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APOSTILA GESTÃO SOCIOAMBIENTAL

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1
GESTÃO SOCIOAMBIENTAL 
CLÉLIO RODRIGO PAIVA RAFAEL
EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIAFACULDADE ÚNICA
1
GESTÃO SOCIOAMBIENTAL 
CLÉLIO RODRIGO PAIVA RAFAEL
1
Clélio Rodrigo Paiva Rafael
Pós-Graduando em Building Information Model (BIM). Bacharel em Ciências e 
Tecnologia (2017) e Engenharia Civil (2019) pela Universidade Federal Rural do 
Semi-Árido. Pós Júnior atuante do Movimento Empresa Júnior (MEJ) (2017-2019), 
exercendo cargo de assessor a membro da diretoria executiva. 
2
GESTÃO SOCIOAMBIENTAL 
1° edição
Ipatinga, MG
Faculdade Única
2021
3
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL
 Diretor Geral: Valdir Henrique Valério
 Diretor Executivo: William José Ferreira
 Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos
 Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira
 Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa
 Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luiza Mendes Leite
 Carla Jordânia G. de Souza
 Guilherme Prado Salles
 Rubens Henrique L. de Oliveira
 Design: Aline de Paiva Alves
 Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Maria Luiza Filgueiras 
 Taisser Gustavo Soares Duarte
© 2021, Faculdade Única.
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização escrita 
do Editor
NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA 
Rua Salermo, 299
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300
www.faculdadeunica.com.br
4
LEGENDA DE
Ícones
Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas 
quais você precisa ficar atento.
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do 
conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones 
ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado 
trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a 
seguir:
São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca 
virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, 
associando-os a suas ações.
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos 
conteúdos abordados no livro.
Apresentação dos significados de um determinado termo ou 
palavras mostradas no decorrer do livro.
 
 
 
FIQUE ATENTO
BUSQUE POR MAIS
VAMOS PENSAR?
FIXANDO O CONTEÚDO
GLOSSÁRIO
5
SUMÁRIO UNIDADE 1
UNIDADE 2
UNIDADE 3
1.1 Introdução ao Meio Ambiente ............................................................................................................................................8
1.2 Ecologia e Ecossistemas ........................................................................................................................................................11
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................20
2.1 Ciclos Bioquímicos ...................................................................................................................................................................24
2.2 Recursos Renováveis ..............................................................................................................................................................31
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................34
3.1 Impacto das atividades humanas no ambiente ................................................................................................38
3.2 Degradação Ambiental e os problemas sociais .................................................................................................39
3.3 Características evolutivas dos ecossistemas humanos ................................................................................42
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................45
MEIO AMBIENTE 
CICLOS E RECURSOS NATURAIS
NATUREZA E RELAÇÕES SOCIAIS 
UNIDADE 4
4.1 Introdução aos Recursos Energéticos .......................................................................................................................50
4.2 Recursos Energéticos Renováveis ...............................................................................................................................58
4.3 Recursos Energéticos Não Renováveis ....................................................................................................................62
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................65
RECURSOS ENERGÉTICOS 
UNIDADE 5
IMPORTANTES CONCEITOS DA CIÊNCIA AMBIENTAL 
5.1 Desenvolvimento Sustentável .........................................................................................................................................69
5.2 Gestão Ambiental ....................................................................................................................................................................72
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................77
UNIDADE 6
SAÚDE PREVENTIVA E LEGISLAÇÃO 
6.1 Saúde Preventiva ......................................................................................................................................................................82
6.2 Política Ambiental ..................................................................................................................................................................86
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................89
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ....................................................................................................................93
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................................................................94
6
UNIDADE 1
Nesta unidade você irá aprender os conceitos e processos a res-peito dos aspectos 
básicos que regem a vida em nosso planeta. Serão abordados desde meio ambiente 
e fundamentos ecológicos até estruturas e funcionamento dos ecossistemas.
UNIDADE 2
Recursos provenientes da natureza. Esta será a temática aborda¬da neste capítulo. 
Será mostrado como funciona a reciclagem de elementos naturais no meio 
ambiente e como são classificados os recursos ofertados pela natureza, bem como 
suas características.
UNIDADE 3
Nesta unidade introduziremos o homem como autor principal das alterações do 
meio ambiente natural. Discutiremos os impactos das atividades humanas e as 
relações socioambientais.UNIDADE 4
Os recursos energéticos naturais são fontes renováveis e não renováveis de energia. 
