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1 LARISSA RODRIGUES SANTOS INTRODUÇÃO À NEUROANATOMIA - DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO O sistema nervoso se forma na 3º semana de desenvolvimento embrionário com o início da neurulação. A divisão do sistema nervoso segue algumas divisões, como a anatômica, sendo a Central ao longo do plano sagital mediano chamado de neuro eixo (SNC) que se localiza dentro do esqueleto axial e corresponde ao encéfalo (região dilatada dentro da cabeça - interior da cavidade craniana) e medula espinal, e esse eixo se conecta aos nervos que ou estão relacionados com o encéfalo, os cranianos ou com a medula, os espinais. O crânio é dividido na região anterior (víscero-crânio) e uma cavidade mais interior (encéfalo) e o que está dentro do canal vertebral, através do empilhamento dos forames formando o canal vertebral que protege no seu interior a medula espinal. Tudo que estiver fora, fará parte do Sistema Nervoso Periférico (SNP), ou seja, se localiza fora do esqueleto. O encéfalo é subdividido de caudal para cranial em tronco encefálico (mesencéfalo - situado cranialmente, ponte - separa o bulbo e o bulbo - MPB), cerebelo e cérebro (diencéfalo - central e telencéfalo - distal). Todo órgão efetuador de estímulo sempre será um músculo ou uma glândula e todos estão subordinados ao sistema nervoso. 2 LARISSA RODRIGUES SANTOS Os glânglios são dilatações nervosas constituídas principalmente de corpos de neurônios fazem parte do SNP e são os sensitivos (para sensação ou condução da periferia para o centro) e o nervosos (condução do centro para periferia). Já os nervos são órgãos/cordões esbranquiçados que unem o sistemas nervoso central aos órgãos periféricos categorizados de acordo com a relação estabelecida, ou com parte do nosso encéfalo ou cérebro ou tronco encefálico (cranianos) ou relacionados com a medula espinal (espinais). Já do ponto de vista embriológico, parte do ectoderma da origem ao neuroectoderma que dará origem ao tubo neural (SNC) e crista neurais (SNP), sendo que o tubo vai sofrer algumas modificações sendo dilatações, sendo chamadas de vesículas encefálicas, podendo ser primárias (prosencéfalo, mesencéfalo e romboencéfalo) que vão se diferenciar em secundárias (telencéfalo, diencéfalo, metencéfalo e mielencéfalo). A parte sensitiva é posterior e a parte motora é anterior. 3 LARISSA RODRIGUES SANTOS Existe também, a parte funcional que irá efetuar um conjunto de tarefas, pelos nervos eferentes do centro para periferia e aferentes tudo que o sistema nervoso capta da periferia para o centro e tudo isso dependerá do sentido de propagação do sistema nervoso. O sistema nervoso da vida de relação é aquele que relaciona o organismo com o meio ambiente, ele apresente um componente aferente e outro eferente. Sendo que o aferente conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos, informando-os sobre o que se passa no meio ambiente e o componente eferente leva aos músculos estriados esqueléticos o comando dos centros nervosos, resultando em movimentos voluntários. Além disso, existe também o que mantém o contato das vísceras com o sistema nervoso e isso só é possível porque terminações nervosas das vísceras estão informando ao meu 4 LARISSA RODRIGUES SANTOS centro nervoso por aferências provenientes na parede das vísceras que mostrarão o grau de dilatação e com isso se têm o planejamento para alimentação, isso é possível através do sistema nervoso visceral (vida vegetativa, pois não se têm que gastar para ser avisado). Também possui um comportamento aferente da víscera para o centro nervoso (aferente) e a informação eferente é através do SNA, sendo efetuador do sistema nervoso visceral, sendo o simpático e parassimpático. O sistema nervoso visceral é aquele que se relaciona com a inervação e controle das estruturas viscerais. É muito importante para a integração das diversas vísceras no sentido da manutenção da constância do meio interno, e também possui um componente aferente e eferente, sendo o aferente responsável em conduzir os impulsos nervosos das vísceras a áreas específicas do sistema nervoso e o eferente leva os impulsos nervosos até as vísceras, terminando em glândulas, músculos liso ou músculo cardíaco. O componente eferente é denominado de sistema nervoso autônomo e pode ser dividido em simpático e parassimpático. E também, existe o critério através da segmentação e metameria (utilizada para estruturas do SNC) que apresenta duas divisões: sendo as que estão empilhadas com um certo padrão de repetição com unidades que se sobrepõe, a divisão segmentar (medula espinal e tronco encefálico) e o que não obedece essa repetição por empilhamento será 5 LARISSA RODRIGUES SANTOS chamado de suprassegmentar (cérebro e cerebelo), ou seja, a substância cinzenta localiza-se fora da substância branca. TERMOS UTILIZADOS EM NEUROANATOMIA NÚCLEO: Conjunto de corpos celulares de neurônios de coloração cinzenta situados no interior da substância branca dentro do SNC. GÂNGLIO: Conjunto de corpos celulares de neurônios (coloração cinzenta) pertencentes ao sistema nervoso periférico (situados fora do crânio e da coluna vertebral). FUNÍCULO: Coluna de substância branca ao longo da medula espinal, corresponde à face interna das faces da medula espinal. TRATO: Feixe de fibras nervosas com origem, trajeto, terminação e função comuns. FASCÍCULO: Esse termo costuma ser usado com a mesma finalidade de trato. COMISSURA: Conjunto de fibras nervosas que cruzam o plano sagital mediano, horizontalmente. DECUSSAÇÃO: Conjunto de fibras nervosas que cruzam o plano sagital mediano, obliquamente. QUIASMA: Conjunto de fibras nervosas que cruzam o plano sagital mediano, em forma da letra X. LEMNISCO: Feixe de fibras sensitivas ou aferentes pertencentes a um trato que cruzam o plano sagital mediano para se dirigir ao tálamo. GIRO: Saliências ou elevações dos hemisférios cerebrais. 6 LARISSA RODRIGUES SANTOS SULCO: Reentrância ou depressão na superfície de estruturas do sistema nervoso (espaço entre os giros). FISSURA: Sulco mais profundo. SUBSTÂNCIA CINZENTA: Tecido nervoso mais escuro composto principalmente de corpos celulares de neurônios e neuróglias. SUBSTÂNCIA BRANCA: Tecido nervoso mais claro composto principalmente de fibras nervosas mielínicas, isto é, axônios e bainha de mielina. NERVO: Conjunto de fibras nervosas mielínicas e amielínicas (dendritos e axônios) pertencentes ao sistema nervoso periférico (situados fora do crânio e da medula espinal). ANATOMIA DA MEDULA ESPINAL A medula espinal é uma massa cilindróide de tecido nervoso situada dentro do canal vertebral sem, entretanto, ocupá-lo completamente. O limite caudal da medula têm importância clínica e no adulto situa-se geralmente na 2º vértebra lombar. A medula termina afilando-se para formar um cone, o cone medular, que continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal. Na superfície externa da medula existem algumas depressões rasas que são chamadas de sulcos importantes para desenvolver conexões importantes entre a medula e os nervos espinais. O neuro-eixo pode ser utilizado como sinônimo de SNC porque está envolto do esqueleto axial do encéfalo até a medula espinal, sendo controladores de órgãos efetores de uma resposta. Analisando a direita, existem receptores na pele voltados a perceber um estímulo externo (pele), como por exemplo térmico, pressão, dor, existem alguns também localizados na parede de órgãos, chamados de viscero receptores relacionados a percepção de estímulos nas cavidades e 7 LARISSA RODRIGUES SANTOS também existem um conjunto de receptores que dão informações ao centro nervoso sobre articulações e músculos. Quando a informaçãose propaga da periferia para o SNC, quer seja para medula, quer seja para o encéfalo, ocorre uma aferência com algo que estimula na periferia, provocando um impulso nervoso da periferia para o centro através de neurônios pseudounipolares sensitivos. Essas informações sobem até o córtex, são processadas e atuam via eferente (motora) no encéfalo ou medula podendo ser músculo estriado esquelético, glândulas, músculo liso. A medula começa na base do crânio em uma abertura denominada forame magno, permitindo que se divida o tronco encefálico (fim) da medula espinal que em média mede 45 cm e avança até a 2º vértebra lombar (L1 e L2). Na parte de cima e na parte de baixo existem dilatações, sendo que ambas são chamadas de intumescencias, sendo a de cima cervical e a de baixo, a 8 LARISSA RODRIGUES SANTOS lombossacral. Essas dilatações são importantes para a implantação dos plexos, sendo notada a maior quantidade de tecido nervoso que deixam essas regiões dilatadas. Essas intumescências correspondem às áreas em que fazem conexão com a medula as grossas raízes nervosas que formam os plexos braquial e lombossacral, e a formação delas é cheia de neurônios, de fibras nervosas que entram ou saem destas áreas e que são necessárias para a inervação dos membros superiores e inferiores. Da intumescencia para baixo ela vai ficando fina e formando um triângulo, sendo chamada de cone medular, sendo localizada logo abaixo da intumescencia lombossacral. Entre as vértebras existem os forames intervertebrais e quando se empilha todas as vértebras se origina o canal vertebral que protege a medula, sendo que abaixo de L2 só existe a dura-máter e um sacro protegido por um licor. Se for necessária a retirada do licor, é necessário que introduza a agulha abaixo de L3, promovendo de forma segura que ocorra a retirada e não atinja a medula. Quem envolve a medula são pia-áter (intimamente associada ao tecido nervoso - mais interna) e ela apresenta projeções chamada de ligamento denticulado, aracnoide mater e dura máter, sendo que entre pia e aracnoide existe o espaço subaracnoide preenchido por licor. 