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1 Administração em Enfermagem RESUMO 2 Administração em Enfermagem ➢ ADMINISTRAÇÃO: • Administração • Chiavenato (1997): o Administração é uma ciência que estuda os principais problemas de uma empresa. ▪ Visando melhorar o desempenho através de: • técnicas de planejamento; • organização; • direção; • e controle. • Administração é o processo de conjugar recursos (humanos, materiais, financeiros, fisicoambientais, administrativos, políticos, tecnológicos e legais) de forma a atingir fins desejados, através de uma organização. • Embora muitas vezes os gestores sejam comumente chamados de lideranças, existem diferenças importantes entre ser um administrador e um líder. o “... administração consiste em eficiência para galgar a escada do sucesso; liderança determina se a escada está ou não apoiada na parede certa” ▪ - Stephen R. Covey o Liderar deve ser um dos papeis do administrador; ▪ Considerando que a este profissional compete: • incentivar; • dirigir; • e motivar seus colaboradores. o Liderança está relacionada: ▪ às habilidades interpessoais; ▪ à capacidade de influenciar pessoas; ▪ e moldar as características estruturais das organizações. o A administração fica muitas vezes associada a atividades de controle: ▪ de custos, horas, estoque, etc. Ad = Direção / Tendência pa Minister = subordinação / obediência Aquele que realiza uma função abaixo do comando de outrem. Aquele que presta serviços a outro. 3 ➢ CONCEITOS: • A Administração trata do planejamento, da organização, da direção e do controle das atividades diferenciadas pela divisão do trabalho, que ocorrem dentro de uma organização. • Modelo de organização: o é um conjunto de características que definem organizações e a forma como são administradas. • Organização: o é uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos/objetivos coletivos. • Modelo de Gestão: o é um conjunto de doutrinas e técnicas do processo administrativo. • Gestor: o É a pessoa a quem compete a interpretação dos objetivos propostos pela organização e atuar, através do planejamento, da organização de recursos, da liderança ou direção e do controle, afim de atingir os objetivos organizacionais. ➢ ESTRUTURA ORGANIZACIONAL • Formal: o Planejada. o Formalizada oficialmente. o Está no papel. o Deliberadamente estabelece relações entre os componentes. o Quem faz o que e onde. o Papeis e funções claros e organizados. o Cargos e hierarquias equivalentes. 4 • Informal: o Rede social formada entre funcionários. o Aspectos não planejados formalmente. o Pode contornar problemas não resolvidos pela estrutura formal. o Boca a boca. o Sites de redes sociais, comunicação, eletrônica, e-mails. o Rápida. o Difícil de controlar. o Pouca responsabilização. o Boatos. ➢ ESTRUTURA FORMAL E INFORMAL: • A estrutura formal, por meio da departamentalização e divisão do trabalho, proporciona o arcabouço para definição de autoridade, responsabilidade e comprometimento do administrador • Estrutura informal interfere nos resultados da organização, por meio de líderes informais que podem potencializar os resultados ou opor-se aos objetivos da organização. ➢ ADMINISTRAÇÃO/GERENCIAMENTO EM ENFERMAGEM: • Lei 7.498/1986 o Art. 3º – O planejamento e a programação das instituições e serviços de saúde incluem planejamento e programação de Enfermagem. o Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe: ▪ I – privativamente: • a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem. • b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços. • c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de enfermagem. ➢ ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM: • Ao se definir a estrutura organizacional, deve-se considerar: o Filosofia e objetivos do serviço de enfermagem. o Volume e complexidade das atividades a serem executadas. o Recursos disponíveis. o Características desejáveis da estrutura. • Aspectos da estrutura das organizações: o Divisão do trabalho e especialização. o Amplitude de supervisão. o Hierarquia. o Centralização e descentralização. o Autoridade e responsabilidade. o Formalização. 