Discutiremos nesta unidade quais os principais usos destes recursos e quais seus 
impactos no meio ambiente.
UNIDADE 5
Este capítulo trata do desenvolvimento humano e sustentável, da gestão ambiental 
e das importâncias destes conceitos para a redução dos impactos ambientais.
UNIDADE 6
Saúde e meio ambiente estão totalmente interligados. Nossa última unidade trará 
uma discussão de como o meio ambiente influencia na saúde de uma população e 
quais os meios legais são utilizados para proteger o meio ambiente.
C
O
N
FI
R
A
 N
O
 L
IV
R
O
7
MEIO AMBIENTE UNIDADE
01
8
1.1 INTRODUÇÃO AO MEIO AMBIENTE 
 Por quantas vezes você já deve ter ouvido falar sobre meio ambiente? Por quantas 
vezes você viu na televisão, na internet ou em outros locais alguma coisa referente a esse 
tema? Mas de fato, o que será que é meio ambiente? Muito se fala que é a natureza, outros 
dizem ser tudo que está no nosso planeta ou o local onde vivemos. 
 O Art. 3°, paragráfo I da Lei no. 6.938 (1981), descreve que “[...] meio ambiente é o 
conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, 
que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.
 Definir meio ambiente não é tão difícil, porém, existem fatores que se quer observamos 
ou percebemos e que devem ser relacionados. Ao olharmos para a Figura 1, rapidamente, 
conseguimos associar a paisagem ao meio ambiente, onde vemos a natureza, os animais, 
as plantas e o ar puro.
Figura 1: Meio ambiente natural
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/2SMtIxm. Acesso: 05 mar. 2021.
 É comum dizermos que essa imagem (Figura 1) se trata de uma definição do que é 
meio ambiente, porém, para os profissionais que escolhem a carreira na área ambiental 
é preciso conhecer muitos mais do que o que se vê no primeiro momento. É necessário 
enxergar além do que está visível na imagem, na paisagem, na natureza. Existem outros 
fatores de grande importância para a composição am-biental como a luminosidade, o 
clima, o habitat, a água, sem falar nas relações ecológicas que existem entre os organismos 
e as interações artificiais criadas pelo homem. Quando vemos uma abelha, muitas vezes 
não conseguimos enxergar os fatores que influenciam a sua sobrevivência e, assim, os 
serviços ambientais prestados por um organismo tão pequeno (Figura 2).
Figura 2: Abelha promovendo a polinização
Fonte: Disponível em https://bit.ly/3vDeuJQ. Acesso em: 05 mar. 2021.
https://bit.ly/2SMtIxm
https://bit.ly/3vDeuJQ
9
O meio ambiente não é formado exclusivamente de elementos bióticos naturais como a fau-
na e a flora, por exemplo. Mas abrange também fatores artificiais, não vivos, oriundos da 
necessidade do homem, como a água que bebemos e o ar que respiramos e expressões po-
pulacionais tais como os mais diversos tipos de construções. 
FIQUE ATENTO
 Nesse caso, as abelhas são parte de um meio ambiente e que precisa de muitos 
fatores e interações para realizar seus serviços ambientais. As abelhas necessitam do néctar 
das plantas para produzir o seu alimento, enquanto muitas plantas são polinizadas quando 
as abelhas visitam outras flores, deixando o pólen. Acabamos de ver dois belos exemplos 
de meio ambiente, e suas interações concordam? Mas se agora olharmos para a Figura 3, 
você consegue associar a imagem à ideia de meio ambiente? 
Figura 3: Meio ambiente urbano
Fonte: Disponível em https://bit.ly/2TwlDxt. Acesso em: 05 mar. 2021.
 Essa imagem (Figura 3) evidencia prédios e ruas e se trata de mais um exemplo de 
meio ambiente, resultante da manifestação humana e suas necessidades, bem como suas 
expressões culturais e de trabalho.
 Você consegue agora perceber que o conceito geral de meio ambiente vai além 
dos elementos naturais e daquilo que nós podemos ver? Que existem outros fatores 
significativos para caracterizar e classificar o meio ambiente, seja de forma natural, artificial 
ou cultural? 
 Uma vez compreendida a amplitude do conceito geral de meio ambiente, 
finalizaremos esse tópico trazendo definições sucintas quanto a essas classificações de 
acordo com aspectos físicos, metafísicos e populacionais. 
 Stein et al., (2018) classifica o meio ambiente natural de uma determinada região 
como o conjunto formado por componentes físicos, sendo eles o ar, a água e o solo e 
integrantes populacionais constituídos pela fauna e flora.
