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FLUXOGRAMAS DE OBTENÇÃO DE CARNE BOVINA, SUÍNA E DE AVES INTRODUÇÃO • A dieta de carne esta presente na vida humana, desde que nos tornamos homo sapiens. Ainda que se tenha um crescimento constante de hábitos veganos por parte de alguns, o consumo de carne sempre estará presente em maioria. o Definição de carne de acordo com a lei : Art. 277. Para os fins deste Decreto, carcaças são as massas musculares e os ossos do animal abatido, tecnicamente preparado, desprovido de cabeça, órgãos e vísceras torácicas e abdominais, respeitadas as particularidades de cada espécie. • A carne possui valores nutricionais de grande importância para a alimentação humana, a evolução de nossa espécie foi dependente destes hábitos alimentares. o A grande vantagem do consumo de carne é que ela possui altos valores nutritivos: Rica em proteínas, em aminoácidos essenciais (a cada 100g de carne há 20g de proteína e dentro dessas os aminoácidos essenciais). o Para repor a falta de carne na dieta, é preciso ingerir quantidades muito maiores de vegetais, além de diversos tipos, para compensar esta falta de aminoácidos essenciais. Composição ÁGUA • Representa 70% da massa do músculo fresco. • Fica dentro ou entre as células musculares. LÍPIDEOS • Porção mais variável. • Componentes estão no tecido muscular (membranas celulares) ou tecido adiposo • fosfolipídeos (altamente reativos, contribuição na degradação da carne). • Triacilgicerol • Ácidos graxos PROTEÍNAS • Aminoácidos da carne são próximos aos essenciais à dieta humana (histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina) • Cereais são pobres em lisina, • Legumes são pobres em aminoácidos sulfurados. VITAMINAS • Tiamina, riboflavina, niacina, vitaminas B6 e B12. • Vitaminas C, D, E e K : baixos níveis em carnes comestíveis. • Carne suína (alta tiamina e baixa em B12) MINERAIS • Ferro: carnes vermelhas (mioglobina) • O Brasil é um dos maiores exportadores de carne do mundo (bovina, aves, suínos), com isto é possível saber que é uma área muito importante para economia nacional. • Sendo assim, é necessário que hajam estudos em volta destes métodos de obtenção dos produtos. E um das etapas mais fundamentais de serem estudadas é: ABATE. • Tanto no que se refere a métodos de manejo sanitário, ganhos lucrativos e questões de bem-estar animal (que atualmente é algo muito cobrado pelos consumidores); • O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) aconselha os meios de criação com pensamento em bem-estar animal desde os anos 200, porém o RIISPOA (manual de Inspeção), coloca como obrigatório os critérios de bem-estar animal: o “Os procedimentos de bem-estar animal devem ser atendidos e respeitados por todos os estabelecimentos processadores de carne. Os frigoríficos são obrigados a adotar técnicas de bem-estar animal, aplicando ações que visem a proteção dos animais, a fim de evitar maus tratos desde o embarque até o momento do abate. E evitando o estresse nestas etapas. o Deverão ser observados os seguintes princípios para a garantia do bem-estar animal: I - proceder ao manejo cuidadoso e responsável nas várias etapas da vida do animal, desde o nascimento, criação e transporte; II - possuir conhecimentos básicos de comportamento animal a fim de proceder ao adequado manejo; III - proporcionar dieta satisfatória, apropriada e segura, adequada às diferentes fases da vida do animal; IV - assegurar que as instalações sejam projetadas apropriadamente aos sistemas de produção das diferentes espécies de forma a garantir a proteção, a possibilidade de descanso e o bem-estar animal; V - manejar e transportar os animais de forma adequada para reduzir o estresse e evitar contusões e o sofrimento desnecessário; VI - manter o ambiente de criação em condições higiênicas. • O intuito é conseguir realizar o chamado Abate Humanitário: o “conjunto de procedimentos técnicos e científicos que garantem o bem estar dos animais desde as operações de embarque na propriedade rural até o Abate”. o “É o conjunto de diretrizes técnicas e científicas que garantam o bem-estar dos animais desde a recepção até a operação de sangria” o O OBJETIVO É EVITAR SOFRIMENTOS