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A gravidez é um momento marcado por 
grandes transformações na vida de uma 
mulher. Este é o período de maior 
vulnerabilidade, pois inúmeras mudanças 
físicas e emocionais são vivenciadas, podendo 
ser ainda mais crítico quando ocorre sob 
condições clínicas de risco para mãe e para o 
bebê. Uma das situações que pode levar ao 
surgimento de diversas intercorrências é 
quando a gestante apresenta picamalácia 
durante o processo gestacional.
A picamalácia pode ser definida como uma 
desordem alimentar a partir da ingestão 
persistente de substâncias inadequadas com 
pequeno ou nenhum valor nutricional, ou de 
substâncias comestíveis, mas não na sua forma 
habitual. Outros termos utilizados em estudos 
para picamalácia são: pica, picacia, picacismo, 
malácia, geomania, pseudorexia.
O desenvolvimento de picamalácia pode 
ocorrer em todas as idades tanto em homens 
quanto mulheres. Entretanto, é mais 
frequentemente relatado em grupos com maior 
vulnerabilidade, indivíduos com doenças 
mentais, crianças e principalmente em 
mulheres no período de gravidez.
Na história, Hipócrates (460 a.C) é citado como 
primeiro autor a descrever sobre o desejo de 
gestantes em comer terra. A picamalácia é o 
único transtorno alimentar descrito em 
mulheres grávidas desde os primórdios, com 
diversos registros de casos de consumo de 
substâncias não comestíveis durante a 
gravidez. Dentre as substâncias mais 
comumente relatadas, estão: 
Introdução
Na literatura, muitas outras substâncias não 
comestíveis já foram relatadas em gestantes, 
como: verniz com acetona, palitos de fósforo 
queimados, cabelo, pedra, cascalho, carvão, 
cinzas de cigarro, borra de café, bolinhas de 
naftalina, plástico, tinta, sabonete, giz, toalha 
de papel sujeira, entre outras. 
Na assistência pré-natal, é comum a 
picamalácia ser entendida como uma 
alimentação extravagante, atrelada ao senso 
comum de que os desejos exóticos são típicos 
da gestação, e não como um problema de 
saúde. No entanto, trata-se de um transtorno 
alimentar que pode ser desencadeado por 
diversos fatores e colocar em risco a saúde da 
mãe e do bebê. 
Terra ou barro (geofagia)
Amido (amilofagia)
Gelo (pagofagia)
A etiologia da picamalácia na gestação é pouco 
esclarecida na literatura, devido à escassez de 
estudos sobre o tema, porém autores relatam 
diversas causas para o surgimento desse 
transtorno alimentar, como: 
DEFICIÊNCIAS DE MICRONUTRIENTES: Uma 
das principais razões pela qual ocorre a 
picamalácia são as deficiências de 
micronutrientes. Na gestação, há aumento das 
necessidades nutricionais para suprir o 
crescimento e desenvolvimento do feto, o que 
contribui para que as mesmas apresentem 
maiores chances de deficiências, 
especialmente a deficiência de ferro. Na 
literatura, a picamalácia é descrita como um 
dos sinais característicos da anemia ferropriva. 
Além disso, existe a teoria que as enzimas 
cerebrais reguladoras do apetite são alteradas 
quando há deficiência de ferro e/ou de zinco, o 
que pode levar ao desencadeamento de 
desejos específicos na gestante.
SINTOMAS DIGESTIVOS: Em consequência 
dos sintomas digestivos presentes na gestação, 
como náuseas, vômitos e refluxo 
gastroesofágico, o comportamento de 
picamalácia pode ser relacionado também 
como um método praticado pela gestante com 
o objetivo de amenizar os desconfortos 
gastrointestinais. 
CULTURAIS E AMBIENTAIS: Ingestão de 
substâncias não nutritivas pode ser resultado 
de tabus e superstições entre as gestantes, por 
elas acreditarem que o hábito de consumir tais 
substâncias é capaz de assegurar o nascimento 
de bebês saudáveis. O histórico familiar de 
Etiologia da
Picamalácia na
Gestação
picamalácia pode influenciar também na 
reprodução do comportamento alimentar 
inadequado, assim como, a condição 
socioeconômica. 
EMOCIONAIS: O surgimento da desordem 
alimentar também pode ser justificada pelo 
fator emocional, devido às mudanças físicas e 
alterações hormonais que ocorrem durante a 
gravidez. A prática alimentar de picamalácia 
pode atuar como tentativa de diminuir o 
estresse e ansiedade.