5 ➢ ASPECTOS DA ESTRUTURA DAS ORGANIZAÇÕES: • Divisão do trabalho e especialização: o Para a divisão do trabalho, deve-se determinar as atividades que serão necessárias ao alcance dos objetivos do serviço de enfermagem. A especialização é uma das formas de se dividir o trabalho. ▪ Especialização Horizontal. ▪ Especialização Vertical. • Especialização Horizontal: o Também conhecida como departamentalização - reunir atividades para fins administrativos segundo critérios previamente definidos. o No serviço de enfermagem, a departamentalização pode ocorrer por diversos critérios: ▪ Especialidade. ▪ Complexidade dos cuidados prestados. ▪ Tipo de patologia que o paciente apresenta. ▪ Localização das unidades. ▪ Período (manhã, tarde e noite). • Especialização Vertical: o Ocorre quando é necessário aumentar a qualidade da supervisão, acrescentando mais níveis hierárquicos de supervisão na estrutura. o Também denominado processo escalar. o Crescimento vertical do organograma. o Crescimento da cadeia de comando. o A especialização vertical é representada pela hierarquia da organização. o Geralmente a especialização horizontal e a vertical ocorrem simultaneamente. Dificilmente estão separadas. ➢ ESPECIALIZAÇÃO VERTICAL X ESPECIALIZAÇÃO HORIZONTAL: o Especialização Vertical: ▪ Remete a autoridade e responsabilidade. o Especialização Horizontal: ▪ Faz diferenciação entre os diversos tipos de atividades desenvolvidas pelos órgãos. ➢ EXEMPLO DE ESPECIALIZAÇÃO HORIZONTAL: 6 • Maior número de órgãos no mesmo nível hierárquico. • Crescimento horizontal do organograma. ➢ EXEMPLO DE ESPECIALIZAÇÃO VERTICAL: ➢ AMPLITUDE DE SUPERVISÃO: • Também chamada alcance do controle, amplitude administrativa ou extensão do controle. • Compreende o número de subordinados que uma pessoa pode supervisionar com eficiência. • Considerar o número de pessoas supervisionadas, a distância física entre elas e o tempo necessário • Ou seja: quantos elementos uma pessoa pode supervisionar, a que distância e em quanto tempo. • A quantidade de pessoas que se reportam diretamente a um chefe representa o alcance do seu controle. • Quanto maior a amplitude, maior o número de subordinados e menor a atenção e controle que o superior poderá exercer sobre eles. • Há uma relação inversa entre o alcance de controle e o número de níveis hierárquicos de uma organização. • Quanto mais estreito o alcance, maior será o número de escalões. • O alcance ideal depende de fatores como a natureza do trabalho, capacidade do administrador, sua maturidade, complexidade da tarefa e o escalão em que o trabalho se dá na organização. ➢ HIERARQUIA: • Está relacionada com a especialização vertical. • A organização fica dividida em camadas ou níveis de autoridade, tendo os superiores certo tipo de autoridade sobre os subordinados. 7 • À medida que se sobe na escala hierárquica, aumenta a responsabilidade do ocupante do cargo. • Quanto maior a organização, maior o número de níveis hierárquicos da sua estrutura. • Estrutura formal tradicional representa uma cadeia de níveis sobrepostos, tendo a direção no topo, os executores na base e os níveis intermediários.• Segundo Marquis e Huston (2015): o Um chefe de nível intermediário tem um grau de centralização maior, pois recebe informação de baixo para cima, de cima para baixo e de seus pares hierárquicos. 