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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – CAMPUS CUIABÁ
FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO
MARIA ALICE TEIXEIRA MUNIZ
CASA DAS CRIANÇAS:
ESCOLA MONTESSORI EM CUIABÁ-MT
CUIABÁ MT
2020
MARIA ALICE TEIXEIRA MUNIZ
CASA DAS CRIANÇAS:
ESCOLA MONTESSORI EM CUIABÁ-MT
CUIABÁ MT
2020
Trabalho Final de Graduação I apresentado junto ao Departamento 
de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Mato Grosso 
como requisito para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e 
Urbanismo.
Orientador: Prof. Dr. José Afonso Botura Portocarrero
“Deve-se considerar sagrado o esforço secreto da in fância: essa laboriosa 
manifestação merece uma expectativa acolhedora, pois nesse período de 
formação determina-se a personalidade futura do indivíduo.
De tal responsabilidade nasce o dever de estudar e pe netrar com profun-
didade científica as necessidades psíquicas da criança, preparando-lhe um 
ambiente vital.”
Maria Montessori
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
Apresentação do tema
Justificativa
Objetivos gerais e específicos
Metodologia
A EDUCAÇÃO INFANTIL
A educação Infantil no Brasil
Educação Infantil em Cuiabá
As Metodologias pedagógicas
Método tradicional
Método Waldorf
Método Construtivista
O MÉTODO MONTESSORI
Maria Montessori
O Método Montessori
Organização Montessori do Brasil
ESTUDOS DE CASOS
Escola Ratchut
Escola Infantil Montessori
VISITAS TÉCNICAS
Escola Villa Montessori
Laboratório de Arquitetura CAN
DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA
Diretrizes projetuais
Escolha do terreno
Macrozoneamento do terreno
Divisão das turmas
Público alvo e número de usuários
Divisão e número de turmas
Programa de Necessidades
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
Anexo A: Estudo de crianças do entorno
Anexo B: Entrevistas com crianças
Anexo C: Entrevista Henrique
Anexo D: Entrevista Rafaela
Anexo E: Entrevista Sophia
Anexo F: Entrevista Cleusa
Anexo G: Entrevista Andréia
INTRODUÇÃO
APRESENTAÇÃO DO TEMA
A educação é um direito fundamental de todos os indivíduos, a De-
claração Universal dos Direitos Humanos estabelece que “toda pessoa 
tem direito à educação”. Ela tem um impacto direto em diversas áreas, 
através dela é possível formar cidadãos mais conscientes, criar uma so-
ciedade mais justa, fortalecer a cidadania e a democracia.
Observando a nossa história recente percebe-se que cada vez mais 
a preocupação com a educação vem aumentando. Sobre a educação 
infantil e as relações dos adultos com as crianças em um século tivemos 
grandes mudanças, o que aconteceu graças a pesquisas e obras de diver-
sos autores que estudaram o tema, entre esses autores destaca-se Maria 
Montessori.
A criadora do método Montessori passou grande parte da sua vida 
desenvolvendo estudo sobre as crianças e seus aprendizados. O método 
é baseado na independência e no auto aprendizado das crianças, atual-
mente é utilizado em diversas escolas no Brasil e no mundo, cada vez 
mais vem ganhando adeptos e influenciando em outras metodologias.
Um dos principais pilares do método Montessori é o ambiente pre-
parado, um ambiente pensado para as crianças, que atenda a todas as 
suas necessidades fisiológicas, ofereça liberdade, proporcione meios 
para seu desenvolvimento e para a sua independência. 
O projeto de um ambiente de ensino que consiga atender aos objeti-
vos educacionais da sociedade é algo complexo e necessita de uma am-
pla discussão. A teoria montessoriana nos oferece diretrizes que podem 
ser utilizadas na Arquitetura Educacional e que servem para enriquecer 
as discussões a respeito do tema. 
Neste trabalho serão apresentados estudos teóricos que foram uti-
lizados como base para a elaboração de um projeto arquitetônico para 
um Centro Educacional Montessori público para Cuiabá.
JUSTIFICATIVAS
A educação é um dos pilares da nossa sociedade, tem como função 
a formação do indivíduo, seu intelecto e habilidades. Por meio dela é 
possível o garantir o desenvolvimento social, econômico e cultural. 
A Arquitetura Educacional desempenha um papel fundamental 
nesse contexto através da criação de ambientes educacionais que fa-
voreçam o desenvolvimento dos indivíduos. A minha motivação em 
me aprofundar com a temática da Arquitetura Educacional veio com a 
minha proximidade com a educação infantil e com crianças.
O tema da educação sempre permeou a minha vida, minha mãe é 
professora do ensino fundamental e sempre estive em contato com vá-
rios outros professores, além de passar boa parte da minha vida dentro 
de escolas.
Atualmente tenho um contato muito grande com crianças por causa 
dos meus sobrinhos, o que me fez ver de perto diferentes maneiras de 
se educar crianças e perceber o esforço que os pais têm para buscar dar 
a melhor educação para seus filhos.
Dentre as diversas metodologias utilizadas na educação infantil o 
Método Montessori foi o que mais me agradou. Os princípios de auto-
disciplina e de respeito às crianças me chamaram a atenção por mostrar 
que desde cedo as crianças e bebês são indivíduos com necessidades 
próprias e desejos que devem ser respeitados.
Optei por criar um projeto para uma Escola Montessoriana pública, 
algo diferente da realidade brasileira. Atualmente a maioria das escolas 
que existem com a Metodologia Montessori particulares, tornando essa 
prática de ensino algo elitista, diferente do que era a intenção da sua 
criadora Maria Montessori. 
Em outros países do mundo como os Estados Unidos e a Austrália 
ela é usada em escolas públicas. Por serem escolas simples e que não 
necessitam de grandes especificidades, elas podem ser adaptadas para a 
realidade brasileira e se afastar do aspecto elitista que o método tomou 
no nosso país.
Utilizando da sua experiência como médica, Montessori aborda em 
sua obra as necessidades fisiológicas e psicológicas das crianças e esta-
belece diretrizes de conforto térmico, luminoso e acústico, ergonomia 
e funcionalidade. Seu conceito de ambiente preparado é diretamente 
ligado a Arquitetura Educacional e pode fornecer orientações para a 
criação de ambientes escolares em geral, não se internalizando somente 
em escolas que adotaram o método, mas podendo ser usado em qual-
quer escola.
Desta maneira, espero contribuir com a temática da criação de am-
bientes escolares por meio de uma junção das diretrizes projetuais da 
Arquitetura Educacional com a teoria criada por Maria Montessori, 
possibilitando elaboração de projetos mais adaptados às necessidades 
das crianças e que permitam seu pleno desenvolvimento.
OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS
OBJETIVOS GERAIS
Esse trabalho tem como principal objetivo a elaboração de um Pro-
jeto de Arquitetura a nível de Estudo Preliminar para um centro educa-
cional destinado a Educação Infantil e Ensino Fundamental. A escola 
será implantada em Cuiabá-MT, próxima ao Distrito Industrial.
O projeto é destinado a uma escola que adota a metodologia Mon-
tessori, criada por Maria Montessori, que estabelece como princípios a 
autoeducação e a adequação dos ambientes às necessidades das crian-
ças. Como um diferencial das outras escolas brasileiras que utilizam a 
mesma metodologia, a proposta é para uma escola pública, assim como 
a primeira escola criada por Maria Montessori a casa dei bambini.
OBJETIVOS SECUNDÁRIOS
Nessa fase do Trabalho Final de Graduação - TFG I tem-se como 
propósito formar uma base para o desenvolvimento do projeto que será 
finalizado no TFG II, para isso foram estabelecidos os seguintes objeti-
vos específicos dessa etapa:
Pesquisar sobre a Arquitetura Educacional, por meio de livros, pu-
blicações acadêmicas, revistas, legislações e normas indicativas e entre-
vistas, servindo como fonte para a criação de uma base teórica sobre o 
tema. 
Elaborar um levantamento sobre a situação da educação no municí-
pio de Cuiabá através de um mapeamento das creches e escolas de nível 
fundamental municipais e da análise da política de educação da cidade.
Fazer visitas técnicas em escolas públicas e privadas, observando os 
espaços, a funcionalidadee os equipamentos utilizados, realizando uma 
análise crítica nas questões relacionadas ao programa de necessidades, 
estudo de fluxos e zoneamento.
Realizar um estudo sobre os principais métodos pedagógicos utili-
zados atualmente no Brasil, estabelecendo seus princípios, diferenças e 
potencialidades. 
Desenvolver um estudo sobre o método Montessori através de pes-
quisas bibliográficas, vídeos, entrevistas com pedagogos e publicações 
acadêmicas. Compreender como o método se desenvolveu, a sua histó-
ria e seus princípios fundamentais. Fazer um panorama sobre o método 
atualmente, como ele está sendo aplicado no mundo, no Brasil e em 
Cuiabá. 
Realizar estudos de obras correlatas em escolas montessorianas para 
observar se seus princípios foram aplicados e geraram distinções na 
arquitetura. Destacar quais as diferenças espaciais entre uma escola tra-
dicional e uma montessoriana, como essas diferenças são apresentadas 
na arquitetura e quais são as necessidades específicas das escolas Mon-
tessori.
Por meio de uma análise sobre a cidade, definir a região onde o pro-
jeto será implantado e fazer um estudo de entorno para definir qual será 
o terreno escolhido na região. Realizar estudos sobre o terreno elencan-
do as suas características e potencialidades.
Utilizar os conhecimentos sobre conforto ambiental para estabelecer 
quais estratégias serão utilizadas para que a edificação atenda os requisi-
tos de conforto térmico, luminoso e acústico. 
Utilizar técnicas de permacultura, preocupando-se também com a 
eficiência energética, economia de recursos naturais e os impactos gera-
dos com a implantação da construção. 
Desenvolver o partido arquitetônico do projeto, estabelecendo pre-
missas projetuais para as próximas fases do projeto. Finalizar essa etapa 
em nível de Estudo preliminar, ficando para o TFG II a correção do que 
foi feito e a finalização com o Projeto Executivo.
METODOLOGIA
Para o desenvolvimento da primeira fase do Trabalho Final de Gra-
duação - TFG foi feita uma pesquisa exploratória sobre a educação in-
fantil, o método Montessori e Arquitetura Educacional, com o objetivo 
de estabelecer uma base teórica para o desenvolvimento das diretrizes 
projetuais para uma Escola Montessoriana.
Na pesquisa bibliográfica adotou-se os livros escritos por Maria 
Montessori “A criança” e “Mente Absorvente”, também foi utilizado 
o livro “Maria Montessori” de Hermann Röhrs. Além disso, foram uti-
lizados os artigos acadêmicos “Sistema Montessori e os seus traços ar-
quitetônicos” e “Diretrizes projetuais para ambientes escolares infantis 
baseados no método de ensino de Montessori” que abordam as relações 
entre o método montessoriano e a Arquitetura.
