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GESTÃO DE CUSTOS Professora Ms. Sheila Muritiba 1º Bimestre Objetivos de Aprendizagem: ✓ Descrever a Origem da Contabilidade de Custos; ✓ Compreender a relevância da Contabilidade de Custos no auxílio ao planejamento, controle e tomada de decisões; ✓ Compreender a importância do conhecimento dos custos dentro de uma empresa; ✓ Entender os objetivos da Contabilidade de Custos tanto para usuários externos como para usuários internos das informações contábeis ; HISTÓRICO A contabilidade surgiu basicamente para controlar o patrimônio das sociedades mercantis. Com o passar do tempo percebeu-se a riqueza desta ciência e a sua utilidade como instrumento de gerencia empresarial, suprindo os executivos com informações poderosas para a tomada de decisões. A CONTABILIDADE FINANCEIRA, A CONTABILIDADE DE CUSTOS E A CONTABILIDADE GERENCIAL. A Contabilidade de Custos ou Contabilidade Industrial e um ramo da contabilidade Geral ou Financeira que se aplica as empresas Industriais. A CONTABILIDADE FINANCEIRA, A CONTABILIDADE DE CUSTOS E A CONTABILIDADE GERENCIAL. A Contabilidade Geral ou Financeira refere-se à Contabilidade no seu sentido mais amplo, considerada como a ciência social que têm por objeto o patrimônio de todas as entidades, sejam elas públicas ou particulares, tenham ou não finalidade econômica (RIBEIRO 2009). A CONTABILIDADE FINANCEIRA, A CONTABILIDADE DE CUSTOS E A CONTABILIDADE GERENCIAL. A contabilidade de custo veio para atender uma nova necessidade: Atribuir custos aos estoques de produtos fabricados pelas empresas industriais. A CONTABILIDADE FINANCEIRA, A CONTABILIDADE DE CUSTOS E A CONTABILIDADE GERENCIAL. Com a industrialização, a tarefa de atribuir custos aos estoques de bens destinados à venda ficou mais complexa, pois, além do valor pago ao fornecedor de matérias-primas, tornou-se necessário incluir ainda no custo dos estoques de produtos fabricados pela empresa a mão-de-obra e gastos gerais de fabricação incorridos para transformar matérias-primas em produtos. A CONTABILIDADE FINANCEIRA, A CONTABILIDADE DE CUSTOS E A CONTABILIDADE GERENCIAL. Na década de 1950, pela necessidade do aprimoramento das funções da própria contabilidade de custos, surge a contabilidade Gerencial, cuja meta principal é auxiliar a administração nas tomadas de decisões de planejamento e controle. A CONTABILIDADE FINANCEIRA, A CONTABILIDADE DE CUSTOS E A CONTABILIDADE GERENCIAL. Visando alcançar maior produtividade com a otimização dos recursos disponíveis, reduzindo custos e aperfeiçoando a qualidade dos produtos fabricados para melhorar a competitividade da empresa e, consequentemente, alcançar resultados mais satisfatórios no desenvolvimento de suas atividades operacionais. A CONTABILIDADE FINANCEIRA, A CONTABILIDADE DE CUSTOS E A CONTABILIDADE GERENCIAL. A contabilidade de Custos tem três funções importantes. Auxiliar no Planejamento; Auxiliar no Controle e; Ajudar na tomada de Decisões A CONTABILIDADE FINANCEIRA, A CONTABILIDADE DE CUSTOS E A CONTABILIDADE GERENCIAL. 1) Assinalar Falso (F) ou Verdadeiro (V): ( F ) A Contabilidade de Custos é mais ampla do que a Contabilidade Gerencial. ( V ) O conhecimento do custo é vital para se saber, dado o preço, se um produto é lucrativo ou não, e quanto. ( V ) A Controladoria e a Tecnologia de Informação vêm criando sistemas de informação que permitem um melhor e mais ágil gerenciamento de custos. ( F ) O papel da Contabilidade de Custos, no que tange as decisões, é fazer a alimentação do sistema sobre valores relevantes apenas no curto prazo. ( V ) O papel da Contabilidade de Custos, no que tange a planejamento, controle e tomada de decisões, é fazer a alimentação do sistema sobre valores relevantes e os impactos no curto e no longo prazo. GABARITO (F) A Contabilidade de Custos acabou de passar, nessas últimas décadas, de mera auxiliar na avaliação de estoques e lucros globais para