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Pesquisa_Metodos_2019_new

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1
A pesquisa e os métodos científicos
Pesquisa e Métodos
As qualificações do pesquisador
REFLEXÃO:
“Os que se encantam com a prática sem a ciência são como os 
timoneiros que entram no navio sem timão nem bússola, nunca 
tendo certeza do seu destino”.
Leonardo da Vinci”
2
As qualificações do pesquisador
Alguns atributos pessoais são desejáveis para você ser um 
bom pesquisador. Para Gil (1999), um bom pesquisador precisa, 
além do conhecimento do assunto, ter curiosidade, criatividade, 
integridade intelectual e sensibilidade social. São igualmente 
importantes a humildade para ter atitude autocorretiva, a 
imaginação disciplinada, a perseverança, a paciência e a confiança 
na experiência.
O sucesso como pesquisador está vinculado, à sua 
capacidade de captar recursos, enredar pessoas para trabalhar em 
sua equipe e fazer alianças que proporcionem a tecnologia e os 
equipamentos necessários para o desenvolvimento de sua 
pesquisa. Quanto maior for o seu prestígio e reconhecimento, obtido 
pelas suas publicações, maior será o seu poder de persuasão e 
sedução no processo de fazer aliados.
Pesquisar é:
 Informar-se a respeito de; empregar meios 
para se chegar ao conhecimento da verdade; 
busca, indagação, investigação.
 É a atividade básica da ciência
 A descoberta científica da realidade
 É a própria geração do conhecimento
 É a atividade científica pela qual descobrimos 
a realidade.
3
Pesquisa é
 Um fenômeno de busca de conhecimento 
constituído de aproximações sucessivas e 
nunca esgotado; ou seja, não é uma situação 
definitiva diante da qual já não haveria mais o 
que descobrir.
 Pesquisar significa, de forma bem simples, 
procurar respostas para indagações 
propostas.
Conceitos de pesquisa
 Minayo (1993, p. 23), vendo por um prisma mais filosófico, considera a 
pesquisa como “atividade básica das ciências na sua indagação e 
descoberta da realidade. É uma atitude e uma prática teórica de 
constante busca que define um processo intrinsecamente inacabado e 
permanente. É uma atividade de aproximação sucessiva da realidade 
que nunca se esgota, fazendo uma combinação particular entre teoria e 
dados”.
 Demo (1996, p. 34) insere a pesquisa como atividade cotidiana 
considerando-a como uma atitude, um “questionamento sistemático 
crítico e criativo, mais a intervenção competente na realidade, ou o 
diálogo crítico permanente com a realidade em sentido teórico e prático”.
4
+ Conceitos
 Para Gil (1999, p. 42), a pesquisa tem um caráter pragmático, é 
um “processo formal e sistemático de desenvolvimento do 
método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é 
descobrir respostas para problemas mediante o emprego de 
procedimentos científicos”.
 Pesquisa é um conjunto de ações, propostas para encontrar a 
solução para um problema, que têm por base procedimentos 
racionais e sistemáticos. A pesquisa é realizada quando se tem 
um problema e não se tem informações para solucioná-lo.
Propósito da Pesquisa
 Estudar o mundo físico;
 Estudar a complexidade das coisas para 
melhor entendê-las dentro do seu 
funcionamento;
 Estudar, analisar, registrar, interpretar e 
descrever os fatos;
 Explicar os fatos e identificar suas causas;
5
Pesquisa é:
 A realização concreta de uma investigação planejada e 
desenvolvida de acordo com as normas consagradas pela 
metodologia científica. 
 Metodologia científica entendida como um conjunto de etapas 
ordenadamente dispostas que você deve vencer na investigação 
de um fenômeno. Inclui a escolha do tema, o planejamento da 
investigação, o desenvolvimento metodológico, a coleta e a 
tabulação de dados, a análise dos resultados, a elaboração das 
conclusões e a divulgação de resultados.
 Realizar uma pesquisa com rigor científico pressupõe que você 
escolha um tema e defina um problema para ser investigado, 
elabore um plano de trabalho e, após a execução operacional 
desse plano, escreva um relatório final e este seja apresentado 
de forma planejada, ordenada, lógica e conclusiva.
Fases de uma Pesquisa
 1 – Definição do objeto
 2 – Realização de pesquisa exploratória
 3 – Formulação de problema
 4 – Elaboração do quadro teórico de referência
 5 – Definição da metodologia
 6 – Pesquisa bibliográfica e planejamento
 7 – Pré-testes, correção, registro e tratamento dos dados
 8 – Avaliação dos materiais coletados e tratados
 9 – Formulação do índice
 10 – Elaboração do relatório, desenvolvimento e seções 
complementares
 11 – Digitação e revisão do conteúdo e da forma
 12 – Encadernação, entrega e defesa oral dos resultados da 
pesquisa.
6
Quantitativo X Qualitativo
 Quantitativo: rigor, busca de mais controle 
científico, generalização, comparação, 
representatividade, quantidade, estatísticas.
 Qualitativo: reconhecimento da subjetividade 
do pesquisador, objetivação, profundidade, 
compreensão do significado, particularização, 
descrição densa, intensidade, flexibilidade e 
criatividade na coleta e análise dos dados
Natureza da Pesquisa
“É muito difícil que haja alguma pesquisa totalmente 
qualitativa, da mesma forma que é altamente 
improvável existir alguma pesquisa completamente 
quantitativa” (Appolinário, 2006, p. 59).