 No Brasil a tutela do ambiente natural se dá a partir da Constituição Federal que em 
seu artigo 225, parágrafo 1°, cita que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
https://bit.ly/2TwlDxt
10
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qua-lidade de vida, impondo-
se ao poder público e à coletividade o dever de defende-lo e preservá-lo para as presentes 
e futuras gerações (BRASIL, 1988).
 A parcela formada pela parte não viva de origem antropogênica do meio ambiente, 
denominada de meio ambiente artificial, são espaços urbanos construídos, seja na cidade 
ou campo, em que podem constituir-se de espaços urbanos fechados, formados por 
conjuntos de edificações, bem como espaços urbanos abertos formados por equipamentos 
públicos, como ruas e praças (FIORILLO, 2013).
 O meio ambiente artificial recebe tratamento não apenas no artigo 225 da Constituição 
Federal, que aborda especificamente o Meio Ambiente, mas também nos artigos 21, inciso 
XX e no artigo 182 ao iniciar o capítulo relacionado à Política Urbana (BRASIL, 1988). 
 Já sabemos que o meio ambiente não se restringe aos ambientes físico e biológico. 
Nessa percepção introduziremos o conceito de meio ambiente a parcela referente a 
manifestações do homem como civilização, em que chamaremos de meio ambiente 
cultural. Segundo Robrahn-González (2013) o meio ambiente cultural é o resultado da 
somatória do ambiente físico e expressões culturais, ou seja, a composição do ambiente 
geológico, geomorfológico, hidrológico, fauna e flora a paisagens construídas por diferentes 
povos que se desenvolveram numa região ao longo do tempo. 
 Para o autor o resultado desse somatório representa bases para uma estruturação 
socioeconômica e ritual ao ambiente físico. Logo, cultura e ambiente compõem processos 
socionaturais formados pelo conjunto de manifestações físicas e culturais de uma paisagem 
sendo, dessa maneira, indissociáveis.
 No Brasil, a proteção do meio ambiente cultural está resguardada, especificamente, 
pelo artigo 216 da Constituição Federal (1988) ao citar que: 
[...] constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de 
natureza material e imaterial, tomados individualmente 
ou em conjunto, portadores de referência à identidade, 
à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da 
sociedade brasileira.
 Por fim, definiremos o meio ambiente do trabalho, que nada mais é do que o ambiente 
em que as pessoas exercem suas atividades como trabalhador, sejam elas remuneradas ou 
não, “cujo equilíbrio está baseado na salubridade do meio e na ausência de agentes que 
comprometam a incolumidade físico-psíquica dos trabalhadores, independentemente da 
condição que ostentem” (FIORILLO, 2013, p. 53). O meio ambiente do trabalho também 
está cuidado pela Constituição Federal nos artigos 225 e 200.
No dia 05 de junho é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. A criação dessa 
data foi inspirada na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Huma-
no, que aconteceu em 1972 na Suécia, na cidade de Estocolmo. Veja mais a respeito 
da conferência de Estocolmo em: https://bit.ly/3fX6DA9. Acesso em: 05 mar. 2021.
FIQUE ATENTO
https://bit.ly/3fX6DA9
11
1.2 ECOLOGIA E ECOSSISTEMAS
 Pensamentos ecológicos estão cada vez mais presentes em nosso cotidiano. Mas não 
é de hoje que o homem estuda as relações dos seres vivos e meio ambiente. Essa prática 
vem sendo aperfeiçoada desde os primórdios quando civilizações utilizavam métodos 
ecológicos para combater as pragas que atacavam suas lavouras. 
 Um dos pontos mais importantesdo estudo da ecologia está em revelar as teias de 
relações que existem entre os seres vivos e o ambiente em que estão inseridos. O saber das 
ideias ecológicas é imprescindível não só aos profissionais ambientais, mas àqueles que 
têm ciência da importância desses conceitos ecológicos para o futuro do planeta (STEIN, 
2018).
 De acordo com Lago e Pádua (2017) o número de pessoas interessadas nas ideologias 
ecológicas é cada vez maior. Está mais perceptível o impacto da ecologia na cultura 
humana, nas diversas áreas das ciências, nas discussões políticas e no comportamento dos 
diferentes tipos de grupos sociais. As pessoas es-tão questionando suas visões de mundo e 
como realizam suas atividades, seja no trabalho, ou em busca de lazer, consumo ou saúde. 
