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DP - TIPICIDADE TIPO E TIPICIDADE · TIPO é o conjunto dos elementos do fato punível descrito pela lei penal; Função limitadora e individualizada da conduta humana; Na falta de correspondência entre conduta e tipo, não há crime; Tipo não é sinônimo de crime, pois para ser crime a conduta típica deve ser antijurídica e culpável; · JUÍZO DE TIPICIDADE: Analisar se uma conduta real se adapta aos requisitos descritos na lei (tipo): Se for positivo a conduta reveste-se de tipicidade; · Se for negativo estaremos diante da atipicidade da conduta; · TIPICIDIDADE é a conformidade do fato praticado pelo agente com a moldura abstratamente descrita na lei penal; TIPO DE INJUSTO DOLOSO TIPO OBJETIVO Descreve todos os elementos objetivos que identificam e limitam o teor da proibição penal: Sujeito ativo; A conduta proibida; O objeto da conduta; Formas e meio da ação; O resultado; A relação de causalidade; As circunstâncias do fato, entre outros; AUTOR DA AÇÃO · É o ser humano que realiza a ação proibida ou omite a ação esperada; · Quando os crimes não caracterizam objetivamente o autor, ou seja, quando qualquer pessoa pode ser autora do crime, temos um CRIME COMUM; Ex; art 121, 155,157 do CPB; · Em alguns crimes o autor recebe uma individualização especial, uma determinada qualidade ou condição pessoal, neste caso temos um CRIM PRÓPRIO ou CRIME ESPECIAL; Ex: art. 123, 312 do CPB; TIPO OBJETIVO - AÇÃO OU OMISSÃO · O núcleo objetivo de todo crime é a descrição de uma conduta; · Essa conduta pode ser uma ação ou omissão; · Quando o tipo penal descreve simplesmente a atividade humana, sem a necessidade de resultado para o mundo exterior, temos o CRIME FORMAL, art 158; · Quando para que o crime se consuma precisa de um resultado no mundo exterior, temos o CRIME MATERIAL 121; · Os crimes materiais podem ser de lesão ou de perigo; · Há crimes cuja descrição típica exige outros elementos que completam a ação típica descrita, com referência ao autor, à vítima, ao lugar, tempo, entre outros. Estes são chamados ELEMENTOS ACIDENTAIS DO TIPO. Os elementos acidentais devem ser estudados na parte especial, em cada tipo específico; TIPO OBJETIVO – RESULTADO · Pelo principio da ofensividade, não há crime sem resultado; · O resultado nem sempre será o resultado da ação em termos naturalísticos (morte, dano, lesão, etc) · Sempre deverá haver ofensa ou perigo de ofensa a um bem jurídico (esse é o resultado); · O desvalor do resultado deve existir em todos os crimes, inclusive na tentativa; TIPO OBJETIVO – NEXO CASUAL E IMPUTAÇÃO OBJETIVA · Não basta que a lesão ao bem jurídico seja causada pela conduta; · É necessário que haja demonstração de que o resultado constitui precisamente a realização do risco proibido criado pelo autor através de sua conduta; · Nem toda causação é juridicamente relevante para o DP; TIPO SUBJETIVO · O tipo subjetivo abrange todos os aspectos subjetivos do tipo de conduta proibida que produzem o tipo objetivo; · É constituído de elemento geral, o DOLO e elementos especiais, que são tendências e intenções; · É através do animus agendi que s consegue identificar e qualificar a atividade comportamental do agente. · Somente conhecendo e identificando a intenção é que se pode classificar um comportamento como típico; ELEMENTO SUBJETIVO GERAL · O DOLO é o elemento subjetivo geral; · Dolo é a consciência e vontade de realização de uma conduta descrita em um tipo penal; · Uma ação realizada com dolo mais intenso tem mais desvalor do que uma com dolo normal ou eventual; · O CPB define o dolo no art. 18, inciso I Art. 18 – Diz-se o crime: Crime doloso: I- Doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu risco de produzi-lo; · Elementos constitutivos do DOLO; COGNITIVO – conhecimento ou consciência do fato constitutivo como ação típica; A consciência deve ser atual e efetiva; VOLITIVO – vontade de realizar a conduta típica; · Dolo é a vontade de realizar o tipo objetivo, orientada pelo conhecimento de seus elementares no caso concreto. ESPÉCIES DE DOLO DIRETO · DOLO DIRETO DE PRIMERIO GRAU: o fim diretamente desejado pelo agente; · DOLO DIRETO DE SEGUNDO GRAU: o resultado é desejado como consequência necessária do meio escolhido ou da natureza do fim proposto; · O agente quer o resultado representado como fim de sua ação; · A vontade do agente é dirigida á realização do fato típico; EVENTUAL · O agente não quer diretamente a realização do tipo, mas a aceita como possível e ate provável, assumindo o risco da produção do resultado; TIPO SUBJETIVO – ELEMENTO SUBJETIVO ESPECIAL DO TIPO · São características subjetivas que integram o tipo penal ou