importante arma de controle e decisões gerenciais. Portanto, a Contabilidade Gerencial é mais ampla que a Contabilidade de Custos. (V) (V) (F) O papel da Contabilidade de Custos, no que tange a decisões, é fazer a alimentação do sistema sobre valores relevantes tanto no curto quanto no longo prazo. (V) TERMINOLOGIA DE CUSTO Objetivos de Aprendizagem ✓ Compreender que a utilização de uma terminologia homogênea simplifica o entendimento e a comunicação. ✓ Conceituar gasto, desembolso, investimento, custo, despesa e perda. ✓ Entender por que a distinção entre esses conceitos é importante para a Contabilidade de Custos. TERMINOLOGIA DE CUSTO CONCEITOS • Terminologia em custos industriais “Despesas com Matéria-prima” ou “Custos de Matéria-prima”? “Gastos” ou “Despesas de Fabricação”? “Gastos” ou “Custos de Materiais Diretos”? “Despesas” ou “Gastos com Imobilização”? “Custos” ou “Despesas de Depreciação”? TERMINOLOGIA DE CUSTO Gastos, Custos e Despesas são três palavras sinônimas ou dizem respeito a conceitos diferentes? Confundem-se com Desembolso? E Investimento tem alguma similaridade com elas? Perda se confunde com algum desses grupos? TERMINOLOGIA DE CUSTO Gasto – Compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). (MARTINS 2010). Gastos é o desembolso à vista ou a prazo para obtenção de bens ou serviços, independentemente da destinação que esses bens ou serviços possam ter na empresa. TERMINOLOGIA DE CUSTO Um gasto pode ter em contrapartida um investimento, um custo ou uma despesa. Sempre que uma empresa industrial pretende obter bens, seja para uso, troca, transformação ou consumo, ou utilizar algum tipo de serviço ela está efetuando um gasto. TERMINOLOGIA DE CUSTO • Exemplos: • Gastos com compras de matérias – primas; • Gastos com mão – de – obra; • Gastos com o honorário da diretoria; • Gastos na compra do imobilizado; • Gastos com energia elétrica; 18 TERMINOLOGIA DE CUSTO • Gastos com água; • Salários da recepção; • Salários do departamento de vendas; • Aluguel; • Seguros; • Depreciação. 19 TERMINOLOGIA DE CUSTO ✓Os gastos podem ser divididos em: o Custos o Despesas o Investimento 20 TERMINOLOGIA DE CUSTO • O gasto implica desembolso, mas são conceitos distintos. • Desembolso - Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço (MARTINS 2010). Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada comprada. • Investimento - Gasto Ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuro (s) período (s). 21 TERMINOLOGIA DE CUSTO • Todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens ou serviços (gastos) que são ‘’estocados’’ nos Ativos da empresa para baixa ou amortização quando de sua venda, de seu consumo, de seu desaparecimento ou de sua desvalorização são especificamente chamados de investimentos. (MARTINS 2010). 22 TERMINOLOGIA DE CUSTO o Exemplos de Investimentos. o Aquisição de móveis e utensílios; o Aquisição de máquinas e equipamentos; o Aquisição de imóveis; o Aquisição de marcas e patentes; 23 TERMINOLOGIA DE CUSTO o Exemplos de Investimentos. o Aquisição de matérias primas; o Aquisição de material de escritório; o Aquisição de material de limpeza; o Aquisição de material para embalagens. 24 TERMINOLOGIA DE CUSTO • Custo - compreende a soma dos gastos com bens e serviços aplicados ou consumidos na produção de outros bens. • Ocorre quando os gastos são efetuados para a obtenção de bens e serviços que são aplicados diretamente na produção de outros bens. A matéria prima, materiais secundários e material de embalagem deixam de ser estoque e investimento e passam a ser custo, quando entram no processo de fabricação. 