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1 A pesquisa e os métodos científicos Pesquisa e Métodos As qualificações do pesquisador REFLEXÃO: “Os que se encantam com a prática sem a ciência são como os timoneiros que entram no navio sem timão nem bússola, nunca tendo certeza do seu destino”. Leonardo da Vinci” 2 As qualificações do pesquisador Alguns atributos pessoais são desejáveis para você ser um bom pesquisador. Para Gil (1999), um bom pesquisador precisa, além do conhecimento do assunto, ter curiosidade, criatividade, integridade intelectual e sensibilidade social. São igualmente importantes a humildade para ter atitude autocorretiva, a imaginação disciplinada, a perseverança, a paciência e a confiança na experiência. O sucesso como pesquisador está vinculado, à sua capacidade de captar recursos, enredar pessoas para trabalhar em sua equipe e fazer alianças que proporcionem a tecnologia e os equipamentos necessários para o desenvolvimento de sua pesquisa. Quanto maior for o seu prestígio e reconhecimento, obtido pelas suas publicações, maior será o seu poder de persuasão e sedução no processo de fazer aliados. Pesquisar é: Informar-se a respeito de; empregar meios para se chegar ao conhecimento da verdade; busca, indagação, investigação. É a atividade básica da ciência A descoberta científica da realidade É a própria geração do conhecimento É a atividade científica pela qual descobrimos a realidade. 3 Pesquisa é Um fenômeno de busca de conhecimento constituído de aproximações sucessivas e nunca esgotado; ou seja, não é uma situação definitiva diante da qual já não haveria mais o que descobrir. Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações propostas. Conceitos de pesquisa Minayo (1993, p. 23), vendo por um prisma mais filosófico, considera a pesquisa como “atividade básica das ciências na sua indagação e descoberta da realidade. É uma atitude e uma prática teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente inacabado e permanente. É uma atividade de aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma combinação particular entre teoria e dados”. Demo (1996, p. 34) insere a pesquisa como atividade cotidiana considerando-a como uma atitude, um “questionamento sistemático crítico e criativo, mais a intervenção competente na realidade, ou o diálogo crítico permanente com a realidade em sentido teórico e prático”. 4 + Conceitos Para Gil (1999, p. 42), a pesquisa tem um caráter pragmático, é um “processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”. Pesquisa é um conjunto de ações, propostas para encontrar a solução para um problema, que têm por base procedimentos racionais e sistemáticos. A pesquisa é realizada quando se tem um problema e não se tem informações para solucioná-lo. Propósito da Pesquisa Estudar o mundo físico; Estudar a complexidade das coisas para melhor entendê-las dentro do seu funcionamento; Estudar, analisar, registrar, interpretar e descrever os fatos; Explicar os fatos e identificar suas causas; 5 Pesquisa é: A realização concreta de uma investigação planejada e desenvolvida de acordo com as normas consagradas pela metodologia científica. Metodologia científica entendida como um conjunto de etapas ordenadamente dispostas que você deve vencer na investigação de um fenômeno. Inclui a escolha do tema, o planejamento da investigação, o desenvolvimento metodológico, a coleta e a tabulação de dados, a análise dos resultados, a elaboração das conclusões e a divulgação de resultados. Realizar uma pesquisa com rigor científico pressupõe que você escolha um tema e defina um problema para ser investigado, elabore um plano de trabalho e, após a execução operacional desse plano, escreva um relatório final e este seja apresentado de forma planejada, ordenada, lógica e conclusiva. Fases de uma Pesquisa 1 – Definição do objeto 2 – Realização de pesquisa exploratória 3 – Formulação de problema 4 – Elaboração do quadro teórico de referência 5 – Definição da metodologia 6 – Pesquisa bibliográfica e planejamento 7 – Pré-testes, correção, registro e tratamento dos dados 8 – Avaliação dos materiais coletados e tratados 9 – Formulação do índice 10 – Elaboração do relatório, desenvolvimento e seções complementares 11 – Digitação e revisão do conteúdo e da forma 12 – Encadernação, entrega e defesa oral dos resultados da pesquisa. 