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- CURSO DELEGADO - Inquérito e provas - PROF. ANDREUCCI

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INQUÉRITO POLICIAL
Prof. Ricardo Andreucci
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Conceito:
O inquérito policial é um procedimento administrativo que não se sujeita às mesmas fórmulas do processo judicial. 
É realizado pela Polícia Judiciária e tem como escopo reunir elementos de convicção que habilitem o órgão de acusação à propositura da ação penal (pública ou privada).
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Natureza e finalidade:
É um procedimento administrativo informativo, destinado a fornecer ao órgão da acusação o mínimo de elementos necessários à propositura da ação penal.
Não se confunde com a instrução criminal.
Tem caráter nitidamente inquisitivo.
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Persecução penal:
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Segurança Pública:
Art. 144 da Constituição Federal:
“A segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I – polícia federal;
II – polícia rodoviária federal;
III – polícia ferroviária federal;
IV – polícias civis;
V – polícias militares e corpos de bombeiros militares.
(...) “
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Estrutura básica da polícia:
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Art. 4º do Código de Processo Penal:
	“A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e sua autoria.
	Parágrafo único: A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.”
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Poderes de investigação:
Polícia Judiciária (civil e federal).
Ministério Público (infrações penais e inquérito civil).
Juiz (inquérito judicial – falência – revogado Dec.-lei 7.661/45).
Comissões Parlamentares de inquérito (art. 58, § 3º, CF).
Polícia Militar (inquérito policial militar).
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Poderes de investigação:
STF (infração penal cometida em sua sede ou dependências).
Câmara dos Deputados e Senado Federal (infração penal cometida em suas sedes ou dependências).
Ministério Público (crime praticado por Promotor de Justiça).
Poder Judiciário (crime praticado por Juiz de Direito).
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Características do inquérito policial:
É formado de peças escritas (art. 9º, CPP).
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Características do inquérito policial:
É sigiloso (art. 20, CPP) – sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
O sigilo não se aplica ao advogado, quando possua legitimatio ad procedimentum – STF – C 82.354-PR, 1ª T., 10.08.2004, v.u..
Art. 7º, XIII e XIV, do Estatuto da OAB.
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Características do inquérito policial:
É inquisitivo, ou seja, nele não se desenvolve o contraditório. A autoridade policial, embora atue com discricionariedade, está sujeita aos limites da lei. Não há contraditório no inquérito policial e nem tampouco pode a parte exercer a ampla defesa, que são garantias constitucionais que se aplicam apenas aos processos;
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Características do inquérito policial:
É realizado pela Polícia Judiciária (art. 4º do Código de Processo Penal).
Polícia Federal: polícia judiciária da União (art. 144, § 1º, IV, da Constituição Federal).
Polícias Civis: polícia judiciária, ressalvada a competência da União (art. 144, § 4º, da Constituição Federal).
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Características do inquérito policial:
É dispensável, ou seja, não é obrigatório, uma vez que o Ministério Público ou o ofendido poderão iniciar a ação penal com base em peças de informação. 
Nesse sentido, o art. 27 do CPP.
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Características do inquérito policial:
É indisponível (art. 17 do CPP), uma vez que a autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito;
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Características do inquérito policial:
Tem conteúdo informativo, pois visa dotar o Ministério Público ou o ofendido de elementos suficientes para a propositura da ação penal. 
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PERGUNTA
As provas colhidas na fase inquisitória (sem contraditório e ampla defesa) podem ser utilizadas em juízo?
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RESPOSTA
SIM, desde que obedecidas as formalidades legais para sua obtenção.
Ex.: provas periciais, apreensões em geral, reconhecimento, acareações etc
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Destinatários do inquérito policial:
Destinatário Imediato: o Ministério Público ou o ofendido (formação da opinio delicti)
Destinatário Mediato: Juiz de Direito (pode encontrar no IP fundamentos para julgar)
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Início do inquérito policial:
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Procedimento do inquérito policial:
Não há forma procedimental rigorosa a ser seguida no inquérito policial. 