8 ➢ CENTRALIZAÇÃO: ➢ DESCENTRALIZAÇÃO: ➢ AUTORIDADE E RESPONSABILIDADE: • Autoridade: o Poder de comandar subordinados para executarem atividades visando atingir objetivos. • Autoridade e responsabilidade fluem verticalmente em linha reta. o Do mais alto nível ao mais baixo. • Com a delegação da autoridade → formam-se os níveis hierárquicos • A representação gráfica da autoridade é uma pirâmide invertida. o Quanto mais se sobe na hierarquia, mais se expande a autoridade • Pirâmide hierárquica e sua área de autoridade: 9 ➢ RELAÇÕES BÁSICAS DE AUTORIDADE: • Autoridade Integral: o Quando o dirigente tem completa responsabilidade pelas atividades do órgão dirigido. • Autoridade Administrativa: o Quando o dirigente tem responsabilidade apenas pelas atividades administrativas do órgão dirigido. • Autoridade Técnica: o Quando o dirigente tem apenas responsabilidade técnica do órgão dirigido. ➢ ATENÇÃO: • O chefe é responsável pelo que o subordinado faz. • Autoridade e responsabilidade devem ser equivalentes. • Quando se atribui a um subordinado uma responsabilidade, deve-se atribuir igualmente a autoridade necessária para a execução da atividade. • Estabelece o art. 20, § 2º, do Código Penal: o § 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). • FORMALIZAÇÃO: • Prescreve como, quanto e por quem a atividade deve ser executada. • Representa o uso de normas na organização e o grau em que procedimentos, instruções e comunicação estão escritos. • Descrição de cargos e funções, normas e rotinas, padronização de procedimentos, escalas de distribuição de pessoal. • Considerar o grau necessário de formalização para o melhor desempenho dos indivíduos • Considerar a forma de elaboração dos instrumentos utilizados para a formalização – pessoas não envolvidas na execução podem elaborar instrumentos prescritivos e pouco vinculados à realidade. ➢ DEMONSTRAÇÕES NO ORGANOGRAMA: • O organograma define as relações na instituição. • Relações formais, linhas de comunicação e autoridade aparecem no gráfico em linhas cheias. 10 • Linhas cheias horizontais: o Comunicação entre pessoas com esferas similares de responsabilidade e poder, com funções diferentes. • Linhas cheias verticais: o Denotam a cadeia de comando oficial e as vias formais de comunicação e autoridade. • Linhas pontilhadas ou tracejadas representam cargos no quadro de pessoal. o Cargos de assessoria – prestam informações e assistência ao administrador chefe, mas têm autoridade limitada. Potencializam a influência do administrador e aumenta suas interações. Mas não possuem autoridade legítima inerente. • A unidade de comando é representada por uma linha vertical cheia entre os cargos no gráfico organizacional. • Um chefe, que representa um gerente, a quem se reportam os empregados, estando estes sob sua responsabilidade. ➢ AMPLITUDE DE SUPERVISÃO: • Também chamada alcance do controle, amplitude administrativa ou extensão do controle. • Compreende o número de subordinados que uma pessoa pode supervisionar com eficiência. • Considerar o número de pessoas supervisionadas, a distância física entre elas e o tempo necessário, ou seja: quantos elementos uma pessoa pode supervisionar, a que distância e em quanto tempo. • A quantidade de pessoas que se reportam diretamente a um chefe representa o alcance do seu controle. • Quanto maior a amplitude, maior o número de subordinados e menor a atenção e controle que o superior poderá́ exercer sobre eles. ➢ TIPOS DE ESTRUTURA: • Tradicionalmente, os departamentos de enfermagem utilizam um dos seguintes padrões de estruturação: o Burocrático. o Específico. o De matriz (ad hoc). o Horizontal. o Combinações variadas. 