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NEUROANATOMIA AULA 1: • Do tronco encefálico saem 10 dos 12 pares de nervos cranianos. • Estrutura relacionada com a coordenação motora e equilíbrio é o cerebelo. • Existem dois compartimentos no cérebro, um chamado de supratentorial( diencéfalo e telencéfalo) e outro chamado de infratentorial( cerebelo)- estes são separados pela tenda do cerebelo. • A via eferente de motricidade surge do telencéfalo e desce pela via cortico- espinhal ou piramidal( via da motricidade), lembrando que esta via motora surge no córtex pré-central. • No cérebro- a parte periférica é composta de substância cinzenta e a parte central é composta por substância branca. • Na medula- a parte periférica é formada por substância branca e a parte central é composta de substância cinzenta. • Em todo o SNC existe um buraco por onde circula líquor e todas as partes do sistema se comunicam por este buraco. Na medula existe um pequeno orifício chamado de canal central da medula, já no tronco cerebral esse canal se abre dando origem ao 4 ventrículo. • A medula espinhal possui uma artéria na frente a artéria espinhal anterior e duas atrás, as artérias espinhais posteriores- todas essas ramos da artéria vertebral. • Meninges- a dura máter fica totalmente colada no osso, a aracnoide fica totalmente aderida a dura mater, portanto não existe um espaço entre elas. Existe agora um espaço importante chamado de espaço subaracnoide- localizado entre a pia-matér e a aracnoide, onde circula o líquor. Por ultimo a pia-mater é totalmente aderida ao cérebro. Doenças que afligem as meninges e fazem com que elas se descolem: Hematoma extradural- uma fratura que quebre o osso pode gerar um hematoma extradural, descolando o osso da dura-matér. Hematoma subdural- separa a aracnoide da dura matér. Hematoma subaracnoide- é aquele que ocorre com o rompimento de aneurismas, observasse a presença de sangue no líquor, no espaço subaracnoide. OBS: extra é algo pra fora e sub é algo pra dentro. • A dura matér que envolve o osso possui pregas/invaginações para dentro do crânio. Uma dessas pregas é a tenda do cerebelo, que não fica totalmente fechada pois serve para passar a parte mais alta do tronco encefálico, outra prega é a que divide os dois hemisférios cerebrais. • Nervos espinhais - cada um deles é formado por duas raízes, sendo uma ventral ou motora e outra dorsal ou sensitiva( esta apresenta um gânglio da raiz dorsal). • Vias/feixes/tratos/lemniscos/fascículo- são núcleos de fibras( geralmente axônios) com a mesma função e geralmente com a mesma origem e destino. Um exemplo é o trato córtico- espinhal, esse que tem origem no córtex do giro pré-central, desce pelo axônio e termina fazendo sinapse com outro neurônio que faz sinapse com a medula, pra sair o estimulo do sinal. AULA 2: EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL: • Uma diferenciação se inicia na camada mesodérmica e essa dará origem a notocorda, esse processo influencia a especialização das células centrais da camada ectodérmica, formando a placa neural- que é o espessamento das células ectodérmicas. • Posteriormente a notocorda começa a migrar mais para o interior da estrutura embriológica, puxando a placa neural junto com ela, o que promove uma invaginação da mesma. • Essa invaginação é inicialmente chamada de sulco neural, com o decorrer do tempo ela passa a ser chamada de goteira neural, até que a interiorização da placa neural aumente e suas bordas se rompam e fechem, formando o tubo neural. • As células da borda da placa neural constituem a crista neural. • Em suma, o tubo neural se posiciona mais centralmente, as cristas neurais nas laterais e o ectoderma volta a se fechar. • Crista neural- é importante por fazer parte da formação do sistema nervoso periférico, se dividindo posteriormente em gânglios das raízes dorsais/sensitivas dos nervos espinhais. • Todos os processos descritos fazem parte da neurulação, esse processo começa no meio/centro do embrião com a participação das 3 lâminas celulares. Primeiro inicia-se o fechamento do centro e esse progride para as pontas, o que será o futuro telencéfalo e ponta da medula espinhal. • OBS 1: gânglio é o agrupamento de corpos neuronais fora do SNC. • OBS 2: placa neural>sulco neural>goteira neural>tubo neural. • Importante ressaltar que com 22 dias o embrião é quase todo aberto e com 23 dias ele já está quase todo fechado, restando apenas os 2 neuroporos- neuroporo anterior/neural e neuporo posterior/caudal. • Crista neural 2- as células que compõem a crista neural darão origem a neurônios sensitivos, neurônios autonômicos do SNA, células de schwann, melanócitos, células cromafins e odontoblastos. • Em suma, as células da crista neural são pluripotentes e dependendo do estimulo recebido podem se diferenciar. • Após todas as fases embrionárias citadas, acontece o fechamento dos neuroporos e o embrião fica totalmente selado. Na porção caudal o tubo permanece fechado e forma a medula primitiva, já na porção neural inicia o crescimento de 3 vesículas/dilatações- que constituirão o prosencéfalo, o mesencéfalo e o rombencéfalo. • Prosencéfalo- irá gerar o telencéfalo e o diencéfalo. • Mesencéfalo-permanecerá mesencéfalo. • Rombencéfalo- se transformará em metencéfalo e mielencéfalo. • Metencéfalo- vira ponte e cerebelo. • Mielencéfalo- vira bulbo. • Medula primitiva- se torna medula espinhal. CORRELAÇÕES CLÍNICAS: 1- Microcefalia, anencefalia e Encefalocele: são condições causadas por falhas no fechamento do neuroporo anterior, podendo resultar em um defeito no fechamento do crânio e consecutivo defeito na formação do cérebro. 2- Mielomeningocele: causada pelo defeito no fechamento do neuroporo posterior, sendo essa condição mais comum que a citada anteriormente. Essa doença prejudica o fechamento da medula espinhal, por isso é comum aos portadores serem paraplégicos, terem prejuízos na inervação da bexiga, ânus e intestino grosso. É bem importante ressaltar que existe cirurgia para fechamento dessa abertura, entretanto como o desenvolvimento do sistema nervoso acontece nos 23 primeiros dias de formação nada se pode fazer em relação aos possíveis efeitos dessa doença. 3- Uso do ácido fólico: a sua deficiência causa a inibição do fechamento dos neuroporos, podendo causar umas das doenças citadas acima. • Com o passar do desenvolvimento vão aparecendo dobras, sendo que a primeira delas é chamada de flexura cefálica e a segunda é chamada de flexura cervical. No entanto com o decorrer do tempo a flexura cervical volta a ficar reta e a cefálica permanece curvada, e essa é a atual conformação do nosso SNC. O telencéfalo cresce primeiramente pra cima e depois para frente. • Ainda em certa fase do desenvolvimento embriológico começam a aparecer as vesículas auditivas e óptica, além disso uma série de neurônios se deslocam para a região periférica/córtex do telencéfalo. Esse fato somado ao crescimento telencefálico torna impossível continuar com o crescimento em volume, fato que justifica o aparecimento de circunvoluções(sulcos e giros) que permitem o crescimento em área total do cérebro. • As células pluripotentes do tubo neural- formam os neurônios, as células da glia/oligodendrócitos, astrócitos, micróglia e células ependimárias. • Processo de migração neuronal: os astrócitos são muito importantes para a constituição do córtex cerebral, pois a partir do momento que os neurônios se formam nas bordas do tubo neural, outras células pluripotentes(astrócitos) se diferenciam e vão se ligando a periferia, formando os astrócitos radiais, que formam caminhos- o que possibilita a migração dos neurônios para a região cortical. Assim que o primeiro neurônio migra os próximos vão se depositando uns em cima do outros, portanto quanto mais superficial um neurônio maisrecente foi sua migração. • A partir desses processos o cérebro esta pronto de maneira estrutural mas não de maneira funcional, isto é as conexões entre os neurônios ainda não estão suficientemente maduras no momento do nascimento do bebê. Quando uma criança nasce seu cérebro realiza uma série de sinapses, com o passar do tempo essas conexões são reduzidas, permanecendo apenas aquelas geradas por estímulos. • É importante destacar que a plasticidade cerebral( capacidade de fazer novas conexões) é maior em crianças do que em adultos. CÉLULAS DO SISTEMA NERVOSO: 1. Neurônios: apresentam um corpo neuronal com prolongamentos que recebem os estímulos elétricos, chamados de dendritos. A partir do corpo neuronal sai um prolongamento, normalmente, único que é chamado de axônio e leva o estimulo elétrico na direção de outro neurônio, musculo ou glândula. 2. Neurônio pseudounipolar- é encontrado na raiz dorsal dos gânglios dos nervos espinhais, esses neurônios contém apenas uma projeção saindo do corpo neuronal, essa que se direciona para a periferia para receber os estímulos sensitivos. 3. Astrócito: responsável pela sustentação do sistema nervoso, também ajudam na função de barreira hematoencefálica, reserva de glicogênio do SN, isolamento de sinapse, ainda é capa de fazer a manutenção do meio extracelular. 4. Oligodendrócito- forma a bainha de mielina do SNC. 5. Célula de schwann: forma a bainha de mielina no SNP, é capaz de envolver o neurônio em apenas um único lugar. 