6 Quantitativo X Qualitativo Quantitativo: rigor, busca de mais controle científico, generalização, comparação, representatividade, quantidade, estatísticas. Qualitativo: reconhecimento da subjetividade do pesquisador, objetivação, profundidade, compreensão do significado, particularização, descrição densa, intensidade, flexibilidade e criatividade na coleta e análise dos dados Natureza da Pesquisa “É muito difícil que haja alguma pesquisa totalmente qualitativa, da mesma forma que é altamente improvável existir alguma pesquisa completamente quantitativa” (Appolinário, 2006, p. 59). Segundo Firestone (1987), as pesquisas diferem em quatro quesitos básicos: Pressuposição básica Objetivo Abordagem Papel do pesquisador 7 Natureza da Pesquisa Quesito Pesquisa quantitativa Pesquisa qualitativa Pressuposição básica A realidade é constituída de fatos objetivamente mensuráveis A realidade é constituída de fenômenos socialmente construídos Objetivo Determinar as causas dos fatos Compreender melhor os fenômenos Abordagem Experimental Observacional Papel do pesquisador Imparcial e neutro Participante não-neutro do fenômeno Tendências das pesquisas Pesquisas preponderantemente quantitativas Pesquisas preponderantemente qualitativas Coleta de variáveis predeterminadas Nem sempre trabalham com o conceito de variáveis; quando o fazem, nem sempre elas são predeterminadas Análise dos dados normalmente realizada por meio da estatística Análise subjetiva dos dados 8 Características das pesquisas Pesquisas preponderantemente quantitativas Pesquisas preponderantemente qualitativas Alto índice de generalização Possibilidade de generalização baixa ou nula Comum principalmente nas ciências naturais Comum principalmente nas ciências sociais Principal desvantagem: perda de informação Principal desvantagem: alta dependência da subjetividade do pesquisador O pesquisador assume um papel mais neutro em relação ao objeto de estudo O pesquisador envolve-se subjetivamente tanto na observação como na análise do objeto de estudo Pesquisa Básica x Aplicada Pesquisa Básica (fundamental) está mais ligada ao incremento do conhecimento científico sem quaisquer objetivos comerciais. Pesquisa Aplicada é suscitada por objetivos comerciais e está voltada ao desenvolvimento de novos processos ou produtos orientados para as necessidades de mercado. 9 Pesquisa Descritiva X Experimental Pesquisa descritiva busca descrever uma realidade, sem nela interferir. Pesquisa experimental busca explicar as causas de determinado evento, manipulando deliberadamente algum aspecto dessa realidade. Como classificar as pesquisas? Com base em seus objetivos Com base em seus procedimentos técnicos 10 Classificação com base em seus OBJETIVOS: Pesquisas EXPLORATÓRIAS Pesquisas DESCRITIVAS Pesquisas EXPLICATIVAS Pesquisas EXPLORATÓRIAS Proporcionar maior familiaridade com o problema para deixá-lo mais explícito. Planejamento bastante flexível (levar em consideração os diferentes aspectos relativos ao fato a ser estudado). Na maioria dos casos, envolvem: a) levantamento bibliográfico; b) entrevistas com pessoas experientes com o problema a ser pesquisado; c) análise de exemplos que “estimulem a compreensão”. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA OU ESTUDO DE CASO 11 Pesquisas DESCRITIVAS Descreveras características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre as variáveis. Utilização de técnicas padronizadas de coletas de dados (e.g. questionários e a observação sistemática). Pesquisas DESCRITIVAS (cont.) Estudar as características de um determinado grupo; Estudar o nível de atendimento...; Estudar as condições...; Estudar índices de...; Levantar opiniões, atitudes e crenças; Identificar a existência de relações entre... 12 Pesquisas DESCRITIVAS (cont.) Exploratórias (determinar a natureza da relação entre...) DESCRITIVAS (proporcionar uma nova visão do problema) Explicativas Pesquisas EXPLICATIVAS Identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. APROFUNDA O CONHECIMENTO DA REALIDADE EXPLICA A RAZÃO, O PORQUÊ DAS COISAS 13 Pesquisas EXPLICATIVAS Nas ciências sociais: muitas dificuldades encontradas (método experimental), por isso se recorre ao observacional. Uma saída seria a utilização de pesquisas chamadas de “quase experimentais” (elevado – e não total – grau de controle). Temporalidade da pesquisa: Longitudinal x Transversal Pesquisa longitudinal tem relação com a temporalidade e seus dados são muito precisos. Ex. Entrevista os mesmos alunos em três anos diferentes. Pesquisa transversal possui a vantagem de ter o tempo de realização bem curto, embora o grau de fidedignidade seja menor do que na outra opção. Ex. Entrevista os alunos de cada turma. 14 Tipos de Pesquisa TAXIONOMIA DE GIL (2007) Segundo Gil (2007), a pesquisa pode ser classificada quanto aos objetivos e quanto aos procedimentos técnicos: Quanto aos objetivos: Quanto aos procedimentos técnicos: Exploratória; descritiva e explicativa Bibliográfica; documental; experimental; levantamento; estudo de campo; estudo de caso; pesquisa-ação. Tipos de Pesquisa A pesquisa exploratória é realizada a respeito de um problema ou questão de pesquisa quando há poucos ou nenhum estudo anterior em que se possa procurar informações sobre a questão ou o problema. O objetivo desse tipo de estudo é buscar padrões, ideias ou hipóteses, em vez de testar ou confirmar uma hipótese. A pesquisa descritiva visa descrever o comportamento de fenômenos. É utilizada para identificar e obter informações sobre as características de um determinado problema ou questão. A pesquisa explicativa busca encontrar explicações para os fenômenos e comportamentos observados. 