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Cetoacidose Diabética Liga Acadêmica de Pediatria Julia Hasegawa e Pâmella Kassies ● A cetoacidose diabética é uma complicação aguda do diabetes ● Deficiência total de insulina ● Hiperglicemia, desidratação ● Evolui para uma acidose metabólica e cetose ● É a principal causa de morte em crianças e adolescentes portadores de DM ● A insulinoterapia é usada para promover a gradual redução da glicemia e da cetogênese. É necessário repor a insulina e isso pode ser feito de duas formas, no momento da fase de expansão ou na segunda hora do tratamento depois da expansão inicial. Introdução ● Descompensação aguda mais grave em crianças e adolescentes diabéticos ● Responsabilizadas por 50% das mortes em diabéticos com menos de 24 anos ● Episódios recorrentes devem chamar a atenção médica para um tratamento inadequado, falta de adesão ou distúrbios Conceito ● Redução importante dos níveis de insulina ● Aumento dos hormônios contra-regulatórios ● Estímulo para o catabolismo ● Proteólise, lipólise e glicogenólise Fisiopatologia No tecido adiposo - falta da insulina dá início a lipólise AGL e glicerol ● AGL: oxidação e aumento dos corpos cetônicos ● Glicerol: produção de glicose ● Prostaglandinas: vasodilatação periférica Fisiopatologia Fígado: é onde ocorre o aumento da produção de glicose e com isso: ● Oxidação dos AGLs ● Aumento dos corpos cetônicos - acidose Músculos: ● Redução na captação de glicose ● Proteólise Fisiopatologia ● Rins: ● Hiperglicemia = glicosúria ● Diurese osmótica ● Desidratação e perda de eletrólitos Fisiopatologia ● Principais causas são infecções, falta de adesão ao tratamento e estresse emocional ● Em 20 a 34% das crianças e adolescentes diabéticas a CAD é a manifestação inicial ● Cerca de 25% dos casos não é possível identificar um fator causal Etiologia Clínico - polidipsia - poliúria - noctúria - polifagia - anorexia - náuseas - vômitos - dor abdominal* - perda ponderal → Exame Físico ● hálito cetônico, hiperventilação (Kussmaul) Diagnóstico Laboratorial - Hiperglicemia < 200 mg/dL - Gasometria - Acidose metabólica pH< 7,3 - Bicarbonato < 15 mEq/L com ↑ elevação do ânion gap - Cetonemia - Presença de corpos cetônicos séricos - Cetonúria → Eletrólitos K total estará reduzido* (normal elevado) Diagnóstico HIDRATAÇÃO INSULINOTERAPIA REPOSIÇÃO DE POTÁSSIO Reposição de Bicarbonato Reposição de Fosfato Tratamento 1ª Fase - SF 20 ml/Kg - 30 a 60 min → Sinais de contração intravascular → Sinais de Choque: 20ml/kg a cada 20 min 2ª Fase Manutenção do volume 1.500 a 2.000 mL/m2 /dia - avaliação ponderal a cada 6 horas - se necessário SF e SG 5% Hidratação Oral → Melhora clínica HIDRATAÇÃO Insulina Regular via endovenosa por infusão contínua - 500 ml de SF para 50 U de insulina regular → 0,1 U insulina regular/kg/hora +/- 60 a 80 mg/dL/hr se a queda for maior que 90 mg/dL/hora, lembrar de fazer ajustes para 0,5 U Avaliar glicemia capilar avaliada a cada hora, e a infusão será até atingir ≤ 250 mg/dL - após a suspensão da insulina se tiver elevações, pensar em insulina de ação rápida ou ultrarrápida - Avaliar o esquema insulinoterápico INSULINOTERAPIA O potássio corpóreo total encontra-se depletado → o tratamento da CAD pode cursar com redução acentuada da potassemia, principalmente durante as horas iniciais Não iniciar insulinoterapia com K < 3,3 - potássio: 20 a 40 mEq para cada L de soro administrado, 0,5 mEq/kg/hora (KCl 19,1%) → reavaliar 1 hora Se o K > 5,3 não precisa repor REPOSIÇÃO K+ HIDRATAÇÃO + REPOSIÇÃO DE K + INSULINOTERAPIA Tratamento Edema Cerebral 1% dos casos de CAD e está associado à elevada morbidade (30%) e mortalidade (30%). Sinais Indicativos → cefaléia, redução abrupta da frequência cardíaca (não relacionada à reidratação), hipertensão arterial (a evolução do quadro neurológico pode causar hipotensão arterial), vômitos, alterações do nível de consciência (desde sonolência até o coma), alucinações, alterações pupilares (anisocoria ou pupilas