicultura: Ex: camarões. Sistemas de criação • Sistema extensivo; • Sistema semi-extensivo; • Sistema intensivo; • Sistema superintensivo. Sistema extensivo Pensando em um sistema que já existe na propriedade. Não visa lucratividade e não é a única atividade da propriedade. Há reservatório existente de pequena e grandes dimensões. Estrutura que já existe na propriedade e é utilizada de alguma forma. Pouco peixe por metro cúbico. Não há garantia de qualidade do peixe, qualidade do pescado não é comercialmente competitiva. Não há uso de tecnologias, ração balanceada, controle de entrada e saída de água. Baixo custo de produção, tempo de cultivo indefinido, produtividade de 100 a 1000kg/há/ano. Sistema semi-intensivo Tem como função a exploração econômica. Deve ter o controle dos gastos, de insumos, qual tempo usado para produzir, mão de obra e custo de oportunidade. Tem ele como principal atividade econômica. Deve ser observado quanto de água deve entrar e sair do sistema, quanto tempo é feito a renovação total da água para estar tirando as substâncias tóxicas, amônia, nitrito e nitrato. É utilizado tecnologias, monitoramento da água ver quanto de O2, nitrogênio, amônia, PH. Maior número de peixe por metro quadrado, ração balanceada, densidade de estocagem, policultivo. Custo de instalação, custo de produção, custo de funcionários. Tempo de cultivo de 10 a 15 meses. Produtividade: 5000 a 12000 kg/há/ano. Qualidade do pescado é comercialmente competitiva. Sistema intensivo Todas as características do sistema semi-intensivo, mas trabalhando com uma densidade de estocagem maior e o controle deve ser mais rígido, pois está aumentando o número de peixes por metro cubico. Monitoramento da qualidade de água mais frequentes, pode ser utilizada o policultivo, alimentação artificial com ração balanceada. Custo de instalação maior. Custo de produção reduzido, pois é utilizado o espaço, alimentação, mão de obra de forma mais eficiente. Produção maior em espaço menor. Tempo de cultivo 10 a 15 meses. Produtividade: 6000 a 30000 Kg/há/ano. Qualidade do pescado é comercialmente competitiva. Sistema superintensivo Não é pensado em policultivo nesse sistema, pois ele deve ser adaptado da melhor forma para uma espécie. Poucos locais de instalação, alta quantidade de água, menor área ocupada. Tanques planejados: Exclusivo para atividade, alvenaria, pequeno porte, renovação total da água, controlar PH, nitrogênio, amônia. Uso de tecnologias: Alimentação artificial com ração balanceada- extrusada, densidade de estocagem superelevada- 20 a 80kg m3. Alta taxa de oxigênio dissolvido. Custo de produção menor, menos mão-de-obra, facilita povoamento e despesca, aproveitamento da ração (possibilitando que todos os peixes consumam a ração). Produtividade acima de 20000 kg/há/ano. Qualidade do pescado é comercialmente competitiva. Tipos de tanques Sistema tanque rede Utilização de represa maior para produção mais concentrada, forma de intensificar produção sem precisar de fazer vários tanques menores. Vantagens o Não gasta com escavação de tanque; o Alta capacidade de estocagem; o Despesca rápida; o Menor investimento 30-40%; o Manejo simples; o Ausência de sistema de recirculação. Desvantagens o Alimento natural presente biossistema; o Alta densidade aumenta possibilidade de doenças; o É necessário a documentação de outorga. Tanque escavado Precisa-se calcular a taxa de renovação da água, podendo ser parcial ou total. Quanto maior a taxa de renovação de água, maior será a possibilidade de partir para um sistema superintensivo e quanto menor a taxa de renovação de água que tiver, vai ter que trabalhar com uma densidade de estocagem menor. Vantagens o Controle zootécnico; o Melhor aproveitamento da ração; o Maior controle da quantidade de água; o Aplicado em sistemas menos tecnificados. Desvantagem o