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RESUMO - Sobre O Papel do Trabalho na Transformação do Macaco em Homem

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RESUMO: Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem. 
Nome: Schandler Farias de Souza Curso: Lic. em Geografia - Noturno 
 
Os primeiros parágrafos dão conta da importância do trabalho como fundamento da vida 
humana, de como ele deu origem ao homem a partir da evolução de uma raça de macacos 
antropomorfos, em seguida discorre sobre estes traços que em algumas situações nos 
assemelham a eles e diferenças que fazem com que nossas mãos e pés, por exemplo, passarem 
a desempenhar funções diferentes das que um dia foram as de nossos ancestrais em comum. 
O autor acrescenta por exemplo que nossas mãos apesar de serem anatomicamente 
muito semelhantes desde macacos mais primitivos até antropoides mais superiores, 
desempenham funções muitos mais numerosas que os anteriores jamais foram capazes. 
As adaptações que ocorreram nas mãos humanas que aos poucos nos permitiram chegar 
a, por exemplo, confeccionar um simples machado de sílex levaram um tempo tão longo que 
faz nossa história conhecida se tornar insignificante. 
Porém foi um primeiro passo que tornou nossas mãos livres e mais habilidosas, 
podendo-se passar por herança essas características para as próximas gerações. 
A mão não é só ferramenta de trabalho, mas um produto dele. Através do trabalho fomos 
gerando adaptações à novas funções e novos atributos anatômicos que pela transmissão e 
acumulação da herança, aperfeiçoou-se até que nos levasse a executar operações artísticas como 
pinturas, esculturas e a música. 
Engels prossegue fazendo sobre a lei que Darwin chamou de correlação do crescimento 
concluindo que as adaptações ocorridas ao longo do tempo em nossas mãos e pés de alguma 
forma se influenciou certas mudanças em outros parte do nosso organismo, não 
necessariamente semelhantes às mãos e pés. 
Essa correlação do crescimento aliada à convivência em grupo pelo trabalho, pela ajuda 
mútua e atividade conjunta levou ao desenvolvimento dos mecanismos que, tendo começado 
pelas mãos também iriam originar a linguagem. 
Em seguida Engels discorre sobre as diferenças humanas e dos demais animais pela fala 
e seus impactos sobre os animais domesticados. E como essa linguagem repercutiu no 
desenvolvimento do ouvido e do cérebro, aumentando nossa capacidade cognitiva pelo 
aprimoramento dos sentidos, onde cada um deles de maneira isolada é mais sensível e apurado 
em certos animais, porém, apenas o homem é capaz de fazer o melhor uso desses. 
O desenvolvimento do cérebro aliado aos sentidos e à "crescente clareza de 
consciência", tiveram por sua vez efeitos sobre o trabalho e sobre o aprimoramento de seus 
processos. A separação agora definitiva do homem e do macaco leva a etapas de 
desenvolvimento, passos "impulsionados e orientados" para o surgimento da sociedade. 
Logo fica muito claro para o leitor que a diferença que nos separa do primitivo grupo 
de macacos é o trabalho, e que o próprio trabalho no significado real da palavra nos levou a 
desenvolver a primeiras ferramentas que nos permitiram sair de um hábito alimentar 
estritamente vegetal para uma alimentação mista, com fontes de origem animal. A introdução 
desses novos nutrientes na nossa dieta foi capaz de promover "reações químicas" diferentes no 
nosso organismo e aprimorar o desenvolvimento do cérebro, que se beneficiou diretamente do 
consumo de carne. 
Este consumo nos significou dois avanços importantes decisivos como o uso do fogo e 
a domesticação de animais. O primeiro facilitou o processo digestivo e o segundo nos 
proporcionou uma maior oferta visto que a partir dele era possível multiplicar as reservas e 
paralelo com a caça. Esta domesticação também trouxe outros benefícios como os derivados 
alimentícios produzidos pelos animais. Uma cadeia de eventos que se tornaram novos meios de 
independência do homem. 
Independência que após permitir ao homem comer de tudo que era possível, também o 
permitiu viver em qualquer clima e em qualquer lugar do globo. O homem também é o único 
capaz de escolher para onde ir. Os demais animais que ainda conseguiram se adaptar a climas 
diferentes, o fizeram por causa da iniciativa do homem. 
Essas mudanças de clima fez o homem ter necessidade de uma moradia e de vestimenta 
para se cobrir e se proteger do frio. 
Mãos, órgãos e linguagem cooperaram não só em cada indivíduo, mas na sociedade 
como um todo, diversificaram e aperfeiçoaram o trabalho, de geração em geração, ampliando 
cada vez mais as novas atividades. Esses eventos possibilitaram que das tribos saíssem as 
Nações e o Estado. O surgimento das ciências e manifestações da reflexão humana, demandadas 
pela convivência em sociedade colocaram o trabalho simples, pelas mãos, em segundo plano, 
como uma fase já superada do desenvolvimento humano, o cérebro que planejava o trabalho 
agora era capaz de obrigar outras mãos a cumpri-lo. 
O rápido êxito civilizatório passou a ser explicado pelo desenvolvimento da mente 
humana. Os homens passaram explicar seus atos pelos pensamentos ao invés de explica-los 
pela necessidade natural, que por consequência refletiria nesse modo de pensar. Esse modo 
idealista de enxergar sua própria história como sendo produto do pensamento acabou por fazer 
com que o homem não tivesse mais a visão correta de sua origem pelo trabalho. 
Dando seguimento, Engels escreve sobre como uma ação na natureza não ocorre de 
forma isolada, ela sempre tem efeitos. No caso das ações de animais na natureza, elas ocorrem 
sempre de maneira não intencional e em ocasiões propícias, muitas delas provocadas por ação 
do homem quando expõe o animal a outro ambiente que não é seu habitat. Até uma não-