6. Microgliócitos- não tem origem do tubo neural, tem função de fagocitose, essas são de origem mesenquimal. AULA 3: MEDULA ESPINHAL: • Encontra-se dentro do canal vertebral. • Continua cranialmente com o bulbo e termina inferiormente no canal vertebral na altura de L1 e L2, em uma extremidade que vai se afinando para formar um cone medular. • Ao todo são 31 pares de nervos cranianos- sendo 8 cervicais,12 torácicos,5 lombares,5 sacrais e 1 par do cóccix. • A divisão acima se baseia na saída dos nervos espinhais- que acontece pelo forame intervertebral. • Existem 2 regiões anatômicas onde a medula é mais gordinha- a região cervical e a região lombar- nessa porção existe uma maior quantidade de células que formam o plexo braquial e o plexo lombossacral. Essas regiões são chamadas de intumescência. • CERVICAL- existem apenas 7 vertebras cervicais e 8 pares de nervos espinhais, isso ocorre porque o primeiro nervo(C1) sai entre o osso occipital e a vertebra C1. Já o nervo C2 sai entre as vertebras C1 e C2 e assim sucessivamente até chegar ao nervo C8 que sai acima da vertebra de T1. • Em suma: na porção cervical o nervo que sai é correspondente a vértebra de baixo. • A partir de T1 para baixo o nervo que sai é referente a vértebra de cima. • A saída dos nervos espinhais é mais perpendicular cranialmente, em relação a medula. Conforme o sentido caudal os nervos vão tendo um trajeto mais pra baixo, aumentando a distância entre a medula e a saída do nervo no forame intervertebral. Sobre a imagem: é referente a uma fatia da medula torácica- é possível ver as 3 meninges recobrindo a medula espinhal, essa localizada no canal vertebral. É importante perceber a dura-máter colada com a aracnóide e pia-máter envolvendo intimamente o tecido nervoso. Percebe-se dois espaços importantes: o espaço subaracnoide, localizado entre a aracnoide e a pia-máter, local onde circula o líquor. E o espaço epidural correspondente ao espaço entre o osso e a dura-máter, nesse espaço tem a presença de gordura e vasos, sendo que é desse local que saem os nervos espinhais. Tais veias são importantes porque fazem parte de uma rede venosa que comunica a circulação venosa desde o canal vertebral sacral até cervical e intracraniano. CORRELAÇÃO CLÍNICA: PLEXO VENOSO DO ESPAÇO EPIDURAL Entre o osso e a dura-máter existe um plexo venoso que comunica todo SNC, em caso de hipertensão intra-abdominal pode ocasionar uma alteração no fluxo sanguíneo da veia cava inferior, sendo que o sangue não consegue circular nessa região devido a alta pressão nessa região. Dessa forma, o sangue pode começar a circular de maneira oposta, sendo encaminhado da região abdominal(veia cava inferior) para vias alternativas, como o plexo venoso epidural até chegar a veia cava superior- podendo assim alcançar o crânio. Esse fato é de extrema importância já que infecções intra- abdominais graves podem alcançar o SNC, causando uma meningite ou trombose infecciosa dos seios venosos. CORRELAÇÃO CLÍNICA: ANESTESIA EPIDURAL Se insere o anestésico no espaço epidural- entre o osso e a dura-máter- o qual escorre para cima e para baixo, anestesiando os nervos espinhais, que saem nessa região. • O espaço subaracnóide(entre aracnoide e pia-máter) vai até S2, isto é até o nível sacral. • A medula não acompanha todo o canal vertebral, acabando entre L1 e L2, mais precisamente no nível do canal vertebral de L2. Ao chegar nessa região a medula vai se afinando aos poucos e vira o cone medular. • Dentro do espaço subaracnoide existem os nervos espinhais que ainda não saíram, são nervos que estão migrando em direção inferior para alcançar seu forame de saída—esse conjunto de nervos na região inferior da medula e que estão dentro desse espaço formam a cauda equina(espaço entre L2 e S2). • CAUDA EQUINA- para entendermos sua origem precisamos de uma análise embriológica, quando esta fechando a região do tubo neural, fecha o neuroporo caudal, ou seja a parte mais inferior do tubo. Logo depois vem o ectoderma e fecha por cima, fazendo com que o tubo fique um pouco mais interno, e aos poucos, vai acontecendo o desenvolvimento ósseo das vértebras. Então as vértebras se formam após o tubo neural já ter se desenvolvido e começam a envolve-lo. Depois de formada as vértebras começam a crescer muito em sentido crânio-caudal e a medula não acompanha esse crescimento,daí a medula vai ficando curta em relação as vertebras, só que os nervos espinhais já haviam saído pelos forames intervertebrais, fazendo com que seja necessário o alongamento do nervo dentro do canal vertebral para seguir aquele forame que ficou mais abaixo. • Existe uma projeção de dura-máter para cada um dos nervos espinhais, a histologia explica que ao chegar na altura do forame vertebral o perineuro aos poucos vai se fundindo com a dura-máter, portanto nesse local não existe uma delimitação clara entre perineuro e dura-máter. Adota-se, portanto, que na altura desse forame o perineuro substitui essa membrana, no sentido interno. • Existem os ligamentos denteados- estes são prolongamentos da pia-máter e da aracnóide, os quais se aderem a medula espinhal fazendo com essa estrutura fique presa dentro do canal vertebral. • O cone medular, caracterizado por ser o final da medula espinhal, continua com um prolongamento de pia-máter- chamado de filamento terminal. • Fundo de saco dural- é um espaço que vai até S2(onde termina a dura-máter). • O filamento terminal vai até o fim do saco dural, perfura o fundo desse saco e vai até o cóccix, onde se fixa formando o ligamento coccígeo. CORRELAÇÃO CLÍNICA: PUNÇÃO LOMBAR Entre L2 e S2 temos um espaço que é considerado seguro para realizar a retirada de líquor, pois nessa região não há a presença de medula, só os nervos espinhais que estão dentro de um saco de líquido. Esse procedimento é feito com maior frequência entre L3 e L4, pois o espaço é maior. A agulha é inserida entre 2 processos espinhosos das vértebras, passando pelo ligamento interespinhoso(mais resistente) e pelo ligamento amarelo, ao passar por este chegamos ao espaço epidurale daí a resistência é diminuída, posterior as meninges chegamos ao espaço subaracnoide, onde também é possível injetar algumas substancias(anestesia do tipo raqui- sendo que esse tipo de anestesia tem um peso molecular maior que o do líquor presente nessa região, fazendo com que ele afunde e fique na região de fundo de saco dural). REGRAS PARA FRATURAS VERTEBRAIS: • De C3 até T10- a regra é diminuir 2. Lesão medular em T8, tenho uma vértebra fraturada em T6 Lesão medular em C8,tenho uma vértebra fraturada em C6. • A vértebra T10 já corresponde ao nível medular de T12. • As vértebras T11 e T12 correspondem a medula lombar. • A partir de T12 também afeta a medula lombar. • C1, C2, C3 é o mesmo nível medular. • A partir de L1 pega todo nível medular sacral e coccígeo. AULA 4: Sobre a imagem: podemos observar no ponto mais alto da medula espinhal a emergência do primeiro filamento radicular do primeiro nervo espinhal(C1) e essa também coincide com o forame magno- tais estruturas fazem o limite entre a medula espinhal e o tronco encefálico. O nervo que sai acima do primeiro nervo espinhal corresponde ao nervo acessório(11), o qual possui uma raiz craniana e uma raiz espinhal- esse recebe filamentos radiculares de até 6 níveis da medula cervical, os quais ascendem em direção craniana- todos esses se juntam no forame jugular formando o nervo craniano. Sobre a imagem: na medula existem alguns sulcos e invaginações em sua superfície. Na porção anterior tem um sulco que é mais aprofundado que os outros, chamado de fissura mediana anterior, sendo que essa continua no bulbo e vai até o sulco bulbo- pontino. Lateralmente a essa fissura existem os sulcos laterais anteriores- da onde saem os filamentos radiculares dos nervos espinhais( raiz ventral ou motora). Na porção posterior existem os sulcos laterais posteriores- da onde saem os filamentos radiculares da raiz dorsal/sensitiva do nervo espinhal. Ainda posteriormente encontramos o sulco mediano posterior. OBS: Na medula torácica e cervical temos o sulco intermédio posterior, este só aparece na porção superior da medula e está localizado entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior. Sobre a imagem: percebe-se a região central, chamada de H medular. Está é composta por substância cinzenta e apresenta 3 cornos. Corno anterior- local onde ficam os corpos neuronais que formam a raiz motora do nervo espinhal, corno posterior- local onde ficam os corpos neuronais que recebem a raiz sensitiva do nervo espinhal. Ainda existe um corno lateral- presente apenas na altura da medula torácica(T1 a L2), esse existe devido a existência de neurônios que vão dar origem aos nervos do sistema nervoso simpático- o qual é de origem medular e lombar. Sobre a imagem: como já citado na região do H medular existem os cornos/colunas anteriores, posteriores e laterais. Então do mesmo nervo espinhal( na região toraco- lombar) também sai um neurônio que emerge da coluna lateral do h medular e seu axônio acompanha o neurônio motor pelo corno posterior, saindo no forame vertebral, sendo que depois essas raízes se separam para formar o SNA simpático. OBS: na parte central do H medular temos um resquício da luz do tubo neural, o qual é chamado de canal central da medula. Sobre a imagem: a substância branca também apresenta algumas divisões, essas provocadas pelo H medular. O que fica entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior recebe o nome de funículo anterior. O mesmo ocorre dorsalmente, o que fica entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior é nomeado funículo posterior. Ainda o que está entre o