DESNECESSÁRIOS! • Como saber se os animais estão sofrendo maus tratos e estes métodos não estão sendo efetivos? o Taxa de mortalidade, Quantidade de dejetos no veículo, Fraturas, Animais em condições de estresse acabam brigando e ficam com marcas nas carcaças, vocalização exacerbada... • Em resumo: Para evitar o sofrimento animal e os prejuízos citados, é necessário seguir um Fluxo de Abate Pré estipulado que será descrito BOVINOS MANEJO DE PRÉ-ABATE • Os manejos para o abate humanitário se iniciam desde o momento em que o animal se desloca da propriedade para o abatedouro. • A preocupação não está apenas no Não Sofrimento dos animais, mas também na preocupação do produto final ANIMAIS ESTRESSADOS PRODUZEM CARNES DE QUALIDADE INFERIOR. • Para evitar sofrimentos desnecessários e amenizar os outros riscos, algumas medidas devem ser tomadas: o Transporte (saída da propriedade para o abatedouro) ▪ Jejum – Privação de alimento e água • Tanto para evitar contaminação de desejetos evacuados durante o transporte, mas também para evitar contaminação na evisceração (se o intestino estiver repleto, as chances de romper a víscera durante sua retirada, aumentam); • Os bovinos exigem um tempo muito maior para digestão, ainda que estejam de jejum durante horas, o seu intestino não estará completamente vazio. ▪ Embarcar os animais • Devem haver estruturas adequadas o Rampas firmes que aguentem os animais (normalmente uma estrutura fixa feita de cimento/concreto) o Piso antiderrapante o Pensar na inclinação do piso que não deverá ser muito grande • Não usar bastões elétricos – NÃO MALTRATAR/AGREDIR OS ANIMAIS! o Durante muito tempo foi utilizado o método de tocagem de gado com agressões, quando os animais param, demoram e etc. o Para se ter um abate humanitário é proibido agredir os animais. o Um método utilizado para tocagem do gado sem agressões, é o uso de bandeiras. • Sem curvas e rampas acentuadas o Quando o animal está em um corredor que ele não consegue enxergar o final, normalmente por curvas muito acentuadas, ou falta de luz no loca, ele tende a parar e não querer prosseguir. o Neste momento é onde acaba atrasando a saída para o abatedouro. o Ao contrário de agredir o animal, empurrar e etc, indica-se conduzir os animais por corredores que eles possam enxergar o final. • Outros fatores como falta de luz, buracos e etc. Também interferem para o animal não querer continuar andando. • Manejo correto na mistura de grupos o Deve ser evitado misturar animais de grupos diferentes (que não conviviam antecipadamente) o Caso seja necessária haver esta mistura, deve ser feita com antecipação de 24 horas antes do transporte, para que as relações de hirarquia sejam estipuladas e etc. o Caso contrário será mais um fator estressante para os animais. • Horário Adequado o Comparado a aves e suínos, não são animais que sofrem tanto com estresse térmico, porém ainda sim é uma preocupação. o Sendo assim, deverão ser transportados em horários de menor intensidade de calor (normalmente as viajens são realizadas durante a noite). • Densidade de Animais o O indicado é em média 20 animais o Não exceder este número (apertados, risco de brigas de contusão) ou diminuir muito (podem “tombar” durante o transporte) o Densidade muito aumentada pode provocar repostas fisiológicas indesejadas, como: Hipertermia, Taquipinéia, Taquicardia, Aumento dos Níveis de cortisol e glicose no plasma sanguíneo. • Condições da estrada/distância para o trajeto o Se prioriza mais as condições de estrada do que a distância do trajeto, mas o ideal é unir os dois critérios o Transporte prolongado pode provocar: carne DFD • Os veículos deverão ter:o Laterais seguras (fortes e altas) o Piso anti-derrapante o Deverão ser Livres de pontas e protuberâncias o Suspensão pneumática o Não necessariamente coberto mas devem evitar insidências altas de luz solar. (não pode ficar batendo o sol direto no animal) o Desembarque (chegada no abatedouro) ▪ Logo que o animal chega, ele é colocado em um local chamado de CURRAL DE CHEGADA E SELEÇÃO – avaliação Ante Mortem: • Neste momento os animais serão analisados logo quando desembarcam e neste curral, aqueles que demonstrarem qualquer problema, doença, lesão