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Morte Na Era Digital Como Situar Juridicamente a Divisão dos Direitos Sobre a herança virtual

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Morte Na Era Digital: Como Situar Juridicamente a Divisão dos Direitos Sobre a
Herança Virtual
Autor: Aivllis Braga Tavares1
Deborah Fernanda dos Santos2
Mariana Dalla Vecchia Faitaroni3
Orientador: Claudenir da Silva Rabelo4
Área do Direito: Direito Civil. Direito Sucessão. Direito Digital. Direito Família.
Resumo: O presente trabalho versa sobre os parâmetros jurídicos da causa
“mortis” na era digital e como devemos dividi-los sucessoriamente, uma vez que,
atualmente, o meio social vive em torno das informações e dos avanços tecnológicos; Já
que a vida em sociedade tem se transformado e mudado no passar do tempo, o Direito é
um mecanismo que precisa, necessariamente, ser alterado conforme as mudanças
também. Estamos em uma era onde basicamente todas as pessoas têm uma vida virtual,
no qual não há limites de distância, podendo nós nos conectarmos com todos ao redor
do mundo, criando perfis e páginas, como também realizarmos qualquer ato do
cotidiano de forma digital. Todo esse avanço, tem gerado uma discussão no Direito
Digital, pois os rastros deixados na internet, como perfis de relacionamentos, senhas,
contas bancárias, fotos, dados pessoais, acabam por tornar-se parte da propriedade
virtual do indivíduo, sendo considerado como parte de seu legado; porém, ressalva-se
de que muitos bens digitais ficam de fora da divisão da herança, e muitas vezes nem são
considerados como parte do patrimônio.
Palavra-chave: Vida virtual. Herança digital. Transmissão patrimônio.
Abstract: The presente work delas with the legal parameters of the “mortis”
cause in the digital age and how we should divide them successively, since today the
social environment lives around information and technological advances; Since life in
society has transformed and changed overtime law is a mechanism that necessarily
needs to be alternated as changes change. We are in an age where basically everyone
has a virtual life, where there are no distance limits and we can connect with everyone
around the world creating profiles and pages, as well as performing any everyday act
digitally. All this progress, has generated a discussion in Digital Law, because the tracks
left on the internet, such as relationships profiles, passwords, bank accounts, photos,
personal data, eventually become part of the individual’s virtual property, being
4 Especialista em Direito Público. Professor do Centro Universitário São Lucas Ji-Paraná. E-mail:
claudenir.rabelo@saolucas.edu.br.
3 Acadêmica de Direito no Centro Universitário São Lucas Ji-Paraná. E-mail:
mdvfaitaroni@outlook.com;
2 Acadêmica de Direito no Centro Universitário São Lucas Ji-Paraná. E-mail:
deborahfernanda99@gmail.com;
1 Acadêmica de Direito no Centro Universitário São Lucas Ji-Paraná. E-mail: aivllisbragat@hotmail.com;
mailto:claudenir.rabelo@saolucas.edu.br
mailto:mdvfaitaroni@outlook.com
mailto:deborahfernanda99@gmail.com
mailto:aivllisbragat@hotmail.com
considered as part of his legacy; However, it should be noted that many digital goods
are outside the division of inheritance and are often not even considered part of the
heritage.
Keyword: Virtual Life. Digital inheritance. Transmission equity.
Sumário: Introdução.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho versa sobre “Morte na Era Digital: como situar
juridicamente a divisão dos direitos sobre herança virtual”, uma vez que, atualmente, o
meio social vive em torno das informações e dos avanços tecnológicos. Vale ressaltar
que a vida em sociedade tem se transformado e mudado no passar do tempo e por conta
disso o Direito também.
O dinheiro atualmente tem um grande acervo na esfera da internet, onde existem
bancos, perfis de investidores na bolsa de valores e sites de compras, onde podemos
comprar uma ação de investimento ou até mesmo realizar uma compra com apenas um
clique; desse modo, os indivíduos têm deixado rastros permanentes de sua existência na
web.
Por conseguinte, todo esse avanço tem gerado uma grande discussão na Herança
Digital, pois os rastros deixados na internet como, novamente, os perfis de
relacionamentos, senhas, contas bancárias, fotos, acabam por tornar-se parte da
propriedade virtual do indivíduo, considerando-se então como parte de seu legado.
Muitos bens digitais ficam de fora da divisão da herança e muitas vezes nem são
considerados como patrimônio. Contudo, como o mundo evoluiu, o direito como meio
de resolução de conflitos, deve também evoluir juntamente com as mudanças para o
bom convívio no meio social e fazer com que haja meios para que contas e tudo aquilo
que um indivíduo deixa registrado na internet torne-se parte de seu legado, como
também fazer com que seja um tema a ser analisado referente aos inventários de bens
cibernéticos, visando um meio de transmitir toda essa herança aos herdeiros.
