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1. Introdução Neste experimento fizemos a extração com solvente, que é a transferência de um soluto de um solvente para outro de acordo com a solubilidade, para isolar ou concentrar a substância de interesse ou separá-la das espécies que interferem na sua análise. Foi feita a extração do Etanol da Gasolina. A gasolina é um produto combustível derivado intermediário do petróleo, na faixa de hidrocarbonetos de 5 a 20 átomos de carbono. É formada por uma mistura de mais de 200 tipos de hidrocarbonetos e outros componentes em menores quantidades. Portanto a gasolina não tem uma fórmula definida, ela varia de acordo com o petróleo e o processo de refino. No Brasil, antes da comercialização, adiciona-se álcool anidro à gasolina. A mistura resultante é homogênea (monofásica). A mistura água-álcool também é um sistema homogêneo (monofásico), com propriedades diferentes daquelas das substâncias que a compõem (densidade, ponto de fusão, ponto de ebulição, etc.). Já a mistura água-gasolina é um sistema heterogêneo, bifásico. Quando a gasolina (que contém álcool) é misturada à água, o álcool é extraído pela água e o sistema resultante continua sendo bifásico: gasolina-água/álcool. O álcool contido na gasolina dissolve-se na água porque suas moléculas são polares como as da água. Substâncias polares dissolvem-se melhor em solventes polares e substâncias apolares dissolvem-se melhor em solventes apolares. 2. Materiais/Reagentes 2.1 Materiais · Funil de Separação 250ml · Funil · Suporte Universal · Argola · Proveta 50ml/100ml 2.2 Reagentes · Gasolina Comum · Água destilada 3. Procedimentos Para realizar esse experimento foi necessário, fazermos um teste com o funil de separação para termos a certeza que não iria vazar nenhum pouco do reagente, então colocamos uma boa quantidade de água destilada, no mesmo e mexemos de um lado para o outro e foi possível observar que não havia vazado, água destilada do funil de separação, então descartamos a água. Logo em seguida, colocamos 100ml de gasolina comum em uma proveta de 100ml, com o auxílio de um funil transferimos para o funil de separação, imediatamente medimos em outra proveta, só que essa havia 50ml, então adicionamos 50ml de água destilada, com muita precisão, então tampamos o mesmo, e fomos a capela, para agitarmos e aliviamos a pressão interna do funil “abrindo a válvula da parte a baixo”, fizemos isso aproximadamente umas três vezes. Seguidamente voltamos a bancada e deixamos decantar para haver a separação das fases, o funil de separação estava fixado ao suporte universal com o auxílio de uma argola, então utilizamos a proveta de 100ml, para transferir a camada inferior do funil de separação e medimos o volume resultante, em seguida colocamos mais 50ml de água destilada na proveta, e transferimos para o funil de separação que havia gasolina, fomos a capela, agitamos e aliviamos a pressão. Então deixarmos decantar na bancada para a separação de fases, e transferimos a camada inferior para a proveta e medimos o volume resultante. 4. Resultados Com o experimento notamos que a água retira o álcool que estava misturado na gasolina. Isso acontece porque o etanol possui uma parte polar e outra apolar, sendo que sua parte apolar é atraída pelas moléculas da gasolina que também são apolares pela força de dipolo induzido. Mas, a sua parte polar, caracterizada pela presença do grupo OH é atraída pelas moléculas de água, que também são polares, realizando ligações de hidrogênio que são bem mais fortes que as ligações do tipo dipolo induzido. Como a água é mais densa, ela ficará na parte inferior e a gasolina na parte superior. Conseguimos então determinar a quantidade de etanol que tinha na gasolina. Baseado nisso, fizemos a regra de três para determinar a porcentagem e podemos compará-la a legislação ANP e sabermos se está dentro dos parâmetros permitidos. 1ª parte: 50 ml de água retiramos 86 ml água + etanol 2ª parte: 50 ml de água retiramos 53 ml água + etanol Sendo assim: Dos 100 ml de gasolina adicionados 39 ml eram de etanol 100 mL 100% 39 mL X X = 39% de etanol Observação: · O que diz a Legislação ANP sobre a porcentagem de álcool na gasolina? No Brasil, a orientação é adicionar à gasolina tipo A o equivalente a 27% de etanol anidro com um grau de pureza mínimo de 99,3% conforme a legislação – determinação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). 5. Toxicologia 5.1 Água Deionizada Água purificada através do processo de osmose reversa, quimicamente pura e isenta de sais solúveis. Toxicidade · Toxicidade aguda: Produto não tóxico · Toxicidade crônica: Produto não tóxico · Principais sintomas: Produto não tóxico · Efeitos específicos: Produto não tóxico · Substâncias que podem causar Interação: Não disponível · Aditivos: Não disponível · Potenciação: Não disponível · Sinergia: Não disponível. 5.2 Gasolina Comum Liquido límpido amarelado, inflamável e insolúvel em água e solúvel em solventes orgânicos. Toxicidade · Toxicidade aguda: Produto não classificado como tóxico agudo por via oral. Pode causar náuseas e vômitos, se ingerido. Estimativa de Toxicidade Aguda da mistura (ETAm). ETAm (oral): > 5000 mg/kg · Corrosão/irritação à pele: Provoca irritação à pele com vermelhidão e ressecamento. · Lesões oculares graves/ irritação ocular: Provoca irritação aos olhos com vermelhidão, dor e lacrimejamento. O contato repetido dos olhos pode causar conjuntivite crônica. · Sensibilização respiratória ou à pele: Pode ser absorvido pela pele e causar dermatite crônica após contato prolongado. Não é esperado que provoque sensibilização respiratória. · Mutagenicidade em células germinativas: Pode provocar defeitos genéticos. Informação: 1. Etanol: Resultados positivos para ensaios in vivo de mutagenicidade envolvendo células germinativas e somáticas de mamíferos com aumento da frequência de aberrações cromossômicas, trocas de cromátides-irmãs e aneuploidias foram encontrados nos linfócitos periféricos. 