9 LARISSA RODRIGUES SANTOS A coluna é dividida em cervical (8), toráxica (12), lombares (5), sacrais (5) e coccígeos (1). Sendo que um segmento deve dar origem a um par de nervos espinais se originando, dando origem a 31 nervos espinais. 10 LARISSA RODRIGUES SANTOS Inicialmente há uma correspondência entre a altura dos nervos espinais e a vértebra que o protege, mas a medida que se vai envelhecendo ocorre um crescimento mais rápido da coluna se comparado ao crescimento da medula, e com isso não haverá mais um correlação de altura entre vértebra e o segmento. Para se fazer uma correlação em uma fratura por exemplo, é necessário que se adicione dois segmentos na medula, caso for lesado a T10, o segmento será T12. A fratura vertebral nem sempre representa o segmento medular afetado, tudo vai depender do mecanismo da fratura também e dos exames para verificar qual ou quais os segmentos lesados. Isso só deve ser levado em conta entre C2 e T10. A diferença de tamanho entre a medula e o canal vertebral, assim como a disposição das raízes dos nervos espinais mais caudais, formam a cauda equina, que resulta de ritmos diferentes de crescimento, em sentido longitudinal, entre a medula e a coluna vertebral. Até o quarto mês de vida intra-uterina a medula e coluna crescem no mesmo ritmo, após isso a coluna começa a crescer mais do que a medula, especialmente em sua porção caudal. Esses fenômenos são mais pronunciados na parte caudal, levando à formação da cauda equina. 11 LARISSA RODRIGUES SANTOS No adulto, as vértebras T11 e T12 não estão relacionadas com os segmentos medulares de mesmo nome, mas sim com segmentos lombares. A vértebra C6 está sobre o segmento medular C8; o da vértebra T10 sobre o segmento T12. Aos processos espinhosos das vértebras T11 e T12 correspondem os cinco segmentos lombares, enquanto ao processo de L1 correspondem os cinco segmentos sacrais. Quanto maior a substância cinzenta, maior é a quantidade de neurônios para formação de plexos. Sendo que a região torácica não tem essa necessidade, então o diâmetro é menor. 12 LARISSA RODRIGUES SANTOS Existem três planos de limitação, sendo o plano posterior, o dorso (parte de cima do desenho) e o plano anterior (parte de baixo), além disso se divide também em lateral. Os sulcos são diferenciados de acordo com a posição relativa entre eles, sendo que se for mais profundo, é chamado de fissura. Depois disso analisar para qual plano ele está voltado. 13 LARISSA RODRIGUES SANTOS Entre o crânio (periósteo) e a dura mater = espaço epidural ou extradural (espaço real - contém tecido adiposo e um grande número de veias que constituem o plexo vertebral interno). Entre a dura mater e aracnoide = espaço subdural (virtual - fenda estreita contendo uma pequena quantidade de líquido, suficiente apenas para evitar a aderêcia das paredes). Entre a aracnoide e a pia mater = espaço subaracnóide (real preenchido por trabéculas aracnoideas e o líquor). A dura-máter é a mais espessa, razão pela qual também é chamada de paquimeninge. As outras duas constituem a leptomeninge. A dura-máter é formada por fibras colágenas, que a tornam espessa e resistente, a espinal envolve toda a medula. A aracnóide espinhal se dispõe entre a dura-máter e a pia-máter e ela compreende um folheto justaposto à dura-máter e um emaranhado de trabéculas aracnóideas, que une este folheto a pia-máter. E por fim, a pia-máter que e a meninge mais delicada e mais interna, ela adere intimamente ai tecido nervoso da superfície da medula e penetra na fissura mediana anterior. A pia-máter forma de cada lado da medula uma prega longitudinal denominada ligamento denticulado, que se dispõe em um plano frontal ao longo de toda extensão da medula. Esses ligamentos são elementos de fixação da medula e importantes pontos de referência em certas cirurgias desse órgão. O espaço subaracnóide contém maior quantidade de líquor e nele se encontra apenas o filamento terminal e as raízes, que formam a cauda equina. Não havendo perigo de lesão na medula, esta área é ideal para a introdução de uma agulha no espaço subaracnóideo. ANATOMIA INTERNA A substância cinzenta localiza-se dentro da branca. A parte cinzenta é composto por corpo celular dos neurônios e a s. cinzenta é composta pelos axônios. A medula pode apresentar depressões fundas (fissuras) ou rasas (sulcos - consegue ver o fundo). O sulco lateral anterior está relacionado com as raízes ventrais, fazendo com que o axônio do neurônio motor saia por esse sulco e o sulco lateral posterior relacionado com a raiz dorsal é formado por axônios sensitivos. Sendo a parte anterior eferente e a posterior aferente. Dependendo da altura da medula podem surgir os sulco intermédio posterior e isso acontece apenas na medula cervical que está relacionado com a sensibilidade específica dos membros 14 LARISSA RODRIGUES SANTOS superiores, que o sulco mediano posterior está relacionado com a sensibilidade do membros inferiores. • Funículo anterior: Situado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior. • Funículo lateral: Situado entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior. • Funículo posterior: Entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior, este último ligado à substância cinzenta pelo septo mediano posterior. Na parte cervical da medula, o funínculo posterior é dividido pelo sulco intermediário posterior em fásciculo gracil e fascículo cuneiforme. Nos sulcos lateral anterior e lateral posterior ocorrem conexões com pequenos filamentos nervosos denominamos filamentos radiculares, que se unem para formar, respectivamente,as raízes ventral e dorsal dos nervos espinais. As duas raízes, por sua vez, se unem para formar os nervos espinais, ocorrendo a união em um ponto situado distalmente ao gânglio espinal que existe na raiz dorsal. O fásciculo Gracil (leva informações dos MMII) e o fascículo cuneiforme (leva informações do MMSS). Se cortarmos a substância branca em forma de túneis, que são os funículos (buracos) e o que passa dentro é o fásciculo (conteúdo) e são regiões da substância branca. 15 LARISSA RODRIGUES SANTOS Na substância cinzenta, ocorre a divisão entre coluna anterior ou corno anterior e a região posterior é chamada de coluna ou corno posterior. Além disso, lateralmente também existe o corno ou coluna lateral onde é encontrado o neurônio número 1 do sistema nervoso simpático e ele só aparece de T1 a L2. Ou seja, sempre existirá o posterior e anterior, sendo que o lateral apenas de T1 a L2 pois ali ocorre intervenção do sistema nervoso autônomo simpático. No centro da substância cinzenta, se localiza o canal central da medula, caracterizado por ser um resquício da luz do tubo neural do embrião. Quando ocorre a junção do neurônio motor com sensitivo se forma o nervo misto. Se pegarmos vários neurônios motores saindo da medula, se formam várias radículas e essas radículas se agrupam e formam a raiz anterior, e em contrapartida, na região posterior, as radículas (raízes menores) irão se agrupar e formar uma raiz posterior sensitiva, porém com uma diferença, pois a raiz posterior possui um neurônio pseudounipolar, com a sequência sendo radícula, raiz e gânglio, sendo a anterior somente radícula e raiz. As raízes posteriores e anteriores irão se juntar e formarão um nervo misto (espinais) e isso se repetirá 31 vezes de cada lado. Na raiz dorsal localiza-se o gânglio espinhal, onde estão os corpos dos neurônios sensitivos pseudo-unipolares, cujos prolongamentos central e periférico formam a raiz. A raiz ventral é 16 LARISSA RODRIGUES SANTOS formada por axônios que se originam em neurônios situados nas colunas anterior e lateral da medula. Da união da raiz ventral, motora, forma-se o tronco do nervo espinhal, que funcionalmente é misto. TRONCO ENCEFÁLICO O tronco encefálico se localiza na fossa posterior do crânio, ele interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo. Na sua constituição entram corpos de neurônios, que se agrupam em núcleos e fibras nervosas, que, por sua vez, se agrupam em feixes denominados tractos, fascículos ou lemniscos. Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou emitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão no tronco cefálico. O tronco encefálico tem funções de conduto. Além disso, através de conexões com os nervos cranianos, o tronco encefálico atende às mesmas funções sensitivas e motoras básicas para a cabeça que a medula espinal para o corpo, e também alguns sentidos especiais (audição, equilíbrio, gustação). A região mais inferior conectada com a medula, é o bulbo, a região média corresponde a ponte e a região mais inferior corresponde ao mesencéfalo (nervo oculomotor e troclear). 1º - olfatório 2º - óptico 3º nervo – oculomotor 4º nervo – troclear 5º nervo- trigêmeo 6º nervo – abducente 7º nervo – facial 8º nervo – vestíbulococlear 9º nervo – glossofaríngeo 10º nervo – vago 11º - acessório 12º - hipoglosso. 