1. MORTE NA ERA DIGITAL
O mundo contemporâneo tem se transformado radicalmente nas últimas décadas,
as relações sociais foram modificadas com a chegada da internet, a sociedade seguiu um
caminho de mudanças, onde o meio virtual se tornou parte do dia a dia e da vida de cada
indivíduo. Tendo a possibilidade de armazenamento de dados, o meio digital
proporcionou, inúmeras possibilidades de adquirir, lembranças, lucros, e bens no meio
virtual.
Ultimamente os avanços tecnológicos têm acontecido com tanta frequência, que o
ordenamento jurídico e suas normas, não conseguiram acompanhar com o mesmo
afinco, deixando brechas a serem completadas, e discussões não resolvidas por conta de
litígios advindos dessas situações.
Patricia Peck, advogada especialista em Direito Digital, reflete sobre a existência
dessa nova área do Direito. São suas palavras:
(...) o Direito Digital traz a oportunidade de aplicar dentro de uma lógica
jurídica uniforme uma série de princípios e soluções que já vinham sendo
aplicados de modo difuso – princípios e soluções que estão na base do
chamado Direito Costumeiro. Esta coesão de pensamento possibilita
efetivamente alcançar resultados e preencher lacunas nunca antes resolvidas,
tanto no âmbito real quanto no virtual, uma vez que é a manifestação de
vontade humana em seus diversos formatos que une estes dois mundos no
contexto jurídico. (2013, p.77)
Desse modo, é notório o desafio do Direito Sucessório, como também das outras
disposições civis no meio tecnológico atual. Pois quando foram feitos, não estavam
previstas as novas possibilidades e formas de patrimônio e herança, que hoje estão
disponíveis digitalmente.
O indivíduo atualmente, tem um grande acervo na internet e muitas vezes, bens
muito valiosos no meio virtual, ademais, em alguns casos esses bens ficam perdidos, e
esquecidos, e nem mesmo a família tem conhecimento da sua existência. Isso ocorre por
conta da falta de informação e instrução no Direito Sucessório, no que diz a respeito de
bens virtuais, os indivíduos acabam ficando sem saber o que fazer com esses bens,
caindo no esquecimento no decorrer do tempo. Nas palavras de Flávio Tartuce, explica:
Direito das Sucessões como o ramo do Direito Civil que tem como conteúdo
as transmissões de direitos e deveres de uma pessoa a outra, diante do
falecimento da primeira, seja por disposição de última vontade, seja por
determinação da lei, que acaba por presumir a vontade do falecido. (2014, p.
3)
Mesmo que os bens virtuais deixados pelo falecido não tenham valor econômico
significativo, como contas em sites de relacionamento, e-mail, fotos na nuvem, é
relevante avaliar o que fazer com esses bens e se a família pode ter acesso, e se tem o
direito a esses acervos.
Muitas vezes a família luta na justiça para excluir a conta de sites de
relacionamentos, de seus entes falecidos, as empresas proíbem o acesso, fazendo com
que, o perfil do falecido seja uma lembrança amarga de lamentação e saudade, privando a
família de tomar uma posição.
A morte é a certeza na vida de todos, mesmo não sendo um assunto muito
conversado, a maioria das pessoas evitam pensar sobre, não planejando o futuro de seus
bens, ou como proceder após a morte. Mas a morte representa a herança, quando nãose
tem a vontade expressa do que fazer com esses bens, a família do falecido, acaba tendo
uma grande dor de cabeça, ainda mais no que se refere aos bens digitais, por conta disso
eles acabam não sendo vistos como bens, caindo proporcionalmente no esquecimento.
No que se relaciona com as consequências jurídicas da morte, Pablo Gagliano Stolze e
Rodolfo Pamplona Filho comentam:
Sob o prisma eminentemente jurídico, temos que a morte, em sentido amplo,
é um fato jurídico, ou seja, um acontecimento apto a gerar efeitos na órbita
do Direito. No entanto, a depender da circunstância, o enquadramento deste
fato poderá, em nível subtipo lógico, variar: a morte natural de uma pessoa de
avançada idade é, nessa linha, um “fato jurídico em sentido estrito”; ao passo
que um homicídio traduz um “ato ilícito”. (2015, p. 29 e 30)
Uma das principais questões acerca da existência da herança digital, é como
regulamentar esses arquivos na internet, e como aplicar regras aos bens digitais, quando
inexistir a declaração de última vontade do de cujus – testamento. A Constituição
Federal de 1988, em seu artigo 5°, inciso XXX, assegura o direito de herança.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
XXX - é garantido o direito de herança;
A herança, a partir de Maria Helena Diniz, é “o patrimônio do falecido, isto é, o
conjunto de direitos e deveres que se transmite aos herdeiros legítimos ou
testamentários, exceto se forem personalíssimos ou inerentes à pessoa do de cujus”.