Picamalácia e as 
Complicações na 
Gravidez
As consequências da picamalácia para mãe e o 
feto variam de acordo com a natureza da 
substância ingerida, bem como a gravidade da 
complicação clínica desenvolvida. Este 
comportamento alimentar pode representar 
um grande risco para a saúde, sendo capaz de 
levar ambos ao óbito. Os efeitos da picamalácia 
na saúde da mãe e do bebê podem resultar em:
 Constipação 
 Distensão abdominal 
 Privação nutricional
 Obstrução intestinal 
 Perfuração do trato gastrointestinal
 Problemas dentários 
 Infecções parasitárias 
 Toxoplasmose 
 Síndromes hipertensivas da gravidez 
 Interferência na absorção de nutrientes 
 Envenenamento 
 Hipercalcemia
A etiologia da picamalácia na gestação é pouco 
esclarecida na literatura, devido à escassez de 
estudos sobre o tema, porém autores relatam 
diversas causas para o surgimento desse 
transtorno alimentar, como: 
DEFICIÊNCIAS DE MICRONUTRIENTES: Uma 
das principais razões pela qual ocorre a 
picamalácia são as deficiências de 
micronutrientes. Na gestação, há aumento das 
necessidades nutricionais para suprir o 
crescimento e desenvolvimento do feto, o que 
contribui para que as mesmas apresentem 
maiores chances de deficiências, 
especialmente a deficiência de ferro. Na 
literatura, a picamalácia é descrita como um 
dos sinais característicos da anemia ferropriva. 
Além disso, existe a teoria que as enzimas 
cerebrais reguladoras do apetite são alteradas 
quando há deficiência de ferro e/ou de zinco, o 
que pode levar ao desencadeamento de 
desejos específicos na gestante.
SINTOMAS DIGESTIVOS: Em consequência 
dos sintomas digestivos presentes na gestação, 
como náuseas, vômitos e refluxo 
gastroesofágico, o comportamento de 
picamalácia pode ser relacionado também 
como um método praticado pela gestante com 
o objetivo de amenizar os desconfortos 
gastrointestinais. 
CULTURAIS E AMBIENTAIS: Ingestão de 
substâncias não nutritivas pode ser resultado 
de tabus e superstições entre as gestantes, por 
elas acreditarem que o hábito de consumir tais 
substâncias é capaz de assegurar o nascimento 
de bebês saudáveis. O histórico familiar de 
picamalácia pode influenciar também na 
reprodução do comportamento alimentar 
inadequado, assim como, a condição 
socioeconômica. 
EMOCIONAIS: O surgimento da desordem 
alimentar também pode ser justificada pelo 
fator emocional, devido às mudanças físicas e 
alterações hormonais que ocorrem durante a 
gravidez. A prática alimentar de picamalácia 
pode atuar como tentativa de diminuir o 
estresse e ansiedade.
Picamalácia e as 
Complicações na 
Gravidez
As consequências da picamalácia para mãe e o 
feto variam de acordo com a natureza da 
substância ingerida, bem como a gravidade da 
complicação clínica desenvolvida. Este 
comportamento alimentar pode representar 
um grande risco para a saúde, sendo capaz de 
levar ambos ao óbito. Os efeitos da picamalácia 
na saúde da mãe e do bebê podem resultar em:
 Constipação 
 Distensão abdominal 
 Privação nutricional
 Obstrução intestinal 
 Perfuração do trato gastrointestinal
 Problemas dentários 
 Infecções parasitárias 
 Toxoplasmose 
 Síndromes hipertensivas da gravidez 
 Interferência na absorção de nutrientes 
 Envenenamento 
 Hipercalcemia
CONSEQUÊNCIAS PARA MÃE:
CONSEQUÊNCIAS PARA O BEBÊ:
 Parto prematuro
 Baixo peso ao nascer 
 Irritabilidade 
 Perímetro cefálico diminuído 
 Exposição às substâncias químicas 
 Risco de morte perinatal
Desafios na Investigação 
de Picamalácia em 
Gestantes
A investigação e o tratamento imediato são 
fundamentais para a saúde da mãe e do bebê. 
Contudo, o constrangimento e a dificuldade em 
admitir a prática alimentar colaboram para osubdiagnóstico de picamalácia em gestantes. 
Normalmente, o conhecimento do consumo de 
substâncias não nutritivas somente acontece 
no surgimento de complicações quando a 
gestante ou seus familiares recorrem à 
assistência médica. 
Outros fatores podem contribuir para o 
diagnóstico tardio, como a falta de 
padronização na investigação durante o 
atendimento no pré-natal, subestimação e 
desvalorização dos casos de picamalácia em 
gestantes pelos profissionais de saúde. 
