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Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 1 Adenohipófis�, hormôni� d� cresciment� � prolactin� Adenohipófise: somatotrofina e prolactina. Formada por tecido epitelial especializado. Células Somatotrofo e Lactotrofo. Hormônio do Crescimento (GH) - age nos ossos aumentando o comprimento longitudinal, diâmetro e densidade óssea. Sinônimos: somatotrofina/somatotropina. Estrutura Química: protéicos de cadeia única: isoforma abundante = 191 aa (75%) age no tecido adiposo promovendo aumento da lipólise -> estimula a quebra de tecido adiposo, a utilização de tecido adiposo. Diminui a utilização de glicose como substância energética. A lipólise se aplica à utilização dos triglicerídeos. Tecido adiposo dividido em: gordura simples (triglicerídeos - produção de energia), gordura composta (LDL, HDL) e gordura derivada (colesterol). no músculo estimula a síntese proteica, quebra de triglicerídeos. IGH se ligando às células hepáticas -> Estimula IGF-1 (fator de crescimento semelhante à insulina - age em neurônios do hipotálamo). Seu receptor está nos ossos, cartilagem. IGF produzido, atua diretamente sobre a adenohipófise e inibe a produção de GH (feedback de retroalimentação negativa). IGF neurônios do hipotálamo estimulando a produção da somatostatina e inibe a hipófise -> produzindo GH. Produzido no hipotálamo o GHRH é estimulador do GH Somatostatina -> produzida no núcleo periventricular. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 2 GHRH -> produzido no núcleo arqueado GH é um hormônio da membrana (não entra), receptor de superfície é um homodímero. Porção intracelular associada a tiriosinocinase intracelular: Janus cinase 2 (JAK2). Cascata de sinalização: STAT (transdutor de sinalização e ativador de transição) e MAPK (proteinase cinase de ativação mitogênica) Interrupção da ação do GH: - internalização do complexo - proteínas supressoras da sinalização das citocinas (SOCS) GHBP - proteína carreadora de GH Transporte no sangue: - parte dissolvida no plasma (50%) - parte associada a GHBP (50%) - meia vida entre 6-20min IGF-1 têm ação parácrina (quando produzido no próprio tecido) ou endócrina (quando produzido no fígado) Transporte no sangue: complexo IGF-IGFBP-ALS - IGF (hormônio protéico - receptor de membrana, meia vida de 20h) - proteína de ligação do IGF (IGFBP) - subunidade ácido-lábil (ALS) Regulação do eixo hipotálamo-hipófise-fígado Diversos fatores influenciam a secreção de GH e o eixo H-H-F - feedback negativo do GH e IGF-1 nos neurônios hipotalâmicos e na hipófise - estresse via NE e CRH - exercício físico NE e endorfinas - fome (grelina) - hipoglicemia - padrão de secreção ao longo da vida - IGH cai -> favorece acúmulo de gordura Maior produção de cortisona -> maior produção de IGH * (melatonina e serotonina e idade interferem na produção do IGH) Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) Efeitos Biológicos No metabolismo: diminuição da utilização de carboidratos -> HIPERGLICEMIANTE Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 3 Gliconeogênese -> formar glicose a partir de moléculas não carboidratadas Crescimento de tecidos moles do corpo -> hipertrofia Cresce na epífise óssea onde se localiza o osso endocondral - tipo de tecido ósseo que estimula o crescimento longitudinal do osso. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 4 IGH estimula células ósseas progenitoras -> estimulação de osteoblastos -> que se diferenciam em osteócitos -> compor o tecido conjuntivo ósseo mais fibroso (parte mais compacta). Ao mesmo tempo o IGH inibe a atuação dos osteoclastos (que diminuiria a espessura do osso) Gigantismo e Acromegalia 1. crescimento linear em altura devido à ação excessiva do IGF-1 durante a infância, visto que às cartilagens epifisárias ainda estão presentes 2. também por excesso de IGF-1, porém na idade adulta, quando as cartilagens epifisárias já se fundiram. NOTA: outros efeitos presentes, porém não visíveis, como alterações cardiovasculares, respiratórias e metabólicas, como a hiperglicemia, predispondo o indivíduo a desenvolver a diabetes mellitus. Prolactina -> hormônio protéico produzido por células lactotróficas População celular hipofisária - normal: 15% - gravidez e lactação: 70% Produzem a prolactina (PRL) -> produção do leite pelas glândulas mamarias - PRL sérica são semelhantes em homens e mulheres não gestantes Hipotálamo exerce inibição tônica via hormônio inibidor da prolactina (PIH e dopamina) - receptor inibe a adenilil ciclase/AMPc Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 5 eixo hipotálamo-hipofisário funciona da forma que o hipotálamo produz os hormônios tróficos. O hipotálamo secreta a dopamina para inibir a prolactina. PIH