sulco lateral posterior e o sulco lateral anterior é denominado funículo lateral. • A substância cinzenta e a branca são divididas em 10 lâminas de rexed, a análise dessas lâminas é importante quando se trata de dor, por exemplo. Os neurônios responsáveis pela via da dor têm relação com a lâmina 2 ,3 e 4 de rexed. A lâmina 2 em especial é chamada de substância gelatinosa, a qual é mais ligada com os estímulos dolorosos. Além disso, na região do funículo anterior temos as lâminas 7, 8 e 9 relacionadas com os movimentos motores. • Lâmina 2,3 e 4- via da dor • Lâmina 2- substância gelatinosa • Lâmina 7,8 e 9- via da motricidade Sobre a imagem: é possível perceber o corte de vários níveis da medula espinhal, perceba que o H medular é mais largo na região lombo-sacral. Além disso percebe-se que em níveis superiores a substância branca é mais proeminente em relação a substância cinzenta, portanto quanto maior o nível(mais acima) maior é a quantidade de estímulos que essas fibras da substância branca precisam captar. Exemplo: o nível S3 só recebe as informações de S3,S4,S5 e cóccix, ou seja, apenas de 4 níveis abaixo dele. Já o nível de L2 recebe informação de quase todas as parcelas dos membros inferiores, importante perceber portanto que o número dessas fibras aumentam muito na região cervical, visto que os axônios dos neurônios que estão na substância branca estão levando a informação sensitiva da periferia para o SNC ou encaminhando movimentos motores do SNC para os neurônios motores. CORRELAÇÃO CLÍNICA: REFLEXO INTRA E INTER SEGMENTAR Reflexo intrasegmentar: esse reflexo recebe essa nomenclatura pois ocorre dentro do mesmo segmento(mesmo nível) da medula, isto é, o mesmo nervo que recebe a informação sensitiva provoca uma reação motora. Exemplo- ao percutir um determinado tendão ocorre um estiramento súbito da musculatura, então o nervo sensitivo(capaz de levar a informação de propriocepção) vai até o gânglio espinhal e chegue ao corno posterior do H medular, fazendo sinapse com um interneurônio nessa região. Essa sinapse comunica o neurônio posterior(sensitivo) com o neurônio anterior(motor), o que provoca uma resposta quase simultânea no músculo. Reflexo intersegmentar: a ideia é exatamente a mesma do reflexo anterior, entretanto há a comunicação de diferentes níveis medulares. Sobre a imagem: refere-se ao nível de L1, visto que notamos a presença de pouca medula espinhal e muitas raízes espinhais. Então estamos vendo a parte final da medula espinhal em L1, visto que em L2 esta já terminou, e estamos vendo o início da cauda equina- na imagem podemos notar os vários filamentos dos nervos espinhais inferiores cursando dentro da dura-máter e indo em direção ao fundo de saco dural. TRATOS Sobre a motricidade: ela é realizada pelo trato cortico-espinhal, do córtex motor no giro pré-central saem fibras, dessas 80-90% descem e cruzam na decussação das pirâmides bulbares, chegando invertidas na medula espinhal e passando pelo funículo lateral dos dois lados, compondo o trato cortico-espinhal lateral. O restante dos estímulos, 10-20%, seguem para o funículo anterior pelo trato cortico-espinhal anterior. • Trato cortico-espinhal lateral: o estímulo vem do giro pré-central do córtex motor e desce lateralmente em direção inferior, então o 1 neurônio decussa(cruza) nas pirâmides bulbares, fazendo sinapse com um 2 neurônio no funículo lateral da medula- no lado contrário de onde o estímulo saiu, esse fará sinapse com um 3 neurônio e levará o estímulo até o membro que será estimulado motoramente. Importante- os axônios que saem do lado direito do córtex motor comandam o lado esquerdo do corpo e vice versa. • Trato cortico espinhal anterior: as fibras que não cruzaram permanecem na porção anterior do funículo, o 1 neurônio chega na comissura branca damedula e nesse ponto decussa, fazendo sinapse com um 2 neurônio- o qual carrega o estímulo motor. OBS: todos os estímulos motores são contralaterais. O trato cortico-espinhal lateral decussa na pirâmide bulbar e o trato cortico espinhal anterior decussa na comissura branca da medula. OBS: existem outros tratos motores menos relevantes, tais como, o rubro- espinhal,tecto-espinhal,vestíbulo-espinhal e retículo-espinhal. • Trato espino-talâmico lateral: carrega a sensação de dor e temperatura, está localizado no funículo lateral, começando na medula e indo até o tálamo. • Trato espino-talâmico anterior: se encontra no funículo anterior, começando na medula e indo até o tálamo. Ele é responsável pela sensibilidade do tato grosseiro e pressão. • os tratos espino-talamicos cruzam na medula. • A informação sensitiva entra pela raiz dorsal levando informações de dor, tato grosseiro, pressão e temperatura. Chegam no segundo neurônio que esta no corno posterior do H medular, esse neurônio decussa pela comissura branca, sendo que o local que as fibras vão após a decusação define qual dois dos tratos ela será. Então a informação já cruzada sobe até o tálamo. • Funículo posterior: estão presentes as informações vibratórias, tato fino/epicrítico e propriocepção consciente. • Fascículo grácil: responsável pela medula coccígea,sacral,lombar e torácica baixa- até a altura de T6. Até T6 o funículo posterior é formado apenas pelo fascículo grácil. • Fascículo cuneiforme: superior a T6, na região de medula cervical e torácica superior, percebemos o aparecimento na posição lateral de outro fascículo no funículo posterior. • Esses dois fascículos levam a mesma informação e são separados pelo sulco intermédio posterior. Esses tratos NÃO fazem sinapse na medula, as fibras entram no sulco lateral posterior e vão direto para o funículo posterior e já ascendem sem fazer decussação. Esses dois axônios, diferentemente dos outros tratos, são compostos por neurônios sensitivos dos nervos espinhais e não por axônios de neurônios do H medular. • Trato espino-cerebelar anterior e posterior: carregam informações sobre a propriocepção inconsciente( nível de estiramento muscular, posição de cada músculo e articulação). Estão estão dispostos no funículo lateral da medula. • Trato espino-cerebelar anterior: o neurônio sensitivo entra pelo sulco lateral posterior e vai até a coluna posterior do H medular, fazendo sinapse com o 2 neurônio nesse local, o qual DECUSSA e vai para o funículo lateral, então sobem até o mesencéfalo e descem adentrando o cerebelo pelo pedúnculo cerebelar superior. • Trato espino-cerebelar posterior: o seu 1 neurônio entra pelo suco lateral posterior, chegando na coluna posterior do H medular, faz sinapse com o 2 neurônio, esse que direciona suas fibras para o funículo lateral SEM mudar de lado, e ascendem, atingindo o cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior. • Fascículo próprio: o 1 neurônio sensitivo não faz sinapse com o 2 neurônio no H medular apenas, embora esse seja o segmento principal esse nível não será o único atingido. Tal fato ocorre devido a existência de uma rede de neurônios que envolvem o H medular e comunicam diversos pontos da medula espinhal, para fazer a realização de ações conjuntas estimuladas em diversos locais desse segmento. VASCULARIZAÇÃO DA MEDULA: • A medula é irrigada por 2 ramos da artéria vertebral( artérias espinhais anteriores e posteriores) e pelas artérias radiculares( penetram na medula junto das raízes dos nervos espinhais). • Artéria espinhal anterior: tronco único formado pela confluência de dois curtos ramos das artérias vertebrais direita e esquerda, é disposta pela superfície da medula, ao longo da fissura mediana anterior até o cone medular. Vasculariza as colunas e os funículos anterior e lateral da medula. • Artéria espinhal posterior: se dirige dorsalmente, contornando o bulbo, vasculariza a coluna e o funículo posterior da medula. • Artérias radiculares: derivam dos ramos das artérias segmentares do pescoço e tronco, esses ramos penetram nos forames intervertebrais com os nervos espinhais e dão origem as artérias radiculares anterior e posterior, que percorrem a medula com as correspondentes raízes dos nervos espinhais. As artérias radiculares anteriores se anastomosam com a espinhal anterior e as artérias radiculares posteriores com as espinhais anteriores. DERMÁTOMOS: • Território cutâneo inervado por fibras de uma ÚNICA raiz dorsal. Ao ter uma raiz seccionada o dermátomo correspondente não perde totalmente a sensibilidade, visto que as raízes dorsais adjacentes inervam áreas sobrepostas. É importante para a localização de lesões radiculares ou medulares. AULA 5: • Conteúdo intracraniano: o bulbo é delimitado inferiormente pelo forame magno e pela saída dos filamentos radiculares de C1. A parte superior do bulbo apresenta uma composição bem diferenciada da parte inferior, esta se parece muito com a medula espinhal. • A delimitação superior do bulbo é feita pelo sulco bulbo- pontino, esse é bem aparente na parte anterior do bulbo. • Superiormente ao bulbo temos a ponte, uma unidade globosa com bastante fibras nervosas, responsável pela conexão entre telencéfalo e cerebelo. • Acima dessa estrutura encontra-se o mesencéfalo que liga o cerebelo, ponte e bulbo com o restante do cérebro. • Todos esses componentes estão inseridos na fossa posterior do cérebro. • Entre o tronco encefálico e o cerebelo temos uma dilatação, que é um resquício da luz do tubo neural- na altura do tronco encefálico esse estrutura se abre e forma o 4º ventrículo. • Na parcela superior do 4º ventrículo este se comunica com o 3º ventrículo por um canal