e etc, serão encaminhados para o veterinário realizar uma inspeção mais detalhada. ▪ Aqueles que estiveram em boas condições, serão encaminhados para o CURRAL DE DESCANSO: • É estipulado que os animais descansem ao menos 24 horas antes do abate após a chegada no abatedouro. • Ou seja, serão abatidos no dia seguinte. • Normalmente neste momento os animais ainda permanecem de jejum (é justificado pelo fato desses animais terem um estoque muito grande no rúmen durante horas); Exceto em casos que a viajem tenha sido muito longa e o tempo de jejum extrapola os limites dos animais, então deverão receber ração e realizar o jejum durante 24 horas após. • O intuito é que esses animais dencansem do estresse causado pela viajem, os objetivos basicamente são: o Descanso e dieta hídrica: Recuperar das perturbações do deslocamento, Reduzir o conteúdo gástrico, Avaliar documentação e estado dos animais, Recuperar reserva de glicogênio (gasto do musculo no jejum – na verdade só recupera se alimentando), permitir este descando por aproximadamente 12-24h. o Evitar estresses de: Estrutura e manejo, Contrastes, Barulhos, Ventos e cheiros Distração. o Condução ao Abate ▪ Os animais são conduzidos por um corredor como este, onde passará pelo banho, a área de aglomeração e a porção do corredor chamada Seringa. ▪ Estes corredores são dotados de guilhotina ▪ Banho de Asperção • O intuito do banho de asperção é: Limpar a pele do animal antes do abate, para assegurar uma esfola higiênica e reduzir a poeira, tendo em vista que a pele fica úmida e, portanto, diminui a sujeira na sala de abate. • Lembrando que todas as áreas que os animais caminhem devem ter pisos derrapantes (muito perigoso que derrapem neste momento) ▪ Seringa • Porção mais estreita do corredor, por onde os animais irão passar enfileirados (um por vez) • Esse isolamento dos outros animais estressa os bovinos, pois são animais sociais e sentem mais segurança quando estão em grupo. É por esse motivo que a seringa é considerada um dos principais pontos críticos encontrados no manejo. ▪ Parâmetros avaliativos • Para analisar se os manejos desta etapa estão sendo feitos corretamente são analisados alguns pontos: • Estresse: o Excelente: sem deslizamentos ou quedas o Aceitável: sem quedas/ 3% deslizamentos o Não aceitável: 1% quedas o Problema sério: 5% quedas ou mais de 15% deslizamentos • Vocalização: o Excelente: 0,5% vocalizações o Aceitável: 3% o Não aceitável: 4-10% o Problema sério: mais de 10% MANEJO DE ABATE • Atordoamento ou Insensibilização com pistola de dado cativo o Boxe de insensibilização: ▪ Assim que os animais passam pela seringa, entram no boxe de insensibilização ▪ O boxe promove o isolamento do bovino dos demais do grupo, para que seja efetuada a insensibilização. ▪ Essa estrutura restringe a movimentação do animal, o que permite maior precisão para o disparo da pistola. ▪ Para isso, é necessário que o boxe tenha tamanho adequado aos bovinos a serem abatidos. ▪ Um boxe muito grande facilita a movimentação do animal em seu interior, o que não só dificulta a insensibilização, como aumenta os riscos de acidentes para o operador e os bovinos. ▪ O tempo que os bovinos permanecem contidos deve ser o menor possível. Para isso, é necessário que haja sincronia entre o manejador que conduz os bovinos para o boxe e os operadores da insensibilização, do guincho e da sangria. ▪ Para realização de uma insensibilização eficaz é preciso que haja uma contenção suficiente do animal, para que o disparo ocorra na posição correta, fato possibilitado com o uso de boxes de atordoamento mecânicos ou automatizados. o Insensibilização: ▪ ‘’A insensibilização pode ser avaliada como primeira operação do abate e, quando feita de maneira adequada, coloca o animal em estado de inconsciência, possibilitando assim que o restante do processo seja eficientemente realizado, sem que haja sofrimento do animal”. ▪ O tempo máximo entre a insensibilização e a sangria é 30 segundos. ▪ É uma etapa do abate que requer muita atenção, sendo necessárias instalações adequadas, equipamentos devidamente calibrados e mão de obra qualificada para sua realização. ▪ Para que a insensibilização ocorra de maneira