Segundo Firestone (1987), as pesquisas diferem em 
quatro quesitos básicos:
Pressuposição básica
Objetivo
Abordagem
Papel do pesquisador
7
Natureza da Pesquisa
Quesito Pesquisa quantitativa Pesquisa qualitativa
Pressuposição 
básica
A realidade é constituída de 
fatos objetivamente 
mensuráveis
A realidade é 
constituída de 
fenômenos socialmente 
construídos
Objetivo Determinar as causas dos 
fatos
Compreender melhor 
os fenômenos
Abordagem
Experimental Observacional
Papel do 
pesquisador Imparcial e neutro
Participante não-neutro 
do fenômeno
Tendências das pesquisas
Pesquisas 
preponderantemente 
quantitativas
Pesquisas 
preponderantemente 
qualitativas
Coleta de variáveis predeterminadas
Nem sempre trabalham com o 
conceito de variáveis; quando o 
fazem, nem sempre elas são 
predeterminadas
Análise dos dados normalmente 
realizada por meio da estatística
Análise subjetiva dos dados
8
Características das pesquisas
Pesquisas 
preponderantemente 
quantitativas
Pesquisas 
preponderantemente 
qualitativas
Alto índice de generalização Possibilidade de generalização baixa ou 
nula
Comum principalmente nas ciências 
naturais
Comum principalmente nas ciências 
sociais
Principal desvantagem: perda de 
informação
Principal desvantagem: alta dependência 
da subjetividade do pesquisador
O pesquisador assume um papel mais 
neutro em relação ao objeto de estudo
O pesquisador envolve-se 
subjetivamente tanto na observação 
como na análise do objeto de estudo
Pesquisa Básica x Aplicada
 Pesquisa Básica (fundamental) está mais 
ligada ao incremento do conhecimento 
científico sem quaisquer objetivos comerciais.
 Pesquisa Aplicada é suscitada por objetivos 
comerciais e está voltada ao desenvolvimento 
de novos processos ou produtos orientados 
para as necessidades de mercado.
9
Pesquisa Descritiva X Experimental
 Pesquisa descritiva busca descrever
uma realidade, sem nela interferir.
 Pesquisa experimental busca explicar
as causas de determinado evento, 
manipulando deliberadamente algum 
aspecto dessa realidade.
Como classificar as pesquisas?
 Com base em seus objetivos
 Com base em seus procedimentos
técnicos
10
Classificação com base em seus
OBJETIVOS:
Pesquisas EXPLORATÓRIAS
Pesquisas DESCRITIVAS
Pesquisas EXPLICATIVAS
Pesquisas EXPLORATÓRIAS
Proporcionar maior familiaridade com o problema para
deixá-lo mais explícito.
Planejamento bastante flexível (levar em consideração os
diferentes aspectos relativos ao fato a ser estudado).
Na maioria dos casos, envolvem:
a) levantamento bibliográfico;
b) entrevistas com pessoas experientes com o problema
a ser pesquisado;
c) análise de exemplos que “estimulem a
compreensão”.
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA OU ESTUDO DE CASO
11
Pesquisas DESCRITIVAS
Descreveras características de
determinada população ou fenômeno ou,
então, o estabelecimento de relações
entre as variáveis.
Utilização de técnicas padronizadas de
coletas de dados (e.g. questionários e a
observação sistemática).
Pesquisas DESCRITIVAS (cont.)
 Estudar as características de um
determinado grupo;
 Estudar o nível de atendimento...;
 Estudar as condições...;
 Estudar índices de...;
 Levantar opiniões, atitudes e crenças;
 Identificar a existência de relações
entre...
12
Pesquisas DESCRITIVAS (cont.)
Exploratórias
(determinar a natureza da relação entre...)
DESCRITIVAS
(proporcionar uma nova visão do problema)
Explicativas
Pesquisas EXPLICATIVAS
 Identificar os fatores que determinam ou que
contribuem para a ocorrência dos fenômenos.
APROFUNDA O CONHECIMENTO DA 
REALIDADE
EXPLICA A RAZÃO, O PORQUÊ DAS COISAS
13
Pesquisas EXPLICATIVAS
 Nas ciências sociais: muitas
dificuldades encontradas (método
experimental), por isso se recorre ao
observacional.
 Uma saída seria a utilização de
pesquisas chamadas de “quase
experimentais” (elevado – e não total –
grau de controle).
Temporalidade da pesquisa:
Longitudinal x Transversal
 Pesquisa longitudinal  tem relação 
com a temporalidade e seus dados são 
muito precisos.
Ex. Entrevista os mesmos alunos em três anos diferentes.
 Pesquisa transversal  possui a 
vantagem de ter o tempo de realização 
bem curto, embora o grau de 
fidedignidade seja menor do que na 
outra opção.
Ex. Entrevista os alunos de cada turma.
14
Tipos de Pesquisa
TAXIONOMIA DE GIL (2007)
Segundo Gil (2007), a pesquisa pode ser classificada
quanto aos objetivos e quanto aos procedimentos
técnicos:
Quanto aos 
objetivos: 
Quanto aos procedimentos 
técnicos:
Exploratória;
descritiva e explicativa
Bibliográfica; documental;
experimental; levantamento;
estudo de campo; estudo de
caso; pesquisa-ação.
