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Módulo IV - Aula 22

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Prévia do material em texto

MÓDULO IV
//Curso de
APERFEIÇOAMENTO 
FORTALECIMENTO 
DAS AÇÕES DE IMUNIZAÇÃO 
NOS TERRITÓRIOS 
MUNICIPAIS
Aula 
22
// CALENDÁRIO VACINAL DA 
CRIANÇA ATÉ 6 ANOS DE IDADE, 
COM DESTAQUE PARA AS VACINAS 
VARICELA E FEBRE AMARELA.
Cr
éd
it
os
 /
/
Todos os direitos reservados. É permitida a 
reprodução parcial ou total desta obra, desde 
que citada a fonte e que não seja para venda 
ou qualquer fim comercial. O conteúdo desta 
publicação foi desenvolvido e aperfeiçoado 
pela equipe MaisCONASEMS e Faculdade São 
Leopoldo Mandic.
Material de Referência. Mais CONASEMS. Curso de 
Aperfeiçoamento Fortalecimento das Ações de 
Imunização nos Territórios Municipais. Módulo IV: A 
Imunização Segura nos Ciclos de Vida- Aula 22 – 
Calendário vacinal da criança até 6 anos de idade, com 
destaque para as vacinas Varicela e Febre Amarela.
Ficha 
Catalográfica 
Ficha 
Técnica
Curadoria e Produção de Conteúdos 
Mandic 
André Ricardo Ribas Freitas
Fabiana Medeiros Lopes de Oliveira 
Giuliano Dimarzio
Laura Andrade Lagoa Nóbrega 
Márcia Fonseca
Regina Célia de Menezes Succi
Professora Conteudista - Faculdade São 
Leopoldo Mandic 
Profa Dra. Tânia do Socorro Souza 
Chaves
Gestor Educacional
Rubensmidt Ramos Riani
Coordenação Técnica e Pedagógica
Cristina Crespo
Valdívia Marçal
Coordenação Pedagógica – Faculdade 
São Leopoldo Mandic
Fabiana Succi
Patricia Zen Tempski
Especialista em Educação a Distância
Kelly Santana
Priscila Rondas
Designer instrucional 
Alexandra Gusmão
Juliana de Almeida Fortunato
Pollyanna Micheline Lucarelli
Este material foi 
elaborado e desenvolvido 
pela equipe técnica e 
pedagógica do Mais 
CONASEMS em parceria 
com a Faculdade São 
Leopoldo Mandic.
Web Desenvolvedor 
Aidan Bruno
Alexandre Itabayana
Barbara Monteiro
Cristina Perrone 
Paloma Eveir 
Vitor Almas de Moura
Coordenação Geral 
Conexões Consultoria em 
Saúde Ltda.
Revisão textual 
Gehilde Reis Paula de Moura
Olá!
Este é o seu Material de 
Referência da Aula 22 do 
Módulo 4. Ele apresenta de forma 
mais aprofundada o conteúdo 
referente ao tema Calendário vacinal 
da criança até 6 anos de idade, com 
destaque para as vacinas Varicela e 
Febre Amarela. A proposta é agregar 
mais conhecimento à sua 
aprendizagem, por isso leia-o com 
atenção e consulte-o sempre que 
necessário!
Objetivos de 
aprendizagem
Compreender a clínica, a cadeia de transmissão e a 
situação epidemiológica das doenças varicela e febre 
amarela. 
Compreender a contraindicação das vacinas varicela e 
febre amarela, bem como as precauções e situações 
de adiamento, composição, apresentação, 
conservação, eventos adversos e situações especiais.
Conhecer sobre: indicação, esquema, dose, idade 
para administração, vacinação simultânea, 
intervalo e via de administração das vacinas 
varicela e febre amarela.
Identificar situações de indicação da 
imunoglobulina humana varicela zoster.
01
02
03
04
Intro
dução
Na Aula 22, você irá aprimorar seus 
conhecimentos, habilidades e atitudes 
essenciais às competências de identificação, a 
clínica, a cadeia de transmissão e a situação 
epidemiológica das doenças varicela e febre 
amarela. Compreenderá também a indicação, 
esquema, dose, idade para administração, 
vacinação simultânea, intervalo, via de 
administração, contraindicação, precauções e 
situações de adiamento, composição, 
apresentação, conservação, eventos adversos e 
situações especiais das vacinas varicela e febre 
amarela, assim como a indicação da 
imunoglobulina humana varicela zoster.
Boa leitura!
// Varicela
// Varicela
A Varicela é uma doença de elevada 
taxa de contágio, é causada por 
infecção de um herpesvírus, 
denominado vírus da varicela-zoster. 
É também conhecida como catapora. 
Em geral, é uma doença benigna e 
autolimitada em crianças saudáveis e 
com menos de 10 anos de idade. 
Entretanto em adolescentes e 
adultos, geralmente, o quadro clínico 
pode ser mais exuberante e grave. 
// Varicela
Clinicamente é caracterizada pelo surgimento 
de exantema de aspecto maculopapular 
(manchas na pele, sendo algumas, com 
relevo) generalizado que consiste em média 
de 250 a 500 lesões que, após algumas horas, 
torna-se vesicular (bolhas), evolui 
rapidamente para pústulas e, 
posteriormente, forma crostas, em três a 
quatro dias. 
Esta evolução clínica da varicela caracteriza o 
polimorfismo regional das lesões, que 
consiste na presença simultânea de lesões 
em diferentes estágios evolutivos, 
acompanhadas de prurido. Podem ocorrer 
febre moderada e sintomas sistêmicos. O 
quadro clínico é tão típico que o diagnóstico 
é clínico. 
// Varicela
Agente etiológico 
É um vírus DNA, Herpesvirus, denominado vírus 
da varicela-zoster (VVZ). Esse vírus é responsável 
por duas doenças distintas: a catapora e o herpes 
zoster (conhecido como cobreiro ou zona). 
Reservatório 
Os humanos representam a única fonte de 
infecção conhecida.
Epidemiologia 
O VVZ tem distribuição universal. A infecção 
ocorre sob forma endêmica com surtos 
epidêmicos durante determinados períodos 
sazonais, principalmente no final do inverno e 
início da primavera, acometendo mais 
frequentemente escolares e pré-escolares. 
Estudos epidemiológicos e sorológicos realizados 
em diferentes países demonstram que mais de 
90% dos adultos são imunes ao VVZ. 
Não há dados consistentes sobre a incidência de 
varicela no Brasil, uma vez que somente os casos 
graves internados e óbitos são de notificação 
compulsória. Entretanto, a estimativa é de cerca 
de 3 milhões de casos ao ano. No período de 
2006 a 2016, o número de internações variou de 
4.200 a 12.600 por ano, no SUS. As regiões com 
maior número de internações foram Sudeste e 
Nordeste. 
// Varicela
A análise das internações por faixa etária 
demonstra que estas se concentram em crianças 
de 1 a 4 anos de idade, em crianças com menos 
de 1 ano e de 5 a 9 anos de idade, 
respectivamente. Embora o maior número 
absoluto de hospitalizações seja observado entre 
crianças, grupo em que se espera o maior número 
de casos da doença, proporcionalmente, os 
adultos apresentam maior risco de evoluir com 
complicações, hospitalização e óbito. 
Com a introdução da vacina tetra viral 
(sarampo, caxumba, rubéola e varicela) no 
Calendário Nacional de Vacinação em 2013 para 
crianças de 15 meses de idade, houve uma 
redução considerável do número de 
internações no SUS. A taxa de letalidade entre 
os casos hospitalizados variou de 1,0 a 4,3 no 
período de 2006 a 2016.
// Varicela
A disseminação do VVZ aos contactantes suscetíveis ocorre 
rapidamente, uma vez que o VVZ é transmissível por via 
respiratória, ao contrário de outros herpesvírus. A 
transmissão da varicela se dá pelo contato pessoa a pessoa, 
através do contacto direto por inalação das gotículas ou 
aerossóis do fluido vesicular das lesões de pele transportadas 
pelo ar ou pelas secreções do trato respiratório quando o 
paciente tosse. 
Indiretamente, é transmitida por meio de objetos 
contaminados com secreções de vesículas e membranas 
mucosas de pacientes infectados. 
• Período de incubação: geralmente é de 14 a 16 dias, 
podendo, entretanto, variar de 10 a 21 dias. 
• Período de transmissibilidade: a varicela é uma doença 
altamente contagiosa e estima-se que o período de 
contagiosidade varia de 1 a 2 dias antes da erupção 
persistindo até que todas as lesões estejam em fase de 
crosta, o que em geral, não excede cinco a seis dias. 
Enquanto houver vesículas, a infecção é possível por via 
respiratória, terminando quando todas as lesões estiverem 
em fase de crosta.
A transmissão pode ser prolongada (até meses) em indivíduos 
com imunodeficiência, perdurando por todo o período de 
surgimento de novas lesões (vesículas). Indivíduos com 
varicela não complicada só devem retornar às atividades de 
trabalho ou escola após todas as lesões terem evoluído para 
crostas. 
Transmissão
// Varicela
Suscetibilidade e 
imunidade
A suscetibilidade é universal. Uma vez adquirido o 
vírus varicela-zoster, a pessoa ficaimune à catapora, 
embora, raramente, possa ocorrer um segundo 
episódio de varicela. 
A imunidade passiva transferida para o feto pela 
mãe que já teve varicela assegura, na maioria das 
vezes, proteção até quatro a seis meses de vida 
extrauterina. Após a infecção, o vírus permanece em 
nosso corpo por toda a vida e pode ser reativado, 
causando o Herpes-Zoster. 
O Herpes-Zóster surge quando há uma queda nas 
defesas imunológicas. Até 20% dos pacientes com 
história de catapora na infância vão apresentar pelo 
menos um episódio de herpes-zóster, geralmente 
após os 50 anos. Entre os pacientes com mais de 85 
anos essa taxa sobe para mais de 50%.
// Varicela
Manifestações clínicas
 
