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Resumão Análise Experimental do Comportamento

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resumão análise experimental do
comportamento
Comportamento: descreve uma relação entre as atividades dos organismos (respostas) somado aos
eventos ambientais (estímulos).
Modelo de Causalidade: modelo explicativo mais voltado para o modelo das ciências biológicas, como a
teoria da evolução de Darwin; são suposições de como o comportamento é constituído, suas causas e as
relações entre os eventos; identificação de variáveis externas das quais o comportamento é função; serve
para prever e controlar o comportamento do organismo. 
O modelo de causalidade assumido pela Análise do Comportamento é o modelo de seleção por
consequências. Segundo esse modelo, um comportamento só pode ser explicado considerando que o
fenômeno têm múltiplas causas e que são sempre históricas e inter-relacionadas.
As diversas funções comportamentais podem se chamadas de evocativas e alteradoras de repertório. 
Evocativas: nos referimos a uma mudanças imediata, porém temporária; os estímulos que exercem essa
função são: incondicionais e condicionais (nas relações respondentes), discriminativos e operações
motivadoras incondicionais e condicionais; função instanciadora.
Alteradora de Repertório: nos referimos ao último evento que pode ser melhor observado quando as
condições que o precederam estão novamente presentes; os estímulos que exercem essa função são
reforçadores, punidores e as operações motivadoras condicionadas; função selecionadora. 
Histórico da Operações Motivadoras: 
1938: Skinner se refere a Drives como um grupo de variáveis que atuam no fortalecimento ou
enfraquecimento do comportamento (privação e saciação). 
1950: Keller e Schoenfeld utilizam o termo "impulso" para se referir as modificações do responder;
impulso como um estado interno mas produto das relações. 
1963: Skinner traz o conceito de estimulação aversiva. 
1967: Milleson se refere a motivação como operação de impulso, com valor de consequência,
aumentando-a (privação) ou diminuindo-a (saciação). 
1982: Michael propõe o terma relação estabelecedora para se referir aos estímulos antecedentes
envolvidos numa relação comportamental. 
Operações Motivadoras: as operações motivadoras são estímulos antecedentes envolvidos em uma
relação comportamental e que estão relacionados aos aspectos motivacionais daquele comportamento;
chamamos de operações motivadoras todo e qualquer evento ambiental (seja uma operação ou condição
de estímulo) que afeta um operante de duas maneiras:
 alterando a efetividade dos estímulos consequentes (reforçadores e punidores);
modificando a frequência da classe de respostas que produzem essas consequências.
Operações Estabelecedoras: eventos ambientais que tornam as respostas de uma classe operante
mais prováveis de serem emitidas por aumentar a efetividade reforçadora ou diminuir a efetividade
punidora da consequência.
Operações abolidoras: eventos que tornam respostas dessa classe operante menos proáveis de
ocorrerem por diminuírem a efetividade reforçadora ou aumentar a efetividade punidora. 
1.
2.
As operações motivadoras podem ser condicionadas ou incondicionadas. As incondicionadas são
atribuídas à natureza de alguns eventos, como apetitivos ou aversivos, para os quais os organismos já
nascem sensíveis (privação de água); já as condicionadas são eventos que nos tornamos sensíveis na
nossa história ontogenética (dinheiro).
De acordo com Skinner, o behaviorismo radical postula que a natureza daquilo que ocorre dentro da pele
não difere de qualquer comportamento observável e, por isso, considera que a emoção não deve ter
status diferenciado. 
A emoção aqui, não se refere a um estado do organismo mas sim uma alteração na predisposição para a
ação, ou seja, a uma alteração na probabilidade de uma classe de respostas sob controle de uma classe
de estímulos.. 
As respostas respondentes presentes em uma emoção são aquelas dos músculos lisos e glândulas. 
Ansiedade: o episodio emocional denominado ansiedade refere-se não só a respostas respondentes
eliciadas por estímulos condicionais; mas também a respostas operantes de fuga e esquiva de estímulos
aversivos condicionais e incondicionais, e a uma interação dessas contingencias respondentes e de
fuga/esquiva com outro comportamento operante que poderia estar ocorrendo no momento. Ocorre a
supressão condicionada.
Supressão Condicionada: redução no responder produzida direta ou indiretamente por um estímulo
aversivo. Na ansiedade percebemos então: 
alteração na predisposição ao responder (respostas que reduzam ou evitem contato com o estímulo
serão maiores).
eliciação de respostas respondentes
diminuição na efetividade reforçadora de outros estímulos. (operação abolidora).