11 ➢ ESTRUTURA DE ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL: • Proposta por Taylor, tem como base a “supervisão funcional”, que aplica o princípio da especialização de funções. • Características: o Autoridade funcional – relativa e baseada na especialização. o Utilização de linhas diretas de comunicação e descentralização das decisões. o Não é a hierarquia, mas a especialização que promove as decisões. • Vantagens: o Proporciona especialização nos divesos órgãos ou cargos da organização o Permite melhor supervisão técnica, uma vez que as pessoas se reportam a especialistas o Desenvolve comunicação direta, sem intermediação, menos sujeita a distorções. • Desvantagens: o Nem sempre o que é solicitado é feito o Orientações múltiplas e contraditórias o Subordinação múltipla o Perda de tempo e confusões o Concorrência entre especialistas causam tensão e conflitos, perda de visão do conjunto. ➢ ESTRUTURA DE ORGANIZAÇÃO LINEAR: • Forma estrutural mais simples, concebida por Fayol (teoria clássica). • Influência de organizações militares e eclesiásticas. • Linhas diretas únicas de autoridade e responsabilidade entre o superior e o subordinado. • Forma tipicamente piramidal. • Princípio da hierarquia seguido rigidamente. • Princípio da unidade de comando (autoridade linear ou única). • Centralização das decisões. ➢ ESTRUTURA DE ORGANIZAÇÃO DE CONFIGURAÇÃO ESPECÍFICA: • Ad hoc – do latim “para isto”. 12 • Também chamada estrutura por projetos. São constituídas equipes de projetos ou de tarefas e estas são desfeitas quando o projeto ou tarefa são concluídos. • Modificação da estrutura burocrática, utilizada de forma temporária, para facilitar a realização de um projeto em uma organização linear formal. • Forma de vencer a inflexibilidade da estrutura linear. • Desvantagens: redução de força da cadeia formal e menor lealdade do empregado com a organização. ➢ ESTRUTURA MATRICIAL: • Estrutura criada para dar ênfase ao produto e à função • Função: o Totalidade das tarefas necessárias para fabricar o produto. • Produto: o Resultado final da função. • Departamentalização matricial: o Utilização simultânea de dois ou mais tipos de departamentalização sobre os membros de uma organização. • Solução criada para atividades em que é necessário interação entre áreas funcionais. • Mantém as estruturas funcionais e cria relações horizontais entre elas. • Estrutura matricial o Fluxos de autoridade (ou cadeia de comando) vertical e horizontal o Dupla ou múltipla subordinação: ▪ Uma pessoa pode responder simultaneamente ao gerente da área técnica em que está alocado e ao gerente do projeto para o qual está́ prestando serviço. o Diversificação elevada: ▪ Alta taxa de mudança dificulta a especialização. ▪ Saber de tudo um pouco. o Tomada de decisões pode ser lenta: ▪ devido à necessidade de compartilhar informações. ➢ TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO: • As Teorias da Administração podem ser agrupadas segundo suas ênfases: o Nas tarefas, na estrutura, nas pessoas, no ambiente e na tecnologia. • As teorias NÃO são contrárias umas às outras, mas antes, se complementam. 13 • Pode haver uma crítica aos conceitos defendidos por uma teoria anterior, no entanto, essa crítica vai gerar o desenvolvimento de proposições mais complexas. o Mas que ainda integram muito o defendido anteriormente, porém de forma mais aperfeiçoada. ➢ PRINCIPAIS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO: • Abordagem “Clássica” o 1903: ▪ Administração Científica. o 1909: ▪ Teoria da Burocracia. o 1916: ▪ Teoria Clássica. o 1932: ▪ Teoria das Relações Humanas. o 1947: ▪ Teoria Estruturalista. • Abordagem Contemporânea: o 1951: ▪ Teoria Dos Sistemas. o 1954: ▪ Teoria Neoclássica. o 1957:▪ Teoria Comportamental. o 1962: ▪ Desenvolvimento Organizacional. o 1972: ▪ Teoria de Contingência. 