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SDE3974 PRÁTICA ENSINO ESTAG. SUPERV. EM EDUC. FISICA II - TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS DA ED. FÍSICA

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TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS QUE INFLUENCIARAM A EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL
Prof.ª Me. Aline Menezes Dodó
De acordo com Darido (2004) as Tendências Pedagógicas podem ser entendidas como pressupostos pedagógicos que caracterizam uma determinada linha pedagógica adotada pelo professor em sua prática, ou seja, são criadas em função dos objetivos, propostas educacionais, prática e postura do professor, metodologia, papel do aluno, dentre outros aspectos.
Desde os primeiros tempos existem indícios de formas elementares de instrução e aprendizagem .
Rituais de iniciação para ingresso no mundo adulto. Pode se considerar esta uma forma de ação pedagógica , embora aí não esteja presente o didática como forma estruturada de ensino.
Entretanto até meados do século XVII não podemos falar de didática como teoria do ensino, que sistematize o pensamento didático e o estudo cientifico das formas de ensinar
QUAL ORIGEM DO TERMO DIDÁTICA?
João Amós Comênio (1592-1670)
Primeira obra clássica sobre didática: Didacta Magna
Primeiro educador a formular a ideia da difusão dos conhecimentos a todos e criar princípios e regras de ensino
Caráter transmissor
Embora procurando adaptar o ensino às fases do desenvolvimento infantil. Mantinha um método único e o ensino simultâneo a todos.
Desenvolveu métodos de instrução rápido e eficientes , mas também desejava que todas as pessoas pudessem usufruir dos benefícios do conhecimento
DIDÁTICA DE COMÊNIO
IDEIAS DE COMÊNIO, ROUSSEAU, PESTALOZZI E HERBART:
Formaram as bases do pensamento pedagógico europeu, difundindo-se depois por todo o mundo, demarcando as concepções pedagógicas que hoje são conhecidas com Pedagogia Tradicional e Pedagogia Renovada.
Prepondera a ação de agentes externos na formação do aluno
Transmissão do saber constituído na tradição e nas grandes verdades acumuladas pela humanidade 
Na pedagogia tradicional, a didática é uma disciplina normativa, um conjunto de princípios e regras que regulam o ensino. 
A atividade de ensinar é centrada no professor que expõe e interpreta a matéria. 
Às vezes são utilizados meios como a apresentação de objetos, ilustrações, exemplos, mas o meio principal é a palavra, a exposição oral. 
PEDAGOGIA TRADICIONAL
Supõe -se que ouvindo e fazendo exercícios repetitivos, os alunos “gravam” a matéria para depois reproduzi-la, seja através das interrogações do professor, seja através das provas.
 Para isso é importante que o aluno “preste atenção”, porque ouvindo facilita-se o registro do que se transmite, na memória.
A matéria de ensino é tratada isoladamente, isto é, desvinculada dos interesses dos alunos e dos problema reais da sociedade e da vida.
Continua prevalecendo na prática escolar
A pedagogia renovada agrupa correntes que advogam a renovação escolar opondo se a pedagogia tradicional. 
Entre as características desse movimento destacam se: a valorização da criança, dotada de liberdade, iniciativa e de interesses próprios.
Tratamento cientifico do processo educacional, considerando as etapas sucessivas do desenvolvimento biológico e psicológico; 
Respeito às capacidades e aptidões individuais, individualização do ensino conforme os ritmos próprios de aprendizagem
Rejeição de modelos adultos em favor da atividade e da liberdade de expressão da criança.
PEDAGOGIA RENOVADA
A didática na escola nova ou didática ativa é entendida como “direção da aprendizagem”, considerando o aluno como sujeito da aprendizagem. 
O que o professor tem a fazer é colocar o aluno em condições propícias para que, partindo das suas necessidades e estimulando os seus interesses, possa buscar por si mesmo conhecimentos e experiências. 
A ideia é a de que o aluno aprende melhor o que faz por si próprio. 
O centro da atividade escolar não é o professore nem a matéria, é o aluno ativo e investigador. O professor incentiva, orienta, organiza as situações de aprendizagem, adequando-as às capacidades de características individuais dos alunos.
PEDAGOGIA RENOVADA
A didática ativa dá menos atenção aos conhecimentos sistematizados, valorizando mais o processo da aprendizagem e os meios que possibilitam o desenvolvimento das capacidades e habilidades intelectuais dos alunos.
Os adeptos da escola Nova costumam dizer que o professor não é a direção do ensino, é a orientação da aprendizagem, uma vez que esta é uma experiência própria do aluno através da pesquisa, da investigação.
PEDAGOGIA RENOVADA
Esse entendimento da didática tem muitos aspectos positivos, principalmente quando baseia a atividade escolar na atividade mental dos alunos, no estudo e na pesquisa, visando a formação de um pensamento autônomo.
Entretanto, é raro encontrar professores que apliquem inteiramente o que propõe a didativa ativa. Por falta de conhecimento aprofundado das bases teóricas da pedagogia ativa, , falta de condições materiais, pelas exigências de cumprimento do program oficial e outras razões, o que fica são alguns métodos e técnicas.
