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ORGANIZADORES Hélcia Macedo de Carvalho Diniz e Silva Arthur Heinstein Apolinário Souto Waleska Bezerra de Carvalho Vasconcelos CONSELHO EDITORIAL Alfredo Rangel Ribeiro Arthur Vieira Lima Camila Sales Nóbrega de Santana Camilla Furtado de Figueiredo Hélcia Macedo de Carvalho Diniz e Silva Joelma Vieira de Queiroz Carneiro Mirella de Almeida Braga Ulisses Leite Crispim PRODUÇÃO EDITORIAL Núcleo de Publicações Institucionais (NPI) COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO Filipe Carvalho de Almeida DIAGRAMAÇÃO Raiff Pimentel Félix Almeida Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade | Organizado por Hélcia Macedo de Carvalho Diniz e Silva, Arthur Heinstein Apolinário Souto, Waleska Bezerra de Carvalho Vasconcelos | Unipê: João Pessoa, 2019 52 páginas | ISBN 978-65-5110-002-4 APRESENTAÇÃO DE DEBATES SOBRE INTEGRAÇÃO E A SUSTENTABILIDADE O princípio da responsabilidade lida com os seres futuros e a possibilidade de deveres dos que estão no presentes para com eles, de acordo com Jans Jonas (2006). O livro intitulado O princípio responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica, publicado no Brasil em 2006 pela PUC DO Rio de Janeiro e a editora Contraponto, propõe um debate necessário para a sobrevivência e para o planeta. Em tempos exigentes, de niilismo político, tecnológico e social, faz-se mister diálogos críticos na perspectiva ética com base nesse pensador alemão e as categorias por ele elencadas: vida, bem é sobrevivência com responsabilidade. O controle gerencia (CG) é o termo usado para denominar a integração da sustentabilidade, é uma prática que considera as dimensões econômica, ambienta e social. A abordagem triple bottom line (TBL), conforme Elkington (1997) é a temática que abrange as mais diversas áreas da sustentabilidade, integrando-a, de forma a propiciar aos agentes ativos da preservação e conservação do planeta espaço para as práticas em prol do ecossistema. O evento se iniciou no dia 05 de junho de 2019 com a visita à Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio SESQUICENTENÁRIO. Esta atividade se estendeu até o dia 10 do mesmo mês e ano com a apresentação dos trabalhos e as conferências proferidas no Auditório do Espaço Cultural desta instituição que resultou nesta produção, uma ação conjunta voltada para consolidar o Projeto Institucional UNIPÊ SUSTENTÁVEL. O sucesso do primeiro CONGRESSO DE INTEGRAÇÃO E SUSTENTABILIDADE DO UNIPÊ foi possível por conta do apoio incondicional da ASPED, na pessoa de Arthur Vieira Lima, que proporcionou a união dos projetos de vários cursos de graduação desta instituição, cujos fins são a preservação ambiental como elemento essencial para a continuidade da vida humana. Os cursos integrados foram: Arquitetura e Urbanismo, Administração, Direito, Design de Moda, Engenharia Civil, Enfermagem, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Gestão Ambiental, Biomedicina, Nutrição, Farmácia e Serviço Social. Evento em primeira edição institucional, que será preservado pela Cruzeiro do Sul/UNIPÊ, tornando-se parte permanente do calendário acadêmico do Centro Universitário de João Pessoa. O conceito do evento é a interdisciplinaridade, alcançando o caráter transdisciplinar quando de suas ações extramuros, uma vez que busca agregar os diversos ramos da ação consciente da sustentabilidade: reduzir, reutilizar e reciclar. A essência do UPCICLING, o descarte apropriado de diversos materiais foi explorado e efetivamente na coleta de roupas usadas, bem como na realização de oficinas durante o referido evento. As inscrições foram aberas para todos os cursos para os trabalhos ligados ao eixo temático: integração e sustentabilidade. A submissão de resumos para ser apresentado na modalidade de PÔSTER. Houve a conferência sobre Desafios e perspectivas do desenvolvimento sustentável, com o Prof. Dr. Talden Queiroz Farias e a palestra sobre O Direito Ambiental e os desafios do desenvolvimento sustentável na modernidade com Profa. Me. Joelma Carneiro e Profa. Dra. Hélcia Macedo. Faz-se mister reconhecer o importante protagonismo dos extensionistas no apoio aos palestrantes convidados, assim como na assistência aos inscritos, resultando nesses Anais com os resumos dos diversos temas de proteção dos direitos ao meio ambiente. E, mais uma vez, foram propiciados aos estudiosos, pesquisadores e professores ensinamentos que suscitaram reflexões sobre os assuntos explorados Essas práticas visam minimizar o desperdício de materiais e produtos, uma vez que a finalidade de fomentar e reconhecer iniciativas, multidisciplinares sobre sustentabilidade e meio ambiente, dirigiu-se à sociedade acadêmica, alunos de graduação e pós-graduação e comunidade externa. Os anais desse evento reúnem produções intelectuais de pesquisas em andamento, as quais geraram discussões profícuas e ampliaram conhecimentos. O conteúdo dos textos publicado e a devida revisão textual são de responsabilidade dos autores. Hélcia Macedo Primavera, 2019 SUMÁRIO ECO-ÓRTESE: PREVENÇÃO DE DEFORMIDADES E GANHO DE EXTENSÃO DE PUNHO ..........................................................................9 Franciely Arruda Pereira da Silva Tais de Santana Silva Aliceana Ramos de Medeiros Araújo DESCARTE DE CONSCIENTE DE MEDICAMENTOS: UMA RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA ...................................................................10 Danielle Maria Rodrigues de Andrade Júlia Beatriz Lacet Nóbrega Fabricia França de Carvalho Lima Sarah Emily Ramos de Sousa Mayara Kentleyn Silva Menezes O SENTIMENTO, A MEMÓRIA E O LUGAR: COTIDIANO DE DOIS BAIRROS POPULARES EM JOÃO PESSOA .....................................................................................12 Mirella de Almeida Braga Maiara Ateciene Belo Rogna Silva. Eliza Chaves Lygia Alexandre. Anne Karoline Brasil A PARTICULARIDADE DO SERVIÇO SOCIAL NA ATENÇÃO E ARTICULAÇÃO COM AS REDES DE SAÚDE DA CIDADE DE JOÃO PESSOA ..............................13 Erika Aranha Fernandes Barbosa Isaias Bertulio Santos Silva Ivete Tranquilino de Araújo BUREAU CRIATIVO DE MARKETING, ECONOMIA CRIATIVA E OBSERVATÓRIO DE CONSUMO EM UMA PERSPECTIVA SUSTENTÁVEL ....14 Lívia Nogueira Pellizzoni e Estela Maris de Medeiros e Oliveira Ana Lúcia Justino da Silva Yeda Maria Lins Gadelha Paloma Eduarda da Silva Pontes Regis Thamirys C. Soares Guedes Camilly Maria Fernandes do Egito Souza Luana de Oliveira Viegas Laís Helena Monteiro Sousa Arthur Santos Pereira Paulo Cesar Dantas Araújo Fabiany Gomes Nóbrega da Cruz José Agnaldo da Cunha Neto PJE E O PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: ANÁLISE DA REDUÇÃO DE INSUMOS POLUENTES NO ACESSO À JUSTIÇA........................16 Maria Brígida Bárbara Bento Valéria Fernandes de Medeiros ARMÁRIO SUSTENTÁVEL: UM NOVO OLHAR DA ENFERMAGEM PARA O SERVIÇO. ...................................................................................................................................18 Fabricia Malheiros de Oliveira Ana Flávia Ponce de Leon Damasceno Maria Larissa Miranda de Castro Wellington Soares dos Santos Rozileide Martins Simões A ENFERMAGEM E SEU OLHAR PARA A SUSTENTABILIDADE NA ATENÇÃO BÁSICA ......................................................................................................................................20 Rita de Cassia Cordeiro de Oliveira Andreia Christine Soares de Assis Elizanete de Magalhães Melo A OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA E A PRODUÇÃO DE LIXO ELETRÔNICO ......................................................................22 Lisandra Maria da Silva Torres Beatriz de Oliveira Fernandes Alfredo Rangel CONGRESSO DE INTEGRAÇÃO E SUSTENTABILIDADE INTERVENÇÃO SUSTENTÁVEL EM RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR .......................23 Mayara Magda Dantas Tavares de Mendonça Nayara Myrelle Soares de Lira Camila Furtado de Figueiredo. (RE) AFIRMAÇÃO DA FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS EM FACE DA LIBERDADE ECONÔMICA – MEDIDA PROVISÓRIA 881 ...........25 Océlio Quirino FrancelinoAlfredo Rangel Ribeiro COMPLIANCE: FERRAMENTA EFETIVA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA EMPRESA ............................26 Vinícius Holanda de Vasconcelos Leilah Luahnda Gomes de Almeida SUSTENTABILIDADE NO AMBIENTE CONSTRUÍDO: UMA PROPOSTA PARA UMA EDIFICAÇÃO NO SEMIÁRIDO PARAIBANO ..27 Anna Clara Miranda Abreu Cartaxo Cinthia de Sousa Soares Izamara Imaculada Pereira Leite ECO-ÓRTESE: PREVENÇÃO DE ÚLCERAS DE MEMBRO INFERIOR EM PACIENTES ACAMADOS ..........................................29 Ewerton Gomes de Araújo Mikeulangelon Estefano Mamede de Souza Aliceana Ramos Romão de Menezes Araújo AS NANOTECNOLOGIAS E OS SEUS RISCOS: AS INTERFACES ENTRE O DIREITO DO TRABALHO E O DIREITO AMBIENTAL ..........................30 Janine de Souza Medeiros da Silva Flávia de Paiva Medeiros de Oliveira SUSTENTABILIDADE SOCIAL E O ENCARGO DAS GARANTIAS FUNDAMENTAIS ................................................31 Joyce Mercês Gomes; Vitória Eveline Pereira de Freitas; Martsung Alencar ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA NO PRÉ-PARTO: PROPOSTA DE BANCO SUSTENTÁVEL .......................................................................33 Mariana Guedes Almeida Camila Eduarda Cordeiro dos Anjos Glenda Yohana Maria do Nascimento Pereira de Araújo Aliceana Ramos Romão de Menezes Araújo PROPOSTA DE ÓRTESES SUSTENTÁVEIS PARA SEQUELAS DE MICROCEFALIA .........................................................................34 Leandra Iris do Nascimento Porfírio Lays Trajano de Macedo Thaise Fernandes Alves Aliceana Ramos Romão de Menezes Araújo PROPOSTA DE ÓRTESE SUSTENTÁVEL: BANQUETA DE PARTO ....................35 Letícia Araújo de Lima Daniela Gomes de Lima Lacerda Rebecca Maria Lisboa Cabral Aliceana Ramos Romão de Menezes Araújo DISCURSO E PRÁTICA DO REAPROVEITAMENTO DE MADEIRA