14 o 1990: ▪ Novas Abordagens (Era da Informação). ➢ TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA: • Teoria da administração científica: o Principal Teórico ▪ Frederick Taylor (1903) – Taylorismo. o Proposta Básica ▪ Aumento da Produção pela eficiência do nível operacional. Ênfase na tarefa. o Preconizava ▪ A divisão do trabalho, especialização do operário e a padronização das atividades e tarefas por ele desenvolvidas. ▪ Organização Racional do Trabalho. • A Teoria da Administração Científica buscava a racionalização do trabalho no nível operacional, ou seja, o foco era no empregado. • Apesar de apresentar como vantagens a produtividade e a eficiência, não levava em consideração as necessidades sociais dos funcionários. • Termos mais utilizados: o Organização racional. o Divisão das tarefas. o Simplificação. o Especialização. o Tempos e movimentos. • Concepção do Homem = Homo Economicus. o Quanto maior a remuneração, maior a produção. • Críticas o Aspecto mecanicista: ▪ O Homem como uma peça de engrenagem e não como um Ser Humano. o Ênfase na especialização do operário como fator de produção. o Não consideração das influências do grupo no desempenho individual • Teoria da Administração Científica e a Enfermagem: o Elaboração/adoção de manuais de técnicas e procedimentos. o Escalas diárias de divisão de atividades/fase mecanicista da administração. o Assistência de enfermagem é fragmentada em atividades. o O executor de distância do todo e se fixa na parte. o Assistência de enfermagem integral ocorre somente nos pacientes graves. ➢ TEORIA BUROCRÁTICA: • 1947 • Principal Teórico: o Max Weber. • Ênfase: o na estrutura. • Objetivo: o racionalidade organizacional e a organização formal (baseada em regras e normas). • Focava na organização inteira. • Apresentava muita rigidez e lentidão, apesar de ter como vantagens a consistência e a eficiência. 15 • Visa a eficiência organizacional como objetivo básico, detalha pormenorizadamente como as coisas deverão ser feitas, prevê detalhes do funcionamento organizacional. • Características: o Racionalidade / Sistemática divisão do trabalho. o Organização formal. o Caráter legal e normativo. o Formalidade das comunicações. o Impessoalidade e hierarquia ▪ Considera o indivíduo apenas em função dos cargos e funções que exercem na organização. o Rotinas e procedimentos padronizados. o Meritocracia. ▪ Remuneração condizente com o cargo. o Profissionalização. o Especialização técnica. o Previsibilidade. o Homem Organizacional. o Incentivos materiais e salariais. • Críticas: o Exagerado apego às regras, regulamentos e normas. o Dificuldade de cumprimento irrestrito de regras. o Supervalorização às normas, regras e regulamentos. o Formalismo e papelório. o Resistência a mudanças. o Impessoalidade no relacionamento humano. o Abusos de autoridade. ▪ Exibição de símbolos que evidenciam o poder dos participantes. o Conflitos com o público. • Teoria Burocrática e a Enfermagem: o O grupo que detém o poder na organização determina o comportamento e posições do pessoal de enfermagem, que passa a ter características de técnicos especializados. o Os serviços de enfermagem seguem o modelo da instituição. o Práticas administrativas baseadas em regras obsoletas, inflexíveis a mudanças. ➢ TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO: • Teórico: o Henri Fayol (1916). • Ênfase na estrutura. o No entanto, o foco estava no gerente (visão de cima para baixo). • Defendia o planejamento como uma das funções principais do administrador, o qual teve a profissionalização de seu papel como gerente. • Organização como estrutura rigidamente hierarquizada, estática e limitada. • Divisão horizontal do trabalho: o Agrupamento de atividades afins (departamentalização). • Em toda empresa coexistem seis funções: o Técnica; 16 ▪ Produção, prestação de serviços. o Comercial; ▪ Compra e venda de produtos e serviços. o Financeira; ▪ Captação e gerenciamento de capitais. o De segurança; ▪ Proteção de bens e pessoas. o Contábil; ▪ Balanço, custos e inventários. o