Realizou-se uma pesquisa documental sobre as legislações e normas 
que envolvem a educação infantil, a nível nacional, estadual e municipal, 
que estabeleciam diretrizes legais para a implantação e projeto de esco-
las. Em relação com município de Cuiabá, a lei de uso e ocupação do 
solo serviu para identificar o zoneamento e os índices urbanísticos do 
terreno proposto.
Foram feitas entrevistas com professores utilizando um roteiro de 
perguntas semi rígido sobre a educação infantil e suas percepções a res-
peito de espaços educativos. Também foram realizadas algumas entre-
vistas com crianças, elas foram questionadas acerca das suas percepções 
sobre as escolas em que estudavam. Os roteiros e as transcrições das 
entrevistas realizadas estão no Anexos.
Para a pesquisa de campo foram realizadas visitas técnicas em duas 
escolas de Cuiabá, a Escola Villa Montessori e o Colégio Master, para 
observar seus programas de necessidades, dimensionamentos, organi-
zações e fluxos. Foi realizada também uma visita Laboratório de Ar-
quitetura CAN (LACAN) para conhecer técnicas de permacultura que 
poderiam ser adotadas no projeto. Também foram feitas visitas no ter-
reno proposto para a implantação da escola para a realização da análise 
do entorno e do estudo do terreno. Através de análises de desenhos 
técnicos e fotografias foram realizados dois estudos de caso em esco-
las montessorianas, a tailandesa Ratchut e a brasileira Escola Infantil 
Montessori.
Esse trabalho foi dividido em duas partes, a primeira parte é com-
posta pelos cinco primeiros capítulos nos quais são apresentadas as in-
formações obtidas através da pesquisa. A segunda parte é formada pelo 
capítulo 6 e apresenta o desenvolvimento do partido Arquitetônico do 
projeto da escola e as diretrizes projetuais utilizadas.
A EDUCAÇÃO INFANTIL
A EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL
Até a Constituição Federal de 1988 a educação das crianças era con-
siderada como assistência, porém com a promulgação da constituição 
a educação se transformou em um direito das crianças e adolescentes 
desde o seu nascimento e a responsabilidade do atendimento passa a ser 
do estado, nesse período houve uma melhoria na formação dos profes-
sores e um aumento no número de escolas.
A promulgação de Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – 
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990) reafirmou esse direito e declarou 
também como dever do estado o atendimento em creches e pré escolas 
para os menores de seis anos.
Em 1996 foi homologada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDBEN – Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996), a partir 
dela a educação infantil se tornou a primeira etapa da educação básica. 
Ela é considerada um marco na educação infantil pela sua valorização 
em relação às crianças ao considerá las ativas na construção de seu co-
nhecimento. A lei estabelece em seu terceiro artigo os princípios para 
o ensino.
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes 
princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência 
na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a 
cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de 
ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos 
oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma 
desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as 
práticas sociais.
XII - consideração com a diversidade étnico-racial.
XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem 
ao longo da vida. (BRASIL, 1996)
As diretrizes estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Edu-
cação Nacional foram utilizadas como norteadoras para o desenvolvi-
mento do projeto. A condição de gratuidade do ensino, a caracterização 
da educação como um direito de todos e a possibilidade da adoção de 
variados projetos pedagógicos de ensino serviram de base para a defini-
ção dessa proposta projetual.
MAPA 1 - INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO BÁSICA DE CUIABÁ
ESCALA: 1/250.000
De acordo com dados divulgados pela Pre-
feitura de Cuiabá em 2019, a rede pública mu-
nicipal de Ensino atendem a 54 mil estudantes. 
Essa rede é composta pelas seguintes unidades:
49 Creches Municipais: Educação Infantil
2 Centros Educacionais Infantis Cuiabanos 
(CEICs): Crianças de 11 meses a 4 anos;
23 Centros Municipais de Educação Infan-
til (CMEIs): Crianças de 11 meses a 5 anos
2 Centros Emergenciais de Educação In-
fantil (CEEI): Crianças de 11 meses a 3 anos;
80 Escolas Municipais de Educação Básica 
(EMEBs): 1º ao 9º ano do Ensino Fundamen-
tal
O Mapa de Instituições de Educação Básica 
de Cuiabá (Mapa 1) apresenta a localização de 
todas as unidades da rede municipal de ensino 
de Cuiabá. Através dele foi possível fazer uma 
análise da situação atual da educação infantil 
da rede municipal de Cuiabá e identificar as 
regiões da cidade que estavam mais desfavo-
recidas.
Escolas Municipais 
LEGENDA:
Creches Municipais
EDUCAÇÃO INFANTIL EM CUIABÁ
MÉTODOS PEDAGÓGICOS
Os Métodos pedagógicossão de teorias de aprendizagem que dire-
cionam os currículos escolares e os caminhos que os professores se-
guem para ensinar os alunos. Através deles são definidos os tipos de 
avaliações que serão utilizados, quais conteúdos serão abordados e as 
formas de transmissão desses conteúdos.
Durante a história foram criados vários métodos, porém a tendência 
atual da maioria das escolas é de mesclar as características de vários mé-
todos aproveitando aquilo que for mais atrativo de cada um.
Para a definição de qual proposta pedagógica a ser utilizada no proje-
to foi feita uma pesquisa sobre os principais métodos utilizados no Bra-
sil, dentre eles optou-se pelo método Método Montessori. Nesse Tra-
balho serão abordadas brevemente os seguintes métodos pedagógicos:
1 - Método tradicional
2 - Método Waldorf
3 - Método Construtivista
4 - Método Montessori
forem insatisfatórios e que não conseguirem atingir as notas mínimas 
necessárias para passar de ano são reprovados e obrigados a fazê-lo no-
vamente. Essas escola tem como objetivo o sucesso de seus estudantes 
em provas como vestibulares e no Exame Nacional do Ensino Médio 
(ENEM) e buscam obter um bom posicionamento em rankings escola-
res através dos desempenhos dos alunos. 
MÉTODO TRADICIONAL
O método tradicional é o mais conhecido e utilizado no Brasil. O 
professor é a figura central, ele transmite o conhecimento para os es-
tudantes que participam passivamente do processo de aprendizagem. 
Sobre esse método Almeida e Alves discorrem que:
Nessa pedagogia o saber é centrado no professor e 
transmitido ao aluno, um receptor passivo que, fazen-
do uso, principalmente dos recursos de sua memória, 
devolve os conhecimentos dominados por ele nas ava-
liações e provas pelas quais passa necessariamente em 
seu processo de escolarização. Isso delineia o formalis-
mo escolar em que a disciplina imposta, o não questio-
namento da matéria estudada, a não exigência de uma 
relação dinâmica com os conteúdos do currículo escolar 
resulta no silenciamento do estudante e na atuação me-
ramente reprodutiva do professor, que também não diz 
a sua palavra. (ALMEIDA; ALVES, 2010. p. 34).
Uma das maiores críticas feitas ao método tradicional é a uniformi-
zação. Os alunos são vistos de forma igual pelos professores, não é leva-
do em conta os interesses individuais, suas competências e habilidades 
devem ser as mesmas. A falta de um ambiente aberto a críticas e de in-
centivos à criação de um pensamento independente acabam formando 
indivíduos com os mesmos pensamentos. 
Não há preocupação na estrutura curricular com os interesses es-
pecíficos das crianças e as técnicas de ensino são as mesmas utilizadas 
com os adultos. Existe uma valorização da quantidade de conteúdo a ser 
ensinada e um reforço externo do aprendizado através da repetição, da 
memorização e do uso de recompensas ou punições. 
O conhecimento é transmitido por meio de aulas expositivas e os 
alunos são avaliados periodicamente através de tarefas de casa, exercí-
cios em sala, trabalhos e provas. Existe uma pressão por desempenhos 
positivos e por notas altas, aqueles cujos os desempenhos nas avaliações 
METODOLOGIA WALDORF
A metodologia Waldorf foi desenvolvida pelo filósofo austríaco e 
fundador da antroposofia Rudolf Steiner. A primeira escola de Steiner 
se localizava na cidade de Estugarda na Alemanha e foi fundada em 
1919. As escolas Waldorf, também chamadas de steinerianas, se expan-
diram pelo mundo e hoje estão implantadas em mais de 80 países. 
A pedagogia waldorf se organiza através de três ciclos de sete anos, 
sendo eles:
1 ciclo: 0 até os 7 anos 
2 ciclo: 7 aos 14 anos 
3 ciclo:14 aos 21 anos
Cada ciclo conta com um professor que sempre acompanha a turma. 
As avaliações não são feitas através de provas como no método tradi-
cional, os alunos são avaliados por meio de um boletim escrito pelo 
professor.
A pedagogia Waldorf tem uma visão holística dos alunos. Para um 
bom desenvolvimento intelectual é necessário uma base emocional só-
lida. Por isso o método trabalha também o desenvolvimento psíquico, 
espiritual e fisiológica, através de desafios de desenvolvimento corpóreo 
e autonomia, do autoconhecimento das criança. 
Em relação a espaços, tem-se como o objetivo assegurar o desenvol-
vimento de cada criança num ambiente livre e cooperativo. A Arquite-
tura deve levar em conta o livre brincar, a relação forte das crianças com 
a natureza e os ambientes adequados para abrigar diversas funções: aula 
de música, de dança, de artes plásticas e salas de aula.
O método criado por Steiner propõe que a educação deve ser focada 
nas necessidades de desenvolvimento das crianças. Ele ressalta muito 
a importância da imaginação, as crianças trabalham isso por meio de 
imagens, representações, imitações e conto de fadas. 
Os ensinamentos mais práticos são feitos através de tarefas manuais, 
como por exemplo na confecção de bonecas de pano e valoriza muito 
o contato das crianças com a natureza.
MÉTODO CONSTRUTIVISTA
A pedagogia construtivista tem como base a teoria filosófica Cons-
trutivismo criada no século XX pelo biólogo e psicólogo suíço Jean 
Piaget. O construtivismo pode ser entendido como uma teoria interme-
diária entre o empirismo e o racionalismo, considerando que o conheci-
mento seria construído através das interações entre o sujeito e o meio. 
Na América Latina a linha pedagógica construtivista se difundiu gra-
ças a Emília Ferreiro, uma aluna de Piaget. No livro que escreveu em 
conjunto com Ana Teberosky, a “Psicogênese da Língua Escrita”, argu-
menta que cada criança aprende em seu próprio tempo e que o apren-
dizado é feito do todo para as partes.
O professor tem o papel de mediador do conhecimento, motivando 
as interações entre seus alunos e o meio e criando situações que esti-
mulam a construção do aprendizado particular de cada criança. Têm-se 
como proposta salas de aulas com menos alunos, que permitam melhor 
a sua interação com o meio e que facilite para o professor o acompa-
nhamento de cada aluno.
A organização das salas de aula é mais flexível, normalmente em 
círculos, para favorecer a participação e a interação dos alunos. O am-
biente escolar é de fundamental importância por ser o meio com que as 
crianças vão interagir, devendo proporcionar estímulos sociais, criativos 
e intelectuais. 