Modernamente, ao definirmos que a herança “é o patrimônio do de cujus, o
conjunto de direitos e obrigações que se transmite ao herdeiro, destacamos
seu conteúdo econômico, excluindo, em regra, relações jurídicas não
patrimoniais ou aquelas nas quais, embora presente o conteúdo econômico,
prevalece a natureza personalíssima. Assim, a regra é a transmissibilidade de
direitos, bens e obrigações, o que inclui, créditos, ainda que não vencidos,
indenizações, direitos possessórios, bens móveis e imóveis, direitos autorais,
ações, cotas, dívidas, obrigações do falecido etc. (DA SILVA APUD
FRAZILI, 2014).
É indiscutível que, atualmente, com tantas informações e avanços tecnológicos, o
significado de patrimônio e herança está sendo incluído em um novo cenário
cibernético, onde há uma grande exposição de dados dos indivíduos que armazenam
vários conteúdos criando um grande patrimônio digital. Em certos casos, esses dados,
em redes sociais, geram lucros e grandes acervos monetários. A autora Patricia Peck
revela esta realidade em seu livro “Direito Digital”. São suas palavras:
Estamos quebrando paradigmas. (...) O arquivo original não é mais o papel,
mas o dado, que deve ser guardado de modo adequado à preservação de sua
autenticidade, integridade e acessibilidade, para que sirva como prova legal.
Nessa nova realidade, a versão impressa é cópia, e as testemunhas são as
máquinas. (2013, p 42 e 43) [...]
Logo, no decorrer de nossas vidas fomos educados nos conceitos de ‘certo’ e
‘errado’, dentro dos valores sociais estabelecidos e das normas vigentes. No
entanto, a tecnologia trouxe novos comportamentos e condutas que precisam
de orientação e treinamento para poderem estar também alinhados com os
mesmos preceitos que já aprendemos, garantindo assim a segurança jurídica
das relações. (2013, p. 42 e 43)
A Constituição de 1988, versa sobre a herança, deixando claro sua condição de
direito fundamental, e com o avanço da sociedade e suas novas práticas sociais, se faz
necessário a garantia de que os bens que fazem parte do patrimônio digital dos
indivíduos, sejam devidamente acessados pelos seus herdeiros, necessários ou
testamentais.
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92175/lei-de-direitos-autorais-lei-9610-98
A ausência de uma legislação específica, também ajuda e cria perguntas sem
respostas, deixando os herdeiros à mercê do direito ultrapassado, que não evoluiu com
as transformações da sociedade. Pensando em como solucionar tal problema o então
Deputado Federal Jorginho Mello (PSDB/SC), fez uma proposta que trata sobre a PL
4.099/12. O projeto traz a inclusão de um parágrafo único no artigo 1.788 do atual
código civil: ‘’serão transmitidos aos herdeiros todos os conteúdos de contas ou
arquivos digitais de titularidade do autor da herança.’’
Diante disso foi criado o PL 4099/2012, que foi remetido para o Senado Federal
em 02 de outubro de 2013, conforme informação extraída do site da Câmara, tendo por
objetivo alterar o artigo 1.788 do Código Civil, garantindo aos herdeiros a transmissão
de todos os conteúdos de contas e arquivos digitais.
A mudança consiste em alterar o art. 1.788 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
2002, que "institui o Código Civil", garantindo aos herdeiros a transmissão de todos os
conteúdos de contas e arquivos digitais. Nas palavras do Deputado Federal Jorginho de
Mello, explica:
O Direito Civil precisa ajustar-se às novas realidades geradas pela
tecnologia digital, que agora já é presente em grande parte dos lares.
Têm sido levadas aos Tribunais situações em que as famílias de
pessoas falecidas desejam obter acesso a arquivos ou contas armazenadas em
serviços de internet e as soluções têm sido muito díspares, gerando
tratamento diferenciado e muitas vezes injustos em situações assemelhadas.
É preciso que a lei civil trate do tema, como medida de prevenção e
pacificação de conflitos sociais.
O melhor é fazer com que o direito sucessório atinja essas situações,
regularizando e uniformizando o tratamento, deixando claro que os herdeiros
receberão na herança o acesso e total controle dessas contas e arquivos
digitais.
Cremos que a medida aperfeiçoa e atualiza a legislação civil, razão
pela qual conclamamos os Nobres Pares a aprovarem esta proposição.
(PROJETO DE LEI Nº 4099, DE 2012 do Sr. Jorginho Mello)
Apresentação do Parecer do Relator n. 1 CCJC, pelo Deputado Onofre Santo
Agostini (PSD-SC).
O Projeto de Lei nº 4.099, de 2012, de autoria do
Deputado JORGINHO MELLO, altera o art. 1.788 da Lei
nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que “institui o Código
Civil”.
