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Eixo hipotálamo hipófise; somatotrofo; lactotrofo

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Eixo hipotálamo-hipófise 1
🧠
Eixo hipotálamo-hipófise
Objetivos
Importância do sistema endócrino para a prática médica
Efeitos e mecanismos de controle da secreção hormonal
Análise do hipotálamo: interação com áreas específicas do sistema nervoso central 
e com a glândula hipófise para o controle da homeostasia do organismo
Principais hormônios hipotalâmicos e hipofisários
Modo de ação do GH, sua interação com o receptor e suas vias de sinalização 
intracelular
LIVRO: Berne, cap 41 (tópicos: a neurohipófise, síntese de ADH, a adenohipófise, 
eixos endócrinos, o somatotrofo e o lactotrofo)
A Neuro-hipófise
Eixo hipotálamo-hipófise 2
Estrutura neurovascular que libera hormônios peptídicos: o hormônio 
antidiurético (ADH) e a ocitocina
Os corpos celulares dos neurônios por serem grandes são chamados de neurônios 
magnocelulares e localizam-se nos núcleos supraópticos e núcleos 
paraventriculares do hipotálamo. Eles projetam axônios para a neuro-hipófise 
pelo pedículo infundibular, configurando o trato hipotálamo-hipófise
O transporte através da eminência mediana para a neuro-hipófise ocorre 
através dos neurônios magnocelulares e não por vasos
Há também células de suporte denominadas pituicitos
Sua ampla vascularização e seus capilares fenestrados auxiliam a difusão de 
hormônios para a circulação sistêmica
Nas porções mais ventrais da eminência mediana, na haste hipofisária e na neuro-
hipófise há uma rede de capilares denominados vasos portais curtos
Síntese de ADH e Ocitocina
ADH e Ocitocina são pequenos peptídeos, de 9 aminoácidos, que diferem em 
apenas dois aminoácidos
Eixo hipotálamo-hipófise 3
ADH e Ocitocina são sintetizados como pré-pró-hormônios
Pró-hormônios: tem a estrutura peptídica do hormônio em questão em conjunto 
com um peptídeo cossecretado
ADH: estrutura peptídica do ADH associada ao peptídeo neurofisina I
Ocitocina: estrutura peptídica da ocitocina associada ao peptídeo 
neurofisina II
Pré-pró-vasofisina e pré-pró-oxifisina, como são geradas no interior dos corpos 
celulares dos núcleos supraóptico e paraventricular:
1. O peptídeo sinal N-terminal é clivado quando o peptídeo é transportado 
para o retículo endoplasmático
Peptídeo sinal
A sequência do peptídeo sinal tem por função marcar as proteínas 
que serão exportadas para determinados locais, como por exemplo, o 
ambiente extracelular. Estas proteínas são reconhecidas por meio do 
peptídeo sinal, o qual, após a exportação, é removido da proteína por 
meio da ação de proteases.
