Relatório - Lagoa do Peri

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Relatório de Saída de Campo
 
Thyago Coelho Cechinel¹*
 
¹ Departamento de Ecologia e Zoologia
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis - SC, Brasil
*Autor para correspondência:
thyagocc@hotmail.com
27/09/2018
Introdução
A presente saída buscou através da observação e coleta de dados, levantar hipóteses sobre qual a relação entre abundancia de espécies, as macrófitas, e as condições do meio em que vivem, certos fatores abióticos observados no Parque Municipal da Lagoa do Peri (Figura 1). E apesar do uso de certos aparelhos modernos, esses métodos para se descobrir as causas e efeitos que regem o mundo natural, já se sabe que eles são usados mesmo a muito tempo atrás, desde Aristóteles até os grandes naturalistas da Idade Moderna.
 Figura 1: O Parque Municipal da Lagoa do Peri é uma reserva biológica, ainda muita rica em fauna e flora, com uma grande lagoa em seu interior, que é abastecida por um conjunto de fontes de água que nascem nas encostas do sul da Ilha. Todo o local já está preservado, pelo decreto municipal nº 1.828, como patrimônio natural.
Material e métodos
Para se delimitar as áreas estudadas na densidade de macrófitas foram estabelecidos quatro transectos em direção ao fundo da lagoa, com o auxílio de uma bússola, e dividindo esses transectos em parcelas com intervalos de espaço entre si, através do uso de fita métrica e quadrados feitos de cano. Desconsiderando-se as parcelas sem macrófitas.
Profundidade foi obtida submergindo uma extremidade de um pedaço cilíndrico de madeira até encostar no leito da lagoa, e então medindo-se a distância entre a linha da água com o fim do bastão. Distância da margem foi feita através da medição com fita métrica entre a margem e a parcela. Já a temperatura e a porcentagem de oxigênio da água obtiveram-se por meio do uso de aparelhos eletrônicos, o termômetro e o oxímetro, respectivamente.
Para os covos foram usadas garrafas PETs, com a metade superior primeiro sendo cortada e depois inserida dentro da metade inferior da mesma, de forma a se formar algo como um funil para dentro da garrafa. Além do uso de outros métodos já citados também foi medido o pH da água com o uso de um pHmetro.
Resultados e Discussão
Ao fim dos procedimentos conseguiu-se um número variado de parcelas em cada um dos quatro transectos, sendo esses, 9, 7, 5 e 4 parcelas. Cada uma com o registro da abundância de macrófitas e dados de temperatura, profundidade e outros, para apontar as suas relações.
Conforme se observa com a elaboração dos gráficos, a relação entre a densidade de macrófitas e oxigênio dissolvido, parece até existir olhando dados de apenas um transecto, mas ao ver o gráfico de todos os transectos, parece não haver uma tendência nem ao aumento e nem a diminuição de O2. Agora analisando a temperatura nos quatro transectos, já se tem uma pequena indicação de que o aumento de macrófitas pode estar relacionado com o aumento de temperatura da água. Quanto a profundidade e a distância da margem, também olhando-se para todos os gráficos, mesmo porque existem transectos com dados amostrais baixos demais para serem vistos separadamente, aparentemente há certa relação entre aumento de macrófitas, com uma menor distância da margem e, sendo mais visível, o aumento de macrófitas em profundidades mais baixas, mas ainda assim com pouca consistência.
Referências
Embrapa Meio Ambiente. Oxigênio Dissolvido. Disponível em:<http://www.cnpma.embrapa.br/projetos/ecoagua/eco/oxigdiss.html>. Acesso em: 28 setembro 2018.
IndoViajar. Parque Municipal da Lagoa do Peri. Disponível em:<http://www.indoviajar.com.br/brasil/sc/florianopolis/monumentos-parque-municipal-da-lagoa-do-peri.htm>. Acesso em: 28 setembro 2018.
Visite Floripa. Parque Municipal da Lagoa do Peri. Disponível em:<http://www.visitefloripa.com.br/coisas-para-fazer/parque-municipal-da-lagoa-do-peri.html>. Acesso em: 28 setembro 2018.