O PL determina que “serão transmitidos aos
herdeiros todos os conteúdos de contas ou arquivos digitais
de titularidade do autor da herança”. Em sua justificativa,
o autor assevera que “é preciso que a lei civil trate do
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10608154/artigo-1788-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
tema, como medida de prevenção e pacificação de conflitos
sociais”.
A proposição foi distribuída para a Comissão de
Constituição e Justiça e Cidadania (Mérito e art. 54, I,
RICD).
A proposição tramita em regime ordinário e está
sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões, nos
termos do disposto no artigo 24, inciso II, do RICD.
(PARECER DO RELATOR N. 1 CCJC, PELO DEPUTADO
ONOFRE SANTO AGOSTINI (PSD-SC)
Apresentação do Parecer do Relator n. 1 CCJC, pelo Deputado Onofre Santo
Agostini (PSD-SC), pelo voto de constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa
e, no mérito, pela aprovação. 
Cabe à Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania apreciar o mérito da
proposição, bem como a constitucionalidade, a juridicidade e a técnica legislativa, nos
termos do artigo 32, inciso IV, alínea “a” e “e” do RICD.
Quanto à constitucionalidade, o PL nº 4.099, de 2012, não apresenta vícios, uma
vez que a iniciativa de lei ordinária cabe a qualquer Deputado, conforme caput do artigo
61 da Constituição Federal. E ainda, cabe ao Congresso Nacional com sanção do
Presidente da República dispor sobre todas as matérias de competência da União, nos
termos do disposto no caput do artigo 48 da Constituição Federal. Neste sentido,
compete privativamente à União legislar sobre direito civil nos termos do inciso I do
artigo 22 da Constituição Federal.O PL nº 4.099, de 2012, não afronta o ordenamento jurídico e nem a técnica
legislativa. Quanto ao mérito, não há lei que trate sobre a sucessão de “bens virtuais” do
de cujus aos herdeiros da herança.
É sabido que houve crescimento nas aquisições na internet de arquivos digitais
de fotos, filmes, músicas, e-books, aplicativos, agendas de contatos, entre outros; e a
utilização das contas das redes sociais.
Neste sentido, sou pela aprovação do PL nº 4.099, de 2012, pois visa à pacificação
dos conflitos sociais.
Diante ao exposto, voto pela constitucionalidade, juridicidade, boa técnica
legislativa e, no mérito, pela aprovação do PL nº 4.099, de 2012. (PARECER DO
RELATOR N. 1 CCJC, PELO DEPUTADO ONOFRE SANTO AGOSTINI (PSD-SC).
A proposta consistia em auxiliar, e unificar todas as decisões que possivelmente
poderiam surgir com esse teor, bem como ter como base uma lei onde dispõe e esclarece
todo o tema. Infelizmente a proposta foi arquivada em 30 de abril de 2019.
Recebimento do Ofício nº 245/2019 (SF)
comunicando o arquivamento da matéria em razão
de arquivamento no Senado Federal ao final da 55ª
Legislatura. (MESA DIRETORA DA CÂMARA DOS
DEPUTADOS)
A referida falta de regulamentação acerca do tema, juntamente com o fato de que
cidadãos brasileiros não costumam fazer testamento, gera a necessidade de uma
reformulação do Código Civil de 2002, que nada menciona sobre patrimônio e herança
digital.
O direito sucessório tem uma extrema importância social, onde garante e instiga
o interesse do indivíduo a produzir, ao longo da vida, bens, valores, patrimônios,
sabendo que toda essa herança será transmitida aos seus herdeiros. Tendo o significado
mais amplo, a palavra sucessão é o ato em que a pessoa assume, substitui o lugar da
outra, sendo o titular dos bens. O Código Civil Brasileiro de 2002, assegura a sucessão.
Art. 1.786 do A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade.
Art. 1.788 do Código Civil: Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a
herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não
forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o
testamento caducar, ou for julgado nulo.
Consoante a bens, são coisas materiais e imateriais que contêm valor econômico,
podendo servir para uma relação jurídica, ou seja, considerando a era digital, pode-se
enquadrar nos bens incorpóreos tendo uma relação abstrata, porém com valor
econômico, como vídeos famosos que geram lucro para o autor.
Há duas divisões do patrimônio digital de um indivíduo em bens insuscetíveis de
valoração econômica e bens economicamente valoráveis, tal como o faz Barreto e Nery
Neto:
O vocábulo “bem” pode ser adotado em vários sentidos. Seguindo a doutrina
de Sobral Pinto, juridicamente, bens seriam valores materiais ou imateriais
que podem servir de objeto de uma relação jurídica.
Há aqueles que podem ser valorados economicamente e os não apreciáveis
economicamente (em regra, reflexos dos direitos da personalidade: nome,
honra e liberdade). Estes não poderiam entrar na formação do patrimônio da
pessoa, eis que não comportam estimação pecuniária.
Bens insuscetíveis de valoração econômica: quaisquer arquivos (textos,
e-mails, fotografias) criados por um indivíduo diretamente na Web ou que,
após sua elaboração ou edição em um computador local, fez o upload para
um serviço de nuvem.