Tipos de Pesquisa
 A pesquisa exploratória é realizada a respeito de um
problema ou questão de pesquisa quando há poucos ou
nenhum estudo anterior em que se possa procurar
informações sobre a questão ou o problema. O objetivo
desse tipo de estudo é buscar padrões, ideias ou
hipóteses, em vez de testar ou confirmar uma hipótese.
 A pesquisa descritiva visa descrever o comportamento
de fenômenos. É utilizada para identificar e obter
informações sobre as características de um determinado
problema ou questão.
 A pesquisa explicativa busca encontrar explicações
para os fenômenos e comportamentos observados.
15
Tipos de Pesquisa
Pesquisa bibliográfica: quando elaborada a partir de material já
publicado, constituído principalmente de: livros, revistas, publicações
em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias,
dissertações, teses, etc.
Pesquisa documental: a pesquisa documental, devido a suas
características, pode ser confundida com a pesquisa bibliográfica. Gil
(2008) destaca como principal diferença entre esses tipos de pesquisa
a natureza das fontes de ambas as pesquisas.
Pesquisa experimental: quando determinamos um objeto de estudo,
selecionamos as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo,
definimos as formas de controle e de observação dos efeitos que a
variável produz no objeto.
Tipos de Pesquisa
 Levantamento ou survey: é a interrogação direta das pessoas
cujo comportamento se deseja conhecer. Procede-se à solicitação
de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do
problema estudado para, em seguida, mediante análise
quantitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos dados
coletados.
 Estudo de Campo: procura o aprofundamento de uma realidade
específica. É basicamente realizada por meio da observação direta
das atividades do grupo estudado e de entrevistas com
informantes para captar as explicações e interpretações do
ocorrem naquela realidade.
16
Tipos de Pesquisa
 Estudo de Caso: consiste no estudo profundo e
exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que
permita seu amplo e detalhado conhecimento.
 Pesquisa - Ação: um tipo de pesquisa com base
empírica que é concebida e realizada em estreita
associação com uma ação ou com a resolução de um
problema coletivo e no qual os pesquisadores e
participantes representativos da situação ou do
problema estão envolvidos de modo cooperativo ou
participativo.
INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE COLETA, 
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS
QUESTIONÁRIO (tipos de perguntas)
 Descritivas: onde o objetivo é descrever o perfil das
pessoas participantes da pesquisa como renda, idade,
escolaridade e profissão;
 Comportamentais: que têm como propósito conhecer
o comportamento dessas pessoas como padrão de
consumo, de comportamento social, econômico e
pessoal, dentre outros;
 Preferenciais: que buscam avaliar a opinião de
alguma condição ou circunstância que tem relação
com a problemática da pesquisa.
17
INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE COLETA, 
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
QUESTIONÁRIO (tipos de perguntas)
 Nas perguntas com respostas abertas os entrevistados expõem
suas opiniões escrevendo ou falando.
 Já nas perguntas com respostas fechadas o entrevistado
escolhe respostas [verbalmente ou assinalando graficamente]
dentre as opções oferecidas. As perguntas fechadas podem ser:
dicotômicas: sim/não, concordo/discordo, faço/não faço,
aprovo/desaprovo;
escolha múltipla: onde o respondente escolhe uma alternativa ou
um número limitado de opções, ou por qualquer número de opções
de respostas; e
escala de intervalo: ordena os objetos de acordo com o grau em
que possuem um dado atributo e os intervalos ao longo da escala
são iguais.
Tipos de 
escalas
Comparativa
Comparação 
de pares
Ranqueamen
to
Soma 
constante
Outras 
opções
Não 
comparativa
Escalas de 
pontos
Osgood
Stapel
Likert
Phrase
completion
Escalas 
contínuas
Escalas de Verificação
18
Escala de diferencial semântico (Osgood)
Escala de diferencial semântico (Osgood)
19
Escala de diferencial semântico (Osgood)
Escala de diferencial semântico (Osgood)
20
Escala de diferencial semântico (Osgood)
Escala de diferencial semântico (Osgood)
21
Escala de Stapel
Escala de Likert
22
Escala de Likert
Escala de Likert
23
Escala phrase completion
1. Escolha forçada;
2. Número de pontos;
3. Forma de apresentação;
4. Ideia de denominação de pontos.
Decisões Diversas sobre as 
Escalas de Verificação 
24
1. Comparação de pares: Seleção de um 
conjunto de objetos que são apresentado aos 
pares e o respondente os compara, 
escolhendo o preferido. 
2. Ranqueamento: Apresenta objetos ou 
atributos de objetos, solicitando que o 
respondente os ordene colocando uma ordem 
de importância.
Escalas Comparativas
3. Soma constante: Similar ao ranqueamento, 
mas o respondente deve ponderar a 
importância de cada atributo, onde a soma 
das ponderações some-se em 100. 
Escalas Comparativas
25
O certo e o errado dos questionários
 Certifique-se de que as 
perguntas não sejam 
tendenciosas
 Faça perguntas simples
 Faça perguntas específicas
 Evite jargões
 Evite palavras sofisticadas
 Evite palavras ambíguas
 Evite perguntas que incluam 
uma negação
Evite perguntas hipotéticas
Não use palavras de som ambíguo
Use faixas de valores para 
perguntas delicadas
Certifique-se de que as múltiplas 
escolhas não se sobreponham
Inclua o item “outros” em perguntas 
com respostas predefinidas
Tipos de pergunta – Dicotômica
Para programar esta viagem, você ligou 
pessoalmente para a TAM? 
