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O antropomorfismo é apontado como responsável pelo desenvolvimento de problemas comportamentais em cães Agressividade por dominância; Medo; Ansiedade por separação; Perda da identidade – preferem ficar com seres humanos a interagir com sua espécie; Perda de instintos; Inadequação nutricional. Aspectos negativos Vinculo humano-animal; Melhora na alimentação e aumento dos cuidados veterinários; Melhora taxas de adoção; Suporte social – bem estar das pessoas; Aspectos positivos Atribuição de características ou comportamentos humanos a animais não-humanos, deuses ou objetos; Dar alimentos e bebidas considerados específicos para humanos ao animal (por ex. bolo, refri); Dar nomes humanos; Comemorar aniversários; Vivenciar o luto dos mesmo e enterrar em cemitérios para pets com rituais semelhantes a humanos; Vestir os pets com roupas; Coloca-los em creches durante o dia; Levar a médicos especialistas quando ficam doentes; Custear transplantes renais e outros procedimentos veterinários avançados e caros; Considerar pets semelhantes a filhos; Contar mais com o pet para afeição do que seus filhos e conjugue; A domesticação envolveu a modificação genética dos animais para a obtenção de fenótipos de interesse para os seres humanos por meio da seleção artificial com a reprodução de indivíduos selecionados por motivos específicos, com a finalidade de gerar descendentes com características desejáveis. Embora cães e gatos integrem a vida dos seres humanos principalmente por motivos afetivos; A seleção artificial tem provocado profundas consequências na qualidade de vida desses animais; Seleção artificial Humanização e Antropomorfismo Seleção artificial - GATOS Cães de trabalho OutrosMutilações O MAPA é responsável pelo estimulo e desenvolvimento da produção pecuária e pela fiscalização do bem-estar dos animais de produção e interesse econômico; https://www.gov.br/agricultura/ pt-br/assuntos/producao- animal/boas-praticas-e-bem- estar-animal. Boas práticas e bem-estar animal Estabelecer os procedimentos gerais de Recomendações de Boas Práticas de Bem-estar para animais de produção e de Interesse Econômico – REBEM, abrangendo os sistemas de produção e o transporte; Animais de produção: todo aquele cuja finalidade da criação seja a obtenção de carne, leite, ovo, lã, pele, couro, mel ou qualquer outro produto com finalidade comercial; Animais de interesse econômico: todo aquele considerado animal de produção ou aqueles cuja finalidade seja esportiva e que gere divisas, renda e empregos, mesmo que sejam também considerados como animais de produção. Princípios para a garantia do bem- estar animal I – Proceder ao manejo cuidadoso e responsável nas várias etapas da vida do animal, desde o nascimento, criação e transporte; II – Possuir conhecimento básicos de comportamento animal a afim de proceder ao adequado manejo; III – Proporcionar dieta satisfatória, apropriada e segura, adequada às diferentes fases da vida do animal; IV – Assegurar que as instalações sejam projetadas apropriadamente aos sistemas de produção das diferentes espécies de forma a garantir a proteção, a possibilidade de descanso e o bem-estar animal; V – Manejar e transportar os animais de forma adequada para reduzir o estresse e evitar contusões e o sofrimento desnecessário; VI – Manter o ambiente de criação em condições higiênicas. Manuais de Boas Práticas de Bem-Estar Manuais de Boas Práticas de Bem-Estar – que estabelecerão recomendações de procedimentos específicos para cada espécie animal de acordo com sua finalidade produtiva e econômica. INSTRUÇAO NORMATIVA N° 56/2008 https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/producao-animal/boas-praticas-e-bem-estar-animal Pastejam cerca de 9 a 11 horas por dia; São animais ruminantes; A ruminação ocupa por volta de 75% do tempo de pastejo (6-8 horas), ocorrendo a regurgitação, quando o alimento volta a boca, é mastigado e engolido novamente; Diariamente, ingerem em torno de 25 a 80 litros de água; São animais socais – devem ser conduzidos sempre em grupos. BOVINOS – COMPORTAMENTO Os bovinos tem uma hierarquia de dominância ou ordem dentro do grupo; Essa hierarquia é imposta através de disputas entre os animais, sendo a força e a agressão determinantes para estabelecê-la; Altura, peso, idade, sexo, temperamento e chifres