PEDAGOGIA RENOVADA
PEDAGOGIA PROGRESSIVISTA 
Jonh Dewey (1859-1952)
Educação pela ação.
A escola não é uma preparação para a vida, é a própria vida. 
A educação é o resultado da interação entre o organismo e o meio através da experiência e da reconstrução da experiência.
Conhecimento tácito
PEDAGOGIA PROGRESSIVISTA 
A função mais genuína da educação é a de prover condições para promover e estimular a atividade própria do organismo para que alcance seu objetivo de crescimento e desenvolvimento.
Por isso a atividade escolar deve centrar se em situações de experiência onde são ativadas as potencialidades, capacidades, necessidade e interesses naturais da criança.
ALGUMAS OBSERVAÇÕES
Tanto as teorias da construção do conhecimento como as teorias da aprendizagem, com raras exceções, são desencarnadas – é o intelecto que aprende.
Inclusive as teorias sobre aprendizagem motora são em parte cognitivistas. O papel da corporeidade na aprendizagem foi historicamente subestimado, negligenciado.
Vejamos na trajetória das diferentes construções históricas da educação física (EF) como esse entendimento de corpo e de educação corporal se concretizou.
Da origem médica e militar à esportivização
A constituição da educação física, ou seja, a instalação dessa prática pedagógica na instituição escolar emergente dos séculos XVIII e XIX, foi fortemente influenciada pela instituição militar e pela medicina.
A instituição militar tinha a prática — exercícios sistematizados que foram ressignificados (no plano civil) pelo conhecimento médico. Isso vai ser feito numa perspectiva terapêutica, mas principalmente pedagógica. Educar o corpo para a produção significa promover saúde e educação para a saúde (hábitos saudáveis, higiênicos).
O corpo é alvo de estudos nos séculos XVIII e XIX, fundamentalmente das ciências biológicas. O corpo aqui é igualado a uma estrutura mecânica – a visão mecanicista do mundo é aplicada ao corpo e a seu funcionamento. 
Assim, o nascimento da EF se deu, por um lado, para cumprir a função de colaborar na construção de corpos saudáveis e dóceis, ou melhor, com uma educação estética (da sensibilidade) que permitisse uma adequada adaptação ao processo produtivo ou a uma perspectiva política nacionalista, e, por outro, foi também legitimado pelo conhecimento médico-científico do corpo que referendava as possibilidades, a necessidade e as vantagens de tal intervenção sobre o corpo
Os anos 80 e a crítica ao “paradigma da aptidão física e esportiva
Em um primeiro momento entendia-se que faltava à EF ciência.
O segundo momento vai permitir, então, uma crítica mais radical à EF.
Entre as teorias que apresentam propostas para a superação e rompimento do modelo mecanicista/esportivista/tradicional, as que se tornaram mais conhecidas foram: a psicomotricidade, a desenvolvimentista, a construtivista, a crítico-superadora e a crítico-emancipatória (DARIDO, 2003).
 No mesmo sentido a proposta contida nos Parâmetros Curriculares Nacionais –PCNs, documentos criados na década de 90, pelo Ministério da Educação– MEC é apresentado como fonte orientadora das práticas pedagógicas dos professores na escola. 
Essas concepções, surgidas em contraposição à vertente tradicional, foram denominadas tendências pedagógicas “Renovadoras”, e emergiram da articulação entre as diferentes teorias psicológicas, sociológicas e concepções filosóficas. 
PSICOMOTRICIDADE
Tem como seu principal autor/pesquisador o estudioso francês, Jean Le Boulch, abordando o fato de que a atividade motora está diretamente relacionada aos aspectos psicológicos (emocionais e cognitivos) do indivíduo.
Tem como base para a ação educativa os movimentos espontâneos da criança e das atitudes corporais, desenvolvendo as estruturas de base para as tarefas educacionais da escola, como a noção de corpo, tonicidade, equilíbrio, estrutura espaço-temporal, lateralidade, coordenação motora global e coordenação fina. Favorecendo assim a gênese da imagem corporal, núcleo central da personalidade.
DESENVOLVIMENTISTA
Destina-se principalmente às crianças de quatro a quatorze anos, defende que as aulas de Educação Física promovam a aquisição de habilidades motoras, como andar, correr, saltar, arremessar, rolar, respeitando certos padrões apontados como ideais para cada faixa etária e que serão úteis ao longo da vida do aluno. 
Preocupa-se com o desenvolvimento de habilidades motoras básicas (locomotoras, manipulativas e de estabilização) conforme a maturação biológica (faixas etárias), partindo sempre das habilidades básicas para as especificas (combinação de movimentos) (DARIDO, 2005).
O papel dos professores está na observação sistemática dos seus alunos, localizando erros e oferecendo informações para sua superação. Portanto, o movimento é o principal meio e fim da Educação Física.
Construtivista-Interacionista
A escola não pode se ater somente às capacidades cognitivas da criança, mas ao corpo como um todo.