15 Tipos de Pesquisa Pesquisa bibliográfica: quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de: livros, revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, etc. Pesquisa documental: a pesquisa documental, devido a suas características, pode ser confundida com a pesquisa bibliográfica. Gil (2008) destaca como principal diferença entre esses tipos de pesquisa a natureza das fontes de ambas as pesquisas. Pesquisa experimental: quando determinamos um objeto de estudo, selecionamos as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definimos as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. Tipos de Pesquisa Levantamento ou survey: é a interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados. Estudo de Campo: procura o aprofundamento de uma realidade específica. É basicamente realizada por meio da observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar as explicações e interpretações do ocorrem naquela realidade. 16 Tipos de Pesquisa Estudo de Caso: consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento. Pesquisa - Ação: um tipo de pesquisa com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE COLETA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS QUESTIONÁRIO (tipos de perguntas) Descritivas: onde o objetivo é descrever o perfil das pessoas participantes da pesquisa como renda, idade, escolaridade e profissão; Comportamentais: que têm como propósito conhecer o comportamento dessas pessoas como padrão de consumo, de comportamento social, econômico e pessoal, dentre outros; Preferenciais: que buscam avaliar a opinião de alguma condição ou circunstância que tem relação com a problemática da pesquisa. 17 INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE COLETA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS QUESTIONÁRIO (tipos de perguntas) Nas perguntas com respostas abertas os entrevistados expõem suas opiniões escrevendo ou falando. Já nas perguntas com respostas fechadas o entrevistado escolhe respostas [verbalmente ou assinalando graficamente] dentre as opções oferecidas. As perguntas fechadas podem ser: dicotômicas: sim/não, concordo/discordo, faço/não faço, aprovo/desaprovo; escolha múltipla: onde o respondente escolhe uma alternativa ou um número limitado de opções, ou por qualquer número de opções de respostas; e escala de intervalo: ordena os objetos de acordo com o grau em que possuem um dado atributo e os intervalos ao longo da escala são iguais. Tipos de escalas Comparativa Comparação de pares Ranqueamen to Soma constante Outras opções Não comparativa Escalas de pontos Osgood Stapel Likert Phrase completion Escalas contínuas Escalas de Verificação 18 Escala de diferencial semântico (Osgood) Escala de diferencial semântico (Osgood) 19 Escala de diferencial semântico (Osgood) Escala de diferencial semântico (Osgood) 20 Escala de diferencial semântico (Osgood) Escala de diferencial semântico (Osgood) 21 Escala de Stapel Escala de Likert 22 Escala de Likert Escala de Likert 23 Escala phrase completion 1. Escolha forçada; 2. Número de pontos; 3. Forma de apresentação; 4. Ideia de denominação de pontos. Decisões Diversas sobre as Escalas de Verificação 24 1. Comparação de pares: Seleção de um conjunto de objetos que são apresentado aos pares e o respondente os compara, escolhendo o preferido. 2. Ranqueamento: Apresenta objetos ou atributos de objetos, solicitando que o respondente os ordene colocando uma ordem de importância. Escalas Comparativas 3. Soma constante: Similar ao ranqueamento, mas o respondente deve ponderar a importância de cada atributo, onde a soma das ponderações some-se em 100. Escalas Comparativas 25 O certo e o errado dos questionários Certifique-se de que as perguntas não sejam tendenciosas Faça perguntas simples Faça perguntas específicas Evite jargões Evite palavras sofisticadas Evite palavras ambíguas Evite perguntas que incluam uma negação Evite perguntas hipotéticas Não use palavras de som ambíguo Use faixas de valores para perguntas delicadas Certifique-se de que as múltiplas escolhas não se sobreponham Inclua o item “outros” em perguntas com respostas predefinidas Tipos de pergunta – Dicotômica Para programar esta viagem, você ligou pessoalmente para a TAM? Sim Não 26 Tipos de pergunta – Múltipla escolha Com quem você está viajando neste voo? Ninguém Cônjuge Cônjuge e filhos Apenas filhos Colegas de trabalho/Amigos/Parentes Estou participando de uma excursão Tipos de pergunta – Escala Likert As companhias aéreas menores geralmente oferecem melhores serviços que as grandes. Discordo totalmente Discordo Não concordo nem discordo Concordo Concordo totalmente 27 Tipos de pergunta – Diferencial semântico TAM Pequena……………………………...