17 LARISSA RODRIGUES SANTOS Posteriormente existe a fossa rombóide, que só é enxergada com a remoção do cerebelo, sendo o assoalho do 4º ventrículo onde existem dilatações. BULBO Ele possui a forma de um tronco de cone, termina no forame magno do crânio (acima do filamento radicular mais cranial do primeiro nervo cervical, o que corresponde ao nível do forame magno) e seu limite superior é transição que ele tem com a ponte, formando o sulco bulbopontÍneo. Os sulcos do bulbo, aparecem como um continuação direta dos funículos da medula. A fissura mediana anterior termina cranialmente em uma depressão chamada de forame cego. De cada lado da fissura mediana anterior existe uma eminência alongada, a pirâmide, formada por um feixe compacto de fibras nervosas descendentes que ligam as áreas do cérebro aos neurônios motores da medula. 18 LARISSA RODRIGUES SANTOS Na parte caudal do bulbo, fibras deste tracto cruzam obliquamente o plano mediano em feixes interdigitados que obliteram a fissura mediana anterior e constituem a decussação das pirâmides. Entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior temos a área lateral do bulbo, onde se observa uma eminência oval, a oliva formada por uma grande massa cinzenta, o núcleo olivar inferior, situado logo abaixo da superfície. A porção fechada do bulbo é percorrida por um estreito canal, continuação direta do canal central da medula. Esse canal se abre para formar o IV ventrículo, cujo assoalho é em parte constituído pela porção aberta do bulbo. O sulco mediano posterior termina a meia altura do bulbo, em virtude do afastamento do seus lábios, que contribuem para formar os limites laterais do IV ventrículo. Entre este sulco mediano e o sulco lateral posterior está situada a área posterior do bulbo, continuação do funículo posterior da medula, dividido em fascículo grácil e fascículo cuneiforme dividido pelo sulco intermédio posterior. 19 LARISSA RODRIGUES SANTOS Esses fascículos são constituídos por fibras nervosas ascendentes provenientes da medula, que terminam em duas massas de substância cinzenta, os núcleos grácil e cuneiforme, situados na parte mais cranial dos respectivos fascículos, onde determinam o aparecimento de duas eminências, o tubérculo do núcleo grácil, medialmente e o tubérculo do núcleo cuneiforme, lateralmente. Em decorrência do aparecimento do IV ventrículo, os tubérculos afastam-se lateralmente como dois ramos de um V e gradualmente continuam para cima com o pedúnculo cerebelar inferior 20 LARISSA RODRIGUES SANTOS que é formado por feixe de fibras que formam bordas laterais da metade caudal do IV ventrículo, fletindo-se dorsalmente para entrar no cerebelo. FAI: fibras arqueadas internas NC: núcleo cuneiforme NG: núcleo grácil Vn: núcleo espinal do nervo trigêmeo Vt: trato espinal do nervo trigêmeo 21 LARISSA RODRIGUES SANTOS PCM: pedúnculo cerebelar médio 22 LARISSA RODRIGUES SANTOS FLM: fascículo longitudinal medial NP: núcleos da ponte 1. Núcleo grácil 2. Fascículo cuneiforme 3. Núcleo cuneiforme 4. Núcleos do trato solitário 5. Núcleo posterior do nervo vago 6. Canal central 7. Trato espinal do nervo trigêmeo 8. Núcleo espinal do nervo trigêmeo 9. Núcleo do nervo hipoglosso 10. Trato anterolateral 11. Área do núcleo ambíguo 12. Formação reticular 13. Fascículo longitudinal medial 14. Lemnisco medial 15. Núcleos da rafe 16. Pirâmide 23 LARISSA RODRIGUES SANTOS As pirâmides bulbares são formadas por um aglomerado de fibras que vão descer pelo córtex motor e passam pelo bulbo e vão passar nas pirâmides, sendo que no nível da decussação vão cruzar para o lado oposto e vão formar a via cortico espinal lateral pelo funículo lateral. O restante desses feixes, vão descer pelo mesmo lado, formando a via cortico anterior que passa pelo funículo anterior. A parte anterior do bulbo tem as pirâmides (formadas por axônios mielinicos que vem do cortex) que cruzam parcialmente no bulbo mesmo, na região anterior, formando a decussação (=cruzamento) das piramides. Aplicação Clínica: Caso ocorra uma lesão no bulbo pode ocorrer disfagia e alterações de fonação (núcleo ambíguo), alterações de movimento da língua (núcleo hipoglosso), alterações sensitivase motoras de tronco e membros (vias ascendentes e descendentes) e alterações autônomas (formação reticular). ANOTAÇÕES AULA Anteriormente corre uma fissura que divide em lado direito e esquerdo, a fissura mediana anterior e ao lado dela se tem sulcos, sendo que o que está logo ao lado é chamado de sulco antero lateral e entre os sulcos ele apresenta dilatações/projeções, sendo que ao lado da fissura mediana anterior se tem uma região dilatada e larga chamada de pirâmides bulbares e ao lado das pirâmides existem elevações também que são chamadas de olivas bulbares. Na região inferior as pirâmides, a fissura mediana apresenta um cruzamento de fibras que é um cruzamento de neurônios chamados de decussação das pirâmides. Na região posterior também se encontra, o sulco mediano posterior e logo após ele existirá um sulco intermédio e logo depois, o sulco postero lateral. E esses sulcos irão delimitar fascículos, como o fascículo gracil e mais lateralmente, o fascículo cuneiforme. Eles vão subindo e perdendo a parede posterior passando pelos tubérculos e chegando ao IV ventrículo. Esses fascículos emitem informações sensitivas relacionadas ao tato, vibração, pressão, subindo pelo fascículo e fazendo sinapse nos núcleos grácil e cuneiformes, sendo que eles estão dentro dos tubérculos. 24 LARISSA RODRIGUES SANTOS A oliva bulbar, no corte é vista como uma elevação ao lado da pirâmide, essa oliva possui uma substância cinzenta dentro dela que vai formar os núcleos olivares e faz conexão através de feixes olivo-cerebelares com o cerebelo e a função está relacionada com aprendizado motor. PONTE É a parte do tronco encefálico interposta entre o bulbo e mesencéfalo. Está situada ventralmente ao cerebelo e repousa sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da sela turca do esfenóide. Sua base, situada ventralmente apresenta estriação transversal em virtude da presença de numerosos feixes de fibras transversais que o percorrem. Ela vai do sulco bulbo-pontino até o sulco pontino superior. Sua parte posterior fica voltada para o cerebelo, e entre eles dois se forma o IV ventrículo que possui dentro dele as células ependimárias que produz o líquido cérebro-espinal. A parte de trás da ponte forma um limite do IV ventrículo, sendo a parte de trás da ponte forma o assoalho do IV ventrículo. Já a região anterior da ponte irá se relacionar com o crânio. 25 LARISSA RODRIGUES SANTOS Na fossa rombóide, na região do bulbo é possível ver duas áreas triangulares que são chamadas de trígono do hipoglosso e o de baixo, o trígono do vago. Sendo uma região onde os corpos de neurônios desses nervos estão, e esse trígono do vago está relacionado com a liberação de Ach, relacionado com a diminuição da frequência cardíaca. Além disso, na parte de trás existe o sulco mediano na fossa rombóide e mais lateralmente existe o sulco limitante. E lateralmente ao sulco limitante existe uma grande área, de um lado e do outro e essa área é chamada de área vestibular, nela é encontrada núcleos vestibulares (4) e núcleos cocleares que está relacionada com informações auditivas e equilíbrio da cabeça, sendo uma área sensitiva. E medialmente ao sulco limitante, a área inteira se chama eminência medial e nesse local e encontra um monte de corpo de neurônio e fibras chamado de colículo facial, que comporta o núcleo do abducente, sendo que as fibras do nervo facial envolvem o núcleo do abducente. Um tumor nesse local causa sintomas múltiplos. 26 LARISSA RODRIGUES SANTOS 27 LARISSA RODRIGUES SANTOS Essas fibras convergem de cada lado para formar o pedúnculo cerebelar médio (ou braço da ponte), que penetra no hemisfério cerebelar correspondente - fibras mielínicas. O limite entre a ponte e o braço da ponte, é a emergência do nervo trigêmeo, V par craniano - nervo sensitivo da cabeça, motor e mastigação, sendo que essa emergência se faz por duas raízes, uma maior sensitiva e outra menor, motora. É esse braço da ponte é o maior nível de comunicação entre 28 LARISSA RODRIGUES SANTOS cérebro e cerebelo. Se existem nervos conectados ao tronco e ele para de funcionar, dos 12, 10 deles estão conectados a ele, e o I e II não estão, no caso, se relacionam com o cérebro. 29 LARISSA RODRIGUES SANTOS Percorrendo longitudinalmente a superfície da ponte, existe o sulco basilar que abriga a artéria basilar. E a parte ventral da ponte é separada do bulbo pelo sulco bulbo-pontino, de onde emergem de cada lado a partir da linha mediana o VI - movimento do olho (abducente) , VII - controle de músculos da face (facial) e VIII- equilibrio e audição (vestibulo coclear) pares cranianos. Caso se tenha um tumor nesse sulco, ocorrerá o comprometimento dos três nervos ao mesmo tempo. 30 LARISSA RODRIGUES SANTOS A presença de tantas raízes de nervos cranianos em uma área relativamente pequena explica a riqueza de sintomas observados nos casos de tumores que acometem essa área, levando a compreesão dessas raízes e causando a chamada síndrome ponto-cerebelar. Por fim, a parte dorsal da ponte não apresenta linha de demarcação com a parte dorsal da porção aberta do bulbo, constituindo ambas o assoalho do IV ventrículo. Implicações clínicas: Alterações de sensibilidade da face (núcleo principal do trigêmeo), Alterações motoras de musculatura mastigatória e/ou mímica facial (núcleo motor do trigêmeo ou do facial), Estrabismo (núcleo do abducente), Tontura e alterações de equilíbrio (núcleos vestibulares), Alterações auditivas (Núcleos cocleares). QUARTO VENTRÍCULO Situado entre o bulbo e a ponte ventralmente, e cerebelo, dorsalmente. Ela se prolonga de cada lado para formar os recessos laterais que se comunicam de cada lado com o espaço subaracnóideo por meio das aberturas laterais do IV ventrículo e também há uma abertura mediana no IV ventrículo , situado no meio da metade caudal do tecto do ventrículo, por onde passa o líquido cérebro-espinal, que enche a cavidade ventricular, passa para o espaço subaracnóideo. 