Necessita sistema de recirculação ou reabastecimento; o Maior valor de implementação; o Gasta mais com instalação. Há dois tipos de tanques escavados, os revestidos e os não revestidos. Os tanques revestidos perdem menos água por penetração do solo. Revestimento por lona, de concreto. Os de concreto, a temperatura da água deve oscilar muito de acordo com a hora do dia, pois durante o dia o concreto aquece e passa o calor para água e durante a noite o concreto perde temperatura e rouba o calor da água, isso pode causar mortalidade. Tanque suspenso É necessário a recirculação, renovar 100% da água em 2h. Tanques de geomembrana, tanques de ferro cimento. O sistema de recirculação Como funciona? 1° caixa: decantador, a entrada da água acontece na parte de baixo, forçando o efeito centrífugo dentro da caixa, formando um redemoinho e a saída de água é na parte de cima, o sólido sempre desce e a água sobe. Primeira forma de separar a excreta do peixe. Filtro biofisiológico Caso for dois tanques, é melhor a utilização de duas caixas d’água. As bactérias presentes no filtro quebram a amônia em nitrito e depois quebram em nitrato, metabolizando as fontes de nitrogênio. A última caixa, é a água já limpa, pronta para retornar aos tanques de criação. Ciclo da Aquaponia Mono e policultivo Mono: É a forma de criação de peixes mais adotada no país, principalmente nos sistemas semi-intensivo e intensivo. Apenas uma espécie de peixe em um determinado tanque. Policultivo: É a criação de várias espécies de peixes em um mesmo tanque, visando maximizar o aproveitamento de todo potencial produtivo deste. As espécies devem ter hábitos alimentares diferentes entre si, evitando, dessa forma, a competição pelo mesmo tipo de alimento. Manejo nutricional Plânctofagos o Fitoplâncton; o Zooplâncton. Carnívoros o Apresentam dentes fortes (caninos, incisivos) dispostos até os arcos branquiais com boca grande, mandíbulas fortes. Herbívoros o Apresentam boca desenvolvida e possuem pequeno n° de dentes incisivos e esofagianos. Onívoros Aminoácidos São unidadesformadoras de proteínas, fundamental na formação de tecido muscular (crescimento). Carboidratos e gordura: Principais fornecedores de energia para o animal. Glicogênio muscular ou gordura. Proteína: Tem como função a formação de tecido muscular (crescimento) e para conseguir suprir a demanda de aminoácidos. Aminoácidos essenciais (Não conseguimos produzir, precisa vir da alimentação) o Arginina o Histidina o Isoleucina o Leucina o Lysina o Metionina o Fenilalanina o Treonina o Triptofano o Valina Proteínas Fundamental e entre os animais de cultivo o peixe é o animal mais exigente. Ingrediente usados como fonte de proteína animal na ração de peixes Farinha de carne (50% PB alto custo, alto teor de ácidos graxos). Farinha de carne e ossos (36% PB, altos níveis de Ca e P, deficiente AAE (metionina e cistina). Farinha de peixes (50% PB, alta digestibilidade, alta palatabilidade, alto valor econômico, e pouca disponibilidade). Farinha de aves (50-60% PB, deficiente em AAE: lisina, metionina e triptofano, menor coeficiente de digestibilidade). Pelo peixe ser sangue frio, ele não demanda uma quantidade de energia para manter a temperatura do corpo mais elevada. Quando a energia é tirada da ração, acaba concentrando outros nutrientes. Rações de peixe, normalmente são rações com alta proteína, mesmo em peixes herbívoros. Fontes de proteína: Farinha de carne, de peixe de ossos. Proteínas de origem vegetal tem um valor biológico menor. Normalmente a farinha de origem vegetal, mesmo tendo a mesma quantidade da farinha animal, ela tem uma digestibilidade menor que essa proteína, os animais aproveitam menos dessa proteína. Fontes de proteína de origem vegetal Farelo de soja o A soja, dentro do reino vegetal, é a única fonte proteica vegetal a cumprir todos os