Buscar

[RESUMO] ANATOMIA COMPLETA DO PESCOÇO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PESCOÇO PARTES I E II – AULAS X E XI 
 
❖ INTRODUÇÃO 
 
➢ O pescoço é uma região do corpo que faz a transição entre a cabeça, tendo importante função de 
sustentá-la, e o tronco e membros. 
 
➢ O pescoço apresenta estruturação óssea reduzida, constituída basicamente pela coluna vertebral cervical 
(7 vértebras) e o osso hioide. Essa característica permite a ampla movimentação da cabeça, maximizando 
a eficiência dos órgãos do sentido presentes nela. 
 
❖ REGIÕES CERVICAL ANTERIOR E LATERAL - INTRODUÇÃO 
 
➢ Região do pescoço delimitada desde a linha mediana até a margem anterior do trapézio. 
 
➢ Dividida em duas áreas triangulares pelo músculo esternocleidomastoideo: trígono cervical anterior e 
trígono cervical lateral. 
 
➢ O limite superior é o músculo milo-hiódeo no assoalho da boca, usando como referência a base da 
mandíbula. 
 
➢ O limite inferior é a abertura superior do tórax, usando como referência a margem superior da clavícula. 
 
➢ OBS: linhas de clivagem/tensão determinam o sentido que devem ser feitas as incisões para esconder as 
cicatrizes e garantir melhor cicatrização. Na região do músculo platisma, as suturas devem envolver ele, 
devido a sua contração que pode romper as suturas. No pescoço, normalmente fazem-se incisões 
cirúrgicas horizontalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ OSSO HIOIDE 
 
➢ Osso localizado na parte anterior do pescoço, a nível da vértebra CIII. Possui um corpo, e duas projeções 
chamadas de cornos maior e menor. 
 
➢ O hioide fica suspenso no pescoço por músculos que se prendem na sua parte superior (4 músculos supra-
hioideos), músculos que se prendem na sua parte inferior (4 músculos infra-hioideos) e por ligamentos 
(como o estilohioideo). Não se articula com nenhum outro osso. 
 
➢ OBS: em muitos casos de morte por estrangulamento, constata-se que o osso hioide está fraturado, sendo 
um objeto de estudo importante na medicina legal. 
 
➢ A funções do osso hioide são, principalmente: manter a patência da faringe, ou seja, manter sua luz 
aberta; forma base para movimentação da língua; suporte para funcionamento da deglutição e 
respiração; fixação para músculos do pescoço. 
 
➢ Quando há a fratura de osso hioide, normalmente há uma compressão da faringe, estreitando-a. Pode 
ainda, ocorrer lesão da artéria carótida e até da faringe pelos fragmentos de fratura. 
 
➢ OBS: no desenvolvimento do osso hioide durante a infância, na sua ossificação, os cornos ficam separados 
do corpo, podendo confundir-se com uma fratura. 
 
➢ Síndrome de Eagle: processo estiloide aumentado, causado pela calcificação de parte do ligamento 
estilohioideo. Pacientes com essa condição relatam dor na região do pescoço (principalmente em rotação 
de cabeça e pescoço), disfagia (dificuldade de deglutir), sensações de corpo estranho na garganta e lesões 
vasculares. Pode-se corrigir com cirurgia em que se retira parte do osso hioide aumentado, com acesso 
intraoral à fossa pterigopalatina. 
 
➢ OBS: as duas condições acima podem se relacionar com a carótida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ ESTRATIMERIA 
 
➢ O pescoço é revestido por uma pele fina em toda a extensão anterolateral. 
 
➢ A pele é seguida mais profundamente por uma tela subcutânea que contém gordura (principalmente na 
parte mais superior) e, na parte anterolateral, o músculo platisma. A tela subcutânea cervical é 
considerada uma fáscia superficial. 
 
➢ O platisma é um músculo largo e fino, derivado do 2° arco faríngeo e inervado pelo nervo facial. Faz parte 
da tela cutânea cervical e sua função é de alargar o pescoço e diminuir a pressão sobre as estruturas do 
pescoço. Suas fibras não estão presentes na linha mediana no pescoço. 
 
➢ Após a tela subcutânea, há uma fáscia muscular, no pescoço dividida em 3 camadas, chamada de fáscia 
cervical. 
 
➢ OBS: a veia jugular externa (VJE) e o plexo cervical são superficiais no pescoço, sobre a fáscia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ FÁSCIA CERVICAL 
 
➢ A fáscia cervical é formada por três lâminas fasciais: superficial, pré-traqueal e pré-vertebral. 
 
➢ Essas lâminas sustentam as estruturas do pescoço como as vísceras cervicais, os músculos, os vasos e os 
linfonodos profundos. 
 