A varicela pode apresentar-se com período 
prodrômico e período exantemático. O período 
prodrômico inicia-se com febre baixa, cefaleia, 
anorexia e vômito, podendo durar de horas até três 
dias. 
Na infância, esses pródromos não costumam ocorrer, 
sendo o exantema o primeiro sinal da doença. Em 
crianças imunocompetentes, a varicela geralmente é 
benigna, com início repentino, apresentando febre 
moderada durante 2 a 3 dias e sintomas generalizados 
inespecíficos. No período exantemático, a erupção 
cutânea inicia-se na face, couro cabeludo ou tronco.
As lesões comumente aparecem em surtos sucessivos 
de máculas que evoluem para pápulas, vesículas, 
pústulas e crostas. Tendem a surgir mais nas partes 
cobertas do corpo, podendo aparecer no couro 
cabeludo, na parte superior das axilas e nas 
membranas mucosas da boca e das vias aéreas 
superiores. 
O aparecimento das lesões em surtos e a rápida 
evolução conferem ao exantema o polimorfismo 
regional característico da varicela: lesões em diversos 
estágios (máculas, pápulas, vesículas, pústulas e 
crostas), em uma mesma região do corpo. Nos adultos 
imunocompetentes, a doença cursa de modo mais 
grave do que nas crianças, apesar de ser bem menos 
frequente (cerca de 3% dos casos). 
 
A febre é mais elevada e prolongada, o 
estado geral é mais comprometido, o 
exantema mais pronunciado e as 
complicações mais comuns. A evolução para 
óbito é rara, e geralmente ocorre devido a 
pneumonia primária.
Em virtude da possível e rara ocorrência da 
Síndrome de Reye (encefalopatia aguda com 
infiltração gordurosa no fígado, por disfunção 
mitocondrial) em crianças com varicela em 
uso de salicilatos, está contraindicado o uso 
de ácido acetilsalicílico (AAS). 
// Varicela
// Varicela
Varicela e gravidez
A infecção materna no 1º ou no 2º trimestre da 
gestação pode resultar em doença no embrião. Nas 
primeiras 16 semanas de gestação, há risco maior de 
lesões graves ao feto, que podem resultar em baixo 
peso ao nascer, malformações das extremidades, 
cicatrizes cutâneas, microftalmia, catarata e retardo 
mental. 
 