 Sim  Não
26
Tipos de pergunta – Múltipla escolha
Com quem você está viajando neste voo? 
 Ninguém
 Cônjuge
 Cônjuge e filhos
 Apenas filhos
 Colegas de trabalho/Amigos/Parentes
 Estou participando de uma excursão
Tipos de pergunta – Escala Likert
As companhias aéreas menores geralmente oferecem melhores 
serviços que as grandes. 
 Discordo totalmente
 Discordo
 Não concordo nem discordo
 Concordo
 Concordo totalmente
27
Tipos de pergunta – Diferencial 
semântico
TAM
Pequena……………………………...……………..…….GrandeInexperiente………………….………….………...….Experiente
Antiquada………………………..…………...……...….Moderna
Tipos de pergunta – Escala de 
importância
Para mim, a comida servida a bordo é 
_________: 
 Totalmente importante
 Importante
 Indiferente
 Sem importância
 Totalmente sem importância
28
Tipos de pergunta – Escala de 
classificação
A comida servida pela TAM é ________. 
 Ótima
 Boa
 Regular
 Ruim
 Péssima
Tipos de pergunta – Escala de 
intenção
Se um serviço de Internet a bordo estivesse disponível em um voo 
longo, eu __________:
 Extremamente Improvável
 Improvável
 Indiferente
 Provável
 Extremamente Provável
29
Tipos de pergunta – Completamente 
não estruturada
Qual sua opinião sobre a TAM?
INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE COLETA, 
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
Entrevista
 A entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim
de que uma delas obtenha informações a respeito de
determinado assunto (LAKATOS; MARCONI, 1991).
ESTRUTURADA SEMIESTRUTURADA NÃO ESTRUTURADA
30
Uma Classificação dos Processos de 
Pesquisas Qualitativa
Sessão de grupo de foco
31
Características de discussões em 
grupo
Tamanho do grupo 6 a 10 pessoas
Formação do grupo Homogêneo, 
entrevistados pré-selecionados
Ambiente físico Calmo e informal
Duração 1 a 3 horas
Registro Uso de áudio e/ou vídeo
Moderador É fundamental ter 
capacidade de observação,
de relacionamento interpessoal e
de comunicação
Procedimento para Planejar e Conduzir 
Discussão em Grupo
Especificar os objetivos da Pesquisa 
Qualitativa
Desenvolver o esboço do moderador
Conduzir a Entrevista da Discussão em 
Grupo
Rever as gravações e analisar os dados
Relatar os achados e planejar o 
acompanhamento da pesquisa
Estabelecer Objetivos/Perguntas a serem respondidas na 
Discussão em Grupo
Modelar um questionário mental
32
Vantagens dos Grupos de Discussão
1. Sinergismo
2. Efeito bola-de-neve
3. Estimulação
4. Segurança
5. Espontaneidade
6. Especialização
7. Rapidez
Desvantagens dos Grupos de 
Discussão
1. Mal uso
2. Mal julgamento
3. Confusão nas 
discussões
4. Pouca 
representatividade
33
Técnica de Pesquisa em Profundidade
São conversas levemente estruturadas 
com indivíduos escolhidos do público-
alvo. Duram aproximadamente 30 
minutos a mais de 1 hora e tentam 
descobrir os motivos básicos, os 
preconceitos e as atitudes em relação 
as questões delicadas. 
Aplicações das Entrevistas em 
Profundidade
 Investigação detalhada do entrevistado
 Discussão de tópicos confidenciais, delicados ou embaraçosos 
(finanças pessoais)
 Situações em que existem rígidas normas sociais e o 
entrevistado pode ser facilmente influenciado pela resposta do 
grupo
 Compreensão detalhada de comportamento complicado
 Entrevistas com profissionais da área
 Entrevistas com concorrentes, que provavelmente não revelarão 
as informações em um ambiente grupal
 Situações em que a experiência que é, por natureza, sensorial, 
afetando estado de humor e emoções.
34
Definição de Técnicas Projetivas
 Uma forma não-estruturada, indireta de 
questionamento que enconrajam o 
entrevistado a projetar suas motivações, 
suas crenças, suas atitudes ou seus 
sentimentos básicos a respeito dos 
assuntos em questão, respondendo às 
situações vagas e ambíguas de estímulo. 
 Os respondentes são solicitados a 
interpretarem o comportamento dos 
outros, fazendo com que eles possam 
projetar suas próprias motivações, 
crenças, atitudes ou sentimentos naquela 
situação.
Associação de Palavras
É a mais conhecida de 
todas e o entrevistado 
recebe uma lista de 
palavras, uma por vez, e 
lhe é pedido que 
responda a cada uma 
delas com a primeira 
que lhe vier à mente.
35
Tipos de pergunta – Associação de 
palavras
Técnica de Conclusão
As Técnicas de conclusão são uma extensão natural das técnicas de 
associação, gerando mais detalhes sobre as crenças e os sentimentos 
básicos do indivíduo. É pedido que o entrevistado complete uma 
sentença, um parágrafo ou uma história. Na conclusão, o entrevistado 
recebe sentenças que precisa completar. Geralmente se pede a primeira 
palavra ou frase que lhe venha à mente.