Entretanto, algumas providências são imprescindíveis por parte da autoridade policial, conforme determina o art. 6º do CPP.
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Providências imprescindíveis:
Dirigir-se ao local da infração penal, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;
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Providências imprescindíveis:
Apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
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Providências imprescindíveis:
Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
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Providências imprescindíveis:
Ouvir o ofendido;
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Providências imprescindíveis:
Ouvir o indiciado;
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Providências imprescindíveis:
Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
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Providências imprescindíveis:
Determinar, se for o caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
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Providências imprescindíveis:
Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
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Indiciamento:
CONCEITO: é a imputação a alguém, no inquérito policial, da prática do ilícito penal investigado.
O indiciamento não é ato discricionário ou arbitrário da autoridade policial.
É obrigatório se existentes indícios razoáveis de autoria e prova suficiente da infração penal.
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PERGUNTA:
Qual a medida cabível contra o indiciamento ilegal ou indevido?
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RESPOSTA:
Habeas corpus – vários precedentes do STF – cessar os efeitos do indiciamento ou trancar a investigação.
Tribunal de Justiça de São Paulo: Mandado de segurança.
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Identificação criminal:
Art. 5º, LVIII, CF – “O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei.”
	(norma constitucional de eficácia contida)
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Identificação criminal:
Súmula 568 do STF: “A identificação criminal não constitui constrangimento ilegal, ainda que o indiciado já tenha sido identificado civilmente.”
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Lei nº 10.054/00:
Art. 3º: exceções previstas pela regra constitucional:
a) Indiciado ou acusado pela prática de:
	- homicídio doloso;
	- crimes contra o patrimônio praticados com violência ou grave ameaça;
	- crime de receptação qualificada;
	- crimes contra a liberdade sexual;
	- crime de falsificação de documento público.
	
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Identificação criminal:
b) Fundada suspeita de falsificação ou adulteração do documento de identidade;
c) Estado de conservação ou documento antigo que impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais;
d) Constar de registros policiais o uso de outros
nomes ou diferentes qualificações;
e) Houver registro de extravio do documento de identidade;
f) Não comprovação, em 48 horas, da identificação civil.
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Crime organizado:
Art. 5º da Lei nº 9.034/95:
	Identificação criminal das pessoas envolvidas com a ação praticada por organizações criminosas, independentemente da identificação civil.
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Indiciado menor de 21 anos:
Art. 15 do CPP: “Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade policial.”
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Indiciado menor de 21 anos:
Posição que prevalece na doutrina e jurisprudência: Em face da nova regra do art. 5º do CC, não se justifica mais a especial proteção que a lei processual confere aos indiciados menores de 21 anos.
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Indiciado menor de 21 anos:
NO INTERROGATÓRIO JUDICIAL:
	A Lei nº 10.792/03 revogou o art. 194 do CPP, que exigia a presença de curador no interrogatório judicial do acusado menor de 21 anos.
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Providências imprescindíveis:
Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
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Crime organizado:
Lei nº 9.034/95 - outras providências:
Captação e interceptação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos;
Interceptação telefônica;
Infiltração por agentes de polícia ou de inteligência
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Crime organizado:
Observação: Todas essas providências dependem de circunstanciada autorização judicial.
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Reconstituição:
É a reprodução simulada dos fatos. 
De acordo com o art. 7º do CPP, a autoridade policial poderá proceder à reconstituição dos fatos, desde que não contrarie a moralidade e a ordem pública, a fim de verificar a possibilidade de haver a infração penal sido praticada de determinado modo. 
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PERGUNTA
O indiciado é obrigado a participar da reconstituição?
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RESPOSTA
NÃO. Porque esse fato pode influir negativamente na sua defesa, não estando ele obrigado a fazer prova contra si mesmo.
Entretanto, ele é obrigado, se for o caso, a comparecer ao local da reconstituição, ainda que precise ser conduzido coercitivamente pela autoridade policial.