1.
2.
3.
Decidir: para a análise do comportamento, decidir é comporta-se, é fazer algo e, como isso, produzir
certas consequências. Ninguém nasce sabendo como decidir e presumivelmente algumas pessoas
decidem melhor, ou com mais frequências, do que outras. Isso quer dizer que o comportamento de
decidir também deve ser aprendido, no sentido de ser selecionado por consequências. 
Pressupor a determinação do comportamento é benéfico para uma ciência do comportamento que busca
investigar quais as variáveis que o determinam; um cientista que supõe a existência de variáveis que
controlam o comportamento tende a procura-las; um cientista que supõe que elas talvez não existam
possivelmente não terá bons motivos para aprofundar suas investigações. 
Liberdade: um analista do comportamento pode, eventualmente, defender certos tipos de liberdade,
mesmo adotando o determinismo como pressuposto.
Liberdade como sentimento: a classe de relações comportamentais denominada reforçamento
positivo parece favorecer o relato de certos sentimentos como amor, felicidade e liberdade; quando
nosso comportamento é positivamente reforçado, sentimos que fazemos o que queremos, gostamos e
escolhemos.
Liberdade como diminuição da coerção: relações comportamentais coercitivas podem gerar, além do
relato de sentimentos como raiva e ansiedade, uma "luta pela liberdade". Essa luta, nada mias é do que
uma luta contra esse tipo de relação. 
Liberdade como autocontrole: o clínico, via de regra, deseja que seu paciente seja autônomo,
independente e governe seu cotidiano; para isso, ele pode ensinar aos seus pacientes a analisar seu
próprio comportamento e as variáveis que o controlam; ao fazer isso estará gerado em seus clientes o
que Skinner chamou de autocontrole O uso do autocontrole, porém, não significa que o comportamento
da pessoa não está sujeito à determinação ambiental. 
Skinner chama atenção para o fato de as pessoas tenderem a identificar a ausência de coerção como
liberdade absoluta, ignorando o tipo mais poderoso de controle - aquele exercido através do
reforçamento positivo. O controle por reforçamento positivo, como qualquer tipo de controle, pode ser
utilizado como objetivo espúrios; ele é poderoso, entre outros motivos, porque, via de regra, não nos
revoltamos contra ele. 
Se diz que o comportamento é dito controlado quando ele está funcionalmente relacionado a variáveis
ambientais. Causa é sinônimo de função, que é sinônimo de controle, que é sinônimo de relações causais.
Um comportamento estranho nunca é dito "patológico" pelo analista do comportamento; se ele ocorre, é
porque de alguma maneira ele é funcional, tem um valor de sobrevivência. 
Avaliação Funcional: processo de identificação das variáveis que evocam e que mantém o
comportamento, antes de tratar o problema; é o processo de coleta de informações sobre os
antecedentes e consequentes que estão funcionalmente relacionados à ocorrência de um
comportamento problema. 
A avaliação funcional é o primeiro passo para o uso de procedimentos de modificação do
comportamento. Pela avaliação o psicólogo consegue identificar contingencias atuais e inferir sobre
contingencias que operam no passado a partir da observação direta ou de relatos do comportamento. 
A avaliação funcional na prática clinica permite: elaborar hipóteses a respeito da aquisição e manutenção
de repertórioscomportamentais; possibilita a programação de intervenções visando o desenvolvimento
de novos repertórios; é fundamental para o planejamento da manutenção e generalização para o
ambiente natural das mudanças alcançadas. 
Pois, são objetivos da avaliação: 
 Identificar o comportamento alvo e as condições que o mantém;
Determinar a intervenção apropriada;
Monitorar o progresso da intervenção;
Auxiliar na medida do grau de eficácia e efetividade da intervenção. 
1.
2.
3.
4.
Etapas da Avaliação Funcional: 
Identificar o comportamento alvo (escolher as respostas relevantes para o caso);
Identificar antecedentes; 
Identificar consequências; 
Identificar processos (tríplice contingencia); 
Identificar possíveis efeitos (são os efeitos que definem comportamentos bem ou mal sucedidos, de modo
que uma atividade é tida como bem sucedida quando é reforçada, enquanto atividades mal sucedidas são
as menos reforçadas);
Planejamento de intervenções;
Implementação da intervenção;
Avaliação dos resultados. 
