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CIRURGIA AMBULATORIAL A cirurgia ambulatorial é caracterizada por hospitalização desnecessária e o retorno para casa ocorre em menos de 24 horas após o procedimento cirúrgico. É realizada por meio de técnica anestésica local assistida, regional, geral ou combinada. Pode ser feita em ambiente hospitalar típico, com acomodações tanto para pacientes internados como ambulatoriais, e em clínicas com centro cirúrgico específico, projetado para estadias curtas. A base ambulatorial oferece atenção cirúrgica adequada ao paciente e diminui os efeitos emocionais dos familiares. apresentando algumas vantagens e desvantagem quando comparada à prática cirúrgica com hospitalização: A seleção dos pacientes à cirurgia ambulatorial é muito importante. Baseia-se na avaliação pré-anestésica (ver em bases da anestesia), que inclui história, exame físico e exames laboratoriais, estimando-se o risco anestésico-cirúrgico do paciente. A classificação utilizada do estado físico do paciente é a preconizada pela American Society of Anesthesiologists (ASA). ASA I cirurgia ambulatorial não apresentam alterações orgânicas, fisiológicas, bioquímicas ou psiquiátricas ASA II cirurgia ambulatorial apresentam alterações de pequena monta facilmente corrigíveis ASA III inadequados alterações sistêmicas graves ou, eventualmente, se reunirem condições de ser tratados em regime ambulatorial, o procedimento deve ser feito em unidades integradas a um hospita ASA IV inadequados OBS: O tempo ideal para a cirurgia ambulatorial não deve ser superior a noventa minutos Vantagens Desvantagens Redução do risco de infecção e outras complicações pósoperatórias Não cumprimento das recomendações pós-operatórias satisfação do paciente Dificuldade de transporte do paciente ao hospital na manifestação de complicações Mobilização precoce, permitindo retorno às práticas diárias Diminuição nos índices de morbimortalidade Redução no tempo de permanência hospitalar Recuperação precoce das funções fisiológicas Melhor relação médico-paciente Diminuição da ansiedade do cliente CIRURGIA AMBULATORIAL Quanto à técnica anestésica na cirurgia ambulatorial, a anestesia regional é a de escolha porque é custo-efetiva, segura, com recuperação do paciente mais rapidamente que a anestesia geral, menos complicações pós-operatórias e proporciona analgesia pós- operatória prolongada. Mas anestesia geral não é descartada. O paciente é transferido para a sala de recuperação pós-anestésica para avaliação e estabilização dos sinais vitais, conduta na presença de dor, hemorragias, náuseas e vômitos, recuperação física e da psicomotricidade até a alta hospitalar. O tempo de alta hospitalar está definido entre quatro a seis horas após a anestesia ambulatorial. ASPECTOS CONCEITUAIS Quanto a porte, serviço e condições do paciente – Dispensação após o procedimento – Permanência por um curto tempo para recuperação; – Pernoite. Quanto ao porte e cuidados pós-operatórios – Pequeno porte: é realizada geralmente sob anestesia local com alta imediata do paciente: incluem as operações feitas no consultório ou ambulatório (retirada de lesões tumorais da pele e do subcutâneo, postectomia, vasectomia...) CIRURGIA AMBULATORIAL – Grande Porte: é realizada sob qualquer modalidade de anestesia, sendo necessário um período de monitorização ou recuperação pós-operatória (herniorrafias inguinais, safenectomias, papilotomia endoscópica...) TIPOS DE UNIDADES DE CIRURGIA AMBULATORIAL I Consultório médico que mediante adaptação possibilita a realização de procedimentos médico-cirúrgicos de pequeno porte, sob anestesia local II Ambulatórios isolados, centros de saúde e unidades básicas de saúde onde é possível a realização de procedimentos de porte médio, com anestesia local ou loco - regional (com ou sem sedação). Além das salas com as devidas especificações, a Unidade deve contar com sala de recuperação ou de observação do paciente. II O estabelecimento de saúde que, anexo ou não a um hospital geral ou especializado, possibilita a realização de procedimentos em regime ambulatorial ou de internação, em salas cirúrgicas próprias ou do centro cirúrgico do hospital, mediante apoio da sua infraestrutura (Serviço de Nutrição e Dietética, Centro de Esterilização de Material e Lavanderia...) REGULAMENTAÇÃO DA PRÁTICA DA CIRURGIA AMBULATORIAL A realização das cirurgias ambulatoriais é regulamentada pelas portarias do Conselho Federal de Medicina. Os atos cirúrgicos e ou endoscópicos, em regime ambulatorial, devem levar em conta as seguintes condições Condições da Unidade – Condições estruturais e sanitárias do ambiente com estrutura para esterilização e desinfecção dos instrumentos de acordo com as normas vigentes – Registro de todos os procedimentos realizados – Condições mínimas para a prática da anestesia – Garantia de internação, caso haja necessidade – Garantia de assistência pós-alta durante 24 horas por dia na unidade ou no sistema de saúde Critérios de seleção do paciente Pacientes hígidos ou com distúrbio sistêmico moderado decorrente de doenças crônicas Procedimentos cirúrgicos que não necessitam cuidados especiais no pós-operatório Garantia de acompanhante adulto, lúcido e previamente identificado CIRURGIA AMBULATORIAL Condições de alta do paciente – Orientação no tempo e no espaço – Estabilidade dos sinais vitais há pelo menos 60 minutos – Ausência de náusea e vômitos – Ausência de dificuldade respiratória – Capacidade de ingerir líquidos – Capacidade de locomoção, se não houver contraindicação – Sangramento mínimo ou ausente – Ausência de dor de grande intensidade – Ausência de retenção urinária – Conhecimento por parte do paciente e do acompanhante, verbalmente e por escrito, da relação dos cuidados pós-anestésicos e pós-operatórios, bem como a determinação da Unidade para atendimento de eventuais intercorrências EVOLUÇÂO DO ATENDIMENTO AO PACIENTE Referências: SANTOS, José Sebastião. Et al. Cirurgia Ambulatorial: Do Conceito À Organização De Serviços E Seus Resultados. Medicina (Ribeirão Preto) 2008; 41 ( 3): 274-86. Disponível em: https:// edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2783841/modresource /content/1/SIMP_4Cirurgia_ambulatorial.pdf Acesso em: 19 de abril, 2021. TECHY, Ana Maria. Et al. Perfil das cirurgias ambulatoriais realizadas em hospital no sul do estado de Santa Catarina. Arquivos Catarinenses de Medicina Vol. 37, no . 3, de 2008. Disponível em: http://www.acm.org.br/acm/revista/pdf/artigos/566.pdf. Acesso em: 19 de abril, 2021. Anamnese Antissepsia Superficial Anestesia Antes Sabe Se Aprofunda Ato Operatório Propriamente Dito Hemostasia (Coangulação) Sutura Por Planos Penso (CURATIVO) Medicamentos Revisão Geral Analgésico Antibiótico Antiflamatório Anatóx Tetânico, SAT Desbridamento Exérese de corpo estranho Retalho Enxerto. etc
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