eficiente, o atordoamento deve ser feito em local correto no animal: • o disparo deve ser feito no plano frontal, na interseção de duas linhas imaginárias, que vão da base do chifre até o olho do lado oposto da cabeça. • Sangria: o Logo após a insensibilização, imediatamente é realizado a sangria: ▪ Basea-se na secção (corte) de grandes vasos do pescoço, na entrada do peito; ▪ Realizada em um túnel de sangria. ▪ O sangue escorrerá para um local chamado Calha de sangria, este sangue será coletado e direcionado para a produção de farinha de sangue ou sangue em pó. ▪ Cada faca deverá ser esterelizada após cada animal sangrado. ▪ Devem ser utilizadas duas facas, uma para a papada e outra para exposição e secção dos vasos. MANEJO POST MORTEM – não há necessidade de decorar tudo, apenas compreender quais etapas existem • Remoção dos Chifres o Primeira etapa após a sangria • Esfolamento: o Após a retirada dos chifres o Conjunto de operações com finalidade de remoção do couro do animal após o abate o É um PC do abate (risco de contaminação) o Animal deve estar suspenso em trilho ou em cama elevada o Utilizando-se de facas específicas para este processo: ▪ Descouramento manual das patas dianteiras, Desarticulação dos mocotós, Abertura da barbela e coureamento da cabeça, Coureamento da pata traseira direita ▪ 1° transpasse: Prender tendão na carretilha, Courear pata traseira esquerda ▪ 2° transpasse, Destacar as patas, Oclusão do reto (nó com barbante); Completar com remoção mecânica (conjunto guincho-rolete) ▪ Fim da área suja • Evisceração: o Após a esfola o Evisceração deve ser imediata a esfola: contaminação (30 minutos após a sangria) o Lavagem Uso de agentes antimicrobianos (ácidos orgânicos: lático, acético, peracético) o Serragem: esterno e pélvis para liberação das vísceras • Subprodutos o Bile: usada em produtos farmacêuticos o Tripas o Estômagos : bucharia suja e bucharia limpa • Lavagem da carcaça o Remoção dos rins, rabo, gorduras e medula o Lavagem com água a 38-40°C o Eliminar esquírolas ósseas, coágulos e pelos o Reduzir a contagem microbiana da carne fresca o Aspersão de ácidos orgânicos (ác. Lático, acético, cítrico e ascórbico): uso não regulamentado • Desossa • Resfriamento o Após todos estes processos é necessário realizar a refrigeração dos produtos gerados, imediatamente. o Maturação sanitária obrigatória o Nas primeiras 24 horas o Temperatura final das carcaças: 7ºC o Temperatura da câmara: entre 2ºC e 7ºC SUINOS MANEJO DE PRÉ-ABATE • Suíno tem muita predisposição ao estresse. Exemplo: o Estresse em longo prazo: coleta, embarque, transporte o Estresse em curto prazo: (seleção, espera, condução). • Os manejos são muito semelhantes aos manejos de bovinos durante o pré abate - *qualquer coisa dê uma revisada na parte de bovinos* • Transporte o Jejum e dieta hídrica: ▪ Entre 16 e 24h (da granja ao abate,12-18h) ▪ Pleno acesso à água fresca ▪ Jejum de 24h: perdas de 5-6% peso vivo ▪ Tanto para evitar contaminação de dejetos evacuados durante o transporte, mas também para evitar contaminação na evisceração (se o intestino estiver repleto, as chances de romper a víscera durante sua retirada, aumentam); o Embarcar os animais ▪ Devem haver estruturas adequadas ▪ Não usar bastões elétricos – NÃO MALTRATAR/AGREDIR OS ANIMAIS! ▪ Sem curvas e rampas acentuadas ▪ Outros fatores como falta de luz, buracos e etc. Também interferem para o animal não querer continuar andando. ▪ Manejo correto na mistura de grupos ▪ Horário Adequado ▪ Densidade de Animais ▪ Condições da estrada/distância para o trajeto o Ventilação do Veículo ▪ O Veículo para transportar suínos deve ter uma preocupação maior em relação a temperatura, pois são animais que sofrem muito com estresse térmico. ▪ Natural ou mecanizada ▪ Para garantir conforto térmico, eliminação de gases indesejáveis (dióxido de carbono, amônia), suprimento adequado de oxigênio. ▪ Climas quentes: molhar os animais por 5 minutos após o embarque. ▪ Água disponível no veículo (max. 24h viagem) • Desembarque (chegada no abatedouro) o Chega e Descanso: Possilga de Chegada/Descanso ▪ Diferente dos bovinos, estes animais normalmente chegam e já são abatidos no mesmo dia, no máximo entre 4 a 