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Eduarda Gonzalez SO2- Hormônios da Adenohipófise (GH e Prolactina) Prof. Jeferson Somatotrofina (GH) e Prolactina: São hormônios produzidos na Adenohipófise (hipófise anterior), que é formada por tecido epitelial especializado que vão produzir esses hormônios. Já a Neuro-hipófise (hipófise posterior) é formada basicamente por neurônios. As células da hipófise anterior são diversas e elas possuem a função de produzir hormônios. Dentre essas células temos os somatotrofos (ou células somatotróficas) que são responsáveis pela produção do GH e essas células somatotroficas correspondem a 40-50% do total de células da Adenohipófise. Enquanto que a prolactina é produzida pelos lactotrofos (ou células lactotróficas), que corresponde a 10-25% do total de células da Adenohipófise. GH -Hormônio do crescimento Está relacionado ao crescimento ósseo e age neles aumentando o seu comprimento longitudinal. A prolactina e o hormônio do crescimento são considerados hormônios proteicos por terem em sua composição química as proteínas. Na imagem ao lado é a regulação do hormônio do crescimento e suas principais funções. É importante retratar que a produção do GH é por retroalimentação negativa. O hormônio vai ser produzido na Adenohipófise e vai ser lançado na corrente sanguínea e vai agir em órgãos distantes, como o tecido adiposo. No tecido adiposo, o GH vai promover a lipólise, ou seja, estimula a quebra de tecido adiposo para a sua utilização. No tecido adiposo ele também atuara diminuindo a utilização da glicose como substrato energético pelo tecido. Enquanto ele atua promovendo o aumento da quebra de lipídeos, ele também atuara diminuindo a quebra de carboidratos. Lipólise no tecido adiposo é aplicada a utilização dos triglicerídeos O tecido adiposo é dividido em 3 partes: Gordura simples (triglicerídeos- É utilizado para a produção de energia), gordura composta (HDL e LDL – lipoproteínas que carreiam o colesterol e fosfolipídios- compõe a membrana) e gordura derivada (colesterol). Eduarda Gonzalez SO2- Hormônios da Adenohipófise (GH e Prolactina) Prof. Jeferson Mecanismo do GH Lipólise é a quebra de triglicerídeos, que é utilizado para a produção de energia. Então quando ocorre a lipólise no tecido adiposo é com o intuído de dar essa energia para o tecido e parte desse triglicerídeo é liberado no sangue para que outros tecidos, como o musculo possa utilizar para obtenção de energia. Um tecido importante que o GH atua é o musculo. O musculo se divide em cardíaco, liso e o estriado esquelético, mas o que estamos nos referindo no momento é o M. estriado esquelético, onde o GH vai se ligar ao receptor de membrana e estimular a síntese proteica. E o que seria essa síntese proteica? Nossos músculos esqueléticos possuem um turnover proteico, que é um equilíbrio entre a produção e a degradação de tecido muscular e essa produção ou degradação vão ser estimulados por meio de diversas situações. Como a COVID-19, que tem um forte impacto sobre o turnover proteico, por aumentando a degradação do tecido muscular. O GH quando se liga ao receptor de membrana do músculo esquelético vai favorecer o turnover proteico, estimulando a produção de músculo no tecido, e ao mesmo tempo vai diminuir a absorção de glicose no musculo e vai aumentar a lipólise (quebra de triglicerídeos) no tecido muscular esquelético. Além disso ele vai estimular construção óssea, isto é, aumenta a estrutura do osso (espessura) e aumenta o cumprimento do osso. A partir dessas ações ele foi denominado de hormônio de crescimento. O GH também vai atuar no tecido hepático, quando ocorre a ligação entre o tecido hepático e o GH ele estimula a produção do IGF-1(fator de crescimento semelhante a insulina). O IGF-1 é um hormônio proteico que também atua no musculo esquelético estimulando a síntese proteica, o aumento da densidade e do crescimento ósseo. Dessa forma podemos dizer que o GH estimula os músculos e ossos de forma direta e indireta (IGF-1). O IGF-1 atua diretamente na Adenohipófise inibindo a produção do GH, fazendo um feedback de retroalimentação negativa, pois o GH estimula a produção de IGF, que vai aumentar sua concentração e sinalizar a Adenohipófise a diminuir de produzir GH. Ademias, o IGF-1 vai agir no hipotálamo estimulando o neurônio a produzir a somatostatina para que ela vá a neurohipofise para auxiliar a inibição de síntese de GH. A concentração de GH no sangue inibe os neurônios no hipotálamo que produzem o regulador do GH, ou seja, o hormônio que estimula a Adenohipófise a produzir o GH. A partir dessa diminuição da estimulação, vai diminuir a secreção do GH. GH e a somatostatina são produzidos no hipotálamo. O GH por ser um hormônio proteico é um hormônio de membrana e quando ele se liga ao receptor de membrana, vai gerar uma serie de cascatas (ex: No músculo estimulando a síntese proteica). Eduarda Gonzalez SO2- Hormônios da Adenohipófise (GH e Prolactina) Prof. Jeferson No sangue o GH vai ser majoritariamente carreado de forma ligada a uma proteína (principalmente as globulinas) e por esse fato dele estar ligado, vai ter uma meia vida maior. O IGF-1 (20hrs) possui uma meia vida muito maior do que o GH (6-20 min) e por isso o IGF-1 é tão importante, por ter uma função muito mais prolongada que o GH. Outrossim, é importante dizer que o IGF-1 e o GH podem agir concomitantemente no músculo esquelético estimulando a síntese proteica. Os homens em torno de 18 a 24 anos atingem o pico da produção do GH e testosterona, já as mulheres