Complicações 
Infecção bacteriana secundária de pele: impetigo, 
abscesso, celulite, erisipela, causadas por 
estafilococos ou estreptococos, que podem levar a 
quadros sistêmicos de sepse, com artrite, pneumonia, 
endocardite, encefalite ou meningite e 
glomerulonefrite. Infecção fetal, durante a gestação, 
pode levar à síndrome da varicela congênita (varicela 
neonatal que se expressa por meio de um ou mais dos 
seguintes sintomas: microoftalmia, catarata, atrofia 
óptica e do sistema nervoso central). 
Imunodeprimidos podem ter a forma de varicela 
disseminada ou varicela hemorrágica. 
// Varicela
O diagnóstico de varicela pode ser clínico, como 
descrito anteriormente. Habitualmente, os pais 
sabem informar se seus filhos tiveram ou não a 
doença, uma vez que a forma subclínica da 
doença é rara. Geralmente, a história pregressa e 
fidedigna de varicela é considerada uma medida 
válida de imunidade. 
O diagnóstico laboratorial pode ser feito pelo 
isolamento do vírus recuperado do fluido vesicular 
durante os primeiros 3 a 4 dias de erupção. Os 
testes sorológicos podem ser utilizados, embora a 
reação em cadeia da polimerase (PCR) seja 
considerada o padrão ouro para o diagnóstico de 
infecção pelo VVZ (principalmente em caso de 
varicela grave). 
Diagnóstico 
// Varicela
Atendimento e tratamento 
Tratamento sintomático (antitérmico, analgésico não 
salicilato e, para atenuar o prurido, anti-histamínico 
sistêmico) em nível ambulatorial para pessoas sem 
risco de agravamento da varicela. 
Hospitalização imediata dos pacientes com varicela 
grave ou zoster disseminado, em regime de 
isolamento. Higienização da pele com água e 
sabonete, com adequado corte de unhas. Havendo 
infecção secundária, recomenda-se o uso de 
antibióticos, em especial para combater estreptococos 
do grupo A e estafilococos. 
O tratamento específico da varicela é realizado por 
meio da administração do antiviral aciclovir, que é 
indicado para pessoas com risco de agravamento e em 
imunossuprimidos. 
 
// Varicela
Fatores de risco
O risco de complicações da varicela varia com a idade. As 
complicações ocorrem com muito mais frequência em 
pessoas com mais de 15 anos de idade e em crianças 
com menos de 1 ano de idade. 
Os adultos representam apenas 5% dos casos relatados 
de varicela, mas aproximadamente 35% da mortalidade. 
Nos adultos, a doença cursa de modo mais grave, apesar 
de menos frequente; a febre é mais alta e prolongada e 
as complicações mais comuns podem levar a óbito, 
principalmente, devido à pneumonia primária.
Objetivos da vigilância e 
da vacinação
• Avaliar o impacto da vacinação varicela-zóster, no país, 
sobre a morbimortalidade por varicela.
• Conhecer a incidência de casos graves de varicela no 
país.
• Conhecer a mortalidade por varicela no país. 
• Conhecer os padrões de ocorrência da doença 
(sazonalidade e distribuição por faixa etária).
• Estabelecer medidas de controle frente a situações de 
surtos e grupos populacionais de alto risco para 
complicações e morte. 
 
Notificação 
Somente os casos graves e óbitos são de 
notificação compulsória, no entanto o Sinan 
está habilitado para notificação individual e na 
forma de surto, por meio da Ficha de 
Notificação Individual e Planilha de Surto.
// Varicela
// Vacina Varicela
// Vacina Varicela
A vacina varicela disponível foi desenvolvida por 
TAKAHASHI et al. na Universidade de Osaka, 
Japão, em 1974. São vacinas de vírus vivos 
atenuados e podem conter sacarose, gelatina 
(suína hidrolisada), ureia, cloreto de sódio, 
glutamato de sódio monobásico, fosfato de sódio 
dibásico, fosfato de potássio monobásico e 
cloreto de potássio. 
A vacina também contém componentes residuais 
de células MRC-5 e traços de neomicina 
(antibiótico) e de soro fetal bovino do meio de 
cultura de MRC-5. O produto não contém 
conservantes. 
A vacina varicela está licenciada no Brasil na 
apresentação monovalente ou na apresentação 
da vacina tetra viral (sarampo, caxumba, 
rubéola, varicela). Cada dose de ambas as vacinas 
é de 0,5mL, devendo ser aplicada por via 
subcutânea.
 
Orientações para 
Vacinação de Rotina
As vacinas tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e 
varicela) e varicela (atenuada) estão disponíveis para 
crianças menores de sete anos de idade, de acordo 
com as indicações do Calendário Nacional de 
Vacinação. 
• Uma dose da vacina tetra viral deve ser 
administrada aos 15 meses de idade em crianças 
vacinadas com a primeira dose da vacina tríplice 
viral (SCR) aos 12 meses. Crianças não vacinadas 
oportunamente aos 15 meses de idade poderão 
receber a tetra viral até 4 (quatro) anos, 11 meses e 
29 dias. A dose da tetra viral corresponde à segunda 
dose de SCR e à primeira dose da varicela. 
• Uma dose da vacina varicela (atenuada) aos 4 anos 
corresponde à segunda dose da varicela, 
considerando a tetra viral como primeira dose aos 
15 meses. Crianças não vacinadas oportunamente 
aos 4 (quatro) anos poderão receber a vacina 
varicela (atenuada) até 6 (seis) anos, 11 meses e 29 
dias. 
• Crianças que já possuem 6 anos e não receberam 
nenhuma dose da vacina varicela, deverão receber 
2 doses considerando o intervalo ideal entre elas de 
3meses. Caso não seja possível respeitar esse 
intervalo devido à proximidade em completar 7 
anos, respeitar intervalo mínimo de 30 dias. Se não 
for possível o intervalo de 30 dias, a criança 
receberá apenas 1 dose.
 
