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Transmissão de Obrigações: Cessão de Crédito e Cessão de Débito

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DIREITO CIVIL - OBRIGAÇÕES
U1- DAS MODALIDADES E TRANSMISSÃO DAS 
OBRIGAÇÕES
U2S3
ÉTTORE DE LIMA
Da transmissão das 
obrigações
A transmissibilidade das obrigações é uma conquista
do direito moderno. Consiste numa sucessão, a qual
classificamos ativa se atinente ao credor ou passiva, se
atinente ao devedor, que não altera a substância da relação
jurídica.
Tem-se, portanto, os termos cedente e cessionário.
Este deriva daquele; isto é, tem-se o sujeito primário,
adquirente da obrigação a ser transmitida, o qual chamamos
cedente, e o sujeito secundário, aquele que absorverá a
obrigação em trânsito, que chamamos cessionário.
Dito isto, conceitua-se a cessão como transferência
negocial, a título oneroso ou gratuito, de uma posição na
relação jurídica obrigacional, tendo como objeto um direito
ou um dever, que preserva todas as características
anteriores à transmissão.
Cessão de 
crédito
A cessão de crédito é um
negócio jurídico bilateral ou
sinalagmático, gratuito ou
oneroso, através do qual o credor
(sujeito ativo e cedente) transfere
a outrem (recebe o direito do
credor, portanto cessionário), no
todo ou em parte, sua posição na
relação obrigacional.
A cessão de crédito
independe da anuência do devedor
(cedido) e implica na transferência
conjunta dos acessórios e
garantias da dívida, salvo
disposição em contrário.
Cessão de crédito
Os créditos podem
ser objeto de cessão pois a
negociabilidade é a regra
quando trabalhados os
direitos patrimoniais
pessoais.
Contudo, existem
créditos que não podem ser
cedidos. São eles os
decorrentes de relações
jurídicas estritamente
pessoais (concernentes ao
direito de família e
atinentes ao nome da
pessoa natural).
Logo, em decorrência de
vedação legal, não pode haver
cessão na obrigação de
alimentos e tampouco dos
direitos personalíssimos.
Observa-se também a
impossibilidade de cessão
quando esta consta do
instrumento obrigacional,
gerando a obrigação incessível.
Ressalta-se que cláusulas
proibitivas não podem, jamais,
ser opostas ao cessionário de
boa-fé, caso não conste do
instrumento obrigacional.
Cessão de crédito
Em consonância com o Princípio da Gravitação
Jurídica, pautado pela máxima de que o acessório
segue o principal, constataremos, salvo disposição em
contrário, a transferência conjunta do direito de
crédito acompanhado por todos os seus acessórios,
como juros, multa e garantias.
Em regra, a cessão possui validade inter
partes, quando oral e sem a celebração de acordos
escritos. Para ter validade erga omnes, exige a
celebração de acordo escrito por meio de
instrumento público ou particular, com todas as
solenidades, que são elas: I. a indicação do lugar onde
foi passada; II. a qualificação do cedente, do
cessionário e do cedido; III. a data da transmissão;
IV. o objetivo da transmissão e V. a designação e a
extensão da obrigação transferida.
Cessão de crédito
A cessão de crédito possui
três modalidades, também
chamadas espécies, as quais são
classificadas conforme a origem
(legal, judicial e convencional),
quanto às obrigações geradas
(títulos oneroso ou gratuito), quanto
à extensão (total ou parcial) e
quanto à responsabilidade do
cedente em relação ao cedido (pro
soluto ou pro solvendo).
Cessão de crédito -
Modalidades
A cessão legal de crédito é aquela
decorrente da lei, cuja origem é a norma
jurídica; cessão judicial de crédito é aquela
decorrente de decisão judicial e a cessão
convencional de crédito é aquela decorrente de
acordo firmado entre cedente e cessionário por
instrumento negocial.
Cessão de crédito -
Modalidades
Quanto às obrigações geradas, a cessão
de crédito a título oneroso assemelha-se ao
contrato de compra e venda, haja vista
haver remuneração, enquanto a cessão a
título gratuito assemelha-se ao contrato de
doação, haja vista não haver remuneração.
Cessão de crédito -
Modalidades
No tocante à extensão, tem-se cessão
total de crédito quando o cedente transfere
todo o crédito, objeto da relação
obrigacional, e cessão parcial quando o
cedente transfere apenas parte do crédito.
Cessão de crédito -
Modalidades
Por fim, quanto à responsabilidade do cedente
em relação ao cedido, concebe-se a cessão de crédito
pro soluto como aquela que confere a quitação plena
e imediata do débito do cedente para com o
cessionário, exonerando o cedente, enquanto a
cessão de crédito pro solvendo é tida como aquela
em que a transferência do crédito é feita
objetivando extinguir a obrigação apenas quando o
crédito for efetivamente cobrado.
Cessão de débito (assunção 
de dívida)
A cessão de débito, também
conhecida como assunção de dívida é
um negócio jurídico bilateral, através
do qual o devedor (cessionário), com
a anuência do credor (cedido),
expressa ou tacitamente, transfere a
um terceiro (novo devedor/terceiro
assuntor) sua posição de sujeito
passivo (devedor) na relação
obrigacional.
