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Patologia Forense, Medicina Legal e Bioética Luccas Guerrier – 103 ASFIXIAS EM GERAL EM MEDICINA LEGAL • CONCEITO ➢ Asfixia literalmente significa “sem pulso”. ➢ A expressão científica mais correta seria anoxemia ou hipoxemia. ➢ Sob o ponto de vista médico-legal é a síndrome caracterizada pelos efeitos da ausência do oxigênio no ar respirável por impedimento mecânico de causa fortuita, violenta e externa em circunstâncias variadas. ➢ Asfixia pode também ser classificada como uma perturbação oriunda da privação completa ou incompleta, rápida ou lenta, externa ou interna, de oxigênio. ➢ A Respiração normal exige ✓ ambiente externo contendo ar respirável ✓ aproximadamente 21% de oxigênio ✓ orifícios e vias aéreas permeáveis ✓ tórax de livre expansão (elástico) ✓ expansão pulmonar ✓ circulação sanguínea normal ✓ volume circulatório em quantidade ✓ entrada e saída livres do ar atmosférico ➢ 7% de oxigênio no ar atmosférico acarretam em distúrbios graves no indivíduo. ➢ 3% de oxigênio no ar atmosférico e grande concentração de gases tóxicos, pode-se sobrevir a morte. https://vassouras.myopenlms.net/course/view.php?id=1590 https://vassouras.myopenlms.net/course/view.php?id=1590 ➢ O sangue circulante deverá apresentar condições para efetuar a hematose. ➢ Na asfixia o oxigênio presente nos pulmões é consumido e acumula-se gás carbônico nos mesmos. ➢ Diante do exposto, hipoxemia e anoxemia seriam as expressões mais adequadas, no entanto usa-se asfixia. ➢ A asfixia compreende duas fases: de Irritação e Esgotamento. ✓ Fase de Irritação possui dois períodos: 1. O da dispnéia inspiratória – consciência mantida, com duração de 1 minuto; 2. O da dispnéia expiratória – há inconsciência, durando cerca de 3 minutos. ✓ Fase de Esgotamento 1. Apresenta um período inicial ou de morte aparente 2. Um período terminal, durando três minutos, até sobrevir a morte. ➢ Características das Asfixias mecânicas em geral ✓ São numerosas e variadas, sendo divididas em externos e internos. ➢ Sinais Externos: possuem valor desigual, de pouco valor ou relativo, tais como: ▪ Manchas de hipóstase: são precoces, abundantes e de tonalidade escura, variando nas asfixias por monóxido de carbono ▪ Congestão da face: sinal mais constante, com maior frequência na compressão torácica, tendo como consequência a máscara equimótica da face. ▪ Congestão da face x manchas de hipóstase: as manchas podem surgir por posições especiais do cadáver, como nos afogados que, submersos, ficam de cabeça para baixo. ▪ Equimoses da pele e das mucosas: na pele são arredondadas e de pequenas dimensões, formam agrupamentos na face, no tórax e pescoço, com tonalidade escura; nas mucosas são frequentes na conjuntiva das pálpebras, lábios e raro na mucosa nasal; formam-se nos planos mais baixos do corpo. ▪ Fenômenos cadavéricos: livores de decúbitos (extensos, escuros, precoces); esfriamento e rigidez cadavéricos lentos; putrefação precoce. ▪ Cogumelo de espuma: formação devido a penetração de líquido na árvore respiratória, comumente associada ao afogamento, onde se observam finas bolhas de coloração branca ou rósea que se estendem do trato aéreo respiratório inferior ao ambiente, através das cavidades bucal e nasal. ▪ Projeção da língua e Exoftalmia Na fase gasosa, os cadáveres putrefeitos também apresentam exoftalmia e projeção da língua, mesmo que a morte não tena sido por asfixia. ➢ Sinais Internos – a tríade asfíxica ▪ Equimoses viscerais (ou manchas ou petéquias de Tardieu) - localizadas principalmente nas regiões subconjuntival, subpleural e subepicárdica; as petéquias de Tardieu não são patognomônicas (sintomas próprios de cada moléstia e cuja identificação permite um diagnóstico