Apesar do cenário problemático, o diagnóstico 
do transtorno alimentar deve ser feito o mais 
precocemente possível pelo Médico da equipe 
multidisciplinar, diminuindo assim, o risco de 
complicações clínicas, a fim de assegurar o 
desenvolvimento adequado da gestação e 
permitir o nascimento de um recém-nascido 
saudável. Segundo a Associação Americana de 
Psiquiatria, no Manual Diagnóstico e Estatístico 
de Transtornos Mentais (DSM-5), é definido 
como critérios de classificação para picamalácia:
1. Ingestão persistente de substâncias não nutritivas por um período de pelo menos 1 mês;
2. Ingestão de substâncias não nutritivas inapropriada para o nível de desenvolvimento; 
3. Comportamento alimentar que não faz parte da cultura praticada; 
4. Comportamento alimentar que ocorre exclusivamente durante o curso de um transtorno mental. 
Embora o Nutricionista não faça o diagnóstico de transtorno alimentar, é possível atuar na investigação 
pela coleta de informações através da aplicação de entrevista durante anamnese, colaborando, assim, com 
os demais profissionais da área de saúde. A entrevista a seguir tem efeito positivo no rastreio durante 
anamnese da gestante no pré-natal, são perguntas sugeridas com intuito de facilitar a consulta:
ENTREVISTA PARA RASTREIO DE PICAMALÁCIA
1. Tem vontade de ingerir substâncias não alimentares durante a gestação? 
(1) Sim. Qual (is), frequência __________________________________
(2) Não
2. Caso a resposta da 1 seja Sim, o que sente é vontade ou desejo de ingerir tais substâncias? 
______________________________________
3. Quando sente a vontade de ingerir a substância, realmente a ingere?
(1) Sim. Frequência, quantidade? ______________________________
(2) Não
4. Esse comportamento já ocorreu em outras gestações ou em períodos de amamentação anteriores ou 
mesmo fora da gestação? 
(1) Sim. Quando? ___________________________________________
(2) Não
5.Você sabe o motivo dessa vontade/desejo? ____________________________________________
*Entrevista para rastreio de picamalácia em gestantes retirada do livro: Nutrição em obstetrícia e pediatria, 2 ª edição, ACCIOLY et al., 2009.
Papel do Nutricionista 
no Atendimento de 
Gestantes com 
Picamalácia 
Com base na condição prevalente de 
picamalácia entre mulheres grávidas e 
associação ao desfecho obstétrico 
desfavorável, como também na dificuldade em 
determinar as causas do comportamento 
alimentar, o acompanhamento na assistência 
pré-natal das gestantes deve ser feito sob 
enfoque interdisciplinar. Nesse sentido, o 
Nutricionista, como integrante da equipe, pode 
atuar exercendo as seguintes medidas: 
Investigação
É fundamental durante assistência pré-natal, o 
Nutricionista, assim como, os demais 
profissionais de saúde, questionarem as 
gestantes sobre prática de picamalácia, para 
prevenção e/ou detecção de possíveis 
deficiências ou anemia. A aplicação da 
entrevista durante anamnese funciona como 
uma importante ferramenta para o rastreio 
precoce de picamalácia. Vale ressaltar que uma 
postura julgadora durante a entrevista, só 
dificulta a investigação da prática alimentar. 
Conduta Nutricional
No âmbito da Nutrição, estudos sugerem que a 
suplementação de ferro pode ser utilizada para 
diminuir o comportamento de picamalácia 
devido à associação de depleção das reservas 
de ferro como umas das origens de picamalácia 
e o seu reconhecimento como um dos sinais 
característicos da anemia ferropriva. Também é 
aconselhável a correção de todos os níveis 
carenciais, para o desaparecimento da 
desordem alimentar. Além disso, o Nutricionista 
deve ser capaz de esclarecer e orientar a 
gestante sobre os sintomas digestivos, assim 
como, realizar condutas nutricionais adequadas 
para eliminar ou amenizar esses desconfortos, 
por ser um dos possíveis fatores etiológicos de 
picamalácia na gestação.
Encaminhamento para o 
Psicólogo
O acompanhamento psicológico ao longo do 
tratamento é tão importante quanto o cuidado 
nutricional. Em razão disso, é necessário que o 
Nutricionista faça o encaminhamento da 
paciente para o Psicólogo, o que contribui 
positivamente em quadros de ansiedade e 
estresse, característicos do período gestacional, 
pois muitas vezes, a mulher para manejar a 
instabilidade física e emocional faz adoção de 
estratégias inadequadas. 