fundamentam, ao lado do dolo; · Estes especiais fins de agir não integram o dolo, nem se confundem com ele; · Eles integram determinadas definições de delitos, condicionando ou fundamentando a ilicitude de fato; CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS SUBJETIVOS ESPECIAIS DO TIPO: · DELITOS DE INTENÇÃO – requerem um agir com ânimo, finalidade ou intenção adicional de obter um resultado ulterior; · DELITOS DE TENDÊNCIA- a ação está envolvida por determinado ânimo cuja ausência impossibilita a sua concepção; · MOMENTOS ESPECIAIS DE ÂNIMO – elementos anímicos que fundamentam ou reforçam o juízo de desvalor social do fato; DELITOS DE INTENÇÃO; · Art. 157 – para si ou para outrem; · Art. 159 – como fim de obter; · Art. 180 – em proveito próprio ou alheio; DELITOS DE TENDÊNCIA · Art. 138, 139, 140 – propósito de ofender; · Art. 212 – propósito de ultrajar; MOMENTOS ESPECIAIS DE ÂNIMO · Art. 140, parag. 3° - razão da cor, raça, religião, etnia, origem; ERRO DE TIPO · É um erro que recai sobre circunstância elementar da descrição típica; · É a falsa percepção da realidade sobre um elemento constitutivo o crime; · Erro de tipo essencial exclui o dolo, permitindo responde por culpa; · Erro de tipo inevitável exclui a tipicidade; TIPO DE INJUSTO CULPOSO · Culpa é a inobservância do dever objetivo de cuidado manifestada numa conduta produtora de um resultado não querido, mas objetivamente previsível. · Diferença entre tipo do injusto doloso e culposo: DOLOSO é punida a conduta dirigida para um fim ilícito; CULPOSO é punida a conduta mal dirigida, normalmente destonada a um penalmente irrelevante, quase sempre lícito; · A tipicidade no crime culposo decorre da realização de uma conduta não diligente (descuidada), causadora de uma lesão ou de perigo concreto a um bem jurídico penalmente protegido; · A tipicidade vai analisar se o agente agiu com o cuidado necessário e normalmente exigível; ELEMENTOS DO INJUSTO CULPOSO Inobservância do cuidado objetivo e princípio da confiança: · Todos temos o dever objetivo de cuidado (prudência); · Princípio da confiança – acreditar que os outros são prudentes; Produção de um resultado e nexo casual · Só a crime culposo com resultado; · E a inobservância do cuidado devido deve ser a causa do resultado tipificado como crime culposo; Previsibilidade objetiva do resultado; · É juízo objetivo acerca da possibilidade produção do resultado típico, com base na perigosidade da conduta; Conexão interna entre desvalor da ação e desvalor do resultado: · Desvalor da ação é a inobservância do cuidado; · Desvalor do resultado é a lesão ou perigo concreto de lesão ao bem jurídico; MODALIDADES DE CULPA Imprudência · Conduta arriscada ou perigosa e tem caráter comissivo Negligência · Displicência ao agir, falta de precaução, indiferença do agente que, podendo adotar as cautelas necessárias não o faz; desleixo Imperícia · Falta de capacidade, aptidão, despreparo ou insuficiência de conhecimentos técnico para o exercício de arte, profissão ou ofício; ESPÉCIES DE CULPA Culpa consciente ou com representação · Quando o agente conhece a perigosidade da sua conduta, representa a produção do resultado típico como possível (previsibilidade), mas age deixando de observar a diligência a que estava obrigado, porque confia convictamente que não ocorrerá; Culpa inconsciente ou sem representação · O agente age sem se darconta de que sua conduta é perigosa, e de que desatende aos cuidados necessários para evitar a produção do resultado típico; Culpa imprópria ou por assimilação · Conduta dolosa objetivando a produção determinado resultado típico, embora a motivação seja calcada em erro; DOLO EVENTUAL x CULPA CONSCIENTE DOLO EVENTUAL · Agente anui ao advento desse resultado, assumindo o risco de produzi-lo; · O agente age por egoísmo, a qualquer custo; CULPA CONSCIENTE · O agente tem a certeza de que o resultado não acontecerá, avalia mal e age; · O agente age por leviandade, por não ter refletido suficientemente; CONCORRÊNCIA E COMPENSAÇÃO DE CULPAS · Dois indivíduos, um ignorando a participação do outro, concorrem, culposamente, para a produção de um fato definido como crime; · Os agentes respondem isoladamente pelo resultado produzido; COMPENSAÇÃO DE CULPAS · Não s admite em DP; · Eventual culpa da vítima não exclui a do agente; · Somente culpa exclusiva da vítima exclui a do agente; CRIME PRETEDOLOSO · Crime qualificado pelo resultado (sinônimo?) · Crime cujo o resultado vai além da intenção do agente; · Ação voluntária inicia dolosamente e termina culposamente; · O resultado efetivamente produzido estava fora da abrangência do dolo
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