certo), mas são muito sugestivas de algum processo asfíxico terminal. ▪ Aspectos do sangue: escuro e líquido, não se encontrando coágulos no coração; tonalidade negra (acarminado em morte por monóxido de carbono). ▪ Congestão polivisceral (Sinal de Étienne-Martin), devida à falência cardíaca que antecede a morte; obs.: sinal de muito difícil identificação e caracterização Podemos ainda destacar a acentuada distensão dos pulmões apresentando relativa quantidade de sangue líquido. ➢ Classificação das Asfixias Mecânicas – dividem-se em três grupos I. ASFIXIAS PURAS; II. ASFIXIAS COMPLEXAS; III. ASFIXIAS MISTAS I. ASFIXIAS PURAS: manifestadas pela anoxemia e hipercapnéia A. Asfixia em ambientes por gases irrespiráveis a) Confinamento; b) Asfixia por monóxido de carbono; c) Asfixia por outros vícios de ambiente. B. Obstaculação à penetração do ar nas vias respiratórias a) Sufocação direta (obstrução da boca e das narinas pelas mãos ou das vias aéreas mais inferiores) b) Sufocação indireta (compressão do tórax) C. Transformação do meio gasoso em meio líquido – Afogamento D. Transformação do meio gasoso em meio sólido ou pulverulento – Soterramento II. ASFIXIAS COMPLEXAS - dá-se por constrição das vias respiratórias com anoxemia e excesso de gás carbônico, interrupção da circulação cerebral e inibição por compressão do pescoço A. Enforcamento – constrição passiva do pescoço exercida pelo peso do corpo. B. Estrangulamento – constrição ativa do pescoço exercida pela força muscular. III. ASFIXIAS MISTAS – os fenômenos circulatórios, respiratórios e nervosos se superpõem e se confundem em graus variados: Esganadura. ESTUDO ESPECÍFICO DAS ASFIXIAS MECÂNICAS ➢ ASFIXIA POR CONFINAMENTO ✓ Asfixia mecânica pura; ✓ Indivíduo permanece em ambiente restrito ou fechado; ✓ Ar respirável não se renova; ✓ Pode ser acidental, homicida ou suicida; ✓ Acumulação de gás carbônico, redução de oxigênio, saturação por vapor d`’agua; ✓ Podem ser encontradas lesões produzidas em ações desesperadas (escoriações do pescoço, desgastes das unhas, ferimentos da face e lesões de defesa). ➢ ASFIXIA POR MONÓXIDO DE CARBONO ✓ Monóxido de carbono fixa-se na hemoglobina dos glóbulos vermelhos, impedindo o transporte do oxigênio aos diversos tecidos; ✓ Não se trata de morte por intoxicação; ✓ É mais constante como forma de suicídio; ✓ Rigidez precoce; tonalidade rósea da face; ✓ Manchas de hipóstases claras; ✓ Pulmões e demais órgãos em tom carmim; ✓ Sangue fluido e róseo; ✓ Putrefação tardia; ✓ Comemorativos da morte. ➢ ASFIXIAS POR OUTROS VÍCIOS DE AMBIANTE: A morte pode advir em ambientes saturados por outros gases, tais como: de esgoto, fossas e pântanos. ✓ Sufocação - impedimento direto da passagem do ar respirável por meio direto ou indireto de obstrução. ▪ Sufocação por meio Direto: ocorre devido a oclusão dos orifícios ou dos condutos respiratórios. i. Sufocação por oclusão da boca e das fossas nasais; ii. Sufocação direta por oclusão das vias respiratórias. ▪ Sufocação Indireta: por compressão do tórax. i. É sempre acidental ou criminosa; ii. Conhecida também como “congestão compressiva de Perthes”; iii. Casos acidentais = grandes multidões em pânico; iv. Podem surgir lesões no esqueleto torácico e nas vísceras; v. Manifestações de asfixia são inaparentes; vi. Máscara equimótica da face é um dos sinais mais importantes. vii. Fígado congesto e sangue do coração fluido e escuro. ➢ SOTERRAMENTO Forma de asfixia mecânica motivada por obstrução das vias respiratórias por terra ou substâncias pulverulentas. ✓ O local fará parte do diagnóstico, assim como a presença de substâncias estranhas, sólidas ou semi-sólidas e principalmente pulverulentas no interior das vias respiratórias, boca, esôfago e estômago. Presença de lesões traumáticas de várias espécies, muitas delas podendo produzir a morte ou contribuir para tanto. ➢ AFOGAMENTO ➢ Asfixia produzida pela penetração de um meio líquido ou semilíquido nas vias respiratórias, impedindo a passagem do ar até os pulmões.