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ECG INDICAÇÕES, REALIZAÇÃO E ECG NORMAL

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COMPLEXO EXCITO-CONDUTOR
A maior parte do coração é composta por células musculares cardíacas, ou miocárdio.•
A maioria das células musculares cardíacas é contrátil, mas cerca de 1% delas são especializadas em gerar potenciais de ação 
espontaneamente.
•
Essas células são responsáveis por uma propriedade única do coração: sua capacidade de se contrair sem qualquer sinal externo.•
O coração pode se contrair sem uma conexão com outras partes do corpo, pois o sinal para a contração é miogênico, ou seja, é originado 
dentro do próprio músculo cardíaco.
•
Células miocárdicas especializadas, denominadas células auto excitáveis.•
As células auto excitáveis são também denominadas células marca-passo, uma vez que elas determinam a frequência dos batimentos 
cardíacos.
•
As células auto excitáveis miocárdicas são anatomicamente distintas das células contrateis: elas são menores e contém poucas fibras 
contráteis.
•
Como elas não tem sarcômeros organizados, as células auto excitáveis não contribuem para a força contrátil do coração.•
LARISSA RODRIGUES SANTOSECG: INDICAÇÕES, REALIZAÇÃO E ECG NORMAL
sexta-feira, 10 de setembro de 2021 14:11
 Página 1 de CARDIOLOGIA 
O potencial de ação é conduzido pelas vias intermodais e fascículo de Bachmann para que chegue até o átrio esquerdo.
Triângulo de Koch: Local onde se encontra o nó Atriventricular, além de também estar localizado na base do septo interatrial.•
As fibras contráteis no nó AV têm um comprimento menor;
Existem menos junções comunicantes;
Menos canais de Na+.
Três vias preferenciais internodais:
- Feixes intermodais anterior, médio e posterior.
Fásciculo atrioventricular (Feixe de His)
Continuação do nó AV que penetra no corpo fibroso central.•
Parte inicial comum – se divide em dois ramos, o RAMO DIREITO e o RAMO ESQUERDO.•
Ambos os ramos percorrem o septo interventricular, até o RAMO ESQUERDO se divide (fascículos anterior e posterior) – estendem desde a 
base de ambos os músculos papilares até o miocárdio adjacente, terminando nas fibras de Purkinje.
•
 Página 2 de CARDIOLOGIA 
base de ambos os músculos papilares até o miocárdio adjacente, terminando nas fibras de Purkinje.
O RAMO DIREITO permanece como um mesmo feixe no lado direito do septo até dividir-se em pequenos fascículos que terminam nas fibras 
de Purkinje.
•
Fibras de Purkinje (subendocárdica)
São responsáveis de causar a despolarização dos ventrículos, transmitindo a ativação elétrica que se originou no nó sinusal.•
São compostas por células especializadas em conduzir o estímulo elétrico rapidamente, e formam uma rede subendocárdica em os 
ventrículos, garantindo a despolarização simultânea.
•
Nem sempre o sistema de condução funciona perfeitamente, pois algo dentro desses estímulos pode estar alterado.
LIVRO: A ativação elétrica do coração depende da propagação de uma frente de onda das células do marca-passo através do músculo cardíaco, 
assim como dos tecidos de condução especializados. Em circunstâncias normais, as células do nó sinoatrial localizadas na porção lateral superior 
do epicárdio atrial direito têm a maior taxa de despolarização espontânea e, assim, constituem as células dominantes do marca-passo cardíaco. 
Essa frente de onda elétrica se espalha pelos átrios direito e esquerdo; tratos especializados na condução, denominados feixe de Bachmann, 
aceleram a frente de onda de despolarização para o átrio esquerdo. A ativação elétrica atrial desencadeia a contração muscular atrial, que 
impulsiona o sangue através das valvas tricúspide e mitral para os ventrículos direito e esquerdo. Em geral, o nó atrioventricular (AV), onde o 
atraso da condução é fisiológico, atua como único conector elétrico entre os átrios e os ventrículos; os anéis das valvas AV são isolantes. A frente 
de onda de despolarização deixa o nó AV em direção ao feixe de His, um tecido condutor especializado capaz de condução rápida. O feixe de His 
bifurca em seus ramos direito e esquerdo; o feixe do ramo esquerdo se divide nos fascículos anterior e posterior esquerdos. Os ramos do feixe e 
suas ramificações mais distais do tecido especializado em condução são chamados sistema de Purkinje. Através desses tecidos especializados em 
condução, uma frente de onda despolarizante entra e se propaga pelo músculo ventricular. Assim como ocorre nos átrios, a ativação elétrica 
ventricular desencadeia contração muscular, a qual ejeta sangue através das valvas semilunares nas circulações pulmonar e sistêmica. Após a 
ativação elétrica, ou despolarização, um período de recuperação elétrica, ou repolarização, é necessário antes de a ativação ser repetida.