➢ Suas funções são: sustentação de estruturas; formar planos de clivagem naturais através dos quais os 
tecidos podem ser separados durante a cirurgia; servir como barreira contra a disseminação de infecções 
(por serem fibrosas, as lâminas evitam a passagem dessas infecções), permitir a deglutição e o livre 
movimento da cabeça e do pescoço (permitindo deslizamento). 
 
▪ LÂMINA SUPERFICIAL DA FÁSCIA CERVICAL 
 
➢ Circunda todo o pescoço abaixo da tela subcutânea, formando um anel de 360° e servindo de divisão para 
estruturas superficiais e profundas na região. Reveste os músculos supra-hioideos. 
 
➢ A lâmina superficial se bilamina, formando partes superficial e profunda que envolvem os músculos 
trapézio e esternocleidomastoideo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ LÂMINA PRÉ-TRAQUEAL 
 
➢ A lâmina pré-traqueal é fina e limitada à parte anterior do pescoço. 
 
➢ Essa lâmina começa no osso hioide, se estendendo inferiormente. Apresenta uma parte muscular e uma 
parte visceral. 
 
➢ A parte muscular reveste os músculos infra-hioideos enquanto a parte visceral reveste a glândula 
tireoide, a traqueia e o esôfago. 
 
➢ A fáscia bucofaríngea, que reveste posteriormente a faringe, é uma parte da lâmina pré-traqueal. 
 
➢ A lâmina pré-traqueal funde-se lateralmente com as bainhas caróticas, que são revestimentos fasciais, 
um de cada lado, em que estão contidas as seguintes estruturas: artérias carótidas comum e interna; veia 
jugular interna (VJI), nervo vago (NC X), linfonodos cervicais profundos, nervo do seio carótico e fibras 
nervosas simpáticas. 
 
➢ OBS: A lâmina pré-traqueal e a fáscia pré traqueal comunicam-se livremente com o mediastino do tórax 
na parte inferior e com a cavidade do crânio na parte superior. Essas comunicações representam possíveis 
vias para a disseminação de infecção e do sangue extravasado. 
 
▪ LÂMINA PRÉ-VERTEBRAL 
 
➢ A lâmina pré-vertebral reveste a coluna vertebral e os músculos associados a ela, como o longo do pescoço 
e longo da cabeça anteriormente, os escalenos lateralmente e os músculos profundos do pescoço 
posteriormente. 
 
➢ Entre a fáscia pré-vertebral e a pré-traqueal (na região de fáscia bucofaríngea) existe um espaço, chamado 
de espaço retrofaríngeo, onde pode-se descrever a existência de uma outra fáscia que separa esse 
espaço, a fáscia alar. 
 
➢ A parte muscular reveste os músculos infra-hioideos enquanto a parte visceral reveste a glândula 
tireoide, a traqueia e o esôfago. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ MÚSCULOS DO PESCOÇO 
 
➢ Serão descritos músculos das regiões lateral e anterior do pescoço. 
 
 
▪ MÚSCULO ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO 
 
➢ O músculo esternocleidomastoideo é um músculo longo e que possui duas cabeças (bíceps): uma esternal, 
que se prende no manúbrio do esterno (é mais tendinosa) e outra clavicular, que se insere no terço medial 
da clavícula. 
 
➢ Suas fibras partem superior e posteriormente, se inserindo no processo mastoide do osso temporal. 
 
➢ As ações do músculo esternocleidomastoideo tem relação com a articulação atlantooccipital 
essencialmente na contração bilateral, enquanto na contração unilateral também envolve as vértebras 
cervicais. 
 
➢ A contração bilateral do músculo tem a ação de extensão da cabeça. Já a contração unilateral, aproxima 
o processo mastoide e o esterno, fazendo com que a face gire em sentido oposto e eleva o mento. O 
esternocleidomastoideo faz, ainda, a flexão no pescoço contra resistência (ex: gravidade), relacionado às 
vértebras. 
 
➢ OBS: Torcicolo congênito -> durante a passagem do bebê pelocanal do parto pode haver rompimento de 
fibras do músculo esternocleidomastoideo. Assim, com a lesão, forma-se uma contratura do músculo, 
encurtando-o, o que produz uma inclinação do pescoço e inclinação da cabeça. 
 
 
▪ MÚSCULO TRAPÉZIO 
 
➢ O músculo trapézio é um músculo localizado no trígono cervical posterior, fazendo parte do dorso. 
 
➢ Se fixa na protuberância occipital externa e na linha nucal superior. Se insere no acrômio da escápula e 
no terço lateral da clavícula, deixando o terço intermédio desse osso livre. 
 
➢ Possui fibras e diferentes de sentidos e que, 
portanto, realizam diferentes movimentos. 
Eleva, retrai e gira a escápula. É inervado 
pelo nervo acessório e a perda de função 
desse músculo tem como consequência a 
ptose dos ombros. 
 