são fatores que também interferem em sua determinação; A mistura de animais desconhecidos leva à luta e ao estabelecimento de uma nova hierarquia entre os animais recém-chegados, podem levar dias para que seja reestabelecida; A atenção a essa característica dos bovinos minimiza brigas e promove um melhor bem-estar animal, já que brigas podem ocasionar estresse e ferimentos. BOVINOS A pasto – aproveitamento máximo dos recursos naturais (sem suplementação); Mais tempo para atingir o peso de abate (menor produtividade); A pasto – Com suplementação volumosa ou concentrado; Lotação mais elevada (reduz custo e aumento produtividade). Maior produção de pastagens (corretivos e fertilizantes); Suplementação mais frequente; Confinamento de terminação; Maior custo e maior produtividade (produção em escala). EXTENSIVO SEMI-INTENSIVO INTENSIVO Alimentação adequada; Proibido proteínas de origem animal, exceto leite e derivados; Não pode conter antibióticos com fins profiláticos e outra substâncias promotoras do crescimento, ou melhoradores de desempenho; Acesso à agua limpa e fresca; Condições das instalações; Áreas de descanso; Manejo do rebanho; ASPECTOS IMPORTANTES PARA O BEM-ESTAR DE BOVINOS Sistema de Produção BOVINOS – PONTOS CRITICOS DE BEA BOVINOS DE CORTE - MANEJO PRÉ-ABATE ABATE HUMANITÁRIO: TRANSPORTE ABATE HUMANITÁRIO É o conjunto de diretrizes técnicas e científicas que garantam o bem-estar dos animais desde a recepção até a operação de sangria; O estabelecimento é obrigado a adotar medidas para evitar maus tratos aos animais e aplicar ações que visem à proteção e ao bem-estar animal, desde o embarque na origem até o momento do abate. Deve ser realizado cuidadosamente e por pessoas treinadas e capacitadas; Os animais devem estar atentos ao comando do manejador. Agitação excessiva pode causar pânico e descontrole; Rampas com até 20° de inclinação. EMBARQUE Experiência desconhecida; Ruídos; Trepidação; Mudança de ambiente; Esforço para se manterem em pé durante a viagem; Desníveis ao entrar e sair do veículo; Ambiente social - mistura de lotes e densidade; Ambiente físico - distância percorrida, condições das rodovias e condições dos veículos. Uma das etapas mais estressantes do manejo pré-abate: DESEMBARQUE Caminhão deve estar bem estacionado, com o compartimento de carga totalmente encostado ao desembarcadouro, sem deixar nenhum vão que possa dificultar a passagem dos animais; Deve-se observar se há algum bovino deitado nos compartimentos do caminhão. Etapas/Pontos Críticos ABATE HUMANITÁRIO: O tempo de jejum é compreendido entre a última alimentação na propriedade até o momento do abate, tendo como objetivo reduzir o conteúdo gástrico para facilitar a evisceração e minimizar a contaminação da carcaça; Para exportação: até 12 horas; 12 a 16 horas; 24 horas devem ser alimentados em quantidades moderadas; Livre acesso a água e a descanso. Visão dos bovinos Zona de fuga Ponto de equilíbrio Visão binocular - Estreita e percepção de profundidade; Visão monocular - Ampla e panorâmica, Lateral e independente e detecta movimentos. Distância mínima permitida pelo animal para a aproximação dos humanos antes de iniciar o deslocamento (fuga), e seu tamanho depende do animal; Linha imaginária na altura da paleta do animal, formando um ângulo de 90° com seu corpo. JEJUM ALIMENTAR CONCEITOS IMPORTANTES QUE FACILITAM O MANEJO Manejo pré-abate O fornecimento de água é fundamental para recuperar os animais da desidratação causada pelo transporte; Diminui o estresse térmico pelo calor; Auxilia na eliminação do conteúdo gastrointestinal, evitando rompimento de vísceras e minimizando a contaminação da carcaça;A dieta hídrica facilita a esfola (retirada do couro); Os bebedouros devem permitir que, no mínimo, 20% dos bovinos de cada curral bebam simultaneamente . Os bovinos são homeotérmicos - entre 37, 8°C e 39,2°C; Sombra e nebulização: A utilização de cobertura parcial dos currais com sombrites favorece essa recuperação, por reduzir a radiação solar e proporcional melhor sensação térmica; Além disso, é importante que haja boa circulação de ar no ambiente, e o plantio de árvores ao redor contribua para amenizar a temperatura. Ao serem encaminhados para a sala de matança, é obrigatório o banho de aspersão, com água hiperclorada a 15 ppm, com jatos dispostos transversalmente, longitudinalmente