Nesse método as avaliações são feitas de maneira diferente do tradi-
cional a partir de provas, pois considera que o aprendizado é um proces-
so. Para se adaptar ao modelo tradicional algumas escolas aplicam testes, 
mas seu peso normalmente é menor, ficando com o professor a tarefa 
de fazer avaliar os alunos através do processo de aprendizado. 
O MÉTODO MONTESSORI
MARIA MONTESSORI
Maria Montessori, a criadora do método Montessori, nasceu em 
Chiaravalle, na Itália, no dia 31 de agosto de 1870. Ela demonstrava 
desde cedo interesse pelas matérias científicas, quando era adolescente 
chegou a cursar o ensino técnico de Engenharia, mas devido a seu gran-
de apreço pela biologia decidiu fazer Medicina.
Cursou a Faculdade de Medicina na Universidade de Roma com cer-
tas dificuldades devido a época e a segregação por ser mulher. Formou-
-se em 10 de julho de 1896, foi a terceira mulher da Itália a se formar 
como médica e a segunda a exercer a profissão. 
Após se formar focou seus estudos na psiquiatria, inicialmente traba-
lhou crianças com problemas mentais, o que despertou seu interesse em 
compreender o desenvolvimento e a educação infantil. Ela teve contato 
com escritos de Victor Itard e a partir dele conheceu os estudos de 
Edouard Séguin sobre o desenvolvimento de crianças pequenas e seus 
exercícios para funções sensoriais, servindo como uma grande influ-
ência para sua base teórica. Em suas experiências com o trabalho com 
crianças ela começou a utilizar os materiais sensoriais de Séguin, com o 
passar do tempo começou a desenvolver seus próprios materiais e per-
cebeu o grande desenvolvimento de seus alunos através deles. 
Em 1900começou trabalhar na Scuola Magistrale Ortofrênica, onde 
fazia o treinamento de professores para o tratamento de crianças com 
necessidades especiais. Entre 1904 e 1908 trabalhou como professora 
da Escola de Pedagogia da Universidade de Roma.
Ela é chamada pelo governo de Roma para desenvolver o projeto 
educacional de uma nova creche no conjunto habitacional criado em 
1907 no bairro San Lorenzo. Assim é criada a Casa dei Bambini (Casa 
das Crianças), onde ela desenvolveu o seu método. 
Montessori alterou os móveis que existiam para se tornar do tama-
nho adequado para as crianças e também utilizou seus materiais de-
senvolvidos, inicialmente os materiais ficavam trancados em armários, 
porém depois eles passam a ficar expostos a disposição das crianças em 
prateleiras. 
O salto de desenvolvimento dos seus alunos e os ótimos resultados 
do emprego de suas técnicas Montessori passa a ser reconhecida em 
todo o mundo. 
Em 1909 ela escreveu “A Pedagogia Científica”, que também rece-
beu o título de “A descoberta da criança”, no qual pela primeira vez ela 
expõe academicamente seu método. 
Depois disso Montessori passou a viajar pelo mundo ministrando 
palestras e cursos sobre o método Montessori. Ela também escreveu 
outros livros e ofereceu treinamento para professores e abriu novas 
escolas. Foi para os Estados Unidos em 1912, onde lecionou em Los 
Angeles e Nova Iorque. Seguiu viajando entre Barcelona, Londres e 
Estados Unidos. 
O primeiro Congresso Montessori Internacional aconteceu na cida-
de de Elsionre, Dinamarca, nele foi fundado por ela e seu filho a Asso-
ciação Montessori Internacional em 1929. A associação teve patrocina-
dores como Freud e Jean Piaget, e tinha como objetivo fazer vistorias 
das escolas e a supervisão dos treinamentos de professores.
No período em que Mussolini se tornou ditador na Itália, ele passou 
a diminuir a liberdade das escolas montessorianas. Fugindo do fascismo 
Maria Montessori teve que sair da Itália em 1934. As escolas montes-
sorianas sofreram uma perseguição pelos governos ditatoriais, todas as 
escolas foram fechadas na Itália, na Alemanha, na União Soviética e na 
China.
Após a fuga Montessori foi para a Espanha, porém teve que fugir 
novamente por causa da Guerra Civil Espanhola em 1936, quando foi 
para Holanda. 
Em 1939 ela foi para Índia ministrar um curso, onde se tornou pri-
sioneira do exército britânico. Nesse período seu filho Mário foi man-
dado para um campo de internação forçada, ele foi solto um ano depois 
por uma autoridade indiana a pedido de Montessori. Somente em 1946 
ela consegue a permissão para voltar para a Holanda.
Maria Montessori recebeu três indicações ao Prêmio Nobel da Paz. 
Ela morreu vítima de uma hemorragia cerebral em 1959 na cidade de 
Nordwjik, na Holanda. Seu filho e seu neto continuaram o seu legado e 
seguiram preocupados com a educação.
O MÉTODO MONTESSORI
O método Montessori é composto pelo conjunto teórico da obra de 
Maria Montessori, suas práticas e seus materiais didáticos, o método foi 
desenvolvido a partir dos seus estudos e experiências. Ele tem como pila-
res: a educação cósmica, a educação como ciência, o ambiente preparado, 
o adulto preparado e a criança equilibrada.
O desenvolvimento das crianças é feito através da autodisciplina e da 
liberdade, elas escolhem as atividades que irão desempenhar. Os materiais 
sensoriais ficam dispostos em prateleiras e ao alcance das crianças, permi-
tindo um livre acesso a eles.
Para Montessori o ambiente escolar deve ser adequado para as crian-
ças, sendo elas os principais usuários do local, sobre isso ela escreve:
O ambiente não deve proporcionar apenas os meios 
para a existência fisiológica, como também os requisitos 
necessá rios às tarefas que traz consigo todo ser animal, o 
qual dele recebe não só a exigência de viver mas também 
a de exercer uma função destinada a preservar o mundo 
e sua harmonia. Em conseqüência, o ambiente varia para 
cada ser, de acordo com a sua espécie. (MONTESSORI, 
1901, P.27)
As principais características das escolas montessorianas são:
1 - Liberdade de escolha da criança (a criança poder escolher que ativi-
dade vai fazer, ser livre pelos espaços da escola, decidir quando vai fazer 
as coisas)
2 - Alcance da criança em relação a estrutura (móveis adaptados para 
o tamanho da criança e que deixem sempre a mão os materiais)
3 - Contato com a natureza (Áreas verdes que permitam o contato das 
crianças com a natureza.
MAPA 2 - ESCOLAS MONTESSORIANAS ASSOCIADAS NA OMB
ESCALA: 1/50.000.000
A Organização Montessori do Brasil - 
OMB surgiu em 20 de setembro de 1996, na 
cidade de Recife-PE. Inicialmente foi formado 
um grupo com algumas escolas montessoria-
nas que durante alguns anos se encontravam. 
Nesses encontros os diretores e coordenados 
se juntavam para estudar o método e com-
partilhar informações. Com o crescimento do 
Movimento Montessoriano viram a necessida-
de de uma maior formalização e por isso cria-
ram a OMB.
A organização tem o objetivo de difundir o 
Sistema Montessori e gerar um senso de grupo 
nas escolas associadas. Promove realização de 
encontros de educadores e profissionais asso-
ciados, o Congresso Internacional de Educa-
ção Montessori, faz o credenciamento de Cur-
sos de Formação sob o enfoque Montessori no 
Brasil e também atua na organização de cursos 
e workshops junto a entidades internacionais 
como mediadora. 
A OMB divulga o nome das escolas associa-
das por meio da sua Fanpage e do seu site, atu-
almente existem 42 escolas associadas. A partir 
dos dados do site da organização, foi possível 
criar um mapa com todas as escolas montesso-
rianas que estão cadastradas no OMB.
Escolas Associadas
LEGENDA:
ORGANIZAÇÃO MONTESSORI DO BRASIL
ESTUDOS DE CASOS
ESCOLA RATCHUT
Localizada na cidade tailandesa Chang Wat Khon Kaen, a escola Ra-
tchut foi inaugurada em 2016 e ocupa uma área de aproximadamente 
1100 m2. 
O projeto é do escritório Design in Motion e foi pensado desde o 
princípio para atender as necessidades de uma escola montessoriana, 
integrando espaços internos e externos, valorizando a natureza e dando 
suporte para a auto-aprendizagem das crianças. O projeto buscou criar 
um ambiente escolar que se assemelha com uma casa, criando um local 
onde as crianças se sentissem confortáveis.
A escola é composta por três edifícios, um destinado aos pais e dois 
destinados às salas de aula, que se conectam por meio de corredores 
cobertos. Buscou se uma arquitetura simples que facilitasse o entendi-
mento do layout pelas crianças.
Nas fachadas foram utilizadas ripas de madeira intercaladas com pa-
redes em tons de cinza, as ripas também funcionam como brises, ser-
vindo para dosar a exposição solar.
As salas de aulas foram projetadas para que as crianças pudessem se 
sentir em casa, com um layout formado por vários ambientes menores 
que possibilitasse a atividade de diversas atividades. Elas possuem gran-
des janelas que permitem a integração entre os ambientes externos e 
internos e a iluminação natural.
As áreas externas também foram pensadas como um local para o 
desenvolvimento das crianças através do contato com a natureza. Na 
área externa a escola possui uma grande área gramada, uma quadra de 
esportes e um playground. Utilizam areia ao redor do playground que 
permite o desenvolvimento sensorial e árvores para o sombreamento. 
ESCOLA INFANTIL MONTESSORI
A Escola Infantil Montessori está localizada em Belo Horizonte-MG 
e foi inaugurada em 2018. Para atender as necessidades de uma escola 
montessoriana foi feito a readaptação de um prédio já existente, o pro-
jeto de reforma foi desenvolvido pela Meius Arquitetura e Raquel Cheib 
Arquitetura.
O prédio foi construído nos anos 50 e era inicialmente uma residên-
cia, nos anos 2000 passou por uma reforma para se transformar em uma 
escola de cursos preparatórios para o vestibular. A escola ocupa uma área 
de 700 m² e é dividida em dois blocos em níveis diferentes conectados 
por uma rampa e por escadas.A fachada foi alterada com a reforma, no muro foram empregados 
cobogós coloridos e os dois portões de entrada foram pintados de ver-
melho, tornando-a mais atrativa para as crianças.
A iluminação e a ventilação natural, assuntos muito abordados por 
Maria Montessori, foram melhoradas através da criação de aberturas ze-
nitais. Para criar uma conexão entre os ambientes internos com os exter-
nos foram utilizadas grandes janelas de vidro nas salas de aula.
O projeto de interiores é um dos grandes destaques da escola. A es-
colha da paleta de cores tem uma grande importância no projeto de in-
teriores com a mistura tons neutros com alguns detalhes coloridos. As 
paredes são brancas e os revestimentos e mobiliários utilizados são neu-
tros, trazendo um maior realce para os brinquedos e materiais didáticos 
montessorianos que são coloridos.