O pré-hormônio é o peptídeo sinal
2. Os pró-hormônios são empacotados no retículo endoplasmático e no 
complexo de Golgi em grânulos secretores ligados à membrana
3. Os grânulos secretores são transportados por um mecanismo de transporte 
axonal rápido dependente de ATP ao longo do pedículo infundibular até as 
terminações axonais na parte nervosa
a. Durante o transporte, os pró-hormônios são clivados proteoliticamente 
para produzir quantidades equimolares de hormônio e neurofisina, 
gerando o hormônio ativo, neurofisina e uma glicoproteína C-terminal
4. A neurofisina é organizada em tetrâmeros que se ligam a 5 moléculas de 
ADH
5. Os grânulos secretores que contém peptídeos totalmente processados são 
armazenados nas terminações axonais
Eixo hipotálamo-hipófise 4
6. Todos os 3 fragmentos (hormônio, neurofisina e glicoproteína) são 
secretados pelas terminações axonais, mas apenas o ADH é 
biologicamente ativo
O ADH e a ocitocina são liberados em resposta a estímulos detectados no corpo 
celular e seus dendritos nos núcleos supraóptico e paraventricular
Liberação de neurotransmissores nos interneurônios hipotalâmicos → 
neurônios sofrem despolarização → propagação de um potencial de ação pelo 
axônio → o potencial de ação aumenta a [Ca++] intracelular na terminação 
axonal → resposta de estímulo a secreção com exocitose de ADH ou ocitocina, 
juntamente com as neurofisinas → os hormônios e as neurofisinas entram na 
circulação periférica
Ações e regulação de ADH e Ocitocina
ADH: age principalmente nos rins estimulando a antidiurese, retendo água
Ocitocina: atua principalmente no útero gravídico, quando há o estiramento do colo 
uterino ao final da gravidez, induzindo o trabalho de parto, e sobre as células 
mioepiteliais da mama, promovendo a descida do leite durante o aleitamento
É inibida em resposta ao medo, dor, ruído, febre
Estímulo → núcleos paraventricular e supraóptico do hipotálamo → 
retroalimentação positiva → liberação de ocitocina → aumento na 
contratilidade uterina, auxiliando no nascimento do bebê e na involução do 
útero após o parto + contração das células mioepiteliais que envolvem os 
ductos mamários, ejetando o leite
Vias de controle das secreções endócrinas hipofisárias (neuro-hipófise e adeno-
hipófise)
Controle neural: neurotransmissores do SNC agem diretamente na liberação 
endócrina, sendo a secreção de um hormônio resultado direto de impulsos 
nervosos que estimulam a glândula endócrina
Sistema de retroalimentação negativa
Adrenérgico, colinérgico
Dopaminérgico, serotoninérgico
Eixo hipotálamo-hipófise 5
Estímulo mecânico de sucção da mama - ocitocina (feedback positivo)
Controle hormonal: liberação hormonal controlada por outro hormônio
Sistema de retroalimentação negativa
Hormônio-hormônio; hormônio-substrato (glicose e insulina); hormônio-
mineral
Controle pela regulação nutricional ou iônica: nível de certas substâncias 
químicas no sangue controla a secreção hormonal
Sistema de retroalimentação negativa
Controle cronotrópico
Oscilante, pulsátil, ritmo circadiano
Ritmo sono-vigília, ritmo menstrual
Eixo hipotálamo-hipófise 6
A Adeno-hipófise
Composta por 5 tipos celulares que produzem 6 hormônios
Basófilos hipofisários: corticotrofos, tireotrofos e gonadotrofos
Acidófilos hipofisários: somatotrofos e lactotrofos
Eixos endócrinos
Cada eixo endócrino é composto por
Neurônios hipotalâmicos
Células da adeno-hipófise
Glândulas endócrinas periféricas
1. Neurônios hipotalâmicos liberam hormônios de 
liberação hipotalâmicos específicos
Eixo hipotálamo-hipófise 7
Características do hormônios controladores 
hipotalâmicos
Secreção pulsátil
Ação em receptores na MP
Estimulam liberação por exocitose
Estimulam transcrição na adeno-
hipófise
Causam hiperplasia e hipertrofia nas 
células alvo
2. Esse hormônios de liberação hipotalâmicos 
estimulam a secreção de hormônios tróficos 
hipofisários específicos
a. A produção do hormônio trófico hipofisário 
pode ser regulada secundariamente por um 
hormônio inibidor da liberação
3. Os hormônios tróficos hipofisários em glândulas 
endócrinas periféricas específicas e estimulam a 
liberação de hormônios periféricos
4. O hormônio periférico tem duas funções gerais
a. Regular vários aspectos da fisiologia 
humana
b. Efetuar retroalimentação negativa sobre a 
hipófise e o hipotálamo, inibindo a produção 
e secreção de hormônios tróficos e 
hormônios de liberação
A regulação hipotalâmica da função da adeno-
hipófise é neuro-hormonal
1. A região do hipotálamo denominada região 
hipofisiotrófica contém núcleos compostos 
por corpos celulares pequenos -
Eixo hipotálamo-hipófise 8
parvocelulares - que projetam axônio para a 
eminência mediana
2. Os neurônios parvocelulares secretam 
hormônios de liberação (hipofisiotróficos) de 
suas terminações axonais no começo da 
eminência mediana
3. Os hormônios de liberação entram em um 
plexo primário de capilares fenestrados e 
são transportados até um segundo plexo 
capilar localizado na parte distal pelos 
vasos portais longos hipotálamo-hipófise
Vaso portal
Vaso que começa e termina em 
capilares sem passar pelo coração
4. No segundo plexo capilar os hormônios 
liberados são difundidos para a vasculatura 
e ligam-se a seus receptores cognatos em 
tipos celulares específicos na parte distal. 