31 LARISSA RODRIGUES SANTOS ASSOALHO DO IV VENTRÍCULO OU FOSSA ROMBÓIDE Formado pela parte dorsal da ponte e da porção aberta do bulbo. É percorrido por toda sua extensão pelo sulco mediano, que se perde cranialmente no aqueduto cerebral e caudalmente no canal central do bulbo. MESENCÉFALO Interpõe-se entre a ponte e o cérebro, do qual é separado por um plano que liga aos corpos mamilares, pertencentes ao diencéfalo, à comissura posterior. É atravessado por um estreito canal, o aqueduto cerebral por onde circula o líquido cerebroespinal e une o III ao IV ventrículo. Em uma secção transversal do mesencéfalo vê-se que o tegmento é separado da base por uma área escura, a substância negra, formadas por neurônios que contém melanina. Existem também os sulcos laterais do mesencéfalo e sulco medial do pedúnculo cerebral. Sendo que do sulco medial emerge o nervo oculomotor, III par craniano. 32 LARISSA RODRIGUES SANTOS No tecto se encontra a lâmina quadrigêmea, no tegmento existem diversos núcleos mas o que se destaca são regiões que apresentam corpos de neurônios que consomem muito oxigênio e por isso deve ser bem vascularizado e avermalhado, chamado de núcleos rubros. Na região da base existem diversos axônios subindo e descendo e por fim, a substância negra onde se tem relação com uma patologia, a doença de Parkison, 33 LARISSA RODRIGUES SANTOS Os pedúnculos cerebrais são quem faz a comunicação com o cérebro e no meio dela, existe a fossa interpenducular de onde saem dois nervos cranianos, o III par chamados de nervos oculomotores. Já na região de trás existem os colículos superiores e inferiores que são chamadosde lâminas quadrigêmeas. Logo abaixo, se tem a eminência da onde sai o IV par de nervos cranianos, o nervo troclear que atua na movimentação dos olhos. O tecto do mesencéfalo apresenta quatro eminências arredondadas, os colículos superiores e inferiores (corpos quadrigêmeos), separados por dois sulcos perpendiculares em forma de cruz. Caudalmente emerge o IV par craniano, nervo troclear. ANATOMIA DO CEREBELO Grande quantidade do cerebelo surgiu do rombencéfalo. Se relaciona anteriormente com o tronco encefálico, logo acima se relacionando com o lobo occipital, em baixo ele repousa sobre o osso occipital (maior buraco do crânio), sendo o forame magno o intervalo onde não se encontra o osso. Se ocorre o aumento da pressão intracraniana, o cerebelo pode 34 LARISSA RODRIGUES SANTOS escorregar pelo forame magno causando a hérnia de tonsila, sendo a tonsila do cerebelo que escorre e isso pode causar uma pressão no bulbo, no local do centro respiratório podendo ocasionar parada ventilatória. Em volta do encéfalo tem as meninges e a dura-máter sofre projeções e ela separa o cerebelo do cérebro, sendo chamada de tentório do cerebelo e ela separa o cérebro em cima, do cerebelo e tronco encefálico em baixo e a presença da tenda, divide em espaço compartimento supratentorial e compartimento infratentorial. Aumento da pressão infratentorial pode gerar a hérnia. 35 LARISSA RODRIGUES SANTOS A síndrome de Arnold Chiari é uma má formação da base do crânio, onde o forame magno fica muito maior do que deveria, e o cerebelo não tem apoio e cai ocasionando uma hérnia ou quando parte do crânio não se forma. O cerebelo se conecta com o tronco encefálico a partir de fibras mielinícas (brancas), do mesencéfalo vão vir fibras que entram e saem do cerebelo, depois isso acontece pela ponte e pelo bulbo também, formando uma massa de fibras mielínicas fazendo conexão sendo chamada de pedúnculo cerebelar, sendo três: superior (mesencéfalo), médio (ponte) e inferior (bulbo). Essas fibras irão para regiões específicas. 36 LARISSA RODRIGUES SANTOS O cerebelo é um órgão supra segmentar, não estando conectado a nervos, tendo a sua substância cinzenta por fora (externa), sendo chamado de córtex cerebelar e por dentro dessa substância cinzenta se encontra a substância branca, sendo conhecida como árvore da vida ou centro medular do cerebelo. No meio da massa branca, existe mais substância cinzenta que são chamadas de núcleos. 37 LARISSA RODRIGUES SANTOS O córtex do cerebelo possui 3 camadas de células, homogêneo do começo ao fim, ou seja, em qualquer parte do cerebelo se ele for cortado poderá se observar as 3 camadas. Ele desempenha função de equilíbrio, propriocepção (saber onde está cada parte do seu corpo sem olhar pra ela), controle do tônus muscular e participa da coordenação motora, sendo essa sua ideia funcional. Cada área do cerebelo irá realizar uma dessas atividades pois os núcleos do cerebelo e de onde vêm essas informações são de locais diferentes. Dependendo da área que ele for atingido pode ocasionar problemas em áreas específicas. O cerebelo apresenta três faces: superior, inferior e anterior (colada no tronco encefálico). Além disso, ele foi dividido em duas porções, uma de cada lado e uma central, sendo que as porções laterais expandidas são chamadas de hemisférios cerebelares direito e esquerdo, sendo que o direito controla o lado direito e o esquerdo seu respectivo lado, ou seja, as lesões correspondem aos lados lesionados. As informações cruzam pro lado oposto e antes de chegar no órgão elas descruzam pro mesmo lado. O centro ficou conhecido como verme do cerebelo. O cerebelo é uma zona anatomicamente, sendo que os hemisférios são divididas em pequenas partes chamadas de lóbulos. Sendo que não importa os nome mas sim da região que ele recebe informação, sendo divididos em lobos. O lobo floculonodular, pois ele apresenta um nódulo que se conecta com uma parte do hemisfério chamado de floculo, sendo ele o lobo do equilíbrio e postura e é seperado do resto por uma depressão profunda chamada de fissura póstero-lateral. O lobo anterior e lobo posterior são separados por uma depressão profunda chamada de fissura primária. 38 LARISSA RODRIGUES SANTOS O lobo floculonodular ele é o primeiro a aparecer e quando comparado com a evolução das espécies, ele é o primeiro a aparecer, ele é chamado de arquicerebelo trabalhando com equilíbrio e postura. O lobo anterior ele vai se relacionar com a propriocepção e com o tônus muscular sendo chamado de paleocerebelo mas ele também se relaciona com uma parte do verme (pirâmide e úvula) que têm as mesmas funções. Por fim, sobrou o lobo posterior chamado de neocerebelo desenvolvido em animais que precisam de coordenação motora fina. 39 LARISSA RODRIGUES SANTOS Existem núcleos de um lado que se repetem no outro lado e seus nomes de lateral para medial. Começando pelo maior chamado de núcleo lateral, núcleo denteado (recebe informações do cérebro participando do planejamento do movimento), o núcleo emboliforme, logo após se encontra o núcleo globoso, sendo que esses dois últimos juntos podem ser chamados de um único nome pois recebem informações do mesmo lugar, efetuando a mesma função, sendo chamado de núcleo interposito (ficam entre o denteado e fastigial), recebendo informações da medula sobre a atividade dos músculos medindo a força muscular. O último núcleo do cerebelo é o núcleo fastigial recebendo informações da orelha, do aparelho vestibular, com função de coordenação do equilíbrio. 40 LARISSA RODRIGUES SANTOS O córtex do cerebelo apresenta uma camada pequena de células na superfície, existe também mais uma camada profunda de células, e a camada 2 apresentam células com muitos dendritos, sendo chamadas de células de Purkinje (neurônios), sendo elas as únicas do córtex inteiro do cerebelo que são eferentes, ou seja, que seu axônio sai do cerebelo, sendo também uma célula Gabaérgica, normalmente gerando potenciais inibitórios. 41 LARISSA RODRIGUES SANTOS TEXTO A palavra cerebelo, deriva do latim cerebelum; que significa cérebro pequeno. É uma estrutura do Sistema Nervoso Central. Apresenta relação com o osso occiptal, mas está separado deste por uma prega da duramáter chamada tenda do cerebelo. Localiza-se posteriormente ao bulbo e a ponte, contribuindo para a formação do tecto do IV ventrículo. Conecta-se a medula espinal e ao bulbo, por meio do pedúnculo cerebelar inferior; a ponte por meio do pedúnculo cerebelar médio e ao mesencéfalo por meio do pedúnculo cerebelar superior. A diferença fundamental entre cérebro e cerebelo, é que, este último, funciona exclusivamente em nível involuntário e inconsciente, sendo sua função exclusivamente motora é responsável por integrar grandes classes de movimento humano, tais como, a manutenção do equilíbrio e da postura; a aprendizagem motora; o controle do tônus muscular e dos movimentos voluntários. O cerebelo compara a estimulação motora ao movimento pretendido e depois ajusta o movimento, quando necessário. O QUE É O PEDÚNCULO? Em anatomia, pedúnculo se refere a uma estrutura estreita que serve de suporte ou ligação a outras estruturas anatômicas. Anatomicamente o cerebelo é composto por uma estrutura central, denominada vermis e duas estruturas laterais, denominadas hemisférios cerebelares. A superfície do cerebelo é composta por lâminas transversais, denominadas folhas do cerebelo. Além desta divisão, podemos dividir o cerebelo por lóbulos: anterior, posterior e flóculo-nodular. Estes lóbulos apresentam uma relação com a filogenética, ou seja, das funções cerebelares mais primitivas até as mais complexas. O lóbulo flóculo-nodular, correspondeao ARQUICEREBELO, que surgiu em vertebrados aquáticos, já que apresentavam