As salas de aula foram pensadas de maneira funcional e adaptada para 
o uso das crianças desde a disposição do layout até a escolha do mobi-
liário. O uso de estantes vazadas para separar os ambientes aumentou a 
comunicação visual e dinamizou os fluxos internos. 
Áreas de serviço como cozinha e lavanderia também foram adaptados 
para que as crianças pudessem utilizar, servindo como meio de aprendi-
zado de vida prática e estabelecendo a responsabilidade pelo cuidado ao 
ambiente. A escola também possui áreas externas abertas, uma quadra de 
esportes, um parquinho, uma horta e jardins, estimulando as atividades 
físicas e o contato com a natureza.
VISITAS TÉCNICAS
VILLA MONTESSORI
A escola Villa Montessori é localizada no Bairro Consil, em Cuiabá, 
foi inaugurada em 2013 e inicialmente se chamava Villa Joie. A institui-
ção tem aproximadamente 70 alunos, 5 professores e no total trabalham 
na escola 25 pessoas, sendo eles, funcionários, professores e colabora-
dores. 
Quando foi inaugurada ela utilizava os métodos Montessori, waldorf 
e construtivista, com o passar do tempo as proprietárias foram conhe-
cendo melhor cada um dos métodos e escolheram adotar exclusivamen-
te o método Montessori.
É a única escola de Cuiabá associada a Organização Montessori do 
Brasil (OMB). Para se adequarem à metodologia os funcionários parti-
cipam de cursos de capacitações oferecidos pela organização.
A escola possui cinco turmas e utiliza o modelo das salas agrupadas 
montessorianas com mistura de idades. As turmas são divididas da se-
guinte maneira:
Nido 1: 4 meses até 18 meses, 1 turma de até 12 alunos
Nido 2: 18 meses até 3 anos, 2 turmas de até 15 alunos
Agrupadas: 3 anos até 5 anos, 2 turmas de até 20 alunos
Nas aulas as crianças interagem a partir de ciclos de trabalho, seguin-
do os preceitos estabelecidos por Maria Montessori. São quatro ciclos 
para as turmas Nido 1 e Nido 2 (linguagens, sensorial, vida prática e 
mundo cósmico) e cinco ciclos para as turmas Agrupadas (linguagens, 
sensorial, vida prática, mundo e cósmico).
 -O prédio da instituição é alugado, tinha inicialmente um uso re-
sidencial e passou por uma reforma atender ao novo uso, em relação 
a sua estrutura não se observa muitas diferenças quando comparada a 
uma escola tradicional. Percebe-se que por ser uma edificação adaptada 
não existe uma organização boa em relação a disposição dos ambientes.
As salas de aula possuem móveis adaptados ao tamanho das crianças 
e prateleiras com os materiais montessorianos que sempre à disposição 
dos alunos, elas possuem um banheiro interno e materiais de limpeza 
para que as próprias crianças façam a limpeza como exercício de vida 
prática. Do lado de fora existem estantes para que os alunos deixem os 
seus materiais.
Contrariamente às recomendações de Montessori as salas não pos-
suem grandes janelas e uma boa iluminação natural e são dependentes 
de luz e climatização artificial.
A escola possuem dois refeitórios, um para as turmas agrupadas 
e outro para as turmas Nido 1 e Nido 2. Os layouts de ambos são 
compostos por mesas de quatro lugares para as refeições e duas mesas 
grandes onde são colocadas as comidas e as crianças podem se servir à 
vontade.
Existe uma grande área gramada onde ficam alguns brinquedos, 
uma casinha de bonecas, algumas árvores, flores e animais. Essa área 
permite o contato das crianças com a natureza, eles interagem com os 
animais (dois coelhos e uma tartaruga) e ajudam a cuidar do jardim.
Na área externa também existem uma pequena quadra de esportes 
e solários para os menores.
Os pontos mais positivos da escola na minha opinião foram o aten-
dimento aos preceitos montessorianos: A liberdade de escolha dos alu-
nos (as crianças podem escolher as atividades que vão fazer e são livres 
por todos os espaços da escola), o alcance das crianças em relação a es-
trutura (móveis adaptados para o tamanho seus tamanhos e que deixem 
sempre a mão os materiais) e o contato com a natureza (por possuir 
uma grande área verde e possibilitar a interação com os animais que 
ficam livres pelo espaço).
O ponto que considerei mais problemático foi o tamanho dos es-
paços, uma reclamação que até foi feita pela proprietária, as salas de 
aulas são pequenas e as atividades festivas, como festa junina e festa da 
família, tem que ser realizadas fora da escola por não comportar um 
número grande de pessoas.
LABORATÓRIO DE ARQUITETURA CAN
O Laboratório de Arquitetura CAN (LACAN) foi criado em 2013 
pelo Arquiteto e Urbanista João Lucas de Carvalho Neves, é um espaço 
que funciona como canteiro experimental de técnicas construtivas que 
utilizam a Arquitetura Sustentável e a Bioconstrução com os princípios 
de permacultura. O LACAN foi pensando como uma cidade onde se 
pudesse aplicar as diversas técnicas de construção.
A permacultura foi fundada na Austrália e tem três princípios fun-
damentais: cuidar da terra, cuidar das pessoas e partilhar o excedente. 
Além da diminuição dos impactos já proposto pela sustentabilidade, a 
permacultura busca a geração de impactos positivos, buscando analisar 
as formas com que a natureza produz.
 Na visita foram apresentados vários métodos construtivos, sendo 
eles:
LAGO NATURAL
Um lago com plantas e animais, onde é feita a limpeza natural da água 
através da criação de um novo ecossistema. Ele permite que seja usado 
como um recurso de paisagismo onde pode ser colocadas diferentes es-
pécies de plantas aquáticas, também trás benefícios térmicos através da 
evapotranspiração e tem fácil manutenção pois não precisa de nenhum 
tratamento.
O SUPERADOBE
O superadobe foi utilizado para a criação do portal de entrada e tam-
bém em outras construções no Lacan. A técnica consiste em ensacar terra 
úmida em um saco plástico de polipropileno, formando assim um tijolo, 
as paredes ficam com uma largura entre 40 e 45 centímetros de largura, já 
incluindo o reboco, cada fiada com uma altura média de 15 centímetros. 
Necessita de um cuidado maior nas áreas mais úmidas, por ter menos 
resistência à água. Para a viga baldrame e a viga de sustentação do telhado 
são usados uma mistura composta por nove partes de areia e uma parte 
de cimento. 
A técnica é indicada para locais com terremoto, possui possui uma boa 
resistência a abalos sísmicos. Pode ser usada em formas mais suntuosas e 
por isso também é indicada para projetos mais orgânicos.
TAIPA DE PILÃO
A técnica é feita através da compressão da terra em formas de ma-
deiras, elas são compactuadas horizontalmente em uma largura média de 
15 centímetros até a altura necessária. A estrutura criada fica resistente e 
durável, possui um acabamento diferente por ser possível ver as camadas 
de terra gerando um efeito agradável. 
HIPERADOBE
A técnica é semelhante ao superadobe, mas os seus sacos são feitos de 
um material diferente que produz menos resíduos, não necessitando de 
costuras ou corte e sem a necessidade da tela de galinheiro.
A visita ao LACAN serviu para que eu pudesse conhecer algumas 
técnicas construtivas menos convencionais, foi muito valioso porque eu 
tenho a intenção de trabalhar com uma proposta sustentável com os prin-
cípiosde permacultura.
O projeto da escola não pretende ser somente abrigar ao programa 
de necessidades, mas também utilizar técnicas construtivas e gestão de 
recursos naturais e apresentá-las às crianças. O objetivo é que o próprio 
edifício também sirva para o aprendizado, através da vivência do espaço 
construído e das suas relações com a natureza.
A grande importância que Maria Montessori dava para o conforto dos 
ambientes escolares se adequa a essas técnicas que também apresentam 
mais vantagens em relação ao conforto térmico e acústico que as con-
vencionais. Ela também demonstrava um grande apreço pela relação 
que as crianças teriam com a natureza, o que também seria promovido 
por essas técnicas que buscam valorizar o meio ambiente. 
Das técnicas apresentadas as que mais chamaram a minha atenção e 
que eu pretendo utilizar no projeto foram: 
O Lago Natural: É um ótimo componente para o paisagismo, ajuda 
no conforto térmico por meio da evapotranspiração e tem fácil manu-
tenção.
As construções em terra, a taipa de pilão e o superadobe: Chamam 
a atenção por serem mais naturais, gerar menos resíduos e serem mais 
econômica do que meios tradicionais. Pode resultar um aspecto inte-
ressante o uso de dois (ou mais) tipos de técnicas que geram um acaba-
mento diferente, utilizando essas diferenças como parte da ornamenta-
ção da construção. 
DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA
DIRETRIZES PROJETUAIS
Através das pesquisas que foram realizados, foram determinados 
para o projeto as seguintes diretrizes:
Salas de aulas preparadas segundo as diretrizes Montessorianas, per-
mitindo a livre escolha das crianças e o desempenho de atividades di-
ferentes.
Área de convivência com espaços cobertos e ao ar livre para permitir 
a interação entre os alunos e com a natureza.
Locais para exposição dos trabalhos dos alunos espalhados pela es-
cola nos ambientes de convivência e circulação.
Armários para o armazenamento individual dos materiais dos alunos 
localizados próximos a sala de aula.
Espaços destinados para o desenvolvimento de atividades artísticas, 
como ateliê de artes, sala de dança, sala de música e um auditório para 
apresentações dos alunos.
Áreas para refeições abertas e com cozinhas para as crianças utiliza-
rem, servindo para exercício de vida prática.
Uso de um mobiliário adequado ao tamanho das crianças e que pos-
sibilitem o seu acesso a todos os materiais disponíveis.
A utilização dos materiais criados por Montessori, dispostos em pra-
teleiras que possibilitem às crianças livre acesso a eles, permitindo que 
eles escolham as atividades que irão fazer.
Ambientes flexíveis que permitam a modificação do layout, com ge-
nerosidade no dimensionamento e de fácil circulação.
Integração dos ambientes internos e externos através do uso de 
grandes janelas que permitam a entrada de iluminação natural.
O uso de técnicas de o conforto ambiental como, o sombreamento 
das janelas, resfriamento evaporativo através dos lagos e o uso de ven-
tilação cruzada.
Estabelecer uma conexão com os familiares e os moradores do en-
torno através de espaços que permitam o uso de todos e a realização 
de eventos.
O emprego de técnicas de permacultura, criando um edifício susten-
tável e que permita o conhecimento das crianças a essas técnicas.
Permitir um contato das crianças com a natureza através de grandes 
áreas de espaços abertos, jardins e uma horta.