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Deveres da autoridade policial:
Além das diligências referidas nos arts. 6º e 7º do CPP, incumbe à autoridade policial, nos termos do art. 13 do CPP:
Fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos;
Realizar diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público;
Cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;
Representar acerca da prisão preventiva.
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Prazo para conclusão do inquérito:
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Prazo para conclusão do inquérito:
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Encerramento do inquérito policial:
Minucioso relatório;
Indicação de testemunhas que não tiverem sido inquiridas;
Envio dos instrumentos do crime e objetos que interessarem à prova;
Ofício ao Instituto de Identificação com indicação do juízo a que tiver sido distribuído o IP, além dos dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado.
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Arquivamento do inquérito policial:
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Arquivamento do inquérito policial:
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Arquivamento do inquérito policial:
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Questões sobre inquérito policial:
As provas colhidas no inquérito policial são válidas para a condenação?
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Questões sobre inquérito policial:
Resposta: Depende. São válidas para embasar a condenação apenas as provas que não puderem ser refeitas em juízo, sob o crivo do contraditório e da ampla defesa, como acontece com as perícias em geral, laudos de exame de corpo de delito etc.
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Questões sobre inquérito policial:
Pode a autoridade policial indeferir o pedido de instauração de inquérito policial?
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Questões sobre inquérito policial:
Resposta: Sim. Nos casos em que falte justa causa à ação penal; em que o ofendido apresente requerimento sem os elementos indispensáveis ao início das investigações; em que a autoridade policial não tiver atribuição para a investigação etc.
	
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Questões sobre inquérito policial:
Nesse caso, nos termos do art. 5º, § 2º, do CPP, caberá recurso para o Chefe de Polícia – atualmente o Secretário de Segurança Pública.
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Questões sobre inquérito policial:
Pode o membro do Ministério Público presidir o inquérito policial, ou este ato é privativo da autoridade policial?
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Questões sobre inquérito policial:
Resposta: Em regra, somente os delegados de polícia de carreira podem presidir o inquérito policial.
	Excepcionalmente, outros órgãos podem presidi-lo, como, por exemplo, no caso de infração penal envolvendo titulares de prerrogativa de função, quando, então, a investigação caberá ao próprio foro (STF, STJ, TJ etc.)
	
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Questões sobre inquérito policial:
O Promotor de Justiça não pode mais assumir a direção de inquéritos policiais quando designados pelo Procurador-Geral, onde não haja delegado de polícia de carreira, como previa o art. 15, III e V, da Lei Complementar nº 40/81 – LONMP.
	Essa regra não foi reeditada pela Lei nº 8.625/93 – LONMP.
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Questões sobre inquérito policial:
A requisição de instauração de inquérito policial pode ser feita por autoridades judiciárias ou promotores de justiça atuantes na área cível?
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Questões sobre inquérito policial:
Resposta: Não. A requisição de instauração de inquérito policial é atribuição exclusiva de magistrados e membros do Ministério Público criminais, como desdobramento lógico de suas funções.
	
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Questões sobre inquérito policial:
As autoridades judiciárias e promotores de justiça atuantes na esfera cível poderão comunicar à autoridade policial a ocorrência de crime (notitia criminis). 
	Essa comunicação não terá caráter de requisição.
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Questões sobre inquérito policial:
Qual a medida cabível contra inquérito policial indevidamente instaurado por requisição de autoridade judiciária ou membro do Ministério Público?
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Questões sobre inquérito policial:
Resposta: Cabe habeas corpus para o trancamento do inquérito policial.
	
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Questões sobre inquérito policial:
Nesse caso, quem é autoridade coatora?
A que órgão jurisdicional será dirigido o HC?
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Questões sobre inquérito policial:
O habeas corpus será dirigido ao Tribunal competente, pois, no caso, a autoridade coatora não é o delegado de polícia (que limitou-se a cumprir a exigência legal de outra autoridade), mas sim o Juiz de Direito ou o Promotor de Justiça requisitantes.
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Questões sobre inquérito policial:
É possível o desindiciamento?