 
// Vacina Varicela
• Povos indígenas a partir dos 7 anos de idade 
não vacinados ou sem comprovação vacinal, 
administrar 1 (uma) ou duas doses de vacina 
varicela, a depender do laboratório produtor.
• Profissionais de saúde não vacinados e que 
trabalham na área assistencial, especialmente 
em contato com pessoas imunodeprimidas e os 
da área de pediatria devem receber uma ou 
duas doses de vacina varicela (atenuada), a 
depender do laboratório produtor.
• Importante: A segunda dose visa corrigir 
possíveis falhas vacinais da primeira dose, 
aumentar a proteção deste grupo alvo contra 
varicela e prevenir a ocorrência de surtos da 
doença em creches e escolas (NI 
135-SEI/2017-CGPNI/DEVIT/SVS/MS). 
• A vacina varicela pode ser administrada 
simultaneamente com as demais vacinas do 
calendário. Na impossibilidade de realizar 
vacinação simultânea com a vacina tríplice viral 
e a vacina febre amarela, adotar o intervalo 
mínimo de 30 dias entre as doses.
 
 
// Vacina Varicela
Manifestações locais como dor (26%) e vermelhidão 
(5%) podem ocorrer nos primeiros 3 dias após a 
vacinação. Também podem ser observadas vesículas 
próximas ao local da aplicação em até 3% dos 
primovacinados já no dia da vacinação. 
A febre pode ocorrer em 15% dos vacinados em um 
intervalo de 5 a 12 dias após a vacinação. Até 5% dos 
indivíduos apresentam exantema semelhante às 
lesões de varicela, com até cinco lesões fora do local 
de aplicação, que aparecem entre 5 e 26 dias após a 
vacinação. Eventos adversos como anafilaxia e outros 
classificados como graves estiveram raramente 
associados temporalmente à administração da vacina 
varicela. 
 
 
// Vacina Varicela
Conservação
Deve ser armazenada entre +2°C e +8°C, não 
podendo ser congelada.
Eventos adversos
//Imunoglobulina Humana 
Antivaricela-zoster (IGHAVZ)
// Imunoglobulina Humana Antivaricela-zoster 
(IGHAVZ)
A imunoglobulina humana 
antivaricela-zoster (IGHAVZ) é obtida 
de plasma humano contendo títulos 
altos de IgG contra o vírus da 
varicela; contém de 10% a 18% de 
globulina e timerosal como 
conservante. Geralmente, as 
apresentações contêm 125 unidades 
por frasco, com o volume variando de 
1,25 mL a 2,5 mL. Deve-se observar 
as orientações do fabricante a cada 
nova partida do produto.
Orientações para 
Imunização em Situações 
de Surto
Os comunicantes (pessoas com contato íntimo e 
prolongado, por mais de uma hora, em ambiente 
fechado) suscetíveis (sem referência de ter tido a 
doença - diagnóstico clínico ou informação verbal, ou 
não ter sido vacinado contra varicela) deverão ser 
prontamente identificados para que sejam imunizados. 
Deve-se identificar o número de pessoas que são 
contatos dos casos da doença e, de acordo com cada 
idade e histórico, verificar o quantitativo necessário de 
doses de vacina e de imunoglobulina humana 
antivaricela (IGHAVZ) para a realização do bloqueio. 
A vacinação deve ser realizada de forma seletiva e de 
acordo com as indicações do Calendário Nacional de 
Vacinação, no período de 120 horas (5 dias) para a 
administração da vacina (vacinação de bloqueio) e de 
96 horas (4 dias) para administração da IGHAVZ, após o 
contato com caso suspeito ou confirmado de varicela. 
A vacinação deve ser feita conforme descrito a seguir:
• Crianças a partir de 9 meses até 11 meses e 29 dias 
administrar uma dose de vacina varicela (atenuada). 
Não considerar esta dose como válida para a rotina e 
manter o esquema vacinal aos 15 meses com a tetra 
viral e aos 4 anos com a varicela.
// Imunoglobulina Humana Antivaricela-zoster 
(IGHAVZ)
• Em crianças entre 12 e 14 meses de idade, antecipar 
a dose de tetra viral naquelas já vacinadas com a 
primeira dose (D1) da vacina tríplice viral e considerar 
como dose válida para a rotina de vacinação.
• Crianças entre 15 meses e menores de 5 (cinco) 
anos de idade, vacinar conforme as indicações do 
Calendário Nacional de Vacinação.
• Crianças de 5 a 12 anos de idade, administrar uma 
dose de vacina varicela (atenuada).
• Pessoas a partir de 13 anos, administrar uma ou 
duas doses a depender do laboratório produtor.
• Quando houver indicação de duas doses, considerar 
o intervalo de 30 dias entre as doses.
• Mulheres em idade fértil devem evitar a gravidez 
até 1 (um) mês após a vacinação.
As doses administradas no bloqueio devem ser 
registradas no comprovante de vacinação e no 
sistema de informação.
A imunização com imunoglobulina deve ser feita nos 
casos descritos a seguir:
• Imunoglobulina humana varicela zoster (IGHAVZ) 
para as crianças menores de 9 meses de idade, 
gestantes suscetíveis e imunocomprometidos até 96 
horas após o contato com o caso índice. 
• Dose única de 125 UI para cada 10 kg de peso (a dose 
mínima é de 125 UI e a dose máxima de 625 UI), 
administrada nas primeiras 96 horas depois de ter 
ocorrido o contato. 
 
 
// Imunoglobulina Humana Antivaricela-zoster 
(IGHAVZ)
// Imunoglobulina Humana Antivaricela-zoster 
(IGHAVZ)
Indicações e 
Contraindicações para a 
Vacina
Indicação de Vacinação Pré-exposição em 
suscetíveis 
1. Pessoas imunocompetentes de grupos especiais de 
risco (profissionais de saúde, cuidadores e familiares) 
suscetíveis à doença que estejam em convívio 
domiciliar ou hospitalar com pacientes 
imunodeprimidos. 
2. Maiores de 1 ano de idade imunocompetentes e 
suscetíveis à doença no momento da internação onde 
haja caso de varicela. 
3. Candidatos a transplante de órgãos, suscetíveis à 
doença, até pelo menos três semanas antes do 
procedimento, desde que não estejam 
imunodeprimidos. 
4. Nefropatias crônicas, Síndrome nefrótica. 
6. Doadores de órgãos sólidos e de células-tronco 
hematopoiéticas (medula óssea). 
7. Receptores de transplante de células-tronco 
hematopoiéticas (medula óssea): para pacientes 
transplantados há 24 meses ou mais, sendo 
contraindicadas quando houver doença enxerto 
versus hospedeiro. 
 