médio-fixas) e papiledema → Tomografia Computadorizada Outras complicações: a acidose hiperclorêmica, hipoglicemia, hipopotassemia, hipofosfatemia e insuficiência cardíaca congestiva por sobrecarga hídrica COMPLICAÇÕES Uma criança de 3 anos é internada na enfermaria de pediatria com sinais de desidratação, está sonolenta,taquidispneica, com história de vômitos, sem diarreia. O diagnóstico do plantonista foi cetoacidose diabética. Qual deve ser a conduta imediata neste caso? A Reposição volumétrica com solução salina isotônica. B Correção da acidose administrando bicarbonato de sódio. C Reposição de potássio para corrigir a hipopotassemia, frequente neste momento. D Administração de insulina regular na dose de 0,1 a 0,25 u/Kg por via subcutânea. E Nenhuma destas alternativas está correta. Questão 01 Uma criança de 3 anos é internada na enfermaria de pediatria com sinais de desidratação, está sonolenta, taquidispneica, com história de vômitos, sem diarreia. O diagnóstico do plantonista foi cetoacidose diabética. Qual deve ser a conduta imediata neste caso? A Reposição volumétrica com solução salina isotônica. B Correção da acidose administrando bicarbonato de sódio. C Reposição de potássio para corrigir a hipopotassemia, frequente neste momento. D Administração de insulina regular na dose de 0,1 a 0,25 u/Kg por via subcutânea. E Nenhuma destas alternativas está correta. Questão 01 Cetoacidose diabética é uma patologia frequente no serviço de emergência. Podemos afirmar que cursa sempre com: A ânion gap baixo B pH sanguíneo dentro dos limites da normalidade C cetonúria D valor corporal total de sódio sempre alto E valor corporal total de potássio sempre alto Questão 02 Cetoacidose diabética é uma patologia frequente no serviço de emergência. Podemos afirmar que cursa sempre com: A anion gap baixo B pH sanguíneo dentro dos limites da normalidade C cetonúria D valor corporal total de sódio sempre alto E valor corporal total de potássio sempre alto Questão 02 Menina de 8 anos, acompanhada da mãe, é atendida na unidade de saúde com as seguintes queixas: náuseas, astenia importante e dor abdominal. A mãe referiu que sua filha apresentou vários episódios de enurese noturna na última semana e emagreceu 2 kg nesse período. O exame físico revelou uma criança com olhos encovados, respiração profunda, com hipotensão ortostática, taquicardia e turgor de pele diminuído. O médico de plantão, pensando na hipótese diagnóstica de cetoacidose diabética, solicitou alguns exames de emergência. Assinale o conjunto de exames congruente com esse quadro clínico. A Glicemia normal, pCO2 normal, leucocitose, US abdominal anormal B Hipoglicemia, pCO2 normal, hipopotassemia, cetonúria ++++. C Hiperglicemia, pCO2 diminuído, hipopotassemia, cetonúria ++++. D Glicemia normal, pCO2 normal, hipernatremia, cetonúria negativa. E Glicemia normal, pCO2 aumentado, creatinina normal, RX de tórax alterado. Questão 03 Menina de 8 anos, acompanhada da mãe, é atendida na unidade de saúde com as seguintes queixas: náuseas, astenia importante e dor abdominal. A mãe referiu que sua filha apresentou vários episódios de enurese noturna na última semana e emagreceu 2 kg nesse período. O exame físico revelou uma criança com olhos encovados, respiração profunda, com hipotensão ortostática, taquicardia e turgor de pele diminuído. O médico de plantão, pensando na hipótese diagnóstica de cetoacidose diabética, solicitou alguns exames de emergência. Assinale o conjunto de exames congruente com esse quadro clínico. A Glicemia normal, pCO2 normal, leucocitose, US abdominal anormal B Hipoglicemia, pCO2 normal, hipopotassemia, cetonúria ++++. C Hiperglicemia, pCO2 diminuído, hipopotassemia, cetonúria ++++. D Glicemia normal,pCO2 normal, hipernatremia, cetonúria negativa. E Glicemia normal, pCO2 aumentado, creatinina normal, RX de tórax alterado. Questão 03 OBRIGADA! Liga Acadêmica de Pediatria Julia Hasegawa e Pâmella Kassies
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