nomeado aqueduto cerebral. • Na altura do bulbo, percebe-se uma continuação do canal central da medula, o canal central do bulbo, o qual na metade do bulbo se abre para formar o 4º ventrículo. • Tenda do cerebelo- separa o conteúdo da fossa posterior do conteúdo supra- tentorial. BULBO • ANTERIOR: • apresenta uma linha que é continua com a medula, chamada de fissura mediana anterior. • Sulco superior, chamado de sulco bulbo-pontino, sendo que a fissura mediana anterior vai até esse sulco. • Sulco lateral anterior, de onde partem os filamentos radiculares. • A parte anterior do bulbo é mais proeminente que a posterior por apresentar uma quantidade maior de fibras do trato cortico-espinhal(carrega as informações motoras). As fibras motoras que vão para os membros passam pelas pirâmides bulbares derivadas dos agrupamentos desses filamentos. • Lesão de trato córtico-espinhal: também pode ser chamada de lesão do trato piramidal. Se a pessoa apresentar déficit motor,hiperlexia,sinal de babinski essa lesão pode ser denominada de síndrome piramidal- devido as pirâmides bulbares. • Além disso, observa-se um interrompimento na fissura mediana anterior, devido a decussação das pirâmides bulbares. Nessa localidade as fibras do trato córtico-espinhal/piramidal cruzam quase que na sua totalidade, formando na medula, mais especificamente no funículo lateral, um novo trato- chamado de trato córtico-espinhal lateral. As poucas fibras que não cruzaram seguem reto e continuam na medula como trato-córtico espinhal anterior. • Abaixo das pirâmides bulbares- existe a presença de 2 outras proeminências na superfície anterior do bulbo, chamadas de olivas. Na porção inferior dessa estrutura aparece o núcleo(agrupamento de corpos neuronais) olivar inferior, esse que é responsável pela proeminência. • Na região olivar, a continuação do sulco lateral anterior passa a ser chamado de sulco pré-olivar(face anterior). • Na face posterior a olivatemos o sulco pós-olivar, que era chamado de sulco lateral posterior. • Do sulco pré-olivar ocorre a saída dos filamentos que irão compor o nervo hipoglosso (12). • Do sulco pós-olivar saem os filamentos que irão compor o nervo glossofaríngeo (9), vago (10) e acessório (11). • Percebemos então que na porção anterior do bulbo saem os filamentos dos nervos cranianos 9,10,11 e 12. • POSTERIOR: • Nessa região temos uma parte aberta, a qual junto com a parte posterior da ponte e do bulbo fazem o assoalho do 4º ventrículo. • O assoalho do 4º ventrículo corresponde a porção posterior do tronco cerebral e o teto é a parte que fica em contato com o cerebelo. • Na vista posterior existe ainda o sulco mediano posterior, intermédio posterior e lateral posterior. • Nessa porção existe o funículo posterior que é composto pelo fascículo grácil e cuneiforme, na porção mais superior encontramos 2 proeminências, chamadas de tubérculo grácil e cuneiforme- derivados da presença do núcleo do grácil e do núcleo do cuneiforme. Lembrando que esses não fazem sinapse e não cruzam na medula espinhal, o nervo espinhal sobe direto, sendo que nessa região chegam os 1º neurônios que carregam informações de propriocepção consciente, sensibilidade vibratória e tato epicrítico. Esses axônios do 1º neurônio fazem sinapse com um 2º neurônio no bulbo e ali cruzam. • No bulbo, na localização desses fascículos ocorre um afastamento lateral, devido a presença do 4º ventrículo, causando o desaparecimento do funículo posterior e surgimento do funículo lateral. • O local descrito acima, onde o funículo posterior deixa de existir, sendo substituído pelo funículo lateral e onde começa o véu medular inferior se chama óbex. • No assoalho do 4º ventrículo, como se fosse um resquício do tubo neural, temos o sulco mediano posterior que vai para dentro do canal central da medula. • Ainda lateralmente ao sulco mediano posterior temos os sulcos limitantes, já que delimitam a eminência medial juntamente com o sulco mediano posterior. • Na eminência medial( esta fica dentro do assoalho), encontramos o colículo do facial- esse possui relação com o nervo facial e o nervo abducente. • Nessa protuberância há 2 trígonos- um mais inferior, chamado de trígono do vago, onde abaixo está o núcleo dorsal do vago e este é responsável por dar origem as fibras parassimpáticas do SNA. • O outro é o trígono do hipoglosso- onde abaixo está o núcleo do nervo hipoglosso. • As fibras que saem do sulco mediano posterior são as estrias medulares que se direcionam para uma abertura lateral para o espaço subaracnoide que há em cada lado do 4º ventrículo- tais aberturas são chamadas de forames de Luscka/ forames laterais do 4º ventrículo. • Ainda existe o forame de Magendie, essas aberturas servem para a drenagem do líquor que se forma dentro dos espaços reticulares, para que o líquor saia e caia dentro do espaço subaracnoide. • Essas aberturas de comunicação do sistema reticular com o espaço subaracnoide não existem nos demais ventrículos- apenas no 4º. • Existe uma área chamada de vestibular- essa está relacionada com os núcleos do nervo vestibulococlear, mais a parcela vestibular do que coclear. Esta abriga 4 núcleos vestibulares e 2 núcleos cocleares. • Mais superiormente temos uma estrutura denominada locus ceruleus- o qual tem função autonômica e indução do sono. • Teto do 4º ventrículo: essa estrutura é formada pelo véu medular superior, pelo véu medular inferior e a parte de encontro desses dois véus é o ápice do cerebelo. Sendo assim, o cerebelo também faz parte do teto do 4º ventrículo. • A parcela lateral do véu medular é composta pelos pedúnculos cerebelares- estes são um grupo de fibras que comunicam o cerebelo com o tronco encefálico. • Pedúnculo cerebelar superior- comunica mesencéfalo com cerebelo. • Pedúnculo cerebelar médio- comunica ponte com cerebelo. • Pedúnculo cerebelar inferior- comunica bulbo com cerebelo. • OBS: o trato espino-cerebelar anterior sobe pela medula espinhal, chega até o mesencéfalo e adentra no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar superior. • Através do pedúnculo cerebelar inferior passam 2 vias importantes- a espino cerebelar posterior e a olivo-cerebelar. O núcleo olivar inferior do bulbo faz comunicação com o cerebelo, as fibras saem desse núcleo e passam pelo pedúnculo para chegar ao cerebelo- essa via está relacionada com a aprendizagem motora. EX: o processo de digitação,dirigir e caminhar se tornam automáticos quando comandados por essa via, é o fazer sem pensar ou fazer no automático. • O 4º ventrículo é formado pela ponte e pelo bulbo e não apresenta delimitação especifica. NERVOS CRANIANOS COM ORIGEM BULBAR: • Nervo glossofaríngeo (9): • tem sua emergência do sulco pós-olivar, é um nervo misto- mas essencialmente sensitivo. Sua principal função é a sensibilidade da língua e da faringe. A sensibilidade da língua é referente ao 1/3 posterior dessa estrutura- tanto para os estímulos táteis quanto para os gustatórios. Ainda é responsável pela inervação da úvula, tuba auditiva, seio carotídeo e corpo carotídeo. • O corpo carotídeo é uma estrutura dentro da carótida interna, responsável por avaliar a concentração de co2 no sangue. • O seio carotídeo detém receptores para monitorar a pressão sanguínea. • Essas 2 informações ascendem pelo nervo glossofaríngeo e vão até o núcleo do trato solidário, posteriormente esse trato envia notificações para a formação reticular no bulbo. Na formação reticular do bulbo estão os centros respiratórios e vasomotores- os quais receberam informações da concentração de co2 e pressão respectivamente. • A inervação motora/eferente vai para UM único músculo, o músculo estilofaringeo. • Ainda do nervo glossofaríngeo emergem fibras parassimpáticas para a glândula parótida. • Avaliação neurológica desse nervo: coloca-se um cotonete na boca do paciente, atingindo o pilar da amigdala ou da úvula, o que deve provocar o reflexo de engasgamento/vômito. Nesse processo a sensação/sensibilidade é comandada pelo nervo glossofaríngeo, entretanto a ação motora do vômito é responsabilidade do nervo vago- nesse exame verificamos a integridade dos nervos 9 e 10. • Nervo vago (10): • É um nervo misto, se distribui para traqueia, laringe, esôfago, aorta, pulmão e vísceras intra-abdominais até a metade do intestino grosso. • O nervo vago é composto principalmente por fibras parassimpáticas. • O SNA parassimpático é chamado de crânio-sacral,ou seja, recebe fibras de nervos cranianos e sacrais(S2,S3 e S4). Formação reticular do bulbo: preenche todo o espaço não ocupado pelos núcleos e tratos, é composto por uma rede de fibras espalhadas e conecta-se com tudo no tronco encefálico. Nela localiza-se os centros respiratório, vasomotor e do vômito. Por último essa formação estimula nosso estado de acordado/alerta, incentivando o córtex a estar sempre trabalhando—baseado nos estímulos visuais(diencéfalo), auditivos( nervo vestibulococlear) e sensitivos(os que ascendem da medula). • Além de sua função parassimpática, o nervo vago também tem fibras aferentes que agem trazendo a sensibilidade das vísceras- essas informações são usadas pelo SNC para a manutenção do equilibro corporal. • Age também na motricidade voluntária da faringe e porção superior do esôfago- o inicio da ação de engolir nós conseguimos controlar, portanto é uma ação somática. No entanto, na parte inferior do esôfago não conseguimos controlar mais o movimento- portanto se torna autonômico. Percebe- se,portanto, que tanto a parte somática quanto