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AULA 3_TIPO E TIPICIDADE

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DP - TIPICIDADE
	TIPO E TIPICIDADE
· TIPO é o conjunto dos elementos do fato punível descrito pela lei penal;
Função limitadora e individualizada da conduta humana;
Na falta de correspondência entre conduta e tipo, não há crime;
Tipo não é sinônimo de crime, pois para ser crime a conduta típica deve ser antijurídica e culpável;
· JUÍZO DE TIPICIDADE: Analisar se uma conduta real se adapta aos requisitos descritos na lei (tipo):
Se for positivo a conduta reveste-se de tipicidade;
· Se for negativo estaremos diante da atipicidade da conduta;
· TIPICIDIDADE é a conformidade do fato praticado pelo agente com a moldura abstratamente descrita na lei penal;
	TIPO DE INJUSTO DOLOSO
TIPO OBJETIVO
Descreve todos os elementos objetivos que identificam e limitam o teor da proibição penal:
Sujeito ativo;
A conduta proibida;
O objeto da conduta;
Formas e meio da ação;
O resultado;
A relação de causalidade;
As circunstâncias do fato, entre outros;
AUTOR DA AÇÃO
· É o ser humano que realiza a ação proibida ou omite a ação esperada;
· Quando os crimes não caracterizam objetivamente o autor, ou seja, quando qualquer pessoa pode ser autora do crime, temos um CRIME COMUM;
Ex; art 121, 155,157 do CPB;
· Em alguns crimes o autor recebe uma individualização especial, uma determinada qualidade ou condição pessoal, neste caso temos um CRIM PRÓPRIO ou CRIME ESPECIAL;
Ex: art. 123, 312 do CPB;
	TIPO OBJETIVO - AÇÃO OU OMISSÃO
· O núcleo objetivo de todo crime é a descrição de uma conduta;
· Essa conduta pode ser uma ação ou omissão;
· Quando o tipo penal descreve simplesmente a atividade humana, sem a necessidade de resultado para o mundo exterior, temos o CRIME FORMAL, art 158;
· Quando para que o crime se consuma precisa de um resultado no mundo exterior, temos o CRIME MATERIAL 121;
· Os crimes materiais podem ser de lesão ou de perigo;
· Há crimes cuja descrição típica exige outros elementos que completam a ação típica descrita, com referência ao autor, à vítima, ao lugar, tempo, entre outros. Estes são chamados ELEMENTOS ACIDENTAIS DO TIPO. 
Os elementos acidentais devem ser estudados na parte especial, em cada tipo específico;
	TIPO OBJETIVO – RESULTADO
· Pelo principio da ofensividade, não há crime sem resultado;
· O resultado nem sempre será o resultado da ação em termos naturalísticos (morte, dano, lesão, etc)
· Sempre deverá haver ofensa ou perigo de ofensa a um bem jurídico (esse é o resultado);
· O desvalor do resultado deve existir em todos os crimes, inclusive na tentativa;
	TIPO OBJETIVO – NEXO CASUAL E IMPUTAÇÃO OBJETIVA
· Não basta que a lesão ao bem jurídico seja causada pela conduta;
· É necessário que haja demonstração de que o resultado constitui precisamente a realização do risco proibido criado pelo autor através de sua conduta;
· Nem toda causação é juridicamente relevante para o DP;
	TIPO SUBJETIVO
· O tipo subjetivo abrange todos os aspectos subjetivos do tipo de conduta proibida que produzem o tipo objetivo;
· É constituído de elemento geral, o DOLO e elementos especiais, que são tendências e intenções;
· É através do animus agendi que s consegue identificar e qualificar a atividade comportamental do agente.
· Somente conhecendo e identificando a intenção é que se pode classificar um comportamento como típico;
ELEMENTO SUBJETIVO GERAL
· O DOLO é o elemento subjetivo geral;
· Dolo é a consciência e vontade de realização de uma conduta descrita em um tipo penal;
· Uma ação realizada com dolo mais intenso tem mais desvalor do que uma com dolo normal ou eventual;
· O CPB define o dolo no art. 18, inciso I
Art. 18 – Diz-se o crime:
Crime doloso:
I- Doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu risco de produzi-lo;
· Elementos constitutivos do DOLO;
COGNITIVO – conhecimento ou consciência do fato constitutivo como ação típica;
A consciência deve ser atual e efetiva;
VOLITIVO – vontade de realizar a conduta típica;
· Dolo é a vontade de realizar o tipo objetivo, orientada pelo conhecimento de seus elementares no caso concreto.
	ESPÉCIES DE DOLO
DIRETO
· DOLO DIRETO DE PRIMERIO GRAU: o fim diretamente desejado pelo agente;
· DOLO DIRETO DE SEGUNDO GRAU: o resultado é desejado como consequência necessária do meio escolhido ou da natureza do fim proposto;
· O agente quer o resultado representado como fim de sua ação;
· A vontade do agente é dirigida á realização do fato típico;
EVENTUAL
· O agente não quer diretamente a realização do tipo, mas a aceita como possível e ate provável, assumindo o risco da produção do resultado;
TIPO SUBJETIVO – ELEMENTO SUBJETIVO ESPECIAL DO TIPO
· São características subjetivas que integram o tipo penal ou fundamentam, ao lado do dolo;
· Estes especiais fins de agir não integram o dolo, nem se confundem com ele;
· Eles integram determinadas definições de delitos, condicionando ou fundamentando a ilicitude de fato;
CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS SUBJETIVOS ESPECIAIS DO TIPO:
· DELITOS DE INTENÇÃO – requerem um agir com ânimo, finalidade ou intenção adicional de obter um resultado ulterior;
· DELITOS DE TENDÊNCIA- a ação está envolvida por determinado ânimo cuja ausência impossibilita a sua concepção;
· MOMENTOS ESPECIAIS DE ÂNIMO – elementos anímicos que fundamentam ou reforçam o juízo de desvalor social do fato;
DELITOS DE INTENÇÃO;
· Art. 157 – para si ou para outrem;
· Art. 159 – como fim de obter;
· Art. 180 – em proveito próprio ou alheio;
DELITOS DE TENDÊNCIA
· Art. 138, 139, 140 – propósito de ofender;
· Art. 212 – propósito de ultrajar;
MOMENTOS ESPECIAIS DE ÂNIMO
· Art. 140, parag. 3° - razão da cor, raça, religião, etnia, origem;
	ERRO DE TIPO
· É um erro que recai sobre circunstância elementar da descrição típica;
· É a falsa percepção da realidade sobre um elemento constitutivo o crime;
· Erro de tipo essencial exclui o dolo, permitindo responde por culpa;
· Erro de tipo inevitável exclui a tipicidade;
	TIPO DE INJUSTO CULPOSO
· Culpa é a inobservância do dever objetivo de cuidado manifestada numa conduta produtora de um resultado não querido, mas objetivamente previsível.
· Diferença entre tipo do injusto doloso e culposo:
DOLOSO é punida a conduta dirigida para um fim ilícito;
CULPOSO é punida a conduta mal dirigida, normalmente destonada a um penalmente irrelevante, quase sempre lícito;
· A tipicidade no crime culposo decorre da realização de uma conduta não diligente (descuidada), causadora de uma lesão ou de perigo concreto a um bem jurídico penalmente protegido;
· A tipicidade vai analisar se o agente agiu com o cuidado necessário e normalmente exigível;
ELEMENTOS DO INJUSTO CULPOSO
Inobservância do cuidado objetivo e princípio da confiança:
· Todos temos o dever objetivo de cuidado (prudência);
· Princípio da confiança – acreditar que os outros são prudentes;
Produção de um resultado e nexo casual
· Só a crime culposo com resultado;
· E a inobservância do cuidado devido deve ser a causa do resultado tipificado como crime culposo;
Previsibilidade objetiva do resultado;
· É juízo objetivo acerca da possibilidade produção do resultado típico, com base na perigosidade da conduta;
Conexão interna entre desvalor da ação e desvalor do resultado:
· Desvalor da ação é a inobservância do cuidado;
· Desvalor do resultado é a lesão ou perigo concreto de lesão ao bem jurídico;
	MODALIDADES DE CULPA
Imprudência
· Conduta arriscada ou perigosa e tem caráter comissivo
Negligência
· Displicência ao agir, falta de precaução, indiferença do agente que, podendo adotar as cautelas necessárias não o faz; desleixo
Imperícia
· Falta de capacidade, aptidão, despreparo ou insuficiência de conhecimentos técnico para o exercício de arte, profissão ou ofício;
	ESPÉCIES DE CULPA
 