 
8. Crianças e adolescentes infectados pelo HIV 
suscetíveis à varicela (avaliar categorias clínicas ou 
contagem de linfócitos CD4). Recomenda-se a 
vacinação de crianças expostas, mesmo já excluída a 
infecção pelo HIV, para prevenir a transmissão da 
varicela em contato domiciliar com imunodeprimidos. 
9. Pacientes com deficiência isolada de imunidade 
humoral (com imunidade celular preservada). 
10. Doenças dermatológicas graves, tais como: ictiose, 
epidermólise bolhosa, psoríase, dermatite atópica 
grave e outras assemelhadas. 
11. Uso crônico de ácido acetil salicílico (suspender 
uso por seis semanas após a vacinação). 
12. Asplenia anatômica e funcional e doenças 
relacionadas. 
13. Trissomias (por exemplo, síndrome de Down).
14. Pessoas em uso de corticoides que estiverem 
recebendo baixas doses (menor que 2mg/kg de 
peso/dia até um máximo de 20mg/dia de prednisona 
ou equivalente). O uso de corticosteroides por via 
inalatória, tópica ou intra-articular não contraindica a 
administração da vacina, se o corticoide tiver sido 
suspenso há pelo menos um mês, quando usado em 
doses superiores às referidas acima.
 
 
// Imunoglobulina Humana Antivaricela-zoster 
(IGHAVZ)
Contraindicações para a 
Vacina 
a) Crianças menores de 9 meses.
b) Pacientes imunodeprimidos, exceto nos casos 
previstos nas indicações.
c) Durante o período de três meses, após a suspensão de 
terapia imunodepressora ou, um mês, em caso de 
corticoterapia. 
d) Gestação (mulheres em idade fértil vacinadas devem 
evitar a gravidez durante um mês após a vacinação). 
e) Reação anafilática à dose anterior da vacina ou a 
algum de seus componentes. 
f) Administração recente de sangue, plasma ou 
imunoglobulina, (recomenda-se intervalo mínimo de três 
meses entre a administração desses produtos e a 
vacina). 
Devido à raridade da transmissão do vírus vacinal,a 
vacina varicela não é contraindicada para pessoas que 
convivem com pacientes imunodeprimidos, inclusive 
aqueles que convivem com pessoas vivendo com HIV e 
com mulheres grávidas. 
Por cautela, os vacinados que desenvolvem exantema 
variceliforme pós-vacinação devem evitar o contato com 
pacientes imunodeprimidos e gestantes. Não se 
recomenda o uso de IGHAVZ nessa circunstância, pois o 
risco de transmissão é considerado mínimo.
 