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Questões sobre inquérito policial:
Resposta: Sim. Ocorre quando o juiz determina o cancelamento de um indiciamento abusivo ou ilegal.
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Questões sobre inquérito policial:
O que é notitia criminis inqualificada?
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Questões sobre inquérito policial:
Resposta: É a notícia anônima de um crime dada à autoridade policial.
	Neste caso, deve a autoridade policial agir com cautela, discrição e sigilo, verificando a verossimilhança da informação, para, somente então, instaurar inquérito policial.
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Questões
sobre inquérito policial:
O prazo para a conclusão do inquérito policial é prazo penal ou prazo processual? Será contado de acordo com o art. 10 do Código Penal ou de acordo com o art. 798, § 1º, do Código de Processo Penal?
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Questões sobre inquérito policial:
Resposta: A questão é controvertida na doutrina.
	Prevalece o entendimento majoritário de que se trata de prazo processual, contado de acordo com o disposto no art. 798, § 1º, do CPP.
	Há, entretanto, autores que consideram o prazo penal, contando-se de acordo com a regra do art. 10 do CP.
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Questões sobre inquérito policial:
Pode o Juiz indeferir o requerimento de novas diligências feito pelo Promotor de Justiça após a conclusão do inquérito policial?
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Questões sobre inquérito policial:
Resposta: Não. Caso haja o indeferimento, estará o Juiz sujeito a correição parcial, uma vez que incorre em error in procedendo.
Caso o Juiz entenda que as diligências são desnecessárias, deverá aplicar analogicamente o disposto no art. 28 do CPP.
Nada impede que o MP requisite diretamente as diligências à autoridade policial.
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Questões sobre inquérito policial:
O que ocorre com o inquérito policial encaminhado ao fórum, quando o crime apurado for de ação penal privada?
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Questões sobre inquérito policial:
Resposta: o inquérito policial deve ser distribuído e, nos termos do art. 19 do CPP, ficar aguardando a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou será entregue ao requerente, se o pedir, mediante traslado.
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Questões sobre inquérito policial:
Pode o ofendido, no caso de crime de ação penal privada, pedir o arquivamento do inquérito policial?
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Questões sobre inquérito policial:
Resposta: Sim. Neste caso, o pedido de arquivamento do ofendido equivale à renúncia tácita ao direito de queixa.
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Questões sobre inquérito policial:
Em que consiste o Princípio da Devolução?
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Questões sobre inquérito policial:
Resposta: Consiste na possibilidade conferida ao Juiz de Direito de, discordando do requerimento de arquivamento do inquérito policial feito pelo Promotor de Justiça, transferir (devolver) a análise do caso ao Procurador-Geral de Justiça, chefe do Ministério Público
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Questões sobre inquérito policial:
O membro do Ministério Público designado pelo Procurador-Geral de Justiça para oferecer denúncia, nos termos do art. 28 do CPP, é obrigado a propor a ação penal?
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Questões sobre inquérito policial:
Resposta: Sim. Neste caso o Promotor de Justiça designado não age em nome próprio e sim no do chefe do Ministério Público, do qual é longa manus, por delegação interna de atribuições. 
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Questões sobre inquérito policial:
Cabe recurso do despacho do Juiz que ordena o arquivamento do inquérito policial ou peças de informação?
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Questões sobre inquérito policial:
Resposta: Não. Esse despacho é irrecorrível.
	
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RECURSO DE OFÍCIO
Entretanto, deve o Juiz recorrer de ofício sempre que ordenar o arquivamento de inquérito policial referente a crime contra a economia popular ou contra a saúde pública (art. 7º da Lei nº 1.521/51).
	
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RESE
Cabe recurso em sentido estrito no caso das contravenções de jogo do bicho e aposta em corrida de cavalo (arts. 58 e 60 do Dec.lei nº 6.259/44).
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Questões sobre inquérito policial:
Anulado o processo a partir da denúncia, inclusive, pode o Promotor de Justiça decidir-se, agora, pelo arquivamento do inquérito policial?