NO DESIGN DE JÓIAS: UMA ANÁLISE DE MARCAS BRASILEIRAS .................36 Ana Clara da Nóbrega e Ugulino Samara Cardoso de Lima Mabel Gomes Guimarães. DA MATÉRIA AO CONCEITO: PROCESSO DE CRIAÇÃO EM MODA A PARTIR DA UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS ...........................................38 Matheus da Silva Lima Katiuscia Ferreira Fonseca Mabel Gomes Guimarães DIREITO FUNDAMENTAL AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ...............40 Edjalma Vicente Ferreira Júnior Allan de Araújo Silva AS NANOTECNOLOGIAS E OS SEUS RISCOS: AS INTERFACES ENTRE O DIREITO DO TRABALHO E O DIREITO AMBIENTAL ..........................42 Janine de Souza Medeiros da Silva Flávia de Paiva Medeiros de Oliveira DE PARAPODIUM À MESA DE TREINO: A DAPTAÇÃO PARA USO NA PRANCHA ORTOSTÁTICA ..........................................43 Emerson Belarmino de Freitas George Marques Fernandes da Silva Aliceana Ramos Romão de Menezes AS CONSEQUÊNCIAS DOS POLÍMEROS NO MEIO AMBIENTE E NA SAÚDE HUMANA: UMA PROVIDÊNCIA ALTERNATIVA ........................................................44 Paulo Odon de Macêdo Neto Sofia Claudino de Oliveira Sulamita Escarião da Nobrega ANDADOR INFANTIL SUSTENTÁVEL: REABILITAR A MARCHA E DEVOLVER FUNCIONALIDADE ...............................................................................................................46 Anna Beatriz De Santana Pimenta Déborah Laurentino do Nascimento Aliceana Ramos Romão de Menezes TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE: O PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO COMO INSTRUMENTO DE PRÁTICA SUSTENTÁVEL ..............................................47 Valber Soares de França Gabrielly Gomes de Oliveira Leilah Luahnda G. de Almeida A COMPOSTAGEM COMO CHAVE PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ..........................................................49 Beatriz Cordeiro da Fonseca Leilah Luahnda Gomes de Almeida PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA AMBIENTAL Á ASSESSORIA CONTÁBIL ......................................51 Mateus Fernandes dos Santos Neves Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 9 ECO-ÓRTESE: PREVENÇÃO DE DEFORMIDADES E GANHO DE EXTENSÃO DE PUNHO Franciely Arruda Pereira da Silva Tais de Santana Silva Aliceana Ramos de Medeiros Araújo RESUMO A eco-órtese tem o intuito de produzir órteses sustentáveis para pacientes das práticas assistidas da clínica de fisioterapia ou de hospitais que precisam de órteses para a melhoria de sua performance nas atividades da vida diária ou laborais. A órtese de prevenção de deformidades e ganho de extensão de punho tem a finalidade de promover uma melhoria funcional dos movimentos do punho, auxiliando na correção de deformidades e no movimento funcional de extensão de punho. O objetivo geral da pesquisa que está em fase de projeto e ainda não está concluída, até o momento foi construir uma órtese sustentável feita com materiais sustentáveis para o retorno da amplitude funcional do punho. Para a produção da órtese se escolheu uma paciente atendida na clínica escola de fisioterapia, que não apresentava os movimentos funcionais adequadamente, verificando suas medidas do punho, detalhadamente, para identificar o melhor e mais adequado tipo de órtese para a volta da motricidade necessária para realização de suas atividades diária. Por isso, escolhemos uma órtese flexível para que não impossibilite a paciente de realizar as atividades de vida diária que ainda estava sendo executadas e ganhar mais independência e funcionalidade para os outros movimentos. Após a coleta dos dados, iniciamos o processo de construção. Foram utilizados os seguintes itens: meio metro de tecido, elástico, velcro, linha. Nesse caso, por serem matérias usuais, todo o material já se tinha em casa facilitando a produção da órtese flexível. A atividade proporcionou um vasto conhecimento que materiais simples podem adquirir uma funcionalidade que muda a perspectiva de funcionalidade de pacientes e assim adquirindo uma melhor qualidade de vida. PALAVRAS-CHAVE: Eco-órtese. Qualidade de vida. Funcionalidade. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 10 DESCARTE DE CONSCIENTE DE MEDICAMENTOS: UMA RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA Danielle Maria Rodrigues de Andrade Júlia Beatriz Lacet Nóbrega Fabricia França de Carvalho Lima Sarah Emily Ramos de Sousa Mayara Kentleyn Silva Menezes RESUMO A descoberta e o desenvolvimento de fármacos em diferentes formas farmacêuticas possibilitaram grandes transformações e avanços nas atividades de assistência à saúde, sendo o medicamento uma tecnologia bastante difundida e utilizada. Nesse contexto a prática de medicamentalização da saúde é uma realidade de modo que as regulamentações e normas que orientam o comércio, a prescrição e o uso não tem sido suficiente para minimizar os riscos e prejuízos dela recorrentes. Dentre estes estão incluídos o acúmulo de medicamentos nos domicílios e também nos serviços de saúde, as perdas por validade, e, ainda mais preocupante o descarte inadequado dos mesmos (ALENCAR et. al., 2013). Estudos demostram que vários medicamentos são persistentes no meio ambiente e não são completamente removidos das estações de tratamentos de esgoto, estando presentes na água para o consumo, acarretando intoxicação, doenças e degradação ambiental. Embora vários fármacos sejam encontrados no meio ambiente as classes de antibióticos e hormônios são as que mais preocupam (SOUZA; FALQUETO, 2015). O presente estudo teve como objetivo conscientizar aos visitantes do evento integração e sustentabilidade quanto a importância do descarte correto de medicamentos e alertando quanto aos possíveis riscos. A partir desta temática o grupo elaborou uma pequena “farmácia domiciliar”e uma caixa sustentável de descarte de medicamentos, bulas e embalagens, seguindo o padrão do Ministério da Saúde, Ministério do meio ambiente e os órgãos de vigilância sanitária e ambiental. A finalidade desta caixa de descarte foi desmastrar ao público qual o local correto para descarte de medicamentos vencidos ou sem utilidade, além de informar aonde a mesma pode ser encontrada (Drogarias ou Unidades Básicas de Saúde). Com maquetes ilustrativas os discentessob orientação da professora, passarão as informações quanto ao próximo passo após o descarte correto. Na tentativa de diminuir o impacto ambiento provocado pelo descarte inadequado de resíduos no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 11 Sanitária (ANVISA), por meio da RDC nº 222 de 2018, regulamentou as boas práticas de gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e determinou que resíduos de fármacos descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias, distribuidores de medicamentos ou apreendidos, necessitam ser expostos a tratamentos (incineração) ou desprezados em aterros sanitários (CONSTANTINO, 2018). Diante de tudo isso também foi planejado e aplicado, uma ação de educação em saúde através de uma panfletagem sustentável que mostrava o local correto para o descarte desses medicamentos, tendo em vista que grande parte da população não tem conhecimento acerca desta informação. PALAVRAS-CHAVE: Meio Ambiente. Medicamentos. Drogarias. Descarte. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 12 O SENTIMENTO, A MEMÓRIA E O LUGAR: COTIDIANO DE DOIS BAIRROS POPULARES EM JOÃO PESSOA Mirella de Almeida Braga Maiara Ateciene Belo Rogna Silva. Eliza Chaves Lygia Alexandre. Anne Karoline Brasil RESUMO O projeto de extensão “Gestão do Patrimônio Cultural: interfaces do saber”, desenvolvido pelo Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de João Pessoa, tem como objetivo investigar, in loco, a dinâmica das relações estabelecidas nos principais espaços que agregam valor histórico e cultural à memória coletiva nos bairros Castelo Branco e Jaguaribe, ambos localizados em João Pessoa-PB. Os referidos bairros foram escolhidos para este estudo por se tratarem de bairros que carregam características peculiares no que diz respeito às práticas cotidianas se comparados a outros com perfil econômico e social similar. Sabe-se que as potencialidades de um lugar são a base propulsora para a construção da identidade social e, consequentemente, da ideia de pertencimento de uma comunidade. Nesse sentido, o projeto em questão, usou de técnicas através do contato direto com a população, integrá-la à construção do embasamento teórico para consolidar o reconhecimento do valor histórico do lugar, bem como evidenciar a necessidade de sua preservação. Para tal, será elaborado um Inventário participativo a partir do material coletado nas visitas de campo e pesquisas realizadas no decorrer do processo de execução das atividades referentes ao trabalho. PALAVRAS-CHAVE: Bairros. Práticas cotidianas. Memória. Lugar. Inventário participativo. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 13 A PARTICULARIDADE DO SERVIÇO SOCIAL NA ATENÇÃO E ARTICULAÇÃO COM AS REDES DE SAÚDE DA CIDADE DE JOÃO PESSOA Erika Aranha Fernandes Barbosa Isaias Bertulio Santos Silva Ivete Tranquilino de Araújo RESUMO O projeto tem por finalidade informar à sociedade de João Pessoa a respeito das redes de serviço da área da saúde, bem como articular os serviços internos oferecidos nas Clínicas Escolas e os serviços externos promovidos pelo município. A falta de informação é considerada uma questão social e sendo assim, é objeto da nossa profissão quanto à busca por sanar e/ou equilibrar os desarranjos sociais através do mapeamento dos serviços e da garantia do apoio a todo indivíduo que busque na Assistência Social o cuidado às suas fragilidades e necessidades provisórias ou permanentes, conforme prevê a Constituição Federal de 1988, Art. 203. “A assistência social será prestada a quem dela necessitar [...]”