25 TERMINOLOGIA DE CUSTO Exemplos de Custos: • Salários e encargos sociais dos funcionários que trabalham na produção; • Matéria prima utilizada no processo produtivo; • Combustíveise lubrificantes utilizados nas máquinas da fábrica; • Aluguel das instalações da fábrica; • Seguro das instalações da fábrica; 26 TERMINOLOGIA DE CUSTO • Seguro dos equipamentos utilizados na produção; • Depreciação dos equipamentos utilizados na produção; • Manutenção dos equipamentos da produção; • Mão de obra; • Aluguel da fábrica; • Energia elétrica da produção; 27 TERMINOLOGIA DE CUSTO • Despesas: Ocorre quando os gastos são efetuados para a obtenção de bens ou serviços aplicados nas áreas administrativas, comercial ou financeira, visando direta ou indiretamente à obtenção de receitas. • Quando ocorrem gastos na compra de bens de consumo em grandes quantidades, os quais serão inicialmente estocados (ativados) para serem consumidos, no futuro, nas áreas administrativas, comerciais ou financeiras esses gastos serão inicialmente classificados como investimentos. E quando esses bens são retirados dos estoques para serem consumidos nessas áreas da empresa, saem da fase de investimento para serem classificados como despesas. 28 TERMINOLOGIA DE CUSTO • Exemplos de Despesas • Salários e encargos sociais dos funcionários que trabalham com vendas e do pessoal que trabalha no administrativo da empresa; • Energia elétrica consumida nas instalações da administração; • Gastos com combustíveis do pessoal de vendas; • Conta telefônica da administração e do pessoal de vendas; • Alugueis e seguros das instalações da administração. 29 TERMINOLOGIA DE CUSTO • Perdas: São gastos anormais ou involuntários que não geram um novo bem ou serviço e tampouco geram receitas e são apropriados diretamente no resultado do período em que ocorrem. Esse gasto não tem nenhuma relação com a operação da empresa e geralmente ocorre de fatos não previstos. • Perdas por incêndios; • Gastos com mão de obra em período de greve; • Perdas por enchentes; • Gastos incorridos em períodos de paralisação de produção por falta de insumos; 30 TERMINOLOGIA DE CUSTO • Desperdícios: Gastos Incorridos no processo produtivo ou de geração de receitas e que possam ser eliminados sem prejuízo da qualidade ou quantidade de bens, serviços ou receitas geradas. Atualmente, o desperdício está sendo classificado como custos ou despesa e sua identificação e eliminação e fator determinante do sucesso ou fracasso de um negócio. • Na economia atual, manter desperdícios é sinônimo de prejuízo, pois não poderão ser repassados para os preços. 31 TERMINOLOGIA DE CUSTO • Exemplos: • Retrabalho decorrente de defeitos de Fabricação; • Estocagem e movimentação desnecessária de materiais e produtos; • Relatórios financeiros, administrativos e contábeis sem qualquer utilidade; • Cargos intermediários de chefia e supervisão desnecessários. 32 TERMINOLOGIA DE CUSTO Custo de Fabricação = Matérias + MOD + GGF • Custos de fabricação ou custo industrial compreende a soma dos gastos com bens e serviços aplicados ou consumidos na fabricação de outros bens. São três os elementos componentes do custo de fabricação. o Materiais o Mão-de-Obra o Gastos gerais de fabricação 33 TERMINOLOGIA DE CUSTO • Materiais: são os objetos utilizados no processo de fabricação, podendo ou não entrar na composição do produto. • Os materiais podem ser classificados como: 34 TERMINOLOGIA DE CUSTO Matéria-prima – é a substancia bruta principal e indispensável na fabricação de um produto. Entra na composição do produto de maneira preponderante em relação aos demais materiais. Em uma indústria de móveis de madeira, a matéria prima é a madeira; em uma indústria de confecções é o tecido; em uma indústria de massas alimentícias, é a farinha. 35 TERMINOLOGIA DE CUSTO Materiais secundários – são os materiais aplicados na fabricação em menores quantidades que a matéria-prima. Eles entram na composição dos produtos, juntamente com a matéria-prima, complementando-a ou até mesmo dando o acabamento necessário ao produto. 