➢ Pode ser acidental, suicida ou homicida; ➢ Divide-se em três períodos: 1- De resistência ou de dispnéia: Inspiração de surpresa inicial, retenção da respiração, consciência mantida, movimentos reflexos 2- De grandes inspirações e convulsões: Inspirações profundas com entrada de líquido nos pulmões, perda da consciência, às vezes convulsões 3- De morte aparente: Parada da respiração e dos reflexos, perda da sensibilidade, permanência dos batimentos cardíacos até a morte real O afogamento verdadeiro caracterizado pela penetração de líquido nas vias respiratórias e asfixia consequente, pode variar em dois grupos ou formas: 1- Rápida: A vítima permanece todo o tempo no interior da água, levando cerca de 5 minutos para ocorrência de todos os períodos do afogamento. 2- Lenta: A vítima luta, reage, tendo momentos no interior da água e na superfície, ocorrendo a morte somente após longo período de resistência CAUSAS DO AFOGAMENTO ✓ PRIMÁRIO – Não há um fator causal independente ✓ SECUNDÁRIO – Há causas identificáveis para o afogamento • Drogas (álcool) • Crise convulsiva • Trauma • Cardio/pneumopatias • Acidentes em Mergulhos • Outros (caimbras, etc) ➢ AFOGAMENTOS - TIPOS ✓ AFOGADO AZUL Nesta o indivíduo apresenta uma coloração cianótica, morrendo por aspiração de um meio líquido; é o afogado verdadeiro. ✓ AFOGADO BRANCO Nesta o indivíduo apresenta uma coloração branca. É a morte que ocorreu dentro do meio líquido, porém não ocorre a aspiração deste meio. A morte ocorre por outras razões como AVC, infarto de miocárdio, etc. ✓ Afogados BRANCOS de Parrot: Predisposição individual (doença de base); a variação térmica brusca pode ser fator desencadeante; não se encontra nenhum sinal de asfixia. ➢ Putrefação e flutuação dos afogados ✓ O cadáver retida da água sofre uma aceleração do fenômeno putrefativo, que se inicia com o aparecimento da mancha verde na face e nas proximidades da região external. ✓ Primeira imersão: densidade do corpo maior que a da água, ingestão e aspiração de líquido; ✓ Primeira flutuação: devida à putrefação, com formação de gases e diminuição da densidade do corpo (de 24 horas a 5 dias); ✓ Segunda imersão: devida à rotura de tecidos moles e pele, com esvaziamento dos gases; ✓ Segunda flutuação: devida à evolução para adipocera (substância gordurosa de consistência cérea na qual tecidos animais mortos se convertem), com redução do peso específico do corpo. ➢ Afogamento – Sinais externos possíveis ✓ Temperatura baixa da pele ✓ Pele anserina (é a contração dos músculos piloeretores promovendo um arrepiamento geral no corpo) ✓ Retração do mamilo, escroto e pênis ✓ Livores cadavéricos avermelhados ✓ Espuma bucal e nasal mais exuberante (“cogumelo de espuma”) ✓ Erosão dos dedos / corpos estranhos sob as unhas ✓ Equimoses na face e conjuntivas ✓ Lesões post-mortem por animais aquáticos ➢ Afogamento – sinais internos ✓ Sinais gerais de asfixia; ✓ Líquido nas vias respiratórias (com eventuais corpos estranhos); ✓ Pulmões: muito aumentados e cheios de líquido (enfisema aquoso), equimoses subpleurais; ✓ Diluição do sangue; ✓ Líquido no sistema digestório; ✓ “Mãos de lavadeira” – ondulação da epiderme nos dedos; ✓ Líquido no ouvido médio; ✓ Hemorragia temporal; ✓ Hemorragia etmoidal. ➢ Manchas Subpleurais de Paltauf ou Manchas Equimóticas de Paltauf Equimoses espalhadas no pulmão decorrente de afogamento por asfixia. Este conjunto de petéquias localizadas sob as pleuras é sinal PATOGNOMÔNICO de