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PRÁTICA DE APURAÇÃO E PESQ .EM JORNALISMO 10a aula 1 Questão Um repórter recebe a pauta sobre um projeto, financiado por um banco público, desenvolvido por uma organização privada sem fins lucrativos (ONG) que dá apoio e abrigo a mulheres vítimas de violência doméstica que estão sob proteção da justiça, em um local com endereço protegido. A pauta tem como fio condutor a vida cotidiana dessas mulheres e o valor pago pelo banco para o desenvolvimento do projeto. Para seu cumprimento, o repórter verifica que serão necessárias informações detalhadas sobre os valores recebidos pela ONG e pago às mulheres; os dados sobre licitação para compra de mantimentos e locação de imóvel; o número de pessoas envolvidas no projeto; os dados pessoais das mulheres e dos processos judiciais que envolvem seus familiares, o endereço dessas pessoas e da movimentação bancária das mulheres, bem como da ONG. Para obter tais informações e, em consonância com valores jurídicos e éticos vigentes, o repórter decide recorrer à Lei de Acesso a Informação ¿ LAI, Lei nº 12.527/2011. Nessa situação, o repórter deve argumentar junto ao diretor da ONG que a LAI permite o acesso a todo tipo de informação ¿ pessoais ou jurídicas - e que o seu não cumprimento pela organização implicará sanções legais para ela. solicitar à ONG as informações necessárias, excluindo do pedido aquelas classificadas por autoridade competente como sigilosas, pois, embora públicas, sua divulgação poderá causar prejuízos à segurança e à integridade das mulheres. recorrer à justiça e solicitar um mandado judicial para obtenção das informações necessárias justificar para a ONG a importância da pauta para a luta das mulheres e solicitar que todas as informações sejam disponibilizadas indiscriminadamente. recorrer aos dados não sigilosos por meio da LAI, e utilizar de outros meios, como a investigação jornalística, para descobrir os dados sigilosos, publicando, assim, todas as informações. Respondido em 05/09/2021 16:12:11 Explicação: Mesmo que a informação seja de conhecimento público, através da transparência, o jornalista deve respeitar o Código de Ética e proteger as pessoas vulneráveis ou em risco. 2 Questão Qual procedimento o jornalista deve adotar ao receber um release? Desconsiderar as informações por vir de uma fonte oficial Conferir com o autor do texto a veracidade das informações e depois publicar da mesma forma que o texto foi recebido Apurar as informações presentes no texto e, posteriormente, escrever a matéria usando as informações contidas ou mesmo acrescidas Omitir informações contidas no texto para posteriormente postar em seu blog, afim de ter exclusividade Publicar o texto sem alterações Respondido em 05/09/2021 16:12:38 3 Questão Os livros-reportagem podem ser definidos como: Séries de reportagem produzidas para a TV ou o rádio, a respeito de temas de grande relevância. São as chamadas grandes reportagens especiais, produzidas normalmente nas edições dominicais de jornais e revistas. Reportagens extensas, que apresentam texto cuidadoso e uma série de recursos que permitem o aprofundamento da temática abordada. Livros de ficção, baseados em fatos reais extraídos da cobertura jornalística. Produções que complementam o trabalho jornalístico, na medida que permitem o aprofundamento de determinadas coberturas, em um trabalho que não costuma ser realizado no cotidiano pela imprensa. Respondido em 05/09/2021 16:12:53 Explicação: O livro-reportagem acaba dando conta de um espaço que não é ocupado por periódicos, portais e emissoras de TV e rádio ao mostrar o vasto repertório de uma história. Ele não abre mão de nenhum dos elementos presentes em uma notícia, mas requer um grau maior de precisão, tempo e bagagem do profissional, além de precisar de canais de distribuição que confiram a uma história uma dimensão expressiva. Apresentaremos a seguir algumas possibilidades de livros-reportagem: · Biografias (como a obra Olga, de Fernando Morais, que aborda a história de Olga Benário); · Aprofundamento de fatos (Todo dia a mesma noite, de Daniela Arbex, fala sobre a tragédia da Boate Kiss na cidade de Santa Maria/RS); · Várias histórias intercaladas (O olho da rua, de Elaine Brum); · Episódios históricos (como os livros sobre a ditadura de Elio Gaspari). 4 Questão A Lei de Acesso à Informação (LAI) tem como propósito regulamentar o direito constitucional de acesso dos cidadãos às informações públicas no país. Essa lei traz vários conceitos e princípios norteadores desse direito bem como estabelece orientações gerais quanto aos procedimentos para exercê-lo. Tais conceitos e princípios devem ser corretamente compreendidos pelos ocupantes de cargos e funções públicas, de forma a garantir a qualquer interessado o pleno exercício do direito de acesso à informação, seja de seu interesse particular, seja de interesse coletivo ou geral. A LAI representa uma mudança de paradigma em matéria de transparência pública, pois define que o acesso é a regra, e o sigilo, a exceção. Qualquer pessoa, física ou jurídica, poderá solicitar acesso às informações públicas, isto é, àquelas não classificadas como sigilosas, conforme procedimento que seguirá as regras, prazos, instrumentos de controle e recursos previstos. Disponível em: . Acesso em: 09 jul. 2018 (adaptado). A partir da leitura do texto e considerando a Lei de Acesso à Informação na elaboração de reportagens investigativas, avalie as afirmações a seguir. I. Mesmo que recorra à LAI, o