Uma pessoa que usa uma camisa Lacoste é ________________
Quando comparadas com a camisa Polo e Tommy Hilfiger, as camisas 
Lacoste são __________________________________
As camisas Lacoste são as preferidas dos _________________________
Quando penso nas camisas Lacoste, eu ___________________
O entrevistado completa o parágrafo através de um estímulo.
36
Tipos de pergunta – Complemento de 
frase
Quando escolho uma companhia aérea, o que mais
pesa na minha decisão é
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
________________________.
Tipos de pergunta – Complemento de 
história
“Voei pela TAM há alguns dias. Notei que as 
poltronas estavam revistidas com material que 
ostentava cores muito vivas. Isso suscitou os 
seguintes pensamentos e sentimentos em mim…” 
(Agora complete a história.)
37
Técnica de Construção
As Técnicas de Construção faz com que o entrevistado, elabore 
respostas para fotos ou quadrinhos. Pessoas ou objetos são 
retratados e pede-se que o entrevistado escreva uma história 
descritiva, um diálogo ou uma descrição. A análise das respostas 
tenta identificar temas que reflitam a interpretação perceptual do 
indivíduo sobre as fotos. A descrição revela os valores básicos, 
as atitudes e as crenças do entrevistado. 
Nos testes de quadrinhos, desenhos livres, altamente estilizados, 
são usados para eliminar referências a roupas, expressões faciais 
e até mesmo o sexo dos personagens. Pede-se que o 
entrevistado complete os diálogos que atribuiria aos 
personagens dos quadrinhos. Essas técnicas geralmente pedem 
respostas verbais dos personagens dos quadrinhos e 
pensamentos não falados.
Teste de Quadrinhos
38
Tipos de pergunta – Complemento de 
figura
Vantagens das Técnicas Projetivas
Extraem respostas que os sujeitos 
não estão dispostos a dar ou não 
conseguiriam dar se soubessem o 
propósito do estudo.
Aumentam a validade das respostas, 
disfarçando o propósito.
Operam em um nível subconsciente. 
39
Desvantagens das Técnicas Projetivas
 Requerem entrevistadores altamente 
treinados e habilidosos para analizar as 
respostas.
 Há um sério risco de interpretação 
tendenciosa. 
 Tende a ser cara. 
 Os entrevistados se envolvem em um 
comportamento incomum. 
INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE COLETA, 
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
Observação
 A observação é uma técnica científica que utiliza o
sentido visual para obter informações da realidade.
Como diz Triviños (1987), não é simplesmente olhar,
mas destacar em um conjunto objetos, pessoas,
animais, algo específico, prestando atenção em suas
características, como cor, aroma, tamanho, dentre
outras.
 Esta é a única técnica utilizada na pesquisa social que
capta diretamente o fenômeno sem a intermediação de
um documento ou de um interlocutor.
40
INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE COLETA, 
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
Tipos de observação
 Observação assistemática: é aquela que segue os objetivos
da pesquisa sem se ater a um plano específico e rígido. Não
estruturada.
 Observação sistemática: apresenta uma estrutura
predeterminada e segue um plano específico na sua aplicação.
Observação estruturada.
 Observação participante: o observador “assume, pelo menos
até certo ponto”, dizem Selltiz et al. (1972, p. 232), o papel de
um membro do grupo e participa de sua atuação.
 Observação não participante: aqui o pesquisador atua como
espectador atento, dizem Richardson et al. (2007). É uma
técnica indicada para estudos exploratórios (SELLTIZ et al.,
1972; RICHARDSON et al., 2007).
Métodos de Observação
Observação Estruturada versus Não-Estruturada
 Observação: Registro,de forma sistemática, dos 
padrões de comportamento das pessoas, objetos e 
eventos, para obter informações sobre o fenômeno 
de interesse.
 Observação Estruturada: Técnica de observaçào 
em que o pesquisador define claramente os 
comportamentos a serem observados e os métodos 
pelos quais serão avaliados, ou medidos. 
 Na Observação Não-Estruturada, o observador 
monitora todos os aspectos do fenômeno que 
parecem importantes para o problema em foco, 
sem especificar antecipadamente os detalhes – por 
exemplo, observar crianças brincando com novos 
brinquedos. 
41
Métodos de Observação 
Observação Disfarçada versus Não-Disfarçada
 Na Observação Disfarçada, os entrevistados não 
sabem que estão sendo observados. O disfarce 
permite que os participantes se comportem de 
maneira natural: as pessoas tendem a comportar-se 
de modo diferente quando sabem que estão sendo 
observadas. Pode-se obter o disfarce utilizando de 
espelhos transparentes, câmeras ocultas ou 
dispositivos mecânicos indistigüíveis. Os 
observadores podem ser disfarçados como clientes 
ou balconistas.
 Na Observação Não-Disfarçada, os respondentes 
sabem que estão sob observação e análise.
Métodos de Observação 
Observação Natural versus Planejada
 Observação Natural envolve a observação 
do comportamento no ambiente natural. Por 
exemplo, poderíamos observar o 
comportamento do público enquanto 
assistem a um debate político ou comício. 