a necessidade de equilíbrio; sendo assim, o cerebelo ajusta a posição do animal para a coordenação muscular. O lóbulo anterior, corresponde ao PALEOCEREBELO, este surgiu nos peixes pois as nadadeiras representam o indício dos membros. Esta região recebe informação proprioceptiva da medula espinal e relaciona-se com o tônus e a postura. O lóbulo posterior, correponde ao NEOCEREBELO, aparece nos mamíferos que começaram a usar os membros para executar movimentos mais delicados; coordenação motora fina. 42 LARISSA RODRIGUES SANTOS ARQUECEREBELO, PALEOCEREBELO, NEOCEREBELO. Estes nomes relacionam-se com o desenvolvimento do cerebelo, em cada espécie, de acordo com a filogenética (estudo da evolução da espécie). • Arquecerebelo: é a primeira fase do desenvolvimento do cerebelo. • Paleocerebelo: é a segunda fase do desenvolvimento do cerebelo. • Neocerebelo: é a terceira fase do desenvolvimento do cerebelo. É a estrutura anatomica que conhecemos hoje. Divisão Filogenética do Cerebelo Internamente, o cerebelo é preenchido pela substância branca, que forma um miolo central, formado por fibras próprias, fibras de projeção e axônios mielínicos das células de Purkinje. No centro da substância branca estão localizados os quatro pares de núcleos do cerebelo sendo eles, do medial para o lateral: núcleo fastigial, globoso e emboliforme (que juntos formam o núcleo interpósito) e o denteado (o maior de todos). O par de núcleo denteado, encontra-se na região da zona lateral do cerebelo e está relacionado com o início dos movimentos; o par de núcleo fastigial, encontra-se na região da zona medial do cerebelo e está relacionado com o equilíbrio e a postura; o par de núcleo 43 LARISSA RODRIGUES SANTOS embolifirme, encontra-se na região da zona intermédia está relacionado com ação e correção dos movimentos. As lesões cerebelares levam principalmente a prejuizos motores e estão relacionadas com a região comprometida, podem acarretar: ataxia do tronco, da marcha e dos membros, levando as seguintes consequencias: dismetria, disdiadococinesia, nistagmo, déficit de equilíbrio na postura sentada ou em pé, tremor de intenção, marcha ataxica, disartria. COMPREENDENDO OS TERMOS TÉCNICOS: • Dismetria: incapacidade de mover um segmento do corpo com precisão por uma distancia pretendida. • Disdiadococinesia: incapacidade de alterar os movimentos repidamente. • Nistagmo: movimentos oculares anormais. • Marcha ataxica: andar cambaleante com a base de apoio alargada. • Disartria: dificuldade de articular a fala. VENTRÍCULOS E LÍQUIDO CEREBROESPINAL Ventrículos são pequenas cavidades que existem ao longo do sistema nervoso e existem o total de 4 ventrículos, sendo dois laterais (maiores esquerdo e direito) que se comunicam com III e IV ventrículos, um corno está próximo do lobo frontal do cérebro e outro do lobo temporal, por isso cornos frontais e temporais. Os ventrículos laterais são os maiores produtores de liquor, e eles circulam de um lado para o outro através dos forames interventriculares (laterais para o terceiro) e pelo arqueduto do mesencéfalo (do III para o IV). E quando se é interrompido esse fluxo, o liquor fica retido nos ventrículos laterais e provocam a hidrocefalia com grande dilatação. 44 LARISSA RODRIGUES SANTOS As partes que se projetam nos lobos frontal, occipital e temporal, são respectivamente, os cornos anterior, posterior e inferior. Com exceção do corno inferior, todas as partes do ventrículo lateral têm o teto formado por corpo caloso. As meninges são: A pia-máter, que ocupa a fissura transversa do cérebro, penetra entre o fórnix e o tálamo, para constituir o plexo corióide (estrutura encontrada nos ventrículos do sistema nervoso onde é produzido a maior parte do líquido cefalorraquidiano) da parte central dos ventrículos laterais. Esse plexo continua com o do III ventrículo através do forame interventricular e atinge o corno inferior do ventrículo lateral. Os cornos anterior e posterior não possuem plexos corióides. 45 LARISSA RODRIGUES SANTOS A dura-máter não possui função osteogênica embora ela esteja aderida ao osso mas ela possui inervação sensitiva. Entre as duas lâminas da dura-máter, existe um espaço chamado seio da dura-máter e envolvendo o encéfalo não existe o espaço epidural. O que acontece as vezes é um sangramento que pode pegar esse espaço, mas ele propriamente dito não existe, chamado de hematoma epidural. O liquor irá circular abaixo da aracnóide, no espaço subaracnoide. A dura-máter irá se invaginar para fazer a separação entre os hemisférios, sendo chamada de foice do cérebro (septo vertical mediano em forma de foice que ocupa a fissura longitudinal) e mais pra baixo existe a foice do cerebelo (situado abaixo do tentório do cerebelo entre os dois hemisférios cerebelares) . E separando o cérebro do cerebelo, existe o tentório do cerebelo (situado entre os lobos occipitais e o cerebelo, separa a cavidade craniana em um compartimento superior (supratentorial) e outro inferior (infratentorial). Além disso existe o diafragma da sela que é uma pequena lâmina horizontal que fecha superiormente a sela turca do esfenóide, deixando apenas um pequeno orifício para a passagem da haste hipofisária. 46 LARISSA RODRIGUES SANTOS Os seios venosos ficam entre as duas lâminas da meninge dura-máter, aonde irão circular sangue pois o sangue proveniente das veias do encéfalo e do bulbo ocular são drenados para esses seios. Eles se comunicam com veias da superfície externa do crânio através de veias emissárias. As trabéculas aracnoideas invadem os seios e com isso o liquor invade os seios também para que o sangue leve ele embora. Os seios da abóbada são: • Sagital superior • Sagital inferior (termina no seio reto) • Transverso que é a terminação do sagital superior e tem um de cada lado e chega até a parte petrosa do osso temporal formando o sigmóide • Reto (parte de trás) • Sigmóide, em forma de S, é a continuação do seio transverso até o forame jugular, onde continua diretamente com a veia jugular interna. Ele drena quase todo sangue venoso da cavidade craniana. • Seio Occipital: muito pequeno e se dispõe ao longo da margem de inserção da foice Os seios venosos da base são: 47 LARISSA RODRIGUES SANTOS • Seio Cavernoso: é uma cavidade bastante grande e irregular. Recebe o sangue proveniente das veias oftálmicas superior e central da retina. Lesões nesse local podem causar muitos distúrbios típicos dos movimentos do bulbo ocular. Infecções superficiais da face como espinhas do nariz podem se propagar ao seio cavernoso, tornado-se intracranianas, em virtude das comunicações que existem entre as veias oftálmicas, tributárias do seio cavernoso, e a veia angular, que drena para região nasal. • Seio Intracavernoso: unem os dois seios cavernosos envolvendo a hipófise • Seio esfenoparietal • Seio petroso superior: drena o sangue do seio cavernoso para o seio sigmóide, terminando próximo à continuação deste com a veia jugular interna • Seio petroso inferior: termina lançando-se na veia jugular interna • Plexo basilar LÍQUOR LÍQUIDO CEFALRRAQUIDIANO (LCR) É UM FLUÍDO BIOLÓGICO QUE ESTÁ EM ÍNTIMA RELACÃO COM O SISTEMA NERVOSO CENTRAL E SEUS ENVOLTÓRIOS. É UM ULTRAFILTRADO PRODUZIDO PELOS PLEXOS CORÓIDES E CIRCULA PELOS VENTRÍCULOS, CISTERNAS E ESPAÇO SUBARACNÓIDEO. É DRENADO PARA OS SEIOS DA DURA MÁTER. O líquido cerebrospinal (LCS) é uma solução salina secretada continuamente pelo plexo coroide, uma região especializada nas paredes dos ventrículos. O plexo coroide é muito similar ao tecido renal e consiste em capilares e um epitélio de transporte derivado do epêndima. As células do plexocoroide bombeiam seletivamente sódio e outros solutos do plasma para dentro dos ventrículos, criando um gradiente osmótico que puxa água junto com os solutos. Existem plexos corióides nos ventrículos laterais (corno inferior e parte central) e no teto do III e IV ventrículo. Destes os ventrículos laterais são os que mais contribuem com quantidade de líquor, que passam ao III ventrículo pelo forame interventricular e para o IV através do arqueduto cerebral. Através das aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, o líquor formado no interior dos ventrículos ganha o espaço subaracnóide, sendo reabsorvido no sangue principalmente através das granulações aracnóideas que se projetam no seio da dura-máter. 48 LARISSA RODRIGUES SANTOS Granulações Aracnóideas: Pontos da aracnóide que formam pequenos tufos que penetram no interior dos seios da dura-máter. São estruturas adaptadas à absorção do líquido, que, neste ponto cai no sangue. No espaço subaracnóide da medula, o líquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta para reabsorção liquórica nas pequenas granulações aracnóideas existentes nos prolongamentos da dura-máter que acompanham as raízes dos nervos espinais. Essa circulação é extremamente lenta. 