São denominados vasos portais curtos
Isso significa que o transporte desses 
hormônios ao decorrer da eminência 
mediana é realizado por vasos e não 
por neurônios, comono caso da neuro-
hipófise
Eminência mediana
O transporte se dá por meio dos vasos 
que atravessam a eminência mediana 
hipotalâmica, que representa a interface 
entre o sistema nervoso e a adeno-
hipófise
Toda essa região permanece fora 
da barreira hematoencefálica
Eixo hipotálamo-hipófise 9
Camada ependimal: estabelece contato 
entre o terceiro ventrículo e vasos porta-
hipofisários
Camada fibrosa: atravessada pelos 
axônios do trato supra-óptico-hipofisário 
em transito para a neuro-hipófise
Zona paliçada: fibras do trato túbero-
infundibular liberam a maior parte dos 
neuropeptídeos
As células da adeno-hipófise constituem o nível 
intermediário dos eixos endócrinos
A adeno-hipófise secreta hormônios 
proteicos denominados hormônios tróficos:
ACTH: adrenocorticotrófico ou 
corticotrofina - CRH (hormônio 
hipofisiotrófico)
Estímulos relacionados ao estresse 
(baixa glicemia, trauma físico) e a 
interleucina-I (potente agente 
inflamatório, produzida por 
macrófagos) estimula a liberação de 
ACTH
Glicocorticoides suprimem o CRH e 
o ACTH, por retroalimentação 
negativa
Corticotrofo: basófilo
TSH: hormônio estimulante da tireoide - 
TRH (hormônio hipofisiotrófico)
A secreção de TRH é dependente 
dos níveis séricos dos hormônio 
tireoidianos (retroalimentação 
negativa)
Eixo hipotálamo-hipófise 10
Tireotrofo: basófilo
FSH: hormônio folículo estimulante - 
GnRH (hormônio hipofisiotrófico)
GnRH e FSH tem suas liberações 
suprimidas pelos hormônios 
estrogênicos, nas mulheres, e 
testosterona, nos homens 
(retroalimentação negativa)
Gonadotrofo: basófilo
LH: hormônio luteinizante - GnRH 
(hormônio hipofisiotrófico)
GnRH e LH tem suas liberações 
suprimidas pelos hormônios 
estrogênicos, nas mulheres, e 
testosterona, nos homens 
(retroalimentação negativa)
Gonadotrofo: basófilo
GH: hormônio do crescimento - GHRH 
(hormônio hipofisiotrófico)
A glicemia é o principal regulador da 
secreção de GHRH e GHIH 
(hormônio inibidor do hormônio do 
crescimento)
Hipoglicemia: estímulo para liberar 
GHRH e supressão de GHIH
Hiperglicemia: supressão de GHRH 
e liberação de GHIH
Somatotrofo: acidófilo
PRL: prolactina - PRH
Eixo hipotálamo-hipófise 11
PIH (hormônio inibidor da secreção 
de prolactina)
PRH é o hormônio que estimula a 
liberação de prolactina
Dopamina inibe a secreção de 
prolactina
Lactotrofo: acidófilo
Aspectos importantes
A atividade de um eixo específico é mantida 
em ponto de ajuste (set point)
O ponto de ajuste é determinado pela 
integração da estimulação hipotalâmica e 
da retroalimentação negativa do hormônio 
periférico, fazendo com que os eixos 
funcionem de modo semiautônomo em 
relação às alterações fisiológicas que 
produzem. Isso significa que um hormônio 
periférico pode regular múltiplos sistemas 
orgânicos sem que estes sistemas 
orgânicos exerçam uma regulação de 
retroalimentação negativa com o 
hormônio, portanto múltiplos aspectos da 
fisiologia de um paciente estão à mercê de 
qualquer perturbação que possa ocorrer
Os neurônios hipofisiotróficos hipotalâmicos 
secretam os hormônios de modo pulsátil e de 
forma atrelada a ritmos diários e sazonais por 