jornalista deve conversar presencialmente com os representantes das instituições públicas para obter dados para sua reportagem, sendo necessária, ainda, a apresentação de justificativa para obtenção das informações. II. Por meio da LAI, o jornalista tem acesso a dados sobre recursos públicos concedido às instituições de capital misto, às organizações não governamentais e às empresas privadas, além de obter detalhes da prestação de contas dos valores que foram utilizados. III. O jornalista, utilizando-se da LAI, obtém dados e documentos que tratam de questões relacionadas aos direitos humanos, que podem ser utilizados, por exemplo, para efetuar denúncia de casos de tortura da época da ditadura militar que não estejam classificados como sigilosos. É correto o que se afirma em III, apenas I, apenas II e III, apenas I e II, apenas. I, II e III. Respondido em 05/09/2021 16:14:08 Explicação: A Lei de Acesso a Informação é uma excelente ferramenta de busca de informações sobre instituições para os jornalistas na atualidade. 5 Questão "Se as justificativas para tantos erros sucessivos são as rotinas de trabalho, e se a cada erro sucede um outro igual, é bem provável que haja algo errado com as próprias rotinas. Mas dificilmente o tema é abordado dessa forma" (MORETZSOHN, Sylvia, 2012). A discussão trazida pela autora faz referência a um problema nas redações. É ele Desconhecimento do público-alvo Demissão de revisores em jornais Deficiência no manejo de softwares e tecnologias móveis Ausência de tempo para pensar e fazer a checagem mais completa Falta de salários adequados para os jornalistas Respondido em 05/09/2021 16:16:38 Explicação: A autora faz referência ao problema da apuração com pressa, sem o devido tempo para reflexão, e como uma realidade inexorável às novas redações. 6 Questão As noções de imparcialidade e objetividade no jornalismo são controversas e alvo de uitas discussões. Sobre tais noções, qual das afirmações abaixo é verdadeira? Imparcialidade e objetividade são alcançadas quando o jornalista ouve todas as fontes possíveis, mesmo que em graus de tempo, formatos e dinâmicas diferentes Imparcialidadee objetividade são uma máxima praticamente consensual entre autores que definem o jornalismo contemporâneo, já que os contextos em que emerge o jornalismo do século 19 guarda fortes similaridades com o atual Houve um momento da história da imprensa em que os jornais eram abertamente partidários, e a maioria dos leitores estava mais preocupada em confirmar a própria visão de mundo do que em ter uma leitura crítica da realidade. Esse tipo de imprensa vai buscar uma visão mais objetiva e imparcial do mundo a partir do século XIX. Objetividade é uma máxima do jornalismo, mas está observada em notícias, já que na construção de reportagens, como há maior profundidade, se ressalva a ideia de subjetividade Imparcialidade e objetividade são o mesmo, e se aplicam essencialmente a discussão editorial em jornalismo textual Respondido em 05/09/2021 16:16:41 Explicação: No século 19 que a imprensa se mostra um negócio com alto investimento, com incrementos necessários em tecnologia. Com a necessidade de dar lucro, conquistar leitores, avança a informação sobre a opinião, e os anúncios ganham espaço. O desenvolvimento do jornalismo acaba apontando a credibilidade como condição para a existência da indústria e para não afastar leitores, jornais precisam amenizar posições, diminuir exibição de preferências, conquistar o espaço de confiável testemunha dos fatos. 7 Questão COMO AS MÍDIAS SOCIAIS PODEM SER USADAS COMO FERRAMENTA NOS PROCESSOS DE PESQUISA E APURAÇÃO DE UMA REPORTAGEM? COMPLEMENTAR INFORMAÇÕES SOBRE FONTES, ENTREVISTADOS OU RETRATADOS NA MATÉRIA ATRAVÉS DAS MÍDIAS SOCIAIS. O PROFISSIONAL DE IMPRENSA DEVE MANTER UM CANAL ABERTO COM SUAS PÁGINAS PESSOAIS EM SITES DE RELACIONAMENTO. PUBLICAR SEMPRE A PÁGINA DO VEÍCULO NO TWITTER, FACEBOOK, MY SPACE E OUTRAS MÍDIAS SOCIAIS. A POSSIBILIDADE DE CHECAR E APURAR EXCLUSIVAMENTE USANDO AS PÁGINAS DE RELACIONAMENTO. NENHUMA DAS ALTERNATIVAS SÃO VÁLIDAS. Respondido em 05/09/2021 16:16:48 8 Questão A ideia de valor-notícia coloca critérios de interesse do leitor e do jornalista para formatar uma notícia. Alguns autores e manuais caracterizam aspectos como atualidade, frequência e proximidade para definir isso. Sobre os valores-notícia atuais, a partir das redes e mídias sociais, podemos afirmar que: O valor-notícia deve ser convertido, e tratado de forma individual, já que cada um recebe um fragmento de informação, tornando os veículos massivos em veículos de nicho É necessário garantir a imparcialidade, e isso ocorre com a adoção de fontes físicas, não virtuais para assegurar credibilidade O papel da grande mídia se redimensiona, e os veículos deixam de ser emissores e reprodutores dos fatos sociais, devendo reposicionar seus processos Os acontecimentos devem, cada vez mais, sob pena de perda de relevância, serem cobertos e publicados em tempo real, para diminuir o tempo de juizo dos profissionais e garantir essa capacidade ao público É importante que os veículos passem a discutir internamente seus processos editoriais, já que os valores-notícia são históricos, universais e impassíveis de maleabilidade por convicções pessoais Respondido em 05/09/2021 16:16:55 Explicação: O jornalista passa a entrar em um mosaico de atores de informação, devendo entender a presença do público para se inserir como um profissional de relevância
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