 Mas, o que é ecologia afinal? Citando uma definição contida num dicionário, vemos 
que o termo ecologia é originário do grego oikos ao qual significa casa, e logos que significa 
estudo (MERRIAM-WEBSTER’S COLLEGIATE DICTIONARY, 1996). Portanto, podemos dizer 
que ecologia significa estudo da casa. Essa casa nada mais é do que a natureza, e os 
habitantes da casa somos nós e todos os organismos vivos. Assim, a ecologia pode ser 
definida como o estudo dos seres vivos, do meio ambiente e das relações entre os seres 
vivos e entre os seres vivos e o ambiente em que estão inseridos, sejam esses ambientes 
orgânicos ou inorgânicos.
 Compreendemos o conceito de ecologia, agora passaremos a estudar a respeito 
dos sistemas ecológicos, ou melhor dizendo, ecossistemas, que se trata dos conjuntos de 
interações entre organismos bióticos e abióticos.
Para Odum e Barrett (2020) o ecossistema é a primeira unidade completa, na hierarquia 
ecológica, pois possui todos os componentes necessários à sua sobrevivência, sendo esses 
componentes biológicos e físicos.
 Esses componentes são conhecidos como biótopo e comunidade. De maneira geral, 
os biótopos são regiões que apresentam condições harmônicas ambientais à sobrevivência 
de determinadas comunidades. Já as comunidades, ou biocenose de um ecossistema se 
trata dos seres vivos que habitam um determinado biótopo.
 É notório que o biótopo e a biocenose se destacam dentro de um ecossistema, mas 
o que de fato caracteriza-o são as relações que ocorrem entre as partes componentes do 
ecossistema, tais como:
• Relações entre os seres vivos;
• Relações entre os fatores ambientais;
• Relações dos seres vivos sobre as condições ambientais;
• Relações dos aspectos abióticos sobre os seres vivos.
 Agora que já sabemos o que é um ecossistema, falaremos um pouco sobre os tipos 
de ecossistemas encontrados em nossa biosfera. Os ecossistemas podem ser identificados 
ou classificados de duas formas: ecossistemas terrestres e ecossistemas aquáticos. Eles são 
12
bastante parecidos em seus componentes, tendo a principal diferença a presença ou não 
de água.
 Os ecossistemas terrestres são aqueles compostos por seres vivos e fatores 
bióticos e abióticos, encontrados em uma porção de terra. As diferenças encontradas em 
ecossistemas terrestres são relacionadas aos biomas (abordaremos o conceito de biosfera 
e bioma mais adiante). A facilidade ou dificuldade de incidência de raios solares em 
determinadas regiões promovem o clima que, por sua vez, define o tipo de fauna e flora 
daquela região. Os principais ecossistemas terrestres de nosso planeta são: montanhas, 
florestas, pradarias, estepe, desertos, tundras e savanas.
 Já os ecossistemas aquáticos, como o próprio nome sugere, são aqueles encontrados 
em ambientes aquáticos e subdividem-se de duas maneiras: ecossistemas marinhos 
que englobam todos os seres vivos que habitam em águas salgadas (mares e oceanos) e 
ecossistemas de água doce que envolvem os seres vivos que vivem em águas doces como 
lagos e rios. 
Possuindo uma vasta extensão territorial, o Brasil apresenta uma boa variedade de biomas, 
que são conjuntos de ecossistemas (vegetal e animal) com aspectos próprios como solo, cli-
ma, fauna e flora. Consequentemente, em nosso país é possível encontrar uma diversificada 
gama de biomas, sendo os principais: Amazônia, caatinga, cerrado, mata atlântica, panta-
nal, mata dos cocais, mata de araucárias, pampa e mangue.
FIQUE ATENTO
Veja mais a respeito dos ecossistemas aquáticos e terrestres de forma simples e 
descontraída no curso Organização dos Seres Vivos: Dos átomos aos ecossistemas, 
disponibilizado no canal Mais Ciências - Profa Rafaela Lima, através do link: http://
gg.gg/orgseresvivos. (ep16 e 17). Acesso: 20 fev. 2021.
BUSQUE POR MAIS
 Apesar dos ecossistemas serem observados com um certo destaque, como citado 
por Odum e Barrett (2020), é importante que entendamos como funciona todos os níveis 
de hierarquização contidos na estrutura da organização biológica, desde o átomo até o 
bioma, como ilustrado na Figura 4. 
http://gg.gg/orgseresvivos
http://gg.gg/orgseresvivos
13
Figura 4: Estrutura de hierarquia dos níveis biológicos
Fonte: Acervo pessoal (Arte de Pedro Fonseca, 2021).