INDICAÇÕES DO ECG:
Protocolo de dor torácica-
Arritmias (palpitações)-
Síndromes genéticas (QT curto, QT longo, brugada, etc)-
DHE (hipo/hipercalemia, hipo/hipercalcemia)-
Alterações morfológicas do coração (TEP; onda T cerebral)-
Bloqueios AV e interventriculares - distúrbios do ritmo-
Efeitos de medicação (digital) - altera condução elétrica do coração, como a intoxicação digitálica -
 Página 3 de CARDIOLOGIA 
O ECG é feito através do eletrocardiógrafo, conectando os eletrodos no paciente que captam a atividade elétrica do coração, ocorrendo o registro 
da atividade elétrica do coração no papel.
5 quadradinhos de altura x 5 quadradinhos de comprimento 
A velocidade que o papel passa normalmente é 25mm/s-
A medida que se registra, se têm o cálculo da FC-
É necessário uma calibração do aparelho-
Primeiro de tudo olhar a identificação do paciente-
 Página 4 de CARDIOLOGIA 
Perguntar o motivo da realização do ECG-
Verificar as condições em que foi feito o ECG -
Verificar a calibração-
Altura está a metade do que é-
A derivação pode ser mudada de acordo com a necessidade do paciente, podendo ser aumentada (obeso, derrame pericárdico, para 
enxergar melhor) ou pode também diminuir
-
Papel está passando muito rápido, ou seja, registra metade das batidas, nesse caso se calcula a FC com base na velocidade do papel-
Se o papel está passando com o dobro da velocidade, a FC é a metade por exemplo do normal, pois registra metade das batidas pois está 
muito rápido, então a FC é o dobro
-
Se o papel está passando mais devagar, por exemplo com a velocidade na metade, a frequência cardíaca é a metade-
 Página 5 de CARDIOLOGIA 
DERIVAÇÕES
Derivação é uma linha imaginária que liga dois eletrodos e que, a partir dessa, se forma o vetor resultante de despolarização.
Os eletrodos ficam na frente do precórdio, sendo que a posição dos eletrodos dão as derivações do ECG. No ECG se olha o coração de 12 posições 
diferentes, cada derivação é melhor para ver um tipo de situação. 
Existem as derivações periféricas de pernas e mãos (6), já no precórdio são as derivações precordiais (6).
Primeiramente, dois eletrodos são colocados nos braços e dois nas pernas. Eles vão fornecer a base para as 6 derivações dos membros (3 
derivações-padrão/ bipolares, I, II e III; e 3 derivações aumentadas/unipolares aVR, aVL, aVF). 6 eletrodos também serão colocados no tórax, 
formando as 6 derivações precordiais.
Derivação bipolar: É aquela em que os eletrodos positivos e negativo são colocados a uma mesma distância do coração (do ponto de vista 
elétrico), captando a diferença entre esses dois pontos.
 Página 6 de CARDIOLOGIA 
Derivação unipolar: É aquela que registra as variações de potencial obtidas pelo eletrodo positivo (chamado de explorador), enquanto o eletrodo
negativo está a uma distância muito grande do coração (chamado de indiferente). Assim, o explorador passa a captar potenciais absolutos onde é 
colocado, ao invés de diferença de potencial.
DII, DIII e aVF: exploram o coração de baixo para cima, com registro semelhantes, bom para explorar parede inferior.
aVR: importante para ver lateral, apresenta polo positivo no braço direito, e a base da sua derivação é o meio caminho do DIII.
DI, DII e DIII: derivações periféricas bipolares, com polo negativo e polo positivo.
aVR, aVL e AVF: unipolares
V1 a V4: paredeanterior
V5 e V6: parede lateral
aVL: parede lateral
6 DERIVAÇÕES DOS MEMBROS
Essas derivações vão visualizar o coração em um plano vertical ou frontal (como um grande círculo marcado em graus sobrepostoao corpo do 
paciente). A derivação dos membros vê as forças elétricas (ondas de despolarização e repolarização) se movendo para cima e para baixo, para a 
 Página 7 de CARDIOLOGIA 
paciente). A derivação dos membros vê as forças elétricas (ondas de despolarização e repolarização) se movendo para cima e para baixo, para a 
esquerda e para a direita por esse círculo. Para produzir as 6 derivações, cada eletrodo é designado variavelmente como positivo e negativo (feito 
pela máquina do ECG), para gerar várias visões específicas do coração.