……………..…….GrandeInexperiente………………….………….………...….Experiente Antiquada………………………..…………...……...….Moderna Tipos de pergunta – Escala de importância Para mim, a comida servida a bordo é _________: Totalmente importante Importante Indiferente Sem importância Totalmente sem importância 28 Tipos de pergunta – Escala de classificação A comida servida pela TAM é ________. Ótima Boa Regular Ruim Péssima Tipos de pergunta – Escala de intenção Se um serviço de Internet a bordo estivesse disponível em um voo longo, eu __________: Extremamente Improvável Improvável Indiferente Provável Extremamente Provável 29 Tipos de pergunta – Completamente não estruturada Qual sua opinião sobre a TAM? INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE COLETA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS Entrevista A entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto (LAKATOS; MARCONI, 1991). ESTRUTURADA SEMIESTRUTURADA NÃO ESTRUTURADA 30 Uma Classificação dos Processos de Pesquisas Qualitativa Sessão de grupo de foco 31 Características de discussões em grupo Tamanho do grupo 6 a 10 pessoas Formação do grupo Homogêneo, entrevistados pré-selecionados Ambiente físico Calmo e informal Duração 1 a 3 horas Registro Uso de áudio e/ou vídeo Moderador É fundamental ter capacidade de observação, de relacionamento interpessoal e de comunicação Procedimento para Planejar e Conduzir Discussão em Grupo Especificar os objetivos da Pesquisa Qualitativa Desenvolver o esboço do moderador Conduzir a Entrevista da Discussão em Grupo Rever as gravações e analisar os dados Relatar os achados e planejar o acompanhamento da pesquisa Estabelecer Objetivos/Perguntas a serem respondidas na Discussão em Grupo Modelar um questionário mental 32 Vantagens dos Grupos de Discussão 1. Sinergismo 2. Efeito bola-de-neve 3. Estimulação 4. Segurança 5. Espontaneidade 6. Especialização 7. Rapidez Desvantagens dos Grupos de Discussão 1. Mal uso 2. Mal julgamento 3. Confusão nas discussões 4. Pouca representatividade 33 Técnica de Pesquisa em Profundidade São conversas levemente estruturadas com indivíduos escolhidos do público- alvo. Duram aproximadamente 30 minutos a mais de 1 hora e tentam descobrir os motivos básicos, os preconceitos e as atitudes em relação as questões delicadas. Aplicações das Entrevistas em Profundidade Investigação detalhada do entrevistado Discussão de tópicos confidenciais, delicados ou embaraçosos (finanças pessoais) Situações em que existem rígidas normas sociais e o entrevistado pode ser facilmente influenciado pela resposta do grupo Compreensão detalhada de comportamento complicado Entrevistas com profissionais da área Entrevistas com concorrentes, que provavelmente não revelarão as informações em um ambiente grupal Situações em que a experiência que é, por natureza, sensorial, afetando estado de humor e emoções. 34 Definição de Técnicas Projetivas Uma forma não-estruturada, indireta de questionamento que enconrajam o entrevistado a projetar suas motivações, suas crenças, suas atitudes ou seus sentimentos básicos a respeito dos assuntos em questão, respondendo às situações vagas e ambíguas de estímulo. Os respondentes são solicitados a interpretarem o comportamento dos outros, fazendo com que eles possam projetar suas próprias motivações, crenças, atitudes ou sentimentos naquela situação. Associação de Palavras É a mais conhecida de todas e o entrevistado recebe uma lista de palavras, uma por vez, e lhe é pedido que responda a cada uma delas com a primeira que lhe vier à mente. 35 Tipos de pergunta – Associação de palavras Técnica de Conclusão As Técnicas de conclusão são uma extensão natural das técnicas de associação, gerando mais detalhes sobre as crenças e os sentimentos básicos do indivíduo. É pedido que o entrevistado complete uma sentença, um parágrafo ou uma história. Na conclusão, o entrevistado recebe sentenças que precisa completar. Geralmente se pede a primeira palavra ou frase que lhe venha à mente. Uma pessoa que usa uma camisa Lacoste é ________________ Quando comparadas com a camisa Polo e Tommy Hilfiger, as camisas Lacoste são __________________________________ As camisas Lacoste são as preferidas dos _________________________ Quando penso nas camisas Lacoste, eu ___________________ O entrevistado completa o parágrafo através de um estímulo. 36 Tipos de pergunta – Complemento de frase Quando escolho uma companhia aérea, o que mais pesa na minha decisão é ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ________________________. Tipos de pergunta – Complemento de história “Voei pela TAM há alguns dias. Notei que as poltronas estavam revistidas com material que ostentava cores muito vivas. Isso suscitou os seguintes pensamentos e sentimentos em mim…” (Agora complete a história.) 