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ASMA ESTÁVEL DEFINIÇÃO Prevalência de 20 milhões com 350.000 internações por ano No mundo a prevalência é de 5% Bronquite + bronquiolite processo inflamatório da via aérea + Limitação variável do fluxo aéreo + Variabilidade sintomática • Espessamento da parede acompanhado de secreção e gerando redução da luz da via aérea FISIOPATOLOGIA • Reação de hipersensibilidade tipo 1 Linfócito Th 1 e 2 Interleucinas 4 e 5 Leucotrienos IgE Eosinófilos FATORES DE RISCO GENÉTICOS 1. Asma / chiado na infância – 1/3 das crianças que tiveram melhoram e voltam a ter quando adultas 2. Outras doenças alérgicas Rinite alergia – 3,5 mais chances de ter 3. História familiar TABAGISMO RR 1,43 mais chances – ver a carga tabágica do paciente Paciente com carga tabágica abaixo de 20 anos tem menor chance de ter DPOC então pensa-se em asma OBESIDADE Mais difícil de tratar OCUPACIONAIS Produtos asmogênicos PIORADO COM GATILHOS Ambientais Poeira, ácaros, mofo, insetos, pelos de animais, cosméticos, produtos de higiene doméstica, fumaças Alimentares Leite, frutos do mar, etc. Sintomas de vias aéreas superiores Pode provocar a inflamação da via aérea inferior Esforço físico, riso Outros DIAGNÓSTICO Avaliar a variabilidade sintomática + limitação variável do fluxo aéreo VARIABILIDADE SINTOMÁTICA QUADRO CLÍNICO 1. Quadro típico (diagnostico clinico) = TOSSE, chiado, dispneia, opressão/desconforto torácico Pioram com gatilhos ou período da manhã/noite Exame físico = normal / sibilos e sinais de hiperinsuflação 2. Tosse variante – paciente só apresenta tosse 3. Asma induzida pelo esforço físico – paciente tem como gatilho exclusivo o esforço físico 4. Asma intermitente – poucas vezes por ano ocorrem os sintomas, “leve” 5. Asma cardíaca – quadro de edema nas paredes dos brônquios e bronquíolos LIMITAÇÃO VARIÁVEL DO FLUXO AÉREO Exames complementares ESPIROMETRIA COM PROVA BRONCODILATADORA 1. Obstrução com prova broncodilatadora positiva VEF1 / CVF < 0,7 ou abaixo do LIN Aumento no VEF1 > ou igual 12% + 200 Ml 2. Normal ou redução isolada CVF PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO (PFE) Variabilidade diária: 20% TESTE DE BRONCOPROVOCAÇÃO Espirometria com substancias broncoconstritoras TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO Evitar gatilhos FARMACOLÓGICO Pacientes em estágio 1 e 2 de asma são medicados com corticoide atualmente O corticoide inalatório deve ser usado em todas as etapas Todo paciente deve ter medicação de controle X medicação de alivio • Controle – paciente usa no dia a dia com objetivo de utilizar somente esta medicação • Alivio – alivio imediato, casos de exacerbação; uso de beta-agonistas de início de ação rápido 2 opções = longa ação (formoterol) ou curta ação Não associar dois beta-agonistas de longa com ações diferentes O tratamento habitual possui 5 steps 1° STEP Paciente com sintomas muito espaçados Controle – não usa Alivio – formoterol + corticoide inalatório O formoterol faz a função de alivio e o corticoide desinflama 2° STEP Controle – CI dose baixa para uso diário Alivio – formoterol + CI 3° STEP Se paciente não controlado Controle – CI dose baixa + B2 longa Alivio – B2 curta ou formoterol + CI Preferir usar o formoterol + CI; ver qual B2 longa o paciente está utilizando como controle, dependendo não pode receitar formoterol 4° STEP Controle – CI dose média + B2 longa Alivio – B2 curta ou formoterol + CI Lembrar de ver o B2 longa de controle 5° STEP Controle – CI dose alta + B2 longa Alivio – B2 curta ou formoterol + CI Talvez fazer escolhas diferentes destas nessa fase OUTRAS OPÇÕES PARA CONTROLE DA ASMA Antileucotrienos – Montelucaste • Polipose nasal • Sensibilidade a AINE (não esteroidal) – paciente usou nimesulida e teve crise asmática Anticolinérgico de longa ação – Tiotrópio • Asma não eosinofilica ou não alérgica Quando paciente chega no estágio 4-5 tenta-se pesquisar o perfil do paciente asmático através da quantidade de eosinófilos que ele tem no sangue e/ou escarro e também se tem reações alérgicas exacerbadas por teste cutâneo ou dosagem de imunoglobulina E Se não detectar – paciente asmático neutrofilico – mais se beneficia do tiotrópio Azitromicina 3x/semana • Exacerbações asmáticas apesar de bom controle – de tempos em tempos a crise asmática aparece • Bronquiectasias Omalizumabe • IgE total ou especifico aumentado • Teste cutâneo alérgico Novos imunobiologicos • Eos > 150 ou 300 // Eos > 3% Corticoide oral diário (prednisona) • Terapia de transição até definição de tratamento definitivo AVALIAÇÃO DO CONTROLE DA DOENÇA Questionário GINA (nas últimas 4 semanas...) Sintomas diurnos > 2x/semana? Algum despertar noturno devido à asma? Uso de medicação de resgate > 2x/semana? Limitação de alguma atividade devido à asma? “ SIM “ para: 0. Questões bem controlada 1. Ou 2 questões parcialmente controlado 3 ou 4 questões mal controlada Verificar a técnica inalatória Orientação e correção dos gatilhos Caso controlada realizar ajuste terapêutico e também, tentar reduzir a medicação CLASSIFICAÇÃO STEP 1 – asma leve (intermitente) STEP 2 – asma leve STEP 3 – asma moderada STEP 4 OU 5 – asma de difícil tratamento / grave requer tratamento com especialista CRISE ASMÁTICA DEFINICÃO Piora dos sintomas asmáticos além da variabilidade diária da doença CAUSAS • Idiopáticas/virais • Pós exposição • IVAS (sinusite etc.) • Bacterianas – não são comuns GRAVIDADE Leve a moderada PFE (pico de fluxo expiratório – máximo de ar que paciente consegue expirar) > 50% Frases longas, não agitado, pouco esforço Grave PFE < 50% Fala entrecortada, agitado, FR > 30 irpm, esforço, sat < 90% Ameaçadora à vida / quase fatal VNI (ventilação) / retenção de CO2 (gasometria arterial) / carbonarcose IOT Fatal TRATAMENTO • Seguir plano de ação da asma Paciente deve conseguir lidar com própria crise Caso não consiga: ATAQUE DE BRONCODILATAÇÃO (3X DE 20/20MIN) Beta-agonista de curta ação e anticolinérgico de curta ação a partir do grave O2 SUPLEMENTAR Quando paciente com dessaturação, objetivo 93-95% CORTICOTERAPIA Prednisona 40 a 60mg (0,5mg/kg/dia) por via oral 7 dias SULFATO DE MG 2g em 20 min (infusão única) Só em crise grave quando paciente não responde à broncodilatação SE PACIENTE NÃO MELHORAR MESMO ASSIM: Não se sabe se ventilação não invasiva melhora realmente a crise asmática então tenta se fazer mas fica- se atento Se precisar – ventilação invasiva CRITÉRIOS DE ALTA APÓS A CRISE • Sintomas melhorados • Sem necessidade de B-agonista curta • PFE em melhora e/ou > 60/80% do previsto para o paciente • Saturação normal • Terapia basal instituída e aprendida (técnica inalatória) • Corticoterapia oral pelo período programado
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