em torno dos 18. Após esse pico tende a cair e tem uma queda drástica a partir dos 60 anos e isso explica o porque das pessoas com mais de 40 anos vão perdendo massa muscular e ganhando tecido adiposo, diminuindo ainda mais a partir dos 60. Uma forma de retardar isso é o exercício físico. O pico da produção do GH se dá no sono mais profundo e por isso é muito importante o repouso. O pico do GH é associado a produção do cortisol, onde a menor produção do cortisol é a maior produção do GH. Apneia obstrutiva do sono (AOS) esta muito associada a obesidade e isso altera a qualidade do sono e diminuindo a produção do GH. O GH ➩ diminui a concentração de glicose (no tecido adiposo e muscular). ↳ Estimula a formação de glicose no fígado (gliconeogênese). Gliconeogênese é a formação de glicose a partir de moléculas não carboidratadas, isto é, formara glicose por moléculas que não são carboidratos (glicerol, lactato). E por isso que a produção exacerbada de GH pode desenvolver diabetes, como no gigantismo. O GH Sobre a Cartilagem e o Osso: Favorece a formação do osso endocondral, que é um tecido conjuntivo (todo osso é T.C.). O osso endocondral é esse T.C. que cresce muito próximo ou na cartilagem do osso, isto é, ele cresce na epífise óssea. A epífise óssea é a região do osso que se localiza o tipo de osso endocondral e que vai desenvolver o crescimento longitudinal do osso, então essa epífise se localiza nas extremidades de ossos longos, como no fêmur e úmero. Como o GH estimula o crescimento do osso endocondral, vai favorecer o crescimento longitudinal do osso. O GH também estimula o crescimento transverso do osso, isto é, ele estimula o espessamento ósseo e isso correra como? Eduarda Gonzalez SO2- Hormônios da Adenohipófise (GH e Prolactina) Prof. Jeferson O GH vai estimular as células ósseas progenitoras de osteoblastos e por consequência vai desenvolver o crescimento do tecido conjuntivo ósseo fibroso (parte mais compacta no osso). Os osteoblastos após formados vão estimular e se diferenciar em osteócitos e vai ocorrer o aumento da espessura do osso. Ao mesmo tempo, o GH inibe indiretamente a ação dos osteoclastos (são células ósseas que provocam o remodelamento negativo, ou seja, diminuem a espessura do osso).Portando o GH vai estimular células que ajudam a formar o osso (osteoblastos) e inibe células que vão degradar os ossos (osteócitos). Desregulação na Produção do GH: GIGANTISMO: Crescimento linear em altura devido á ação excessiva do IGF-1 durante a infância (período em que as cartilagens epifiseais ainda estão presentes). Se houve uma ação excessiva do IGF é consequência do GH, porque é ele quem produz o IGF-1 ACROMEGALIA: Com o excesso de IGF-1 no período da idade adulta, o IGF vai atuar nas epífises cartilaginosas alongando as articulações. Desenvolvendo um aumento das mãos e pés muito desproporcionais ao corpo. MANISMO: Não tem produção o suficiente de GH ou o individuo possui resistência a ligação do GH nos seus receptores nos ossos. . Eduarda Gonzalez SO2- Hormônios da Adenohipófise (GH e Prolactina) Prof. Jeferson Prolactina É um hormônio proteico, produzida pelas células lactotróficas ou lactotrofos. Essas células ocupam 15% das células da adenohipofise, mas durante a gravidez e lactação, o numero dos lactotrofos podem chegar até 70%, pois a prolactina está associada a produção de leite. Função: Produção de leite por meio das glândulas mamaria, no período de gravidez começa a aumentar o número de células lactotróficas e no período de lactação é liberado. A prolactina sérica (no sangue) em homens e mulheres não gestantes é semelhante, no entanto a ação da prolactina nos homens vai ser menor. A prolactina nas mulheres só vai estar ativa no período de gravidez. Controle e Secreção Os neurônios do hipotálamo produzem o hormônio regulador da prolactina (TRH), que tem como função estimular a hipófise e ela vai ser responsável pela produção de prolactina. Ao mesmo tempo em que o hipotálamo produz esse hormônio regulador (TRH) que estimula a hipófise anterior a produzir a prolactina, ele também vai produzir a dopamina (hormônio) que irá inibir a hipófise anterior e consequentemente diminuir a produção de prolactina. O GH é um feedback de retroalimentação negativa, já a prolactina no período de gravidez possui um feedback de retroalimentação positiva. ESTIMULANTES INIBIDORES GRAVIDEZ (estrogênio, serotonina) Dopamina Aleitamento materno (sucção/ocitocina) Somatostatina (inibe GH) Eduarda Gonzalez SO2- Hormônios da Adenohipófise (GH e Prolactina) Prof. Jeferson Amenorreia e Ausência de Ciclo Ovariano Durante a Lactação A gravidez e amamentação promovem um feedback de retroalimentação positiva sobre a prolactina, então a própria amamentação estimula o hipotálamo a desenvolver mais hormônio regulador de prolactina e dessa forma, secretar mais prolactina (hiperprolactinemia). Essa hiperprolactinemia provoca a inibição do GnRH (hormônio estimulador trófico é um hormônio produzido no hipotálamo) que é responsável pela síntese dos hormônios FSH e LH. Como esse GnRH vai ser inibido pelo processo de hiperprolactinemia, ocorrera uma diminuição na concentração de FSH e LH e por consequência disso, não haverá estimulo para que ocorra a maturação folicular e a secreção de hormônios ovarianos. Sem maturação do folículo não vai ter formação nem descamação de endométrio, isto é não haverá menstruação então a mulher estará com amenorreia. Hiperprolactinemia ➩inibe a produção de FSH e LH ➩Amenorreia
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