Todas as derivações:
Derivação I: Braço E positivo e braço D negativo. Ângulo de orientação: 0°.
Derivação II: Pernas positivo e braço D negativo. Ângulo de orientação: +60°.
Derivação III: Pernas positivas e braço E negativo. Ângulo de orientação: +120°
 Página 8 de CARDIOLOGIA 
Assim, as três derivações bipolares ficam representadas no coração por um triângulo, como na imagem abaixo:
Já as derivações unipolares são criadas amplificando o traçado do ECG. É realizada definindo: (1) uma única derivação positiva; (2) as outras 
derivações negativas; e (3) a média servindo como eletrodo negativo. Assim:
Derivação aVL: Braço E positivo e os outros membros negativos. Ângulo de orientação: -30°
Derivação aVR: Braço D positivo e outros membros negativos. Ângulo de orientação: -150° 
Derivação aVF: Pernas positivas e os outros membros negativos. Ângulo de orientação: +90° 
6 DERIVAÇÕES PRECORDIAIS
Estão dispostas no tórax formando um plano horizontal, fazendo as forças se moverem anterior e posteriormente. Para criar essas derivações, os 
eletrodos são tornados positivos um de cada vez. 
 Página 9 de CARDIOLOGIA 
A disposição de cada um dos 6 eletrodos (V1 à V6) é a seguinte: 
• V1 no 4º EIC, linha paresternal D 
• V2 no 4º EIC, linha paresternal E 
• V3 entre V2 e V4 
• V4 no 5º EIC, linha hemiclavicular 
• V5 no 5º EIC, linha axilar anterior 
• V6 no 5º EIC, linha axilar média
As derivações são:
Morfologia do Complexo QRS: derivações periféricas
 Página 10 de CARDIOLOGIA 
Derivações precordiais:
Conforme vai passando a derivação vai se positivando mais!-
- Nesse plano se verifica se tem rotação horária ou anti-horária
EIXO ELÉTRICO
O eixo representa a despolarização completa (ou repolarização) de uma câmara, desenhando uma serie de vetores sequenciais, com cada vetor 
representando a soma de todas as forças elétricas em um determinado momento. O vetor médio representa a média de todos os vetores 
instantâneos e sua direção que irá determinar o eixo elétrico médio. 
 Página 11 de CARDIOLOGIA 
A positividade da derivação é dada pela sexta, o número no caso corresponde ao eixo elétrico. Ele pode estar em um eixo negativo, com sua ponta 
positiva. Cada célula miocárdica despolariza e cria um vetor, e juntar todos eles, se tem um único vetor resultante que é a soma de todos os 
vetores que determina o eixo da atividade elétrica do coração. 
Cálculo do eixo: utilizar derivações periféricas, pegando positividade em DI e aVF, pois são perpendiculares e o eixo deve estar.
 Página 12 de CARDIOLOGIA 
- Dentro do semicírculo da derivação - positivo
- Toda derivação tem sua derivação perpendicular. DI e aVF formam um ângulo reto, DII e AVL e DIII e aVR.
 Página 13 de CARDIOLOGIA 
MÉTODO SIMPLIFICADO
1. Procure um complexo isodifásico (neutro), com área positiva com mesmo valor da negativa
2. O eixo será determinado pela derivação perpendicular
- Nem sempre é utilizado, pois nem sempre se encontra uma derivação isodifásica
MÉTODO COMPLETO
1. Quando não se tem derivação isodifásica - analisar DI e aVF
 Página 14 de CARDIOLOGIA 
2. Buscar derivações ais próximas fora do quadrante do eixo (buscar área de interseção) 
aVL
DIII
- Fazer duas para chegar a 30º que quase sempre é satisfatório
Pode-se pegar também para ser mais fidedigno, a faixa de 30º é dividir em 3 partes e olhar as morfologias entre as derivações e ver qual está mais 
positiva, se estiverem muito parecidas, fica no meio.
 Página 15 de CARDIOLOGIA 
ECG
ONDAS: Traduzem a despolarização e repolarização das câmaras cardíacas (átrios e ventrículos).
INTERVALO: Compreende a distância que vai do início/final de uma outra onda.
SEGMENTO: Compreende a distância que vai do final de uma onda até o início de outra onda.