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Questões sobre inquérito policial:
Resposta: Pode. Anulado o processo a partir da denúncia, inclusive, surge para o Ministério Público o ensejo de reanálise do caso, nada impedindo que requeira o arquivamento do inquérito policial.
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Questões para análise em casa:
Pode o ofendido, depois de pedido e ordenado o arquivamento do inquérito policial versando sobre crime de ação penal privada, propor, dentro do prazo decadencial, queixa-crime com base em novas provas?
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Questões para análise em casa:
O pedido de arquivamento formulado por um representante do Ministério Público, impede que outro, que o suceda, ofereça denúncia, ainda não proferido o despacho de arquivamento pelo Juiz?
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		PROVAS
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CONCEITO DE PROVA
Prova é todo elemento trazido ao processo, pelo Juiz ou pelas partes, destinado a comprovar a realidade de um fato, a existência de algo ou a veracidade de uma afirmação. 
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FINALIDADE
Sua finalidade é fornecer subsídios para comprovar a verdade dos fatos que foram alegados pelas partes na formação da convicção do julgador.
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OBJETO DA PROVA
É aquilo que se quer demonstrar (fatos capazes de influir no julgamento da causa).
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FATOS QUE NÃO NECESSITAM SER PROVADOS
a) fatos axiomáticos (intuitivos): são evidentes. A evidência afasta a dúvida e se não há dúvida o fato não precisa ser provado.
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FATOS QUE NÃO NECESSITAM SER PROVADOS
b) fatos notórios: são os fatos cujo conhecimento faz parte da cultura do povo.
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FATOS QUE NÃO NECESSITAM SER PROVADOS
c) fatos inúteis: são os fatos que não tem qualquer relação com o crime.
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FATOS QUE NÃO NECESSITAM SER PROVADOS
d) fatos que decorrem de presunções legais: pois as conclusões decorrem da lei.
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FATOS QUE DEPENDEM DE PROVA
Todos os fatos restantes, não mencionados anteriormente, precisam ser provados.
Precisam ser provados, inclusive, a critério do juiz, os fatos admitidos ou aceitos, denominados fatos incontroversos.
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FATOS INCONTROVERSOS
São aqueles que foram aceitos pela parte como verdadeiros. 
No processo penal, ao contrário do que ocorre no processo civil, os fatos incontroversos precisam ser provados, pois em razão do princípio da verdade real, o juiz não está obrigado a aceitar como verdadeiro aquilo que as partes admitem.
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PROVA DO DIREITO
Em regra, o direito não precisa ser provado, pois vale o brocardo latino iure novit curia, ou seja, o juiz conhece o direito.
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PRECISAM SER PROVADOS
Direito Estadual.
Direito Municipal.
Direito alienígena.
Direito Consuetudinário.
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PERGUNTA:
A previsão legal das provas, nos arts. 158 a 250 do CPP, é taxativa ou exemplificativa?
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RESPOSTA
O rol é EXEMPLIFICATIVO, uma vez que são admitidas as provas inominadas, que são aquelas não previstas expressamente na legislação.
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CLASSIFICAÇÃO DAS PROVAS
As provas podem ser classificadas:
Em razão do objeto.
Em razão o efeito ou do valor.
Em razão do sujeito ou causa.
Em razão da forma ou aparência.
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EM RAZÃO DO OBJETO
Diretas: quando se referem diretamente ao fato cuja prova é desejada (fato probando).
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EM RAZÃO DO OBJETO
Indiretas: quando se referem a um outro fato que não aquele que se quer provar, mas que, por via do raciocínio, permite chegar àquele que se quer provar (Ex.: álibi).
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EM RAZÃO DO EFEITO
Plenas: são as provas concludentes, convincentes, que produzem um estado de certeza no julgador. São as provas exigidas para a condenação.
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EM RAZÃO DO EFEITO
Não plenas: são as provas que
revelam probabilidade e não certeza. São insuficientes para a condenação, em razão do princípio in dúbio pro reo. Todavia, é suficiente para que medidas cautelares sejam tomadas, como por exemplo, a decretação da prisão preventiva.