36 TERMINOLOGIA DE CUSTO Os matérias secundários para uma indústria de móveis de madeira são os pregos, a cola, o verniz, as dobradiças, os fechos etc. para uma indústria de confecções, são os aviamentos (botões, zíperes, linha etc.) 37 TERMINOLOGIA DE CUSTO Materiais auxiliares – são todos os materiais que, embora necessários ao processo de fabricação, não entram na composição dos produtos. Para uma indústria de moveis de madeira, são as lixas, as estopas, os pinceis, a graxa etc. 38 TERMINOLOGIA DE CUSTO Para uma indústria de confecções, são as tesouras utilizadas para o corte dos tecidos, o produto de limpeza de acabamento (substancias próprias para remover dos produtos os resíduos de tintas e de outras imperfeições agregadas no momento da fabricação) etc., para uma indústria de massas alimentícias, são a manteiga utilizada para untar as assadeiras, as toalhas de papel etc. 39 TERMINOLOGIA DE CUSTO Materiais de embalagem – são os materiais destinados a acondicionar ou embalar os produtos antes que eles deixem a área de produção. Os materiais de embalagem em uma indústria de móveis de madeira podem ser as caixas de papelão; em uma indústria de confecções, podem ser as caixas de papelão os sacos plásticos. 40 TERMINOLOGIA DE CUSTO 41 o Mão-de-obra: é o esforço do homem aplicado na fabricação dos produtos. Compreende não só os gastos com salários, mas também com os benefícios a que os empregados têm direito, como cesta básica, vale-transporte, vale refeição e outros. Acrescentam-se ainda à mão-de-obra os encargos sociais de obrigação da empresa, como Previdência Social da parte patronal e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). TERMINOLOGIA DE CUSTO Gastos Gerais de Fabricação: compreendem os demais gastos necessários para a fabricação dos produtos, os quais, pela própria natureza, não se enquadram como materiais ou como mão-de-obra. 42 TERMINOLOGIA DE CUSTO São os gastos com alugueis, energia elétrica, serviços de terceiros, manutenção da fábrica, depreciação das máquinas, seguro contra roubo e incêndio, material de higiene e limpeza, óleos e lubrificantes para as máquinas, pequenas peças para reposição etc. 43 TERMINOLOGIA DE CUSTO Classificação do Custo de Fabricação Em relação aos produtos fabricados, o custo pode ser direto ou indireto. o Custos Diretos compreendem os gastos com matérias e mão-de-obra. São assim denominados porque, além de integrarem os produtos, suas quantidades e seus e seus valores podem ser facilmente identificados em relação a cada produto fabricado. 44 TERMINOLOGIA DE CUSTO o Custos Indiretos compreendem os gastos com materiais, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação aplicados indiretamente na fabricação dos produtos. São assim denominados porque, além de não integrarem os produtos, é impossível uma segura identificação de suas quantidades e de seus valores em relação a cada produto fabricado. 45 TERMINOLOGIA DE CUSTO o E também aqueles que mesmo integrando ao produto, como ocorre com parte dos materiais secundários em alguns processos de fabricação, em razão do pequeno valor que representam em relação ao custo total, têm cálculos e controles tão onerosos que é preferível tratá-los como indiretos (convenção contábil da materialidade). 46 TERMINOLOGIA DE CUSTO • A impossibilidade de identificação desses gastos em relação aos produtos ocorre porque beneficiam a fabricação de vários produtos ao mesmo tempo. Exemplo: Aluguel da fábrica; 47 TERMINOLOGIA DE CUSTO • Energia elétrica consumida na iluminação das dependências da fábrica; • Energia consumida pelas máquinas que não possuem medidor para permitir o controle do consumo; • Salários e encargos dos chefes de seção e dos supervisores da fábrica. 48 TERMINOLOGIA DE CUSTO A atribuição dos custos indiretos aos produtos é feita por meio de critérios que podem ser estimados ou até mesmo arbitrado pela empresa. A distribuição dos custos indiretos aos produtos denomina-se, como rateio, e a medida que servepara se efetuar essa distribuição denomina-se base de rateio. 