informações do SNC
Variedade de impulsos neuronais dos 
níveis superiores e inferiores do encéfalo 
que podem ser de curto prazo (estresse, 
infecção) ou em longo prazo (início da 
Eixo hipotálamo-hipófise 12
puberdade). Dessa forma, a inclusão do 
hipotálamo em um eixo endócrino permite 
a integração de uma quantidade 
considerável de informações para 
configurar ou alterar o ponto de ajuste 
daquele eixo. Clinicamente, isso significa 
que uma ampla faixa de estados 
neurogênicos complexos pode alterar a 
função hipofisária
Níveis anormais (altos ou baixos) de um 
hormônio periférico advém de um defeito no 
nível da glândula endócrina periférica, da 
hipófise ou do hipotálamo
Distúrbio endócrino primário → glândula 
endócrina periférica (mais grave)
Distúrbio endócrino secundário → 
hipófise
Distúrbio endócrino terciário → 
hipotálamo
Função endócrina da Adeno-hipófise
O Somatotrofo
Produz GH (somatotrofina) mediante a liberação do GHRH (Hormônio liberador 
do hormônio de cresicmento) pelo hipotálamo
O GH age diretamente nos tecidos periféricos, como é o caso do tecido 
hepático, muscular e adiposo, mas também faz parte do eixo hipotálamo-
hipófise-fígado, já que estimula o fígado a produzir IGF
O GH é um hormônio proteico, sendo uma proteína de 191 aminoácidos, 
podendo ser transportado livremente no plasma
assemelha-se ao PRL e ao lactogênio placentário humano (hPL)
Eixo hipotálamo-hipófise 13
Múltiplas formas de GH estão presente no plasma, sendo a forma de 191 
aminoácidos (22kDa) representando 75% do GH circulante
50% da forma de 22kDa de GH no plasma estão ligados à proteína de 
ligação a GH (GHBP), que é derivada da porção N-terminal do receptor 
de GH
O GHBP reduz a eliminação renal e aumenta a meia-vida biológica 
de GH, que corresponde a cerca de 20 minutos, então o tempo em 
que esse hormônio circula aumenta
O GH humano pode atuar como agonista no receptor de PRL
O fígado e os rins são os principais locais de degradação de GH
Receptor de GH
Membro da família de receptores da citocina/GH/PRL/eritropoetina
Está ligado à via de sinalização JAK/STAT: receptor ligado a uma proteína 
que tem atividade de tirosina quinase, ou seja, tem ação de fosforilar um 
substrato proteico
A insulina favorece a expressão do receptor de GH (GHR)
O GHR tem um domínio intracelular e um extracelular
O domínio intracelular está conectado com a via de sinalização 
JAK/STAT
Como ocorre
1. GH se liga ao domínio extracelular do receptor de GH específico (GHR)
2. Ocorre uma mudança conformacional no domínio intracelular
3. Via de sinalização JAK/STAT é ativada
4. Fosforilação da JAK, que permite a
5. Fosforilação de STAT5b, que, então se dimeriza
6. Esse dímero é translocado para o núcleo da célula
7. Estimulo da transcrição dos genes sensíveis a GH
Eixo hipotálamo-hipófise 14
SECREÇÃO DE GH
Padrão vitalício de secreção do GH
Secreção aumenta no período neonatal: crescimento dependente de 
GH e IGF-I
Secreção permanece elevada em toda a infância e atinge um pico na 
puberdade, quando o estrogênio promove taxas ainda maiores de 
secreção de GH e o hormônio da tireoide também aumenta a secreção 
de GH e IGF-I para favorecer o crescimento e a maturação óssea
Os adultos continuam a produzir GH coerentemente com seu papel no 