49 LARISSA RODRIGUES SANTOS O líquido cerebrospinal flui dos ventrículos para dentro do espaço subaracnóideo, entre a pia- máter e a aracnoide, envolvendo todo o encéfalo e a medula espinal com o líquido. O líquido cerebrospinal flui ao redor do tecido neural e, por fim, é absorvido de volta para o sangue por vilosidades especializadas na membrana aracnoide, dentro do crânio. A taxa de fluxo do líquido cerebrospinal no SNC é suficiente para renovar todo o seu volume cerca de três vezes ao dia. O LCS serve a duas funções: proteção física e proteção química. O encéfalo e a medula espinal flutuam na delgada camada de líquido entre as membranas. A flutuabilidade do LCS reduz o peso do encéfalo em cerca de 30 vezes. Menos peso implica menos pressão sobre os vasos sanguíneos e os nervos conectados ao SNC. O líquido cerebrospinal também promove proteção por amortecimento. Quando ocorre um choque na cabeça, o LCS deve ser comprimido antes que o encéfalo bata na parte interna do crânio. Entretanto, a água é minimamente compressível, o que ajuda o LCS a acolchoar o encéfalo. Como exemplo do poder de proteção do LCS, agite um pedaço de queijo tofu (representando o encéfalo) em uma jarra vazia. Depois agite outro pedaço de tofu em uma jarra completamente cheia de água para ver como o LCS protege o encéfalo. Além da proteção física aos delicados tecidos do SNC,o LCS cria um meio extracelular rigidamente regulado para os neurônios. O plexo coroide é seletivo para as substâncias que transporta aos ventrículos, o que resulta em uma composição do LCS diferente do plasma. A concentração de K+ é menor no líquido cerebrospinal, e a concentração de H+ é maior do que no plasma. A concentração de Na+ no LCS é semelhante à do sangue. O líquido cerebrospinal normalmente contém pouca proteína e não há células sanguíneas. 50 LARISSA RODRIGUES SANTOS O líquor normal do adulto é límpido e incolor, apresenta de zero a quatro leucócitos por mm e uma pressão de 5 a 20cm de água. Embora o líquor tenha mais cloretos que o sangue, a quantidade de proteínas é muito menor do que a existente no plasma. O líquido cerebrospinal troca com o líquido intersticial do SNC e fornece uma rota pela qual os resíduos podem ser removidos. Clinicamente, uma amostra do LCS é considerada um indicador do ambiente químico do encéfalo. Este procedimento de amostragem, chamado de punção lombar, geralmente é feito retirando líquido do espaço subaracnóideo entre as vértebras, na extremidade inferior da medula espinal. A presença de proteínas ou células sanguíneas no LCS sugere uma infecção. A barreira hematoliquórica está entre os vasos sanguíneos e o líquor, ela é reforçada entre as células ependimárias e os vasos sanguíneos. Ela é formada pelo epitélio ependimário que irá selecionar quem passa de um lado para o outro. HIDROCEFALIA: Processo patológico que interfere na produção, circulação e absorção do líquor. São caracterizadas por um aumento da quantidade e da pressão do líquor, levando a uma dilatação dos ventrículos e compressão do tecido nervoso de encontro ao estojo ósseo, com consequências muito graves. Existem dois tipos de hidrocefalia: 51 LARISSA RODRIGUES SANTOS • Comunicantes: Resultam do aumento na produção ou deficiência na absorção do líquor devidos a processos patológicos dos plexos corióides ou dos seios da dura- máter e granulações aracnóideas. • Não-comunicantes: Resultam de obstruções no trajeto do líquor, que podem ocorrer no forame interventricular (dilatação do ventrículo lateral correspondente), arqueduto cerebral (dilatação do III ventrículo e dos ventrículos laterais), abertura mediana e laterais do IV ventrículo, provocando dilatação de todo o sistema ventricular e na incisura da tenda, impedindo a passagem do líquor do compartimento infratentorial para o supratentorial, provocando também dilatação de todo sistema ventricular. BARREIRAS ENCEFÁLICAS 52 LARISSA RODRIGUES SANTOS As barreiras encefálicas podem ser conceituadas como sendo dispositivos que impedem ou dificultam a passagem de substâncias do sangue para o tecido nervoso, do sangue para o líquor, ou do líquor para o tecido nervoso. Essas barreiras regulam a passagem para o tecido nervoso, não só de substâncias a serem utilizadas pelos neurônios mas também de medicamentos e substâncias tóxicas. Impedem também a passagem de neurotransmissores encontrados no sangue, como adrenalina, noradrenalina e acetilcolina. BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA É uma barreira física formada por células e moléculas, onde nela existem as projeções dos astrócitos tanto no capilar sanguíneo com os pés astrocitários, tanto quanto nos axônios e nessa barreira os capilares são contínuos. Nela também há presença de células endoteliais e para aderir as células existem junções de oclusão. Além disso, apresenta também o pericito. BARREIRA HEMATOLIQUÓRICA Localiza-se nos plexos corióides, composta por capilares frenestrados dos plexos, mas é barrada ao nível da superfície do epitélio ependimário voltada para a cavidade ventricular. 53 LARISSA RODRIGUES SANTOS O epitélio ependimário que reveste os plexos corióides, ao contrário dos demais epitélios, ependimários, possui junções íntimas que unem as células próximo à superfície ventricular e impedem a passagem de macromoléculas, constituindo a base anatômica da barreira hematoliquórica. Está entre as células ependimárias e vasos sanguíneos. BARREIRA LIQUOR-ENCEFÁLICA Entre a célula ependimária e o tecido nervoso. 54 LARISSA RODRIGUES SANTOS CÓRTEX CEREBRAL É uma fina camada de substância cinzenta de 4 a 6 mm, sendo que 2/3 de sua massa fica escondida nos sulcos e apenas 1/3 fica nas superfícies. Ele não é igual como um todo, apresenta grande heterogeneidade e é nele que todas as sensações se tornam conscientes 100%, trabalhando com a parte sensorial geral e também a parte sensorial especial que vêm por exemplo dos seis sentidos. É ele que planeja e dispara toda ordem motora, ou seja, a organização do movimento. A parte motora é do SN para fora e a parte sensitiva da periferia para o SN. O córtex também se envolve com padrões cognitivos como memória, atenção, percepção espacial, julgamento, raciocínio, aprendizado, ditas como funções corticais superiores que fogem de modalidades de movimento e sensibilidade. As áreas de Brodmann são 52 áreas numeradas: 55 LARISSA RODRIGUES SANTOS As área 4 (motoras) e 3,1,2 (sensitivas)são praticamente as mais importantes. O córtex é dividido anatomicamente pelos lobos (frontal, parietal, temporal, occipital e insular) e além disso também pode ser nomeado em cima do giro, sendo a massa cinzenta que fica em determinado giro. Os lobos não tem funções exclusivas normalmente, o frontal por exemplo trabalha com movimento, linguagem, memória de gosto, já o temporal com função de julgamento, reconhecimento e etc mas o lobo occipital é o único exclusivo de uma função que é a visão. Apesar dos hemisférios serem divididos, eles não são simétricos funcionalmente e anatomicamente, com o lado direito controlando o esquerdo através do cruzamento de 56 LARISSA RODRIGUES SANTOS informações, agora a parte cognitiva, de aprendizado é bem diferente de uma lado para o outro, sendo o lado esquerdo o racional lógico (linguagem humana, matemática), já o lado direito é mais abstrato, interpretativo, de percepções. A gagueira acontece quando o lado direito se torna muito ativo na função da linguagem. Evolutivamente o córtex pode ser dividido em áreas mais antigas e mais novas, sendo a classificação filogenética o arquicórtex (hipocampo - mais antigo), o paleocórtex (formado pelo unco e o giro parahipocampal e se comunicam com áreas de memória, tendo memória olfativa) e o neocórtex (todos os outros giros e partes). 57 LARISSA RODRIGUES SANTOS Uma lesão no corpo caloso faz com que se sinta mas não consiga falar sobre o que se sente caso o objeto seja colocado do lado esquerdo. As informações que chegam e saem são cruzadas. O córtex em algumas regiões desenvolve de três a cinco camadas celulares e outras áreas que terão essencialmente 6 camadas, sendo que onde se tem de 3 a 5 nunca desenvolveu e perdeu e nesses locais o córtex é chamado de alocórtex (3 a 5) e é o córtex primitivo encontrado no arquicórtex (hipocampo) e paleocórtex (unco + giro parahipocampal). Todo o restante do córtex apresenta seis camadas, sendo chamada de isocórtex. Existe um neurônio no córtex que o corpo é bem redondo, chamado de neurônio granular (camada II e IV) por conta da vista de várias bolinhas no microscópio e depois foi percebido que existiam neurônios com corpos parecidos com pirâmides, chamado de neurônios piramidal (camada III e V nas células de Betz que são células gigantes), onde o axônio desse neurônio passa na pirâmide do bulbo. Percebeu-se então que o neurônio granular é a principal célula receptora do córtex, sendo então, o neurônio sensorial, ou seja, áreas sensitivas do córtex devem apresentar muitos neurônios granulares. Já os neurônios piramidais são eferentes, garantindo a ele a função de motricidade e as áreas de movimento apresentam diversos neurônios piramidais. 58 LARISSA RODRIGUES SANTOS Identificaram que o isocórtex e suas 6 camadas de externo para interno foram numeradas: I. Molecular - camada de pequenos neurônios e esses neurônios apresentam axônios que se conectam com outros neurônios da mesma camada, apresentando uma estrutura horizontal. II. Granular externa III. Piramidal externa IV. Granular interna V. Piramidal interna VI. Fusiforme - células que podem ter o axônio descendo para camada branca ou o axônio pode subir para outras camadas. 59 LARISSA RODRIGUES SANTOS Quando as camadas possuem uma quantidade de neurônios parecidas, esse isocórtex é homogêneo sendo 6 camadas homogêneas e ele está relacionado com as áreas de associação (cognitivas). Já os que são heterotípicos, são aqueles que apresentam 6 camadas, onde alguma camada vai predominar, sendo que pode ser um isocórtex heterotípico granular, sendo uma área sensitiva ou um isocórtex heterotípico agranular, sendo uma área motora. 