49 RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS • Análise dos critérios de rateio • Todos os Custos Indiretos só podem ser alocados, por sua própria definição, de forma indireta aos produtos, isto é, mediante estimativas, critérios de rateio, previsão de comportamento de custos etc. 50 RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS • Análise dos critérios de rateio – Custos comuns • Todas essas formas de distribuição contêm, em menor ou maior grau, certo subjetivismo; portanto, a arbitrariedade sempre vai existir nessas alocações, sendo que às vezes ela existirá em nível bastante aceitável, e em outras oportunidades só a aceitamos por não haver alternativas melhores. 51 RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS • Análise dos critérios de rateio – Custos comuns (Há recursos matemáticos e estatísticos que podem ajudar a resolver esses problemas, mas nem sempre é possível sua utilização.) 52 RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS • Custos • Diretos • São os custos que podem ser facilmente identificados ao objeto de custeio. • Indiretos • São os custos que não são facilmente identificados com o objeto de custeio. São alocados aos objetos por meio de rateio. 53 RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS Forma simplificada de alocação dos custos indiretos aos produtos 54 Custos Indiretos R PRODUTO 1 PRODUTO 2 PRODUTO 3 RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS • O valor da mão-de-obra direta • Quantidade de material gasto • As horas homens gastas • As horas máquinas gastas 55 Assim, os critérios de rateio podem ser: RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS • A Empresa Industrial Laranja produz três tipos de produtos: X, Y e Z. A empresa possui alguns controles de consumo para poder atribuir diretamente determinados custos aos seus produtos, porém alguns custos de produção ainda são considerados custos indiretos de produção. A seguir é apresentada uma planilha de custos. Com base nesses dados, e utilizando o Método de Custeio Absorção, calcule o custo total de cada produto utilizando o custo com Energia Elétrica como base de rateio para os custos indiretos. 56 Exercício RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS 57 RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS • Calcule o Custo Total de cada produto. 58 X Y Z Materia prima 30.000 50.000 70.000 - 150.000 Mão de obra 12.000 40.000 17.000 - 69.000 Energia eletrica 15.000 5.000 5.000 - 25.000 Rateio Energia Eletrica 0,6 0,20 0,2 1 depreciação 24000 8000 8000 40.000 40.000 insumos diversos 18000 6000 6000 30.000 30.000 aluguel 60000 20000 20000 100.000 100.000 manutenção 9000 3000 3000 15.000 15.000 TOTAL 168.000 132.000 129.000 429.000 DIRETO CUSTOS INDIRETOS TOTAL TERMINOLOGIA DE CUSTOS Em relação ao volume de Produção os custos podem ser fixos ou variáveis. Custos Fixos são aqueles que permanecem estáveis independentemente de alterações no volume da produção. São necessários ao desenvolvimento do processo industrial em geral, motivo pelo qual se repetem em todos os meses do ano. 59 TERMINOLOGIA DE CUSTOS Exemplo Aluguel da fábrica; Agua (utilizada para consumo do pessoal e limpeza da fábrica); Energia elétrica (utilizada para iluminação da fábrica); Salários e encargos dos mensalistas que trabalham na manutenção e limpeza da fábrica; 60 TERMINOLOGIA DE CUSTOS Seguro do imóvel; Segurança da fábrica; Depreciação normal das máquinas; Salários e encargos dos supervisores da fábrica etc. 61 TERMINOLOGIA DE CUSTOS É importante salientar que os custos fixos, por não integrarem os produtos e por beneficiarem a fabricação de vários produtos ao mesmo tempo, são também denominados custos indiretos. 62 TERMINOLOGIA DE CUSTOS Custos variáveis são aqueles que variam em decorrência do volume da produção. Então, quanto mais produtos forem fabricados em um período, maiores serão os custos variáveis. Exemplo, a matéria prima. 