MAPA 3 - ESCOLAS E CRECHES DA REGIÃO SUL DE CUIABÁ
ESCALA: 1/50.000
Por meio da análise do Mapa de Escolas e 
Creches municipais (Mapa 1), notou-se a pre-
sença de um vazio e de poucas instituições na 
Região Sul, próximo ao Distrito Industrial, por 
causa disso essa foi a região escolhida para a im-
plantação da escola. Para realizar uma melhor 
análise dessa área foi feio o Mapa De Escolas 
e Creches Municipais da Região Sul de Cuiabá 
(Mapa 2).
Percebeu-se através de mapas de diferentes 
datas que a região vem passando por mudanças 
nos últimos tempos e vem sendo cada vez mais 
ocupada. Há uma tendência na região para o au-
mento da sua população, o que geraria também 
no aumento de número de crianças e na necessi-
dade de mais vagas. 
Outro fator na região é a proximidade com 
o Distrito Industriário, escola poderia também 
atender os filhos de alguns funcionários que 
trabalham nas fábricas do Distrito Industriário, 
buscando uma parceria com algumas dessas em-
presas para ajudar nos custos de manutenção e 
construção da escola. Não se sabe a viabilidade 
dessa parceria público/privado, se isso seria real-
mente possível, mas é um dos meios de buscar 
investimentos que hoje são cada vez mais raros.
Escolas Municipais
LEGENDA:
Creches Municipais
ESCOLHA DO TERRENO
TERRENO PROPOSTO
ESCALA: 1/5000
Próximo ao Distrito industrial, no bairro 
Jardim Passaredo, encontrou-se uma grande 
gleba ainda não ocupada de aproximadamen-
te 540 mil metros quadrados, área desocupada 
chamou a atenção por ser um vazio urbano e 
possuir um grande potencial. 
Ela possui um acesso direto pela BR 364 e é 
próxima aos bairros São Francisco, São Sebas-
tião, Distrito Industrial, Pascoal Ramos, Resi-
dencial lagoa azul, residencial Recanto do Sol e 
Residencial Alice Novacki.
Para a gleba foi proposto um projeto para 
a sua ocupação com a definição de lotes para 
uso residencial, lotes para uso comercial e uma 
área central destinada para a Implantação da 
escola.
MACROZONEAMENTO DO TERRENO
ESCALA: 1/10.000
Para a ocupação da gleba foi feito um projeto para a implan-
tação de uma nova área urbana. Foram estabelecidos locais para 
o uso residencial, ou uso comercial, praças e para a implantação 
da escola.
Próximos à BR 364 foram disponibilizados lotes para a o uso 
comercial, aproveitando de sua localização de fácil acesso. Os lo-
tes de uso residencial foram disposto nas áreas mais reservadas.
O terreno para a implantação da escola ficou localizado no 
centro da gleba, permitindo o acesso dos moradores dos bairros 
do entorno. Nas laterais do terrenos foram dispostas praças, a 
intenção é que a escola fique entre elas e faça uma integração de 
suas áreas de lazer.
MACROZONEAMENTO DO TERRENO
TERRENO PARA A ESCOLA
LEGENDA:
PRAÇAS
USO RESIDENCIAL
USO COMERCIAL
DIVISÃO DAS TURMAS
Para a segmentação das turmas da educação básica Maria Montessori 
propõe modelo das salas agrupadas, que se diferencia do modelo mais 
comum que são as salas seriadas.
O modelo de salas seriadas é o mais utilizado nas escolas brasileiras, 
nele a divisão das turmas é feita por faixa etária ou nível de escolariza-
ção. Nas salas seriadas a construção do currículo escolar segue uma or-
dem cronológica, tendo o aluno que seguir por um caminho já traçado 
previamente, agindo como um sujeito passivo de seu próprio aprendiza-
do. Não são considerados as individualidades de cada um, nem seus co-
nhecimentos já obtidos, sua história e suas relações sociais e familiares. 
Como observou Lima (2016), o modelo possui algumas desvantagens:
A hierarquização da aprendizagem exclui os que não 
conseguem manter a média do ritmo, seja pela menor ou 
maior velocidade de sua produção intelectual. A preten-
sa homogeneidade advinda de salas com crianças e jo-
vens da mesma faixa etária gerou um mito educacional: 
a da relação igualitária dos alunos com a aprendizagem. 
(LIMA, 2016. p.25).
A proposta de Montessori de salas agrupadas surgiu através das suas 
pesquisas e experiências. As salas agrupadas são salas de aula com crian-
ças de idades diferentes baseadas em ciclos trienais.
Atualmente a escola montessoriana internacional utiliza a seguinte 
divisão de faixas etárias:
I – Nido: zero a três anos;
II – Casa da Criança: três a seis anos;
III –Casa Escola (subdividido em três segmentos): seis a nove anos; 
nove a doze anos e doze a quinze anos.
Essa divisão possibilita um maior tempo de vivência em cada ciclo 
e permite um maior estabelecimento de vínculos entre os indivíduos. A 
estrutura proporciona um maior respeito aos ritmos individuais, pois 
o desenvolvimento acadêmiconão é atropelado pelo fim de cada ano 
letivo. A diversidade entre as crianças é uma das principais vantagens 
do modelo, pois viabiliza um convívio entre indivíduos com tamanhos, 
idades e potencialidades diferentes. Há uma troca de papéis no decorrer 
do percurso de cada ciclo, por meio da interação de indivíduos de idades 
diferentes, os alunos passam pela experiência de serem os mais novos 
da turma até se tornarem “veteranos”.
A formação das turmas foi feita com base nas salas agrupadas, utili-
zando a divisão recomendada pela escola montessoriana internacional. 
O número de alunos, professores e auxiliares em cada turma seguiu as 
diretrizes impostas pelo Plano Municipal de Educação de Cuiabá. Fo-
ram estabelecidas as seguintes turmas:
EDUCAÇÃO INFANTIL
Nido 1: Crianças de 0 a 3 anos
Salas compostas por até 20 alunos com 3 professores e 3 auxiliares. 
Nido 2: Crianças de 3 a 6 anos
Salas compostas por até 25 alunos com 3 professores e 3 auxiliares.
ENSINO FUNDAMENTAL
Agrupadas 1: Crianças de 6 a 9 anos (1 ao 3 ano)
Salas compostas por até 30 alunos com 1 professor e 1 auxiliar.
Agrupadas 2: Crianças de 9 a 12 anos (4 ao 6 ano)
Salas compostas por até 30 alunos com 1 professor e 1 auxiliar.
Agrupadas 3: Crianças de 12 a 15 anos (7 ao 9 ano)
Salas compostas por até 30 alunos com 1 professor e 1 auxiliar.
PÚBLICO ALVO E NÚMERO DE USUÁRIOS
O público alvo do projeto são crianças de 0 até 14 anos, moradores 
da região do entorno e filhos de trabalhadores do Distrito Industrial. 
A escola iria atender a Educação Infantil e Ensino Fundamental com 
turmas em período integral.
Os usuários foram divididos em duas categorias: Os usuários diretos 
são os que mais utilizam o prédio e tem acesso livre por praticamente 
todos os ambientes da construção, são eles: os alunos, os professores e 
os funcionários. Os usuários indiretos são os familiares dos alunos e a 
comunidade em geral, seu acesso é mais restritivo as áreas comunitárias 
e locais de eventos. 
Para definir a quantidade de alunos que da escola foi feito um estudo 
analisando os números das crianças da região do entorno do terreno 
proposto fundamentado nos dados do Censo 2010, esse estudo deta-
lhado se encontra no Anexo A. No estudo constatou se que existiam 
na região 842 crianças de 0 a 6 anos e 1373 crianças de 6 a 14 anos, foi 
definido que a escola iria atender a aproximadamente 30% das crianças 
da região.
Na Educação Infantil foram definidas 12 turmas, tendo uma capa-
cidade para 270 crianças. Para o Ensino Fundamental existiram 18 tur-
mas, comportando 450 alunos. No total a escola iria atender a 720 crian-
ças. Na tabela abaixo são apresentadas divisões das turmas, números de 
alunos, professores e auxiliares. 
Turmas Idades Nº de turmas Alunos por sala Professores por sala Auxiliares por sala Alunos totais Professores totais Auxiliares totais 
Nido 1 0 - 3 anos 6 20 3 3 120 18 18
Nido 2 3 - 6 anos 6 25 3 3 150 18 18
Agrupadas 1 6 - 9 anos 6 25 1 1 150 6 6
Agrupadas 2 9 - 12 anos 6 25 1 1 150 6 6
Agrupadas 3 12 - 15 anos 6 25 1 1 150 6 6
Tabela 4 : Divisão de turmas, número de alunos, professores e auxiliares
Total de turmas 18
Total de alunos 450
Total de professores 24
Total de auxiliares 24
ENSINO FUNDAMENTAL
Total de turmas 12
Total de alunos 270
Total de professores 36
Total de auxiliares 36
EDUCAÇÃO INFANTIL
Total de turmas 30
Total de alunos 720
Total de professores 60
Total de auxiliares 60
TOTAL
Tabela 1: Usuários Educação Infantil
Tabela 2: Usuários Ensino Fundamental
Tabela 3: Usuários Totais da Escola
PROGRAMA DE NECESSIDADES
No projeto optou-se por fazer um programa de necessidades bem am-
plo que atendesse não só aos alunos da escola mas que também pudesse 
atender a sua vizinhança. Observou-se com o estudo do entorno que a 
região possui poucos locais de lazer, por isso a necessidade de acrescentar 
ao programa espaços que atendessem a essa demanda.
Foram definidos seis setores: Administrativo, saúde, pedagógico, ser-
viços, evento e lazer. O pré dimensionamento foi feito com base em es-
tudos de layout, buscando atender às demandas específicas de cada am-
biente.
Cada setor será apresentado nas páginas seguintes com uma breve 
descrição, uma tabela com seus ambientes e pré dimensionamento, segui-
do pelos estudos de layout e do fluxograma do setor.
SETOR PEDAGÓGICO
O setor pedagógico é o mais importante de toda projeto, para 
ele foram definidos dois blocos, um para a Educação infantil e 
outro para o ensino fundamental. O acesso de ambos é feito pela 
entrada principal, porém cada um possui um controle, a conexão 
dos dois é feita através da área de convivência geral, que também 
permite o acesso para os outros setores da escola.
O bloco de educação infantil possui uma área de convivência 
onde são interligados as salas das turmas do Nido 1, Nido 2, os 
ambientes de serviço, uma cozinha e um refeitório.
Para o ensino fundamental além das salas para as turmas agru-
padas, também foram definidas algumas salas temáticas, que se-
riam os laboratórios de: Linguagens, história, geografia, ciências, 
biologia, matemática e informática. O bloco também possui uma 
cozinha para a utilização dos alunos, um refeitório, uma sala de 
música, um ateliê de artes e uma biblioteca.