autonômica é responsabilidade desse nervo. • Através de um dos seus ramos, o nervo laríngeo recorrente, ele ainda atua na inervaçãoda laringe- subindo até as cordas vocais, para inerva-las- atuando na fonação. Tal inervação é motora somática. • Para a verificação da integridade motora do nervo vago se usa a mesma avaliação do nervo glossofaríngeo. Entretanto existe outra forma de avaliação- se pede para o paciente abrir a boca e falar- Ahh- o normal é a úvula suba e suma quase totalmente, se o indivíduo tiver uma lesão a úvula subirá apenas no lado não afetado. • NERVO ACESSÓRIO (11): • Representa a união de uma raiz craniana e outra espinhal- essa junção das raízes ocorre na altura do forame jugular. • A raiz espinhal é composta por filamentos radiculares que emergem desde C6, subindo e entrando pelo forame magno para encontrar com a raiz craniana. • Após a saída desse nervo do forame jugular ele se separa novamente- emitindo um ramo interno que se junta ao nervo vago e um ramo externo que desce para inervar os músculos trapézio e esternocleidomastoídeo. • NERVO HIPOGLOSSO (12): • É responsável pela inervação da língua- estando localizado abaixo desse órgão. • É essencialmente motor- se ramifica para os músculos intrínsecos (acima da língua) e extrínsecos (abaixo da língua). Promovendo, portanto, a movimentação dessa estrutura. • Exame clínico- peça ao paciente para pôr a língua para fora de um lado para o outro. O lado não afetado consegue sair normalmente para fora da boca e o afetado não, ocorrendo um desvio para o lado afetado. AULA 6: PONTE • É a estrutura que vem depois do bulbo, sendo literalmente uma ponte de ligação entre o córtex cerebral e o cerebelar. • Realiza a via de conexão entre telencéfalo e cerebelo. • É a parte mais volumosa do tronco encefálico, pois possui uma grande quantidade de fibras que descem do telencéfalo, chegam à ponte e vão em direção lateral para os hemisférios cerebelares dos dois lados- o que causa sua aparência de estriações laterais- estas são chamadas de estrias transversais. • Lateralmente existem os braços da ponte ou pedúnculos cerebelares médios- fazendo a ligação entre cerebelo e ponte. • Também existe uma parte mais proeminente denominada base da ponte. • FACE ANTERIOR: • Na base da ponte estão localizadas muitas fibras cortico-ponto-cerebelares em direção transversal. • A delimitação entre base(medial) e braço(lateral) é feita a partir da emergência do nervo trigêmeo(5). • Medialmente a base da ponte está presente um sulco- chamado de sulco basilar, nele passa a artéria basilar. • O limite inferior da ponte é o sulco bulbo-pontino que separa essas estruturas. • No sulco bulbo-pontino emergem os nervos cranianos que são de origem da ponte, a única exceção é o nervo trigêmeo. • Os nervos que originam do sulco bulbo-pontino são: nervo abducente(6), nervo facial(7), nervo intermédio do facial e nervo vestibulococlear(8). • Nervo abducente- sua origem é mais medial, acima das pirâmides bulbares. • Nervo facial- um pouco mais lateral em relação ao abducente. • Nervo intermédio do facial- esse dentro do meato acústico interno se une com o nervo facial, virando apenas um filamento. • Nervo vestibulococlear- o mais lateralizado, saindo medialmente ao flóculo do cerebelo. • O limite superior da ponte é feito por um sulco, que não tem nome anatômico. • Trato cortico-ponto-cerebelar: • primeiro é criado a ideia do movimento que será realizado e essa ideia desce até o cerebelo- o qual ajuda a fazer um planejamento motor e esse planejamento volta para aonde a ideia foi formada. • Entre o telencéfalo e o cerebelo existe, portanto, um circuito motor para o planejamento do movimento. • A informação desce do córtex motora até a altura da ponte, quando chega na ponte as fibras realizam sinapses com os núcleos pontinos, desse local as fibras decussam- trocando de lado para chegar ao cerebelo de forma contralateral. • Assim as fibras dos núcleos pontinos formam o pedúnculo cerebelar médio. • 0 1º neurônio que sai do córtex motor, por exemplo do lado esquerdo, desce pelo lado esquerdo da substância branca do telencéfalo, passa pelo mesencéfalo, chega na ponte do lado esquerdo, fazendo sinapse com um 2 º neurônio que está nos núcleos pontinos- esse neurônio decussa atravessando o cerebelo e chegando nesse órgão do lado contralateral. • FACE POSTERIOR: • Colículo do facial: essa estrutura se forma porque as fibras do nervo facial que saem do núcleo do facial vão em direção posterior da ponte, depois dão a volta por trás do núcleo do abducente- retornando para a parte anterior da ponte para compor o nervo facial. • Então na parte posterior da ponte/assoalho do 4º ventrículo temos que saber que ali passam as fibras do facial e que está presente o núcleo do nervo abducente. Sendo assim, se lesionarmos essa região- não iremos apenas ter paralisia facial, mas também estrabismo convergente, devido ao prejuízo do nervo abducente. NERVOS CRANIANOS QUE SAEM DA PONTE: • Nervo trigêmeo: • Responsável pela inervação sensitiva da face e por pequena inervação motora. • A porção motora do trigêmeo vai para os músculos da mastigação. • As fibras motoras descem apenas pelo ramo mandibular. • O núcleo principal do trigêmeo apresenta 2 prolongamentos, o núcleo do trato mesencefálico(superior) e o núcleo do trato espinhal(inferior). • Assim, a parte sensitiva do trigêmeo é responsável por receber toda a inervação da cabeça- tirando a parte da nuca que refere a C1/C2. • Recebe propriocepção, tato, temperatura e pressão. • O primeiro neurônio do nervo está fora do SNC em gânglios(assim como os nervos espinhais). • O corpo celular que está no gânglio emite prolongamentos periféricos para sensibilidade da face e outro prolongamento central que irá promover sinapse com um 2º neurônio que está no núcleo principal. • O gânglio do nervo trigêmeo é chamado de Gasser ou trigeminal- emitindo 3 ramos: oftálmico,maxilar e mandibular. • Ramo oftálmico:é o mais superior, passa pela fissura orbital superior. É responsável pela sensibilidade da metade superior da órbita, região frontal do rosto, dorso do nariz e túnica das cavidades nasais. • Ramo maxilar: atravessa o forame redondo, inervando a metade inferior da órbita, maxila,alvéolos superiores, lábios superiores, dentes superiores e parte lateral do nariz. • Ramo mandibular: passa pelo forame oval, inervando a mandíbula, os dentes inferiores. Também faz a sensibilidade dos 2/3 anteriores da língua. É desse nervo que saem as fibras motoras para os músculos da mastigação- pterigoide medial, pterigoide lateral, masseter e temporal. • Exame neurológico- testar a sensibilidade dos 2 lados da face ou pedir para o paciente abrir a boca e travar os dentes- analisando se ocorre algum desvio, devido ao tônus muscular da mandíbula que pode estar afetado. O desvio ocorre para o lado menos afetado. • Sua origem é nos núcleos do facial, mas a origem aparente é na região delimitada entre o braço e a base da ponte. • Neuralgia do trigêmeo: causa dor extrema (choques súbitos),normalmente, em uma metade do rosto e apenas em um dos ramos do trigêmeo. Para tratamento, insere-se uma agulha na bochecha em direção ao forame oval, injetando substâncias para lesionar o gânglio de Gasser. Com a lesão do nervo há a anestesia do nervo que para de conduzir a sensibilidade. Pode ser necessário repetir o procedimento. • Nervo abducente: • O núcleo do abducente encontra-se abaixo do Colículo do facial/parte posterior da ponte. Desse local emerge uma fibra que irá sair para dar a origem aparente desse nervo no sulco bulbo-pontino. • Sai do crânio pela fissura orbital superior. • Inerva o músculo reto lateralpara fazer a abdução do olho(abertura lateral). • Nervo facial: • Contém vários tipos de fibras- como as eferentes que realizam a mímica facial. • Esse nervo carrega as fibras sensitivas especiais e também as fibras motoras do sistema nervoso autônomo. • Emerge junto com o nervo vestibulococlear do sulco bulbo-pontino e vai em direção ao meato acústico interno. • Após passar pelo meato acústico interno, os nervos facial e intermédio do facial se unem e formam um nervo só. • Ao chegar no fundo do meato esse nervo entra no canal facial( trajeto do nervo por dentro do osso temporal)- onde existe um joelho externo e onde está o gânglio geniculado do nervo facial. Nessa região existem fibras sensitivas e neurônios do parassimpático que vão em direção as glândulas lacrimais. • Após passar pelo meato acústico interno e pelo canal facial, o nervo vai em direção ao osso temporal- para sair pelo forame estilomastoide. • Posterior a sua saída pelo forame estilomastoide, ele segue um trajeto próximo a glândula parótida- então ao final desse trajeto os ramos terminais desse nervo inervam a musculatura da mímica facial. • O gânglio geniculado do nervo facial recebe do núcleo salivatório e do lacrimal fibras parassimpáticas que vão em direção (pelo nervo petroso maior- que é uma ramificação do gânglio geniculado) a glândula lacrimal. • Ainda existem fibras parassimpáticas que se encaminham pelo nervo corda do tímpano (ramificação do gânglio geniculado do facial) e se unem ao nervo lingual (ramificação do trigêmeo) para inervar a glândula submandibular e sublingual. • O nervo corda do tímpano é um ramo do nervo facial que se desprende dele na altura do forame estilomastoide e se junta com o nervo trigêmeo(ramo lingual). • Faz a sensibilidade gustatória dos 2/3 anteriores da língua. Tais fibras seguem pelo nervo