63 TERMINOLOGIA DE CUSTOS Se para fabricar uma saia é preciso 1,5m de tecidos, para 50 saias serão necessários 75 m desse mesmo tecido. Assim quanto maior for a quantidade fabricada, maior será o consumo de matéria-prima e, por consequência, maior será o seu custo. 64 OUTRAS NOMENCLATURAS DE CUSTOS • Custos Primários CP: é a soma de matéria-prima com a mão de obra direta (MARTINS 2010). CP = MATERIA PRIMA + MOD 65 OUTRAS NOMENCLATURAS DE CUSTOS • Custos de Transformação CT: é a soma de todos os custos de produção, exceto os relativos a matérias-primas e outros eventuais adquiridos e empregados sem nenhuma modificação pela empresa (produtos adquiridos prontos, embalagens compradas). CT = MOD + CIF Onde, CT é igual a Custos de Transformação, MOD é igual a mão de obra direta e CIF é igual Custos Indiretos de Fabricação. 66 ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS (I) Objetivos de Aprendizagem • Compreender a importância do esquema básico da Contabilidade de Custos para sua posterior contabilização, de acordo com o fluxo de produção. • Descrever as etapas do esquema básico da Contabilidade de Custos em diferentes situações. • Distinguir os critérios simples e complexos de contabilização de custos. 67 ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS (I) • PROCESSO DE CUSTEAMENTO • Por enquanto, o esquema básico é: a) separação entre Custos e Despesas; b) apropriação dos Custos Diretos aos produtos ou serviços; c) alocação (rateio) dos Custos Indiretos dos produtos e serviços. 68 ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS (I) 69 SISTEMAS DE CUSTEIO Existem vários sistemas que podem ser utilizados para o custeamento dos produtos: uns com fins específicos de alocar aos produtos os custos indiretos, como ocorrem, por exemplo, com o sistema de custeio departamental e com o sistema de custeio ABC. 70 SISTEMAS DE CUSTEIO E outros com fins específicos de promover a composição do custo total de fabricação dos produtos, como ocorre, por exemplo, os sistemas de custeio direto, e custeio por absorção. 71 SISTEMAS DE CUSTEIO É importante diferenciar custos de despesas, pois a despesa vai para o resultado enquanto o custo vai para o produto. Os gastos que correspondem a custos ou a despesas integrarão o custo de fabricação ou o resultado do exercício, conforme o sistema de custeio adotado. 72 SISTEMAS DE CUSTEIO CUSTEIO DEPARTAMENTAL Custeio departamental é um sistema de atribuição de custos indiretos aos produtos por meio de departamentos. Os CIFs são acumulados nos departamentos (Centro de Custos), onde foram gerados, para serem posteriormente atribuídos aos produtos (RIBEIRO 2009). 73 SISTEMAS DE CUSTEIO CUSTEIO DEPARTAMENTAL São denominados de departamentos divisões, seções ou setores que compõem um estabelecimento comercial, industrial, bancário, prestador de serviços etc. 74 SISTEMAS DE CUSTEIO • Veja alguns dos departamentos que poderão ser encontrados nas empresas industriais em geral: ▪ Departamentos das áreas administrativa e financeira: cobrança, contas a pagar, contas a receber, controladoria, diretoria, núcleo de processamentos de dados, pessoal, transporte e comunicações. 75 SISTEMAS DE CUSTEIO ▪ Departamentos da área comercial: compra, expedição, faturamento, marketing, recebimento, venda etc. ▪ Departamentos da área de produção: ambulatório, médico, acabamento, almoxarifado, carpintaria, conservação e manutenção, contabilidade de custos, controle de qualidade, corte, costura, fundição, montagem, oficina elétrica, oficina mecânica, refeitório, segurança, tinturaria, usinagem etc. 76 SISTEMAS DE CUSTEIO • Para a Contabilidade de Custos, departamentos é a menor unidade administrativa da empresa industrial, composta por homens e bens, capaz de realizar tarefas homogêneas. • Quando os gastos gerados nos departamentos beneficiam a produção, eles são classificados como custos. Por esse motivo, os departamentos são também denominados “centros de geração de custos” ou simplesmente “centros de custos”. 