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Instituto Metropolitano de Ensino Superior Faculdade de Medicina CLÍNICA CIRÚRGICA I Prof. Clineu Gaspar H. Júnior Plano de ensino 2019/1 A cirurgia ambulatorial: definições e conceitos. Cuidados em cirurgia ambulatorial: pré-operatório, peroperatório e pós-operatório. Anestesia para cirurgia ambulatorial: conceitos e histórico, farmacologia e técnica. Fios de sutura e outros materiais de síntese: conceitos, cicatrização, fios de sutura, agulhas cirúrgicas e materiais especiais para síntese. Traumatismos superficiais: definição e classificação, agentes traumáticos e descritores técnicos, profilaxia de infecções. Incisões, suturas, retalhos e z-plastias. Cirurgia da unha: conceitos e afecções. Queimaduras: conceitos e classificações, fisiopatologia e abordagem terapêutica. Enxertos: conceitos, classificação e fisiologia. Lesões pré-cancerosas de pele: definições, fisiologia da pele e agentes cancerígenos, transformação maligna e afecções. Biópsias: definições, exame citológico e histológico. Lesões pigmentadas da pele: conceitos, lesões pigmentadas não melanocíticas, nevos melanocíticos, potencial de malignização, dermatoscopia e melanoma. Tumores benignos e malformações da pele e tecido celular subcutâneo: definições e afecções. Tumores malignos da pele e tecido celular subcutâneo: definições e afecções. Úlceras de membros inferiores: definições e afecções. CIRURGIA AMBULATORIAL Introdução • 1800 – 1940: Prevalecia o repouso no pós-operatório; • 2ª Guerra Mundial: experiência e vivência; • 1940: Hospital Shouldice; • 1960: Início da era moderna em Cirurgia Ambulatorial • Hospital Butterworth – Michigan, EUA • Participação da anestesiologia Conceito • Cirurgias em regime ambulatorial, são realizadas sob QUALQUER tipo de anestesia, NÃO demandam internação hospitalar e a permanência do paciente no serviço NÃO deve exceder 24 horas. Aspectos técnicos legais • Resolução do CFM (1409/94) • Condições da Unidade de Saúde; • Critérios de seleção do paciente; • Condições de alta do paciente; • ** Técnica e expertise do cirurgião; Aspectos técnicos legais • Classificação quanto ao porte: • Pequeno porte: anestesia local; alta mediata; • Ex: Exérese de lesões de pele; postectomia; vasectomia; • Grande porte: qualquer modalidade anestésica, período de monitorização; • Ex: hernioplastias, CVL, tireoidectomia; Aspectos técnicos legais • Condições da Unidade de Saúde; • Condições estruturais e sanitárias; • Registro dos procedimentos; • Condições mínimas para a prática anestésica; • Retaguarda; • Assistência pós-alta; Aspectos técnicos legais • Condições da Unidade de Saúde: • Material básico • Cabo de bisturi; • Tesoura de Metzenbaum; • Tesoura reta; • Pinça (Adson ou não) com dente; • Pinça (Adson ou não) sem dente; • 4 pinças hemostáticas curvas (Halsted) • 2 pinças hemostáticas retas (Haslted) • 2 Afastadores de Farabeuf ou Senn – Muller • Pinça para antissepsia; • 5 Pinças de fixação dos campos; • Porta agulha; Aspectos técnicos legais • Condições de alta do paciente (CAGP): • Orientado; • SSVV estáveis; • Sem náuseas ou vômitos; • Sem desconforto respiratório; • Dieta VO sem alterações; • Deambulação; • Aspectos da FO; • Dor; • Ausência de retenção urinária; • Receber orientações quanto a sinais que indiquem retorno a Unidade de Saúde; Cirurgia Ambulatorial • Vantagens: • Alteração mínima da rotina do paciente e familiares; • Individualização do cuidado, relação médico – paciente; • Redução dos riscos de