Bens economicamente valoráveis: quaisquer bens digitais que tenham
utilidade patrimonial. Trata-se de arquivos (álbuns musicais, e-books, games,
filmes) e serviços (armazenamento em nuvem, licença de software)
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
comprados pelo indivíduo por meio de um provedor de serviços online.
Geralmente esses ativos ficam armazenados em nuvem, estando disponíveis
ao usuário onde quer que se encontre. (BARRETO; NERY NETO,
2016, online)
A herança digital inclui tudo que o indivíduo possa armazenar na internet,
segundo Ignacio:
A herança digital se perfaz em um patrimônio
que abarca tudo o que for possível adquirir por meio de
compras na Internet, ou o que se pode armazenar
virtualmente: músicas, fotos, etc., bem como senhas.
(IGNACIO apud FÁVERI, 2014, p. 71).
A realidade é que ultimamente o patrimônio digital das pessoas tem crescido
rapidamente e pode gerar perdas caso não convertido em herança para seus familiares:
Arquivos, fotos, documentos, PDFs, e-books, músicas, senhas de redes
sociais: a cada dia, o patrimônio digital de usuários da internet aumenta.
Pesquisa sobre o Valor dos Ativos Digitais no Brasil, realizada pela empresa
de segurança digital McAfee e divulgada em setembro, revela que o valor
médio atribuído pelos brasileiros aos seus patrimônios digitais é de mais de
R$ 200 mil. Além disso, entrevistados indicaram que 38% de seus bens
digitais são insubstituíveis, volume avaliado em mais de R$ 90 mil.
Com a crescente importância desses bens, surge a pergunta: o que fazer com
todo esse patrimônio após a morte? No Brasil e no exterior, a nova era de
tecnologia traz mais uma preocupação para quem já parou para pensar na
própria morte: a herança digital (TERRA TECNOLOGIA, 2012).
Convém lembrar que as empresas tecnológicas e a legislação, não estão aptas e
nem sabem como lidar com as heranças digitais, além de que os sites e redes sociais,
muitas vezes não fornecem meios para auxiliar os parentes que desejam encontrar um
fim aos bens digitais. Ademais algumas empresas como o Google Inc. apresentam
meios para uma destinação específica, para o pós-morte, como se fosse um testamento
digital. A descrição da ferramenta encontra-se a seguir:
Ninguém gosta de pensar muito sobre a morte, ainda mais sobre a própria.
Mas planejar o que acontecerá depois que você se for é muito importante para
as pessoas que ficam para trás. Então, lançamos um novo recurso que facilita
informar ao Google a sua vontade quanto aos seus bens digitais, quando você
morrer ou não puder mais usar a sua conta.
Trata-se do Gerenciador de Contas Inativas: não é lá um nome fantástico, mas
acredite, as outras opções eram ainda piores. O recurso pode ser encontrado
na página de configurações da conta do Google. Você pode nos orientar com
relação ao que fazer com as suas mensagens do Gmail e dados de vários
outros serviços do Google se a sua conta se tornar inativa por qualquer
motivo.
Por exemplo, você pode escolher que seus dados sejam excluídos depois de
três, seis, nove ou doze meses de inatividade ou pode selecionar contatos em
quem você confia para receber os dados de alguns ou todos os seguintes
serviços: Contatos e Círculos; Drive; Gmail; Perfis do Google+, Páginas e
Salas; Álbuns do Picasa; Google Voice e YouTube. Antes que os nossos
sistemas façam qualquer coisa, enviaremos uma mensagem de texto para o
seu celular e e-mail para o endereço secundário que consta nos seus settings
da conta.
Esperamos que este novo recurso ajude no planejamento da sua pós-vida
digital e proteja a sua privacidade e segurança, além de facilitar a vida dos
seus entes queridos depois da sua morte. (CASADAVIC, 2013)
O Facebook Inc, têm regras de uso bem definidas acerca das políticas de
privacidade, preservando ao máximo a conta e as informações dos seus usuários, sendo
alvo de ações judiciais para desativar a conta de entes falecidos, conforme segue a
seguir:
Após o falecimento de uma pessoa, queremos respeitar os desejos dela em
relação ao que deve acontecer com sua conta. Se um familiar ou amigo usar
este formulário para enviar uma solicitação, a conta será transformada em
memorial, a menos que a pessoa tenha solicitado a remoção da conta após seu
falecimento.
Transformar uma conta em memorial é uma grande decisão. Caso não seja
um familiar ou amigo próximo da pessoa que faleceu, recomendamos que
entre em contato com a família dela antes de solicitar a transformação da
conta em memorial.