AMBIENTE DIMENSÕES NÚMERO ÁREA TOTAL
Biblioteca 500 1 500
Sala Nido 1 50 6 300
Sala Nido 2 80 6 480
Sala do Soninho 100 6 600
Sala dos Berços 100 8 800
Sala Agrupadas 1 80 8 640
Sala Agrupadas 2 80 8 640
Sala Agrupadas 3 80 8 640
Sala de Música 100 1 100
Atêlie de Artes 100 1 100
Laboratório de Linguagens 100 1 100
Laboratório de História 100 1 100
Laboratório de Geografia 100 1 100
Laboratório de Ciências 100 1 100
Laboratório de Informática 100 1 100
Laboratório de Biologia 100 1 100
Laboratório de Matemática 100 1 100
ÁREA TOTAL 5500
SETOR PEDAGÓGICO
SALA
COZINHA
BANHEIRO
QUARTO
VARANDA
SALA DE
ATIVIDADES
LACTÁRIO
FRALDÁRIO
SOLÁRIO
SALA DOS
BERÇOS
ÁREA DE
CONVIVÊNCIA
SALA 2
SALA 5
SALA 1 SALA 3
SALA 4 SALA 6
SALA
COZINHA
BANHEIRO
QUARTO
VARANDA
SALA DE
ATIVIDADES
LACTÁRIO
FRALDÁRIO
SOLÁRIO
SALA DOS
BERÇOS
ÁREA DE
CONVIVÊNCIA
SALA 2
SALA 5
SALA 1 SALA 3
SALA 4 SALA 6
SALAS NIDO 1
A proposta para as salas de aula da educação infantil Foi pensado 
com a intenção de criar ambientes que se assemelha com uma casa. Os 
ambientes que iriam compor a sala de aula foram pensados como os 
ambientes de uma casa, tanto nas salas destinadas ao Nido 1 quanto 
para as destinadas ao Nido 2.
As salas do Nido 1 seriam todas independentes, elas possuíam um 
espaço para as atividades, um lactário, um fralda ário e uma sala de ber-
ços, assim como o indicado pela legislação de Cuiabá. A disposição des-
sas salas seriam como pequenas casas, para a conexão delas foi definido 
uma área de convivência que funcionam como uma espécie de quintal, 
permitindo a interação entre as turmas diferentes.
SALA
BANHEIRO
QUARTO
SALA DE
ATIVIDADES
BANHEIRO
SALA DO
SONINHO
ÁREA DE
CONVIVÊNCIA
SALA 2
REFEITÓRIO
SALA 1 SALA 3
COZINHA SALAMULTIUSO
SALA 4
SALA 5 SALA 6
SALA
BANHEIRO
QUARTO
SALA DE
ATIVIDADES
BANHEIRO
SALA DO
SONINHO
ÁREA DE
CONVIVÊNCIA
SALA 2
REFEITÓRIO
SALA 1 SALA 3
COZINHA SALAMULTIUSO
SALA 4
SALA 5 SALA 6
SALAS NIDO 2
Assim como para salas do Nido 1, as salas para 2 dois se organizam 
como uma casa, com a diferença de terem todas uma cozinha comparti-
lhada. Elas seriam compostas por uma sala para atividades, um banheiro 
para o uso das crianças e uma sala do soninho, um local onde seriam 
colocados os colchonetes para as crianças dormirem. 
A salas seriam conectadas através de uma área de convivência co-
mum interligada a uma cozinha com adaptação para que as crianças a 
utilizarem, servindo como exercício de vida prática. Essa área comum 
também possuiria um refeitório, interligado a cozinha, e uma sala mul-
tiuso para atividades diversas.
SETOR SAÚDE
Maria Montessori trata a respeito da importância de se ensinar 
a higiene para as crianças, como médica a saúde das criançasteve 
um grande destaque na sua obra por isso um cuidado especial a 
esse setor.
Como disposto pelas normas municipais para escolas de en-
sino básico, o programa de necessidades possui uma enfermaria 
para atendimentos rápidos. 
Foram acrescentadas mais duas salas ao setor, uma sala do 
psicólogo e um consultório médico. A sala do psicólogo servi-
rá para atender as crianças, podendo também atender aos pais e 
familiares quando necessário. O consultório médico é para aten-
dimento geral e pode ser usado por médicos com especialidades 
diferentes.
AMBIENTE DIMENSÕES NÚMERO ÁREA TOTAL
Sala do psicólogo 20 1 20
Consultório médico 30 1 30
Recepção 25 1 25
Enfermaria 30 1 30
ÁREA TOTAL 105
SETOR SAÚDE 
ENTRADA 
PRINCIPAL
RECEPÇÃO
RECEPÇÃO
SAÚDE
ENFERMARIA
CONSULTÓRIO
MÉDICO
SALA DO 
PSICÓLOGO
SAÍDA DE 
EMERGÊNCIA
ACESSO SERVIÇO
ACESSO PRINCIPAL
CONSULTÓRIO MÉDICO
ÁREA= 30 m²
ESCALA = 1/100
SALA DO PSICÓLOGO
ÁREA= 20 m²
ESCALA = 1/100
ENFERMARIA
ÁREA= 30 m²
ESCALA = 1/100
RECEPÇÃO
ÁREA= 25 m²
ESCALA = 1/100
SETOR EVENTOS
O setor eventos é composto por duas áreas: o auditório e o 
salão multiuso, eles são muito importantes por proporcionar a 
interação entre os alunos, os familiares e a vizinhança. 
O auditório tem capacidade de 294 pessoas na plateia, um pal-
co com coxias, camarins individuais e coletivos, sala de apoio, 
cabine de som, bilheteria e um foyer. O palco também é adaptado 
para funcionar como uma sala de projeções. 
Como não existe nenhum teatro próximo a região, esse seria 
um grande destaque no projeto. Ele possui uma entrada separada 
e pode funcionar independentemente da escola.
A área de eventos seria aberta, coberta e com planta livre, po-
deria ser usado para realização de eventos diversos, como festas, 
exposições e feiras. Por ser um ambiente livre não existe predefi-
nição de layout, para o seu dimensionamento foi considerado que 
uma capacidade de população de 800 pessoas.
AMBIENTE DIMENSÕES NÚMERO ÁREA TOTAL
Camarim coletivo 20 2 40
Camarim individual 15 2 30
Foyer 250 1 250
Cabine de controle 15 1 15
Sala de apoio 20 2 40
Auditório 490 1 490
Área para eventos 2000 1 2000
ÁREA TOTAL 2865
SETOR EVENTOS
ENTRADA 
EVENTOS
ACESSO EVENTOS
CONVIVÊNCIA
GERAL
ENTRADA 
AUDITÓRIO
FOYER
AUDITÓRIO
COXIAS
CABINE DE
CONTROLE
SALA DE
APOIO
BANHEIROS
BANHEIROS
ÁREA DE
EVENTOS
CIRCULAÇÃO
APOIO EVENTOS
SALA DE
APOIO
CAMARINS
VESTIÁRIOS
DML
SALA DE APOIO
ÁREA= 20 m²
ESCALA = 1/100
CABINE DE CONTROLE
ÁREA= 15 m²
ESCALA = 1/100
CAMARIM INDIVIDUAL
ÁREA= 15 m²
ESCALA = 1/100
CAMARIM COLETIVO
ÁREA= 20 m²
ESCALA = 1/100
PALCO
AUDITÓRIO
ÁREA= 490 m²
ESCALA = 1/200
SETOR SERVIÇO
O setor de serviço ficou espalhado por todo o complexo, para 
atender melhor os outros setores e evitar longos deslocamentos, 
banheiros e depósitos de materiais de limpeza (DML) acompa-
nharam todos os blocos. 
No bloco principal da edificação estariam algum ambientes 
mais gerais como o vestiário dos funcionários, a sala de descanso 
e a lavanderia. Para estimular e facilitar a reciclagem serão coloca-
das lixeiras de lixo orgânico, plástico, vidro, papel e metais.
A cozinha principal se localiza no bloco principal e serve para 
atender os refeitórios diariamente e o setor de eventos em situ-
ações especiais. O bloco infantil e bloco do ensino fundamental 
terão uma cozinha instrumental próxima ao seus refeitórios para 
que as crianças desenvolvam habilidades culinárias e tenham uma 
maior independência.
AMBIENTE DIMENSÕES NÚMERO ÁREA TOTAL
Banheiros adultos 60 4 240
Banheiros E.I. 60 6 360
Banheiros E.F. 60 6 360
Sala de descanso 30 1 30
Vestiários 60 5 300
Copa 12 3 36
DML 6 5 30
Lavanderia 6 2 12
Lactário 15 6 90
Cozinha E.F. 60 1 60
Cozinha creche 48 1 48
Câmara fria 6 1 6
Cozinha 60 1 60
Refeitório Creche 100 1 100
Refeitório E.F. 350 1 350
Despensa 10 1 10
Lixo 20 1 20
Fraldário 15 6 90
ÁREA TOTAL 2202
SETOR SERVIÇO
ENTRADA 
FUNCIONÁRIOS
ENTRADA 
SERVIÇO
ENTRADA 
COZINHA
COZINHA
DESPENSA
BLOCO SAÚDE BLOCO EVENTOS
SALA DE
DESCANSO
COPA
LIXO
CÂMARA
FRIA
ACESSO SERVIÇO
VESTIÁRIOS
REFEITÓRIO E.I.COZINHA E.I. COZINHA E.F.
BLOCO
E.F.
BLOCO
E.I.
REFEITÓRIO E.F.
LACTÁRIO
ÁREA= 15 m²
ESCALA = 1/100
FRALDÁRIO
ÁREA= 15 m²
ESCALA = 1/100
SALA DE DESCANSO
ÁREA= 30 m²
ESCALA = 1/100
COLETA DE LIXO
ÁREA= 20 m²
ESCALA = 1/100
BANHEIRO E.F.
ÁREA= 60 m²
ESCALA = 1/100
BANHEIROS
ÁREA= 60 m²
ESCALA = 1/100
VESTIÁRIO
ÁREA= 60 m²
ESCALA = 1/100
DML
ÁREA= 6 m²
ESCALA = 1/100
COPA
ÁREA= 12 m²
ESCALA = 1/100
LAVANDERIA
ÁREA= 6 m²
ESCALA = 1/100
BANHEIRO CRECHE
ÁREA= 6 m²
ESCALA = 1/100
COZINHA CRECHE
ÁREA= 48 m²
ESCALA = 1/100
COZINHA E.F.
ÁREA= 60 m²
ESCALA = 1/100
COZINHA GERAL
ÁREA= 60 m²
ESCALA = 1/100
DESPENSA
ÁREA= 12 m²
ESCALA = 1/100
CÂMARA FRIA
ÁREA= 6 m²
ESCALA = 1/100
SETOR LAZER
O setor de serviço ficou espalhado por todo o complexo, para 
atender melhor os outros setores e evitar longos deslocamentos, 
banheiros e depósitos de materiais de limpeza (DML) acompa-
nharam todos os blocos. 
No bloco principal da edificação estariam algum ambientes 
mais gerais como o vestiário dos funcionários, a sala de descanso 
e a lavanderia. Para estimular e facilitar a reciclagem serão coloca-
das lixeiras de lixo orgânico, plástico, vidro, papel e metais.