E administrativa. ▪ POCCC. • Função Administrativa se sobrepõe a todas as outras = POCCC. • Funções Básicas da Empresa: o Funções Administrativas: ▪ Prever. ▪ Organizar. ▪ Comandar. ▪ Coordenar. ▪ Controlar. o Funções técnicos: ▪ Relacionada à produção, fabricação, transformação. o Funções comerciais: ▪ Relacionada à compras, vendas e permutas. o Funções financeiras: ▪ Relacionada à procura e gerência de capitais. o Funções de segurança: ▪ Relacionada à proteção e preservação de bens e pessoas. o Funções contábeis: ▪ Relacionada aos inventários, balanços, custos, registros e estatísticas. • POCCC (POC3) = prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. o Planejamento: ▪ Definição e preparação de tarefas. Traçar o programa de ação. o Organização: ▪ Provisão dos recursos necessários. o Comando: ▪ Instrução de pessoas. o Coordenação: ▪ Inter-relacionamento de tarefas. o Controle: ▪ Monitorização e correção. 17 • Proporcionalidade das Funções Administrativas • 14 princípios essenciais para administração: o Divisão do trabalho. ▪ Cada um preocupa-se apenas com a sua função. o Autoridade e responsabilidade. ▪ Os superiores dão as ordens o Unidade de comando. ▪ Os colaboradores recebem ordens somente de um chefe. o Unidade de direção. ▪ Controle único. o Disciplina. ▪ As regras devem ser seguidas. o Remuneração. ▪ Deve ser justa para cada colaborador. o Interesses gerais. ▪ Interesses gerais sobrepõe os interesses individuais. o Centralização. ▪ Atividades e autoridade são centralizadas. o Hierarquia. ▪ Respeito total à hierarquia. o Ordem. ▪ A organização é primordial. o Equidade. ▪ A justiça deve estar presente na Organização. o Estabilidade dos funcionários. ▪ Baixa rotatividade de funcionários. o Iniciativa. ▪ O que foi planejado deve ser cumprido. o Espírito de equipe. ▪ Os colaboradores devem trabalhar com união. • Críticas: o Determina o comportamento do administrador com regras e normas. 18 o Não admite a existência de estrutura informal, que é constituída pelas pessoas e suas relações. • Teoria Clássica e a Enfermagem: o As pessoas e as relações interpessoais não são consideradas. ▪ Atividades rotineiras com avaliações exclusivamente quantitativas. o Preocupação com a quantidade é maior do que com a qualidade. o Desenvolvimento do pessoal de enfermagem e do serviço ficam comprometidos. ➢ TAYLOR X FAYOL: ➢ TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS: • Década de 30. • Elton Mayo e Hawthorne • Ênfase nas pessoas. • Iniciada a partir da experiência de Hawthorne. o Análise das relações da produtividade com a iluminação da fábrica de equipamentos eletrônicos de Hawthorne. • Defendia um enfoque na organização informal, na comunicação, liderança, motivação e dinâmicas de grupo. • Ruptura de paradigmas. • Pressupostos: o Incentivo econômico não é a única forma motivadora. o O trabalhador não se comporta como um ser isolado. o A especialização funcional não cria necessariamente a organização mais eficiente. o "homo socialis". • Questões Abordadas: o Integração social. 19 o Comportamento social. o Recompensas e punições. o Grupos informais. o Relações intergrupais. o Motivação. o Liderança. o Comunicação. o Organização Informal. o Dinâmica de Grupo. o Processo Decisório. o Mudança Organizacional. o Organização INFORMAL. • Conclusão: o O fator psicológico interfere na produção dos trabalhadores de forma mais acentuada do que o fator fisiológico.▪ Influência da iluminação na produção. o Humanização e democratização na administração de pessoal. o Desenvolvimento das ciências humanas. ▪ Psicologia e sociologia. • As Necessidades Humanas Básicas: • Críticas: o Forma paternalista de administração. Conflitos abafados em prol da harmonia. • Teoria das Relações Humanas e a Enfermagem: o Favoreceu o processo de comunicação entre os membros da equipe de enfermagem. ➢ TEORIA ESTRUTURALISTA: • Teóricos: o Levi-Strauss. o Karl Marx. o Max Weber. 