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EM RAZÃO DO SUJEITO
reais: são as provas que consistem em coisa externa e distinta da pessoa (ex: arma, lugar do crime, cadáver).
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EM RAZÃO DO SUJEITO
pessoais: são as provas realizadas através da narração do que se sabe, feita por uma pessoa (ex: interrogatório, testemunhos).
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EM RAZÃO DA FORMA
Testemunhal: é resultante do depoimento prestado por sujeito estranho ao processo, sobre fatos de seu conhecimento pertinentes ao litígio.
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EM RAZÃO DA FORMA
Documental: é produzida por meio de documentos.
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EM RAZÃO DA FORMA
Material: é obtida por meio químico, físico ou biológico (Ex.: exames, vistorias, corpo de delito etc).
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MEIOS DE PROVA
São as coisas ou ações utilizadas pelas partes para demonstrar a verdade de um fato. 
No processo penal, em razão do princípio da verdade real, não há limitação dos meios de prova (princípio da liberdade probatória). 
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MEIOS DE PROVA
Esse princípio não é absoluto, uma vez que o artigo 155 do CPP determina que somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições à prova estabelecidas pela lei civil.
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ÔNUS DA PROVA
É a faculdade que a parte tem de demonstrar a real ocorrência do fato que alegou em seu interesse. 
O art. 156, 1ª parte, do CPP dispõe que a prova da alegação incumbirá a quem a fizer. 
Cabe ao órgão da acusação provar a existência do fato e a sua autoria pelo acusado. 
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ÔNUS DA PROVA
Cabe à defesa provar os fatos que alegar em seu beneficio (ex: causa excludente de antijuridicidade, causas excludentes de culpabilidade, circunstâncias atenuantes). 
Segundo o art. 156, 2ª parte, CPP, o juiz poderá determinar, de ofício, provas para esclarecer dúvida relevante.
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MOMENTOS DA PROVA
Para a acusação:
Para a acusação as provas devem ser requeridas por ocasião do oferecimento da denúncia ou da queixa, prevendo a lei, ainda, que poderão ser requeridas também na fase do art. 499 do CPP (fase de diligências complementares que ocorre no rito ordinário). 
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MOMENTOS DA PROVA
Para a defesa:
Para a defesa as provas devem ser requeridas na defesa prévia, podendo, ainda, ser requeridas na fase das diligências complementares (art. 499 do CPP). 
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INDEFERIMENTO 
O indeferimento, pelo juiz, das provas requeridas pelas partes é irrecorrível, pois não se trata de decisão definitiva. 
Em eventual apelação da sentença desfavorável poderá ser argüida, em preliminar, a nulidade do processo por cerceamento da defesa ou da acusação.
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SISTEMAS DE APRECIAÇÃO DAS PROVAS
Sistema da certeza moral do juiz (ou da íntima convicção): a lei nada diz sobre o valor das provas. A decisão funda-se na certeza moral do juiz, que decide sobre o seu valor.
É o sistema que vigora no Brasil no Tribunal do Júri – os jurados não precisam motivas sua decisão.
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SISTEMAS DE APRECIAÇÃO DAS PROVAS
Sistema tarifado (sistema da prova legal, da certeza moral do legislador, da verdade legal ou da verdade moral): a lei impõe ao juiz certos preceitos que atribuem à prova o seu valor. Neste sistema o juiz não tem qualquer liberdade de apreciação valorativa.
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SISTEMAS DE APRECIAÇÃO DAS PROVAS
Sistema da livre convicção (ou do livre convencimento motivado ou da persuasão racional): o juiz aprecia livremente prova, não estando vinculado a critérios fixados pela lei, possuindo liberdade de valoração. 
Todavia, o juiz precisa fundamentar sua decisão. 
É o sistema adotado pelo nosso CPP. Art. 157: “o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova”.
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PRINCÍPIOS APLICÁVEIS ÀS PROVAS
princípio da auto-responsabilidade: no processo penal as partes arcam com as conseqüências de sua inação.