 
// Imunoglobulina Humana Antivaricela-zoster 
(IGHAVZ)
Imunoglobulina humana 
antivaricela (IGHAVZ)
A imunoglobulina humana antivaricela-zoster (IGHAVZ) é 
obtida de plasma de indivíduos que se recuperaram de 
zoster, contendo títulos altos de anticorpos (IgG) contra 
o vírus da varicela. Contém globulina e timerosol como 
conservante. Geralmente, as apresentações contêm 
125UI por frasco, com o volume variando de 1,25 a 
2,5mL. 
A IGHAVZ está indicada como tratamento profilático a 
indivíduos com história de contato significativo com 
varicela ou herpes zoster e que têm alto risco de 
desenvolver a forma grave e as complicações da doença. 
A utilização de IGHAVZ depende do atendimento de três 
condições:
suscetibilidade
contato 
significativo 
condição 
especial de 
risco
As definições de contato significativo, fatores de risco 
para complicações e quando se considera um contato 
suscetível devem ser consultadas no Manual dos CRIEs, 
disponível online. 
// Imunoglobulina Humana Antivaricela-zoster 
(IGHAVZ)
//Febre Amarela
A febre amarela (FA) é uma doença infecciosa febril 
aguda, de evolução abrupta e gravidade variável, com 
elevada letalidade nas suas formas graves. De etiologia 
viral, o agente etiológico é transmitido por artrópodes 
(vetores), da família Culicidae, habitualmente 
conhecidos como mosquitos e pernilongos, por isso 
também é reconhecida como uma das arboviroses que 
pode acometer o homem. 
A importância epidemiológica deve-se à gravidade 
clínica, elevada letalidade e ao potencial de 
disseminação e impacto, sobretudo quando a 
transmissão for urbana, por Aedes aegypti. 
// Febre Amarela
Agente etiológico
A doença é causada por arbovírus (transmitido por 
artrópodes, mosquitos) do gênero Flavivirus, da família 
Flaviviridae. 
Epidemiologia
Desde 1942, não há 
registro no Brasil da forma 
de transmissão urbana da 
doença. Os casos 
confirmados 
posteriormente são 
resultado de transmissão 
silvestre (regiões de matas 
e florestas). 
Nas últimas décadas, foram registrados surtos de febre 
amarela silvestre, além dos limites da área considerada 
endêmica (região amazônica), na Bahia, em Minas 
Gerais, em São Paulo, no Paraná e no Rio Grande do 
Sul, o que caracterizou uma expansão recorrente da 
área de circulação viral. 
Emergências da circulação do vírus da febre amarela 
afetaram o extremo leste brasileiro e suscitaram a 
elaboração do Plano de Contingência para Resposta às 
Emergências em Saúde Pública – Febre Amarela. 
// Febre Amarela
A série histórica de casos humanos no Brasil apresenta 
um aspecto irregular, marcada por dois períodos 
distintos, com maior e menor frequência de registros de 
casos, que se intercalam ao longo do tempo. Durante o 
período com perfil endêmico, ocorre um número 
reduzido de casos, geralmente isolados na região 
amazônica, normalmente registrados em indivíduos não 
vacinados que se expõem em áreas de mata durante 
atividade de trabalho, lazer, viagem ou moradia.
 Esse período, tem ocorrência entre 2 e 5 anos e se 
intercala com período de perfil epizoótico e/ou 
epidêmico, principalmente, quando o vírus atinge áreas 
com baixas coberturas vacinais ou de populações não 
vacinadas, como já ocorreu em parte das regiões 
Nordeste, Sul e, mais recentemente, Sudeste, quando 
foram registrados os maiores surtos da história recente 
da febre amarela no Brasil. (Figura 1)
Figura 1 – Série histórica de casos humanos de febre amarela de acordo com 
o ano de início dos sintomas, Brasil, 1980 a 2017
Fonte: Sinan; GT-Arbo/CGDT/DEVIT/SVS/MS; COES-FA. Dados sujeitos a 
alterações.
// Febre Amarela
Entre julho/2016 e junho/2018, foram 
confirmados mais de 2000 casos humanos e 
aproximadamente 750 óbitos, além de 
cerca de 2300 mortes de primatas não 
humanos. 
O vírus alcançou a costa leste brasileira, na 
região do bioma Mata Atlântica, que abriga 
uma ampla diversidade de Primatas Não 
Humanos (PNH) e vetores silvestres. Nessa 
região, há grandes centros urbanos, 
densamente povoados e infestados por 
Aedes aegypti e Aedes albopictus, 
aumentando o potencial de risco para a 
transmissão urbana. 
// Febre Amarela
Hospedeiros e reservatórios
No ciclo silvestre da febre amarela, os PNH são 
considerados os principais hospedeiros, amplificadores 
do vírus, vítimas da doença, assim como o homem, que 
neste ciclo se apresenta como hospedeiro acidental. Os 
mosquitos são considerados os verdadeiros 
reservatórios do vírus da febre amarela, pois, uma vez 
infectados, permanecem assim durante toda a vida. 
No ciclo urbano, não registrado no Brasil desde 1942, o 
homem é o principal hospedeiro com importância 
epidemiológica, e as espécies de culicídeos (mosquitos 
vetores) implicadas na transmissão são do gênero 
Aedes, principalmente o Aedes aegypti, mantendo-se 
num ciclo homem-mosquito. 
// Febre Amarela
Transmissão
Não há transmissão de pessoa a pessoa. O vírus é 
transmitido pela picada dos mosquitos transmissores 
infectados. Apenas as fêmeas transmitem o vírus. Nos 
mosquitos, a transmissão também ocorre de forma 
vertical, na qual as fêmeas podem transferir o vírus para a 
sua prole, favorecendo a manutenção do vírus na 
natureza. 
No ciclo urbano, a transmissão ocorre a partir de vetor 
urbano (Aedes aegypti) infectado. No ciclo silvestre, os 
transmissores são mosquitos com hábitos 
predominantemente silvestres, sendo os gêneros 
Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América 
Latina (Figura 2). 
// Febre Amarela
Período de incubação 
Varia de 3 a 6 dias, embora possa se estender até 15 
dias. 
Período de 
transmissibilidade
Intrínseco (homem): 7 dias, de 24-48 horas antes até 
3 a 5 dias depois do início dos sintomas. 
Extrínseco (mosquito): 8 a 12 dias depois do repasto 
sanguíneo. A partir de então, a fêmea do mosquito é 
capaz de transmitir o vírus pelo resto da vida (6 a 8 
semanas).
Suscetibilidade e 
Imunidade
A suscetibilidade é universal. A infecção promove 
imunidade duradoura.
// Febre Amarela
Aspectos clínicos
Manifestações clínicas: apresentações bastante 
variáveis, podendo haver desde casos assintomáticos e 
oligossintomáticos até casos graves com letalidade de 
até 50%.
Inicialmente, o quadro súbito, mas com sintomas 
inespecíficos em até 3 dias:
// Febre Amarela
Febre
Calafrios
Cefaleia
Lombalgia
Mialgias 
generalizadas
Náuseas
Prostração
Vômitos
Pode haver melhora parcial por até dois dias, 
com declínio da temperatura e diminuição 
dos sintomas. Nos casos mais graves, a febre 
reaparece, podendo ocorrer diarreia e 
vômitos em borra de café.
Instala-se quadro de insuficiência 
hepatorrenal (icterícia, diminuição da 
diurese, manifestações hemorrágicas e 
alteração do nível de consciência. Pode 
evoluir para coma e óbito. 
A maioria dos casos não chega ao período 
mais grave, chamado de toxêmico, havendo 
melhora espontânea no período de remissão 
sem o agravamento posterior. 
// Febre Amarela
Diagnóstico laboratorial
Específico: pode ser feito por meio da 
demonstração de anticorpos no sangue (IgM em 