A transformação em memorial manterá uma conta segura, pois impedirá que
outras pessoas entrem nela. A conta continuará visível no Facebook, mas a
única pessoaque pode gerenciar uma conta transformada em memorial é
o contato herdeiro selecionado pelo titular. (FACEBOOK, 2019)
No cenário atual, os indivíduos acabam produzindo um patrimônio digital que
não pode ser transferido aos seus herdeiros. No entanto, os sucessores têm interesse
nesse patrimônio, sendo ele sentimental ou lucrativo. 
Em virtude disso, se questiona como todo esse acervo e bens, vão ser transmitidos aos
herdeiros, em que pese sendo bens digitais, administrado por outra pessoa e não o seu
titular.
Partindo a um outro impasse, a transmissão do patrimônio digital complica-se
quando estes se tratam de bens adquiridos onerosamente em sites como a Apple, iTunes
e Amazon, por exemplo, que cobram dos clientes pela aquisição de produtos e serviços,
mas o fazem por meio de contrato de adesão em uma tentativa de descaracterizar a
relação de consumo ali existente:
Neste caso, o fornecedor apresenta ao consumidor um contrato de adesão,
previsto no art. 54, do Código de Defesa do Consumidor. Os contratos de
adesão são reflexos de um mundo globalizado, mas, muitas vezes, são
utilizados como instrumentos de ampliação da vulnerabilidade do
consumidor.
Eventuais cláusulas que objetivem descaracterizar ou maquiar o verdadeiro
contrato, ali celebrado, colocando o consumidor em desvantagem exagerada,
são nulas de pleno direito, conforme preconiza o art. 51, VI, da lei
consumerista.
O Poder Judiciário deve estar atento à situação, garantindo a unidade do
ordenamento jurídico ao adequar “as políticas de uso” dos serviços de venda
https://www.facebook.com/help/memorialized
https://www.facebook.com/help/103897939701143
https://www.facebook.com/help/1568013990080948
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10599597/artigo-54-da-lei-n-8078-de-11-de-setembro-de-1990
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91585/c%C3%B3digo-de-defesa-do-consumidor-lei-8078-90
de conteúdo digital, verdadeiros contratos consumeristas, à legislação pátria
(BARRETO; NERY NETO, 2016, online)
Com o avanço das relações sociais e interpessoais, a expansão para o meio
digital, como espaço de possibilidades da vida, tem cada vez aumentado e utilizado a
internet como espaço de trabalho camuflado de diversão, a exemplo dos canais no
YouTube que geram milhões de reais para o proprietário do canal. A questão que se
segue desse contexto é que a administração desses meios virtuais de trabalho, que se
constituem em patrimônio digital, posteriormente à morte do administrador a depender
das circunstâncias pode haver a sua transmissão.
Considerando que a vida digital perdurará, é possível visualizar problemas
patrimoniais, criminais e principalmente na área de direito de família e
sucessão post mortem, sendo de suma importância que se defina os assuntos
concernentes a existência ou não de herança digital, como também, sobre a
positividade do questionamento, da necessidade de existir uma
regulamentação até para o caso de não existir declaração de última vontade
do de cujus, saber como proceder. (FRAZILI, 2014)
A questão é que o patrimônio digital de grande parte dos usuários da internet
aumenta consideravelmente e diariamente e, de acordo com uma pesquisa
realizada pela empresa de segurança digital McAfee, o valor médio atribuído
pela população brasileira ao seu patrimônio digital é de R$ 200.000,00
(duzentos mil reais). (FRAZILI, 2014)
Se a pessoa testamentar os objetos que deverão ser desconsiderados, que as
senhas não poderão ser “buscadas” e utilizadas, não há nada que os herdeiros
poderão fazer, mas se não houver testamento e se for de interesse dos
beneficiários, os mesmos poderão tentar obter as senhas, ter acesso aos
documentos íntimos do de cujus, ler os e-mails dele, fazer um levantamento
do acervo e utilizá-los como bem lhes aprouver. (FRAZILI, 2014)
Ressalta-se que o código civil de 2002 procura afastar o que o código anterior
tinha como crítica quando limitava o testamento somente para conteúdos patrimoniais e
nada além disso.
Em 2018 foi regulamentado a lei 13.709 que protegia os dados pessoais e
conforme o Flávio Tartuce diz:
Em termos gerais, existe uma ampla preocupação com os dados e
informações comercializáveis das pessoas naturais, inclusive nos meios
digitais, e objetiva-se proteger os direitos fundamentais de liberdade e de
privacidade; bem como o livre desenvolvimento da personalidade. Porém, é
uma lei que entrará em vigor somente em vigor no Brasil no ano de 2020.