 
 
 
 
 
▪ MÚSCULOS SUPRA-HIOIDEOS 
 
➢ Os músculos supra-hioideos são superiores ao osso hioide e o conectam ao crânio. Esse grupo inclui os 
músculos milo-hióideo, gênio-hioideo, estilo-hioideo e digástrico. Esses músculos estão relacionados com 
formação do assoalho de boca e base de movimentação da língua, elevação e sustentação do osso hioide 
e elevação da laringe para deglutição e entonação. 
 
➢ MILO-HIOIDEO -> músculo par, com fibras que se inserem na rafe milo-hióidea na linha mediana e no 
corpo do hioide. Sua origem é na linha milo-hióidea da mandíbula. Posteriormente a ele, há um espaço 
de comunicação entre o assoalho de boca e o pescoço, que fica entre esse músculo e o hioglosso. Eleva o 
hioide, assoalho de boca e língua durante a deglutição e fala. Fibras em sentido transversal. 
 
➢ GÊNIO-HIOIDEO -> músculo que se origina na espinha geniana inferior da mandíbula, se fixando no corpo 
do hioide. Encurta o assoalho de boca, alarga a faringe e puxa o osso hioide em sentido anterossuperior. 
É inervado por C1 via n. hipoglosso. Fibras em sentido anteroposterior. 
 
➢ ESTILO-HIOIDEO -> músculo que se origina no processo estiloide do osso temporal e se fixa no corpo do 
osso hioide, sendo inervado pelo nervo facial. Suas fibras cavalgam sobre o tendão intermédio do músculo 
digástrico. Eleva e retrai o hioide, alongando o assoalho da boca. 
 
➢ DIGÁSTRICO -> músculo que possui um ventre anterior e um ventre posterior, ligados pelo tendão 
intermédio, que é uma alça que se fixa no corpo e no corno maior do osso hioide. O ventre anterior se 
origina na fossa digástrica da mandíbula e o ventre posterior na incisura mastoidea no osso temporal. Os 
ventres apresentam origem embrionária diferente assim como inervação diferente: anterior pelo nervo 
trigêmeo e posterior pelo nervo facial. Abaixa a mandíbula contra resistência, e também eleva o hioide 
para deglutição e fala. 
 
➢ OBS: o conteúdo/infecção de assoalho de boca pode se disseminar para o pescoço, pela comunicação que 
há entre as regiões relacionada ao músculo milo-hióideo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ MÚSCULOS INFRA-HIOIDEOS 
 
➢ Os músculos supra-hioideos são inferiores ao osso hioide e se organizam em duas camadas ou planos: 
superficial e profundo. Esse grupo inclui os músculos esterno-hioideo e omo-hioideo (superficiais), tíreo-
hioideo e esternotireóideo (profundos). Esses músculos estão relacionados com a fixação, estabilização e 
abaixamento do osso hioide, principalmente. 
 
➢ ESTERNO-HIOIDEO -> músculo do plano superficial em formato de fita que sai do manúbrio do esterno e 
se entende até o corpo do hioide. Ação de abaixamento e fixação do osso hioide. 
 
➢ OMO-HIOIDEO -> músculo do plano superficial que se origina na margem superior da escápula e se fixa 
na margem inferior do hioide com seu ventre superior. Apresenta dois ventres unidos por um tendão 
intermédio. Ação de abaixamento, retração e fixação do osso hioide. 
 
➢ ESTERNOTIREÓIDEO -> músculo do plano profundo que se origina no manúbrio do esterno e se fixa na 
linha oblíqua da cartilagem tireóidea. Abaixa o hioide e a laringe. 
 
➢ TÍREO-HIÓIDEO -> músculo que se origina na cartilagem tireóidea e se fixa na margem inferior do corpo 
e corno maior do hioide. Abaixa o osso hioide. 
 
➢ OBS: os músculos infra-hioideos estão fixados ao esterno, assim como a parte muscular da lâmina pré-
traqueal e a lâmina superficial da fáscia muscular. Portanto, as infecções de pescoço nesse espaço ficam 
limitadas a essa área, não descendo para o tórax. Porém, se a infeção conseguir contornar os músculos 
infra-hioideos e a faringe e ficar no espaço retrofaríngeo, onde pode descer para o mediastino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ MÚSCULOS ESCALENOS 
 
➢ Os músculos escalenos são músculos do pescoço. São três: escaleno anterior, escaleno médio e escaleno 
posterior. 
 
➢ Os escalenos se originam nos processos transversos das vértebras cervicais e se inserem nas costelas. O 
anterior e médio na 1ª costela e o posterior na 2ª costela. 
 
➢ São músculos auxiliares da inspiração profunda, pois elevam a caixa torácica. 
 
❖ VASCULARIZAÇÃO DO PESCOÇO 
 
➢ As artérias que irrigam o pescoço têm origem no arco da aorta: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ TRONCO BRAQUIOCEFÁLICO (1° RAMO): 
 
➢ É o ramo do arco da aorta que está mais à direita, em um plano mais anterior. Se dirige para o lado direito 
do corpo, tendo seu trajeto (de aproximadamente 5 cm) no interior do tórax. 
 
