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ANATOMIA DENTÁRIA E ABERTURA CORONÁRIA Tempos Operatórios: · Cirurgia de acesso · Odontometria e Esvaziamento · Preparo do canal radicular · Meios mecânicos · Meios químicos · Meios físicos · Medicação intracanal · Obturação · Proservação Características gerais da cavidade pulpar Importância do conhecimento prévio da anatomia dental: · Evitar acidentes durante o ato operatório · Determinar a forma de contorno da cavidade de acesso · Conhecer o campo de ação do endodontista HESS (1917): · A cavidade pulpar acompanha a forma externa do dente · O dente, ao irromper na cavidade oral, apresenta cavidade pulpar ampla, diminuindo progressivamente no decorrer da idade · A cavidade pulpar apresenta ramificações laterais e apicais * Se a câmara pulpar já diminuiu muito, pode acabar dando um resultado falso negativo ao teste de sensibilidade pulpar. Fatores que alteram a cavidade pulpar: · Deposição de dentina secundária · Deposição de dentina terciária ou reparativa · Calcificações · Reabsorções dentinárias internas Como se divide o órgão dental · Cavidade pulpar · Canais radiculares · Câmara pulpar · Assoalho da Câmara pulpar Câmara Pulpar Semelhante à anatomia dental externa. Assoalho da Câmara Pulpar · Localização das entradas dos canais. · Os dentes unirradiculares não possuem assoalho da câmara pulpar. Classificação dos Canais ← CAIU NA PROVA Colateral: Paralelo ao canal principal, com menor diâmetro e pode terminar em forame único ou separadamente. Lateral: Localizado no terço médio ou cervical da raiz, sai do canal principal e alcança o periodonto lateral. Secundário: Localizado no terço apical da raiz, sai do canal principal e alcança o periodonto lateral. Acessório: Ramificação do canal secundário que chega a superfície externa do cemento apical. Interconduto: Une dois canais entre si. Recorrente: Sai do canal principal, percorre parte da dentina e volta ao principal sem exteriorizar-se. Cavo-inter-radicular: Sai do assoalho da câmara pulpar e termina na bifurcação ou trifurcação radicular. Delta Apical: Múltiplas terminações do canal principal, originando o aparecimento de vários forames. * Os canais Secundários somente são limpos pelos meios químicos, pois são muito pequenos para as limas. Segmento apical do canal * O limite CDC recebe o cone principal na obturação e não pode ser danificado/deformado. Canal Dentinocementário (CDC) · Transição, união entre os canais dentinário e cementário ← CAIU NA PROVA · Local onde termina a polpa e inicia o periodonto · Local de maior constrição (menor diâmetro) · Não é possível visualizar por meio de radiografia ← CAIU NA PROVA Incisivo Central Superior · Câmara Pulpar: Trapezoidal · Condutos: 1 (100%) · Secção transversal: · Comprimento Médio: 22,5mm Incisivo Lateral Superior · Câmara pulpar: Trapezoidal · Condutos: 1 (100%) · Secção transversal: · Comprimento médio: 22,0mm Curva-se para Distal no 1/3 apical Incisivo Central Inferior · Câmara pulpar: Trapezoidal · Condutos: 2 (25%) · Raízes: 1 (100%) · Secção transversal: · Comprimento médio: 21,0mm Curva-se para Vestibular (20%); Distal (10%) Achatamento mésio-distal, fazendo com que seja possível encontrar 2 canais Incisivo Lateral Inferior · Câmara pulpar: trapezoidal · Condutos: menor probabilidade de 2 · Secção transversal: · Comprimento médio: 22,0mm Curva-se para Distal (35%) Canino Superior · Câmara pulpar: Trapezoidal/Cuboide · Condutos: 1 (100%) · Secção transversal: · Comprimento médio: 26,0mm (Pode ser maior que 30,0mm) Curva-se para Distal e Vestibular Canino Inferior · Câmara pulpar: Cuboide · Condutos: 2 (12%) · Raízes: 2 (6%) · Secção transversal: · Comprimento médio: 24,0mm Curva-se para Distal (20%) Primeiro Pré-Molar Superior · Câmara pulpar: Cuboide · Condutos: 1 (8,3%); 2 (84,2%); 3 (7,5%) · Raízes: 1(35,5%); 2 (61%); 3 (3,5%) · Secção transversal: · Comprimento médio: 21,0mm 1 Curva-se para Vestibular e 1 curva-se para Palatino 1 Curva-se para Distal Assemelha-se aos molares CAIU NA PROVA – dar nome dos canais Segundo Pré-molar Superior · Câmara pulpar: Cuboide · Condutos: 1 (63,7%); 2 (46,3%) · Raízes: 1 (94,6%); 2 (5,4%) · Secção transversal: · Comprimento médio: 21,0mm Primeiro Pré-Molar Inferior · Câmara pulpar: Cuboide · Condutos: 1 (66,6%); 2 (31,3%); 3 (2,1%) · Raízes: 1 (82%); 2 (18%) · Secção transversal: · Comprimento médio: 21,6mm Segundo Pré-Molar inferior · Câmara pulpar: Cuboide · Condutos: 1 (89,3%); 2(10,7%) · Raízes: 1 (92%); 2 (8%) · Secção transversal: · Comprimento médio: 22,0mm Curva-se para Distal (40%) Canais em secundários em 15% Primeiro Molar Superior · Comprimento Médio: 21,7mm · Situa-se bem próximo ao seio maxilar · Inclinação: 0° e 15° em direção palatina · Número de Raízes: 3 · Número de Canais: 4 (70%); 3 (30%) · Direção do Canal: Raiz MV – Distal (78%), Raiz DV – Reta (54%), Raiz P – Vestibular (55%) e Reta (40%) Segundo Molar Superior · Comprimento Médio: 21,3mm · Situa-se Distal ao 1ºMS · Inclinação: 5° em direção Mesial, 11° em direção Palatina · Número de Raízes: 3 (53,7% Separadas, V Fusionadas 18,5%, M e P Fusionadas 5,8%, todas fusionadas 12,5%) · Número de Canais: 3 · Direção do Canal: Semelhante ao 1ºMS Primeiro Molar Inferior · Comprimento Médio: 21,9m · Situa-se posterior ao canal mentoniano e suas raízes próximas ao canal mandibular · Inclinação: 10° em direção Distal, 13° em direção Lingual · Número de Raízes: 2 · Número de Canais: 3 (56%); 4 (36%) · Direção do Canal: Raiz M para distal, raiz D geralmente reta Segundo Molar Inferior · Comprimento Médio: 22,4mm · Situa-se distalmente ao 1ºMI · Inclinação: 15° em direção Distal, 12° em direção Lingual · Número de Raízes: 2 · Número de Canais: 3 (72,5%; 2 (16,2%); 4 (11,3%) · Direção do canal: Semelhante ao 1°MI ABERTURA CORONÁRIA É a fase do tratamento endodôntico que permite criar um acesso ao interior da cavidade pulpar, através de manobras operatórias, com a finalidade de obter um acesso direto, amplo e sem obstáculos ao forame apical. Princípios da Abertura Coronária Toda abertura coronária deverá oferecer por meio de uma linha reta, um acesso direto ao canal radicular. O limite da abertura coronária deverá incluir todos os cornos pulpares, saliências e retenções do teto da câmara pulpar. A anatomia do assoalho da câmara pulpar não deverá ser alterada. O princípio básico da abertura coronária é a definição da forma geométrica que terá a cavidade, sempre em dimensões menores, a fim de se evitar desgaste além da câmara. Essa cavidade deverá apresentar uma profundidade a mais próxima possível da câmara, facilitando assim a trepanação e a remoção do teto. Avaliação preliminar: · Radiografia inicial · Tamanho e localização da Câmara Pulpar · Alterações dentinárias · Número de canais · Inclinações dentárias · Remoção do tecido cariado · Presença de cárie – fonte de contaminação Instrumental Endodôntico para Abertura Coronária Brocas de alta rotação: · Esféricas diamantadasPROVA · 1012 · 1014 · 1016 · CilíndricasSaber qual instrumento usar para cada fase · 2082 · Endo Z Brocas de Baixa rotação: · Esféricas 28 e 32mm · 2, 4, 6 e 8 · Largo · 1 e 2 Fases da Abertura Coronária · Remoção do tecido cariado · Ponto de eleição – onde inicia a abertura coronáriaPROVA · Forma de Contorno · Direção de Trepanação · Remoção do teto da câmara pulpar · Desgaste compensatório Dentes Anteriores (Superiores e Inferiores) Ponto de Eleição: ← CAIU NA PROVA Centro da face lingual, 2 a 3mm abaixo do cíngulo e 3 a 4mm da borda incisal. Forma de Contorno: ← CAIU NA PROVA Incisivos: Forma de triângulo, base para bordo incisal e ápice para o cíngulo. Canino: Elipsoidal/ovóide Direção de Trepanação: ← CAIU NA PROVA A broca é posicionada no ponto de eleição, em um ângulo de 45°com a superfície lingual, inicia-se o desgaste do esmalte até alcançar 2/3 da dentina, então dá-se uma leve inclinada para o longo eixo do dente, para poder alcançar a porção maior da câmara pulpar. Remoção completa do teto da Câmara Pulpar: Com movimentos detração, de dentro da câmara pulpar para fora, remover todo o teto da câmara (cuidar com a parede vestibular). Com o auxílio da porção angulada de uma sonda exploradora, verificar a possível existência de remanescentes do teto. * Se a câmara pulpar for grande, percebe-se uma sensação de “cair” na polpa. Desgaste Compensatório: Com a broca ENDO-Z ou Largo, desgastar a região do cíngulo com a broca (desgastar o cíngulo para maior abertura do canal). A limpeza do canal é feita com Hipoclorito de Sódio. Passo a passo 1- O acesso é sempre feito pela superfície palatina ou lingual dos dentes. A penetração inicial é feita exatamente no centro da face lingual. 