metabolismo
Seus níveis diminuem durante a senescência
Eixo hipotálamo-hipófise 15
Características
Demonstra ritmos diurnos predominantes:
A secreção máxima ocorre no início da manhã, logo antes do 
despertar, visto que sua secreção é estimulada durante o sono 
profundo de ondas lentas.
A secreção de GH é lenta durante o dia, devido aos padrões de 
sono-vigília (não aos padrões de luz-escuridão), ocorrendo um 
desvio em pessoas que trabalham em turnos noturnos
A secreção de GH é pulsátil e os níveis de GH no plasma variam muito:
Por isso e pela heterogeneidade do GH circulante, a medida dos 
níveis séricos de GH tem pouca utilidade clínica. Então, a medição 
do IGF-I é usada para determinar o estado do eixo GH, sobretudo 
em pacientes jovens
A secreção de GH é regulada de modo diferencial dependendo do 
estado fisiológico, então os estímulos para sua secreção são
Hipoglicemia
Deficiência de proteínas não muito severa, até porque G e IGF-1 
são proteínas
Eixo hipotálamo-hipófise 16
Diminuição de ácidos graxos no sangue
Estresse: sua secreção aumenta por estresse neurogênico e físico
Exercício e inanição estimula a secreção de GH
Aumento na glicose sanguínea ou de ácidos graxos livres inibe a 
secreção de GH, assim como obesidade (resistência à insulina e 
aumento dos ácidos graxos livres circulantes)
Regulação da secreção de GH
Hipotálamo: controle positivo/negativo duplo
O hipotálamo estimula a secreção de GH predominantemente pelo 
peptídeo liberador do hormônio do crescimento (GHRH), que, 
por sua vez, aumenta a secreçãode GH e a expressão do gene de 
GH
GHRH é produzido nos núcleos arqueado e ventromedial
O hipotálamo inibe a síntese e a liberação hipofisária de GH por 
meio do peptídeo somatostatina, que, também inibe a liberação 
de TSH na adeno-hipófise
A somatostatina é liberada mediante a presença de GH
A somatostatina também é produzida pelo hipotálamo
1. PKA estimula PIT-1
2. Ativa a transcrição do gene GH
3. Estimula a transcrição do gene do receptor de GHRH
Ghrelina
Estimula a secreção de GH por meio do receptor secretagogo de 
GH nos somatotrofos
É produzida principalmente no estômago, mas também pelo 
hipotálamo
Aumenta o apetite e pode servir como um sinal para coordenar a 
aquisição de nutrientes com o crescimento
Eixo hipotálamo-hipófise 17
Retroalimentação negativa
IGF-I
Retroalimentação negativa primária sobre somatotrofo
É produzido pelo fígado mediante o estímulo de GH
A insulina favorece a sinalização nos hepatócitos
Inibe a síntese e a secreção de GH pela hipófise e a de GHRH 
pelo hipotálamo em uma alça de retroalimentação longa 
clássica
GH
Alça de retroalimentação curta
Age inibindo a secreção de GHRH no hipotálamo
O GH exerce uma retroalimentação negativa sobre a liberação 
de GHRH por meio de uma alça de retroalimentação curta
Ações do GH
Papel duplo no metabolismo, altamente dependente do contexto 
fisiológico
Promover o crescimento e o anabolismo proteico quando o estado 
nutricional for favorável
Metabolismo proteico
Promove o anabolismo, ou seja, promove a síntese de 
proteínas por meio da maior captação de aminoácidos e do 
aumento da deposição de proteínas, diminuindo o catabolismo 
(poupa proteína)
Mobiliza ácidos graxos → geração de energia
Diminui a produção de ureia e aumenta a retenção de 