e lateralmente com pressão inferior a 3 atm. Reduz a excitação dos animais; Promove a vasoconstrição sanguínea periférica; Limpeza parcial da parte externa dos bovinos. Devido ao tempo de permanência nos currais de descanso, os animais necessitam de espaço suficiente para expressar comportamentos básicos como levantar, deitar, virar e andar, além de terem condições para realizar a termoregulação; O espaço mínimo recomendado por animal - 2,5 m. CHUVEIRO Dieta hídrica DENSIDADE CONFORTO TÉRMICO É o processo aplicado ao animal, para proporcionar rapidamente um estado de insensibilidade, mantendo as funções vitais até a sangria; Métodos de insensibilização por dando cativo, quando utilizados de forma correta e com manutenção adequada, minimizam o sofrimento dos animais e riscos de acidentes para os operadores; No entanto, quando mal utilizados, geram dor e sofrimento aos animais, podem aumentar a probabilidade de hematomas e defeitos na qualidade da carne. Pescoceira - prende o animal, impedindo-o de se deslocar dentro do boxe. A rampa de acesso deve ir afunilando conforme chega à entrada da sala de abate, garantindo que passe apenas um animal por vez no box de insensibilização. Trapézio - estrutura de ferro suspensa que desce levemente nos quartos traseiros do bovino e o estimula a avançar até a pescoceira, o que agiliza a contenção. SENSIBILIZAÇÃO Rampa de acesso à sala de matança BOXE DE INSENSIBILIZAÇÃO COM CONTENÇÃO Parede móvel - reduz o espaço lateral, ajustando o boxe à largura de cada animal, o que minimiza a movimentação. Bandeja - superfície plana à frente da pescoceira, que eleva a cabeça do bovino, posicionando-a para a insensibilização. A pistola deve ser posicionada de modo a assegurar que o dardo penetre no córtex cerebral, através da região frontal; Pistola de dardo cativo penetrante, além de causar concussão, ocasiona danos irreversíveis; A penetração do dardo causa uma grande hemorragia, lesão severa com perda de tecido neural; 60 segundos até a sangria. Deve provocar um rápido, profuso e mais completo possível escoamento do sangue, antes que o animal recupere a sensibilidade; No máximo 1 minutos após a insensibilização; Incisão dos grandes vasos que emergem do coração; Morte por choque hipovolêmico; Somente após o término da sangria (mínimo de 3 minutos) deve-se iniciar a esfola; Nenhum procedimento pode ser realizado até que esteja comprovada a morte do animal. Falência múltipla dos órgãos e anóxia cerebral. Método mecânico - perfurante Pistolas de dardos não penetrante, em sua maioria, possuem a ponta do dardo em formato similar a um cogumelo; O impacto desse dardo contra o crânio do animal provoca uma depressão do osso frontal sem perfuração, resultando em perda imediata da consciência; 30 segundos até a sangria. MÉTODO MECÂNICO - NÃO PERFURANTE SANGRIA Se alimentam de grama, raízes, frutas e sementes e adaptam dieta à disponibilidade de alimentos; Possuem dentes e mandíbulas fortes para morder, podem ser predadores, mas também presas; Passam, em média, 19 horas por dia deitados, 5 horas dormindo e apenas de 1 a 3 se alimentando. Diariamente, suínos entre 50 a 150 kg ingerem em torno de 5 a 10 l de água; São animais sociais, vivendo normalmente em grupos de 2 a 6 fêmeas, que têm um relacionamento próximo de suas leitegadas; Curiosos e inteligentes; É importante conhecer o comportamento dos suínos para facilitar as práticas de manejo; Os suínos percebem o ambiente utilizando, principalmente, a visão, audição e olfato, reagindo de acordo com o comportamento inato e aprendido (experiências passadas). Sistema de criação confinado: Setor de reprodução/gestação - 113 a 116 dias; Setor de maternidade - Até 42 dias ( 21 a 28 em média); Setor de creche - 8 a 20 kg (até 70 dias); Setor de crescimento/terminação - 20 a 100/120 kg (63 a 150 dias). Sistema de criação; Desmame; Corte da cauda/desgaste dos dentes; Ambiência Restrição de espaço nas gaiolas de cobrição, gestação e lactação; Densidade. Confinamento intensivo, isolamento social, ausência de substrato ou enriquecimento, fome, alta densidade, agressão de animais dominantes, monotonia do ambiente, mutilação, baixa qualidade do ar. Alimentação saudável e suficiente; Água potável, limpa, fresca e abundante; Instalações seguras para que os suínos não se machuquem; Ambiência - nem frio excessivo e nem calor; Qualidade