 Na Observação Planejada, o 
comportamento dos respondentes é 
observado em um ambiente artificial, como 
uma cozinha de teste.
42
Método de Observação 
Observação Mecânica
Estratégia de pesquisa de observação em que 
dispositivos mecânicos, e não humanos, registram o 
fenômeno que está sendo observado.
Não exigem participação direta dos respondentes.
 audiômetro
 portas giratórias
 cameras on-site (fotografia, filme ou video) 
 escaneadores óticos
Exigem envolvimento do respondente. 
 monitores de rastreamento de olho
 pupilômetros
 psicogalvanômetros
 analizadores do tom de voz
 Dispositivos que medem a latência da resposta
Vantagens Relativas da Observação
 Permitem a avaliação do comportamento 
efetivo, ao invés de relatos de um 
comportamento pretendido ou preferido. 
 Não há tendenciosidade de relato, e a 
tendenciosidade potencial causada pelo 
entrevistador e pelo processo de entrevista é 
eliminada ou reduzida. 
 Certos tipos de dados só podem ser 
coletados via observação. 
 Se o fenômeno observado ocorre com 
freqüência ou é de curta duração, os 
métodos observacionais podem custar 
menos e ser mais rápidos do que os 
métodos de pesquisa.
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Desvantagens Relativas da 
Observação
 As razões do comportamento observado não podem ser 
determinadas, porque pouco se sabe dos motivos, crenças, 
atitudes e preferências subjacentes. 
 Percepção seletiva (tendenciosidade na percepção do 
pesquisador) pode tornar os dados tendenciosos. 
 Os dados observacionais em geral exigem tempo e são 
dispendiosos, e é difícil observar certas formas de 
comportameto, tais como atividades pessoais. 
 Em alguns casos, o uso destes métodos observacionais 
pode ser antiético, como no monitoramento do 
comportamento das pessoas sem seu conhecimento ou 
consentimento.
É melhor encarar a observação como um complemento 
dos métodos de survey e não como uma competidora dos 
mesmos.
Construção da metodologia
 Cada pesquisa é única e precisa construir um 
caminho próprio para melhor compreender o 
fenômeno investigado. 
 A metodologia é feita de escolhas do 
pesquisador que deve considerar a relação 
entre o objeto da pesquisa, o problema e seus 
objetivos.
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Métodos científicos
 A investigação científica depende de um “conjunto 
de procedimentos intelectuais e técnicos” (Gil, 1999, 
p.26) para que seus objetivos sejam atingidos: os 
métodos científicos.
 Método científico é o conjunto de processos ou 
operações mentais que se devem empregar na 
investigação. É a linha de raciocínio adotada no 
processo de pesquisa. Os métodos que fornecem as 
bases lógicas à investigação são: dedutivo, indutivo, 
hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico (GIL, 
1999; LAKATOS; MARCONI, 1993).
Diferenças entre método e técnica 
de pesquisa
 Método: sucessão de passos pelos quais se 
descobrem novas relações entre fenômenos que 
interessam a determinado ramo científico. Consiste 
em propor problemas, fazer observações e registrá-
las na busca de analisar o fenômeno e responder às 
questões formuladas, fazer proposições e rever 
conclusões.
 Procedimento ou técnica: recursos diretos e 
imediatos de levantamento e registro de dados nas 
pesquisas. As técnicas são um conjunto de processos 
de que se serve a ciência para efetivar propósitos. 
Sua escolha é determinada pelos objetos, problema, 
tema e propósitos.
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Principais técnicas
 Pesquisa bibliográfica
 Pesquisa documental
 Observação
 Observação participante
 Etnografia
 Questionário
 Formulário
 Entrevista
 História de vida
 História oral
 Grupo focal ou de 
discussão
 Análise de conteúdo
 Análise de discurso
 Rotinas produtivas
Pesquisa Bibliográfica
 Abrange a busca e análise da bibliografia 
tornada pública em relação ao tema de 
estudo, colocando o pesquisador em contato 
direto com o que foi escrito, dito ou filmado 
sobre o assunto.
 Tipos de fontes bibliográficas: imprensa, 
meios audiovisuais, material cartográfico e 
publicações (livros, teses, pesquisas), que são 
encontradas em bibliotecas e veículos 
especializados.
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Pesquisa documental
 Consiste na análise de documentos em 
registros primários e secundários
Registros primários: compilados pelo autor 
(de arquivos públicos ou privados, contratos, 
cartas, etc.) ou feitos pelo autor (fotografias, 
gravações, gráficos etc.)
Registros secundários: Transcritos de 
outras fontes e feitos por outros, como 
relatórios de pesquisa, filmes comerciais etc.;
Observação
 Técnica adequada aos propósitos dos estudos de caso, 
configurando-se em um instrumento oportuno para a 
compreensão do contexto social analisado por permitir o “acesso 
a uma ampla gama de dados, inclusive os tipos de dados cuja 
existência o investigador pode não ter previsto” (BECKER, 1999, 
p. 118). 
 Pode ser simples e espontânea, quando exploratória, mas para 
um melhor aproveitamento precisa ser controlada e 
sistemática, com planejamento cuidadoso do trabalho e o 
registro dos fatos através gravações, anotações, filmagens.
 Permite um contato pessoal e estreito do pesquisador com o 
fenômeno pesquisado, permitindo chegar mais perto da 
“perspectiva dos sujeitos”.