amostra de fase aguda ou aumento de 4 x o título de 
IgG em amostras consecutivas. A presença do agente 
pode ser confirmada através de isolamento viral ou 
método molecular por detecção de DNA (PCR).
Exames laboratoriais inespecíficos: podem estar 
alterados e corroborar a suspeita de febre amarela: 
aumento de bilirrubinas, aumento das enzimas 
hepáticas (transaminases, com predomínio da TGO), 
podendo chegar a níveis muito elevados, 
encontrados apenas em hepatite fulminante, 
aumento de ureia e creatinina, denotandoinsuficiência renal. 
// Febre Amarela
Atendimento e tratamento
Notificação 
É uma doença de notificação compulsória e imediata, à 
simples suspeita. A notificação deve ser feita por meio 
mais rápido disponível e registrada na ficha de 
investigação de febre amarela do SINAN.
O tratamento da FA é de suporte e sintomático. Nas 
formas graves, o paciente deve ser atendido em 
Unidade de Terapia Intensiva, com vista a reduzir as 
complicações e o risco de óbito. Salicilatos devem ser 
evitados (AAS), pelo risco de favorecer o aparecimento 
de manifestações hemorrágicas. 
// Febre Amarela
// Vacina Febre 
Amarela
A vacina febre amarela (atenuada) é a medida 
mais importante e eficaz para prevenção e controle 
da FA. A vacina utilizada no Brasil é produzida pelo 
Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos 
(Bio-Manguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz 
(Fiocruz) e consiste de vírus vivo atenuado da cepa 
17DD, cultivado em embrião de galinha. 
É um imunobiológico altamente eficaz na proteção 
contra a doença, com imunogenicidade de 90 a 98% 
de proteção. Os anticorpos protetores aparecem 
entre o 7º e o 10º dia após a aplicação da vacina, 
razão pela qual a vacinação deve ocorrer ao menos 
10 dias antes de se ingressar em área de risco da 
doença. 
//Vacina Febre Amarela
Conservação
Deve ser armazenada entre +2°C e +8°C, não podendo ser 
congelada.
Volume da Dose e Via de 
Administração
0,5 mL, via subcutânea.
Esquema vacinal e indicação
A vacina Febre Amarela está indicada para indivíduos a 
partir de 9 (nove) meses de vida, devendo seguir as 
seguintes recomendações:
Crianças entre 9 (nove) meses de vida a menores 
de 5 (cinco) anos de idade: Administrar 1 (uma) dose 
aos 9 (nove) meses de vida e uma dose de reforço aos 4 
(quatro) anos de idade.
Pessoas a partir de 5 (cinco) a 59 anos de idade: 
Administrar 1 (uma) dose única.
Caso a pessoa tenha recebido apenas uma dose da vacina 
antes de completar 5 anos de idade, deverá receber uma 
dose de reforço adicional, independentemente da idade 
em que o indivíduo procure o serviço de vacinação, 
respeitando o intervalo mínimo de 4 semanas entre as 
doses.
//Vacina Febre Amarela
• A vacina febre amarela não poderá ser administrada 
simultaneamente com as vacinas tríplice viral 
(sarampo, caxumba e rubéola) ou tetra viral 
(sarampo, caxumba, rubéola e varicela) em crianças 
menores de 2 (dois) anos de idade, devendo 
respeitar o intervalo de 30 dias entre as duas vacinas 
(mínimo de 15 dias), salvo em circunstâncias 
específicas a serem discutidas entre as três esferas 
do Sistema Único de Saúde. 
• Em situações nas quais exista o risco epidemiológico 
concomitante para febre amarela e os vírus contidos 
na vacina tríplice viral, o risco da não vacinação é 
maior que a possibilidade da diminuição da resposta 
imune. Dessa forma, a vacinação simultânea deverá 
ser realizada sem levar em conta o intervalo entre as 
doses. 
• Para a criança que recebeu anteriormente as vacinas 
tríplice viral e febre amarela, não há evidências de 
interferência na imunogenicidade entre elas, as duas 
poderão ser administradas simultaneamente ou sem 
intervalo mínimo entre as doses
Vacinação Simultânea em crianças 
menores de 2 (dois) anos de idade: 
//Vacina Febre Amarela
Observação: O Ministério da Saúde 
usou em 2018 doses fracionadas como 
forma de conter o surto vigente na 
ocasião. A estratégia é reconhecida 
pela Organização Mundial de Saúde 
(OMS) como segura e eficaz, podendo 
ser adotada na contenção de surtos, 
permitindo proteção rápida de maior 
número de pessoas. Porém, pessoas 
que receberam doses fracionadas 
deverão receber, futuramente, dose 
plena, principalmente para fins de 
viagem internacional, quando se exige 
o Certificado Internacional de 
Vacinação. 
Se a criança recebeu apenas uma das vacinas (tríplice 
viral ou febre amarela), estabelecer preferivelmente o 
intervalo de 30 dias entre as doses (mínimo 15 dias). 
• Ressalta-se que a dose administrada deverá ser 
considerada válida e a dose de reforço deverá ser 
agendada conforme o Calendário Nacional de 
Vacinação vigente, de modo a respeitar o intervalo 
mínimo de 30 dias entre as doses. 
//Vacina Febre Amarela
Para crianças a partir de 2 (dois) anos de 
idade e adultos em qualquer idade, a vacina 
febre amarela pode ser administrada de forma 
simultânea com as vacinas tríplice viral, tetra viral e 
varicela, visando aproveitar a oportunidade da visita 
aos serviços para atualização da situação vacinal. No 
entanto, se não forem administradas 
simultaneamente, essas vacinas devem ser 
administradas com intervalo mínimo de 30 dias.
Volume da Dose e Via de 
Administração
0,5 mL, via subcutânea
//Vacina Febre Amarela
Eventos adversos 
pós-vacinação
Os eventos adversos graves incluem reações de 
hipersensibilidade (incluindo anafilaxia), doença 
viscerotrópica aguda associada à vacina febre amarela 
(ocorrência de doença semelhante à infecção pelo vírus, 
mas nesse caso, causada pelo vírus vacinal) e doença 
neurológica aguda associada à vacina febre amarela 
(quadro clínico variado, podendo apresentar-se como 
meningite asséptica, encefalite, meningoencefalite, 
síndrome de Guillain-Barré ou encefalomielite 
disseminada aguda). 
São eventos muito raros, com frequências variando entre 
0,4 a 1,3 casos, para cada 100.000 doses aplicadas. 
Devem ser notificados de imediato e acompanhados em 
ambiente hospitalar, geralmente, em Unidades de Terapia 
Intensiva. Após evento adverso grave, será contraindicada 
nova aplicação dessa vacina. 
Os eventos adversos locais, como 
dor, eritema e enduração, 
ocorrem em até 4% dos 
vacinados. Os eventos adversos 
sistêmicos, como febre, mialgia e 
cefaleia, podem ocorrer em 
frequência menor de 4%, são 
autolimitados e podem ser 
medicados com analgésicos e 
antitérmicos. 
//Vacina Febre Amarela
Contraindicações da vacina 
da FA
• Crianças abaixo de 6 meses de idade. 
• Pessoas vivendo com HIV (a depender de avaliação 
dos exames de controle) .
• Pessoas com imunodepressão grave por doença ou 
uso de medicação (pacientes com doenças 
autoimunes devem ser avaliados criteriosamente) . 
• Pacientes que tenham apresentado doença 
neurológica desmielinizante no período de seis 
semanas após a aplicação de dose anterior da vacina . 
• Gestantes, salvo em situações de alto risco de 
infecção, o que deve ser avaliado pelo médico . 
• Mulheres amamentando bebês com até 6 meses (se a 