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Métodos da Avaliação:
Métodos Indiretos: entrevistas ou questionários comportamentais usados para a coleta de informações;
são fácies de conduzir e não demoram, mas podem sofrer interferência da memoria e da parcialidade;
Métodos de Observação Direta: observar e registrar os antecedentes e consequentes toda vez que o
problema do comportamento ocorre; informações mais precisas mas requerem mais tempo e esforço.
Métodos Experimentais: antecedentes e consequências são manipulados para observar o seu efeito
sobre o comportamento; pode ser exploratória ou por teste de hipóteses. 
A análise do comportamento não vê os comportamentos problemáticos como doenças; mas fenômenos
de causa e natureza igual aos demais comportamentos.
Os motivos que podem levar o individuo a buscar a ajuda do psicólogo são: 
autoconhecimento: busca pelo maior acesso aos reforçadores;
"estar com problemas": dificuldades em emitir respostas que diminuam estimulações aversivas ou que
deem acesso aos reforçadores; e os chamados transtornos psiquiátricos. 
Os transtornos psiquiátricos são iguais aos problemas clínicos, esses sofrem influencia dos três níveis:
filogenético, ontogenético e cultural. Todas as instancias possuem igual importância e não se deve ignorar
nenhuma; devemos olhar para o entrelaçamento entre elas.
Como qualquer comportamento são multideterminados em suas origens e manutenção; são distinguidos
pelo comprometimento que podem causar.
Normalidade: seria a classificação de padrões comportamentais como transtornos mentias e é
determinada por praticas culturais. Na análise do comportamento, não se compreende nenhuma forma
de comportamento como "patológico"; os comportamentos são vistos selecionados por suas
consequências e pode-se dizer que todo comportamento é normal, no sentido de que é selecionado.
Alguns comportamentos, porém, merecem maior atenção porque violam as expectativas sociais e trazem
maior sofrimentos aos indivíduos que apresentam e aquelas que estão ao redor. 
Contingência de Reforçamento: é a unidade de análise, que visa descrever as relações funcionais entre
comportamento operante e o ambiente, no qual o indivíduo está inserido e interage, levando o a
comportar-se de um determinado modo.
Contingências Entrelaçadas: É um sistema complexo de contingências em que o comportamento de
um indivíduo funciona como ambiente (consequências e/ou antecedentes) para o comportamento de
outros indivíduos, sendo que o comportamento verbal é parte essencial no entendimento dessas
contingências e a ligação fundamental
1.
2.
As terapias comportamentais podem ser divididas nas chamadas “gerações” ou “ondas”, com
características específicas relacionadas aos pressupostos terapêuticos e técnicas utilizadas. A semelhança
entre as gerações encontra-se no fato de que todas se baseiam na Análise do Comportamento. 
Steven Hayes é considerado o grande difusor da ideia de evolução da Terapia Comportamental em três
gerações sucessivas. 
Terapia Cognitivo Comportamental: alguns autores utilizam o termo terapia cognitivo-
comportamental para se referir a todo o movimento de terapias comportamentais (incluindo o
movimento de terceira onda), enquanto outros julgam como mais apropriado o termo terapia
comportamental, uma vez que o termo terapia cognitivo-comportamental é frequentemente utilizado
para se referir a tratamentos que incluem estratégias de reestruturação cognitiva.
Para uma terapia ser considerada comportamental deve possuir as seguintes características: cientifica,
ativa, focada no presente e na aprendizagem, individualizada, progressiva e breve.
De maneira simplificada, tais gerações podem ser definidas como: (1ª) modificação do comportamento,
(2ª) análise funcional e (3ª) terapias contextuais. 
Primeira Geração: A primeira geração das terapias comportamentais surgiu, em parte, como uma
resposta às concepções clínicas dominantes, voltadas a práticas que não se utilizavam de estudos
científicos para estruturar suas intervenções. Dessa forma, a primeira geração se sustentava nos
princípios de aprendizagem que foram, em sua maioria, estudados em contexto experimental, com não-
humanos. As práticas de intervenção baseavam-se na modificação do comportamento, por meio de
técnicas de condicionamento respondente e operante, e o foco das intervenções se limitava ao
comportamento-problema, impossibilitando a análise de componentes da relação terapêutica e de outros
aspectos da vida do indivíduo, para além do que era apresentado como demanda principal.
As duas correntes comportamentalistas da época, o neobehaviorismo e a análise do comportamento, se
uniram contra os paradigmas clínicos predominantes (psicanalise). 
Utiliza o critério do sofrimento para definir se um comportamento merece ou não atenção “especial”: é o
sofrimento da pessoa que se comporta, ou os que estão a seu redor estão submetidos, que justificaria o
seu estudo e a busca do seu controle.