A cozinha principal se localiza no bloco principal e serve para 
atender os refeitórios diariamente e o setor de eventos em situ-
ações especiais. O bloco infantil e bloco do ensino fundamental 
terão uma cozinha instrumental próxima ao seus refeitórios para 
que as crianças desenvolvam habilidades culinárias e tenham uma 
maior independência.
AMBIENTE DIMENSÕES NÚMERO ÁREA TOTAL
Ginásio poliesportivo 820 1 820
Piscina 375 1 375
Parquinho externo 500 1 500
Sala de artes marciais 100 1 100
Sala de dança 100 1 100
Depósito materiais esportivos 15 1 15
Horta 100 1 100
ÁREA TOTAL 2010
SETOR LAZER
ENTRADA 
PRINCIPAL
RECEPÇÃO
CONVIVÊNCIA
GERAL
GINÁSIO
SALA DE
ARTES MARCIAIS
BLOCO
E.F.
ACESSO PRINCIPAL
BLOCO
E.I.
VESTIÁRIOS PISCINA
HORTA
VESTIÁRIOS
SALA DE
DANÇA BANHEIROSDML
SALA DE ARTES MARCIAIS
ÁREA= 80 m²
ESCALA = 1/100
SALA DE DANÇA
ÁREA= 80 m²
ESCALA = 1/100
DEPÓSITO MATERIAIS
ESPORTIVOS
ÁREA= 15 m²
ESCALA = 1/100
SETOR ADMINISTRATIVO
O setor administrativo é onde se encontram os ambientes des-
tinados ao corpo administrativo da escola. 
Foi estabelecido que a Educação Infantil e o Ensino Fun-
damental teriam cada um teria uma coordenação, uma sala dos 
professores, uma secretaria e uma orientação pedagógica. Por ser 
uma escola muito grande e com grande número de alunos essa 
divisão serviu para manter uma melhor organização e atender 
cada nível de uma maneira específica. 
Os outros ambientes como a direção, o arquivo, as salas de 
reunião, o almoxarifado e financeiro, foram definidos para servir 
para toda escola.
AMBIENTE DIMENSÕES NÚMERO ÁREA TOTAL
Entrada Principal 50 1 50
Entrada Eventos 50 1 50
Controle E.I. 50 1 50
Controle E.F. 80 1 80
Recepção 50 1 50
Secretaria 25 3 75
Diretoria 20 1 20
Orientação pedagógica 16 2 32
Arquivo 6 1 6
Almoxarifado 15 1 15
Financeiro 16 1 16
Coordenação EI 20 1 20
Coordenação EF 20 1 20
Sala dos Professores 60 2 120
Sala de Reunião 40 2 80
ÁREA TOTAL 634
SETOR ADMINISTRATIVO
ENTRADA 
PRINCIPAL
RECEPÇÃO
CONVIVÊNCIA
GERAL
GINÁSIO
SALA DE
ARTES MARCIAIS
BLOCO
E.F.
ACESSO PRINCIPAL
BLOCO
E.I.
VESTIÁRIOS PISCINA
HORTA
VESTIÁRIOS
SALA DE
DANÇA BANHEIROSDML
SALA DE REUNIÃO
ÁREA= 40 m²
ESCALA = 1/100
COORDENAÇÃO E.I..
ÁREA= 20 m²
ESCALA = 1/100
COORDENAÇÃO E.F.
ÁREA= 20 m²
ESCALA = 1/100
SALA DOS PROFESSORES
ÁREA= 60 m²
SECRETARIA
ÁREA= 25 m²
ESCALA = 1/100
ARQUIVO
ÁREA= 6 m²
ESCALA = 1/100
SALA FINANCEIRO
ÁREA= 16 m²
ESCALA = 1/100
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
ÁREA= 16 m²
ESCALA = 1/100
ALMOXARIFADO
ÁREA= 15 m²
ESCALA = 1/100
DIRETORIA
ÁREA= 20 m²
ESCALA = 1/100
REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, D. D. M.; ALVES, M. L. Consideraçõessobre a influ-
ência de Montessori na educação brasileira. Recife: Fundação Joa-
quim Nabuco, Editora Massangana, 2010.
BARBOSA, H. M. B.; SILVA, M. D. P. D. Sistema Montessori e os 
seus traços arquitetônicos. Inter-American Journal of Development 
and Research, Ouro Preto do Oeste, v. 2, n. 1, p. 48-56, 2019. Dispo-
nível em: <http://revistas.uneouro.edu.br/index.php/uneouro/issue/
view/3/4>. Acesso em: 10 de jan. de 2020.
BRASIL. Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretri-
zes e Bases da Educação Nacional, Brasília, 2017. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 
10 de jan. de 2020.
ESCOLA Infantil Montessori / Meius Arquitetura + Raquel Cheib Ar-
quitetura. Archdaily, 2018. Disponível em: <https://www.archdaily.
com.br/br/900876/escola-infantil-montessori-meius-arquitetura-plus-
-raquel-cheib-arquitetura>. Acesso em: 20 de dez. de 2019.
ESCOLA INFANTIL MONTESSORI. Página institucional. Dispo-
nível em: <https://escolainfantilmontessori.com.br>. Acesso em: 20 
de dez. de 2019.
ESCOLA Ratchut / Design in Motion. Archdaily, 2018. Disponível 
em: <https://www.archdaily.com.br/br/897697/escola-ratchut-desig-
n-in-motion>. Acesso em: 14 de dez. de 2019.
LIMA, Edimara. A sala agrupada montessoriana da educação fun-
damental. Organização Montessori do Brasil, 2016. Disponível em: 
<http://omb.org.br/wp-content/uploads/2016/09/A-sala-agrupada-
-Montessori.pdf>. Acesso em: 20 de jan. de 2020.
MONTESSORI, Maria. Pedagogia científica: a descoberta da nova 
criança – (tradução deAury Azélio Brunetti). São Paulo: Flam-
boyant, 1965.
ORGANIZAÇÃO MONTESSORI DO BRASIL. Página institucio-
nal. Disponível em: <http://omb.org.br/>. Acesso em: 10 de nov. de 
2019.
RÖHRS, Hermann. Maria Montessori. Recife: Fundação Joaquim 
Nabuco, Editora Massangana, 2010.
RUDOLPHO, C. R.; CARARO, J. F. J. Diretrizes projetuais para am-
bientes escolares infantis baseados no método de ensino de Montesso-
ri. Arquitetura e cidade: privilégios, conflitos e possibilidades, Curitiba, 
2019. 
ANEXOS
ANEXO A: ESTUDO DE CRIANÇAS DO ENTORNO
Número do setor Nome do Bairro 0 anos 1 ano 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos
510340310430069. Lagoa Azul 5 9 17 10 11 12 10 16 13 6 14 14 18 12 17
510340310430111. Distrito Industrial 3 6 6 4 4 4 4 3 2 3 1 6 2 4 2
510340310430001. Jardim Passaredo 15 11 15 22 17 19 19 19 15 18 24 18 30 24 22
510340310430150. Jardim Passaredo 9 14 13 13 14 11 17 10 16 13 15 25 18 12 20
510340310430116. Jardim Passaredo 21 18 26 17 24 23 26 25 20 34 28 21 15 18 25
510340310430151. São Francisco 5 5 6 3 7 1 6 4 3 4 3 4 4 4 5
510340310430113. ZEU 2 2 0 1 1 0 1 2 1 2 5 5 1 1 3
510340310430004. Jd. Presidente 17 25 25 16 25 27 26 15 29 24 26 24 20 21 20
510340310430182. Jardim Passaredo 7 13 20 14 13 6 7 19 15 12 10 9 14 10 20
510340310430002. São Francisco 8 23 16 13 15 14 15 18 13 9 18 12 13 12 8
510340310430117. São Francisco 7 8 8 8 2 11 7 5 8 10 6 5 8 8 10
510340310430003. São Francisco 13 16 14 15 8 9 9 14 15 13 15 12 13 17 7
Numéro Total 112 150 166 136 141 137 147 150 150 148 165 155 156 143 159
Tabela 5: Número de crianças no entorno
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibi-
liza os dados do Censo 2010 através da plataforma digital Sinopse por 
setores, nela estão apresentados várias informações demográficas sobre 
a população.
Para fazer obter o número de crianças residentes na região do en-
torno do terreno proposto para o projeto foram utilizados os dados 
dos setores que se encontram em um raio de três do terreno. A partir 
das informações disponibilizados foi possível a criação da tabela abaixo, 
onde estão apresentados os números das crianças residentes no entorno 
e a quantidade delas por faixa etária.
ANEXO B - ENTREVISTAS COM CRIANÇAS
Como o público alvo e os usuários principais do projeto são crian-
ças, percebeu-se a necessidade de saber as suas percepções a respeito 
dos ambientes escolares. Foram feitas três entrevistas com crianças de 
doze a sete anos utilizando um questionário rígido de perguntas sobre 
o tema.
Questionário para entrevistas crianças:
1- Como é a escola que você estuda? O espaço da escola e seus ambien-
tes.
2- Como é a sua turma, quantos alunos tem em sala e quantos profes-
sores?
3- Quais são as atividades que você mais gosta de fazer na escola?
4- Qual seu lugar preferido na escola?
5- Qual o lugar que você menos gosta?
6- Se você pudesse mudar algo na sua escola, o que seria?
7- Como seria uma escola ideal pra você?
ANEXO C: ENTREVISTA HENRIQUE
Realizada em: 10/11/2019
Tempo de gravação: 4 minutos e 2 segundos
Identificação: HMR, 10 anos, estudante da quinta série.
E: Como é a escola que você estuda? Em espaço da escola e seus am-
bientes.
H: É grande. Ela tem … no … tem jogos no recreio para as crianças 
brincarem e um espaço para teatro.
E: Para teatro? Como é esse espaço para teatro?
H: É uma arena que tem uma arquibancada e tem um palco que geral-
mente é onde fazem as apresentações lá.
E: Quais são as atividades que você mais gosta de fazer na sua escola?
H: Atividades, como assim?
E: Atividades, do tipo jogar bola, pintar...
H: Eu prefiro … Fazer capoeira mesmo.
E: Você faz capoeira?
H: Sim.
E: E onde você faz capoeira?
H: Na escola.
E: Em que lugar da escola?
H: Em uma sala que fica perto das quadras.
E: Em uma sala que é sala de aula?
H: Sim, quando acaba a aula a gente vai lá para fazer capoeira.
E: Qual seu lugar preferido na escola?
H: O bebedouro.
E: Por que você gosta do bebedouro?
H: Porque no recreio a gente, eu e meus amigos, a gente toda hora vai 
pro bebedouro.
E: Para beber água ou porque é fresco?
H: Para beber água e também porque é fresco.
E: É o lugar mais fresco da escola?
H: É.
E: Qual o lugar que você menos gosta?
H: Coordenação. 
E: Por que?