requisitos comerciais de disponibilidade em larga escala, de preço e de qualidade nutricional adequada. o Pode substituir a proteína nas rações de trutas em até 50% (sp carnívoras), em 94% (para sp onívoras) e até 100% para tilápias (filtradoras). Vantagens: o Mais baratas em relação as de origem animal; o Alto teor de Lisina e Metionina; o Rica em lipídios; o Digestibilidade elevada e balanço adequado de aminoácidos essenciais; o Cultivada em todas as regiões brasileiras; o Alta disponibilidade, Brasil segundo maior produtor (preço). Desvantagens: o Menor digestiblidade; o Deficientes em alguns AA sulforados; o Possuem fatores anti- nutricionais. Obs: Na tilápia há possibilidade de fazer essa troca, mas pirarucu por exemplo, isso não é possível. Exigência nutricional pecilotérmicos X homeotérmicos Os peixes possuem baixa necessidade energética, gastam menos energia que os demais animais domésticos para regular e manter a temperatura do corpo. Menos energia para locomoção na água que os animais terrestres (utilizam as correntes). Excretam os resíduos nitrogenados na forma de amônia no lugar de ureia ou ácido úrico, economizando no catabolismo das proteínas (via brânquias). A Energia “que sobra” é utilizada para produção ganho de peso. Alta demanda de Proteína: 1. Bagre onívoro catfish (Ictalurus punctatus) tem uma necessidade protéica de 35% de PB, enquanto o valor decresce para 18%para aves, 16% para suínos e 11% para ruminante. Obs: A eficiência alimentar do peixe é maior do que qualquer outro animal. Outros animais: Energia de mantença (para se manter vivo, células respirar), energia para gerar calor e energia para ganhar peso. Peixes: Energia de mantença e energia para ganhar peso. Obs: A amônia é muito tóxica, com isso, o nosso corpo transforma a amônia em ureia, para isso é gasto uma grande quantidade de energia. Cuidados na Formulação Elevados níveis de energia reduzem consumo, e limitam ingestão de PB Relação Energia: proteína (maior energia menor proteína, menos energia mais proteína). A necessidade proteica da dieta geralmente decresce com o aumento de tamanho e com a idade do peixe. Ex: trutas – fase de alevinagem 50%PB e engorda 35%PB. Obs: Se colocar muita proteína na ração, o peixe sentirá saciedade metabólica, se consome menos ração, com isso a quantidade de proteína que ele deveria ter comido durante o dia não foi batida Deficiência na proteína, ganha menos peso. Energia Peixes são mais eficientes no uso de Energia quando comparados as aves e mamíferos, precisam de menos energia que os demais animais de produção. Energia bruta: Toda energia que ele consumiu. Energia bruta - energia que sai nas fezes e excretas= energia que o animal conseguiu digerir. Há também energia eliminada ria urina, em ruminantes essa energia também é eliminada pelo rúmen. Energia bruta- energia que saiu de urina- urina que saiu das fezes e gases= Energia que o animal conseguiu digerir e metabolizar (energia líquida). Essa energia será utilizada para produção de calor, mantença e o que sobrar vai para produção. Função dos lipídios o Produção de Energia, depósito primário de Energia dos animais, se acumulam sob forma de AGE (ácidos graxos ésteres) do glicerol. o Peixes reofílicos acumulam gordura na cavidade abdominal e usam para maturação das gônadas e Energia para a piracema. o Transportador de vitaminas lipossolúveis A, D, E e K. o Manutenção da estrutura e função da membrana celular o Usar de 10 a 20% de lipídios na dieta de peixes. o Cowey, 1988 recomenda para peixes de água quente de 5 a 10% de óleo de peixe para suprir à quantidade de AGE na dieta. Para prova: Lipídeos transportam vitaminas. Há dois tipos de vitaminas, solúveis em gordura (lipossolúveis A, D, E e K) e solúveis em água (hidrossolúveis, todas menos as citadas a cima). Peixe menor exigência de energia, ou maior exigência de proteína? Se tirar a energia da ração, a proteína aumenta. 