 
➢ Se coloca posteriormente a articulação esternoclavicular, dando seus ramos terminais, a artéria carótida 
comum direita e a artéria subclávia direita. Anterior a esse tronco ficam os músculos infra-hioideos 
(esternohioideo e esternotireóideo) e a veia braquiocefálica. Relação também com o pulmão direito. O 
nervo laríngeo recorrente (ramo recorrente do vago) contorna inferiormente o tronco. No lado esquerdo, 
no entanto, esse nervo contorna o arco da aorta. 
 
➢ Artéria subclávia direita: Os nervos frênico e vago cruzam essa artéria. Tem formato de arco, se iniciando 
na articulação esternoclavicular. Seu trajeto se dá em direção ao membro superior direito, passando 
profundamente ao músculo escaleno anterior. Esse músculo divide a artéria subclávia em 3 partes 
relacionadas a ele: medial (primeira), profunda (segunda) e lateral (terceira). A artéria subclávia termina 
quando deixa a margem externa da 1ª costela, quando se torna a artéria axilar. Passa inferiormente ao 
plexo braquial, entre os músculos escaleno médio e anterior. 
 
➢ Artéria carótida comum direita: Nutre estruturas do pescoço e cabeça. Inicia posteriormente a articulação 
esternoclavicular, tendo trajeto cervical. Se estende, em ascensão no pescoço até a margem superior da 
cartilagem tireoide, a nível de C4. A descrição mais geral dessa artéria, comum à do lado esquerdo, serão 
feitas no item abaixo, no item ‘artéria carótida comum esquerda’. 
 
▪ ARTÉRIA CARÓTIDA COMUM ESQUERDA (2° RAMO): 
 
➢ Tem trajeto no tórax (diferente da carótida comum direita), tendo relação anatômica nessa região 
principalmente com a cúpula da pleura, formada pela pleura parietal em direção a abertura superior do 
tórax, a qual sulca. Assim como a direita, se estende, em ascensão no pescoço até a margem superior da 
cartilagem tireoide, a nível de C4. Ela pode se bifurcar em níveis diferentes desse, no entanto, mas o 
normal é nesse nível, em 35% das vezes. 
 
➢ Fica na região esternocleidomastóidea, profundamente ao músculo de mesmo nome. É cruzada pela 
músculo omo-hioideo anteriormente e está profunda aos músculos esterno-hioideo e tíreo-hioideo. 
Também é cruzada superficialmente pela alça cervical, que inerva os músculos infra-hioideos. 
 
➢ Não tem nenhum ramo colateral no pescoço, a não ser seus ramos terminais que se dão na altura citada 
anteriormente. Pode dar como ramo, em variação anatômica, a artéria tireóidea superior, que na 
verdade é ramo da artéria carótida externa. 
 
➢ No trajeto da artéria carótida comum, ela vai se colocando mais próxima dos processos transversos das 
vértebrascervicais, ou seja, se deslocando posteriormente. 
 
➢ Ainda, em seu trajeto, é envolvida pela bainha carótica, onde passam a passam a artéria carótida comum 
(mais medial), a veia jugular interna (mais lateral) e o nervo vago (mais posterior e entre os vasos). Na 
parte superior da bainha ainda passam nela os nervos glossofaríngeo e acessório, que depois a deixam. 
Posteriormente à bainha carótica, observa-se a presença do tronco simpático (cervical). 
 
➢ Seio carótico: dilatação da parede da carótida comum que se estende para o início da artéria carótida 
interna. Apresenta pressorreceptores ou barorreceptores, que recebem informações sobre a pressão 
sanguínea. 
 
➢ Corpo carótico (glomo): se localiza na bifurcação da artéria carótida comum, que apresenta 
quimiorreceptores que captam a concentração de oxigênio na circulação dessa artéria. 
 
➢ OBS: essas estruturas são inervadas por fibras aferentes do glossofaríngeo e vago. A compressão do seio 
tem relação com a síncope resultante de um mata-leão, por exemplo. 
 
 
➢ Dá dois ramos terminais: artéria carótida interna e artéria carótida externa. 
 
➢ Artéria carótida interna: após a bifurcação da carótida comum, a artéria carótida interna na bainha 
carótica continua a ascensão no pescoço (parte cervical) até penetrar no crânio pelo canal carótico (parte 
petrosa) e emergir lateralmente ao corpo do esfenoide, passando no sulco carótico. No crânio, ela se 
curva superiormente e depois posteriormente, dentro do seio cavernoso formando o sifão da carótida 
(parte cavernosa). Depois dessa curvatura, se bifurca em artérias cerebral média e anterior, demarcando 
seu fim. No seu trajeto no pescoço, não emite ramos colaterais, continuando na bainha carótica, próxima 
aos processos espinhosos das três vértebras cervicais mais superiores. Logo depois da bifurcação da 
carótida comum, é mais lateral que a carótida externa. À medida que esses vasos ascendem, eles trocam 
de posição, ao passo que a carótida interna fica mais medial e profunda. 
 