H: Porque é onde eu levo bronca… 
E: Se você pudesse mudar alguma coisa na sua escola, o que você mu-
daria?
H: Eu não sei ...
E: E agora nessa pergunta você pode falar bastante. Como seria uma 
escola ideal pra você? O que a escola teria?
H: Se eu fosse uns três ou dois anos mais novo eu ia falar que eu ia 
querer um armário, não sei por que, mas eu queria muito que tivesse um 
armário na escola quando eu era pequenininho. 
E: Para guardar roupa?
H: Não, para guardar material, assim, quando começa a aula você vai lá 
no armário e pega um livro, tipo de ciencias, e vai pra aula de ciências, 
aí toca o sino geografia, aí você vai lá guarda o livro de ciências e pega 
o de geografia.
E: E tem mais alguma coisa que você queria de espaços? Algum espaço 
que não tem na sua escola, mas você sabe que tem em outra escola ...
H: Não.
ANEXO D: ENTREVISTA RAFAELA
Realizada em: 11/11/2019
Tempo de gravação: 2 minutos e 31 segundos
Identificação: RSM, 7 anos, estudante da segunda série.
E: Como é a escola que você estuda, o espaço da escola e seus am-
bientes?
R: É assim bom, é bom, é espaçoso ...
E: Como é a sua turma, quantos alunos tem em sala e quantos profes-
sores?
Rafaela: Na minha turma é um professor, a turma conversa um pouco 
(risos) e eu acho que são 22 ou 23 alunos.
Entrevistador: Quais são as atividades que você mais gosta de fazer na 
escola?
R: As de matemática.
E: Qual é o seu lugar preferido na escola?
R: A quadra de areia.
E: Se você pudesse mudar algo na sua escola o que seria?
R: Deixa eu ver … Eu ia mudar, acho que, o lugar onde pega o lanche 
e por ar na minha sala, nas salas.
E: Como seria uma escola ideal pra você?
R: Pra mim uma escola ideal seria uma turma tranquila, que ficasse 
quieta, que ficasse em silêncio … e fosse bem espaçosa … na hora do 
recreio a gente brinca muito de gelinho e pique esconde … a gente 
corre muito.
ANEXO E: ENTREVISTA SOPHIA
Realizada em: 26/01/2020
Tempo de gravação: 3 minutos e 50 segundos
Identificação: SMR, 12 anos, estudante da sétima série.
E: Como é a escola que você estuda? Em relação aos espaços e os am-
bientes da escola.
S: É bem confortável,por assim dizer. É um espaço grande, tem canti-
na, bebedouros espalhados, alguns jardins da diretora … tem quadras, 
dois andares, várias salas para as aulas. É um espaço grande.
E: Como é a sua turma? Quantos alunos tem na sua sala? E quantos 
professores?
S: São 25 alunos e provavelmente 11 professores, eu não lembro muito 
bem.
E: É por matéria?
S: É.
E: Qual era a turma que você estava?
S: Sexto ano.
E: Quais são as atividades que você mais gosta de fazer na escola?
S: Ler, eu gosto bastante de ler.
E: Qual é o seu lugar preferido na sua escola?
S: A sala de aula.
E: E qual é o lugar que você menos gosta?
S: A sala da direção.
E: Se você pudesse mudar algo na sua escola, o que você mudaria?
S: O tempo do intervalo, risos.
E: Você queria mais tempo?
S: É.
E: Como seria uma escola ideal pra você?
S: A minha escola é boa, eu não penso em questões de uma escola ideal.
E: Mas tem alguma coisa que você gostaria que tivesse na sua escola?
S: Não, só aumentar o tempo de intervalo, risos.
E: Em relação aos espaços você não queria nada? Alguma coisa que 
você talvez tenha visto em outra escola e você achou interessante?
S: Talvez … Tem bastante escola que faz uns passeios, eu queria que a 
minha escola fizesse. Uma vez … Tipo marca, mas sempre que marca, 
no dia desmarca, porque acontece algum imprevisto. Um dia a gente ia 
pra SANEAR (Serviço de saneamento ambiental de Rondonópolis), 
ver lá como funcionava o ciclo da água e tal, ai cancelou no dia lá, não 
sei, aconteceu alguma coisa, algum problema e não deu certo pra poder 
ir.
ANEXO F: ENTREVISTA CLEUSA
ENTREVISTA COM CLEUSA MARIA FERREIRA BATISTA, bió-
loga, com atualizações e especializações em psicologia e pedagogia, foi 
professora alfabetizadora e possui com 48 anos de experiência profis-
sional na Educação. 
E: Quais foram os métodos de pedagogia que você teve contato?
C: O primeiro curso de especialização para montesseriano comecei na 
escola montessore, eu não fiz curso em ____, tenho conhecimento na 
___, depois eu fiz construtivista e autocontrustivista e sociointerativis-
ta, essa foi sempre a minha pedagogia, a que coloco na vida.
E: O que você acha do método montessorianos
C: Eu aprendi alfabetizar pelo método montessoriano. Mesmo após 40 
anos, eu me lembro das crianças andando na linha, trabalhando com a 
escada rosa, com a torre marron, eu me lembro até hoje dos objetos, 
mais ainda tenho lembranças claras e é uma emoção, é um metodologia 
iluminada. Foi com ela que também me iluminei, pra busca, pra saber 
que a criança constrói, que é possível, e que as vezes são atos nossos 
é que atrapalham o processo cognitivo da criança e deixar a criança 
produzir, construir é um caminho para aprender. Pra mim, isso é coisa 
fantástica.
Eu me lembro dos espaços, mesmo tendo trabalhado numa escola pe-
quena, mas os espaços eram maravilhosos. Eu me lembro que os pais 
passavam um dia na escola e esse dia era tudo de bom, porque a convi-
vência era muito agradável. O pai e o aluno fazendo a mesma atividades 
e sentados todos no chão. Só trabalhávamos no chão, pois no mundo da 
criança todo mundo fica pequeno, do mesmo tamanho. Isso era muito 
legal. O espaço montossoriano não precisa ser muito grande, mas é uma 
escola totalmente humana. É fantástico.
E: Como você trabalha muito tempo, você acha que o método motos-
sorianos influenciou outros métodos que vieram depois?
C: Acho que todos vieram depois dela, sofreram influência. A questão 
da afetividade, por exemplo, mesmo não estando explicito na obra dela, 
ela trabalhava com esse olhar para a criança. Todo mundo bebeu com 
nesta fonte.
E: Qual o método que vocês empregam no Master?
C: Posso dizer que somos sociointerativista, mas tem uma pegada mais 
tradicional em função dos materiais e isso acaba tendo uma visão mais 
tradicional. Temos um sistema de provas mais fechada, com data, mas a 
postura dos professores em sala de aula, na construção do conhecimen-
to, na hora de trabalhar o livro de leitura é sociointeracional.
E: Como seria a organização de uma educação infantil e ensino funda-
mental. 
C: Eu penso numa escola infantil, que tenha verde dentro, e que as 
crianças tenha espaços de brinquedos que ele sai da porta sala e já te-
nham os brinquedos pra eles brincar, acompanhados pela professora, e 
se ele não está a fim de fazer uma coisa tem outra, se ele não quiser brin-
car com a massinha ele pode sair e brincar com outra coisa, que tenha 
uma caixa e um baú onde ele pode explorar, pois a criança aprende ex-
plorando qualquer coisa, o mundo da criança é feito com a exploração, 
em tudo ela aprende. Se ele está fazendo um exercício de motricidade, 
ou está usando o corpo para fazer alguma atividade, ou lendo, ele está 
aprendendo. E esse espaço a escola tem que oferecer tudo isso, como 
espaço dele. Penso que sala de aula deve ser integrada com o mundo 
externo, mas também deve haver um espaço externo para interação 
com outras idades, ex.: 4,5,6 pode estar juntos; 7,8,9 podem estar juntos. 
Você constrói respeito nas relações e também a diversidade para você 
ter mais pessoas e diferenças.
E: Como é o Ambiente direcionados para professores e funcionários?
C: Aqui tem sala de professores e também de funcionários. Pra mim, a 
sala dos professores e funcionários tem que estar sempre próximo dos 
alunos. Quem coordena a educação infantil, fundamental, deveria ter 
uma salinha no meio da sala, pois é o olhar dos adultos e daqueles que 
se responsabilizam pelo trabalho. A cada bloco deveria ter uma coor-
denação.
E: Como seria uma escola ideal para você?
C: Minha escola ideal seria muito verde, blocos por idades, muitos es-
paços grandes que pra mim é vida. Evitar muito ruído, pois as crianças 
hoje são muitos sensíveis. Quando ao fluxo, tem que ser muito pensado, 
não pode acumular duas turmas num único corredor. Por bloco seria 
muito melhor, por exemplo um bloco da educação infantil, um de pri-
meiro ao quinto, etc. No bloco você consegue colocar “a cara deles” 
dentro do bloco, as coordenações, as posições deles. Mas também tem 
que haver espaços coletivos porque a interação também é muito boa. 
Além disso, deve ter uma boa cantina, com preços compatíveis, mais 
de uma quadra, ou mais de um espaço, para fazer educação física e ati-
vidades externas, área exposição, ou parque de exposição coberto, para 
valorizar os trabalhos das crianças, auditório para ouvir uma música, 
tocar uma flauta, com redes, camas, enfermaria, etc.
ANEXO G: ENTREVISTA ANDRÉIA
ENTREVISTA COM ANDRÉIA SUDÁRIO GALVÃO ARAÚJO, 
pedagoga, especialista em educação infantil, com 32 anos de profissão e 
que trabalha na escola particular Marster e no colégio municipal Carlos 
Maldonado.
Na vida acadêmica e profissional quais os tipos de métodos pedagógico 
você estudou ou teve experiência?
Respostas: Montessori, tradicional, pedagogia do oprimido e uma pin-
celada de construtivismo. Quando do início no magistério a gente usa o 
tradicional, mas depois a gente vai percebendo que é preciso trabalhar 
com outros métodos. 
Sobre o método Montessori, o que você pode falar sobre ele?
Considero muito importante, pois foca no desenvolvimento da autono-
mia da criança desde pequena. Ela vai lá, ela escolhe os jogos, os brin-
quedos para que ela pega de acordo com as características dela. É foca-
do bem na autonomia, na questão da responsabilidade: pegou, guardar, 
devolve, né? Essa parte é muito interessante. Tem ainda a questão da 
estética, mesmo que você não trabalha no método montessoriano. Im-
portante pegar parte dessa filosofia metodologica e utilizar no seu dia.
Quais as metodologias que você trabalha em sua escola?
No município a gente tem trabalhado a questão dos “cantinhos”: o can-
to da Ciência, o canto da Matemática, o canto da Linguagem, buscando 
oferecer esses espaços para criança poder desenvolver. Mas isso mas 
ainda não aconteceu, não está consolidado. Por isso a gente acaba mis-
turando, de acordo com a formação dos professores. Você pega um 
pouco montessore,

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