20 • Combinação das teorias burocrática, clássica e das relações humanas. • Apresenta ênfase tanto na estrutura como no ambiente. • Ela tem uma abordagem plural que observa a organização, tanto no seu aspecto formal quanto informal, e também o ambiente e como a organização interage e aprende com ele. • Abordagem Estruturalista inclui: o A organização formal e a informal, e suas interrelações. o O objetivo e o alcance dos grupos informais e as relações de tais grupos dentro e fora da organização. o Os níveis mais altos e os níveis mais baixos. o As recompensas materiais e as não materiais (simbólicas). o A interação da organização com o seu ambiente as organizações de trabalho e as de natureza diferenciada. ➢ TEORIA DOS SISTEMAS: • Início na década de 60 - Inaugura a ênfase no Ambiente. • Proposta por Edgard Schein e Daniel Katz e Robert L. Kahn. • Objetivo: o Análise da natureza dos sistemas e da interrelação entre eles em diferentes espaços, assim como a interrelação de suas partes. • Ela se tornou a teoria geral das organizações e da administração, síntese integrativa dos conceitos clássicos, neoclássicos, estruturalistas e comportamentalistas. • Ela trouxe uma nova forma de ver a organização. • O conceito de sistema proporciona uma visão compreensiva, abrangente, holística e gestáltica de um conjunto de coisas complexas, dando‐lhes uma configuração e identidade total. ➢ TEORIA SÓCIOTÉCNICA: • Abordagem Sociotécnica (1953): o Também conhecido como sistema sociotécnico, ou pela sigla STS. o É uma abordagem que reconhece a interação entre as pessoas e a tecnologia existente nas organizações; ▪ como também entre as estruturas da sociedade e o comportamento humano. o O termo foi elaborado durante a Segunda Guerra Mundial, pelos cientistas Eric Trist, Fred Emery e Ken Bamforth. o Quatro princípios centrais: ▪ Autonomia responsável. ▪ Adaptabilidade. ▪ Tarefas inteiras. ▪ Significado da tarefa. o Otimização conjunta, com uma ênfase compartilhada na conquista da excelência no desempenho técnico e qualidade na vida de trabalho das pessoas. ➢ TEORIA NEOCLÁSSICA: • Década de 50. • É uma evolução da Administração Clássica, apresentando maior flexibilidade. Juntas visam otimizar a produtividade e o bem-estar dentro das organizações. 21 • Sustenta-se na prática da Administração, na reafirmação dos princípios da Teoria Clássica e gerais da Administração, porém de forma redimensionada. • Foco: o Na administração e na gestão; o Na estrutura e na tarefa/pessoas. • Disseminação de um pensamento baseado em metas e resultados. • Princípios Básicos da Organização: o Divisão do Trabalho; o Especialização; o Hierarquia; o Autoridade; o e Responsabilidade. • Centralização X Descentralização. • Funções do Administrador: o Planejar; o Organizar; o Dirigir (Comandar); o Coordenar; o Controlar. • Homo Organizacional & Administrativo. • Administração por Objetivos (APO). • Consecução dos objetivos e obtenção de resultados. Planos Estratégicos → Planos Táticos (departamentais) → Resultados → Avaliação e Retroação • Decorrências. • Tipo de organização: o Linear; o Funcional; o Staff; o Comissões. • Departamentalização: o Funcional; o por Produtos ou Serviços; o Geográfica; o por Clientela; o por Processos; o por Projeto. ➢ TEORIA COMPORTAMENTAL: • Década de 50 • Com foco nas pessoas, o comportamento humano passar a ser estudado e é a principal característica desse modelo. • Ênfase: o Pessoas/Ambiente; o Indivíduos o Dimensão motivacional; o Homem Administrativo. 