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PRINCÍPIOS APLICÁVEIS ÀS PROVAS
princípio da audiência contraditória: toda produção de prova por uma das partes permite a contraprova pela outra. As partes devem ter conhecimento das provas produzidas por uma parte para que possam contraditá-la.
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PRINCÍPIOS APLICÁVEIS ÀS PROVAS
princípio da aquisição ou comunhão da prova: a prova não pertence à parte que a produziu, podendo servir a ambas as partes. 
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PRINCÍPIOS APLICÁVEIS ÀS PROVAS
princípio da publicidade: a prova, como ato processual que é, é pública, como regra. Excepcionalmente terá publicidade restrita (somente para as partes) quando configurar segredo de justiça. 
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 PROVA PERICIAL
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PERÍCIA
Perícia: é o exame realizado por pessoa que tem determinados conhecimentos específicos acerca dos fatos relacionados ao crime, tendo a função de comprová-los.
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PERITO
Perito: é a pessoa que realiza o exame. É o auxiliar da justiça que tem a função de fornecer ao juiz dados instrutórios de ordem técnica, auxiliando o julgamento da causa.
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PERITOS OFICIAIS
Os exames de corpo de delito e as outras perícias serão feitos por dois peritos oficiais. 
Os peritos oficiais não precisam ser nomeados pelo juiz, nem precisam prestar compromisso de bem e fielmente exercer suas funções, valendo o compromisso prestado quando da investidura no cargo. 
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PERITOS LOUVADOS
Não havendo peritos oficiais, o exame será realizado por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior, escolhidas, de preferência, entre as que tiverem habilitação técnica relacionada à natureza do exame.
Os peritos não oficiais prestarão compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo. 
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LAUDO PERICIAL
Laudo: é o resultado da perícia. Art. 160 do CPP: “Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados”. 
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QUESITOS
Quesitos: são perguntas pertinentes à perícia e que versam sobre pontos a serem esclarecidos. Art. 176: “A autoridade e as partes poderão formular quesitos até o ato da diligência”.
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PRAZO
Prazo: 10 dias, prorrogáveis Art. 160, par. único do CPP: “O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos”.
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ASSISTENTE TÉCNICO
Assistente técnico: no processo penal não há a figura do assistente técnico.
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APRECIAÇÃO DO LAUDO
Existem 2 sistemas:
a) vinculatório: o juiz fica adstrito ao laudo, ou seja, está obrigado a aceitá-lo.
b) liberatório: o juiz tem a liberdade de aceitar ou não o laudo. É o sistema adotado pelo nosso CPP, no artigo 182: “o juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte”.
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CORPO DE DELITO
Corpo de Delito: é o conjunto de vestígios deixados pelo crime, ou seja, são todas as alterações causadas pelo delito. O corpo de delito comprova a existência do fato criminoso (é a materialidade do crime). 
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CORPO DE DELITO
Nem todo delito deixa vestígios. 
Existem delitos transeuntes e delitos não transeuntes. 
Delitos transeuntes são os que não deixam vestígios. 
Delitos não transeuntes, por sua vez, são os que deixam vestígios.
Sempre que a infração deixar vestígios,
o exame pericial é obrigatório.
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EXAME DE CORPO DE DELITO
Exame de Corpo de Delito: é a atividade destinada à verificação dos vestígios deixados pelo crime, com a elaboração de um documento (laudo) que registre a existência desse crime. Visa comprovar a materialidade do crime.
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EXAME DE CORPO DE DELITO
O exame de corpo de delito pode ser:
a) direto: quando é realizado sobre o próprio corpo de delito
b) indireto: realizado sobre dados e vestígios paralelos. 
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EXAME DE CORPO DE DELITO
Indispensabilidade do exame de corpo de delito - art. 158 do CPP: o exame de corpo de delito é obrigatório quando a infração deixar vestígios, não podendo ser suprido pela confissão do acusado. Sua falta gera nulidade da ação penal (art. 564, III, “b” CPP).