interferência do homem sobre a natureza gera efeitos que foram pelo homem projetados em 
suas ações. O homem se desloca de um país para o outro, leva consigo animais e plantas, 
modificando toda a flora e fauna de continentes completos. Esta influência e interação do 
homem com plantas e animais os tornam cada vez mais irreconhecíveis com o passar do tempo 
se considerarmos seu estado original (selvagem). O autor trata ainda de como essa influência 
humana nos fez desconhecer a origem selvagem de determinados animais e plantas domésticas. 
A ação planificada ainda que ocorra em animais e plantas não é premeditada e sim movimentos 
relativos a um estímulo externo. Essas reações não são produzidas apenas onde há células 
nervosa, é possível que isso ocorre num organismo que não possui nenhuma. Como plantas 
insetívoras que agem de maneira inconsciente se alimentando para sobreviver. Só é possível 
ocorrer premeditação e consciência nas ações a partir de organismo dotados de sistema nervoso 
desenvolvido, onde nos mamíferos já possui um nível elevado. Pode-se observar esses 
fenômenos em animais despistando caçadores pelo seu conhecimento dos locais. Nos animais 
domésticos esses comportamentos ganharam alto grau de desenvolvimento pela própria 
convivência com o homem, podendo serem comparados aos atos de uma criança, da mesma 
forma o desenvolvimento humano na fase embrionária é uma reprodução muito resumida da 
história do desenvolvimento físico do homem através dos milhões de anos passados, desde a 
fase de lava até se tornar uma criança, que também reproduz o desenvolvimento intelectual dos 
nossos antepassados. Porém nenhum ato projetado pelos animais deixou na natureza as marcas 
de sua vontade, apenas o homem foi capaz de fazê-lo. 
Resumindo, os animais apesar de modificarem a natureza pela sua presença não fazem 
por vontade própria, com maiores objetivos. O homem sim é capaz de modificar e dominar a 
natureza pela sua vontade, para que sirva a ele. E as diferenças entre os dois exemplos anteriores 
estão mais uma vez no trabalho. 
Em seguida Engels retrata que nossas vitórias não são os únicos fatores que devemos 
considerar. A natureza reagiu a nossa interferência e trouxe consequência negativas para a vida 
do homem como a aridez da terrae mudanças de vegetação e destruição área de proteção natural 
contra eventos climáticos, fontes de alimentos para animais e plantas que levaram doenças a 
outros locais. Essas reações da natureza sobre os homens nos permitiram, diferentemente de 
outros seres, na nossa relação com ela, entender suas leis e aplicá-las de maneira correta. 
 Agora conhecemos suas leis e entendemos que são consequências de nossos atos no 
decorrer do processo evolutivo. Através do crescimento das ciências naturais no último século 
pudemos então prever e controlar adequadamente as consequências mais distantes de nossa 
interferência na natureza. 
Essas consequências negativas vindas da interferência humana na natureza também 
passaram a impactar a vida em sociedade em que não se previa mortes, migração em massa, 
derrotar bélicas por um domínio tecnológico não destinado a essa finalidade, retorno ao método 
de escravização humana a partir da descoberta de um novo continente, bem como fenômenos 
que modificaram as relações sociais entre uma burguesia dotada do maquinário industrial e do 
poder necessário para impor sua vontade sobre o proletariado que não possuía nada além do 
que sua força de trabalho para vender. Através de um amplo material histórico produzido pelo 
homem é possível conhecer mais a fundo a consequência indiretas e distantes dos nossos atos 
e aprender a lidar com elas na melhor maneira. 
Acrescente Engels que para lidar da melhor maneira com essas consequências não basta 
apenas ter conhecimento delas. É necessária uma revolução transformadora no modo de 
produção atual e na ordem social vigente. 
Os modos de produção que existiram até o momento se preocuparam muito com o modo 
prático em que tudo ocorre sem se ater às consequências que surgiram mais tarde, deste 
processo repetitivo e acumulador. O que o autor chama de “primitiva propriedade comunal da 
terra” correspondia de um lado, a se limitar às coisas mais urgentes e presumia de outro, a ter 
excedentes de terra para ter margem de agir sobre problemas decorrentes daquela “economia 
primitiva”. Com o fim das terras livres, também chega ao fim essa economia primitiva e foi 
dado origem a outro modo de produção, que divide a sociedade em classes, tornando-as 
antagônicas entre dominantes e oprimidos. O grande exemplo é o modo de produção capitalista, 
vigente na Europa até então. Os capitalistas individuais que têm o domínio da produção e da 
troca, ocupam-se apenas da sua utilidade, porém essa utilidade mais imediata da mercadoria 
produzida ou trocada fica em segundo plano, tendo como incentivo principal a obtenção de 
lucro ao vender. 
Por fim Engels escreve sobre a o capitalista produzirem e trocarem mercadorias com a 
finalidade de obter lucros imediatos, pouco se importando com as consequências indiretas. 
Depois de vender e ganhar lucro, o capitalista não estava interessado em saber o que sua 
mercadoria causaria ao comprador, só importava os resultados palpáveis e imediatos. Se vê com 
estranheza as consequências indiretas dos atos que visavam o lucro, e que causando por 
exemplo o desequilíbrio entre oferta e demanda e as crises industriais vivenciadas pela 
Alemanha no século XIX. A propriedade privada que se baseava no “trabalho próprio” se 
converteu a medida em de desenvolve, na desapropriação dos trabalhadores, enquanto a riqueza 
fica cada vez mais concentrada nas mãos dos que não trabalham.

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