. O Serviço Social entende que trabalhar a sustentabilidade é obedecer a princípios ligados à nossa profissão, na garantia da promoção da qualidade de vida da população, respeitando os avanços da sociedade em torno de seus direitos, fundamentado na diminuição da desigualdade social, que só se torna um problema, quando a diferença econômica passa a segregar a base social distanciando-a da classe mais rica da estratificação social. Desta proposta de estudo projeto que vise a ampliação dos direitos por meio da prestação dos serviços de saúde, vislumbrando a integralidade da condição do cidadão, sobretudo com seu empoderamento sobre seus direitos e deveres. PALAVRAS-CHAVE: Serviço Social. Sustentabilidade. Saúde. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 14 BUREAU CRIATIVO DE MARKETING, ECONOMIA CRIATIVA E OBSERVATÓRIO DE CONSUMO EM UMA PERSPECTIVA SUSTENTÁVEL Lívia Nogueira Pellizzoni e Estela Maris de Medeiros e Oliveira Ana Lúcia Justino da Silva Yeda Maria Lins Gadelha Paloma Eduarda da Silva Pontes Regis Thamirys C. Soares Guedes Camilly Maria Fernandes do Egito Souza Luana de Oliveira Viegas Laís Helena Monteiro Sousa Arthur Santos Pereira Paulo Cesar Dantas Araújo Fabiany Gomes Nóbrega da Cruz José Agnaldo da Cunha Neto RESUMO Este projeto visa o desenvolvimento de consultorias técnicas multidisciplinares de extensão das áreas de Marketing, Design e Economia Criativa a empresas pertencentes ao varejo de João Pessoa, com a participação de docentes e alunos dos cursos de Marketing, Design de Interiores, Design de Moda, Design Gráfico e de outros cursos do UBTECH Business, visando o desenvolvimento da prática profissional e a aproximação com o mercado de trabalho, na busca de promover soluções de baixo custo e alto impacto para pequenas empresas em bairros carentes de João Pessoa-PB, contemplando os princípios econômico e social do Triple Botton Line de Sustentabilidade. Atualmente está atendendo duas empresas de aluguel de roupas para festas, uma no bairro Mangabeira e outra no bairro Valentina. Desenvolver a capacidade técnica e analítica dos discentes na elaboração de soluções para o mercado varejista e, consequentemente, oferecer soluções às empresas varejistas de bairros carentes em João Pessoa, preconizando ações de baixo custo e grande impacto. Acerca das práticas metodológicas já é notória a eficiência do modelo de trabalho adotado, tendo em vista a características de co-criação para a equipe multidisciplinar. A flexibilização das etapas do projeto permitem o teste e melhoramento de acordo como as considerações dos clientes. Apesar dos resultados ainda serem preliminares, visto o cronograma, já é percebido o amadurecimento técnico e analítico dos discentes na elaboração de soluções para o mercado varejista, bem como nas práticas de trabalho em equipe e posicionamento profissional perante as empresas do varejo de João Pessoa. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 15 PALAVRAS-CHAVE: Design Thinking. Multidisciplinaridade. Desenvolvimento local. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 16 PJE E O PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: ANÁLISE DA REDUÇÃO DE INSUMOS POLUENTES NO ACESSO À JUSTIÇA Maria Brígida Bárbara Bento Valéria Fernandes de Medeiros RESUMO O objetivo deste estudo é analisar sob a ótica do princípio do desenvolvimento sustentável, o efetivo aproveitamento da plataforma digital do Processo Judicial Eletrônico (PJE) como fator redutor no consumo de papéis e despesas decorrentes do uso de papel, como impressora, manutenção de equipamentos e eletricidade. Devido à importância dos direitos e garantias constitucionais, sendo o direito ao desenvolvimento sustentável elencado na Constituição Federal de 1988 no Art. 225, atribuindo o dever ao Poder Público e à coletividade de defendê-lo perante as gerações atuais e futuras. Incumbe ao Poder Público e a toda a sociedade brasileira, zelar e encontrar meios para a efetiva aplicabilidade deste direito. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2009, implantou o PJE, como uma ferramenta de acompanhamento de processos, transformando o processo físico (papel) em processo digital, garantido um menor consumo de insumos, como também a melhoria aos servidores públicos no meio ambiente do trabalho por disporde mais espaço físico, conscientização, efetivando à população facilidade pelo acesso à justiça proporcionando agilidade processual e permitido uma maior transparência. Segundo dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em 2013, quando a totalidade de processos físicos forem totalmente substituídos, pelos digitais no PJE, a Justiça do Trabalho deixará de consumir 5,6 milhões de toneladas de papel por ano, sem mencionar os impactos ambientais benéficos causados pela diminuição de insumos nos outros órgãos jurisdicionais. A Paraíba é pioneira em redução de consumo de insumos, o Tribunal do Trabalho da Paraíba (13ª Região) - Vara de Santa Rita, em 2007, iniciou sendo a primeira unidade da Justiça Brasileira a laborar com processos digitais (sem uso de papel), segundo dados levantados pelo próprio órgão em 2017, 10 anos depois, proporcionou uma economia de aproximadamente R$ 1.100.000,00 com papel e toner. Sendo previsto para o ano de 2019-2020, redução de consumo de 681 resmas de papel, o equivalente a R$ 12.258,00. Para o desenvolvimento deste estudo, utiliza-se do Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 17 método de abordagem hipotético-dedutivo, dos métodos de procedimentos interpretativo assim como das técnicas de pesquisa bibliográfica e documental. Assim sendo, o trabalho conclui que a implementação da plataforma digital, intitulada de Processo Judicial Eletrônico (PJE), gera externalidade positivas ambientais e sociais, cumprindo não só sua função social como também sendo um meio sustentável de aplicação da sua atividade jurisdicional, com a utilização da plataforma digital as Instituições encontram meios de atingir a problemática e encontram uma solução benéfica que abrange a sociedade como um todo. PALAVRAS-CHAVE: Processo Judicial Eletrônico. Diminuição de poluentes. Desenvolvimento Sustentável. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 18 ARMÁRIO SUSTENTÁVEL: UM NOVO OLHAR DA ENFERMAGEM PARA O SERVIÇO Fabricia Malheiros de Oliveira Ana Flávia Ponce de Leon Damasceno Maria Larissa Miranda de Castro Wellington Soares dos Santos Rozileide Martins Simões RESUMO Na conferência de Estocolmo em 1972 na cidade do Rio de Janeiro o termo Sustentabilidade foi definido como o conjunto de ações e procedimentos que visam a manter a natureza integra e saudável, com a preservação da fauna, flora e recursos naturais nos ecossistemas permitindo a reprodução de vida no planeta e sua permanência, com boas condições para as gerações presentes e as que virão. Objetivo deste trabalho tem como objetivo relatar a experiência de acadêmicos de Enfermagem na construção de um projeto de sustentabilidade em uma Clínica Escola de Enfermagem. Este trabalho constitui-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, sendo desenvolvido a partir da experiência dos acadêmicos de Enfermagem Florence Nightingale, em uma instituição de ensino Superior, na cidade de João Pessoa-PB no período de fevereiro a abril de 2019. De acordo com o relato de experiência, o desenvolvimento de algo sustentável que sirva para as demandas de serviços proporcionou aos discentes a inovação, além do olhar sob a enfermagem. Tal experiência possibilitou a real prática como um dos agentes transformadores e provedores de saúde, havendo a necessidade da formação na graduação promovendo a autonomia, reflexão e prática. A construção do armário foi realizada através de doações dos materiais que seriam descartados de forma inadequada na natureza gerando impactos ambientais de diversas formas. Diante o contexto, essa ferramenta torna-se fundamental uma vez que reflete sobre o profissional que se encontra em processo de formação acadêmica o tornando um ser interdisciplinar favorecendo o contexto sociopolítico. Dessa forma, a enfermagem atua como o agente transformador tendo a capacidade e criatividade para a elaboração de um projeto sustentável mediante as demandas dos serviços em que se encontravam, favorecendo o rompendo barreiras do sistema financeiro vigente e inovando com práticas sustentáveis garantindo a qualidade de vida das populações. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 19 PALAVRAS-CHAVE: Formação acadêmica. Práticas Sustentáveis. Qualidade de vida. Relato de experiência. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 20 A ENFERMAGEM E SEU OLHAR PARA A SUSTENTABILIDADE NA ATENÇÃO BÁSICA Rita de Cassia Cordeiro de Oliveira Andreia Christine Soares de Assis Elizanete de Magalhães Melo RESUMO O Centro Universitário de João Pessoa adota a estratégia pedagógica de Projetos Integradores (PI) como meio de integralização da carga horária dos cursos de graduação, atendendo ao disposto nas Resoluções CNE/CES n° 02/2007, 3/2007 e 4/2209 e a Resolução CONSEPE N° 88/2009. No curso de Enfermagem, o Projeto integrador do sétimo período é chamado de Projeto Sustentável, uma vez que visa desenvolver atividades que envolvem a comunidade e o campo de prática com o intuito de transformar materiais já utilizados em novos produtos os quais serão utilizados como melhoria na ambiência e/ou no processo do cuidar e educar (UNIPÊ, 2017). Objetivo geral: relatar a experiência de docentes do curso de enfermagem, a cerca da orientação para elaboração de projetos sustentáveis desenvolvidos pelos alunos do sétimo período na disciplina Estágio Supervisionado I cujo foco é a Atenção Básica. Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, tendo como proposito apresentar os resultados e produtos vinculados aos projetos sustentáveis desenvolvidos nos primeiros cenários de prática do Estágio Supervisionado I na Atenção Básica (Clínica Escola do Unipê/Colace, Centro de Atenção Psicossocial/CAPS, Centros de Atenção a Saúde do Idoso/CAISI, Instituições de Longa Permanência/ILP e Unidades de Saúde da Família/USF). O período de realização das atividades do projeto se estende por todo o semestre letivo, obedecendo a cronograma pré- estabelecido, contendo as seguintes etapas: a) elaboração de plano de ação, utilizando-se a metodologia da problematização com o Arco de Maguerez (observação da realidade, identificação dos problemas, teorização e hipóteses de solução) sobre a ótica do discente, docente e profissional das concedentes, b) Implantação do projeto nos respectivos cenários de prática com entrega do produto final e, c) apresentação do projeto a comunidade acadêmica através de Mostras Sustentáveis e Eventos de Enfermagem promovidos pelo curso Semana de Enfermagem desta instituição. Ao identificar as necessidades do serviço e intervir de forma sustentável o discente junto ao professor supervisor Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 21 contribuem para a melhoria da assistência prestada, trazendo satisfação para os profissionais dos serviços e para a comunidade beneficiada. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem. Desenvolvimento Sustentável. Atenção Básica. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 22 A OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA E A PRODUÇÃO DE LIXO ELETRÔNICO Lisandra Maria da Silva Torres Beatriz de Oliveira Fernandes Alfredo Rangel RESUMO A obsolescência programada consiste na técnica de redução artificial da vida útil do produto como forma de intensificar o consumo, sendo essa uma das principais manobras do capitalismo para induzir o consumidor a adquirir novos produtos em um curto espaço de tempo. Este trabalho objetiva analisar a obsolescência programada com ênfase na produção e descarte de lixo eletrônico e os impactos gerados ao meio ambiente, tendo por base o principio da sustentabilidade disposto no artigo 225 da Constituição Federal e art. 6º, incisos IV e V da lei 12.305/2010 referente à politica nacional de resíduos sólidos, tais dispositivos ostentam a premissa da responsabilização conjunta entre Com o advento da globalização e o aumento exacerbado do consumismo criou-se um ciclo de produção, consumo e descarte que resulta na geraçãodesenfreada de resíduos sólidos com destaque para o lixo eletrônico que cresce em média 5 vezes mais que o lixo comum. Para o desenvolvimento desta analise utilizou-se do método de abordagem hipotético-dedutivo, dos métodos de procedimentos interpretativo do mesmo modo que as técnicas de pesquisa bibliográfica e documental, tendo em vista as implicações ambientais severas possivelmente irreparáveis da forma atual de consumo, para isso se faz necessário uma mudança comportamental da sociedade, partindo de uma cooperação entre o individuo e a indústria, qual seja, conscientização e diminuição da forma de consumo, avanço tecnológico consciente de suas responsabilidades com meio ambiente e a oferta de educação ambiental desde o ensino infantil. PALAVRAS-CHAVE: Obsolescência programada. Lixo eletrônico. Sustentabilidade. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 23 CONGRESSO DE INTEGRAÇÃO E SUSTENTABILIDADE INTERVENÇÃO SUSTENTÁVEL EM RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR Mayara Magda Dantas Tavares de Mendonça Nayara Myrelle Soares de Lira Camila Furtado de Figueiredo. RESUMO O projeto Casa Sustentável foi desenvolvido por Alunos do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Santa Maria, na disciplina de Sustentabilidade no Ambiente Construído, situado em Cajazeiras no sertão Paraibano. O clima local é predominantemente quente, as chuvas seguem a mesma orientação do sentido do vento, no sentido sudeste. O projeto foi desenvolvido com base em uma residência unifamiliar cuja fachada frontal é voltada para o nascente, visando o conforto término dentro do ambiente construído, o aproveitamento da iluminação natural, a redução de custo energético para alcançar o conforto térmico proporcionando uma humanização da edificação, bem como satisfação dos usuários. O projeto propõe intervenções sustentáveis passiveis de serem implementadas, bem como analisar a viabilidade na região, sem grandes custos adicionais apenas através de estratégias projetuais. O sombreamento com vegetações e a ventilação natural foram os tipos de proteção solar utilizados para a formação da proposta. Os critérios determinantes para formação da proposta foram: o tipo de envoltório da edificação, o tamanho das aberturas para circulação do ar e os tipos de proteção das aberturas. Os softwares Projeteee e Revit foram utilizados na metodologia para formação da proposta, através da análise de viabilidades, sugestões para implementação e até mesmo para formação volumétrica da proposta. Medidas simples como beirais na coberta com aberturas contrárias ao sentido da chuva nos telhados, disposições de pergolado na fachada frontal (Sul), cobogó na fachada norte, aberturas estratégicas para proporcionar ventilação cruzada, posicionamento de arbustos na fachada oeste e prateleira de luz para proteção das aberturas foram inseridas na proposta projetual. O resultado obtido com o desenvolvimento da proposta foi que, a partir de pequenas mediadas e estudos preliminares sobre clima, podemos propor medidas que garantam uma melhor condição térmica nas edificações sem depender de disponibilidade energética principalmente no Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 24 período do dia, explorando a potencialidade do clima. A principal contribuição do projeto em questão é demonstrar que medidas para sustentabilidade do ambiente construído devem ser um norte para iniciar a formação de uma proposta de projeto, sendo o estudo de ventilação e insolação analisando antes da formação do projeto própria mente dito. PALAVRAS-CHAVE: Arquitetura. Sustentabilidade. Residência Unifamiliar. Casa Sustentável. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 25 (RE) AFIRMAÇÃO DA FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS EM FACE DA LIBERDADE ECONÔMICA – MEDIDA PROVISÓRIA 881 Océlio Quirino Francelino Alfredo Rangel Ribeiro RESUMO Atualmente, temos nos deparado com um movimento que busca renovar determinadas práticas econômicas, como a Medida Provisória 881, que surge com a missão de avançar na constituição de relações econômicas, trazendo como garantia a Liberdade Econômica, que visa estabelecer relações contratuais pautadas pela busca da geração de riquezas como forma de desenvolvimento estatal, sem se preocupar com as relações sociais que se encontram estabelecidas na ordem jurídica existente. A geração e circulação de riquezas, tão louvadas em tempos de globalização, se desenvolve com o arcabouço normativo expresso nos contratos, podendo ser considerado como um dos mecanismos de maior influência no modo como as operações econômicas se desenvolvem. No entanto, é imperioso observar que a livre estipulação contratual sem a observância e preocupação social-sustentável pode agravar o exercício abusivo do capitalismo destrutivo. Nesse sentindo deve-se observar que a sociedade é a base da produção econômica, e que toda e qualquer atividade deve se voltar em favor das relações sociais atuais e futuras. Nessa perspectiva, tem-se como objetivo reconhecer o risco da Liberdade Econômica em prejuízo da função social dos contratos, como fator de ameaça a um ambiente sustentável. Trata-se de uma metodologia com método conceitual-analítico, visto que utilizar-se-á conceitos e ideias de outros autores, semelhantes com o nosso objetivo, para a construção de uma análise sobre o objeto de estudo. Em decorrência lógica dos aspectos expostos durante este trabalho, percebe-se a necessidade de uma (re) afirmação da função social dos contratos, visto que não se pode admitir que a busca desenfreada do crescimento econômico produza uma marginalização social, transformando os contratos em um instrumento de degradação do ambiente. PALAVRAS-CHAVE: Função social. Contrato. Liberdade econômica. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 26 COMPLIANCE: FERRAMENTA EFETIVA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA EMPRESA Vinícius Holanda de Vasconcelos Leilah Luahnda Gomes de Almeida RESUMO No Brasil, a Constituição Federal, concomitantemente com outras legislações, define quais são os principais pilares da ordem econômica e estabelece a função social como alicerce primordial na formação de uma sociedade igualitária. Inúmeras empresas visam apenas o lucro e o seu crescimento, deixando de cumprir com seu papel social e trazendo prejuízos à sociedade. Violação de direitos trabalhistas, impactos ambientais, desvio de dinheiro público, todos esses problemas são recorrentes no cenário empresarial brasileiro. Entretanto, consequências jurídicas decorrentes da atividade empresarial inescrupulosa são possíveis e em alguns casos, acarretam prejuízos irremediáveis. Com a promulgação da lei anticorrupção e o incentivo às empresas para o uso dos programas de compliance, propõe-se aqui uma análise que sirva como incentivo a uma brusca mudança na cultura corporativa de algumas empresas. Busca-se, deste modo, na presente pesquisa, sem pretensão de esgotar o amplo tema, verificar como o compliance pode ser usado para que se atinja um modelo de negócios pautado na sustentabilidade. PALAVRAS-CHAVE: Compliance. Sustentabilidade. Função social. Empresa. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 27 SUSTENTABILIDADE NO AMBIENTE CONSTRUÍDO: UMA PROPOSTA PARA UMA EDIFICAÇÃO NO SEMIÁRIDO PARAIBANO Anna Clara Miranda Abreu Cartaxo Cinthia de Sousa Soares Izamara Imaculada Pereira Leite RESUMO Este trabalho teve como objetivo aplicar medidas de eficiência energética em uma edificação residencial unifamiliar na cidade de Cajazeiras, interior da Paraíba onde o clima é semiárido. A metodologia adotada foi avaliar o projeto através do sistema Projeteee - Projetando Edificações Energeticamente Eficientes, que apresenta soluções bioclimáticas que se encaixam na região, propondo diretrizes e estratégias que melhoram a eficiência da edificação. Para a concepção do projeto foi utilizado o software Sketchup, que permitiu uma visualização em 3D de como ficou o projeto. Algumassoluções bioclimáticas que foram implantadas, tais como a ventilação e iluminação naturais de acordo com a rosa dos ventos do local, as janelas viradas para leste da edificação de onde corre a maior frequência de ventos e também a iluminação, além do esquema de ventilação cruzada que contribui para melhorar a sensação térmica por elevar os níveis de evaporação que permite uma entrada e saída de ar. Mas, como a chuva na região vem no mesmo sentido dos ventos, colocamos um brize que impede a penetração da água na parede. No recuo lateral da parede colocamos uma parede verde com vegetação que dá um ar fresco a edificação. Na fachada do projeto utilizamos cores claras que absorvem menos calor, uso de madeiras que além de ser esteticamente bonito, também absorve menos calor, alguns detalhes de vidro em regiões de menor insolação permitindo a entrada de iluminação natural no ambiente. Os equipamentos usados foram: Ar Condicionado – Minicentrais de pequeno porte, esse tipo de ar condicionado possibilita uma distância de 30m entre o condensador e evaporador podendo atender espaços sem paredes voltadas para o exterior. Lâmpadas: De LED, pois elas geram redução na conta de luz e deixam o ambiente esteticamente mais bonitos. Uso de equipamentos de baixo consumo de água como arejadores de torneiras e descargas sanitárias de duplo acionamento. Em componentes construtivos foi utilizado para as paredes bloco cerâmico com argamassa Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 28 externa, e no interior da edificação também a utilização de cores claras que absorvem menos calor, para o piso utilizamos cerâmica clara, na coberta que é em platibanda foi colocado forro gesso de 3cm, camada de ar e telha cerâmica de 1cm, tornando aconchegante e ambientalmente agradável para os habitantes daquela residência. O resultado da junção de todas essas medidas adotadas, algumas mudanças simples como o deslocamento de uma janela, o uso de materiais que não agridem o meio ambiente, o reuso de água evitando o desperdício, uma parede verde melhorando o conforto térmico são ações que já auxiliam em uma residência sustentável. PALAVRAS-CHAVE: Soluções bioclimáticas. Eficiências energéticas. Residência Sustentável. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 29 ECO-ÓRTESE: PREVENÇÃO DE ÚLCERAS DE MEMBRO INFERIOR EM PACIENTES ACAMADOS Ewerton Gomes de Araújo Mikeulangelon Estefano Mamede de Souza Aliceana Ramos Romão de Menezes Araújo RESUMO A palavra órtese é derivada do grego ortho, que significa reto, direito ou correto. De acordo com a Organização de Normas Internacionais (International Standards Organization), “órtese é um dispositivo aplicado externamente ao corpo, usado para modificar as características estruturais e funcionais do sistema neuromusculoesquelético, podendo ser usada para estabilizar ou imobilizar, impedir ou corrigir deformidades; proteger contra lesão, promover a cura ou assistir a função”. Associando o conceito de sustentabilidade, onde buscamos estratégias e atitudes ecologicamente corretas, e ao baixo custo no processo de construção. O presente trabalho teve como objetivo construir uma órtese sustentável, a fim de evitar escaras em pacientes acamados, principalmente àqueles que estão em cuidados da terapia intensiva. A órtese construída foi uma proteção ortopédica para calcanhar e tornozelo, para a prevenção de úlceras de pressão nos membros inferiores, bem como para manter a posição anatômica das articulações do tornozelo e pé, evitando assim que o paciente permaneça por longo período em rotação lateral e/ou medial de tornozelo. Para a sua construção, foram utilizados materiais recicláveis, como um pedaço de chapa de alumínio, doado por uma sucata, e pedaços de tecidos e espumas doadas. Foi realizada a higienização do material para posterior uso. O tamanho fez referência ao padrão ajustável na largura para que possa ser utilizada por vários pacientes. A atividade proporcionou conhecimento agregado a reflexão acerca da sustentabilidade e do meio ambiente. Trouxe uma ressignificação do modo de aprender, assim como pensar nos aspectos preventivos de várias complicações que podem surgir no âmbito hospital e que medidas simples pode evitá-las. PALAVRAS-CHAVE: Eco-órtese. Sustentabilidade. Úlceras. UTI. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 30 AS NANOTECNOLOGIAS E OS SEUS RISCOS: AS INTERFACES ENTRE O DIREITO DO TRABALHO E O DIREITO AMBIENTAL Janine de Souza Medeiros da Silva Flávia de Paiva Medeiros de Oliveira RESUMO A frequente inclusão de nanomateriais na indústria de alimentos, cosméticos e combustíveis inclui possíveis riscos à saúde humana que nem sempre são mensurados ou mencionados. A ausência de certeza científica acerca da lesividade ou não de tais substâncias não pode ser utilizada como fator permissivo para que tais materiais sejam manipulados sem o devido estabelecimento de um padrão mínimo de proteção cuja finalidade deve ser sempre resguardar a vida, a saúde e a dignidade da pessoa trabalhadora. Na interface do Direito Ambiental com o Direito do Trabalho, o que se pretende propor que a norma oriunda da negociação coletiva é mais adequada para disciplinar o uso desses novos materiais no ambiente de trabalho. Para tanto, foi utilizado o método levantamento bibliográfico. Em conclusão, considera-se a necessidade de redefinição do papel das entidades sindicais, que deverão se revestir de sua responsabilidade socioambiental para defender a higidez de seus representados, bem como participar de forma efetiva da defesa do meio ambiente de trabalho, elaborando uma norma coletiva capaz de instituir critérios hábeis à criação de postos de trabalho decente. PALAVRAS-CHAVE: Nanotecnologia. Risco. Direito do Trabalhador. Direito Ambiental. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 31 SUSTENTABILIDADE SOCIAL E O ENCARGO DAS GARANTIAS FUNDAMENTAIS Joyce Mercês Gomes; Vitória Eveline Pereira de Freitas; Martsung Alencar RESUMO Este trabalho tem como objetivo analisar e investigar a relação do Direito Constitucional junto a Sustentabilidade Social, especificando a relação da distribuição ineficaz de recursos pelo Brasil. Sustentabilidade é conservar, impedir a degradação de determinados processos, ao falar tal termo se vem logo à mente o meio ambiente, porém, sustentabilidade abrange uma diversidade de conteúdo, aqui será exposta a sustentabilidade social, que visa a comunidade em si e sua aplicação, será feita uma análise junto ao Direito Constitucional, que é indispensável ao abordar este assunto. O desenvolvimento é urgente e preciso, principalmente no âmbito fundamental da vida humana, de acordo com art. 7º da magna carta, tem-se como garantias fundamentais, a educação, saúde, lazer, prevenção à violência e outros aspectos. O gozo da garantia fundamental da vida entre os indivíduos tem grande influência e participação política, esta deve ter o desempenho ativo da população, exigindo seus direitos, monitorando os resultados e propondo vias efetivas. A sustentabilidade social ainda é um elemento negligenciado por carência de conhecimento, não citado nas mídias sociais, sem propriedade para debates. A sustentabilidade social refere-se a ações que tem como finalidade a ampliação da qualidade de vida da população, tendo dessa forma como resultado a diminuição das desigualdades sociais. O intuito desta espécie de sustentabilidade é prover qualidade, satisfazendo a necessidade dos indivíduos por gerações, distribuindo corretamente as riqueza, erradicando a pobreza e evitando o decaimento dos recursos sociais e naturais, conduzindo-os a consciência, esta que trará a utilização evolutiva de tecnologia que produza baixo nível de poluição, reciclagem de materiais, economia de energia, e evitar a obsolescência programada. A sustentabilidade social ambiental tem que respeitar a conservação do solo, preservação do ecossistema, solicitudecontra o crescimento da miséria, promovendo distribuição igualitária, melhor acesso aos recursos oferecidos à nação. Fora realizado o ECO 92, sediado pelo Brasil, Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 32 no Rio de Janeiro, este evento promovia uma conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento com a reunião de vários chefes de Estado de todo mundo, onde fora criada a Agenda 21, esta com propósito de pautar a desigualdade social e as diferenças econômicas, como um padrão de desenvolvimento sustentável., a partir de 1990 foi percebido a deficiência empregatícia, sendo ignorado a subsistência de um determinado grupo, conferindo prioridade aos valores do trabalho humano sob todos demais valores à liberdade com fundamento na justiça social, ponderando, a justiça social é uma construção moral e política, baseada na igualdade de direitos e na solidariedade coletiva, a sustentabilidade social presente na legislação trabalhista, busca prevenir riscos à saúde, jornada de trabalho, e condições que o sujeito é exposto a realizar suas funções. A função social da propriedade, também é uma esfera da sustentabilidade social, tem como objetivo fazer com que a propriedade seja utilizada de forma regular, que tenha proveito e promova o sustento de forma lícita, não cumprindo os requisitos do art. 186 da CF, fica sujeito a desapropriação. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica e pesquisa básica, revendo bibliografia e ideias apresentadas de forma sistematizada. PALAVRAS-CHAVE: Sustentabilidade. Garantia. Sociedade. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 33 ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA NO PRÉ-PARTO: PROPOSTA DE BANCO SUSTENTÁVEL Mariana Guedes Almeida Camila Eduarda Cordeiro dos Anjos Glenda Yohana Maria do Nascimento Pereira de Araújo Aliceana Ramos Romão de Menezes Araújo RESUMO O momento do parto é um dos mais incríveis vividos pela mulher. Nesse, faz- se necessário uma assistência integral a partir de uma equipe multidisciplinar. Esta, utiliza de recursos para facilitar o parto normal. Dentre eles está os bancos, que são usados na sala de pré-parto como auxiliares nesse processo. Com o aumento do número de gestantes, aumenta a necessidade de um número maior desses recursos. Esse trabalho teve como objetivo, confeccionar um banco sustentável que pudesse ser usado pelas gestantes de um hospital público municipal. É uma atividade desenvolvida pela disciplina de órtese e prótese do Centro universitário de João Pessoa. Foi confeccionado um banco sustentável para parto pelos discentes de fisioterapia, na disciplina de Órteses e Próteses do Centro Universitário de João Pessoa. O banco em “U” foi construído pensando na funcionalidade a partir da estabilidade e do conforto. Sua produção se deu a partir do uso de materiais recicláveis, como: garrafas pets de 2 litros, folhas de papelão e madeira, espuma, tecido em napa. As garrafas foram higienizadas e sobrepostas para permitir maior resistência; depois foram juntas no formato desejado. As folhas de papelão e madeira serviram como base e interface entre as garrafas e a espuma. A napa foi escolhida por facilitar a limpeza com álcool à 70%, já que ele será doado para um hospital e assim evitará a possibilidade de contaminação. Dessa forma, foi possível a confecção do banco de uma forma mais sustentável com a utilização de materiais de difícil biodegradação e de baixo custo que são descartados de forma inadequada no meio ambiente, os quais foram primordiais para o desenvolvimento do projeto e que irá ser muito útil para as gestantes no momento do parto integrando suporte junto aos equipamentos hospitalares disponíveis. Ainda trouxe conhecimento acadêmico e contribuição ambiental e social. PALAVRAS-CHAVE: Banco. Fisioterapia. Pré-parto. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 34 PROPOSTA DE ÓRTESES SUSTENTÁVEIS PARA SEQUELAS DE MICROCEFALIA Leandra Iris do Nascimento Porfírio Lays Trajano de Macedo Thaise Fernandes Alves Aliceana Ramos Romão de Menezes Araújo RESUMO Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), caracteriza-se como microcefalia a medida do crânio que apresenta valor menor que dois (-2) quando se realiza o perímetro cefálico 24 horas após o nascimento e até 6 dias e 23 horas. A mesma deixa sequelas neurológicas que comprometem a função. Dentre os recursos que são usados para auxiliar na funcionalidade estão as órtese, porém seu alto custo à deixa distante de alguns usuários que necessitam usá-la. Para garantir seu uso aos usuários que não possuem condições econômicas favoráveis, são produzidas órteses sustentáveis pelos discentes de Fisioterapia, na disciplina de Órteses e Próteses do Centro Universitário de João Pessoa. A órtese proposta foi para uma criança de 3 anos de idade, com diagnóstico de microcefalia. Ela apresenta padrão motor de flexão bilateral de mão e punho com grau de espasticidade elevado. O objetivo da órtese é manter o punho e dedos em posição funcional e evitar deformidades. As órteses foram escolhidas a partir a necessidade de cada usuário e a escolha se deu por uma busca ativa nas práticas assistidas, projetos e estágios supervisionados. Para a produção dessa órtese foi necessário primeiramente uma avaliação criteriosa da funcionalidade do segmento a ser ortetizado, assim como a tomada de medidas dele. Após esse momento, iniciou-se a coleta dos seguintes materiais: cano PVC, espuma, emborrachado e velcro. A órtese foi confeccionada e provada no paciente. Após isso, foram realizados os ajustes e sua finalização. A possibilidade de agregar conhecimento à utilização de materiais de baixo custo e, principalmente de prevenir deformidades e/ou melhorar a função de um ser, é de fato engrandecedor, pois traz conhecimento acadêmico e crescimento pessoal. PALAVRAS-CHAVE: Microcefalia. Órtese. Sustentável. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 35 PROPOSTA DE ÓRTESE SUSTENTÁVEL: BANQUETA DE PARTO Letícia Araújo de Lima Daniela Gomes de Lima Lacerda Rebecca Maria Lisboa Cabral Aliceana Ramos Romão de Menezes Araújo RESUMO A banqueta de parto é um dispositivo que serve como apoio e auxílio para a mulher na hora de sua parição, pois este irá permitir o relaxamento dos músculos do assoalho pélvico. Devido ao alto custo das cadeiras de parto, os discentes de Fisioterapia, na disciplina de Órtese e Prótese do Centro Universitário de João Pessoa, criaram a banqueta de forma sustentável para suprir as necessidades do Instituto Cândida Vargas, que este recebe altas demandas de parto. O objetivo da banqueta é proporcionar um parto mais humanizado, gerando autonomia para a mulher, para que após a sua parição possa ter um contato imediato com o seu filho. Para a realização da banqueta de parto sustentável foi utilizado garrafas pet de 2L, fita adesiva, MDF, espuma e couro sintético, estes adquiridos por doações e coletas. Através das doações e coletas foi possível a elaboração da órtese sustentável, pensando assim no meio ambiente e na parte financeira. A elaboração foi de grande importância para nossa vida acadêmica fazendo com que possamos refletir sobre o meio em que vivemos e o quanto ele tem a nos oferecer, além de que vamos ajudar de forma simples e humana ao instituto que estará sendo doada a banqueta. PALAVRAS-CHAVE: Banqueta. Sustentável. Humanizado. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 36 DISCURSO E PRÁTICA DO REAPROVEITAMENTO DE MADEIRA NO DESIGN DE JÓIAS: UMA ANÁLISE DE MARCAS BRASILEIRAS Ana Clara da Nóbrega e Ugulino Samara Cardoso de Lima Mabel Gomes Guimarães. RESUMO O presente artigo analisa três marcas de acessórios de moda, a fim de compreender possibilidades quanto ao desenvolvimento de joias por meio da utilização de resíduos de madeira. Esta investigação faz parte do projeto de pesquisa intitulado (Re)Matéria desenvolvido pelo curso de Design de Moda do Centro Universitáriode João Pessoa. A pesquisa tem caráter exploratório, que, segundo Lorgus e Odebrecht (2011), busca mais informações sobre o assunto, com o intuito de delimitar o tema, para definir os objetivos e formular as hipóteses, apoiando-se na pesquisa bibliográfica. Tendo como objetivo central, compreender possibilidades estéticas e de criação na perspectiva do design sustentável como um novo paradigma para a indústria da moda, é necessário conceituar o desenvolvimento sustentável como “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades (BRUNDTLAND, 1987). Assim, foram selecionadas três marcas cuja produção explorasse o conceito de upcyling (processo de criar algo novo a partir de itens antigos, como o reuso ou reaproveitamento de materiais) (ECYCLE, 2019). Neste caso, o insumo principal é a madeira, um material resistente à compressão, à flexão, à tração e tradicionalmente reutilizado nas áreas de design de interiores e arquitetura (CONSTRUFACILRJ, 2019). A pouco utilização deste material na indústria da moda possibilita conferir um caráter inovador às propostas, no entanto, este fator, isoladamente não confere valor de moda às peças desenvolvidas, reforçando a necessidade de compreender de que maneira ele pode ser ressignificado para atrair o consumidor. A marca DesignCotê produz acessórios unindo materiais veganos e de descarte, entre eles a madeira. Como característica central, explora formas atemporais e geométricas, valorizando recortes naturais dos resíduos, mantendo uma cartela cromática neutra e descaracterizando a madeira por meio de texturizações. Seu conceito é reforçado nas redes sociais pelo discurso Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 37 vegano e desenvolvimento de produtos aprovados por organizações não governamentais de proteção aos animais como a PeTA (People for the Ethical Treatment of Animals). De modo semelhante, a Utrópica, ressignifica a madeira, proveniente de descartes de marcenarias e demolições, por meio da técnica de marchetaria, tradicionalmente utilizada na confecção móveis. Sua abordagem valoriza as características naturais (cores, veios, textura) do material, reforçando, na apresentação dos produtos, o resgate de tradições manuais. A Estúdio Ripa explora a ressignificação da madeira de reuso enquanto uma nova pedra preciosa, aplicando a técnica de “lapidação” do material na concepção de joias orgânicas. Por meio desta análise, foi possível esclarecer fatores relevantes na elaboração dos produtos e promoção destas marcas. Primeiramente, a descaraterização do material, por meio do uso da geometria e lapidação das formas, associado à exaltação de suas características naturais (ressaltando tipos de madeira diferentes na marchetaria). Como fator complementar, observou-se a importância do discurso na promoção, reforçando os valores que suportam o design dos produtos como a sustentabilidade, veganismo, práticas artesanais, respeito à natureza e incentivo ao consumo consciente. Desta forma, prática e discurso se mostraram aliados na concepção de produtos sustentáveis como um reflexo da busca por transparência e práticas éticas no comportamento de consumo. PALAVRAS-CHAVE: Desenvolvimento sustentável. Upcycling. Ressignificação. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 38 DA MATÉRIA AO CONCEITO: PROCESSO DE CRIAÇÃO EM MODA A PARTIR DA UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS Matheus da Silva Lima Katiuscia Ferreira Fonseca Mabel Gomes Guimarães RESUMO O presente artigo analisa a metodologia design de uma coleção de acessórios de moda a partir da utilização de resíduos gerados pelo Campus do Centro Universitário de João Pessoa. Para Renfrew e Renfrew (2010, p. 10), uma coleção é construída através da “combinação de silhuetas, cores e tecidos, com a ênfase variando em função do estilo característico do criador”. Nesta perspectiva, o designer materializa ideias, valores e conceitos configurando objetos (Coelho, 2008), onde a materialização resulta da escolha dos elementos (cor, formas, materiais etc.) ao interpretar um conceito estabelecido previamente, proporcionando unidade estilística. Perante a demanda por produtos mais sustentáveis, o designer começa a adequar seus processos, alterando etapas no modelo de criação tradicional. Partindo das premissas deste projeto, observou-se mudanças na metodologia projetual, onde a primeira etapa (problematização) consistiu no levantamento e coleta de resíduos em diversos setores do Campus. Posteriormente, todos os resíduos passaram por uma análise para identificar os materiais mais adequados (quanto a manipulação e conforto) à confecção de acessórios de moda; em seguida, buscou-se compreender suas propriedades e valores funcionais e estéticos que pudessem favorecer o desenvolvimento de produtos com unidade estilística. Após identificar as formas mais presentes nos resíduos selecionados, foi especificado um referencial estético que, segundo Treptow (2013, p. 83), contempla “...a história, o argumento, a inspiração de uma coleção”, a fim de contribuir na etapa de composição dos elementos entre si. Tais formas apresentaram relação de similaridade com as obras do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, atuando como tema da coleção. Foram realizados painéis semânticos para “...apresentar as principais informações de design para outras pessoas, sejam elas clientes, patrocinadores, esquipes de designers ou professores” (SEIVEWRIGHT, 2009, p. 96). Em sequência, foram geradas alternativas por meio da extração de formas (utilizando folhas de papel vegetal) das obras do arquiteto exploradas nos painéis, por meio dos quais Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 39 foram definidas as interferências aplicadas em cada superfície, respeitando a forma original do resíduo, processos de montagem e acabamento possíveis, e sua relação com o conceito determinado. A realização dos experimentos utilizou os seguintes materiais e ferramentas: lixas, micro retífica, cola universal, alicates de joalheira e ferragens (pino e contra-pinos) de conexão. A execução dos protótipos abordou resíduos de: chapas de acrílico e madeiras do tipo MDF (Medium-Density Fiberboard), compensado e folhas de laminados, fios de cobre provenientes de cabos de fiação elétrica e couro. Ao traçar as etapas de concepção desta coleção, observou-se que as características e propriedades dos resíduos determinaram o percurso projetual, ou seja, a matéria direcionou o conceito. Assim, o paradigma da utilização de resíduos na produção de novos produtos inverte etapas na metodologia de design, ressaltando o valor deste projeto ao atuar como um mediador na transição de pensamento entre o modelo projetual vigente e novas formas de criação de produtos de moda economicamente viáveis e ecologicamente sustentáveis, por meio de uma análise e compreensão das propriedades essenciais dos resíduos abordados. PALAVRAS-CHAVE: Metodologia de moda. Desenvolvimento sustentável. Resíduos. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 40 DIREITO FUNDAMENTAL AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Edjalma Vicente Ferreira Júnior Allan de Araújo Silva RESUMO Os direitos fundamentais descritos na Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5º, combinado com o art. 170, inciso VI, impõe que o desenvolvimento econômico observe o princípio da defesa do Meio Ambiente, como valor essencial para a sociedade onde as atividades econômicas não podem ser encorajadas em detrimento da base de recursos naturais do país. O poder público e toda sociedade têm a obrigação de defender e preservar o meio ambiente e seus recursos naturais para as presentes e futuras gerações, de tal forma que estas possam usufruir um meio ambiente sadio. Posteriormente a 1988, tratados e convenções internacionais também disciplinaram tal ato de grande relevância jurídica. Nesse sentindo, existem diversos fundamentos que visam justificarações humanas sobre o acervo natural, sendo extremamente necessário nortear a exploração desse meio como fonte de lucro para os indivíduos dispostos a explorar um recurso vasto de riquezas humanas e ambiental, no que concerne a informação e educação ambientais previsto no art. 225, § 1º, VI, da CF/88. O cidadão não depende apenas de seus representantes políticos para participar da gestão do meio ambiente vez que pode ser protagonista da defesa e da preservação do meio ambiente. Tem ele o direito a ser informado e educado (o que é dever do Estado) para que assim, possa interferir ativamente na gestão ambiental, sendo que isso se concretiza por intermédio da participação popular como por exemplo, através de audiências públicas. Já existem meios eficazes para estabelecer a preservação ambiental como, os advindos da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, mais conhecida como Conferência de Estocolmo, onde foram estabelecidos 26 princípios que são diretrizes para a preservação e sustentabilidade ambiental. Tal evento foi reconhecido mundialmente pela grande abrangência dos países envolvidos com um único fim: a proteção ambiental. Mais tarde, houve no Brasil, a Eco 92 – Cúpula da Terra, onde se reuniram boa parte dos países ingressantes e impulsionadores do evento ocorrido na Suécia, A partir disso, esse evento foi um marco para alertar sobre a conscientização ambiental em todos os países do mundo, e de grande destaque foi a Carta da Terra que estabeleceu melhores Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 41 condições de vida no planeta. Compreendemos que o desenvolvimento da sociedade tem grande importância, mas deve encontrar limites considerando a sua relação com os elementos ecossistêmicos e que cumprir os princípios ambientais constitucionais é um dever não só jurídico, mas também ético, pois viver em equilíbrio com o meio ambiente trata-se de um direito fundamental garantido ao cidadão. PALAVRAS-CHAVE: Direito. Desenvolvimento. Sustentabilidade. Meio- Ambiente. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 42 AS NANOTECNOLOGIAS E OS SEUS RISCOS: AS INTERFACES ENTRE O DIREITO DO TRABALHO E O DIREITO AMBIENTAL Janine de Souza Medeiros da Silva Flávia de Paiva Medeiros de Oliveira RESUMO A frequente inclusão de nanomateriais na indústria de alimentos, cosméticos e combustíveis inclui possíveis riscos à saúde humana que nem sempre são mensurados ou mencionados. A ausência de certeza científica acerca da lesividade ou não de tais substâncias não pode ser utilizada como fator permissivo para que tais materiais sejam manipulados sem o devido estabelecimento de um padrão mínimo de proteção cuja finalidade deve ser sempre resguardar a vida, a saúde e a dignidade da pessoa trabalhadora. Na interface do Direito Ambiental com o Direito do Trabalho, o que se pretende propor que a norma oriunda da negociação coletiva é mais adequada para disciplinar o uso desses novos materiais no ambiente de trabalho. Para tanto, foi utilizado o método levantamento bibliográfico. Em conclusão, considera-se a necessidade de redefinição do papel das entidades sindicais, que deverão se revestir de sua responsabilidade socioambiental para defender a higidez de seus representados, bem como participar de forma efetiva da defesa do meio ambiente de trabalho, elaborando uma norma coletiva capaz de instituir critérios hábeis à criação de postos de trabalho decente. PALAVRAS-CHAVE: Nanotecnologia. Risco. Direito do Trabalhador. Direito Ambiental. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 43 DE PARAPODIUM À MESA DE TREINO: ADAPTAÇÃO PARA USO NA PRANCHA ORTOSTÁTICA Emerson Belarmino de Freitas George Marques Fernandes da Silva Aliceana Ramos Romão de Menezes RESUMO O Parapodium é um instrumento desenvolvido para o auxílio da criança na manutenção da postura bípede, a fim de garantir a integridade do sistema musculoesquelético, nervoso, cardíaco e respiratório. Ele permite treinos de coordenação a partir do uso de uma bancada acoplada a ele; Já a cama ortostática, tem a mesma finalidade, porém não possui a bancada acoplada, o que dificulta o trabalho de membros superiores, relacionados com maior nível de destreza, ambos fazem parte da gama de recursos das terapias assistivas (TA). O objetivo do projeto foi reconstruir um Parapodium feito com materiais sustentáveis e transformá-lo em um recurso semelhante, porém adaptável à prancha ortostática. A partir de um Parapodium, construído de madeira sustentável pelos discentes de fisioterapia do Centro Universitário de João Pessoa, que não se encontrava em boas condições e fora das normas de segurança para a utilização na clínica escola de fisioterapia da mesma IES, foi proposto a partir da disciplina órtese e prótese que o mesmo fosse reaproveitado para ser usado junto à prancha ortostática para treino de coordenação de membros superiores. Foram tomadas as medidas da cama e iniciou-se o processo de construção. Foram utilizados os seguintes itens: madeiras doadas, cabos de vassouras, resto de cano PVC e pedaços de emborrachado. Uma das preocupações foi deixar o equipamento ajustável na altura para contemplar o maior número possível de usuários. A atividade trouxe a reflexão de que é possível reutilizar algo e transformá-lo em um produto que possa ser utilizado de maneira funcional, facilitando o processo de reabilitação e proporcionando melhora na qualidade de vida das pessoas que precisam usá-lo. Ainda agregou mais conhecimento e ajudou o meio ambiente. PALAVRAS-CHAVE: Parapodium Regulável. Sustentável. Baixo custo. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 44 AS CONSEQUÊNCIAS DOS POLÍMEROS NO MEIO AMBIENTE E NA SAÚDE HUMANA: UMA PROVIDÊNCIA ALTERNATIVA Paulo Odon de Macêdo Neto Sofia Claudino de Oliveira Sulamita Escarião da Nobrega RESUMO Este trabalho objetiva expor os efeitos negativos causados pelos plásticos ao meio ambiente e à saúde humana, bem como apontar soluções alternativas. O estudo terá como base metodológica a análise de documentos científicos, legislativos e jornalísticos, resultando em uma pesquisa explicativa. Em razão das propriedades relevantes apresentadas pelos plásticos, como leveza, inércia química, baixo custo e boa resistência mecânica, esses materiais vêm ganhando mais espaço na cultura de consumo, atingindo diferentes tipos de mercado, como construção civil, indústria automobilística, alimentícia, entre outros. Contudo, esses plásticos não biodegradáveis, por apresentarem em sua consistência, polímeros de alta resistência, têm um longo tempo de degradação, gerando problemas ambientais. De acordo com estimativa feita pela ONU, o impacto ambiental causado pelos plásticos é de pelo menos US$ 75 bilhões ao ano. Não fosse só isso, o mundo produz cerca de 300 milhões de toneladas de lixo plástico a cada ano e mais de 8 milhões de toneladas acabam nos oceanos; até o momento, somente 9% dos resíduos plásticos gerados foram reciclados e apenas 14% são coletados para reciclagem. Os copos de isopor usados para servir líquidos quentes, tal como o café, são fabricados com poliestireno, material feito com o monômero estireno, que, quando submetido ao calor, libera estireno, tóxico classificado como um possível carcinogênico pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) e pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer da OMS/ONU, assim como o benzeno, um conhecido cancerígeno. É bem verdade que houve avanços na legislação pátria e alienígena, como a cidade de Nova Iorque, que proibiu a utilização de copos, pratos e embalagens de isopor, assim como a proibição do uso de canudos plásticos na cidade paraibana de Cabedelo. No entanto, apesar desse progresso, faz-se necessária a elaboração de uma legislação que combata, eficientemente, a grande poluição por plásticos, não proibindo Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 45 por completo, mas controlando sua incidência,garantindo o disposto no art. 225 da Constituição Federal de 1988, que prevê o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, tanto quanto o uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida. A integração de medidas cabais, como a proibição do fornecimento gratuito de sacolas plásticas nos supermercados de todo o Brasil, o combate ao plástico de uso único, promovendo o reuso e a reciclagem através de incentivos fiscais e auxílios às empresas voltadas a essa finalidade, visto que atualmente, há em média apenas 800 empresas de reciclagem no país. Não obstante tudo isso, faz-se necessário, ainda, investimentos na área de pesquisa científica, com intuito de desenvolver e aprimorar as novas categorias de plásticos biodegradáveis, o que contribuirá para o avanço tecnológico e social do país, além de promover uma conjuntura mais sustentável. PALAVRAS-CHAVE: Plástico. Meio ambiente. Saúde. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 46 ANDADOR INFANTIL SUSTENTÁVEL: REABILITAR A MARCHA E DEVOLVER FUNCIONALIDADE Anna Beatriz De Santana Pimenta Déborah Laurentino do Nascimento Aliceana Ramos Romão de Menezes RESUMO O atendimento fisioterapêutico infantil conta com diversos materiais e equipamentos que podem ser utilizados de forma lúdica, sendo um deles o andador (CARICCHIO, 2017). O andador é um dispositivo de auxílio à mobilidade reduzida que atua como complemento na marcha humana e está presente dentre os pertencentes da tecnologia assistiva, permitindo uma maior estabilidade no caminhar (SCHOPF, 2015). Eles são equipamentos que necessitam de uma maior atenção no que se refere aos cuidados com o emprego do tipo de material e aos aspectos ergonômicos, pois precisam possuir resistência, e serem ajustáveis conforme medidas antropométricas do usuário. Outro fator importante é a estética, a fim de melhorar a aceitação por parte de quem irá usá-los, principalmente quando crianças. Ao surgir a ideia da criação de um andador infantil sustentável, o objetivo inicial foi suprir a necessidade desse recurso na Prática-assistida de Saúde da Criança e do Adolescente da Clínica Escola de Fisioterapia, pois a cada semestre o número de usuários aumenta e a necessidade do aumento de recursos para reabilitação é imprescindível. O desafio foi proposto dentre da disciplina de órtese e prótese e sua construção deveria ser o mais sustentável possível, levando em conta a funcionalidade, o conforto e a estética. Para a confecção dessa eco-órtese foram reutilizados materiais conseguidos através de doações, como: canos de PVC, joelhos, tampas de cano, serra, parafusos, rodinhas e cola de cano, assim como itens fáceis de ter em casa, como: fita adesiva e emborrachado. No final do projeto, obteve-se um andador infantil sustentável que alcançou por completo o objetivo traçado, agregando conhecimento científico e auxiliando no processo de funcionalidade a partir da utilização de materiais que irá ser descartados. Com isso, também proporcionou uma preservação ambiental. PALAVRAS-CHAVE: Andador. Marcha. Sustentabilidade. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 47 TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE: O PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO COMO INSTRUMENTO DE PRÁTICA SUSTENTÁVEL Valber Soares de França Gabrielly Gomes de Oliveira Leilah Luahnda G. de Almeida RESUMO O Processo Judicial Eletrônico (PJe) consiste num sistema eletrônico de gestão de processos, desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ em parceria com os tribunais, tendo como função a prestação do serviço jurisdicional de forma mais eficiente, regulamentado pela Resolução 185/2013 do CNJ e pela Lei 11.419/2006. A questão socioambiental tem por fundamento o art.170, VI da CF, que elenca um dos princípios da atividade econômica, a defesa do meio ambiente. Diante disso e da influência na atividade econômica nacional que possui, o Estado instituiu diversas políticas públicas de sustentabilidade no ordenamento. Através da Resolução nº 201/2015 - CNJ foi instituído o Departamento de Pesquisas Judiciárias - DPJ do CNJ, responsável pelos dados do Poder Judiciário, exceto o Supremo Tribunal Federal, quanto aos indicadores de sustentabilidade, e por intermédio da Portaria nº 32/2017 instituiu-se o Plano de Logística Sustentável - PLS do CNJ que, conforme o Ministério do Meio Ambiente consiste em uma ferramenta de planejamento, que permite ao órgão/entidade estabelecer práticas de sustentabilidade e racionalização dos gastos e processos na Administração Pública. O 2º Balanço Socioambiental do Judiciário realizado pelo DPJ, referente ao intervalo de 2015- 2017, possui como um dos índices de sustentabilidade, o consumo de papel. Os dados apresentados no balanço demonstram uma gradativa redução no consumo do papel utilizado pelo poder judiciário, devido a implantação do PJE, a redução foi de aproximadamente 343.436 resmas nos referidos anos. O poder judiciário veio fomentar a relevância de envolver os benefícios da informática para dar mais celeridade a prestação judicial e as informações referentes ao andamento dos processos. A implementação do processo judicial eletrônico dispensa por completo o uso de papéis, fazendo-se valer de forma totalmente virtual, gerando uma enorme economia processual e financeira. O CNJ tem salientado sua atuação em face das tecnologias que devem ser utilizadas pelos Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 48 tribunais, incentivando o desenvolvimento de sistemas de processo eletrônico, caminhando para a extinção dos autos físicos. O fortalecimento da globalização e o aumento do consumo não sustentável nos direcionam a uma crise ambiental, sendo assim devemos buscar alternativas mais econômicas, que possam corroborar com o desenvolvimento sustentável. Os paradigmas ambientais tornam-se inspiração para processos de transformação numa sociedade verdadeiramente preocupada com questões pertinentes a sustentabilidade. O objetivo do trabalho é demonstrar a relação: tecnologia-sustentabilidade, tendo em vista o resultado social, econômico e ambiental da utilização do PJE como ferramenta de contribuição à sustentabilidade. O estudo é de natureza descritiva. Os dados apresentados foram colhidos nos portais do CNJ e do Ministério do Meio Ambiente. Em sede conclusiva, é perceptível a influência da tecnologia no desenvolvimento sustentável, o uso do PJE gera uma economia financeira e ambiental, na redução da aquisição e do uso do papel, o processo eletrônico é realidade na Administração Pública Federal, sendo de grande valia sua utilização nos poderes Executivo e Legislativo e nas esferas municipal e Estadual, como instrumento de prática sustentável. PALAVRAS-CHAVE: Sustentabilidade. Tecnologia. Processo Judicial Eletrônico. Anais do I Congresso de Integração e Sustentabilidade 49 A COMPOSTAGEM COMO CHAVE PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Beatriz Cordeiro da Fonseca Leilah Luahnda Gomes de Almeida RESUMO Na década de 1980, os sacos de papel foram substituídos por sacolas plásticas, facilitando, assim, a vida dos consumidores e produtores. A sacola plástica trouxe praticidade; porém, inseriu novas problemáticas ao cenário brasileiro: o lixo orgânico passou a ser impedido pelas sacolinhas de completar o seu ciclo ambiental natural, contribuindo, então, para a lotação de aterros do país e para a poluição causada pela decomposição de resíduos orgânicos (que libera o gás metano, vinte e uma vezes mais danoso que o gás carbônico). Além disso, sua produção tem um alto custo ambiental e o seu descarte incorreto pode contribuir para entupir bueiros ou comprometer a vida marinha. Surgem, então, questionamentos como: onde porei meu lixo, se tenho que procurar diminuir o uso de sacolas plásticas? Como posso substituí-las? De fato, a diminuição do uso de sacolinhas será um trabalho árduo. Comecemos por como devemos separar corretamente o lixo doméstico: resíduos orgânicos, que devem ser compostados; resíduos