vacinação não puder ser evitada, suspender o 
aleitamento materno por 10 dias e procurar 
profissional de saúde para mais orientações) . 
• Pacientes submetidos a transplante de órgãos . 
• Pacientes com câncer .
• Pessoas com história de reação anafilática relacionada 
a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e 
seus derivados, gelatina bovina ou outras) .
• Pacientes com história pregressa de doenças do timo 
(miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo 
ou remoção cirúrgica).
//Vacina Febre Amarela
Grupos com precaução 
para vacinação de FA
Em situações de aumento das chances de infecção 
pelo vírus selvagem da febre amarela, a vacinação 
pode ser recomendada para pessoas com algumas 
condições clínicas que inicialmente seriam 
consideradas contraindicação. Cabe a(o) médico(a) 
avaliar a relação risco-benefício.
//Vacina Febre Amarela
Exigência de vacinação 
para viajantes
Como o Brasil é considerado endêmico para a febre 
amarela, alguns países* só permitem a entrada de 
viajantes brasileiros que apresentem o Certificado 
Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP) com 
registro de dose aplicada no mínimo 10 dias da viagem. A 
dose fracionada não é válida para esse fim.
Para obter o documento é necessário procurar os serviços 
públicos ou privados habilitados ou acessar o site da 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para 
emissão online. Mais informações em: 
https://www.gov.br/pt-br/servicos/obter-o-certificado-int
ernacional-de-vacinacao-e-profilaxia ou por meio do 
telefone 0800-642-9782.Quando há contraindicação para a vacinação, o médico(a) 
poderá emitir o certificado de isenção da vacinação 
contra febre amarela com a justificativa da isenção. Para 
informações sobre como obter este certificado, acesse 
https://civnet.anvisa.gov.br/app/viajante/login?wicket-cr
ypt=CMd8D9wZbAY 
* (lista disponível online pelo link 
https://www.who.int/publications/m/item/countries-wit
h-risk-of-yellow-fever-transmission-and-countries-requiri
ng-yellow-fever-vaccination-(july-2020) 
//Vacina Febre Amarela
https://civnet.anvisa.gov.br/app/viajante/login?wicket-crypt=CMd8D9wZbAY
https://civnet.anvisa.gov.br/app/viajante/login?wicket-crypt=CMd8D9wZbAY
// Considerações 
Finais
Chegamos ao final desta 
aula. É importante 
destacar os seguintes 
pontos abordados:
// Considerações Finais
• Varicela/Herpes-zóster
• Varicela, ou catapora, é uma doença geralmente benigna 
em crianças, mas pode evoluir com complicações e óbitos.
• Adolescentes e adultos que se infectam pelo Vírus 
Varicella-zoster (VVZ) tendem a ter evolução mais grave.
• Varicela consiste em doença potencialmente grave em 
imunossuprimidos.
• A infecção por varicela nas gestantes pode causar doença 
grave no feto.
• A principal forma de evitar a varicela é através da 
vacinação. 
• Em pessoas com maior probabilidade de evoluir com 
varicela grave, pode ser indicada a aplicação da 
imunoglobulina humana antivaricela-zoster. 
// Considerações Finais
• As vacinas febre amarela e varicela contêm vírus vivos 
atenuados. 
• A febre amarela é uma doença de grande importância 
epidemiológica, devido à gravidade clínica, elevada 
letalidade e ao potencial de disseminação e impacto, 
sobretudo quando a transmissão for urbana.
• Nos últimos 4 ou 5 anos, foi observada uma expansão das 
áreas onde há circulação do vírus da febre amarela, 
ocorrendo surtos da doença em áreas onde não se 
observava a ocorrência de casos há décadas. 
• Para o controle da disseminação da febre amarela, foi 
necessária a ampliação da vacinação para todo o território 
nacional. 
• As vacinas febre amarela e varicela não podem ser 
aplicadas em gestantes ou indivíduos imunossuprimidos, 
salvo em situações particulares, devendo a relação 
risco-benefício ser avaliada criteriosamente . 
Até a 
próxima!
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância 
em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento 
da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em 
Saúde: volume único [recurso eletrônico] / Ministério 
da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, 
Coordenação-Geral de Desenvolvimento da 
Epidemiologia em Serviços. – 3. ed. – Brasília: 
Ministério da Saúde, 2019.
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância 
em Saúde. Departamento de Imunizações e Doenças 
Transmissíveis. Manual de vigilância epidemiológica 
de eventos adversos pós-vacinação/ Ministério da 
Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, 
Departamento de Imunizações e Doenças 
Transmissíveis. – 4. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 
2020.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância 
em Saúde. Departamento de Imunização e Doenças 
Transmissíveis. Coordenação-Geral do Programa 
Nacional de Imunizações. Manual dos Centros de 
Referência para Imunobiológicos Especiais– 5. ed. – 
Brasília, 174 p. 2019. [acesso em: 12/jun/2021]. 
Disponível em:
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/201
9/dezembro/11/manual-centros-referencia-imunobio
logicos-especiais-5ed.pdf
// referências
re
fe
rê
nc
ia
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//
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/dezembro/11/manual-centros-referencia-imunobiologicos-especiais-5ed.pdf
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Certificado Internacional de vacinação 
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cado-internacional-de-vacinacao-e-profilaxia 
https://civnet.anvisa.gov.br/app/viajante/login?w
icket-crypt=CMd8D9wZbAY 
Ministério da Saúde 
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V-FA.pdf 
Protocolo Estadual de Vigilância Epidemiológica 
da Varicela. 5ª versão. Bahia: Diretoria de 
Vigilância Epidemiológica. 2019. 
São Paulo. NOTA TÉCNICA SOBRE FEBRE AMARELA 
NO ESTADO DE SÃO PAULO 2017. SECRETARIA DE 
ESTADO DA SAÚDE. COORDENADORIA DE 
CONTROLE DE DOENÇAS – CCD. CENTRO DE 
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Sociedade Brasileira de Imunizações 
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http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/ACRV-FA.pdf
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/ACRV-FA.pdf
https://familia.sbim.org.br/vacinas/vacinas-disponiveis/vacina-febre-amarela-fa
https://familia.sbim.org.br/vacinas/vacinas-disponiveis/vacina-febre-amarela-fa
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ssa-a-ter-notificacao-obrigatoria
Ministério da Saúde 
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/ACRV-F
A.pdf
// Créditos
https://www.freepik.com/
https://www.flaticon.com/br
https://saude.es.gov.br/Not%C3%ADcia/caxumba-passa-a-ter-notificacao-obrigatoria
https://saude.es.gov.br/Not%C3%ADcia/caxumba-passa-a-ter-notificacao-obrigatoria
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/ACRV-FA.pdf
http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/ACRV-FA.pdf

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