do ar - limpo e ventilado; Espaço suficiente para livre movimentação; Área de repouso seca e confortável; Maternidade - conforto para a matriz e os leitões; Manejo com calma e tranquilidade. SUÍNOS PONTOS CRÍTICOS DO BEA ASPECTOS IMPORTANTES PARA O BEA Jejum mínimo de 6 horas antes do embarque; Grupos de 10 a 15 animais; Transporte (motorista treinado); Densidade - 0,425m³/100 kg - 235kg/m³; Horários mais frios. EMBARQUE E TRANSPORTE Considerando que os suínos têm um sistema termorregulador deficiente (glândulas sudoríparas queratinizadas, grande quantidade de tecido adiposo e elevado metabolismo) há muita preocupação com a temp adequada do ambiente, que tem efeito direto no BEA. 38,7°C a 39,8°C Manejo pré-abate CONFORTO TÉRMICO TROCA DE CALOR Rampa de desembarque; O piso deve ser antiderrapante; Inclinação máxima - 15 graus. Emborrachado, cimentado ou de estruturas metálicas. DESEMBARQUE Espaço suficiente para chegar ao bebedouro, caminhar, deitar e recuperar-se do cansaço da viajar, sem ter que competir por espaço; Densidade mínima - 0,60 m²/suínos de 100 kg, ou 166kg/m². O fornecimento de água deve ser constante. Proibido matar antes de permanecer 8 horas na área de descanso. O tempo de jejum não pode ultrapassar 18 horas. Mais de 24 horas devem ser alimentados. DESCANSO Máximo 30 segundos após a insensibilização; Secção de grandes vasos; Mínimo de 3 minutos de sangria; 60% do volume do sangue; Horizontal ou vertical; Túnel e calha de sangria; Esterilizador de facas; Chuveiro pós-sangue (3 atm) Nebulização SANGRIA No ambiente de descanso, o objetivo é proporcionar maior conforto térmico. Insensibilização elétrica (eletronarcose); Alta voltagem (350 - 700V) e baixa amperagem (0,5 A a 2 A) - 4 segundos; 2 ou 3 pontos. INSENSIBILIZAÇÃO Altas densidades de lotação; Recomendado 15 a 16 aves/m²; Limitação severa de espaço; Redução severa do repertório comportamental possível; Alta incidência de distúrbios nas pernas e problemas de peito; Desordens metabólicas (seleção genética para crescimento rápido); Transporte, carregamento e descarregamento. Aves domésticas são onívoras; 90% do tempo – ciscando e bicando o solo; Pequeno grupos – 5 a 30 aves; Estabelecem dominância; Percebem o ambiente através da visão, audição e olfato; Apresentam menor capacidade de aprendizado em comparação a bovinos e suínos; Temperatura corporal – 41°C. Sistema cage-free; Alimento e água; Ambiente Alojamento Saúde Gestão Água fresca e uma dieta elaborada; N° de comedouros e bebedouros; Não pode conter nenhum tipo de antibiótico preventivo ou promotor de crescimento na alimentação; Ninho individual ou coletivo Poleiros 8 horas de luz artificial contínua e/ou luz do dia; e um período mínimo de 6 horas de escuridão contínua ou do período natural de escuridão; Respeitar a densidade; Ventilação e temperatura controladas; Gestão da qualidade da cama; Planejamento sanitário; Aparo de bicos permitidoaté 10 dias de idade; Capacitação, treinamento, monitoramento e registro. SISTEMA DE CRIAÇÃO AVES Criação de aves em gaiolas; Excessivo número de animais por gaiola; Debicagem; Muda forçada; CERTIFICAÇÃO DE GALINHAS POEDEIRAS PONTOS CRÍTICOS - FRANGOS DE CORTE PONTOS CRÍTICOS - GALINHAS POEDEIRAS Melhorar os ambientes físicos e social em que os animais vivem. Alimentar; Sensorial; Cognitivo; Social (destaque para o condicionamento operante com reforço positivo). ENRIQUECIMENTO DO AMBIENTE FÍSICO Vida livre – ambiente desafiador; Exigências físicas e cognitivas: No ambiente cativo – espaço restrito, falta de complexidade, alimentação facilidade. Bem-estar de animais silvestres Evitar predadores, encontrar e obter alimentos, percorrer terrenos de diferente níveis, defender o território de outros animais, socializar, acasalar, etc; PEIXES ANIMAIS SILVESTRES Peixes são sencientes! Pesca para consumo; Pesca esportiva; Piscicultura Criação; Abate; Pontos críticos: Alimentação, o manejo, a qualidade da água. Densidade de lotação, o transporte e o abate. Longos períodos em cativeiro; Ausência das possibilidades para explorar, investigar e interagir socialmente; Instalações inadequadas; Estresse; Comportamentos anormais; Falta de capacitação; Pouco investimento. ABATE HUMANITÁRIO ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL PROBLEMAS ASSOSIADOS AO CATIVEIRO
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