Modificação do comportamento através da utilização de técnicas derivadas dos princípios do
condicionamento clássico, também chamado de Pavloviano ou respondente e do condicionamento
operante ou Skinneriano. Pouca ênfase na relação terapêutica
Segunda Geração: A segunda geração foi influenciada pela expansão das terapias cognitivas, no final da
década de 60. Por esse motivo, os terapeutas comportamentais passaram a estruturar suas intervenções
de modo a trabalhar não apenas com os comportamento-problema, mas também com os pensamentos e
sentimentos do indivíduo atendido, utilizando-se de análise funcional para a compreensão de padrões
mais amplos de comportamento do cliente
Se diferencia da primeira geração pois trás o conceito de que os pensamentos são responsáveis por
comportamentos e provocam emoções. Procurou preservar a objetividade e o foco técnico presente na
primeira geração, ao mesmo tempo em que tentou valorizar o ser humano racional.
Utiliza diferentes técnicas terapêuticas e compartilham a premissa de que cognições mal adaptativas
estão relacionadas de forma causal ao sofrimento emocional; através da modificação das cognições, o
sofrimento emocional e os comportamentos mal adaptativos diminuem.
Enfatiza a necessidade de uma relação terapêutica colaborativa sob a premissa de que tal relação
otimizaria a eficácia das técnicas utilizadas
Terceira Geração: a terceira geração de terapias comportamentais, por sua vez, surgiu em resposta a
alguns problemas encontrados na segunda geração, como o questionamento sobre a eficácia das
estratégias cognitivas e a própria adoção da “cognição” como uma categoria de análise própria, em
detrimento do que poderia ser entendido como “comportamento”, baseando-se na teoria analítico-
comportamental. Assim, diferentes terapias surgiram estruturadas em princípios comportamentais – em
especial na análise do contexto das demandas terapêuticas e da função dos comportamentos-problema –
e em técnicas como o mindfulness. As terapias comportamentais de terceira geração mais conhecidas,
assim, são a já citada Terapia de Aceitaçãoe Compromisso (ACT), a Terapia Analítico-Funcional (FAP), a
Terapia Comportamental Dialética (DBT) e a Ativação Comportamental (BA).
As terapias de terceira geração surgem para trazer as terapias comportamentais de volta a
contextualização do behaviorismo e encorajam o uso de técnicas de mindfulness e aceitação para lidar
com as experiências internas, ao invés de tentativas de mudar os pensamentos e as sensações internas
consideradas negativas.
 Em vez de lutar para mudar pensamentos e sentimentos desconfortáveis, as novas abordagens focam
em cultivar uma atitude de aceitação sem julgamentos em relação a todas as experiências humanas, a fim
de aumentar o bem-estar psicológico.
A análise mais abrangente permitia, assim, a utilização de diferentes intervenções, por vezes baseadas
naquelas estruturadas pelas terapias cognitivas. É relevante destacar que a interlocução entre a terapia
comportamental e a terapia cognitiva, na segunda geração, propiciou o aparecimento da terapia cognitivo-
comportamental, que se utiliza das duas teorias para estruturar o trabalho clínico.
Na prática, as terapias de segunda onda utilizavam-se de princípios comportamentais e de conceitos
cognitivos, ou seja, A segunda onda assimilou em grande medida a primeira onda e ficou caracterizada
por esforços de mudanças guiados pela aprendizagem social e pelos princípios cognitivos. 
Terapia Funcional Analítica (FAP): Está incluída nas terapias de terceira geração, é uma terapia que da
ênfase na relação terapeuta- cliente. 
Não existe uma receita pronta, desafia o terapeuta a se conhecer e se reinventar a todo instante.
Baseada nos princípios da Análise do Comportamento e da filosofia do Behaviorismo Radical; foi
desenvolvida inicialmente por Robert Kohlenberg e Mavis Tsai (1987).
Surgiu na ascensão da TCC e trás de volta a contextualização comportamental
Tal método se baseia na ideia de que temos um relacionamento íntimo quanto mais nossos
comportamentos são aceitos, com risco mínimo de rejeição e julgamento. Popularmente, diríamos sobre
essa relação algo como “com ele (a) eu posso ser eu mesmo (a)”. 