nitrogênio
Ação direta sobre o crescimento: estímulo ao crescimento 
ósseo e de cartilagens (e de partes moles)
Eixo hipotálamo-hipófise 18
Aumenta a deposição de proteínas nas células que são 
responsáveis pela formação óssea
Aumenta a replicação das células, sobretudo osteoclasto 
(limpeza do osso velho) e osteoblasto (matriz óssea)
Conversão de células condrocíticas em osteogênicas
Crescimento ósseo em comprimento
Ocorre quando as epífises dos ossos longos ainda estão 
abertas (cartilaginosas) (infância até o final da 
adolescência), com o GH promovendo esse crescimento
Crescimento ósseo em largura
Ossos membranosos e curtos
Excesso de GH na infância: gigantismo
Falta de GH na infância: nanismo
Excesso de GH na vida adulta: acromegalia
Ação indireta sobre o crescimento: GH estimula o fígado a 
produzir os IGFs (somatomedinas)
Fatores de crescimento semelhante à insulina (IGF): 
hormônios multifuncionais que regulam a proliferação, a 
diferenciação e o metabolismo celular
Assemelham-se à insulina nos quesitos estruturais e funcionais
IGFs e insulina apresentam reatividade cruzada no 
receptor
IGFs em alta concentração mimetizam as ações 
metabólicas da insulina
Ações autócrinas, parácrinas e endócrinas: estimulam a 
captação da glicose e de aminoácidos e a síntese de proteínas 
(efeito anabólico) e DNA (efeito mitogênico)
O fígado é a principal fonte dos IGFs circulantes
Eixo hipotálamo-hipófise 19
O GH e o IGF-I, em conjunto, promovem a proliferação, 
diferenciação e hipertrofia de condrócitos durante a ossificação 
endocondral
IGF-1
Promove crescimento muscular e ósseo, a replicação de 
osteoblastos e a síntese de colágeno e matriz óssea
Forma principal produzida na maioria dos tecidos adultos
42% de homologia estrutural com a pró-insulina
Atua pelos receptores IGF do tipo I (semelhante ao 
receptor de insulina e do fato de crescimento epidérmico 
(EGF)), que contém atividade intrínseca de tirosina quinase
IGF-2
Forma principal produzida no feto, regulando o crescimento 
do feto e da placenta, de forma independente de GH
Atua pelos receptores IGF do tipo I (semelhante ao 
receptor de insulina e do fato de crescimento epidérmico 
(EGF)), que contém atividade intrínseca de tirosina quinase
Também se liga ao receptor de IGF/manose-6-fosfato tipo 
II (não lembra o receptor de insulina e não apresenta 
atividade intrínseca de tirosina quinase): serve para limitar 
a sinaização de IGF-II pelo receptor de tipo I
Outros hormônios estimulam o fígado a liberar IGF
Insulina
Prolactina
Outras estruturas que liberam IGF
Osteoblastos, mediante o estímulo de 
Paratormônio (PTH)
Estradiol
Transporte
Eixo hipotálamo-hipófise 20
Todos os IGFs são transportados no plasma ligados a 
proteínas de ligação de IGF (IGFBP) e a subunidade ácido lábil 
(ALS)
Subunidade lábil ácida (ALS): é responsável pela estabilidade 
do complexo durante o transporte na corrente sanguínea
O GH estimula a produção hepática de IGF-I, IGFBP-3 e ALS
O complexo IGFBP-3/ALS/IGF-I media o transporte e a 
biodisponibilidade de IGF-I
A IGFBP inibe a ação do IGF, mas aumenta a meia-vida dele
IGFBP proteases degradam a IGFBP e atuam na produção de 
IGFs livres (ativos) localmente
Alternar o consumo de combustíveis para lipídeos, poupando a 
glicose, no estado de jejum