inibe PRH estimula. prolactina durante a gravidez -> feedback de retroalimentação positiva glicoproteína, 199 aa, semelhante ao GH receptor da superfamília de citocinas (JAK-STAT) promove a síntese de leite: transcrição gênica, RNAm, síntese de caseína e lactalbumina. Homens; incerto, promove redução dá libido Amenorreia e ausência de ciclo ovariano durante a lactação - depende da intensidade e frequência da amamentação - intensidade: inserção de complementos alimentares ao bebê reduz sua avidez pelo leite - frequência: mínimo de 6 vezes/dia A hiperprolactinemia principalmente durante a lactação, causa amenorreia. A hiperprolactinemia inibe a produção do GnRH, que estimula a produção de FSH e LH, então acaba inibindo a produção de FSH e LH A prolactina tem a capacidade de inibir a secreção do hormônio luteinizante (LH) e do folículo-estimulante (FSH) pela hipófise, que são os hormônios que agem estimulando as gônadas (testículo e ovário). Com a diminuição do LH e do FSH, e consequente deficiência dos hormônios sexuais, pode ocorrer diminuição do desejo sexual (libido), impotência, infertilidade, menstruações irregulares (oligomenorréia) ou ausência de menstruação (amenorréia). Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 6 RESUMO Na hipófise anterior (adeno) temos três partes: • Parte tuberal, cobrindo o infundíbulo. • Parte intermédia, não é funcional nos adultos. • Parte distal, onde estão as células secretoras de hormônios. Neurônios de diversos núcleos hipotalâmicos liberam seus neuro-hormônios na eminência média. O sistema porta-hipofisário conduz os hormônios hipotalâmicos para a adeno-hipófise. Somatotrofina Sua estrutura química é constituída de proteicos de cadeia única. O hipotálamo no eixo hipotálamo-hipófise-fígado produz os hormônios GHRH (hormônio liberador de GH) e a somatostatina (hormônio inibidor da liberação de GH). O receptor pode estar associado a uma proteína G estimulatória ou inibitória, definindo assim a ação do hormônio. Quando o GH entra na circulação sistêmica, ele interage com seu receptor de membrana, pois é um hormônio peptídico. O receptor é um homodímero. Apesar dele ser um hormônio proteico, em determinados tecidos do corpo (fígado), ele tem uma enzima que quebra o receptor de GH, e deixa o domínio extracelular solúvel, fazendo com que ele se ligue ao hormônio e sirva de proteína carreadora, aumentando o tempo de meia-vida do GH. Quando preso à proteína, ele não é utilizado. Quando as concentrações plasmáticas diminuem, ou seja, quando os hormônios livres forem sendo usados e eliminados, os hormônios ligados na proteína vão sendo liberados para exercerem suas ações na célula-alvo. O GH, no fígado, estimula a produção de IGF-1, que exercerá função hormonal em outros locais, como crescimento, hiperplasia, hipertrofia, estimulando o ganho de massa desses tecidos/órgãos. GH no adipócito faz lipólise, no músculo liso faz anabolismo proteico e redução do consumo de glicose. O GH com alça de retroalimentação inibindo o braço que estimula sua secreção, fazendo feedback negativo. O IGF-1 estimula os neurônios que liberam somatostatina e inibe a hipófise que libera o GH. Os efeitos biológicos da somatotropina + IGF-1: • O IGF-1 (fator de crescimento semelhante a insulina, somatomedina) é produzido e secretado pelo fígado em resposta a presença de GH.• GH e IGF-1 conjuntamente estimulam o crescimento dos ossos, tanto no seu eixo axial como em sua espessura. Carolina Pithon Rocha | Medicina | 3o semestre 7 • IGF-1 potencializa o efeito biológico de crescimento dos demais tecidos do corpo promovido pelo GH. Sobre a cartilagem e osso: • Crescimento endocondral (alongamento ósseo). • Espessamento ósseo. GIGANTISMO Crescimento linear em altura devido à ação excessiva do IGF-1 durante a infância, visto que as cartilagens epifiseais ainda estão presentes. ACROMEGALIA Também por excesso de IGF-1, porém na idade adulta, quando as cartilagens epifiseais já se difundiram. Crescimento acral. Prolactina A prolactina é produzida pela hipófise anterior e age na mama estimulando a produção de leite. O hipotálamo secreta um fator de inibição da prolactina (dopamina???), mantendo os níveis controlados de prolactina. Se tiver muita prolactina, ela mesma sinaliza para o hipotálamo, que aumenta sua atividade inibitória sobre a adeno-hipófise. Disfunções da tireoide podem afetar a produção da prolactina. Transcrição gênica, RNAm, síntese de caseína e lactalbumina. Amenorreia e ausência do ciclo ovariano durante a lactação: • Depende da intensidade e frequência da amamentação. • Intensidade: a inserção de complementos alimentares ao bebê reduz sua avidez pelo leite. • Frequência: mínimo 6 vezes/dia.
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