A assunção de dívida não é tão
frequente quanto a cessão de crédito
pelo lado ativo da obrigação, mas nem
por isso de menor relevância no
comércio jurídico. É a operação pela
qual um terceiro (assuntor) se obriga
perante o credor a efetuar a prestação
devida por outrem
Assunção de dívida
A presente matéria é dividida na doutrina
em assunção liberatória ou simples e cumulativa.
De tal sorte, a primeira está disciplinada entre os
artigos 299 a 303 do Código Civil de 2002, e é dado esse
nome por que a transmissão libera o devedor originário,
mantendo-se o vínculo inicial na sua forma original.
A outra espécie de assunção de dívida, não está
previsto na legislação pátria, todavia, consubstanciado na
autonomia da vontade, é possível existir, e ocorre
quando o novo devedor assume o débito conjuntamente
ao devedor originário. Portanto, diferente do primeiro
caso, onde efetivamente há uma liberação do devedor
antigo em relação a obrigação contraída.
Assunção de dívida
Vale destacar, que o fim alcançado de toda
obrigação, é o seu adimplemento, e a
possibilidade de existir dois devedores
conjuntamente, significa dizer que estão
necessariamente unidos em um mesmo objetivo:
Adimplir.
Destarte, não há que se falar em presunção
de solidariedade, quando ocorre a junção dos
devedores, está evidenciado que ambos assumem a
qualidade de solidários, podendo portanto, o credor
optar a quem cobrar, um ou outro, e estes
obviamente, terão o chamado direito de regresso.
Assunção de dívida
Destaca-se que o primeiro requisito da assunção de
dívida liberatória é o consentimento do credor.
O segundo requisito é a própria validade do negócio
jurídico que transmite a obrigação, ou seja, é um negócio
como outro qualquer. Apenas destacando que por previsão
expressa no artigo 301 do Código Civil, que se a substituição
do devedor for anulada, restaurar-se-á a situação jurídica
inicial.
O terceiro requisito é a solvência do novo devedor
ao tempo da assunção da dívida. Isto significa dizer que, o
devedor primitivo deverá comunicar ao credor acerca da
solvabilidade ou não do novo devedor, sob pena de sendo
omisso, pagar pelo débito.
Quanto aos efeitos desse instituto, o que se destaca
é a verdadeira transmissão subjetiva do débito.
Cessão de contrato
A cessão de contrato, embora não
regulamentada em lei, possui existência jurídica como
negócio jurídico atípico. Enquadrada no art. 425 do
CC, o qual postula ser lícito às partes contratar
atipicamente, desde que observadas as normas gerais
fixadas no Código Civil.
Consiste na transferência das posições ativa
ou passiva da relação contratual, em sua totalidade,
anexos os acessórios referentes à posição ocupada
por uma determinada pessoa.
Seu êxito depende da autorização do outro
contratante, assim como na cessão de crédito, uma vez
que a posição de devedor é cedida via contrato. Tal
instituto possui relevante função social, uma vez que
possibilita a circulação do contrato, permitindo que
estranhos ingressem nas relações contratuais,
substituindo os contratantes primários.
Cessão da posição contratual.
A legislação foi omissa quanto a esse tema, mas
ele tem enorme importância ao mundo dosnegócios.
Este instituto resulta no complexo das duas já
mencionadas formas de transmissão: Cessão de
Crédito e Assunção de Dívida. Pois, é a possibilidade
que os contratantes têm de transmitir a posição
contratual da qual faz parte. O cessionário assume
de forma originária a posição que a priori pertencia
ao cedente, com uma função de circularidade. O
escopo desse instituto se revela em deletar uma
das partes do contrato – o cedente.
Não há momento do contrato para ocorrer a
cessão, podendo ocorrer em qualquer fase contratual.
Dois requisitos básicos são inerente ao negócio
jurídico de cessão de contrato. O primeiro é óbvio,
pois, somente é possível a cessão nos contratos
bilaterais, e o segundo é necessário o consentimento
do cedido.
Cessão da posição 
contratual.
Em outras palavras, é um
negócio pelo qual o titular de
uma relação contratual cuja
prestação correspondente
ainda não foi executada
(cedente) substitui-se por
um terceiro (cessionário)
como o consentimento da
outra parte (cedido).
Cessão da posição contratual
Em relação ao cedente e cessionário,
pode-se dizer que ocorre substituição entre eles.
Nesse caso, o cedente garante a validade do
contrato, entretanto, não pode dizer o mesmo
quanto a solvabilidade.
Quanto a relação entre cedente e cedido,
pode-se afirmar, que o efeito é a extinção do
cedente no que tange as obrigações que havia
angariado, salvo, se houver previsão contratual em
contrário. E por fim, o efeito em relação ao
cedido e cessionário, nesse caso, é a simples
entrada do cessionário na relação contratual no
lugar do cedente.

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