➢ Artéria carótida externa: anterior à carótida interna. Assim como a carótida interna, passa profundamente 
ao ventre posterior do digástrico e ao músculo estilohioideo, onde essa artéria se superficializa, passando 
anteriormente aos músculos estilofaríngeo e estiloglosso. Ou seja, esses músculos estão entre as 
carótidas externa e interna. Passa no interior da glândula parótida. Se estende até o ramo da mandíbula 
(no interior da glândula parótida), onde dá seus dois ramos terminais: artéria temporal superficial e artéria 
maxilar. Emite ramos colaterais no pescoço, em um contorno anterior, um posterior e um medial. 
 
→ Artéria tireóidea superior: primeiro ramo da face anterior, irriga a glândula tireoide (ramos 
glandulares) e a laringe. As duas artérias tireóidea superior se encontram na linha mediana, se 
anastomosando. Nutre os músculos infra-hioideos. Penetra junto com o ramo interno do nervo 
laríngeo superior no 3º espaço faríngeo. Perfura a membrana tíreo-hioidea, entre a cartilagem 
tireóidea e o osso hioide. Faz anastomose com a artéria tireóidea inferior, que é ramo da subclávia. 
 
→ Artéria lingual: segundo ramo da face anterior, emerge ainda no trígono carótico no nível do corno 
maior do hioide. Forma uma alça superficialmente ao músculo constritor médio da faringe, passando 
em direção ao assoalho da boca e penetrando profundamente ao hioglosso. Irriga a língua e o 
conteúdo do assoalho da boca. Tem uma parte posterior, profunda e anterior. Emite como principais 
ramos: artéria dorsal da língua, artéria sublingual e artéria profunda da língua (que caminha junto a 
veia de mesmo nome na face ventral da língua). Apesar de haver uma veia lingual, profunda) a 
principal drenagem venosa é da veia acompanhante do nervo hipoglosso, que é superficial ao 
músculo hioglosso. 
 
→ Artéria facial: terceiro ramo da face anterior, inicia seu trajeto no trígono carótico acima do hioide 
caminhando sobre o constritor médio. Não se aprofunda aos músculos da região como a artéria 
lingual. Passa em relação aos músculos constritores da faringe. Contorna a glândula submandibular 
profundamente (sulcando-a) e a margem inferior da mandíbula, emergindo na face. Irriga as 
estruturas da face, e emite ramos no pescoço que irriga estruturas da faringe. Se origina muito perto 
da artéria lingual, pouco acima. Seus ramos são: artéria palatina ascendente (que atravessa o 1º 
espaço faríngeo e irriga o palato mole e a orofaringe); ramo tonsilar (que atravessa o constritor 
superior da faringe), ramo glandular (para a glândula submandibular) e artéria submentual (que 
passa inferiormente ao músculo milo-hióideo, irrigando-o e pode fazer anastomose com a artéria 
sublingual). 
 
→ Artéria occipital: primeiro ramo do contorno posterior, irriga a parte posterior do couro cabeludo. 
Está localizada profundamente ao ventre posterior do músculo digástrico, se colocando medialmente 
ao processo mastoidea no sulco da artéria occipital. Faz anastomose com ramos da temporal 
superficial. O nervo hipoglosso cruza o início da artéria occipital. Cruza as estruturas da bainha 
carótica. 
 
 
→ Artéria auricular posterior: segundo ramo do contorno posterior, irriga a região do pavilhão auditivo 
e a parte posterior do couro cabeludo. Está localizada superiormente ao ventre posterior do músculo 
digástrico. 
 
→ Artéria faríngea ascendente: único ramo do contorno medial, seu trajeto é ascendente e paralelo e 
profundo a artéria carótida externa. Atravessa o primeiro espaço faríngeo, irrigando as estruturas da 
região da faringe. 
 
➢ OBS: As carótidas externas ipslaterais se comunicam por seus ramos que se dirigem a linha mediana, que 
se anastomosam e constituem uma importante circulação colateral. 
 
➢ OBS: Existe uma anastomose na região do couro cabeludo entre o ramo frontal da artéria temporal 
superficial (da artéria carótida externa) e os ramos supratroclear e supraorbital (da artéria carótida 
interna). Essa anastomose se constitui como importante ponto de circulação colateral entre essas duas 
artérias que garante a irrigação da área caso haja obstrução de uma delas. Assim como a anastomose dos 
ramos da carótida interna com a artéria facial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ ARTÉRIA SUBCLÁVIA ESQUERDA (3° RAMO): 
 
➢ Tem trajeto no tórax, diferente da subclávia direita, tendo relação anatômica nessa região principalmente 
com a cúpula da pleura, formada pela pleura parietal em direção a abertura superior do tórax, a qual 
sulca. 
 