8 horas após sua chegada. ▪ Descanso de 2h ▪ Facilita a condução ao atordoamento ▪ Identificar e separar animais doentes. ▪ Baias bem iluminadas, estreitas e longas, com poucas curvas, piso antiderrapante, pintura uniforme: menos estresse. ▪ Oferta de água/ nebulização de água. • Condução ao Abate o Velocidade do abate depende da condução eficiente dos animais. o Características estruturais (baias, corredores, distância até o ponto de atordoamento); o Banho de Asperção ▪ Remover sujidades superficiais, odor e contaminação; ▪ Refrescas os animais (água a 9°C no verão). ▪ Acalma (reduz comportamentos agressivos) ▪ Aumenta a eficiência da insensibilização elétrica. MANEJO DE ABATE • Insensibilização ou Atordoamento o Condução dos animais até o local do atordoamento: o Esteiras de retenção (menos chances de fraturas, porém, mais estresse) o box de atordoamento (coletivo) o Eletronarcose (corrente elétrica 300volts por 6-10 segundos) ▪ Nos suínos chamadas de eletronarcose ▪ Lembrar que: O objetivo desta etapa é colocar o animal em estado de insconsciência, para que não sinta dor no momento de sangrar. ▪ Neste método o estado de inscosciência, será atingido através da aplicação de corrente elétrica (choque). • Sangria: o Deve ser rápida (máximo 30 segundos) pois evita salpicamentos por promover alívio da pressão sanguínea. o Sangria horizontal diminui o tempo entre as duas etapas. o Legislação: vertical o Os cuidados higiênicos com o sangue eliminado são imprescindíveis, o acumulo de sangue serve como um ótimo meio de cultura microbiana MANEJO POST MORTEM o Escaldagem e depilação: o Já que a remoção da pele não é regra no abate de suínos, como nas outras espécies, esta etapa é substituída pela escaldagem e depilação. o Significa que a pele do suino é mantida na carcaça, retirando apenas os pelos. o Seguindo-se o chuveiro pós-sangria; vem a depilação dos suínos, que pode ocorrer em tanques de escaldagem. (com renovação constante da água pelo alto risco de contaminação). o Basicamente: Escaldando, depilando, retirando excessos com lavagem, prossegue-se para a etapa de Chamuscamento. • Chamuscamento: o Aquecimento superficial o Remoção de unhas o Antes: finalização da depilação com raspador • Lavagem: o Além de eliminar o restante daquilo que não é desejado, como resto de pelos e etc. o Serve para dar uma resfriada.( Remover resíduos da epiderme, pelos Aderentes). • Evisceração • Remoção e oclusão do tubo digestivo • Secagem das carcaças e toalete • Desossa • Resfriamento AVES MANEJO DE PRÉ-ABATE . Animais apresentam peculiaridades no pré-abate, principalmente se levar em conta o tamanho destes em comparação aos vistos anteriormente. . Fatores que desencadeiam estresse ou outras consequências para a qualidade da carne. . Como os suínos esses animais sofrem muito com estresse térmico. • Transporte • JEJUM e DIETA HÍDRICA: o Primeira fase do pré-abate, objetivando a limpeza do trato digestivo, evitando a contaminação da carcaça (principalmente por Salmonella e Campilobacter) e casos de ruptura. o Realizado em torno de 8 a 12 horas antes. o Fatores que desencadeiam estresse ou outras consequências para a qualidade da carne. • Apanha ou captura e Embarque: o São realizadas manualmente pelos funcionários da granja, uma a uma são pegas e assim introduzi-las em caixas. o Estas devem ser carregadas de forma correta visando sempre o bem-estar do animal, e evitando o estresse que possa comprometer a carcaça. o A forma que o funcionário apanha os animais pode gerar hematomas, devemos avaliar. • Transporte: o Não é realizado do mesmo modo que em suínos e bovinos, são encaminhados da granja ao abatedouro dentro de caixas, privadas de movimentação livre, geralmente sentadas podendo gerar estresse térmico. o O transporte deverá ser realizado à noite e à ordem de abate, deverá seguir a ordem de chegada dos caminhões ao abatedouro. Tomar cuidado com a ventilação correta, temperatura, tempo de viagem, condições de estrada etc. o Desembarque (chegada no abatedouro) • SALA DE ESPERA o VALE LEMBRAR QUE NÃO A SALA DE DESCANÇO COMO EM BOVINOS E SUÍNOS o Estas aves continuam dentro de caixas, no caminhão. Este fator gera muito estresse, umas defecam sobre