77 SISTEMAS DE CUSTEIO Os gastos comuns a vários departamentos, como ocorrecom o aluguel e com a energia elétrica, por exemplo, podem ser inicialmente acumulados em um centro de custos próprio para esses gastos, para que sejam posteriormente rateados aos diversos departamentos da empresa. 78 SISTEMAS DE CUSTEIO O sistema de custeio departamental ficou convencionado tratar os centros de geração de custos como sendo departamentos. A departamentalização é importante em custos para uma racional distribuição dos custos indiretos. Os departamentos dividiram-se em Produtivo e de Serviços. 79 SISTEMAS DE CUSTEIO Departamento Produtivo: localizado na área de produção, são responsáveis pela fabricação dos produtos. Em cada um desses departamentos são gerados, em relação aos produtos, custos diretos e também custos indiretos, os quais serão atribuídos somente aos produtos que passarem pelo respectivo departamento. Os custos diretos são atribuídos aos produtos sem grandes complicações, enquanto os custos indiretos serão atribuídos aos produtos por meios de critérios estimados ou arbitrados. 80 SISTEMAS DE CUSTEIO Departamento de Serviços: também denominadas departamentos auxiliares ou departamento de apoio encontra-se em todas as áreas de atuação da empresa industrial, prestam serviço para toda a empresa, inclusive para os departamentos produtivos, embora os produtos não transitem por eles. Os custos gerados nesses departamentos são todos indiretos, e a melhor maneira de ratea-los aos produtos é por meio da departamentalização. 81 SISTEMAS DE CUSTEIO O mecanismo é como segue: Inicialmente, identificam-se todos os custos indiretos em cada departamento, acumulando-os nos respectivos centros de custos. Em seguida, os custos acumulados nos departamentos de serviços são transferidos para outros departamentos de serviços e ou para os departamentos de produção. 82 SISTEMAS DE CUSTEIO O mecanismo é como segue: Depois que todos os custos indiretos se encontram devidamente alocados nos departamentos de produção, eles transferidos aos produtos. 83 SISTEMAS DE CUSTEIO • O custo de produção é atribuído aos produtos em duas etapas: Primeira Etapa: atribuição dos custos diretos por meio de controle extracontábeis é possível conhecer os valores gastos com materiais, mão-de- obra e gastos gerais de fabricação que foram aplicados diretamente na fabricação de cada unidade, lote, grupo ou família de produtos fabricados. 84 SISTEMAS DE CUSTEIO • O custo de produção é atribuído aos produtos em duas etapas: ▪ Segunda Etapa: atribuição dos custos indiretos – os gastos com materiais, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação que beneficiam a fabricação de vários produtos ao mesmo tempo são rateados aos produtos por meio de critérios estimados ou até mesmo arbitrados. 85 SISTEMAS DE CUSTEIO • Enquanto os custos diretos são gerados especificamente na área de produção, os custos indiretos de fabricação podem ter origem não só na área de produção como também nas demais áreas de atividades da empresa. 86 SISTEMAS DE CUSTEIO • Os custos indiretos de fabricação incorridos em um mês e que beneficiam a fabricação de todos os produtos no referido mês realmente devem ser rateados a todos eles indistintamente; entretanto, os custos indiretos que beneficiaram a fabricação de parte dos produtos devem ser rateados somente para essa parte (RIBEIRO, 2009) 87 SISTEMAS DE CUSTEIO POR QUE DEPARTAMENTALIZAR? Exercício 1 Suponhamos que uma empresa, produzindo três produtos, D, E, F tenha já alocado a eles os seguintes Custos Diretos: Produto D R$ 50.000 Produto E R$ 30.000 Produto F R$ 45.000 TOTAL R$ 125.000 88 SISTEMAS DE CUSTEIO POR QUE DEPARTAMENTALIZAR? Estão agora para serem alocados os seguintes Custos Indiretos: • Depreciação de Equipamentos R$ 20.000 • Manutenção de Equipamentos R$ 35.000 • Energia Elétrica R$ 30.000 • Supervisão de Produção R$ 10.000 • Outros Custos Indiretos R$ 20.000 • Total de Custos Indiretos R$ 115.000 89 SISTEMAS DE CUSTEIO POR QUE DEPARTAMENTALIZAR? Devido á grande preponderância de Custos Indiretos ligados a equipamentos, depreciação, manutenção, energia, decide-se então fazer a distribuição aos diversos produtos com base no tempo de horas-máquina que cada um leva para ser feito. • Produto D - 400 horas-máquina (40%) • Produto E - 200 horas-máquinas (20%) • Produto F – 400 horas-máquina (20%) • TOTAL 1000 horas-máquinas (100%) 90 SISTEMAS DE CUSTEIO POR QUE DEPARTAMENTALIZAR? 