DESPOLARIZAÇÃO ATRIAL
Onda P: Simétrica, baixa amplitude, representa a despolarização atrial que gera uma contração, que vem depois da onda P. Primeiro a atividade 
elétrica e depois a mecânico.
DESPOLARIZAÇÃO ATRIAL: O nó SA dispara espontaneamente (um evento invisível no ECG) e uma onda de despolarização começa a se espalhar 
de dentro para fora pelo miocárdio atrial (igual à quando uma pedra é atirada em um lago calmo e sereno). A despolarização das células 
miocárdicas atriais resulta em contração atrial, a onda P.
Entretanto, como o nódulo SA localiza-se do lado D, a despolarização do átrio D começa e termina antes do que a do átrio E. Dessa forma, os dois 
componentes da despolarização dão a conformação da onda P, como mostrada abaixo: 
Após a despolarização atrial, a condução elétrica é canalizada pelo septo interventricular (visto que as válvulas cardíacas impedem a comunicação 
direta com os ventrículos). Na parede septal, um segundo nódulo, o AV, diminui a velocidade de condução (uma pausa elétrica no ECG), a fim de o 
ventrículo conseguir se encher adequadamente.
 Página 16 de CARDIOLOGIA 
O nó SA dispara espontaneamente (um evento invisível no ECG). A despolarização das células miocárdicas atriais resulta em contração atrial. Essa 
é a onda P, que é um registro da disseminação da despolarização pelo miocárdio atrial do início ao fim.
A primeira parte da onda P representa, predominantemente, a despolarização do átrio direito e a segunda parte representa a despolarização do 
átrio esquerdo. A onda de despolarização, tendo completado a sua jornada pelos átrios, é impedida de se comunicar com os ventrículos pelas 
valvas cardíacas que separam os átrios dos ventrículos. A condução elétrica deve ser canalizada pelo septo interventricular.
 Página 17 de CARDIOLOGIA 
Duração normal: menor que 0,12s (três quadrados pequenos)
Amplitude: 0,25MV (2,6 quadrados pequenos)
Morfologia: Positivo na maioria das derivações
- Avalia se o ritmo é sinusal ou não
- Avaliar sinais de sobrecarga atrial direita e/ou esquerda
- Podem sugerir patologias como valvopatia mitral, tricúspide, hipertensão pulmonar e sistêmicas severas
- Se ausentes, pode-se haver presença de fibrilação atrial ou flutter atrial
DESPOLARIZAÇÃO VENTRICULAR
Nó atrioventricular (AV) diminui a velocidade de condução para um rastejo. Essa pausa dura apenas uma fração de um segundo. DESPOLARIZAÇÃO 
VENTRICULAR permitir que os átrios terminem a sua contração antes que os ventrículos comecem a se contrair. retardo na onda de 
despolarização.
Sistema de condução ventricular:
1. feixe de His
2. ramos do feixe (seguindo tanto pelo direito como pelo esquerdo)
3. fibras terminais de Purkinje
Ramo direito leva a corrente para baixo pelo lado direito do septo interventricular até o ápice do ventrículo direito.
Ramo esquerdo divide-se em três fascículos:
1. fascículo septal, que despolariza o septo interventricular em uma direção esquerda-direita
2. fascículo anterior: corre pela superfície anterior do ventrículo esquerdo
3. fascículo posterior: cobre a superfície posterior do ventrículo esquerdo
Ramos direito e esquerdo e fascículos terminam em inúmeras fibras de Purkinje (fornecem a corrente elétrica para o miocárdio ventricular).
 Página 18 de CARDIOLOGIA 
COMPLEXO QRS: A despolarização do miocárdio ventricular produz a contração ventricular. Ela é marcada por uma grande deflexão no ECG 
chamada de complexo QRS.A amplitude do complexo QRS é muito maior do que a da onda P porque os ventrículos têm muito mais massa 
muscular do que os átrios. O complexo QRS consiste em várias ondas distintas, e são designadas de acordo com cada deflexão: 
• Se a primeira deflexão for para baixo, é chamada de onda Q - corresponde ao vetor de despolarização septal. 
• A primeira deflexão para cima é chamada de onda R - vetor resultante da despolarização das paredes livres dos ventrículos . 
• Se houver uma segunda deflexão para cima, ela é chamada R’ 
• A primeira deflexão para baixo, após uma deflexão para cima, é chamada de onda S - despolarização das regiões basais dos ventrículos.
Duração: Em geral de 0,06 a 0,10s. Até 3 quadradinhos (próximo da normalidade).