Há de se falar que em 2011 foi criada uma plataforma chamada
“BREVITAS”, pelo Luiz Gigante, quando sofrera um acidente grave,
pensando no que ele podia dizer ou deixar para a sua família:
No site, o usuário poderá definir o que fazer com suas contas online
de redes sociais, e-mail, sites de leilões e o que mais tiver – esses itens são
chamados pelo Brevitas de “bens virtuais”. Entre as ações possíveis estão
cancelamento de contas e perfis, transferência da senha para outra pessoa e
até a programação das mensagens – scraps, tuítes, mensagens de mural – que
serão publicadas após sua morte. Ele também poderá deixar depoimentos
póstumos em texto, vídeo e voz. (Migalhas, 2018)
Quando um indivíduo morre, as suas contas continuam no mundo da internet,
como se fossem seus acervos digitais, e o site tem justamente o objetivo de permitir que
cada usuário possa elaborar, conforme as suas decisões, e definir o que deve ser feito
com os seus bens deixados na internet, aos seus herdeiros.
Porém, o que se contradiz é que com essa transformação, o excesso, o
exacerbado, do mundo digital faz com que nós nos tornemos tão dependentes dos
serviços e informações mais rápidas, fazendo com que literalmente fiquemos a “mercê”
e que deixemos todos os nossos dados e informações no mundo “web”.
Com o surgimento das tecnologias e o grande avanço da era digital que estamos
vivendo, surge a discussão que trata sobre a proporção que isso tem sobre a nossa vida,
e sobre a possibilidade de familiares da pessoa falecida terem o acesso a suas contas em
redes sociais e outros pertencentes ao falecido (a).
O patrimônio digital é tudo o que uma pessoa criou e disponibilizou em suas
redes sociais, sendo assim, assumindo o status de patrimônio e devendo ser tratado
como um bem de valor.
Essa visão sobre herança digital traz também muita discussão acerca do risco e
transtorno que essa ‘’nova herança’’ pode trazer para a vida das pessoas com quem o
falecido se relaciona, amorosamente ou não, e com isso formar uma invasão de
privacidade até mesmo para o falecido. Contando com isso, uma das plataformas
digitais, facebook, afirma que em vida os seus usuários deveriam estabelecer quais as
pessoas que poderiam ter acesso a suas contas após o seu falecimento.
De acordo com alguns especialistas no assunto, em especial em Direito Digital,
Fernando Staccini, o atual código civil não tem a necessidade de ser alterado para
solucionar os problemas causados pela herança digital. Para ele, apenas uma boa
fiscalização do estado nesses produtos oferecidos na internet seria o suficiente para que
não entrassem em contradição com o atual ordenamento jurídico brasileiro.
Os especialistas em direito digital, alertam que deixar a senha com algum parente
ou amigo próximo não é considerado legal, pois estariam praticando um crime de falsa
identidade que é previsto pelo código penal no artigo 307. Quando alguém se passa por
outra pessoa para ter acesso aos seus bens e identidades digitais.
O povo brasileiro não tem o costume de fazer testamento, ninguém gosta de
falar sobre o assunto morte, se fazendo um grande tabu ainda, mas de grande
importância para a vida de quem fica aqui. É de suma importância deixar um testamento
que contenha todas as suas vontades específicas sobre o tratamento de seus perfis e sua
herança digital, para orientar melhor os familiares sobre o que fazer e como fazer com
seus bens que ficaram para evitar maiores complicações e prejuízos relacionados a
herança.
Atualmente, por não existir uma definição legal quanto a esse assunto, uma vez
que nem a lei de proteção de dados, nem o marcocivil da internet tratou de falar sobre a
destinação que seria feita, é necessário ingressar com processo judicial, sendo que,
infelizmente a jurisprudência não é pacificada.
Quanto aos bens digitais que trazem alguma rentabilidade, como é o caso de
blogs, grande fonte de renda da atualidade, existe a possibilidade de transferência por
envolverem valores patrimoniais, diferente de apenas informações e dados, que no caso
não possuem valor monetário, mas sim sentimental.
É muito importante destacar quem são os possíveis herdeiros da herança digital,
sendo que quando o falecido (a) não deixa nenhum tipo de testamento, a sucessão é
legítima. O artigo 1788 do Código Civil diz que, "Morrendo a pessoa sem testamento,
transmite a herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não
foram compreendidos no testamento; (...)".
A ordem de sucessão de herança é: primeiramente os descendentes que são
compostos pelos (filhos, netos, bisnetos.) Em segundo lugar vem os ascendentes (pai,
mãe, avô, avó, bisavós.) E em terceiro lugar o cônjuge. A transmissão aos supostos
sucessores será apenas do que tiver conteúdo econômico, as informações pessoais não
podem ser transferidas por ter caráter personalíssimo e de natureza existencial.
É necessário estabelecer as espécies de sucessão, podendo ser ela legítima ou
testamentária. Será legítima quando a lei expressamente falar sobre quem são os
herdeiros legais de forma hereditária. E a testamentária representa a última vontade da
pessoa, existindo uma designação da pessoa para herdar, mas desde que existindo
herdeiros legais não se disponha por mais da metade da herança. Quando existe o
testamento, os bens serão transmitidos para aqueles que a lei estabelece expressamente.