 Nessa imagem (Figura 4) podemos ver a estrutura dos níveis de organização biológica, 
dispostos de forma hierárquica, iniciando do nível mais simples que é o átomo, até o nível 
mais composto, a biosfera. Adiante explicaremos cada um desses níveis.
 O átomo, representante do primeiro nível da estrutura (Figura 4), pode ser definido 
como unidade básica que dá origem à matéria, composto por um núcleo central e órbitas. 
A molécula é uma estrutura formada por dois ou mais átomos, podendo ser iguais ou 
diferentes. Já a organela se trata da estrutura conhecida como pequenos órgãos e que 
desenvolve atividades vitais para as células.
 Entrando, no campo da vida definimos célula como unidade básica estrutural 
e funcional da vida. Se trata da menor unidade classificada como ser vivo nos níveis de 
organização biológica. Classificam seres vivos como unicelulares, quando são formados por 
apenas uma célula que tem como exemplos fungos e bactérias e seres multicelulares, que 
• Organismos Bióticos: Conjunto de seres produtores (autótrofos) e consumidores (heteró-
trofos).
• Organismos Abióticos: Fatores físico, químico, ou geológico do ambiente, como água, ar e 
solo.
• Níveis de organização biológica: Sistema de níveis hierárquico das estruturas biológicas, 
em que o grau de complexidade aumenta a cada nível, devido ao nível subsequente acu-
mular as unidades dos níveis anteriores
GLOSSÁRIO
14
são formados por conjuntos de células, como o homem, os animais e as plantas (NICOLAU, 
2017).
 A união de células especializadas dá origem aos tecidos, que estão presentes em 
apenas alguns organismos multicelulares, como os animais e as plantas, por exemplo. 
Por sua vez, os tecidos quando organizados e unidos dão origem aos órgãos que são 
constituídos de vários tipos de tecidos. A união de vários órgãos forma os sistemas, que 
têm a função de trabalhar em conjunto para uma dada função corporal (STEIN, 2018).
 O organismo, segundo Nicolau (2017) é caracterizado por possuir um arranjo único 
de informação genética. Trata-se do sistema básico da vida correspondente a cada um dos 
seres vivos tomados individualmente. Para o autor, um grupo de organismos da mesma 
espécie pode ser denominado de população, sendo esses indivíduos semelhantes que se 
relacionam e dão origem a uma descendência fértil. 
 Como já falado neste capítulo, a comunidade, também conhecida como biocenose 
ou biota, é composta por diversas populações que habitam um mesmo ambiente e que os 
indivíduos interagem uns com os outros.
 Dispensando a definição de ecossistema, uma vez que também está disposto neste 
capítulo, abordaremos agora, para finalizar as explanações referentes aos níveis biológicos 
(Figura 4), os conceitos de bioma e biosfera. Para Maarel (2005), de forma direta, um 
bioma se trata de uma formação vegetal que não inclui apenas plantas, mas também os 
demais organismos que podem ser identificados em nível regional. A biosfera, por sua 
vez, é definida como o conjunto de todos os ecossistemasde nosso planeta, sendo o maior 
ecossistema da terra.
 Dentro de um ecossistema, com exceção de espécies vegetais, todas as outras são 
conhecidas como espécies consumidoras, sendo o consumo a principal relação existente 
entre diferentes populações de um ecossistema. A exploração dos recursos (consumo) 
se dá de maneira diferenciada e, com isso, queremos dizer que organismos diferentes 
não podem possuir as mesmas necessidades e limitações, ou melhor, ter o mesmo 
nicho ecológico num ecossistema. É isso que promove a seleção ou a mutação de uma 
determinada espécie. 
Acabamos de falar que dois organismos diferentes não podem ter o mesmo nicho ecológico, 
isso quer dizer que dois organismos diferentes não podem viver no mesmo habitat? A respos-
ta é: depende. O caso de habitarem no mesmo local não significa que possuam as mesmas 
necessidades (nicho ecológico). O fato é que dois organismos diferentes, com o mesmo nicho 
ecológico não conseguem povoar o mesmo local. Um dos organismos vencerá a competição 
e fará com que o outro seja extinto ou migre para outro local. Em situações de organismos 
diferentes viverem no mesmo local, isto é, coexistirem, significa dizer que eles não apresentam 
o mesmo nicho ecológico, ou seja, não existe uma competição entre eles.