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Observação participante
 Tipo de observação que requer 
participação efetiva do observador no 
grupo investigado, necessitando 
treinamento e presença prolongada.
Etnografia
 Combinação de uma série de elementos, como a prioridade no 
uso de técnicas não diretivas que permitem uma descrição 
detalhada, a busca de reflexividade, e, sobretudo, a 
compreensão dos fenômenos desde a perspectiva de seus 
membros.
 Tríplice acepção de:
Enfoque (busca em analisar os fenômenos desde a aproximação
aos atores sociais; descrição densa ou interpretação)
Método (entrevistas não dirigidas e da observação)
Texto (o produto da análise é um relato textual, de caráter
monográfico, um texto que relaciona a experiência de campo e a
teoria)
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Questionário
 Constitui-se por uma série ordenada de perguntas.
 As respostas são fornecidas pelo informante ou 
pesquisado sem a assistência direta ou orientação do 
investigador. É geralmente enviado pelo correio ou por 
portador (Dificilmente alcançam mais de 20% de 
devoluções).
 Atinge um grande número de pessoas, com objetivo de 
conhecer opiniões dos pesquisados.
 As questões normalmente são fechadas (com opções pré-
definidas) para facilitar a tabulação e devem ser 
elaboradas de forma muito clara e precisa.
Formulário
 É uma lista formal, catálogo ou 
inventário destinado à coleta de dados.
 Elaboradoe aplicado pelo pesquisador, 
que registra no próprio formulário todas 
as respostas ditas pelo entrevistado.
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Entrevistas: conceitos
 Consiste num interrogatório direto do informante ou 
pesquisado pelo pesquisador, durante uma conversa face a face 
orientada para um objetivo definido.
 Caracterizada por ser uma situação social em que o 
entrevistador e o entrevistado interagem, influenciam-se um ao 
outro.
 É um dos procedimentos mais usuais no trabalho de campo.
 Caracteriza-se por uma comunicação verbal que reforça a 
importância da linguagem e do significado da fala. Num outro 
nível, serve como um meio de coleta de informações sobre um 
determinado tema científico.
 Através das entrevistas, podemos obter dados objetivos e
subjetivos.
Entrevista: classificações
Estruturadas: com perguntas previamente formuladas. As 
questões são apresentadas com as mesmas palavras e na 
mesma ordem, sendo as repostas mais facilmente 
comparáveis.
Não estruturadas ou abertas: os entrevistados abordam 
livremente o tema proposto. É importante para a interpretação 
entender como o entrevistado relaciona o tema, o que prioriza 
para falar e como desenvolve seu pensamento. O 
entrevistador pode fazer perguntas para esclarecer e 
aprofundar. 
Semi-estruturadas ou semi-dirigidas: com roteiro de tópicos 
a serem abordados mas receptiva à fala do entrevistado. Há 
temas e sub-temas com perguntas amplas (não específicas), 
que permitem ao entrevistado conectar-se livremente com o 
que é abordado. 
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 Em profundidade: que possibilita um 
diálogo entre entrevistador e informante.
 Projetivas: utiliza recursos visuais 
(quadros, pinturas, fotos) para estimular 
a resposta dos entrevistados.
 Individuais ou coletivas
Entrevista: classificações
Entrevista: variações da técnica
Existem vários tipos de entrevistas diferenciados 
conforme a abordagem, os objetivos e as 
possibilidades de aprofundamento da técnica. Entre 
eles, destacamos a história de vida, a história oral, 
o grupo de discussão.
O bom entrevistador acaba desenvolvendo uma 
variedade da técnica que, para ele, produz os 
melhores resultados, se harmoniza com sua 
personalidade e melhor se adapta aos objetivos da 
pesquisa.
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História de vida
 Técnica capaz de não apenas dar visibilidade a experiências 
de sujeitos plurais, mas também construir formulações 
analíticas mais amplas a partir de trajetórias individuais.
 Permite a recuperação de trajetórias, levando em 
consideração não a busca de um passado contínuo, sem 
rupturas, de indivíduos exemplares, mas justamente as 
especificidades e descontinuidades da vida de cada sujeito 
investigado.
 O objetivo é obter dados sobre determinado indivíduo ou 
instituição em todas as fases de suas existência, buscando 
conhecer o modo de vida e as visões de mundo, sua 
trajetória.
 Perspectiva de passado, presente e futuro.
História Oral
 Técnica que procura resgatar e/ou reconstruir, através da visão 
dos sujeitos envolvidos, um período, evento ou fato histórico.
 Baseada na tomada de depoimentos por meio de entrevistas em 
profundidade, com o objetivo específico de resgatar determinado 
fato ou período histórico.
 O foco não é a trajetória individual (como na história de vida), 
mas no conhecimento ou experiência acerca do que está sendo 
pesquisado.
 Por lidar de forma direta com a memória, exige habilidade por 
parte do entrevistador, que deverá interferir nos momentos 
certos, fazendo com que o entrevistado sinta-se à vontade para 
rememorar o passado, respeitando os os momentos de silêncio.
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Grupo focal ou de discussão
 Técnica de entrevista múltipla em que interessa 
captar tanto os posicionamentos individuais como 
os conflitos e, principalmente, consensos.