lingual, adentrando o nervo corda do tímpano, chegando ao nervo facial e adentrando o gânglio geniculado do facial até chegar ao núcleo do trato solidário. • Há um ramo do nervo facial chamado de auricular posterior- que inerva os músculos da orelha e o musculo occiptofrontal. • EM SUMA: o nervo facial é motor para a musculatura, tem uma porção parassimpática e uma porção de sensibilidade especial ou gustatória. • Nervo vestibulococlear: • Dentro do osso temporal existem dois órgãos: • Labirinto- fornece informações da posição da cabeça, de aceleração e desaceleração, auxiliando no equilíbrio. Existe um líquido dentro do sáculo, do utrículo e dos canais semicirculares que se movimenta e envia informações para os ramos do neurônio que está dentro do nervo vestibular- este encaminha impulsos para o sistema nervoso. • Cóclea- capta as informações auditivas, as vibrações do ouvido médio provocam a movimentação do liquido coclear. • Esses dois nervos- vestibular e coclear- se juntam para formar o vestibulococlear. • Depois que o nervo vestibulococlear entra no sulco bulbo-pontino as fibras do nervo coclear vão em direção mais lateral para os dois núcleos cocleares(estão laterais ao pedúnculo cerebelar inferior). Já as fibras do nervo vestibular vão em direção aos quatro núcleos vestibulares que estão localizados mais medialmente. • Portanto existem 6 núcleos, sendo 4 vestibulares e 2 cocleares. • Existem dois momentos de separação desses nervos. • Seu forame de entrada é o meato acústico interno, não possuem forame de saída- pois atingem o órgão dentro do osso temporal. RELEMBRANDO: na parte posterior não há a saída/emergência de nenhum nervo, entretanto residem nesse local os núcleos dos nervos abducente, hipoglosso, facial e vestibular. Na parte posterior não existe uma delimitação clara entre ponte e bulbo, essa região é de difícil acesso cirúrgico por conter vários núcleos. SOBRE AS IMAGENS: • Elas representam cortes transversais da ponte. Existe na base (porção anterior) as fibras do trato cortico-ponto-cerebelar e os núcleos pontinos- dessa forma as fibras saem desses núcleos e vão de forma transversa (fibras pontinas transversas) e formam o pedúnculo cerebelar médio. • Na imagem 1 podemos notar a volta que o nervo facial faz ao redor do núcleo do nervo abducente. • A porção posterior da ponte-similar ao bulbo e ao mesencéfalo- se chama tegmento da ponte. • No tegmento da ponte se localiza o SARA- sistema ativador reticular ascendente, esse é responsável por manter a pessoa acordada/desperta. • Além disso passam na ponte as fibras descendentes do trato cortico-espinhal que saem da área motora do córtex e passam pela base da ponte, fazendo sinapse nas pirâmides bulbares e se direcionando para os neurônios motores da medula espinhal. • Também tem as fibras do trato cortico-nuclear que são praticamente as mesmas do trato anterior- no entanto essas não chegam na medula- apenas saem do córtex motor e chegam nos núcleos motores do nervo cranianos. Exemplo: chega no núcleo do hipoglosso para movimentara língua, no núcleo do facial para moviemtnar a boca, no núcleo do vago para fonação. CASOS CLINICOS: Uma lesão na parte da base da ponte ou do tegmento atinge boa parte das fibras do trato cortico-ponto-cerebelar, esse fato pode cursar com incoordenação motora. Pode ocorrer também comprometimento do núcleo do facial e também das fibras do nervo abducente- pode comprometer o núcleo e as fibras. Uma lesão na parte anterior da ponte pode desenvolver a síndrome do encarceramento- esta compromete o trato cortico-espinhal, levando a perda da motricidade voluntária. Afeta os núcleos dos nervos motores: facial, abducente, hipoglosso e vago, afeta também e principalmente o trato cortico-espinhal. Por último afeta o trato cortico-nuclear, que comunica os núcleos motores dos nervos cranianos. O indivíduo com essa síndrome continua acordado pois o SARA está localizado no tegmento, e este não sofreu alteração. Assim o paciente encontra-se consciente e totalmente paralisado- podendo apenas realizar alguns movimentos com os olhos. AULA 7: Mesencéfalo • Tal estrutura está localizada na fossa posterior do cérebro e fica bem na altura da abertura da tenta/tentório do cerebelo- lembrando que essa tenda é uma projeção de dura-máter que se projeta para dentro do crânio e separa o cerebelo. Essa estrutura faz um teto/limite no conteúdo da fossa posterior do conteúdo supratentorial. • Quando tem uma alteração patológica que empurra o conteúdo supratentorial o mesencéfalo é a primeira estrutura a apresentar alguma sofrência. • Em suma ele está na divisa dos dois conteúdos cerebrais. • O mesencéfalo se comunica inferiormente com a ponte e com o cerebelo. • Com o cerebelo se comunica através do pedúnculo cerebelar superior. • O limite superior é uma linha imaginária entre o corpo mamilar do hipotálamo e a comissura posterior do mesencéfalo. • FACE ANTERIOR: • Existem 2 pedúnculos cerebrais- um de cada lado. • No meio desses pedúnculos existem a fossa interpeduncular-mais profunda. • No fundo dessa fossa tem vários pequenos furinhos por onde entram os vasos que vão irrigar essa parte do tronco encefálico. • Esse fundo da fossa interpeduncular se chama substância perfurada posterior. • É da fossa interpeduncular que emerge o nervo oculomotor (3). • Nervo troclear (4)- é o único nervo que emerge da parte posterior do tronco encefálico saindo na parte anterior do mesencéfalo. • FACE POSTERIOR: • Na parte posterior temos os 4 colículos- 2 inferiores e 2 superiores. • Esses 4 colículos formam os corpos quadrigeminais. • Logo abaixo do colículo inferior tem a emergência do nervo troclear e também tem a estrutura que faz parte do teto do 4º ventrículo, chamada de véu medular superior. • Pode-se afirmar que onervo troclear tem origem do véu medular superior, e que esses dois estão abaixo dos colículos inferiores. • Ao lado do véu medular superior existe a comunicação do mesencéfalo com o cerebelo- isto é o pedúnculo cerebelar superior. • Colículo superior: está relacionado com as informações visuais, ele recebe as informações visuais que serão transmitidas para dentro do mesencéfalo para gerar algumas respostas. • O COLÍCULO SUPERIOR NÃO PERTENCE A VIA DA VISÃO. O sentido da visão em si não passa por esse colículo, essa estrutura atua no direcionamento das informações visuais para o mesencéfalo, como as mensagens sobre a quantidade de luz que estamos recebendo para as respostas pupilares. • Colículo inferior: está relacionado com os estímulos auditivos, é um núcleo de passagem da via auditiva- participando ativamente dessa via. • A via auditiva começa nos nervos cocleares que se juntam e formam o nervo vestibulococlear e daí chegam nos núcleos cocleares- ascendendo pelo lemnisco medial e chegando até o colículo inferior. • Do colículo inferior, essa informação passa pelo braço do colículo inferior até uma parte do tálamo- chamada de corpo geniculado medial. • Depois disso, essa informação sai do corpo geniculado medial e passa pela cápsula interna até chegar a uma parte do córtex chamada de GIRO TEMPORAL TRANSVERSO ANTERIOR. Corte transversal do mesencéfalo: • Conseguimos perceber o aqueduto cerebral em uma posição mais posterior do mesencéfalo. • Existe uma linha imaginária que passa pelo aqueduto cerebral- dividindo o mesencéfalo em 2 partes, a parte anterior- chamada de pedúnculo cerebelar e a parte posterior- chamada de tecto. • Na região posterior é onde estão os colículos. • A parte anterior ainda foi dividida novamente em 2 partes- baseada na substância negra (é um conjunto de células neurais ricas em melanina). • A substância negra divide o pedúnculo cerebelar em uma porção anterior chamada de base e uma porção posterior chamada de tegmento. • Substância negra: ela ajuda a regular o circuito motor. Quando vamos fazer um movimento, antes de realiza-lo, a informação passa pelo cerebelo- onde é feito um planejamento motor. Entretanto existe outro circuito motor nos núcleos da base do telencéfalo e este circuito é influenciado pela substância negra. Os neurônios da substância negra se ligam com os neurônios dos núcleos da base do telencéfalo- existem uma ligação bem importante entre o putâmen e a substância negra. Nesse sentido, uma perda dos neurônios que estão nessa substância leva a doença de Parkinson- esta é causada pela falta de dopamina no circuito nigro-estriatal (estriatum é o putâmen junto com o núcleo caudado). • Na base dos pedúnculos cerebrais passam algumas estruturas importantes- como as fibras do trato cortico-espinhal, do trato cortico-nuclear e trato cortico- bulbar. • Portanto, na base do pedúnculo cerebral passam as fibras que carregam as informações motoras. • Na volta do aqueduto cerebral, na altura do colículo superior, existe a substância cinzenta periaquedutal. • Substância cinzenta periaquedutal: é um agrupamento de neurônios que faz parte da formação reticular. Essa substância é fundamental no controle das vias dolorosas- vias da dor (espino-talamico-lateral). • O ponto em que ocorre a sinapse entre o 1ºneurônio e o segundo neurônio que se encontra no corno posterior do h medular é chamado de substância gelatinosa. • Esse ponto que ocorre a sinapse entre o 1º e o 2º neurônio da via espino- talamico-lateral irá receber um axônio de um neurônio proveniente da substância cinzenta periaquedutal para a modulação da dor. • Tentando com essa modulação barrar as sinapses do 1º com o 2º neurônio para que ele carregue menos