➢ Passa profundamente ao músculo escaleno anterior, enquanto a veia de mesmo nome passa 
superficialmente. 
 
➢ Tem relação com o pulmão esquerdo. O nervo frênico e vago passam anteriormente a essa artéria. Bem 
como as estruturas da bainha carótica. 
➢ Tem trajeto maior do que a sua equivalente contralateral, por originar-se no tórax e não no tronco como 
a direita. Assim, sua primeira parte é maior e tem uma relação mais próxima com o pulmão do que a 
direita. 
 
➢ Assim como a artéria subclávia direita, passa inferiormente ao plexo braquial, entre os músculos escaleno 
médio e anterior. Emite ramos no pescoço: 
 
➢ Artéria vertebral -> primeiro ramo da subclávia (da 1ª parte), que se aprofunda em relação aos escalenos 
e penetra nos forames transversários da 6ª até a 1ª vértebra cervical, quando se direciona superior e 
superiormente para atravessar o forame magno. As artérias vertebrais de cada subclávia (direita e 
esquerda), formando a artéria basilar. Esta artéria forma um círculo arterial com as carótidas internas na 
região do quiasma óptico que forma o círculo arterial do cérebro ou polígono de Willis. 
 
➢ Tronco tireocervical-> é um tronco comum a três artérias, que se origina entre os nervos frênico e vago. 
 
→ Artéria supraescapular: nutre os músculos da região superior da escápula. 
 
→ Artéria cervical transversa: caminha paralelamentea supraescapular, porém a cervical transversa se 
aprofunda em direção ao trapézio para irrigá-lo. 
 
→ Artéria tireóidea inferior: irriga a glândula tireoide e faz anastomose com a tireóidea superior (da 
carótida externa. Dá ramos glandulares e uma artéria chamada de cervical ascendente, que ascende 
no pescoço posteriormente a bainha carotídea e faz anastomose como o ramo descendente da 
artéria occipital, garantindo outra anastomose entre a subclávia e a carótida externa. 
 
➢ OBS: A artéria dorsal da escápula pode sair do tronco tireocervical ou direto da artéria subclávia (3ª parte). 
 
➢ Tronco costocervical-> é um tronco curto comum a duas artérias, que se origina em um plano mais 
profundo. 
 
→ Artéria cervical profunda: ascende no pescoço, posteriormente aos processos transversos das 
vértebras cervicais. Culmina com uma anastomose com a artéria occipital, com mais uma circulação 
colateral entre a subclávia e a carótida externa. 
 
→ Artéria intercostal suprema: dá ramos intercostais para o 1º e 2º espaços intercostais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ CORRELAÇÕES CLÍNICAS 
 
➢ Pulsação da artéria subclávia: a artéria deve ser palpada no seu trecho lateral ao músculo 
esternocleidomastoideo, numa área chamada de trígono cervical lateral. Palpa-se, então, na metade da 
clavícula, posterior e lateral ao esternocleidomastoideo. 
 
➢ A artéria carótida interna é uma das artérias mais comuns para formação de placas de ateroma, 
principalmente na área da bifurcação da artéria carótida comum. Porém, devido as anastomoses é 
possível que uma pessoa sobreviva mesmo com uma das carótidas comuns obstruídas. Para tratar o 
problema acima descrito, deve-se realizar procedimento cirúrgico, fazendo angioplastia e aplicação do 
estende. Pode-se ter que fazer uma retirada cirúrgica da gordura do vaso. 
 
➢ Lembrar que afastando o músculo esternocleidomastoideo, observa-se mais anteriormente na bainha 
carótida a veia jugular interna. Na cirurgia, deve-se amarrar a carótida e também a artéria tireóidea 
superior, para não sagrar devido a circulação colateral. 
 
 
❖ DRENAGEM VENOSA DO PESCOÇO 
 
➢ As veias se colocam superficialmente às artérias do pescoço. As principais são as veias jugular interna, 
jugular externa e jugular anterior. Essas suas últimas são superficiais, localizadas superficialmente à 
lâmina superficial da fáscia cervical. A veia jugular interna é mais profunda no pescoço, tendo as mesmas 
relações na região que as artérias carótidas comum e interna (na bainha carótica). 
 
 
➢ A veia cava superior é formada pelas veias braquiocefálica direita (mais curta) e braquiocefálica 
esquerda (mais longa pois alcança o lado direito do tórax). As duas veias braquiocefálicas são formadas 
pela união das veias jugular interna e subclávia. 
 
➢ Veia jugular externa: mais importante das duas superficiais. Passa superficialmente ao músculo 
esternocleidomastoideo, estando, assim como a jugular anterior, na tela subcutânea. Se aprofunda no 
pescoço no teto do trígono omo-clavicular, perfurando a lâmina superficial da fáscia cervical e entra mais 
profunda no pescoço, se juntando com a subclávia no ângulo venoso. No ponto é que essa veia perfura a 
fáscia a artéria dificilmente retrai, devido a adventícia presa à fáscia; por isso, em uma lesão perfurante 
da veia jugular externa nesse ponto, pode-se ter uma embolia gasosa nesse vaso. 
 