37 Técnica de Construção As Técnicas de Construção faz com que o entrevistado, elabore respostas para fotos ou quadrinhos. Pessoas ou objetos são retratados e pede-se que o entrevistado escreva uma história descritiva, um diálogo ou uma descrição. A análise das respostas tenta identificar temas que reflitam a interpretação perceptual do indivíduo sobre as fotos. A descrição revela os valores básicos, as atitudes e as crenças do entrevistado. Nos testes de quadrinhos, desenhos livres, altamente estilizados, são usados para eliminar referências a roupas, expressões faciais e até mesmo o sexo dos personagens. Pede-se que o entrevistado complete os diálogos que atribuiria aos personagens dos quadrinhos. Essas técnicas geralmente pedem respostas verbais dos personagens dos quadrinhos e pensamentos não falados. Teste de Quadrinhos 38 Tipos de pergunta – Complemento de figura Vantagens das Técnicas Projetivas Extraem respostas que os sujeitos não estão dispostos a dar ou não conseguiriam dar se soubessem o propósito do estudo. Aumentam a validade das respostas, disfarçando o propósito. Operam em um nível subconsciente. 39 Desvantagens das Técnicas Projetivas Requerem entrevistadores altamente treinados e habilidosos para analizar as respostas. Há um sério risco de interpretação tendenciosa. Tende a ser cara. Os entrevistados se envolvem em um comportamento incomum. INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE COLETA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS Observação A observação é uma técnica científica que utiliza o sentido visual para obter informações da realidade. Como diz Triviños (1987), não é simplesmente olhar, mas destacar em um conjunto objetos, pessoas, animais, algo específico, prestando atenção em suas características, como cor, aroma, tamanho, dentre outras. Esta é a única técnica utilizada na pesquisa social que capta diretamente o fenômeno sem a intermediação de um documento ou de um interlocutor. 40 INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE COLETA, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS Tipos de observação Observação assistemática: é aquela que segue os objetivos da pesquisa sem se ater a um plano específico e rígido. Não estruturada. Observação sistemática: apresenta uma estrutura predeterminada e segue um plano específico na sua aplicação. Observação estruturada. Observação participante: o observador “assume, pelo menos até certo ponto”, dizem Selltiz et al. (1972, p. 232), o papel de um membro do grupo e participa de sua atuação. Observação não participante: aqui o pesquisador atua como espectador atento, dizem Richardson et al. (2007). É uma técnica indicada para estudos exploratórios (SELLTIZ et al., 1972; RICHARDSON et al., 2007). Métodos de Observação Observação Estruturada versus Não-Estruturada Observação: Registro,de forma sistemática, dos padrões de comportamento das pessoas, objetos e eventos, para obter informações sobre o fenômeno de interesse. Observação Estruturada: Técnica de observaçào em que o pesquisador define claramente os comportamentos a serem observados e os métodos pelos quais serão avaliados, ou medidos. Na Observação Não-Estruturada, o observador monitora todos os aspectos do fenômeno que parecem importantes para o problema em foco, sem especificar antecipadamente os detalhes – por exemplo, observar crianças brincando com novos brinquedos. 41 Métodos de Observação Observação Disfarçada versus Não-Disfarçada Na Observação Disfarçada, os entrevistados não sabem que estão sendo observados. O disfarce permite que os participantes se comportem de maneira natural: as pessoas tendem a comportar-se de modo diferente quando sabem que estão sendo observadas. Pode-se obter o disfarce utilizando de espelhos transparentes, câmeras ocultas ou dispositivos mecânicos indistigüíveis. Os observadores podem ser disfarçados como clientes ou balconistas. Na Observação Não-Disfarçada, os respondentes sabem que estão sob observação e análise. Métodos de Observação Observação Natural versus Planejada Observação Natural envolve a observação do comportamento no ambiente natural. Por exemplo, poderíamos observar o comportamento do público enquanto assistem a um debate político ou comício. Na Observação Planejada, o comportamento dos respondentes é observado em um ambiente artificial, como uma cozinha de teste. 