22 • Apesar dela ser decorrente da Teoria das Relações Humanas, ela oferece uma visão do comportamento inserido no contexto organizacional (Formal e Informal). • Resgate da pirâmide de necessidades (Abraão Maslow). • Foco desviado da estrutura e depositado no processo e na dinâmica organizacional. • A ênfase continua sendo dada na variável das pessoas. • Estudou o comportamento das pessoas e, principalmente a motivação humana. • Em 1960, McGregor postulou que a atitude dos administradores frente aos empregados influencia a forma como eles são tratados por seus superiores, o que influencia na sua satisfação e, portanto, na sua produtividade. • Ele estabeleceu a teoria x e teoria y. • A primeira afirma que os empregados são lentos e indiferentes às necessidades da instituição e necessitam, portanto, de constante supervisão. • Já a teoria y diz que os empregados gostam do trabalho, são automotivados e possuem metas pessoais e organizacionais. • Chris Argyris (1964) apoiou Mayo e McGregor, dizendo que a dominação do administrador faz com que os trabalhadores fiquem desencorajados e passivos. • Ressaltou a importância de satisfazer as necessidades de autoestima e independência, assim como a necessidade de flexibilidade organizacional e participação do empregado no processo decisório. • Centralização do poder pode levar a adoção de estilos de chefia compatíveis com a Teoria X. • Compatibilidade com as Teorias Clássica e Científica comumente adotada pelos administradores de enfermagem. • Caso um administrador com postulados compatíveis com a Teoria Y, em organizações com políticas e diretrizes calcadas na Teoria X, deve ser precedido de uma ampla discussão sobre valores implícitos nesses pressupostos. ➢ DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL: • Ênfase nas pessoas. • Mudança organizacional planejada; 23 o envolvendo mudança na estrutura, na tecnologia, nas tarefas (produtos, serviços, clientes), cultura organizacional, “empowerment”, pesquisa-ação. • Administração participativa. • Sistemas Mecânicos: o Ênfase individual. o Relacionamento do tipo autoridade-obediência. o Supervisão hierárquica rígida. o Solução de conflitos por meio de repressão ou arbitramento. • Sistemas Orgânicos: o Confiança e crença recíprocas, interdependência e responsabilidade multigrupal. o Compartilhamento de responsabilidades. o Solução de conflitos através de solução de problemas. ➢ TEORIA DA CONTINGÊNCIA: • Ênfase no ambiente e na tecnologia. • Defende tanto que não há uma melhor maneira de organizar, como também que uma forma de organizar pode não ser eficaz da mesma forma em todas as situações. • O ambiente externo à organização influencia nos processos organizacionais e na sua estruturação. • Existe uma relação funcional entre as variáveis ambientais e as variáveis técnico administrativas. • Além do ambiente, a Tecnologia também influencia a estrutura e a dinâmica organizacionais • A tecnologia assume posição de destaque pelo fato de permear toda a atividade de produção e de prestação de serviços. • Determina a eficiência dos meios utilizados e a eficácia de seus resultados. • Por ser recente, é pouco percebida na prática da administração. 24 ➢ NOVAS ABORDAGENS: • Impulsionadas pelo Avanço tecnológico e a concorrência global (globalização). • “Agir de forma planejada e sistêmica para implantar e implementar um ambiente no qual o aprimoramento seja contínuo e em que todas as relações fornecedores/clientes da organização, sejam elas internas ou externas, exista satisfação mútua.” (ISO 9000). • Readministração o Formade gerir as organizações contemporâneas, de tal sorte que consigamos organizações: ▪ Eficientes: • Produtivas. ▪ Eficazes: • Que atinjam os resultados. ▪ Efetivas (além da Soma do E + E): • Responsabilidade pública, ética em seu desempenho. ▪ Relevantes: • Indivíduos satisfeitos e recompensados com e pelo que fazem. 25 ➢ ORGANIZAÇÃO COMO UM SISTEMA FECHADO: 26 27
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