2. Benzeno: Danos ao DNA e aumento na incidência de micronúcleos foram relatados em linfócitos humanos e de ratos. Aberrações cromossômicas foram observadas em trabalhadores expostos à substância. · Carcinogenicidade: Pode provocar leucemia e tumores malignos da cavidade oral, faringe, laringe, esôfago e fígado. Informações: 1. Gasolina: Carcinogênico em animais com relevância desconhecida em humanos (Grupo A3 – ACGIH). 2. Etanol: Carcinogênico para humanos (Grupo 1 – IARC). 3. Benzeno: Carcinogênico para humanos (Grupo 1 – IARC). · Toxicidade à reprodução: Pode prejudicar a fertilidade ou o feto, com alterações no ciclo menstrual, abortos espontâneos, maior incidência de natimorto, defeitos congênitos e problemas de desenvolvimento do feto. Informações: 1. Etanol: Pode causar abortos espontâneos, assim como defeitos congênitos e outros problemas de desenvolvimento. 2. Benzeno: Existem evidências limitadas do potencial teratogênico da substância em animais. A exposição à substância tem sido vinculada a alterações no ciclo menstrual, abortos espontâneos e maior incidência de natimortos. · Toxicidade para órgãos-alvo específicos/exposição única: Pode provocar irritação das vias respiratórias com tosse, espirros e falta de ar. Pode provocar sonolência, vertigem e dor de cabeça. · Toxicidade para órgãos-alvo específicos/exposição repetida: Pode causar dano ao sistema nervoso central e fígado por exposição repetida e prolongada. · Perigo por aspiração: A aspiração para os pulmões pode resultar em pneumonite química 7. Conclusão No experimento a porcentagem deu 39% de etanol na gasolina conclui-se então que está fora dos parâmetros permitidos na legislação ANP. A adição de etanol à gasolina acima do limite traz danos ao veículo, por exemplo, o carrocomeça a falhar, sendo preciso dar a partida várias vezes para voltar a funcionar, as peças do sistema de injeção eletrônica são corroídas, além da grande liberação de monóxido de carbono no meio ambiente. 8. Referências Bibliográficas · SOLOMONS, T. W. Graham; FRYHLE, Craig B. Tradução e revisão técnica: Júlio Carlos Afonso, et al. Química Orgânica. Volume 1. 10ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 2015. 2v. · VOGEL, A. I., Química orgânica: análise orgânica qualitativa. 3ª ed., Rio de Janeiro, ao livro técnico AS, 1981. V.1. · http://www.br.com.br – Gasolina Comum · http://www.quimidrol.com.br – Água deionizada · https://www.flatout.com.br/27-de-etanol-na-gasolina-quais-os-efeitos-para-os-nossos-motores/ 3 3 1. Introdução Neste experimento fizemos a extração com solvente, que é a transferência de um soluto de um solvente para outro de acordo com a solubilidade, para isolar ou concentrar a substância de interesse ou separá - la das espécies que interferem na sua análise. Foi feita a extração do Etanol da Gasolina. A gasolina é um produto combustível derivado intermediário do petróleo, na faixa de hidrocarbonetos de 5 a 20 átomos de carbono. É formada por uma mistura de mais de 200 tipos de hidrocarbonetos e outros componentes em menores quantidades. Portanto a gasolina não tem uma fórmula definida, ela varia de acordo com o petróleo e o processo de refino. No Brasil, antes da comercialização, adiciona - se álcool anidro à gasolina. A mistura resultante é homogênea (monofásica). A mistura água - álcool também é um sistema homogêneo (monofásico), com propriedades diferentes daquelas das substâncias que a compõem (densidade, ponto de fusão, ponto d e ebulição, etc.). Já a mistura água - gasolina é um sistema heterogêneo, bifásico. Quando a gasolina (que contém álcool) é misturada à água, o álcool é extraído pela água e o sistema resultante continua sendo bifásico: gasolina - água/álcool. O álcool contid o na gasolina dissolve - se na água porque suas moléculas são polares como as da água. Substâncias polares dissolvem - se melhor em solventes polares e substâncias apolares dissolvem - se melhor em solventes apolares. 3 1. Introdução Neste experimento fizemos a extração com solvente, que é a transferência de um soluto de um solvente para outro de acordo com a solubilidade, para isolar ou concentrar a substância de interesse ou separá-la das espécies que interferem na sua análise. Foi feita a extração do Etanol da Gasolina. A gasolina é um produto combustível derivado intermediário do petróleo, na faixa de hidrocarbonetos de 5 a 20 átomos de carbono. É formada por uma mistura de mais de 200 tipos de hidrocarbonetos e outros componentes em menores quantidades. Portanto a gasolina não tem uma fórmula definida, ela varia de acordo com o petróleo e o processo de refino. No Brasil, antes da comercialização, adiciona-se álcool anidro à gasolina. A mistura resultante é homogênea (monofásica). A mistura água-álcool também é um sistema homogêneo (monofásico), com propriedades diferentes daquelas das substâncias que a compõem (densidade, ponto de fusão, ponto de ebulição, etc.). Já a mistura água-gasolina é um sistema heterogêneo, bifásico. Quando a gasolina (que contém álcool) é misturada à água, o álcool é extraído pela água e o sistema resultante continua sendo bifásico: gasolina-água/álcool. O álcool contido na gasolina dissolve-se na água porque suas moléculas são polares como as da água. Substâncias polares dissolvem-se melhor em solventes polares e substâncias apolares dissolvem-se melhor em solventes apolares.