Amplitude: Útil para avaliar sinais de sobrecarga ventricular. 
REPOLARIZAÇÃO
 Página 19 de CARDIOLOGIA 
REPOLARIZAÇÃO
A repolarização ventricular é um processo muito mais lento do que a despolarização ventricular. A onda T é mais larga do que o complexo QRS.
Onda T: Começa lenta e termina rápido. Em geral, a onda T deve ter mesma direção (positiva ou negativa) que a onda de maior amplitude do QRS.
REPOLARIZAÇÃO: Após a despolarização dos ventrículos, as células miocárdicas passam por um período refratário no qual são resistentes a outra 
estimulação. Nesse meio tempo, então, as células repolarizam. No ECG essa repolarização ventricular é representada pela onda T. Por ser um 
processo mais lento que a despolarização, a onda T é mais larga do que o complexo QRS.
- Pode sugerir distúrbios eletrolíticos importantes, como hipercalcemia
 Página 20 de CARDIOLOGIA 
Onda U: Onda pequena, simétrica, depois da onda T, normalmente não está presente. 
LINHAS E RETAS
As linhas retas presentes no gráfico que conectam as ondas são denominadas de intervalos ou segmentos. Segmentos são as linhas retas que 
conectam duas ondas. Já os intervalos englobam uma onda mais a linha reta de conexão. 
Por exemplo, o intervalo PR engloba a onda P e a linha reta que a conecta ao complexo QRS. Portanto, ela mede o tempo desde o início da 
despolarização atrial até o início da despolarização ventricular.
Intervalo PR: Começo da onda P e segmento PR, representa a despolarização atrial e o atraso fisiológico do estímulo ao passar pelo nó 
atrioventricular para que a contração atrial seja coordenado com a contração ventricular.
Duração: 0,12 a 0,20s - varia com a frequência cardíaca, de 3 a 5 quadradinhos.
- Avaliar presença de bloqueio atrioventricular
- Avaliar infradesnivelamento - pode sugerir pericardite quando associado a outros achados
- Avaliar síndromes de pré-excitação (PR curto)
Segmento PR: Final da onda P e começo do QRS. 
 Página 21 de CARDIOLOGIA 
Segmento ST: Ocorre após o término da despolarização ventricular (contração) e antes do início da repolarização.
- Geralmente isoelétrico, podendo ter variações de 0,5mm e com leve concavidade para cima. Super nivelado com PR prévio.
• Caso com supra desnivelamento - reperfusão
• Pode sugerir lesão de órgão-alvo quando associado a outros achados de sobrecarga ventricular importante
• Pode sugerir intoxicação medicamentosa/impregnação digitálica
Intervalo QT: Quando está muito aumentado está relacionado a morte súbita, por isso a importância do seu controle. O ideal é que seja medido 
corrigido usando a fórmula.
Começa no QRS + segmento ST + onda T. 
- Principal medida da repolarização ventricular
- Varia com a FC, logo deve ser corrigido por ela.
- Síndromes de QT longo e QT curto podem precipitar arritmias 
R-R: de uma onda R até outra = FC.
Resumindo... 
 Página 22 de CARDIOLOGIA 
Resumindo... 
RITMO SINUSAL
Toda onda P seguida de QRST, em todas as derivações, onda P positiva em DII e DI e negativa em aVR. 
Em um ritmo sinusal, como vemos a despolarização se aproximando de DI, DII e aVF, a onda P deve ser, pelo menos em DI e aVF. Caso positiva em 
DI e negativa em aVF, olhar para DII, onde tem que estar positiva. Qualquer combinação fora disso se configura um ritmo atrial ectópico. É 
considerado aceitável eixo entre +90° a -30°. Além disso, verificar se para cada onda P existe um QRS correspondente. Por fim, analisar a 
morfologia das ondas P dentro de uma mesma derivação. 
 Página 23 de CARDIOLOGIA 
Ou seja: 
• Onda P + nas derivações inferiores (DI e aVF.) 
• Para cada onda P, um complexo QRS 
• Ondas P com mesma morfologia na mesma derivação
FREQUÊNCIA CARDÍACA
Como calcular a FC?
N: Se descobre pelo intervalo R-R.
Por 300 divide quando cair em cima do quadrado maior.
Porque a diferença na amplitude das ondas? 
 Página 24 de CARDIOLOGIA 
A diferença na amplitude pode-se dar pela distância entre o coração e seus eletrodos. 
 Página 25 de CARDIOLOGIA

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