60 LARISSA RODRIGUES SANTOS A célula granular é o principal interneurônio do córtex. O córtex se localiza no telencéfalo e para uma mensagem chegar ou sair, é necessário a presença de fibras aferentes e eferentes e quando se tem um órgão que transmite uma para o córtex, são a partir das fibras de projeção. Agora quando se tem uma informação que sai do córtex e for para outro órgão, são a partir das fibras de projeção também, podendo ser aferente ou eferente. Caso essas fibras sejam lesadas, ocorre uma perda de função. Quando se capta mensagens, o córtex tem que estabelecer comunicação com outras áreas de córtex para traduzir as mensagens e essas fibras que conectam córtex com córtex são chamadas de fibras de associação. Sendo a principal fibra de associação, o corpo caloso, pois vai de córtex para córtex. Uma área primária ou ele recebe primeiro ou é a primeira a enviar pro órgão, ela é sempre unimodal, ou seja, ou ela é sensitiva (recebe de um órgão para o córtex) ou ela é motora (envia para medula ou tronco encefálico para sair pelos nervos espinais ou cranianos). Toda área primária é de projeção e a falência de uma área primária define a ausência de função. 61 LARISSA RODRIGUES SANTOS Não existem somente áreas primárias, mas que o córtex se comunica com outras áreas do córtex por associação, sendo as áreas secundárias e as terciárias. Uma área secundária ela é unimodal, recebe a informação de uma primária, sendo ou motora ou sensitiva, já a terciária, e de associação supramodal com outros tipos de associação. Como por exemplo, o olho que enxerga um objeto e manda uma informação para o córtex na área visual, inicialmente só se está vendo e para a identificação do objeto, essa área deverá mandar o neurônio para outra área do córtex que identifica, sendo a área secundária visual e por fim, as secundárias avisam outras áreas como de memória, julgamento e emoção, sendo então áreas supramodais, as áreas terciárias (conotação cognitiva). 62 LARISSA RODRIGUES SANTOS A agnosia acontece quando se vê o objeto e não o associa, não o ligando também com as áreas terciárias. Na parte motora, a área terciária julga todas as possibilidades, dando a intenção do movimento e essa iniciativa atua em uma área secundária planejando como executar as ações e esse planejamento vai executar ligações com diversos órgãos e depois disso esse produto planejado vai ser mandado para primária para execução. E por exemplo, pacientes com lesões no planejamento se movimentam porém com falha de execução. 63 LARISSA RODRIGUES SANTOS A área motora primária é no giro pré-central, os axônios desse giro vão descer pra medula, sendo a área 4 e por serem áreas de grande habilidade, a representação é grande sendo representada pelo homúnculo motor. Desse giro pré-central sai o trato corticoespinal (axônios que saíram do giro pré-central) que vai do córtex para a medula (projeção) e lesões do lado direito afetam o lado esquerdo. 64 LARISSA RODRIGUES SANTOS As áreas sensitivas primárias (agnosia) são: • Área Somestésica: Localiza-se no giro pós-central (3,1,2). Quando se estimula essa área, o indivíduo tem manifestações sensitivas em partes determinadas do corpo, do tipo dormência ou formigamento. Pode-se então concluir que existe correspondência entre partes do corpo e partes da área somestésica (somatotopia). Lesões nessa área podem ocorrer, por exemplo, como consequência de acidentes vasculares cerebrais onde há perda da sensibilidade discriminativa do lado oposto da lesão, o doente é incapaz de localizar a parte do corpo tocada ou de distinguir graus de temperatura, peso e textura de objetos tocados. 65 LARISSA RODRIGUES SANTOS • Área visual: Fica em torno do sulco calcariano, no cúneo e no giro occipitotemporal medial, recebendo informações da retina, tendo mais neurônios para visão central e menos para visão periférica. ÁREA 17 - a ablação bilateral dessa área causa cegueiracompleta na espécie humana. • Área Auditiva: Está situada no giro temporal transverso anterior (giro de Heschl) - GTTA que corresponde as áreas 41 e 42. As informações da orelha chegam aqui, 66 LARISSA RODRIGUES SANTOS mas o processamento auditivo não acontece aqui. Aqui também acontece a tonotopia, ou seja, sons de determinada frequência projetam-se em partes específicas desta área. • Área Olfatória: se localiza em alocórtex, localizada no giro parahipocampal, na área 27 e é uma área relacionada com memória que faz com que cheiros te denotem encargos emocionais. A área olfatória secundária se localiza no unco para processamento do cheiro, nesse local pode acontecer a crise uncinada, que pacientes se queixam de cheiros intensos que muitas vezes não existem. • Área Vestibular: localiza-se no lobo parietal, em uma pequena região próxima ao território da área somestésica correspondente à face estando relacionada com a área de projeção da sensibilidade proprioceptiva do que com a auditiva. • Área Gustativa: Localiza-se no giro pós-central, na sua parte baixa, próximo ao sulco lateral, em uma área somestésica correspondente à língua. Lesões dessa área provocam uma diminuição da gustação na metade oposta da língua. ÁREA 43 67 LARISSA RODRIGUES SANTOS As áreas motoras secundárias são as áreas de número 6, pegando a parte posterior dos giros frontais superior e médio e lesões nessa área causam quadros de apraxias com dificuldade de executar determinados atos voluntários, sem que exista déficit motor, com lesão nas áreas corticais de associação relacionada com o 'planejamento' dos atos voluntários e na execução desses atos. Sendo elas: • Área Motora Suplementar: é a do planejamento de sequências complexas de movimentos, ocupando a parte mais alta situada no firo frontal superior. • Área Pré-Motora: estimula os músculos axiais do tronco para manter a postura básica para o movimento. Ela ocupa toda a extensão da área 6, situada na face lateral do hemisfério. • Área da Broca: Situada nas partes opercular e triangular do giro frontal superior, é responsável pela programação da atividade motora relacionada com a expressão da linguagem. Lesões nessa área resultam em déficits de linguagem denominados de afasia. 68 LARISSA RODRIGUES SANTOS As áreas sensitivas secundárias (áreas de gnosia) são: • A área visual secundária se divide em uma via dorsal (movimento/localização espacial/profunidade) em direção ao lobo parietal e uma via ventral (cores/objetos/reconhecimento da face alheia) em direção ao lobo temporal. Quando acontece lesão nessa área, não se tem uma visualização completa do movimento acontecendo. • Área somestésica secundária: situa-se no lobo parietal superior, logo atrás da área somestésica primária. • Área Auditiva secundária: situa-se no lobo temporal, circundando a área auditiva primária. 69 LARISSA RODRIGUES SANTOS Áreas terciárias, que recebem e integram as informações sensoriais já elaboradas por todas as áreas secundárias e também são responsáveis pela elaboração de diversas estratégias comportamentais. São elas: • Área Pré-Frontal: Pega a parte inicial dos giros frontais, sendo a área 10 e está relacionada com o comportamento social, iniciativa, memória recente, manutenção da atenção, controle do comportamento emocional. E se essa região for lesada, a pessoa não tem vontade de fazer nada, a chamada de lobotomia frontal, antigamente essa área podia ser retirada. • Área Temporoparietal: situa-se no lobo parietal inferior, sendo uma área de localização espacial, sendo que a direita gerencia o espaço esquerdo e vice-versa, conhecida como á 'área do esquema corporal'. Quando o paciente tem lesão de um dos lados, ele negligencia o espaço, chamada de síndrome da negligência espacial, fazendo com que um lado não exista deixando de fazer tudo desse determinado lado. 70 LARISSA RODRIGUES SANTOS • Área Límbicas: compreendem o giro do cíngulo, o giro parahipocampal e o hipocampo. Relacionada com a memória, empatia, reconhecimento da própria face (lobo insular) e o comportamento emocional com relação a experiências dolorosas podendo ser ruim ou prazerosa, integram o sistema límbico. A área da linguagem fica no hemisfério esquerdo, em termos de compreensão e resposta. A área sensitiva da linguagem está conectada com a visão para linguagem por meio de códigos, sinais e escrita e também conectada com a audição para escutar e entender, sendo a área sensitiva, a interpretativa (terciária). Essa área foi descrita por Wenicke, chamada de área de Wernicke e o paciente com lesão nessa região ouve e enxerga, mas não tem mínima noção do que está sendo perguntando, não conseguindo então elaborar uma resposta, falando de qualquer forma, sendo chamado de afasia sensitiva ou de Wernicke e essa área se localiza na parte posterior do giro temporal superior + giro angular + giro supramarginal, sendo uma área temporo-parietal. ÁREA 22 - terciária 71 LARISSA RODRIGUES SANTOS O giro pré-central (motor) controla a mão e a boca e o giro frontal inferior esquerdo planeja a resposta motora da linguagem, com uma linguagem falada ou escrita e manda a informação para o giro pré-central onde os neurônios vão para mão e para boca, sendo chamado de área da Broca. Uma lesão nessa área é chamada de motora ou de expressão (secundária mas também terciária), sendo o indivíduo capaz de compreender a linguagem falada ou escrita, mas tem dificuldade de se expressar adequadamente, falando ou escrevendo. A informação passa da área de Wernicke para área de Broca pela fascículo arqueado/fascículo longitudinal superior, e nos casos que esse fascículo for lesado temos a chamada, afasia de condução, em que a compreensão da linguagem é normal (pois a área de Wernicke está íntegra), mas existe déficit da expressão. 