Culpa consciente ou com representação
· Quando o agente conhece a perigosidade da sua conduta, representa a produção do resultado típico como possível (previsibilidade), mas age deixando de observar a diligência a que estava obrigado, porque confia convictamente que não ocorrerá;
Culpa inconsciente ou sem representação
· O agente age sem se darconta de que sua conduta é perigosa, e de que desatende aos cuidados necessários para evitar a produção do resultado típico;
Culpa imprópria ou por assimilação
· Conduta dolosa objetivando a produção determinado resultado típico, embora a motivação seja calcada em erro;
	DOLO EVENTUAL x CULPA CONSCIENTE
DOLO EVENTUAL
· Agente anui ao advento desse resultado, assumindo o risco de produzi-lo;
· O agente age por egoísmo, a qualquer custo;
CULPA CONSCIENTE
· O agente tem a certeza de que o resultado não acontecerá, avalia mal e age;
· O agente age por leviandade, por não ter refletido suficientemente;
CONCORRÊNCIA E COMPENSAÇÃO DE CULPAS
· Dois indivíduos, um ignorando a participação do outro, concorrem, culposamente, para a produção de um fato definido como crime;
· Os agentes respondem isoladamente pelo resultado produzido;
COMPENSAÇÃO DE CULPAS
· Não s admite em DP;
· Eventual culpa da vítima não exclui a do agente;
· Somente culpa exclusiva da vítima exclui a do agente;
CRIME PRETEDOLOSO
· Crime qualificado pelo resultado (sinônimo?)
· Crime cujo o resultado vai além da intenção do agente;
· Ação voluntária inicia dolosamente e termina culposamente;
· O resultado efetivamente produzido estava fora da abrangência do dolo

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