Conscientização 
O Nutricionista deve fazer a conscientização da 
paciente sobre a frequente manifestação de 
picamalácia na gravidez, sendo necessário 
ressaltar os perigos que ela e o bebê podem 
enfrentar com tal prática, e aconselhá-la sobre 
seus efeitos, bem como fazer a desmistificação 
de tabus e superstições que podem estar 
associados ao transtorno alimentar. Mas acima 
de tudo, esclarecer a gestante que o quadro de 
picamalácia pode ser revertido, mediante o 
acompanhamento com equipe multidisciplinar 
e a colaboração da mesma ao longo do 
pré-natal.
Papel do Nutricionista 
no Atendimento de 
Gestantes com 
Picamalácia 
Com base na condição prevalente de 
picamalácia entre mulheres grávidas e 
associação ao desfecho obstétrico 
desfavorável, como também na dificuldade em 
determinar as causas do comportamento 
alimentar, o acompanhamento na assistência 
pré-natal das gestantes deve ser feito sob 
enfoque interdisciplinar. Nesse sentido, o 
Nutricionista, como integrante da equipe, pode 
atuar exercendo as seguintes medidas: 
Investigação
É fundamental durante assistência pré-natal, o 
Nutricionista, assim como, os demais 
profissionais de saúde, questionarem as 
gestantes sobre prática de picamalácia, para 
prevenção e/ou detecção de possíveis 
deficiências ou anemia. A aplicação da 
entrevista durante anamnese funciona como 
uma importante ferramenta para o rastreio 
precoce de picamalácia. Vale ressaltar que uma 
postura julgadora durante a entrevista, só 
dificulta a investigação da prática alimentar. 
Conduta Nutricional
No âmbito da Nutrição, estudos sugerem que a 
suplementação de ferro pode ser utilizada para 
diminuir o comportamento de picamalácia 
devido à associação de depleção das reservas 
de ferro como umas das origens de picamalácia 
e o seu reconhecimento como um dos sinais 
característicos da anemia ferropriva. Também é 
aconselhável a correção de todos os níveis 
carenciais, para o desaparecimento da 
desordem alimentar. Além disso, o Nutricionista 
deve ser capaz de esclarecer e orientar a 
gestante sobre os sintomas digestivos, assim 
como, realizar condutas nutricionais adequadas 
para eliminar ou amenizar esses desconfortos, 
por ser um dos possíveis fatores etiológicos de 
picamalácia na gestação.
Encaminhamento para o 
Psicólogo
O acompanhamento psicológico ao longo do 
tratamento é tão importante quanto o cuidado 
nutricional. Em razão disso, é necessário que o 
Nutricionista faça o encaminhamento da 
paciente para o Psicólogo, o que contribui 
positivamente em quadros de ansiedade e 
estresse, característicos do período gestacional, 
pois muitas vezes, a mulher para manejar a 
instabilidade física e emocional faz adoção de 
estratégias inadequadas. 
Conscientização 
O Nutricionista deve fazer a conscientização da 
paciente sobre a frequente manifestação de 
picamalácia na gravidez, sendo necessário 
ressaltar os perigos que ela e o bebê podem 
enfrentar com tal prática, e aconselhá-la sobre 
seus efeitos, bem como fazer a desmistificação 
de tabus e superstições que podem estarassociados ao transtorno alimentar. Mas acima 
de tudo, esclarecer a gestante que o quadro de 
picamalácia pode ser revertido, mediante o 
acompanhamento com equipe multidisciplinar 
e a colaboração da mesma ao longo do 
pré-natal.
Bibliografia Consultada
ACCIOLY, ELIZABETH; SAUNDERS, CLAUDIA; LACERDA, ELISA MARIA DE AQUINO. NUTRIÇÃO EM OBSTETRÍCIA 
E PEDIATRIA. IN: NUTRIÇÃO EM OBSTETRÍCIA E PEDIATRIA. 2009.
 
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION ET AL. DIAGNOSTIC AND STATISTICAL MANUAL OF MENTAL 
DISORDERS (DSM-5®). AMERICAN PSYCHIATRIC PUB, 2013.
 
AYETA, ANA CAROLINA ET AL. FATORES NUTRICIONAIS E PSICOLÓGICOS ASSOCIADOS COM A OCORRÊNCIA 
DE PICAMALÁCIA EM GESTANTES. REV BRAS GINECOL OBSTET, V. 37, N. 12, P. 571-577, 2015.
 
CHALKER, ANNETTE E. THE PSYCHOPATHOLOGY OF PICA: ETIOLOGY, ASSESSMENT, AND TREATMENT. 
INQUIRIES JOURNAL, V. 9, N. 02, 2017.
SAUNDERS, CLÁUDIA ET AL. PICAMALÁCIA: EPIDEMIOLOGIA E ASSOCIAÇÃO COM COMPLICAÇÕES DA 
GRAVIDEZ. REV BRAS GINECOL OBSTET, P. 440-446, 2009.

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