infecção hospitalar; • 2 a 15% para 0 a 4%; • Redução da incapacidade física e retorno mais rápido ao trabalho; • Morbidade e mortalidade menores; • Redução dos custos; • Maior disponibilidade de leitos hospitalares; Cirurgia Ambulatorial • Desvantagens: • Falta de ajuda no domicílio; Aspectos técnicos legais • Seleção do paciente: • Hígidos ou com distúrbio sistêmico moderado (HAS, DM); • Classificação de ASA (American Society Anestesiology) • Procedimentos que não necessitem de cuidados especiais no PO; • Garantia de acompanhante adulto e orientado. CUIDADOS EM CIRURGIA AMBULATORIAL Rotina cirúrgica ambulatorial • Consulta ambulatorial: • Identificação da patologia a ser tratada com cirurgia; • HMP, comorbidades e uso de medicações; • Explicar cirurgia: riscos, benefícios, complicações e possíveis sequelas; • TCLE; • Solicitação de exames pré-operatórios e avaliação anestésica (quando indicado); Rotina cirúrgica ambulatorial • Pré-operatório • Paciente hígido, sem comorbidades e < 50 anos: NENHUM EXAME; • ECG: > 50 anos, HAS, DCV, procedimento cardiotorácico; • Rx de tórax: procedimento cardiotorácico, tabagista; • Testes bioquímicos: doença renal, doença metabólica crônica, uso de diuréticos ou QT prévia; • Exame de urina: procedimentos genitourinários; • Hemograma: distúrbios hematológicos; • Coagulograma: HMP de distúrbios da coagulação ou uso de anticoagulantes; • Avaliação anestesiologia: se outra técnica anestésica a não ser AL; • Na prática diária: • HMG; • Função renal (Ur e Cr); • Coagulograma; • ECG; • Rx de tórax; • Avaliação anestesiologista; Cirurgia Ambulatorial • Na Unidade de Cirurgia Ambulatorial ou CC: • Caixa de instrumental esterilizados; • Campos cirúrgicos; • Touca, máscara e capote*; • Eletrocautério; • Fios cirúrgicos; • Circulante de enfermagem; Cirurgia Ambulatorial • Jejum: • 8 horas para cirurgia sob anestesia geral ou locorregional; • 4 horas para cirurgia de pequeno porte sobre anestesia local; • Na prática não há necessidade do jejum Cirurgia Ambulatorial • Tricomotomia: • Somente quandos os pelos interferem na realização do procedimento. • Se necessário deverá ser feito com o paciente já em sala e com tricótomo elétrico; Cirurgia Ambulatorial • Antibioticoprofilaxia: • Cirurgias limpas: não há necessidade de utilização; • Cirurgias limpas com uso de próteses ou pontencialmente contaminadas: • Fármacos de primeira linha com ação efetiva contra os germes mais comum; • Níveis séricos máximos no momento da exposição; • Uso até 24h após o procedimento; Cirurgia Ambulatorial • Profilaxia do TVP/TEP • Geralmente não é necessário: • Cirurgias de pequeno ou médio porte; • Deambulação precoce; Cirurgia Ambulatorial • O procedimento: • Posicionamento adequado do paciente; • Degermação da pele (Assepsia); • Antissepsia; • Posicionamento dos campos; • Anestesia local; • Incisão; • Dissecção – minimamente invasiva; • Ressecção/plastia da estrutura em evidência; • Hemostasia • Limpeza do campo com solução fisiológica • Síntese por planos; • Curativo Cirurgia Ambulatorial • Princípios de Halsted: • Cirurgia metódica; • Manuseio mínimo e delicado dos tecidos; • Hemostasia cuidadosa; • Irrigação apropriada dos tecidos; • Suturas sem tensão. • Objetivos: • Diminuir complicações; • Evitar infecção; • Melhorar cicatrização. • Leitura complementar: • Classificação de ASA; • Classificação da cirurgia (limpa, infectada...); • Risco de TVP e TEP; • Prova de 6 questões na próxima aula
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