"a intimidade surge quando as pessoas se comunicam abertamente, deixando claro o que pensam e o
que querem, dividindo além do carinho, as experiências e os segredos, mostrando-se o que é, mesmo nos
medos, inseguranças e defeitos. O compartilhar de sofrimento e o compartilhar de sentimentos positivos
de amor, proximidade, esperança, alegria e orgulho são indicativos da intimidade na relação."
Relação terapêutica X Interação terapêutica: Relação é o conjunto de interações regulares entre
indivíduos; relação terapêutica enquanto instrumento ou mecanismo de mudança do cliente.
Tsai e col. (2008) referem-se ao terapeuta usar a si próprio como instrumento de mudança.
Alguns comportamentos do cliente que ocorrem na relação com o terapeuta têm especial relevância
clínica na FAP; o princípio comportamental subjacente à sua resposta é o da generalização.
Comportamento Clinicamente Relevante 1 (CRB1): Uma parte dos comportamentos do cliente na
terapia poderá ser mais significativa quanto mais representar uma amostra do próprio problema que a
terapia se propõe a tratar. 
Comportamento Clinicamente Relevante 2 (CBR2): É possível que o cliente se comporte na sessão de
tal modo que seus problemas melhorariam se ele assim o fizesse em seu dia a dia; esses
comportamentos de melhora, ocorrendo na própria relação com o terapeuta, são os CBR2
Comportamento Clinicamente Relevante 3 (CBR3): O comportamento do cliente de fazer análises, o
que pode ser considerado um estímulo especificador de contingências por modificar verbalmente a
função de um estímulo.
FIAT-Q: o paciente deve: identificar e expressar assertivamente necessidades; impactar, dar e receber
feedbacks em comunicação bidirecional; identificar e lidar com conflitos e desconforto interpessoais;
autorevelar-se e manter proximidade interpessoal; experenciar e expressar emoções.
Self estável: a história de reforçamento dos comportamentos abertos, sob controle privado, constrói no
indivíduo a emergência e a estabilidade da unidade funcional “eu”. É quando somos aceitos ao nos
comportarmos de acordo com nosso mundo privado, aprendendo, aos poucos, a reconhecer como nos
sentimos, quais são os nossos valores, enfim, quem somos nós.
Self instável: Uma história crônica de invalidação, por sua vez, leva ao desenvolvimento de um Self
instável, que os autores reconhecem em grau patológico em Transtornos de Personalidade. Como fruto
dessa invalidação, podemos ter extrema dificuldade em tatear o que estamos sentindo e, mais ainda, em
saber o que queremos, do que gostamos e quem somos.
Na FAP, os problemas e as melhoras do terapeuta também são objeto de análise, sendo denominados TI
(problema do terapeuta acontecendo na sessão) e T2 (melhora ou progresso do terapeuta acontecendo
na sessão)
5 Regras da FAP: 
Regra da Consciência: consiste na premissa simples de que o terapeuta deve estar atento e consciente
ao que acontece na sessão; 
1.
 Para isso deve ter as habilidades de: observar e descrever contingências da sessão; terapeuta observa seus
próprios comportamentos e seus possíveis evocadores; utilizar as observações na análise funcional; o
terapeuta verifica se o comportamento do cliente é um CRB (conversar e construir junto com o cliente uma
conclusão do que foi observado).
 2.Regra da Coragem: consiste em evocar CBRs durante a sessão;
 Para isso deve ter as habilidades de: usar gentileza e empatia como crivos sobre como evocar CRBs; 
 terapeuta formula o que será considerado CRB2 (o critério do que será uma melhora precisa levar em conta
o processo de modelagem gradual que irá se desenrolar na terapia); terapeuta evoca CRB2 e bloqueia CRB1:
utilizar a empatia e ser uma audiência não punitiva.
 3. Regra 3 do Amor: necessidade de ações e expressões de afeto genuínas por parte do terapeuta.
 Para isso deve ter as habilidades de: terapeuta reponde de modo genuíno; terapeuta se vulnerabiliza:
compartilhar pensamentos e sentimentos, incluindo sentimentos desagradáveis (tristeza, vergonha) e
também positivos (amor, proximidade, gratidão, esperança); compartilhar memórias e segredos; e aproximar-
se fisicamente.
 4. Regra 4 e 5 - Behaviorismo: Na Regra 4, o terapeuta deve avaliar os efeitos potencialmente reforçadores
das consequências dos comportamentos de melhora (CRB2). Na Regra 5, o terapeuta deve promover a
generalização desses CRB2 para fora da terapia.
 Para isso deve ter as habilidades de: terapeuta analisa diferentes indicadores de reforçamento; terapeuta
planeja a generalização.

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