Alicerçada em bases psicológicas do trabalho de Jean Piaget (esquemas de assimilação e acomodação) e Vygotsky (zona de desenvolvimento proximal e potencial) desenvolvida por João Batista Freire em seu livro “Educação de corpo inteiro” (1989).
A construção do conhecimento se dá pela interação sujeito-mundo e na resolução de problemas corporais onde o movimento poderia ser utilizado como um instrumento para facilitar a aprendizagem de conteúdos ligados aos aspectos cognitivos (leitura, escrita e a matemática). Considera o conhecimento prévio do aluno, trabalha com jogos e brincadeiras regatando-as de forma lúdica e prazerosa, tendo como avaliação a ênfase no processo de auto avaliação evitando punições.
Crítico-Superadora
Pretende ler os dados da realidade, interpretá-los e emitir um juízo de valor especifica, e trabalha pedagogicamente com a reflexão.
A Educação Física escolar nesta visão aborda os esportes, as danças, as lutas, as ginásticas e os jogos, como parte de um conhecimento da cultura corporal do movimento, que devem abranger temas da cultura corporal, sempre ligados à realidade social a que estão inseridos. O professor tem o papel de orientar a leitura da realidade, por intermédio dos temas (reais) da cultura corporal inserido em suas aulas, e o aluno de maneira crítica, poderá constatar, interpretar, compreender e explicar a mesma. 
Utiliza o discurso de justiça social com reflexões sobre questões como poder, interesse, esforço e contestação. Exige do professor um olhar mais crítico para realidade, mostrando como ensinar, mas principalmente como é elaborado esse conhecimento, valorizando a contextualização e o resgate histórico, combatendo assim a alienação de seus alunos frente as discrepâncias da sociedade em que está inserido (COLETIVO DE AUTORES, 1992; OLIVEIRA, 1997).
CRÍTICO-EMANCIPATÓRIA
Desenvolvida por Elenor Kunz (1994) que tem como referencial teórico a Teoria sociológica da razão comunicativa de Habermas, portanto, fundamenta-se na ação comunicativa problematizadora, visando uma interação humana responsável e produtiva. Que valoriza a compreensão crítica do mundo, da sociedade e de suas relações, e não busca a transformação das mesmas por meio da escola (DARIDO, 2005; OLIVEIRA, 1997).
A contextualização parte dos temas compreendidos pela Cultura Corporal (jogo, esporte, ginástica, dança e Capoeira) que devem ser ensinados por meio de uma sequência e estratégias, denominada “transcendência de limites”, com as seguintes etapas: encenação (manipulação e exploração dos recursos didáticos), problematização (confronto e discussão das situações de ensino trazidas pela encenação), ampliação (levantamento das dificuldades e apresentação de subsídios para ampliar a visão do tema) e reconstrução coletiva do conhecimento (nova atribuição de significado ao conteúdo) (DARIDO, 2005; OLIVEIRA, 1997).
Saúde Renovada
Voltada para questões da saúde no contexto escolar, ampliando o discurso higienista, ampliando o programa da Educação Física para jogos, modalidades esportivas e aptidão física dentro da perspectiva biológica, explicando causas e fenômenos da saúde, levando em consideração as questões sociais.
Os temas a serem desenvolvidos são: estresse, sedentarismo, doenças hipocinéticas, problemas cardíacos, entre outros. A diferença entre esta perspectiva e a tendência higienista é a inclusão, característica nova, abrangendo todos os alunos e não somente os mais aptos. A avaliação é feita por testes de Aptidão Física. O papel do professor é acompanhar o progresso individual dos alunos. 
Abordagem centrada no Parâmetros Curriculares Nacionais
Busca no seu desenvolvimento a ampliação do olhar educativo para a construção crítica da cidadania por meio dos temas transversais (ética, saúde, meio ambiente, pluralidade cultural, orientação sexual, trabalho e consume) que devem ser trabalhos em conjunto com os conteúdos próprios da área de forma integrativa; a promoção do princípio da inclusão, com inserção e integração dos alunos à Cultura Corporal do Movimento por meio de vivências problematizadoras e críticas, promovendo os princípios de igualdade e pluralidade. 
AULAS ABERTAS A EXPERIÊNCIA
Desenvolve-se através de ações problematizadoras; as ações metodológicas são organizadas de forma a conduzir a um aumento no nível de complexidade dos temas tratados e realiza-se em uma ação participativa, onde professor e alunos interagem na resolução de problemas e no estabelecimento de temas geradores; o ensino aberto exprime-se pela “subjetividade” dos participantes. Aqui entram as intenções do professor e os objetivos de ação dos alunos.
Objeto de estudo: o mundo do movimento e suas implicações sociais.
Objetivos gerais: trabalhar o mundo do movimento em sua amplitude e complexidade com a intenção de proporcionar, aos participante, autonomia para as capacidades de ação.
Seriação escolar: pode ser trabalhada dentro da atual estrutura curricular escolar. Preocupa-se mais em como trabalhar, acessar e tornar significativo os conteúdos aos participantes.
Conteúdos básicos: o mundo do movimento e suas relações com os outros e as coisas; os conteúdos são construídos através de temas geradores.

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