72 LARISSA RODRIGUES SANTOS SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (SNA) O sistema nervoso é dividido em duas partes funcionais, sendo a somática relacionada com o músculo estriado esquelético, sendo a parte somática chamada de vida de relação que interage com o meio, necessitando de uma via de entrada de informação que sobe para uma região superior, sendo chamada de via aferente. Já a via eferente está relacionada com a informação mandada do cérebro para medula e da medula sai a informação estimulando por meio de um neurônio para resposta do músculo esquelético, sendo que um paciente em coma não apresenta nenhum estímulo somático. No SN somático se tem a presença de somente um neurônio motor somático, cujo corpo, na medula, localiza-se na coluna anterior e terminando em placas motoras nos músculos estriados esqueléticos. Além disso, o sistema nervoso precisa gerenciar PA, peristaltismo, controle do pH, transpiração, vasodilatação, contração da pupila, débito cardíaco e etc, sendo que nenhuma dessas informações são conscientes, sendo a chamada vida vegetativa, sendo que em um paciente em coma essa parte está toda funcionando. O grande centro controlador dessa parte visceral é diencefálico, existindo outros subcentros que também controlam e gerenciam. A víscera têm que informar o SN do que acontece através de receptores e isso faz com que se tenha uma via de entrada, sendo que se por exemplo se detectar uma alta da PA, a via eferente irá diminuir a 73 LARISSA RODRIGUES SANTOS frequência cardíaca. Por outro lado, se ocorre uma baixa da PA, os mesmos receptores captam e a mesma via aferente leva, porém a via eferente é diferente com uma resposta diferente, aumentando a frequência cardíaca, sendo essas duas vias eferentes o simpático e parassimpático. O sistema nervoso visceral apresenta uma via aferente com receptores que levam informaçõesa centros, sendo os mesmos receptores mesmo para estímulos diferentes e o SNC efetua respostas excitatórios ou inibitórias dependendendo da condição inicial do órgão, sendo a via eferente dividida em simpático e parassimpático (efetuadores). Essas respostas são para glândulas, músculo liso e músculo estriado cardíaco. Como o simpático e parassimpático se comunicam com a víscera? Eles apresentam no mínimo dois neurônios que ocupam uma posição de acordo com o corpo celular, sendo que esses dois neurônios se comunicam através das fibras e o neurônio 2 também apresenta uma fibra que se comunica com o órgão. O neurônio 1 está no SNC (formando núcleos) tanto simpático como parassimpático, já o neurônio 2 está fora do SNC, localizando-se no gânglio motor, o axônio do neurônio 1 pré-ganglionar é chamada de fibra pré-ganglionar e o fibra que vai até a víscera é chamada de fibra pós-ganglionar, sendo ela do neurônio 2 pós-ganglionar. A fibra pré-ganglionar é sempre uma fibra mielínica, devendo ser branca quando observada e a fibra pós-ganglionar é amielínica, devendo ser observada de forma cinza. A sinapse do neurônio 1 com o neurônio 2 sempre vai ser excitatória pois a resposta é excitar o neurônio, agora da fibra com a víscera pode ser inibitório ou excitatório dependendo se é simpático ou parassimpático por meio do neurotransmissor exocitado. 74 LARISSA RODRIGUES SANTOS O gânglio autônomo é motor com um neurônio unipolar com células satélites em volta, sendo a glia periférica para dar suporte a esses neurônios. O ramo comunicante branco é formado pelas fibras pré-ganglionares brancas e faz com que a informação pré, chegue na fibra pós, já o ramo comunicante pós cinzento é a fibra comunicante pós-ganglionar. O gânglio autônomo não é o mesmo que o sensitivo e recebe um ramo branco e manda um ramo cinzento. 75 LARISSA RODRIGUES SANTOS O SN simpático apresenta os neurônios pré-ganglionares na parte torácica e lombar da medula, indo de T1 até L2 (toraco-lombar). Já o pré-ganglionares parassimpáticos se apresentam no tronco encefálico e na parte sacral da medula, sendo chamado de crânio-sacral e se ele está no tronco encefálico, quando as fibras saem de lá, é a partir de nervos cranianos, ou seja, nervos cranianos podem ser parassimpáticos mas não pode ser simpático em hipótese alguma pelo simples fato do simpático sair somente da medula, sendo que o parassimpático utiliza o III (oculomotor), VII (facial) e X (vago) par de nervos cranianos. 76 LARISSA RODRIGUES SANTOS No simpático, o neurônio pós está em um gânglio que está paralelo as vertebras, sendo chamados de gânglios paravertebrais e eles formam uma cadeia ao lado das vértebras, sendo chamada de cadeia paravertebral. Apesar do neurônio pré só existir na parte toraco-lombar, os gânglios estão ao longo coluna inteira, para que ocorra comunicações ao longo do corpo todo. Existem também os gânglios que ficam na frente da coluna, sendo chamados de pré-vertebrais. Se o primeiro neurônio estiver na medula e o segundo no gânglio paravertebral, a distância entre eles é pequena e para que esse neurônio chegue na viscera, a fibra deve ser longa. Ou seja, neurônios simpáticos tem fibras pré que são curtas sempre devido o neurônio 1 e 2 estarem próximos um do outro, agora a fibra pós vai ser sempre uma fibra longa pois do gânglio deve-se chegar a até a víscera que nem sempre está próxima. Agora o neurotransmissor da fibra pré- simpática é a acetilcolina (excitatório), tendo um receptor nicotínico II, liberando essa Ach ocorrerá a excitação do neurônio pós que possui uma fibra grande que vai até o órgão mas libera NE (norepinefrina/noradrenalina). Existe uma exceção para fibra pós-ganglionar simpática que quando vai para uma glândula sudorípara libera Ach, ocorrendo uma excitação para transpiração. Membro superior e inferior não tem inervação parassimpática, já o simpático é bem difuso e além disso, o neurônio simpático na suprarrenal apresenta as células cromafins (vieram da crista neural) na medula que está sendo estimulada que libera epinefrina e norepinefrina na circulação por meio das células cromafins que causa um efeito difuso. Sendo assim, o simpático apresenta uma resposta total no corpo. 77 LARISSA RODRIGUES SANTOS Agora o parassimpático que é crânio-sacral, apresenta o neurônio pós na parede da víscera, ou seja, próximo de diversos órgãos e sendo assim, as fibras pré serão longas porque os neurônios estão longes um do outro, viajando dentro de nervos como III, VII e X. Já a fibra pós é curta pois está próximo da víscera e além disso, a fibra pré excitando a pós é através da Ach pelos receptores nicotínicos, e a fibra curta secreta Ach também, aparecendo os receptores muscarínicos que estão em glândulas, músculo liso e músculo cardíaco. GENERALIDADES DAS VIAS AFERENTES GERAIS São informações de entrada, que geralmente cruzam de uma lado para o outro, mas existem vias que também não cruzam ou vias duplas. Sendo definida como sensibilidade geral dor, temperatura, tato, pressão, sensibilidade vibratória e propriocepção, onde a maior parte dos órgãos tem receptores para captar essas informações. Existe também a sensibilidade geral, onde existem receptores em órgãos específicas como olfato, visão, audição, equilíbrio e gustação. O trajeto aferente é uma cadeia de neurônios que começa no receptor, sendo a pele um órgão com diversos tipos de receptores, sendo chamados de nociceptor (dor) que deve fazer a 78 LARISSA RODRIGUES SANTOS transdução de sinal com o receptor recebendo um sinal químico e o transformando em elétrico, podendo ser levado em conta qualquer tipo de estímulo, pois o que chega no cérebro já é um sinal elétrico, já tendo ocorrido a transdução de sinal. As estruturas do SNP que conduzem essas informações são os nervos espinais e nervos cranianos, sendo a condução mais rápida se o axônio for mais grosso e segundamente deve ser observado se ele tem ou não bainha de mielina. Os nervos irão alcançar o SNC, tendo um trajeto pelo SNC, sendo que se for o nervo for espinal ele irá alcançar a medula espinal e se o nervo for craniano ele irá alcançar o tronco encefálico e chegando nesses locais, a informação deve ser transferida para o cérebro através de um trajeto central. Essas informações são conduzidas por um trato, fascículo, lemnisco, funículo e geralmente chegam ao tálamo, sendo que algumas se tornam conscientes e outras são emitidas por projeções de axônios no giro pós-central na área primária somestésica conhecida como 3,1,2, exceto a sensibilidade do olfato que não passa pelo tálamo. O giro pós-central apresenta uma parte medial e outra supero-lateral e nesse giro existe um mapa sensitivo do corpo, sendo que cada região tem uma informação diferenciada e quanto mais sensibilidade se tem no órgão, mais espaço ocupa no giro e as informações que chegam nesse giro são de dor aguda e temperatura, dor crônica, pressão e tato protopático, tato epicrítico (descriminativo), sensibilidade vibratória e propriocepção consciente (percepção no corpo no espaço) e inconsciente (informação sobre o grau de tensão no ventre e no tendão) e sensibilidade geral, sendo que cada uma tem um trajeto, porém chegam ao mesmo destino final: o giro pós- central. 79 LARISSA RODRIGUES SANTOS Toda via tem um receptor específico, trajeto periférico (caminhar por nervos), trajeto central (tanto na medula, tronco encefálico ou tálamo para receber a sensibilidade) e toda via terá uma área de projeção cortical (giro pós-central). Se uma lesão acontecer antes do cruzamento, a lesão é homolateral, agora se a lesão for após o cruzamento, a lesão será contralateral. A maior parte das vias aferentes vão ter três neurônios, sendo chamados de
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