42 Método de Observação Observação Mecânica Estratégia de pesquisa de observação em que dispositivos mecânicos, e não humanos, registram o fenômeno que está sendo observado. Não exigem participação direta dos respondentes. audiômetro portas giratórias cameras on-site (fotografia, filme ou video) escaneadores óticos Exigem envolvimento do respondente. monitores de rastreamento de olho pupilômetros psicogalvanômetros analizadores do tom de voz Dispositivos que medem a latência da resposta Vantagens Relativas da Observação Permitem a avaliação do comportamento efetivo, ao invés de relatos de um comportamento pretendido ou preferido. Não há tendenciosidade de relato, e a tendenciosidade potencial causada pelo entrevistador e pelo processo de entrevista é eliminada ou reduzida. Certos tipos de dados só podem ser coletados via observação. Se o fenômeno observado ocorre com freqüência ou é de curta duração, os métodos observacionais podem custar menos e ser mais rápidos do que os métodos de pesquisa. 43 Desvantagens Relativas da Observação As razões do comportamento observado não podem ser determinadas, porque pouco se sabe dos motivos, crenças, atitudes e preferências subjacentes. Percepção seletiva (tendenciosidade na percepção do pesquisador) pode tornar os dados tendenciosos. Os dados observacionais em geral exigem tempo e são dispendiosos, e é difícil observar certas formas de comportameto, tais como atividades pessoais. Em alguns casos, o uso destes métodos observacionais pode ser antiético, como no monitoramento do comportamento das pessoas sem seu conhecimento ou consentimento. É melhor encarar a observação como um complemento dos métodos de survey e não como uma competidora dos mesmos. Construção da metodologia Cada pesquisa é única e precisa construir um caminho próprio para melhor compreender o fenômeno investigado. A metodologia é feita de escolhas do pesquisador que deve considerar a relação entre o objeto da pesquisa, o problema e seus objetivos. 44 Métodos científicos A investigação científica depende de um “conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos” (Gil, 1999, p.26) para que seus objetivos sejam atingidos: os métodos científicos. Método científico é o conjunto de processos ou operações mentais que se devem empregar na investigação. É a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa. Os métodos que fornecem as bases lógicas à investigação são: dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico (GIL, 1999; LAKATOS; MARCONI, 1993). Diferenças entre método e técnica de pesquisa Método: sucessão de passos pelos quais se descobrem novas relações entre fenômenos que interessam a determinado ramo científico. Consiste em propor problemas, fazer observações e registrá- las na busca de analisar o fenômeno e responder às questões formuladas, fazer proposições e rever conclusões. Procedimento ou técnica: recursos diretos e imediatos de levantamento e registro de dados nas pesquisas. As técnicas são um conjunto de processos de que se serve a ciência para efetivar propósitos. Sua escolha é determinada pelos objetos, problema, tema e propósitos. 45 Principais técnicas Pesquisa bibliográfica Pesquisa documental Observação Observação participante Etnografia Questionário Formulário Entrevista História de vida História oral Grupo focal ou de discussão Análise de conteúdo Análise de discurso Rotinas produtivas Pesquisa Bibliográfica Abrange a busca e análise da bibliografia tornada pública em relação ao tema de estudo, colocando o pesquisador em contato direto com o que foi escrito, dito ou filmado sobre o assunto. Tipos de fontes bibliográficas: imprensa, meios audiovisuais, material cartográfico e publicações (livros, teses, pesquisas), que são encontradas em bibliotecas e veículos especializados. 46 Pesquisa documental Consiste na análise de documentos em registros primários e secundários Registros primários: compilados pelo autor (de arquivos públicos ou privados, contratos, cartas, etc.) ou feitos pelo autor (fotografias, gravações, gráficos etc.) Registros secundários: Transcritos de outras fontes e feitos por outros, como relatórios de pesquisa, filmes comerciais etc.; Observação Técnica adequada aos propósitos dos estudos de caso, configurando-se em um instrumento oportuno para a compreensão do contexto social analisado por permitir o “acesso a uma ampla gama de dados, inclusive os tipos de dados cuja existência o investigador pode não ter previsto” (BECKER, 1999, p. 118). Pode ser simples e espontânea, quando exploratória, mas para um melhor aproveitamento precisa ser controlada e sistemática, com planejamento cuidadoso do trabalho e o registro dos fatos através gravações, anotações, filmagens. Permite um contato pessoal e estreito do pesquisador com o fenômeno pesquisado, permitindo chegar mais perto da “perspectiva dos sujeitos”. 