2- O acesso inicial é feito com broca esférica em alta rotação. 3- Após atingir a câmara pulpar (queda no vazio), remover o teto da câmara dando forma à cavidade, que é ditada pela anatomia interna da câmara pulpar. A forma final da cavidade nos incisivos superiores é triangular com base voltada para incisal e a do canino é ligeiramente oval com o longo eixo no sentido inciso-cervical. 4- Após toda remoção do teto, alisar as paredes laterais da cavidade com brocas ENDO-Z 5- Uma vez concluída a abertura da cavidade, deve-se realizar a toalete da mesma, irrigar abundantemente com solução de hipoclorito de sódio na concentração escolhida. 6- Visualizar o orifício do canal radicular. 7- Realizar o desgaste compensatório na entrada dos canais radiculares. Esse desgaste deve ser realizado com broca ENDO-Z ou largo. 8- Nova toalete da cavidade para remover raspas de dentina deixadas pela ação das brocas na entrada dos canais. Pré-Molares (Superiores e inferiores) Ponto de Eleição: ← CAIU NA PROVA Face oclusal, no centro do sulco central. Forma de Contorno: ← CAIU NA PROVA Superiores: Oval, no sentido vestíbulo-lingual. Inferiores: Circular Direção de Trepanação: ← CAIU NA PROVA Paralelo ao longo eixo do dente / Perpendicular a face oclusal até atingir 2/3 da dentina, após se dá uma leve inclinada para encontrar o canal palatino. Remoção completa do teto da Câmara Pulpar: Com movimentos de tração, de dentro da câmara pulpar para fora, remover todo o teto da câmara (cuidar com a parede vestibular). Com o auxílio da porção angulada de uma sonda exploradora, verificar a possível existência de remanescentes do teto. Desgaste Compensatório: Amplia-se a abertura no sentido vestíbulo-palatino. Passo a passo 1- O acesso é sempre realizado através da face oclusa, em todos os dentes posteriores, o preparo inicial é feito com a broca paralela ao longo eixo do dente, no centro exato do sulco principal dos pré-molares superiores. A broca esférica acionada por meio de alta rotação é excelente para realizar este procedimento. 2- Após atingir a câmara pulpar (queda no vazio), com movimentos de dentro para fora, ainda com broca esférica, remove-se o teto da câmara pulpar, devido a forma da câmara pulpar e a localização da entrada dos canais radiculares, essa etapa deve visar principalmente a porção vestibular e palatina, evitando-se desta forma desgastes desnecessários nas porções proximais, ou seja, nas paredes Mesial e distal. 3- Após a remoção do teto, as paredes laterais da cavidade endodôntica devem ser alisadas com brocas ENDO-Z, dando uma ligeira divergência para oclusal. 4- A forma de contorno deve ser ovóide com maior diâmetro no sentido vestíbulo-lingual. 5- Toalete da cavidade com irrigação abundante. 6- Localização dos orifícios de entrada dos canais radiculares. Molares Superiores e inferiores Ponto de Eleição: ← CAIU NA PROVA Face oclusal, centro da fosseta central, paralela ao longo eixo do dente. Forma de Contorno: ← CAIU NA PROVA Superiores: Triangulo com base b=vestibular e ápice para palatino. Inferiores: Trapezoidal, com a base maior para Mesial e a base menor para distal. Direção de Trepanação: ← CAIU NA PROVA Superiores: Direcionado para o canal palatino. Inferiores: Direcionado para o canal distal. Remoção completa do teto da Câmara Pulpar: ← CAIU NA PROVA Superiores: Parede disto-vestibular e Mesial, preservando a ponte de esmalte. Inferiores: Mesial. Desgaste Compensatório/abertura coronária: Superior: triangular Inferior: Quadrado
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