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Síndrome piramidal O sistema motor depende de uma integração do cérebro com a medula com intuito de efetuar os movimentos, o qual é responsável pelos movimentos dos músculos de mais delicados até mais extensos. Onde fica a área motora primária? Fica localizada no córtex cerebral no giro pré-central, onde se localizam os neurônios motores. O giro pré-central é composto por várias camadas, porém a camada piramidal interna é a mais importante devido ao fato de ser onde nasce os corpos dos neurônios motores. VIAS PIRAMIDAIS Na região do bulbo, 75 a 90% dos tratos motores cruzam indo para o lado oposto de forma que as lesões piramidais são contralaterais, ou seja, quando lesiona o lado direito é o esquerdo que apresentará a lesão. NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR OU 1° NEURÔNIO (CENTRAL) Começa no giro pré-central e irá fazer uma sinapse na medula SINTOMAS NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR Força Reduzida (paresia) Tônus Aumentado Reflexos Hiperreflexia Trofismo Pouca atrofia ou tardia Fasciculações Ausentes Reflexo cutâneo plantar Extensor (Sinal de Babinski positivo) NEURÔNIO MOTOR INFERIOR OU 2° NEURÔNIO (PERIFÉRICO) Começa na medula e irá até o músculo, ou seja, efetiva o movimento/ação. SISTEMA MOTOR Deve avaliar: · Trofismo: volume e contorno dos músculos · Tônus muscular: estado de contração basal · Reflexos · Movimentos voluntários · Determinação da força TROFISMO É o volume do músculo, garantido pela inervação normal e pelas características do músculo esquelético. Realiza-se a inspeção, palpação, percussão e volume e contorno muscular TÔNUS MUSCULAR Avalia-se o grau de resistência muscular a movimentação passiva das articulações Hipotonia: flacidez e hipermobilidade articular Hipertonia: espasticidade e rigidez FORÇA MUSCULAR A força muscular refere-se à quantidade máxima de força que um músculo pode gerar em um determinado movimento. Nessa perspectiva, considera-se o esforço máximo exercido por um músculo contra um obstáculo, ou seja, representa a capacidade do indivíduo para vencer ou suportar uma resistência. Dessa forma, avalia-se a força motora do paciente dessa forma realiza-se manobras de oposição de força: Exame da força muscular da mão e do punho Para realizar a avaliação da abdução dos dedos da mão solicita ao paciente para estar com a palma da mão para baixo e os dedos afastados uns dos outros. O examinador tentará juntar os dedos, no entanto orientará ao paciente para tentar resistir aos movimentos de aproximação os dedos. Coso a aproximação seja realizada facilmente comprovará que existe uma redução na força muscular. Exame da força muscular do braço e do antebraço Avalia-se a flexão envolvendo os músculos bíceps braquial e braquiorradial e a extensão do músculo tríceps braquial. Esses procedimentos são realizados por meio de tração ou compressão contra a mão do examinador. Exame da força muscular dos membros inferiores Para a avaliação da extensão na altura dos joelhos – manobra que envolve o músculo quadríceps femoral – o examinador segure o joelho do paciente em flexão e solicite que ele estique a perna contra a resistência imposta Avaliação da dorsiflexão do pé e da flexão plantar na altura do tornozelo é realizada por meio do pedido para o paciente para que tracione o pé para cima e empurre o pé para baixo contra a resistência imposta por você. Além disso, caminhar na ponta do pé e apoiado nos calcanhares avalia também a dorsiflexão do pé e a flexão plantar, respectivamente. Prova dos braços estendidos Solicita ao paciente manter os braços estendidos, com os dedos afastados um dos outros. Com o decorre da manobra, o membro que apresenta uma perda na força muscular tende a abaixar de forma lenta e progressivamente. Manobra de Raimiste Examina a força dos músculos flexores dos cotovelos. Essa técnica é realizada com o paciente em decúbito dorsal com os antebraços fletidos a 90° mãos estendidas e dedos separados. Observar-se queda, para fora ou para dentro, do antebraço, da mão ou apenas dos dedos quando o grupo muscular apresenta alguma lesão. Manobra de Mingazzini e Barré A prova de Mingazzini solicita