 Aplicado a um pequeno grupo reunido com objetivo 
de discutir determinado assunto (imagem de 
produto, recepção de telejornal, impacto de um 
comercial etc.).
 Um moderador coordena o grupo, que deve reunir-
se várias vezes, lançando o tema e os principais 
tópicos para discussão.
Análise de conteúdo e de discurso
 DE CONTEÚDO – A finalidade é descrever 
sistematicamente o conteúdo da 
comunicação, preocupando-se com as ideias 
emitidas a partir de uma visão quantitativa. 
 DE DISCURSO – Leva em conta o contexto 
discursivo e as várias relações nos textos 
analisados. Tem uma preocupação mais 
interpretativa e qualitativa.
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Rotinas produtivas
 Observação e acompanhamento das rotinas de
criação e desenvolvimento de um determinado
produto jornalístico ou publicitário (jornal impresso,
revista, site, campanha).
 Preocupação em descobrir como a equipe de
produção estabelecer relações que influenciam nos
processos de seleção e tomadas de decisões,
conhecendo suas lógicas e estrutura de
funcionamento.
 Permite o conhecimento geral das dinâmicas ligadas à
esfera da produção.
Métodos com Ênfase Qualitativa
 Estudo Exploratório
 Estudo básico para identificação do problema raiz e/ou apoiar
formulação de hipóteses.
 Estudo de Caso
 Foco em fenômenos de características peculiares. Podem utilizar quali
ou quanti.
 Estudo Etnográfico
 Foco em fenômenos de comportamentos e hábitos de grupos e
indivíduos com certa característica. Geralmente longitudinal.
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Métodos com Ênfase Qualitativa
 História Oral
 Estudo de fenômenos baseando-se em depoimentos orais através de
análise de conteúdo.
 Estudos de Opinião
 Pesquisas abertas em determinado público para se obter opiniões sobe
problemas específicos.
Métodos com Ênfase Quantitativa
 Survey
 Pesquisas feitas com instrumentos com variáveis de domínio
quantitativo, com métrica e representação numérica, e que
tenham um número significativo de respondentes (regrinha:
cinco respondentes para cada item do questionário)
 Mineração ao acaso (parte-se dos dados para o modelo)
 Exploração de banco de dados disponíveis de forma
especulativa para retirar visões interessantes.
 Funcional (parte-se do modelo para os dados)
 Quando já se tem dados primários em banco de dados e
deseja-se aplicar um modelo matemático determinístico para
responder a determinada indagação.
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Métodos
 Método Dedutivo X Método Indutivo
Método Dedutivo
 Método proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e 
Leibniz que pressupõe que só a razão é capaz de levar ao 
conhecimento verdadeiro. 
 O raciocínio dedutivo tem o objetivo de explicar o conteúdo das 
premissas. Por intermédio de uma cadeia de raciocínio em 
ordem descendente, de análise do geral para o particular, chega 
a uma conclusão. 
 Usa o silogismo, construção lógica para, a partir de duas 
premissas, retirar uma terceira logicamente decorrente das duas 
primeiras, denominada de conclusão (GIL, 1999; LAKATOS; 
MARCONI, 1993). Veja um clássico exemplo de raciocínio 
dedutivo:
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Método dedutivo
Método Indutivo
Método proposto pelos empiristas Bacon, Hobbes, 
Locke e Hume. Considera que o conhecimento é 
fundamentado na experiência, não levando em conta 
princípios preestabelecidos. 
No raciocínio indutivo a generalização deriva de 
observações de casos da realidade concreta. As 
constatações particulares levam à elaboração de 
generalizações (GIL, 1999; LAKATOS;
MARCONI, 1993). 
57
Método Indutivo
Método Dialético
 Fundamenta-se na dialética proposta por Hegel, na 
qual as contradições se transcendem dando origem a 
novas contradições que passam a requerer solução. 
 É um método de interpretação dinâmica e totalizante 
da realidade. 
 Considera que os fatos não podem ser considerados 
fora de um contexto social, político, econômico etc. 
Empregado em pesquisa qualitativa (GIL, 1999; 
LAKATOS; MARCONI, 1993).
 Dialética = arte de discutir, a argumentação dialogada 
(uso de raciocínio)
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Método Fenomenológico
 Preconizado por Husserl, o método fenomenológico não é 
dedutivo nem indutivo. Preocupa-se com a descrição direta da 
experiência tal como ela é. A realidade é construída socialmente 
e entendida como o compreendido, o interpretado,o 
comunicado. Então, a realidade não é única: existem tantas 
quantas forem as suas interpretações e comunicações. O 
sujeito/ator é reconhecidamente importante no processo de 
construção do conhecimento (GIL, 1999; TRIVIÑOS, 1992). 
Empregado em pesquisa qualitativa.
Considerações Finais
 Na era do caos, do indeterminismo e da incerteza, os 
métodos científicos andam com seu prestígio abalado. Apesar 
da sua reconhecida importância, hoje, mais do que nunca, se 
percebe que a ciência não é fruto de um roteiro de criação 
totalmente previsível. 
 Portanto, não há apenas uma maneira de raciocínio capaz de 
dar conta do complexo mundo das investigações científicas. 
 O ideal seria você empregar métodos, e não um método em 
particular, que ampliem as possibilidades de análise e 
obtenção de respostas para o problema proposto na pesquisa.

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