➢ O plexo venoso pterigoideo forma a veia retromandibular, que se ramifica em duas outras veias: um ramo 
anterior e um posterior. O ramo posterior se junta com a veia auricular posterior formando a veia jugular 
externa. O ramo anterior se junta com a veia facial, formando a veia facial comum. Esta última, a veia 
lingual e a veia tireóidea superior drenam para a jugular interna. Elas drenam de formas diferentes, 
inclusive formando juntas apenas uma veia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Veia jugular anterior: Assim como a jugular externa, é superficial e está se localizada na tela subcutânea. 
Drena para a veia subclávia. Seja um trajeto bem próximo a linha mediana, descendo após sua origem no 
trígono submentual. Se aprofunda no trígono muscular. Pode-se formar entre as veias jugulares anteriores 
de cada lado, um arco venoso jugular, com o encontro das duas na linha mediana. Esse arco é importante 
na traqueostomia, porque ela sangra. 
 
➢ Veia jugular interna: É a mais importante, que drena a maior parte das estruturas. 
 
 
❖ DRENAGEM LINFÁTICA 
 
➢ Existem linfonodos superficiais e profundos da cabeça, e superficiais e profundos do pescoço. 
 
➢ Na cabeça, os linfonodos são definidos por região e pela profundidade, já no pescoço os linfonodos 
superficiais e profundos se definem pela sua posição em relação à lâmina superficial da fáscia cervical. 
 
➢ Superficiais da cabeça: linfonodos occipitais, mastoideos, parotídeos superficiais e faciais (ao redor da 
veia facial). Se localizam na face, superficialmente, nas regiões que lhes dão o nome. São pequenos. 
 
➢ Profundos da cabeça: estão abaixo da fáscia parotídeomassetérica. Parotídeos profundos e 
retrofaríngeos. 
 
➢ Superficiais do pescoço: linfonodos cervicais laterais superficiais (que acompanham a jugular externa) e 
linfonodos cervicais anteriores (que acompanham a jugular anterior). Linfonodos submentuais (no trígono 
submentual) e submandibulares (no trígono submandibular), apesar de estarem abaixo da fáscia, são 
considerados superficiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Profundos do pescoço: linfonodos cervicais laterais profundos (principal grupo que acompanha a veia 
jugular interna) e linfonodos cervicais anteriores profundos (adquirem vários nomes de acordo com suas 
posições). Entre o músculo digástrico e a veia jugular interna existe um grupo de linfonodos volumosos, 
os linfonodos jugulo-digástrico; já onde o músculo omo-hioideo cruza essa veia estão os linfonodos jugulo-
omo-hioideos. 
 
➢ Toda a linfa é drenada para os ductos torácico e linfático direito. 
 
➢ Punção da veia subclávia: coloca-se o dedo indicador na incisura jugular e o polegar no terço médio da 
clavícula, e a agulha entra abaixo da clavícula em direção ao dedo indicador. Assim, realiza a punção da 
via subclávia no ponto onde ela se encontra com a veia jugular interna, formando a veia braquiocefálica. 
 
➢ Punção da veia jugular interna: faz-se a punção na fossa supraclavicular menor, que fica entre as cabeças 
clavicular e esternal do músculo esternocleidomastoideo. 
 
❖ PLEXO CERVICAL 
 
➢ O plexo cervical é um plexo nervoso que inerva estruturas do pescoço, emergindo entre o escaleno 
anterior e médio. É formado pelos primeiros 4 pares de nervos cervicais. 
 
➢ Os ramos ventrais desses nervos formam alças de onde partem ramos que vão para a parte superficial ou 
continuam profundos para a inervação da musculatura. 
 
➢ Ramos superficiais do plexo cervical: ramos que se superficializam, perfurando a lâmina cervical e 
inervando a pele do pescoço e parte posterior do couro cabeludo. Tem um trajeto posterior e depois 
superficialmente, emergindo ao contornar a borda posterior do músculo esternocleidomastoideo. 
 
→ Nervo occipital menor -> inervação da pele do couro cabeludo. 
 
→ Nervo auricular magno -> recolhe a sensibilidade da orelha, parótida e ângulo da mandíbula. 
 
→ Nervo cervical transverso -> recolhe a sensibilidade da região anterior do pescoço. 
 
→ Nervos supraclaviculares -> se distribuem para a região mais superior do tórax e ombro. 
 
➢ OBS: no ponto médio da borda posterior do esternocleidomastoideo fica o ponto nervoso do pescoço, 
ponto onde pode-se aplicar anestésico e bloquear (anestesiar) todos os ramos do plexo cervical. 
 
