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GABRIELA GALVÃO – 19.1 
Renovação Tecidual 
A RENOVAÇÃO TECIDUAL 
É um processo que demanda diversas etapas, que são: diferenciação celular, 
crescimento, desenvolvimento, substituição de células e renovação. 
No entanto, esse processo nem sempre é uma regra. Em algumas situações 
patológicas, algumas células/tecidos perdem a capacidade de renovação, como a 
exemplo: 
o Células do miocárdio, após IAM; 
o Células beta pancreáticas na diabetes mellitus tipo 1; 
o Neurônios no Parkinson/Alzheimer; 
o Distrofias musculares (fibras musculares esqueléticas); 
o Perda de epitélio sensorial (como células olfatórias, células 
pilosas auditivas ou fotorreceptores da retina). 
 
CÉLULAS-TRONCO 
São células não diferenciadas capazes de se autorrenovar, se dividindo 
múltiplas vezes (telomerase). Assim, uma célula-tronco por ela mesma 
não está no final da via de diferenciação. Essa diferenciação não deve 
ser – e normalmente não é – sempre rápida. 
Quando se dividem, geram células-filhas que podem: 
1. Permanecer como célula-tronco; ou 
2. Tornar-se uma célula diferenciada definitivamente. 
As células-tronco são específicas de cada tecido, apesar de terem características 
semelhantes, e podem se dividir para: 
o Manter sua própria população de células-
tronco; 
o Ampliar a população de células-tronco; 
o Aumentar a formação de células 
diferenciadas. 
 
Elas podem ser, de acordo com o tecido que podem formar: 
1. Totipotentes 
▪ Formam todos os tipos de tecidos 
2. Pluripotentes 
▪ Capazes de gerar todos os tecidos embrionários, exceto os 
extraembrionários. 
GABRIELA GALVÃO – 19.1 
▪ Cultivadas: formando células tronco embrionárias (crescem 
indefinidamente e continuam pluripotentes). 
3. Multipotentes 
▪ Originam alguns tipos celulares encontrados no organismo. 
▪ Presente no organismo adulto. 
Já a diferenciação dessas células pode ser feita de duas maneiras, 
dependendo do seu tipo e a que órgão pertence: 
1. Divisão Assimétrica 
➢ Processos internos à célula fazem com que, na divisão, 
fatores reguladores (RNA, proteína) sejam distribuídos de 
forma assimétrica entre as duas células filhas. Como 
consequência, uma continuaria sendo célula-tronco 
enquanto a outra se diferenciaria. 
➢ Pode acontecer por divisão assimétrica ou por escolha 
independente (influenciado pelos nichos de células-tronco). 
 
2. Escolha Independente 
➢ Cada célula filha escolheria seu destino, tendo chances iguais de 
permanecer célula-tronco e de se diferenciar. Assim, 
algumas vezes as duas teriam o mesmo destino e 
outras vezes destinos opostos. 
➢ Essa escolha poderia ser ao acaso ou controlada pelo 
ambiente em que se encontra. 
➢ Essa opção é mais flexível. 
➢ O ambiente pode controlar o equilíbrio das 
probabilidades, ajustando-o em favor do que é mais 
necessário do momento. 
Existem células-tronco pluripotentes induzidas (iPS), que são células 
diferenciadas como fibroblastos de camundongos regulados pelos fatores OSKM, 
que os converte permanentemente em células muito semelhantes às células-tronco 
embrionárias (que podem se diferenciar em qualquer coisa), por um processo de 
desdiferenciação. Assim, elas podem participar do desenvolvimento de qualquer 
tecido, e podem se transformar em qualquer tipo celular diferenciado. 
 
 
 
 
 
GABRIELA GALVÃO – 19.1 
 Podem ser agora obtidas de células humanas adultas e de várias outras 
células diferenciadas além dos fibroblastos. 
 Essas células entusiasmam o desenvolvimento 
terapêutico de reparo tecidual, permitindo – 
teoricamente – tratar doenças degenerativas 
consideradas incuráveis. 
 Ela também resolve o problema da rejeição imunológica, 
já que pode advir de tecido do próprio paciente. 
 
Linhagem Celular → série de divisões celulares simétricas e/ou 
assimétricas que dá origem a cada um dos tipos celulares 
especializados encontrados em um organismo multicelular. 
 
 
 
 
 
 
RENOVAÇÃO DO TECIDO EPITELIAL INTESTINAL 
O epitélio do intestino delgado é formado por uma camada única, e é renovado mais 
rapidamente que qualquer outro do corpo (em cerca de uma semana), através da 
proliferação celular nas criptas. 
Esse epitélio recobre as vilosidades e as criptas que descem em direção ao tecido 
conectivo subjacente. As células em divisão estão restritas às criptas. Já as células 
diferenciadas (não se dividem) são direcionadas em um fluxo constante das criptas 
para as vilosidades. 
O nicho das células-tronco das criptas é mantido, principalmente, pelas Células de 
Paneth. 
As células-tronco, presentes nas profundezas das criptas, são multipotentes, ou 
sejam originam todos os tipos de células intestinais: 
o Célula Absortiva/com Borda em Escova/Enterócito → apresentam 
muitas microvilosidades na superfície externa e absorvem nutrientes do 
lúmen. Também produzem enzimas hidrolíticas que participam das etapas 
finais da digestão extracelular. 
o Células Caliciformes → secretam muco que protege o epitélio. 
GABRIELA GALVÃO – 19.1 
o Células de Paneth → parte do sistema imune 
inato, secretam proteínas que matam bactérias e 
compõem o nicho das células-tronco. 
o Células Enteroendócrinas → secretam 
serotonina e hormônios peptídicos, que atuam 
sobre neurônios e outros tipos de células na 
parede do intestino. Regulam crescimento, 
proliferação e as atividades digestivas de células 
do intestino e outros tecidos. 
Essas células-tronco (vermelhas) ficam intercaladas com 
as células de Paneth. Quando se dividem, acabam 
migrando para cima (amarelas). Depois de um tempo, 
deixam de se dividir e se diferenciam (azuis). As células 
já diferenciadas são substituídas continuamente pelas 
células-filhas. 
Acima das células-tronco temos a presença de células 
amplificadoras transitórias, que se dividem 
rapidamente, são derivadas das células-tronco, mas que 
já são comprometidas com a diferenciação. Assim, seu nome 
se dá pois são destinadas a amplificar o número de células 
que irão virar diferenciadas. 
 
RENOVAÇÃO TECIDUAL DO FÍGADO 
Alguns tipos celulares podem se dividir mesmo depois de diferenciados, sem 
precisar de células-tronco. É isso que acontece com as células do fígado e as células 
β pancreáticas, por exemplo, que se dividem por divisão simples em células já 
diferenciadas. 
No fígado, os hepatócitos se renovam por divisão celular em um ritmo muito lento, 
vivendo por um ano ou mais. No entanto, quando há morte celular, mecanismo 
ativam e estimulam a proliferação de novas células, o que mantém o tamanho do 
órgão constante ou o restaura em caso de lesão, inclusive remoção cirúrgica. 
Contudo, tanto o pâncreas quanto o fígado contêm populações pequenas de células-
tronco que podem ser “colocadas em jogo” como um mecanismo reserva para a 
produção de tipos celulares diferenciados em circunstâncias mais extremas. Isso 
confere resistência aos mecanismos de renovação e reparo. 
Na diabetes, as células β pancreáticas são destruídas por uma ação autoimune. Dessa 
forma, sua autorrenovação não compensa a destruição causada, até porque ela 
atinge também as células-filhas (não maduras ainda).

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