47 Observação participante Tipo de observação que requer participação efetiva do observador no grupo investigado, necessitando treinamento e presença prolongada. Etnografia Combinação de uma série de elementos, como a prioridade no uso de técnicas não diretivas que permitem uma descrição detalhada, a busca de reflexividade, e, sobretudo, a compreensão dos fenômenos desde a perspectiva de seus membros. Tríplice acepção de: Enfoque (busca em analisar os fenômenos desde a aproximação aos atores sociais; descrição densa ou interpretação) Método (entrevistas não dirigidas e da observação) Texto (o produto da análise é um relato textual, de caráter monográfico, um texto que relaciona a experiência de campo e a teoria) 48 Questionário Constitui-se por uma série ordenada de perguntas. As respostas são fornecidas pelo informante ou pesquisado sem a assistência direta ou orientação do investigador. É geralmente enviado pelo correio ou por portador (Dificilmente alcançam mais de 20% de devoluções). Atinge um grande número de pessoas, com objetivo de conhecer opiniões dos pesquisados. As questões normalmente são fechadas (com opções pré- definidas) para facilitar a tabulação e devem ser elaboradas de forma muito clara e precisa. Formulário É uma lista formal, catálogo ou inventário destinado à coleta de dados. Elaboradoe aplicado pelo pesquisador, que registra no próprio formulário todas as respostas ditas pelo entrevistado. 49 Entrevistas: conceitos Consiste num interrogatório direto do informante ou pesquisado pelo pesquisador, durante uma conversa face a face orientada para um objetivo definido. Caracterizada por ser uma situação social em que o entrevistador e o entrevistado interagem, influenciam-se um ao outro. É um dos procedimentos mais usuais no trabalho de campo. Caracteriza-se por uma comunicação verbal que reforça a importância da linguagem e do significado da fala. Num outro nível, serve como um meio de coleta de informações sobre um determinado tema científico. Através das entrevistas, podemos obter dados objetivos e subjetivos. Entrevista: classificações Estruturadas: com perguntas previamente formuladas. As questões são apresentadas com as mesmas palavras e na mesma ordem, sendo as repostas mais facilmente comparáveis. Não estruturadas ou abertas: os entrevistados abordam livremente o tema proposto. É importante para a interpretação entender como o entrevistado relaciona o tema, o que prioriza para falar e como desenvolve seu pensamento. O entrevistador pode fazer perguntas para esclarecer e aprofundar. Semi-estruturadas ou semi-dirigidas: com roteiro de tópicos a serem abordados mas receptiva à fala do entrevistado. Há temas e sub-temas com perguntas amplas (não específicas), que permitem ao entrevistado conectar-se livremente com o que é abordado. 50 Em profundidade: que possibilita um diálogo entre entrevistador e informante. Projetivas: utiliza recursos visuais (quadros, pinturas, fotos) para estimular a resposta dos entrevistados. Individuais ou coletivas Entrevista: classificações Entrevista: variações da técnica Existem vários tipos de entrevistas diferenciados conforme a abordagem, os objetivos e as possibilidades de aprofundamento da técnica. Entre eles, destacamos a história de vida, a história oral, o grupo de discussão. O bom entrevistador acaba desenvolvendo uma variedade da técnica que, para ele, produz os melhores resultados, se harmoniza com sua personalidade e melhor se adapta aos objetivos da pesquisa. 51 História de vida Técnica capaz de não apenas dar visibilidade a experiências de sujeitos plurais, mas também construir formulações analíticas mais amplas a partir de trajetórias individuais. Permite a recuperação de trajetórias, levando em consideração não a busca de um passado contínuo, sem rupturas, de indivíduos exemplares, mas justamente as especificidades e descontinuidades da vida de cada sujeito investigado. O objetivo é obter dados sobre determinado indivíduo ou instituição em todas as fases de suas existência, buscando conhecer o modo de vida e as visões de mundo, sua trajetória. Perspectiva de passado, presente e futuro. História Oral Técnica que procura resgatar e/ou reconstruir, através da visão dos sujeitos envolvidos, um período, evento ou fato histórico. Baseada na tomada de depoimentos por meio de entrevistas em profundidade, com o objetivo específico de resgatar determinado fato ou período histórico. O foco não é a trajetória individual (como na história de vida), mas no conhecimento ou experiência acerca do que está sendo pesquisado. Por lidar de forma direta com a memória, exige habilidade por parte do entrevistador, que deverá interferir nos momentos certos, fazendo com que o entrevistado sinta-se à vontade para rememorar o passado, respeitando os os momentos de silêncio. 