as outras, temperatura diferente do que estão acostumadas, empilhadas. o Para avaliar se está SALA DE ESPERA gera estresse térmico utilizamos como parâmetro de mensuração: TEMPERATURA (Tº das aves correta 40-41ºC). o A espera não pode ser demorada no máximo de 1 a 2 horas, a temperatura deve ser acompanhada e as estruturas devem estar corretas. O ideal é que essas aves ao chegarem no abatedouro já sejam automaticamente encaminhadas para o abate. o Lave lembrar que os animais estão em jejum e dieta hídrica o Condução ao Abate • Pendura o Primeira etapa no frigorifico. o Serve como uma etapa de seleção dos animais para visualizar aves muito grandes, separar as doentes (primeiro será realizada a inspeção veterinária e posteriormente serão sacrificadas) e as mortas (devem ser totalmente condenadas). o As aves são manejadas individualmente, retiradas da caixa e penduras de cabeça para baixo cuidadosamente com as patas no gancho (deve ser realizado com cuidado para não gerar fratura nas pernas ou asas). o Os funcionários devem tranquiliza-las com as mãos. MANEJO DE ABATE • Insensibilização o Eletronarcose: Realizadas em cubas com água onde passa corrente elétrica na cabeça e cérebro das aves, tornando-as imediatamente inconscientes e insensíveis a dor. o Morrem de cabeça para baixo, penduradas nos ganchos. Jejum Captura Embarque Transporte Sala de espera Pendura Depenagem Escaldagem Insensibilizaçã o Sangria Transpasse Gotejamento Pré resfriam. Evisceração o É importante que quando forem imersas na cuba, a água cubra até a inserção das asas, para que a cabeça esteja posicionada o mais perto do eletrodo. o Dura 7 segundos. (Depende da potência da corrente elétrica), importante que dure desde a insensibilização até a sangria. o Sangria: o 12 segundos após a insensibilização o Interrompe o fornecimento de oxigênio pelo cérebro causando a morte. o Corte das artérias carótidas e veias jugulares logo abaixo da mandíbula; o Manual ou automatizado. (Varia do abatedouro) MANEJO POST MORTEM o Escaldagem o Etapa de contaminação pois as penas estavam sujas, receberam fezes no caminhão, e não a uma etapa de banho antes da entrada na granja. o Não pode ser muito quente para não cozinhar a carne doanimal. o Deve ser obrigatoriamente executada ao final da sangria; o Quanto maior a temperatura de escalda, mais fácil a depenagem o Temperatura a cima de 65º o Depenagem o Ocorre a retirada das penas através de um rolo que possui dedo de borracha flexível evitando machucar a carcaça. o Última área suja. o Transpasse o Forma que vão para a área limpa, transferência de ganchos. o As aves são lavadas em chuveiro de aspersão. o Geralmente são dois tanques, pois a muita sujeira, pois é a remoção dos resíduos da depenagem. o Evisceração o Muito mais rápida do que dos outros animais. o Dura cerca de 5 segundos (alta demanda de animais por hora). o ‘’ Como se fosse um aspirador para retirar as vísceras. ‘’ (Tomar muito cuidado para não sobrar resíduo de órgãos). o Pré-resfriamento ou pré-chiller o Tirar as carcaças do gancho e colocar em um tanque de água fria ‘’rosca sem fim’’. Com isso sofrem um pré resfriamento, mas não substitui a câmara fria. o Nesta etapa a carcaça encontra-se a 35 °C e deverá ser rapidamente resfriada a fim de inibir o crescimento bacteriano o Inédita em relação a outros animais. o Gotejamento o Serva para escorrer o resto de água que foi absorvida na etapa de pré- resfriamento. o Excesso de água pode evidenciar lesões na carcaça resfriada o Dependuram-se as carcaças pelas coxas, asas ou pescoço em ganchos numa linha contínua; o Velocidade de abate -> tem implicação sobre todos os trabalhos, abrangendo os aspectos tecnológicos, higiênicos e sanitários. Assim sendo, deverá estar ajustada à área útil de trabalho, à capacidade do equipamento e ao número e qualificação técnica dos operários encarregados das diferentes tarefas. O melhor exemplo são as aves, como existe uma demanda muito grande de animais o trabalho é realizado em massa. Restando pulmão, coração, intestino que deveria ser descartado. o Espostejamento e Desossa o Processamento do frango o Embalagem, Estocagem e expedição
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