dor. • Essa modulação do dor é feita pela substância cinzenta periaquedutal e pelo núcleo magno da rafe- fazendo parte do sistema reticular e do sistema modulador da dor. • Além disso, na borda anterior da substância cinzenta periaquedutal- na altura do colículo superior- está localizado o núcleo do nervo oculomotor (3). • Por fim, é nessa substância que a morfina age- modulando a dor. • O corpo geniculado lateral manda pelo braço do colículo superior informações visuais colículo superior. Essas informações acabam chegando ao nervo oculomotor para que esse realize alguns reflexos- por exemplo, quando vamos levar um soco no rosto, temos um reflexo de retirada. Esse reflexo de retirada da cabeça foi realizado pela via tecto-espinhal (via motora que liga o tecto do mesencéfalo aos músculos do pescoço, não tendo relação com o nervo oculomotor). • Ainda pode existir um reflexo fotomor, no qual a luz que incide estimula o núcleo do oculomotor a fazer miose. • Área tegmentar ventral: se insere no fundo da fossa interpeduncular e é a área do cérebro que é estimulada pela cocaína. Essa área é importante no circuito de recompensa ou prazer- ali existem neurônios serotoninérgicos, que podem ser estimulados pela cocaína e por tudo que dá prazer/satisfação. • Esse sistema tem uma ligação entre a área tegmentar ventral e o núcleo accumbes no telencéfalo e também tem ligação com o sistema límbico. • Núcleo rubro: presente no tegmento do telencéfalo, geralmente numa porção mais inferior. É o local de origem das fibras motoras de motricidade voluntária. No humano, mais desenvolvido, a motricidade voluntária foi sendo substituída pelo trato cortico-espinhal, entretanto as fibras do trato rubro-espinhal ainda ajudam na motricidade. O núcleo rubro também faz parte do circuito de aprendizagem motora, juntamente com o núcleo olivar inferior, passando pelo cerebelo e chegando no núcleo rubro novamente- agindo em movimentos como digitar rapidamente. • Um corte mais inferior do mesencéfalo, feito na altura do colículo inferior, tem a presença do núcleo do nervo troclear. • As fibras do troclear, ao contrário das fibras do oculomotor, vão de anterior para posterior. Ainda antes de saírem do mesencéfalo, as fibras do nervo troclear cruzam para o outro lado. Nesse sentido, a fibra que emerge de um lado do nervo troclear é proveniente do núcleo do lado oposto- é o único que as fibras cruzam dentro do tronco encefálico. • Também numa altura mais inferior temos a decussação do pedúnculo cerebelar superior- esse que comunica o cerebelo com o mesencéfalo. • Nervo troclear (4): é o único que sai na face posterior do tronco encefálico, que vai passar pela fissura orbital superior e irá inervar apenas o músculo obliquo superior. • Nervo oculomotor (3): sai da fossa interpeduncular, passa pela fissura orbital superior e fornece inervação para vários músculos da órbita (com exceção do obliquo superior e do reto lateral). • O nervo oculomotor tem ligação com o gânglio do parassimpático, que leva informações para inervar dois músculos internos autonômicos do olho- músculo ciliar e constritor da pupila. Esses dois músculos recebem inervação parassimpática proveniente do nervo oculomotor. • Ao observar o trajeto do nervo 3 nota-se que esse apresenta vários núcleos ao longo de seu caminho. Se pensa que cada músculo inervado tem um núcleo correspondente. • Núcleo de edinger-westphal: núcleo exclusivo para a motricidade intrínseca do olho, parte parassimpática. O parassimpático faz a constrição da pupila. • Inervação simpática do olho: as fibras saem entre T1 e L2. Entre T1,T2 e T3 as fibras saem e ascendem na altura da coluna cervical para se juntar com a artéria carótida interna, daí essas fibras chegam até a fissura orbital superior, se desprendem do vaso e se unem ao nervo oculomotor- levando as informações simpáticas aos músculos intrínsecos do olho (o simpático faz midríase-dilatação da pupila). • Lesão do núcleo de edinger-wistphal: de um lado do olho nota-se miose e do outro lado a pupila está bem dilatada- isso indica que somente o simpático está funcionando adequadamente no olho dilatado. • Lesão de nervo oculomotor: em certas lesões com hematoma pode ocorrer o deslocamento do lobo temporal para a tenda do cerebelo, esse deslocamento pode comprimir o mesencéfalo e fazer uma paralisia do 3º nervo. Isso pode provocar uma midríase- derivada do dano parassimpático. • Com a formação de uma hérnia de uncus, que aperta o mesencéfalo, tem midríase de um olho e uma ptose palpebral (queda da pálpebra). Além disso, outro sintoma é a anisocoria que são as pupilas de tamanho diferente- o que caracteriza uma emergência neurológica. • SARA: os estímulos visuais que entram pelo colículo superior estimulam o sara, então essa via é responsável por acordar a pessoa. AULA 8: CEREBELO • É uma estrutura do SNC, que tem uma organização similar ao cérebro- ambos apresentam um córtex que envolve um centro de substância branca. • Nessa parte central (substância branca) se encontram os núcleos de substância cinzenta (núcleos centrais do cerebelo). • Núcleos cerebelares- denteado, fastigial, emboliforme e globoso. • Núcleo interpósito- é a soma do núcleo emboliforme e globoso, são agrupados por terem características morfofuncionais semelhantes. DIVISÃO: • Vestibulocerebelo- compreende o lobo floculonodular (representado pelo flóculo e nódulo, que se unem pelo pedúnculo do flóculo). Tem conexões com o núcleo fastigial e os núcleos vestibulares. O vestibulocerebelo é o mais primitivo, e o único que recebe informações do tronco encefálico e pode repassa-la sem ter que passar pelos núcleos. As fibras aferentes chegam ao cerebelo trazendo informações relacionadas ao movimento e a posição da cabeça- são importantes para a manutenção do equilíbrio e da postura básica. Além disso está relacionado aos movimentos oculares, a postura e marcha. • Espinocerebelo- é formado pela zona medial e a zona intermédia que estão mais relacionadas com a comunicação do cerebelo com a medula espinhal. As comunicações aferentes são representadas principalmente pelos tratos espinocerebelares anterior e posterior. Através do trato espino-cerebelar posterior, o cerebelo recebe sinais sensoriais originados em receptores proprioceptivos que permitem avaliar o grau de contração dos músculos, a tensão nas cápsulas articulares e nos tendões, assim como as posições e a velocidade do movimento das partes do corpo. Já as fibras do trato espino- cerebelar anterior são ativadas principalmente por sinais motores que chegam a medula pelo trato cortico-espinhal. • As conexões eferentes ocorrem por meio da sinapse das células de Purkinje da zona intermédia com o núcleo interpósito, de onde saem fibras para o núcleo rubro e para o tálamo do lado oposto- os impulsos que vão para o tálamo seguem para as áreas motoras do córtex cerebral, onde originam o trato cortico-espinhal. • Cérebro-cerebelo- compreende as zonas laterais do cerebelo. Em suas conexões aferentes, as fibras pontinas também chamadas de ponto- cerebelares, se distribuem pelo córtex cerebelar e fazem parte da via cortico- ponto-cerebelar. Nessa via chegam ao cerebelo informações de áreas motoras e não motoras do córtex cerebral. Nas conexões eferentes, os axônios das células de purkinje da zona lateral do cerebelo fazem sinapses com o núcleo denteado, da onde os impulsos seguem para o tálamo do lado oposto e depois para as áreas motoras do córtex cerebral, onde originam o trato cortico- espinhal. Através dessa via, o núcleo denteado participa da atividade motora, sendo responsável por movimentos delicados. • Planejamento motor: • A intenção de movimento surge na área pré-motora ou na área motora suplementar do córtex cerebral. A informação desce pelas fibras do trato cortico-ponto-cerebelar e chega na zona lateral do cerebelo (cérebro cerebelo). A zona lateral do cerebelo é provida de informações relacionadas a posição do corpo-membros- e do tônus básico, por esse motivo ela consegue criar um planejamento motor. • Esse planejamento motor, criado pelo cérebro-cerebelo, retorna para o cérebro pela via denteado-tálamo-cortical, até chegar ao córtex motor primário, no giro pré-central para realização do movimento. • Antes do córtex motor primário iniciar o movimento, os núcleos da base agem controlando o nível das aferências excitatórias dos neurônios talâmicos sobre o córtex motor. Dessa maneira, os núcleos da base agem como um filtro, ao selecionar o movimento a ser executado. • Execução do movimento: • É comandada pela área motora primária por meio de eferências que descem pelo trato cortico-espinhal até a sinapse com os neurônios motores, os quais promovem a contração muscular. • Correção do movimento: • Uma vez iniciado, o movimento passa a ser controlado pela zona intermédia do cerebelo, composta pelo espinocerebelo e pelo núcleo interpósito (globoso+emboliforme). • Essa zona recebe aferências sensoriais de propriocepção inconsciente- provenientes da medula- através dos tratos espinocerebelar anterior e posterior. • Esses dois tratos fazem sinapse com os núcleos interpósitos do cerebelo. • Trato espino-cerebelar anterior: informa ao cerebelo quais comandos motores chegaram aos cornos anteriores da medula, através do trato cortico-espinhl. • Trato espino-cerebelar posterior: deixa o cerebelo a par da intensidade de contração muscular. • Tendo essas informações o cerebelo compara as características do movimento em execução com o plano motor prévio