52 Grupo focal ou de discussão Técnica de entrevista múltipla em que interessa captar tanto os posicionamentos individuais como os conflitos e, principalmente, consensos. Aplicado a um pequeno grupo reunido com objetivo de discutir determinado assunto (imagem de produto, recepção de telejornal, impacto de um comercial etc.). Um moderador coordena o grupo, que deve reunir- se várias vezes, lançando o tema e os principais tópicos para discussão. Análise de conteúdo e de discurso DE CONTEÚDO – A finalidade é descrever sistematicamente o conteúdo da comunicação, preocupando-se com as ideias emitidas a partir de uma visão quantitativa. DE DISCURSO – Leva em conta o contexto discursivo e as várias relações nos textos analisados. Tem uma preocupação mais interpretativa e qualitativa. 53 Rotinas produtivas Observação e acompanhamento das rotinas de criação e desenvolvimento de um determinado produto jornalístico ou publicitário (jornal impresso, revista, site, campanha). Preocupação em descobrir como a equipe de produção estabelecer relações que influenciam nos processos de seleção e tomadas de decisões, conhecendo suas lógicas e estrutura de funcionamento. Permite o conhecimento geral das dinâmicas ligadas à esfera da produção. Métodos com Ênfase Qualitativa Estudo Exploratório Estudo básico para identificação do problema raiz e/ou apoiar formulação de hipóteses. Estudo de Caso Foco em fenômenos de características peculiares. Podem utilizar quali ou quanti. Estudo Etnográfico Foco em fenômenos de comportamentos e hábitos de grupos e indivíduos com certa característica. Geralmente longitudinal. 54 Métodos com Ênfase Qualitativa História Oral Estudo de fenômenos baseando-se em depoimentos orais através de análise de conteúdo. Estudos de Opinião Pesquisas abertas em determinado público para se obter opiniões sobe problemas específicos. Métodos com Ênfase Quantitativa Survey Pesquisas feitas com instrumentos com variáveis de domínio quantitativo, com métrica e representação numérica, e que tenham um número significativo de respondentes (regrinha: cinco respondentes para cada item do questionário) Mineração ao acaso (parte-se dos dados para o modelo) Exploração de banco de dados disponíveis de forma especulativa para retirar visões interessantes. Funcional (parte-se do modelo para os dados) Quando já se tem dados primários em banco de dados e deseja-se aplicar um modelo matemático determinístico para responder a determinada indagação. 55 Métodos Método Dedutivo X Método Indutivo Método Dedutivo Método proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e Leibniz que pressupõe que só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro. O raciocínio dedutivo tem o objetivo de explicar o conteúdo das premissas. Por intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem descendente, de análise do geral para o particular, chega a uma conclusão. Usa o silogismo, construção lógica para, a partir de duas premissas, retirar uma terceira logicamente decorrente das duas primeiras, denominada de conclusão (GIL, 1999; LAKATOS; MARCONI, 1993). Veja um clássico exemplo de raciocínio dedutivo: 56 Método dedutivo Método Indutivo Método proposto pelos empiristas Bacon, Hobbes, Locke e Hume. Considera que o conhecimento é fundamentado na experiência, não levando em conta princípios preestabelecidos. No raciocínio indutivo a generalização deriva de observações de casos da realidade concreta. As constatações particulares levam à elaboração de generalizações (GIL, 1999; LAKATOS; MARCONI, 1993). 57 Método Indutivo Método Dialético Fundamenta-se na dialética proposta por Hegel, na qual as contradições se transcendem dando origem a novas contradições que passam a requerer solução. É um método de interpretação dinâmica e totalizante da realidade. Considera que os fatos não podem ser considerados fora de um contexto social, político, econômico etc. Empregado em pesquisa qualitativa (GIL, 1999; LAKATOS; MARCONI, 1993). Dialética = arte de discutir, a argumentação dialogada (uso de raciocínio) 58 Método Fenomenológico Preconizado por Husserl, o método fenomenológico não é dedutivo nem indutivo. Preocupa-se com a descrição direta da experiência tal como ela é. A realidade é construída socialmente e entendida como o compreendido, o interpretado,o comunicado. Então, a realidade não é única: existem tantas quantas forem as suas interpretações e comunicações. O sujeito/ator é reconhecidamente importante no processo de construção do conhecimento (GIL, 1999; TRIVIÑOS, 1992). Empregado em pesquisa qualitativa. Considerações Finais Na era do caos, do indeterminismo e da incerteza, os métodos científicos andam com seu prestígio abalado. Apesar da sua reconhecida importância, hoje, mais do que nunca, se percebe que a ciência não é fruto de um roteiro de criação totalmente previsível. Portanto, não há apenas uma maneira de raciocínio capaz de dar conta do complexo mundo das investigações científicas. O ideal seria você empregar métodos, e não um método em particular, que ampliem as possibilidades de análise e obtenção de respostas para o problema proposto na pesquisa.
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