afogamento por asfixia. ➢ Petéquias ou Mancha Equimótica Lenticulares de Tardieu Quando presentes nos pulmões, não significam, necessariamente, que a morte foi decorrente de afogamento, podendo ser causada por qualquer outro evento, como por exemplo infarto do miocárdio, eletroplessão ou envenenamento. ➢ Se um cadáver foi retirado de um lago, não tendo sido encontrado nos pulmões Mancha Subpleurais de Paltauf ou Manchas Equimóticas de Paltauf, a causa mortis não terá sido por afogamento. ➢ DIAGNÓSTICO DA CERTEZA DO AFOGAMENTO ✓ Existem três eventualidades importantes no afogamento para o estudo médico- legal. 1. Se a morte foi verdadeiramente por afogamento típico; 2. Se foi natural ou violenta; 3. Se o cadáver foi colocado no meio líquido para simular um afogamento, dado que o mesmo foi encontrado dentro d’água. ✓ Verificada a morte a pouco tempo da perícia e não havendo sinais de putrefação avançada, o diagnóstico não se constitui numa tarefa complicada, dado que todos os sinais de afogamento ou de outra morte natural ou violenta estarão presentes e facilmente reconhecidos. ➢ CAUSAS JURÍDICAS DE MORTE NO AFOGAMENTO ✓ Determinar se o afogamento foi causado por homicídio, suicídio ou acidente. ✓ Limitação do Legista em determinar tal fato, ficando o mesmo a cargo da perícia criminal. ✓ Lei 7.209/84, não mais considera a asfixia como agravante mas sim um meio cruel. ✓ Código Penal Art. 121 - Matar alguém: Pena - reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos. ✓ Homicídio qualificado ❖ § 2º - Se o homicídio é cometido: ❖ III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum(...); ➢ A asfixia é considerada meio cruel de matar, pois o processo asfíxico somente produz a morte com cerca de cinco minutos, sendo meio demorado de produzir a morte, com intenso sofrimento da vítima, o que nos mostra o inequívoco dolo de matar. ➢ Consequência jurídica: A morte em legítima defesa através da asfixia, é muito difícil de ser aceita, uma vez que vindo a pessoa a desfalecer no primeiro minuto, tem o agressor mais quatro minutos para arrepender-se e sustar o processo asfíxico. ➢ CRONOLOGIA DO AFOGAMENTO ➢ Destaca-se a importância de se saber o tempo de permanência do cadáver dentro do meio líquido e sua transformação após a morte. ➢ Diagnóstico feito através do estado de maceração e do estágio de putrefação cadavérica. ➢ Nos afogados tais processos são sempre mais rápidos. ➢ Cabeça, pescoço e tórax são as partes do corpo que inicialmente sofrerão a ação da transformação putrefativa. ➢ 1 mês após a morte o cadáver apresenta pele pardacenta ou amarelada. ➢ LOCAL DO AFOGAMENTO ✓ Nem sempre o local de onde é retirado o cadáver corresponde ao lugar onde se verificou o afogamento. ✓ Necessita-se de estudo geológico e do plâncton por levantamento microscópico. ✓ Observação criteriosa da marcha putrefativa do cadáver, da temperatura da água e das correntes aquáticas (superficiais ou profundas). ➢ ENFORCAMENTO ➢ Caracteriza-se pela interrupção do ar atmosférico até as vias respiratórias, por constrição do pescoço por um laço de nó corredio, em ponto fixo, agindo o próprio peso do corpo da vítima como força ativa. ➢ É mais comum nos suicídios, mas podendo ter como causa o acidente, o homicídio e a execução judicial. ✓ ENFORCAMENTO - MECANISMOS ✓ Suspenção Típica ou completa é aquela em que o corpo fica totalmente sem tocar em qualquer ponto de apoio. ✓ Suspenção Atípica ou incompleta se é apoiado pelos pés, joelhos ou outra parte qualquer do corpo. ✓ Quando há queda longa (mínimo ± 1,5m de altura) - a morte em geral é decorrente da fratura da coluna cervical. ✓ Quando não há queda longa (não há fratura) - a morte por enforcamento não sobrevém logo, levando geralmente 5 a 10 minutos, como as demais formas de asfixia. Entretanto a perda de consciência é rápida, em cerca de 10 segundos. Dois mecanismos combinados, o vascular e o respiratório, resultam na morte, sendo o mais importante o vascular, quando o laço impede a chegada e o retorno do sangue à cabeça. ➢ ENFORCAMENTO – EVOLUÇÃO ✓ A morte pode surgir rápida ou tardiamente, dependendo das lesões locais ou a distância. 