➢ Ramos profundos do plexo cervical: inervam os músculos na região profunda do pescoço. Forma-se uma 
alça cervical entre esses ramos. Essa alça inerva osmúsculos infra-hioideos. 
 
➢ Raiz superior da alça cervical: fibras de C1 (principalmente) e C2 que se juntam ao nervo hipoglosso e 
depois voltam a se separar, formando essa raiz. 
 
➢ Raiz inferior da alça cervical: fibras de C2 e C3 que se juntam e formam a alça inferior. 
 
➢ OBS: os músculo tíreo-hioideo e o gênio-hioideo são inervados por fibras do plexo cervical que se 
continuam com o nervo hipoglosso. 
 
➢ OBS: nervo frênico é formado por fibras de C4 e C5 e inerva o diafragma. Caso haja uma lesão da medula 
superior a essa emergência, a pessoa perde a inervação do diafragma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ TRÍGONOS DO PESCOÇO 
 
➢ O músculo esternocleidomastoideo divide as regiões anterior e lateral do pescoço, delimitando, com 
outras estruturas, três trígonos, ou regiões, nessa área: trígono cervical lateral, trígono cervical anterior e 
região esternocleidomastoidea. 
 
▪ REGIÃO ESTERNOCLEIDOMASTOIDEA: 
 
➢ LIMITES: o próprio músculo esternocleidomastoideo limita essa região. 
 
➢ CONTEÚDO: músculo esternocleidomastoideo, parte superior da veia jugular externa, nervo auricular 
magno, nervo cervical transverso. 
 
➢ SUBDIVISÕES: pelas cabeças do ECM. 
 
→ Fossa supraclavicular menor -> espaço já descrito neste resumo que se encontra entre as cabeças do 
ECM, tendo como principal conteúdo a parte inferior da veia jugular interna. 
 
 
▪ TRÍGONO CERVICAL LATERAL: 
 
➢ LIMITES: margem posterior do ECM (anteriormente); margem anterior do trapézio (posteriormente); 
músculos escalenos/lâmina pré-vertebral (assoalho); lâmina superficial da fáscia cervical (teto); 
 
➢ CONTEÚDO: além dos conteúdos principais das subdivisões citados abaixo há -> artéria cervical 
transversa, ramos superficiais do plexo cervical, ponto nervoso do pescoço (trígono occipital), parte da 
veia jugular externa. 
 
➢ SUBDIVISÕES: pelo ventre inferior do músculo omo-hioideo. 
 
→ Trígono occipital -> tem como teto a lâmina superficial da fáscia cervical. Seus limites são: margem 
anterior do trapézio, margem posterior do ECM e ventre inferior do omo-hioideo. Seus principais 
conteúdos nervo acessório e artéria occipital. 
 
→ Trígono omo-clavicular -> tem como seus principais conteúdos a terceira parte da artéria subclávia, 
plexo braquial e linfonodos supraclaviculares. 
 
▪ TRÍGONO CERVICAL ANTERIOR: 
 
➢ LIMITES: linha mediana (anteriormente); margem anterior do ECM (posteriormente); faringe, laringe e 
tireoide (assoalho); incisura jugular (ápice), tela subcutânea e lâmina superficial da fáscia cervical (teto). 
 
➢ CONTEÚDO: Região com muitos conteúdos, divididos nas subdivisões descritas abaixo. 
 
➢ SUBDIVISÕES: delimitadas pelo ventre anterior e posterior do digástrico, osso hioide e ventre superior do 
omo-hioideo. 
 
→ Trígono submandibular -> são limites são: ventre anterior do digástrico, ventre posterior do 
digástrico e base da mandíbula. O assoalho é formado pelos músculos milo-hióideo, hioglosso e 
constritor médio da faringe. Seu conteúdo é: glândula submandibular, linfonodos submandibulares, 
nervo hipoglosso, artéria e veia submandibular. 
 
→ Trígono submentual -> trígono ímpar, que atravessa a linha mediana. Seu limite inferior é o corpo do 
osso hioide; o limite lateral são os ventres anteriores dos músculos digástrico esquerdo e direito. Seu 
conteúdo são linfonodos submentuais e veias menores que formam a veia jugular anterior. 
 
→ Trígono carótico -> margem anterior do ECM, ventre superior do omo-hioideo e ventre posterior do 
digástrico. Seu conteúdo é extenso, principalmente constituído por: bainha carótica e seu conteúdo, 
raiz superior da alça cervical, linfonodos cervicais profundos, ramos do plexo cervical, nervo vago, 
bifurcação da carótida, artérias lingual, facial, tireóidea anterior. 
 
→ Trígono muscular -> margem anterior do ECM, linha mediana e ventre superior do omo-hióideo. Seu 
conteúdo é: músculo esternotireóideo e esternohiódeo, glândulas tireoide e paratireoides.

Continue navegando