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EXAME DE CORPO DE DELITO
Se os vestígios desapareceram, não sendo possível a realização de exame, dispensa-se a perícia, e a materialidade do crime pode ser comprovada a partir de prova testemunhal (art. 167) – corpo de delito indireto. 
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 PROVAS PROIBIDAS
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Provas ilícitas e ilegítimas
PROVAS ILEGAIS OU ILEGÍTIMAS
Aquelas que contrariam a lei processual: ouvir mais testemunhas do que as previstas em lei; provar propriedade com documento particular etc. A violação aqui é da norma processual. 
PROVAS ILÍCITAS
Aquelas que contrariam a lei material de natureza, penal, civil, administrativo, constitucional, etc. Falsificação de documento, 	induzimento a manifestação de vontade em erro, violar direito à intimidade, etc
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Prova ilícita:
A ilicitude da prova pode ser em si ou em relação à forma como foi produzida:
do modo como ela foi obtida, ou 
do meio usado para a demonstração do fato. 
A causa mais freqüente de ilicitude é a obtenção da prova por meio antijurídico, como as interceptações de conversas telefônicas
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Exemplos de provas ilícitas:
gravação de conversa telefônica sem o consentimento dos partícipes; 
 a exibição de fotografia com ofensa aos direitos gerais da personalidade; 
 leitura indevida de diário pessoal;
 o depoimento de alguém que observou ilegalmente o cônjuge-réu em sua própria casa.
 STF: ilicitude por contaminação
ilicitude dos frutos da árvore contaminada. (the fruits of the poisons tree doctrine) HC. nº 69.912-0-RS, Min. Sepúlveda Pertence
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Prova ilícita:
 matéria controvertida.
 teoria da proporcionalidade direito alemão
Concede eficácia jurídica à prova, se sua ilicitude causar uma ofensa menor ao ordenamento jurídico que a que poderia advir da sua não-produção.
Gravação de conversa telefônica ou ambiental
Feita por um dos partícipes, é lícita, mesmo sem consentimento do outro. Igual a carta postal. Para o crime Lei n° 9296/96: válida se autorizada pelo juiz. Admite-se o uso para o processo civil, como prova emprestada
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Sem violar a privacidade, pode:
 Buscar informações sobre pessoas físicas 	ou jurídicas em cartórios, DOU, tribunais e 	juntas comerciais;
 Seguir, fotografar ou filmar alguém em 	lugar público;
 Colher informações sobre alguém com base 	em notícias publicadas em jornais e revistas;
 Pedir informações a pessoas próximas, como 	vizinhos ou colegas de trabalho
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Sem violar privacidade, não pode:
 Instalar busca telefônica, escuta telefônica 	ou ambiental;
 Interceptar correspondência postal, 	eletrônica, ou outra forma impressa;
 Usar câmeras ou microfones escondidos em 	locais privados e sem aviso;
 Pedir informações mediante pagamento;
 Preparar flagrante da ilicitude civil, penal, 	etc.
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Exemplos:
Militar que teve o carro danificado na garagem do Condomínio, instalou câmera escondida e descobriu o autor, que disse ser prova ilícita, ferindo seu direito à privacidade. 
Subalterno grava conversa com ministro de Estado que propõe participação em esquema de propina. Processado o Ministro alega violação de sua intimidade e ilicitude da prova
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Exemplos:
Presidente da República tem computador apreendido e conteúdo degravado. Em juízo alega ilicitude por violação de sua privacidade e ilicitude da prova porque não autorizada judicialmente. 
Cantora internacional presa engravida, culpa carcereiros e nega submeter-se a exame de DNA que identificaria o pai e presumível autor de estupro, invocando direito a sua intimidade
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Exemplos:
Marido suspeitando da fidelidade da esposa, rompe fecho de diário e constata que ela teve caso amoroso com um vizinho. Mulher alega ilicitude da prova porque violadora de sua intimidade.
Mulher examina e-mails do marido e descobre que ele participa de chats de sexo virtual e pede separação litigiosa por injúria grave. Ele diz que sua intimidade foi violada e que tal prova é ilícita.
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