1. Fenômenosapresentados durante o enforcamento – três períodos: a. Período Inicial – o corpo, abandonado e pela ação do próprio peso, leva, pela constrição do pescoço, à sensação de calor, zumbidos, sensações luminosas visuais e pera da consciência. b. Segundo período – caracteriza-se pela convulsões e excitabilidade corporal. c. Terceiro período – surgem os sinais de morte aparente, até a morte real, com a cessação da respiração e da circulação. 2. Fenômenos de Sobrevivência Alguns morrem logo após serem retirados com vida, sem voltar a consciência; outros, mesmo recobrando a consciência, tornam-se fatais algum tempo depois e existem aqueles que sobrevivem, acompanhados de uma ou outra desordem. 3. Tempo necessário para a morte no enforcamento Varia de acordo com certos aspectos pessoais e circunstanciais, podendo ser rápida – por inibição, ou demorar cerca de cinco a dez minutos. ➢ ASPECTO GERAL DO CADÁVER ✓ Cabeça voltada para o lado contrário do nó ✓ Face branca ou arroxeada ✓ Espuma sanguinolenta em boca e narinas ✓ Língua cianótica e projetada para fora ✓ Pavilhão auricular violáceo ✓ Olhos deslocados para frente (protrusos) ✓ Sangue secretado pelo canal auditivo externo (otorragia) ocasional ✓ Posição dos membros típica – estendidos ao longo do corpo ✓ Manchas de hipóstase na metade inferior do corpo ✓ Equimoses post-mortem ➢ SINAIS EXTERNOS ✓ Sulco típico (oblíquo de baixo para cima e de diante para trás) ✓ A Marca do sulco é variável segundo a região do pescoço ✓ O sulco pode ser interrompido ou não (pelo nó) ✓ Profundidade e coloração variáveis ➢ SINAIS EXTERNOS ✓ Lesões da parte profunda da pele e tela subcutânea ✓ Lesões dos vasos ✓ Lesões do aparelho laríngeo (fraturas de catilagens tireóide, cricóide) ✓ Lesões de osso hióide ✓ Lesões da coluna vertebral ➢ ESTRANGULAMENTO ✓ A morte se dá pela constrição do pescoço por um laço acionado por uma força estranha, externa, obstruindo a passagem de ar aos pulmões, interrompendo a circulação do sangue ao encéfalo e comprimindo os nervos do pescoço. ✓ Sulco horizontal, de profundidade uniforme, não interrompido. ✓ NATUREZA JURÍDICA: Principalmente em homicídios e no infanticídio. ✓ Diferenciação com o enforcamento: O sulco no pescoço é horizontal, uniforme em toda a periferia do pescoço e contínuo. O sulco é situado abaixo da cartilagem tireóide. ✓ Pode haver múltiplos sulcos (enrolamento de uma corda). ➢ ESGANADURA ✓ Se verifica pela constrição do pescoço pelas mãos obstruindo a passagem do ar pela vias respiratórias até os pulmões. ✓ Usual em crimes de natureza sexual, como estupro, atentado violento ao pudor etc. ✓ É sempre de natureza homicida. ✓ A esganadura vem quase sempre acompanhada de outras lesões traumáticas externas como equimoses ao redor da boca e escoriações no corpo da vítima decorrentes da luta para tentar se libertar(lesões de defesa)do agressor. ✓ Sinais externos locais - são os deixados pelas unhas do agente, denominados de ESTIGMAS UNGUEAIS, podendo aparecer em ambos os lados do pescoço ou somente em um, dependendo da mão utilizada pelo algoz. ✓ Sinais locais profundos - infiltrações hemorrágicas das estruturas profundas do pescoço e lesões do aparelho laríngeo por fraturas de cartilagens, como a tireoide e cricóide e também do famoso osso hioide.
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