Metabolismo dos lipídios
Eixo hipotálamo-hipófise 21
Promove a lipólise ao mobilizar ácidos graxos e glicerol por 
meio do triacilglicerol pela ativação direta e indireta combinada 
das lipases dos adipócitos em situações de jejum, aumentando 
a concentração de ácidos graxos na corrente sanguínea → as 
células utilizam ácidos graxos como fonte de energia, pois a 
captação e a Beta-oxidação de ácidos graxos aumentam nos 
músculos esqueléticos e fígado → produção de corpos 
cetônicos, podendo causar uma cetose (excesso de GH)
Hormônio cetogênico
Resistência à insulina por conta do aumento de ácidos graxos 
no sangue
Ocorrem quando a pessoa está em jejum
Metabolismo dos carboidratos
Diminui a captação de glicose pelos tecidos (sobretudo 
músculos) ao diminuir a expressão de GLUT 4, por exemplo, o 
que aumenta a glicemia
Aumenta a produção de glicose pelo fígado, por meio de 
gliconeogênese e glicogenólise, pois o aumento da oxidação 
de ácidos graxos e a consequente elevação de acetil CoA 
hepática estimulam esses dois processos
O GH estimula diretamente a expressão da enzima 
gliconeogênica PEPCK, por meio da ativação de STAT5b
Aumento da produção de glicose no fígado a partir de 
substratos como lactato e glicerol
Diminuição da sensibilidade periférica à insulina, pois
Há muita glicose circulando, fazendo com que o pâncreas 
está produza mais insulina
Há muito ácidos graxos circulando
Isso é importante, pois assim é ofertada mais glicose para 
o tecido nervoso, já que o organismo encontra-se numa 
situação de hipoglicemia
Eixo hipotálamo-hipófise 22
Isso ocorre, pois o GH fosforila o seu receptor, o que causa 
uma fosforilação em serina no receptor de insulina, que 
para funcionar, deveria ser fosforlidado em tirosina
Assim, é um hormônio que aumenta a glicemia e reduz a 
sensibilidade à insulina, configurando-se um hormônio 
diabetogênico
Hipofisectomia pode melhorar o controle diabético
Quando secretado em excesso, o GH pode causar 
diabetes mellitus → níveis mais altos de insulina são 
necessários → secreção excessiva de insulina → lesão 
nas células beta pancreáticas
Em níveis baixos de GH, a secreção de insulina cai
Níveis normais de GH são importantes para uma função 
pancreática e secreção de insulina normais
Os efeitos hiperglicêmicos de GH são leves e mais lentos que o 
glucagon e a epinefrina
Após a ingestão de alimentos
Com o suprimento equilibrado de nutrientes os níveis séricos de 
glicose se tornam maiores, estimulando a secreção de insulina, e os 
níveis séricos de aminoácidos também aumentam, promovendo a 
secreção de GH. O GH estimula a produção de IGF-I pelo fígado
GH atua como um hormônio anabólico proteico: aumenta a captação 
celular de aminoácidos e a incorporação de proteínas, 
consequentemente retém nitrogênio e diminui a produção de ureia
Crianças: crescimento esquelético, muscular e visceral
GH em baixos níveis
Senescência: desgaste muscularassociado ao envelhecimento
Crianças: retardo no crescimento ou nanismo
Adultos: causa hipoglicemia, alterações da composição corporal 
(gordura aumenta, massa magra diminui), fraqueza muscular e 
Eixo hipotálamo-hipófise 23
exaustão rápida
O papel do GH muda conforme alterações do estado nutricional do 
indivíduo
Dieta rica em calorias com baixo teor de aminoácidos:
alta disponibilidade de carboidratos → secreção de insulina
baixa disponibilidade de carboidratos → inibe a produção de GH e 
de IGF
Assim, os carboidratos e gorduras dietéticas são armazenados, 
mas as condições são desfavoráveis para o crescimento
Jejum
GH é um hormônio lipolítico: promove a quebra dos lipídios
Baixa disponibilidade de nutrientes → hipoglicemia
Secreção de GH → desvio do metabolismo para lipídeos como 
fonte de energia
Ação indireta: sensibilização dos adipócitos às ações 
lipolíticas das catecolaminas (estão elevadas durante o 
jejum) → aumento do nível sérico de ácidos graxos 
Inibe a secreção de insulina → conservação da glicose para 
tecidos essenciais (encéfalo)
Eixo hipotálamo-hipófise 24
O Lactotrofo
Produz prolactina, uma proteína de cadeia única de 199 aminoácidos
A PRL é estruturalmente relacionada a GH e hPL
O lactotrofo difere dos outros tipos celulares endócrinos da adeno-hipófise
Não faz parte de um eixo endócrino: PRL atua diretamente sobre as 
células não endócrinas para induzir alterações fisiológicas, no caso as 
mamas
A produção e a secreção de PRL estão predominantemente sob o controle 
inibitório do hipotálamo: alterações no pedículo hipofisário e nos vasos 
portais, de forma que a comunicação entre adeno-hipófise e hipotálamo 
seja interrompida, aumenta os níveis séricos de PRL
Receptor de PRL
Família de citocinas
Vias de sinalização JAK/STAT
Também estão localizados em ovários e testículos, além das mamas
Ação primária da prolactina
Eixo hipotálamo-hipófise 25
Desenvolvimento e função das mamas durante a gestação e lactação
Ação secundária da prolactina
Inibe a liberação de GnRH, fazendo com que a amamentação esteja 
associada à amenorreia lactacional
Essencial para o sucesso reprodutivo: o receptor (RPRL) tem sido 
detectado em vários tecidos, incluindo cérebro, ovário, placenta e útero e 
testículos
Evidências indicam que a PRL é um fator de crescimento de linfócitos
A prolactina circula na forma não ligada a proteínas séricas → meia-vida 
relativamente curta (20 minutos)
As concentrações séricas basais da prolactina são semelhantes em homens e 
mulheres
A secreção de prolactina
Ocorre mediante
Normalmente está sob inibição tônica realizada pelo hipotálamo: por 
meio dos tratos dopaminérgicos que secretam dopamina na eminência 
mediana
Liberação de um fator de liberação de prolactina (PRF): TRH, ocitocina 
e VIP
Os PRFs são ativados pela serotonina
Regulação
Sua secreção é estimulada por muitos fatores, como o TRH e 
hormônios da família do glucagon
Estresse, como cirurgia, medo, estímulos de excitação e exercícios, 
estimula a secreção de PRL
A somatostatina, o TSH e o GH inibem a secreção de PRL
Ritmo diurno pronunciado associado ao sono: o sono aumenta a secreção 
de PRL
Não há uma fase específica do sono responsável por isso
Eixo hipotálamo-hipófise 26
Medicamentos que interferem na síntese e ação da dopamina aumentam a 
secreção de PRL, como anti-hipertensivos e antidepressivos tricíclicos, que 
são inibidores de dopamina
Hiperprolactinemia causa significativa de infertilidade em ambos os sexos, 
também podendo estar associada à galactorreia (fluxo inadequado de leite 
materno) em homens e mulheres

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