e promove as correções necessárias. • Em seguida envia eferências pela via interpósito tálamo cortical até o córtex motor primário- afim de que seja executado o movimento com as devidas correções. • Núcleo rubro: também pode ser responsável pelas correções motoras, através da via rubro-espinhal. Esse trato é responsável pela motricidade voluntária (principalmente dos membros distais). • Além disso, o núcleo fastigial também pode fazer uma ligação com a formação reticular ou com um dos núcleos vestibulares, fazendo a motricidade voluntária pelos tratos reticulo-espinhal e vestíbulo-espinhal. • A maioria das vias saem pelo pedúnculo cerebelar superior. • A maioria das vias entram pelos pedúnculos cerebelares médio e inferior. • As fibras do núcleo olivar inferior entram e saem pelo cerebelar inferior. • Células de Purkinje: • É o principal tipo de neurônio do cerebelo. • Estão localizadas no córtex cerebelar e são dotadas de dendritos, que se ramificam na camada molecular e de um axônio que sai em direção oposta, terminando nos núcleos centrais do cerebelo- onde exercem ação inibitória. • As informações que chegam ao cerebelo agem inicialmente sobre os neurônios dos núcleos centrais- de onde saem as respostas ferentes do cerebelo. • A atividade desses neurônios é modulada pela ação inibitória das células de Purkinje. • Folhas do cerebelo: • Assim como o cérebro se adaptou para aumentar a área do córtex sem aumentar o volume, o cerebelo também fez essa adaptação. • Possui sulcos e giros. • A superfície do cerebelo apresenta sulcos de direção transversal, que delimitam laminas finas chamadas de folhas do cerebelo. • Alguns sulcos são mais aprofundados e recebem o nome de fissura- existem 3 mais importantes- a fissura primária, a pós-clival e a horizontal. • Embora bem menor que o cérebro, o cerebelo possui aproximadamente a mesma quantidade de neurônios. • Possui 2 hemisférios, unidos poruma porção denominada vérmis. • Os hemisférios cerebelares são ipsilaterais- para isso tanto suas vias aferentes quanto eferentes quando não são homolaterais sofrem duplo cruzamento. • Correlações clínicas: • Hérnia de tonsila- situação de compressão da parte inferior do tronco cerebral e, até mesmo, da medula espinhal. Pode causar paralisia do 9,10,11 e 12, disfagia por comprimir o núcleo do vago (núcleos motores que auxiliam na deglutição) e compressão do centro respiratório ou vasomotor do bulbo (hipertensão, parada cardíaca e morte). • Mal formação de Chiari- má formação rara e congênita do sistema nervoso central, na qual as tonsilas estão posicionadas mais abaixo do forame magno. • Hidrocefalia- pode haver deformação do 4º ventrículo e obstruir a saída de líquor- acumulando no interior da cavidade craniana (nos ventrículos ou no espaço subaracnoide). Isso aumenta a pressão intracraniana sobre o cérebro, podendo causar lesões no tecido cerebral- havendo edema. AULA 9: DIENCÉFALO • Composto por 4 estruturas- tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo. • OBS: a lâmina terminal e a comissura anterior não são estruturas do diencéfalo, são paredes do 3º ventrículo, funcionalmente são parecidas com o hipotálamo mas embriologicamente são originadas do telencéfalo- oriundas do neuropóro anterior. • Do ponto de vista evolutivo, o diencéfalo pertence do prosencéfalo. • É superior ao mesencéfalo, e está medial ao 3º ventrículo. • Existe uma linha imaginária que passa do corpo até a comissura posterior- separando mesencéfalo de diencéfalo. • O 3º ventrículo se comunica com os ventrículos laterais por meio do forame interventricular ou de Monro. • A partir do forame de Monro existe uma depressão chamada de sulco hipotalâmico- passa pela parede lateral do 3º ventrículo até chegar ao aqueduto cerebral. • Sulco hipotalâmico- delimita anatomicamente o tálamo do hipotálamo. • A porção do diencéfalo que está anterior e inferior ao sulco é chamada de hipotálamo, enquanto a porção superior é o tálamo. • A região que está acima e posterior ao tálamo é chamada de epitálamo. • Tálamo, hipotálamo e epitálamo estão relacionados com o 3º ventrículo. • Já o subtálamo não mantem contato com nenhuma extrutura externa do tecido nervo- se encontra profundamente a substância branca. É representado pelo núcleo subtalâmico. • Tálamo: • Importante centro integrador dos impulsos aferentes do córtex (onde a informação é processada). Recebe fibras sensoriais do trato óptico, das orelhas e da medula espinhal, bem como as informações motoras do cerebelo. • Possui 2 núcleos situados em posição simétrica, esses dois são interligados pela aderência intertalâmica (formado por substância cinzenta). • Próxima a essa aderência, na borda superior do 3º ventrículo está o plexo coroide- surge a partir de uma diferenciação das células ependimárias, responsável pela produção de líquor. • Hipotálamo: • É constituído de substância cinzenta, que se agrupa em núcleos- muitas vezes não distinguíveis. • Nele existem sistemas variados de fibras como o fórnix, que divide o hipotálamo em 2 regiões- área medial (rica em núcleos com funções específicas) e a área lateral (via de passagem de ligação do hipotálamo com várias áreas do cérebro). • Formações pertencentes ao hipotálamo: (de anterior para posterior) • Quiasma óptico- local de origem do segundo par de NC. • Infundíbulo da hipófise- parte do hipotálamo que se comunica com a glândula hipófise. • Túber cinéreo. • Corpos mamilares. • Conexões do hipotálamo: • Controle do SNA- regula FC,PA, respiração e digestão. • Regulação do sistema emocional- atua juntamente com área pré-frontal e sistema límbico. • Hipocampo- os núcleos mamilares estão situados nos corpos mamilares e recebem fibras do hipocampo através do fórnix. Projetam parte dessas fibras para a formação reticular e para os núcleos anteriores do tálamo através do feixe mamilo-tegmentar e feixe mamilo-talâmico. Faz parte do circuito de papez, o feixe mamilo-talâmico está situado entre a área septal e o tegmento do mesencéfalo- constituindo a principal via de ligação do sistema límbico com a formação reticular do tronco encefálico. • Área septal- se liga ao hipotálamo através do feixe prosencefálico medial (fibras dos núcleos mamilares que se projetam para a formação reticular do mesencéfalo). O centro do mesencéfalo (tegmento) recebe todas as informações que vão cair na formação reticular e daí vão ser mandadas em direção aos nervos do SNA. • Corpo amigdaloide- fibras originadas dos núcleos amigdaloides chegam ao hipotálamo principalmente através da estria terminal. A amigdala é a estrutura que dá a primeira resposta ao impulso que indica mudanças do meio externo- quando uma pessoa leva um susto ela dá um grito (provocado pela amigdala) mas depois vem a taquicardia, que já é resposta do hipotálamo, mandando funcionar o SNA baseado na resposta da amigdala. • Regulação do ritmo circadiano- ajuste do relógio biológico. • Sono e vigília- atua junto com o tronco encefálico e a glândula pineal (que produz melatonina). Está relacionado com a percepção de luz do meio externo, a luminosidade é percebida pelo quiasma óptico, esse por sua vez manda essa informação diretamente para o núcleo supraquiásmatico do hipotálamo- que estimula a glândula pineal a produzir e secretar melatonina. • Regulação da temperatura corporal- é responsabilidade do núcleo pré-óptico, na área anterior (centro da perda de calor, que faz vasodilatação e sudorese) e na área posterior (centros de conservação do calor, fazem vasoconstrição e arrepios cutâneos). • Fome e saciedade- área lateral (centro da fome) e núcleo ventromedial (centro da saciedade). • Sede e diurese- área lateral (centro da sede) e núcleo óptico e paraventricular (sintetizam ADH e o envia para a neuro-hipófise para ser secretado e assim aumentar a reabsorção de água nos túbulos renais). • Regulação endócrina: • Glândula pituitária ou hipófise: • alojada na sela túrcica do osso esfenoide. • Coberta superiormente pelo diafragma da sela/célula- membrana derivada da dura-máter. • Adeno-hipófise- se origina do tecido epitelial (ectoderma) por meio de uma evaginação da bolsa/fenda de Rathke, ao longo do desenvolvimento embrionário se separa da cavidade oral e forma a adeno-hipófise. • Neuro-hipófise- se origina do próprio sistema nervoso, é uma continuação do hipotálamo pelo infundíbulo (é uma formação nervosa em forma de funil que se prende ao túber cinéreo). • Hipófise posterior- formada pelo infundíbulo, pela eminência média e lobo neural ou pars neural. Não produz hormônios- apenas os armazena e secreta os hormônios produzidos pelos neurônios hipotalâmicos (núcleos do hipotálamo, principalmente o paraventricular e o supra-óptico). • Epitálamo- local onde está a comissura posterior e glândula pineal(melatonina é controlada pelo hipotálamo). 6 funções- antigonadotrópico, regulação do circo circadiano, influência na resposta imunológica, potente antioxidante e programação de apoptose celular. AULA 10: • Epitálamo: • É uma porção pequena, que está atrás do tálamo e acima do sulco hipotalâmico. • Tem 3 estruturas importantes: glândula pinel, depois dela tem a comissura posterior e logo acima dela tem uma voltinha denominada região das habênulas. • Melatonina: • é um hormônio antigonadotrópico, ou seja, ela inibe a produção dos hormônios sexuais, coibindo as gônadas. • Atua no ciclo circadiano- influenciando o sono. Em animais hibernantes existia uma produção maior de melatonina no
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