1) Calcule o Custo Indireto médio e o do Custo Total. Custo Médio = 115.000/1.000 = 115,00 91 Horas/maqui nas Rateio Custos Indiretos Custos Diretos Custo Total Produto D 400 0,4 46.000 50.000 96.000 Produto E 200 0,2 23.000 30.000 53.000 Produto F 400 0,4 46.000 45.000 91.000 Total 1000 1 115.000 125.000 240.000 SISTEMAS DE CUSTEIO POR QUE DEPARTAMENTALIZAR? 2) A partir de agora considere que a empresa ao analisar no processo de produção verificou que apesar dos totais de horas-máquinas consumidos serem as mesmas, existe uma grande disparidade entre os produtos pelo seguinte: o produto D gasta um total de 400hm, distribuídas nos setores de Corte, Montagem e Acabamento, enquanto que o Produto E só passa pelo corte, não necessitando nem de Montagem nem de Acabamento, e o Produto F só passa exatamente por esses dois últimos setores, não precisando passar pelo corte. A distribuição total é assim levantada: 92 SISTEMAS DE CUSTEIO POR QUE DEPARTAMENTALIZAR? A distribuição total é assim levantada: 93 Corte hm Montagem hm Acabamento hm Total hm Produto D 100 50 250 400 Produto E 200 0 0 200 Produto F 0 250 150 400 Total 300 300 400 1000 SISTEMAS DE CUSTEIO POR QUE DEPARTAMENTALIZAR? 94 Corte Montagem Acabamento Total Depreciação R$ 10.000,00 R$ 3.000,00 R$ 7.000,00 R$ 20.000,00 Manutenção R$ 20.000,00 R$ 3.000,00 R$ 12.000,00 R$ 35.000,00 Energia R$ 6.000,00 R$ 4.000,00 R$ 20.000,00 R$ 30.000,00 Supervisão R$ 5.000,00 R$ 2.000,00 R$ 3.000,00 R$ 10.000,00 Outros C.I R$ 4.000,00 R$ 3.000,00 R$ 13.000,00 R$ 20.000,00 Total R$ 45.000,00 R$ 15.000,00 R$ 55.000,00 R$ 115.000,00 Verificou-se ainda que os gastos com os custos indiretos de produção foram distribuídos como segue: SISTEMAS DE CUSTEIO POR QUE DEPARTAMENTALIZAR? Para transferir os custos indiretos para os produtos à empresa atribui com base o tempo de horas máquina de cada departamento. Pede-se: a) Completar o mapa de apropriação de custos indiretos. b) Calcular os Custos Indiretos total de cada departamento de produção; c) O Custo total de cada produto. 95 SISTEMAS DE CUSTEIO 96 2) Corte Montagem Acabamento Total Produto D 100 50 250 400 Produto E 200 0 0 200 Produto F 0 250 150 400 Total hm 300 300 400 1000 CIF 45.000 15.000 55.000 115.000 Custo Medio 150,00 50,00 137,50 Produto D 15.000 2.500 34.375 51.875 Produto E 30.000 0 0 30.000 Produto F 0 12.500 20.625 33.125 115.000 SISTEMAS DE CUSTEIO 97 S/Dep C/Depart. DIFERENÇA Produto D 46.000 51.875 5.875 Produto E 23.000 30.000 7.000 Produto F 46.000 33.125 -12.875 Exercício • 1) (Questão Adaptada SEFAZ SP 2002) A Cia. Vitoria apresentou os seguintes saldos em determinado período contábil: • Matéria-prima: R$ 1.000; • Mão-de-obra direta: R$ 500; • Salário da administração: R$ 400; • Manutenção da fábrica: R$ 80; • Energia elétrica das máquinas da fábrica, R$ 220; • Aluguel do prédio administrativo: 50; 98 Exercício • Depreciação da fábrica: R$ 100; • Materiais indiretos: R$ 350; • Seguros da fábrica: R$ 120; • Salário do setor de faturamento: R$ 85; • Mão-de-obra indireta: R$ 700. • Os valores dos custos diretos, dos custos indiretos de fabricação e do custo de produção (fabricação) são, respectivamente, apresente os cálculos. • Custo de produção = MD + MOD + CIFs • Custo de produção = CD + CIF 99 • Custos Diretos = Matéria prima + MOD • Custos Diretos = 1.000 + 500 = 1.500• Custos Indiretos = 80+220+100+350+120+700 = 1.570 • Custos de Produção = 1500 + 1570 = 3070 100
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