Quando se fala em privacidade, que é um direito fundamental, deve levar em
consideração a vontade do de cujus, caso ela exista, sabendo que era algo inerente a
personalidade dele. E quando se trata de bens virtuais que trazem rentabilidade, como
livros, letras de músicas, sites e outros. Deve-se seguir as regras da herança
convencional para que todos os herdeiros legais e testamentários tenham acesso a esse
bem.
Se não existir nenhuma expressão de vontade do falecido (a) sobre o que fazer
com seus bens virtuais, a família deve entrar na justiça para poder ter acesso, no caso
especialmente de redes sociais, se indeferido o processo, a família deve no mínimo ter o
direito de apagar as contas que o falecido (a) possuir, para que não aumentar ainda mais
o sofrimento vivido por eles.
Alguns estudiosos dizem que podemos subdividir a herança digital em sua forma
que possui valor econômico e a que detém apenas de um valor sentimental. A herança
que tem o valor econômico deverá ser inerente à partilha entre os herdeiros, da forma
que for mais conveniente, nos limites da lei e de modo que não infrinja a vontade
daquele que já morreu. Já a herança digital, quando não tem valor econômico, deverá
contar com a vontade do falecido (a), seja ela uma vontade expressa ou tácita.
O problema não está apenas na mudança de texto do código civil atual, mas sim
na importância dos dados que o falecido (a) deixou e que possam ser resguardados seus
direitos de acordo com o princípio constitucional da privacidade. Existe um conflito de
princípios quando sabemos que os herdeiros possuem o direito de herdar todos os bens
materiais e imateriais, mas o falecido também tem o direito de manter sua vida em
privado mesmo após sua morte, pois são informações que ele (a) passou a vida inteira
armazenando.
CONCLUSÃO
Toda mudança social e comportamental deve ser acompanhada pelo Direito,
desse modo, em virtude dos fatos mencionados, nota-se a carência, e a falta de
instrução sobre herança digital. O presente trabalho não teve a pretensão de esgotar o
assunto, mas sim, demonstrou o quanto é importante pensar no assunto, ainda que o
seu patrimônio digital, hoje, não tenha valor significativo.
O direito não necessariamente precisa se refazer, apenas deve se estruturar para
abranger as novas necessidades do meio social, atualmente o individual já tem
praticamente boa parte da sua vida na internet e digitalmente, deixando um legado
importante e de grande valor. Estamos na era da informação, o direito precisa se
transformar e não esperar os indivíduos se adequarem, vivemos uma época desafiadora
com os novos ramos do Direito.
Toda essa informação faz parte dos bens adquiridos ao longo de sua vida, e
deixados como herança aos seus herdeiros. Embora tenha muitas informações sobre a
matéria, ainda é tudo muito novo e escasso, gerando dúvidas de como implementar esse
inventário virtual no ordenamento jurídico.
REFERÊNCIAS
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2016. Disponível em: <http://direitoeti.com.br/artigos/heranca-digital/>. Acesso em:
21.09.2019
BRASIL, Facebook. Solicitação de memorial: Central de Ajuda. [S. l.], 2019.
Disponível em: <https://www.facebook.com/help/contact/651319028315841>. Acesso
em: 24.09.2019
BRASIL, Instagram. Pedido de remoção para pessoa falecida no Instagram: Central
de Ajuda. [S. l.], 2019. Disponível
em:<https:/help.instagram.com/contact/1474899482730688.> Acesso em: 24.09.2019
DINIZ, Maria Helena. Curso Direito Civil Brasileiro - Direito Das Sucessões. 33.ed.,
São Paulo: Saraiva, 2019. v.6
DINIZ, Maria. Curso Direito Civil Brasileiro - Teoria Geral do Direito Civil. 36.ed.,
São Paulo: Saraiva, 2019. v.1
LIMA, Isabela Rocha. Herança digital: direitos sucessórios de bens armazenados
virtualmente. 2013. 57 f. Monografia (Bacharelado em Direito) - Universidade de
Brasília, Brasília. Disponível em: < http://bdm.unb.br/handle/10483/6799 >. Acesso
em: 20.09.2019
ROBERTO, Carlos Roberto. Direito Civil Esquematizado - Parte Geral, Obrigações,
Contratos. 9.ed., São Paulo: Saraiva, 2019. v.1
STOLZE, Pablo Gagliano, PAMPLONA, Rodolfo Filho. Manual De Direito Civil.
3.ed., São Paulo: Saraiva, 2019.
http://bdm.unb.br/handle/10483/6799
Tartuce, Flávio. Herança digital e sucessão legítima – primeiras reflexões. Blog
Migalhas. Disponível em
<https://www.migalhas.com.br/FamiliaeSucessoes/104,MI288109,41046-Heranca+digit
al+e+sucessao+legitima+primeiras+reflexoes> Acesso em 11.12.2019
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