8,5 de proteína Ex: O Bagre consome para cada grama de proteína 8,5 kcal/g. Cada grama de ração que o peixe come, ele ganha 0,84g. Cada quilo de ração que o bagre come, ele ganha 804g. O peixe precisa de mais proteína, mesma quantidade de energia, mas ele consome menos energia em relação a quantidade de proteína. A sua capacidade de ganho de peso é alta, quase o dobro da capacidade do frango. Cada grama de proteína que ele consumiu, ele deposita 0,36g de proteína no corpo dele. O volume de ração que o peixe come é menor, comendo 0,5% do peso dele por dia. A sua alimentação deve ser mais proteica pois ele tem uma saciedade mais fácil, com isso deve concentrar mais proteína na sua alimentação para não deixar ele consumir uma quantidade grande de ração. Obs: O peixe sacia muito rápido, com isso é colocado uma quantidade maior de proteína para que não haja déficit alimentar. Na ração do peixe tem menos energia por grama de proteína para evitar saciedade metabólica. A ração do peixe é mais proteica, mas ele não precisa de mais proteína para ganhar a mesma quantidade de peso. Ex: Para 20kg peixe-----2kg raçãox2,7 (concentração energia)5,4------- 2kgx32=640g. Ganhou EA 1,5k, 1,5/2=0,75EA 20kg frango------4kgraçãox2,8= 11,2---- 18x4=720g. EA 1,5/4= 0,37EA. Outra explicação Quando há comparação o pescado com outras espécies de animais, a exigência no consumo é muito maior do que as outras espécies. A proteína na alimentação do pescado tem uma importância muito grande. A energia não é precisa ter grande quantidade, é a mesma quantidade exigida das outras espécies. Relação energia e proteína: Quando há mais proteína do que energia, o animal usa a proteína para o ganho de peso, pois a energia é relativamente igual para as outras espécies. Ganho de peso g/ alimento consumido: O peixe tem uma eficiência melhor, ganha mais peso, do que comparado a gado de corte, frango de corte. Ganhoproteico /g proteína consumida: Ele consome 32% de proteína e ganha 0,36g. O peixe precisa consumir 32% de proteína para ganhar apenas 0,36g de ganho proteico. A maior exigência do pescado não é a energia e sim a proteína, para ele ser eficiente e ganhar peso muscular, é preciso que ele coma bastante proteína, pois seu nível de eficiência depende da proteína. O gado de corte e frango de corte consomem pouca proteína, mas conseguem reverter uma boa parcela. A diferença do peixe para as outras espécies é que eles utilizam a energia para ganho de peso. No pescado não é gasto a energia com a regulação térmica, ele converte a proteína direto para ganho de peso. A alimentação, conversão do alimento é diferente. Carboidratos o Nutriente menos exigido na dieta; o CHO são encontrados sob a forma de glicogênio acumulado nos músculos e fígado; o Peixes carnívoros não digerem nem assimilam CHO; o Recomendação 25% de CHO (carboidrato) na dieta, porém herbívoros toleram até 40% amido e onívoros 20% de amido (Hepher, 1988). Obs: No peixe, o carboidrato serve principalmente para acumular glicogênio no músculo e fígado. A maioria dos peixes, principalmente as espécies carnívoras não digerem carboidratos. Minerais e vitaminas o Papel importante na formação de tecidos ósseos e sanguíneos, crescimento muscular e em diversos processos metabólicos e fisiológicos essenciais para crescimento, saúde, e reprodução dos animais. o Sistema de produção com alimento natural reduz o uso de minerais e vitaminas na ração. o Intensificação cultivo: aumenta a incidência de desordens nutricionais pois necessitam de minerais e vitaminas contidas nas rações nutricionalmente balanceadas e completas. o Peixes podem absorver minerais como Cálcio diretamente da água (utilizar água dura, melhor resultado crescimento).
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