ao paciente ficar em decúbito dorsal com as pernas em flexão de 90º. Caso a perna comece a descer, identifica-se uma redução na força muscular. A prova de Barré pede ao paciente ficar em decúbito ventral com as pernas em flexão de 90º e observa a ação, se a perna começar a abaixar demonstra uma diminuição na força muscular. A força muscular é graduada em uma escala de 0 a 5 (6 níveis): GRAU DESCRIÇÃO COMENTÁRIO 0 Nenhuma contração muscular Observa-se que não existe nenhum tipo de contração Plegia 1 Contração mínima ou traços de contração Movimentos não são realizados, porém é perceptível que existe uma contração muscular 2 Movimento com gravidade eliminada Por exemplo, a mão do indivíduo realizar movimentos para todos os lados, porém ela não consegue ir para cima Ou seja, não consegue levantar, mas sim deslizar 3 Movimento contra a gravidade O paciente não consegue vencer a resistência, mas supera a gravidade 4 Movimento ativo contra a gravidade e algumas resistências Nota-se dificuldades para vencer a resistência, entretanto consegue vence-la 5 Movimento normal Movimentos que superam gravidade e resistências OBS.: Membro com força reduzida: parético; membro sem força: plégico REFLEXO É a contração brusca do músculo quando esse é submetido a um estiramento rápido. Caracteriza-se como resposta involuntária a um estímulo realizado no tendão. Quando se percute o tendão, o músculo irá ativar alguns fusos musculares, ocasionando o estiramento. Martelo neurológico 1. Taylor 2. Babinksi 3. Buck Braquirradial Bicipital Tricipital Patelar Aquileu Cutâneo-abdominal Cutâneo plantar Obs.: O reflexo alterado é chamado de presença de Babinsk (Lesão de neurônio motor superior), mas a manobra em si é denominada de reflexo cutâneo-plantar AVALIAÇÃO DO REFLEXO 0 1 ou - 2 ou + 3 ou ++ 4 ou +++ Arreflexia (abolido) Hiporreflexia (presente hipoativo); Reflexo normal; É uma hiperreflexia (presente exaltado/reflexo vivo) a assimetria denota alteração; É uma hiperreflexia com presença de alguma característica, como aumento de área reflexógena ou ser policinético. Síndromes extra piramidais Sistema extra piramidal ou núcleos da base atuam em conjunto com o sistema piramidal para que o movimento seja efetuado de forma adequada. · Faz parte do sistema motor · Ligados ao córtex motor por meio de circuitos reguladores · Exercem papel importante na iniciação e modulação do movimento e controle do tônus muscular Apresenta uma via direta e indireta · Via direta: desinibir o tálamo facilitando os movimentos iniciados pelo comando cortical. Aumenta os movimentos desejados · Via indireta: Inibe o tálamo. Inibe os movimentos indesejados Esses movimentos dos núcleos da base é necessário concentrações adequadas de dopamina para que os movimentos sejam realizados de forma regular. A Doença de Parkinson resulta de uma redução da dopamina de forma que o córtex estará menos estimulado por isso os movimentos estarão lentificados e rígidos. Pode-se dividir entre as síndromes hipocinéticas (Doença de Parkinson) e hipercinéticas (tremor, coréia). QUADRO CLÍNICO - PARKINSONISMO · Bradicinesia (Movimento lentificado) · Tremor · Rigidez · Instabilidade postural Várias doenças podem gerar parkinsonismo, por exemplo atrofia de múltiplos sistemas, proveniente do uso de medicamento, doença de Parkinson. Tremor Tremor em repouso, diminui com a ação Rigidez É o aumento da resistência ao movimento passivo em torno de uma articulação. Dessa forma, é avaliada movimentando as articulações do paciente. Ocorre em 75% a 90% dos pacientes com Parkinson, os pacientes com esta doença, tem uma rigidez do tipo roda denteada, os membros com o passar do tempo ficam mais rígidos. Bradicinesia A bradicinesia é vista em quase todos os pacientes com doença de Parkinson. É pesquisado atravésda manobra de ‘’finger taps’’ para avaliar a lentificação dos movimentos. Avalia-se: · Pedindo que o paciente abra e feche o dedo, comparando se um lado é mais lento que outro. · Pedir para o paciente ficar batendo os pés no chão e observar qual bate mais rápido. · Pedir que o paciente faça movimentos de círculo e observar qual braço é mais lento. 2
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