VAMOS PENSAR?
15
Nicho Ecológico ≠ Habitat : Enquanto esse se relaciona com o papel de uma espécie no ecos-
sistema, aquele se trata do local (ambiente físico) que uma determinada espécie habita.
FIQUE ATENTO
 Para Cain (2018) nicho ecológico trata-se das condições bióticas e abióticas necessárias 
para um organismo crescer, sobreviver e se reproduzir. Em outras pal-vras, a grosso modo, 
podemos definir nicho ecológico como a profissão das espécies na natureza.
Finalizando a aprendizagem deste tópico, referente à ecologia e aos ecossistemas, 
estudaremos um pouco a respeito das relações alimentares, abordando como ocorrem os 
níveis tróficos, as teias e as cadeias alimentares nos ecossistemas.
 As relações alimentares encontradas entre as espécies das comunidades biológicas 
refletem o fluxo de energia unidirecional que ocorre ao longo dos produtores, passando 
pelos consumidores até os decompositores.
 Os seres vivos que utilizam matéria inorgânica para produzir matéria orgânica são 
chamados de seres produtores. Esses organismos são autotróficos fotossintetizantes 
ou quimiossintetizantes e são capazes de transformar substâncias como a água, os sais 
minerais do solo e o gás carbônico do ar em substâncias orgânicas, como açúcares e 
proteínas. Esse é o primeiro nível trófico e é composto pelos organismos encarregados por 
sustentar todo o alimento do ecossistema, como os vegetais, as algas e alguns tipos de 
bactérias
 O segundo nível trófico é ocupado por seres consumidores. Nesse nível estão os 
seres heterótrofos, ou seja, os que utilizam a matéria orgânica fabricada por outros seres 
e a transformam em sua própria matéria, já que não são capazes de produzir seu próprio 
alimento. Dentro desse nível encontramos três categorias:
 Consumidores primários: são os organismos que se alimentam diretamente dos 
produtores. Nesse nível encontram-se os herbívoros, ou seja, os animais que se alimentam 
de plantas. A importância desses seres está, principalmente, em levar a energia contida 
nas plantas para a próxima categoria, dos consumidores secundários. Outro fato é que 
esses seres, como os insetos, controlam o nível de população de alguns tipos de plantas, 
seja para o aumento ou diminuição de sua taxa populacional. 
 Consumidores secundários: de forma subsequente são os que se alimentam dos 
consumidores primários. São conhecidos como carnívoros de primeira ordem. Nesse nível 
temos como exemplo o sapo que se alimenta de insetos (consumidor primário).
 Consumidores terciários: são os carnívoros de segunda ordem, que se alimen-tam 
dos consumidores secundários, como a cobra que se alimenta do sapo, por exemplo.
De forma análoga ao que ocorre com os consumidores secundários e terciários, podemos ter 
outros tipos de consumidores de formas sucessivas? A resposta é sim, mas devemos nos aten-
tar que não existem cadeias com muitos níveis tróficos, uma vez que a energia e a matéria se 
perdem ao longo da cadeia. Um exemplo de um próximo nível sequente ao terciário seria no 
caso da águia se alimentando da cobra, sendo nesse caso, o consumidor quaternário.
VAMOS PENSAR?
16
 Por fim, nas relações alimentares temos os decompositores. São organismos 
heterótrofos, em geral, bactérias e fungos encarregados de decompor a matéria orgânica, 
isto significa que os animais e as plantas mortas (Figura 5), bem como os restos deixados 
pelos seres do ecossistema. Dessa maneira, quando mortos, tanto os produtores, como os 
consumidores servem de alimentos para os decompositores. Sua função não se trata de 
limpeza. Os decompositores devolvem ao solo o material que foi retirado pelos produtores 
para fazer a síntese da matéria orgânica. Apesar de se tratarem de seres pequenos 
(microscópicos) sua importância é grande e vital para o planeta, uma vez que permitem a 
reciclagem da matéria.
Figura 5: Processo de decomposição
Fonte: Soeiro (2018, online)
 Dessa forma, podemos notar que é possível diferenciar uma série de níveis tróficos 
contidos na comunidade de um ecossistema. Os níveis são agrupados pelas espécies que 
possuem a mesma alimentação, ao qual os alimentos tratam-se dos seres do nível trófico, 
imediatamente, anterior. Assim, o fluxo de matéria e de energia ocorre de um nível trófico 
ao seguinte.
 Como já sabemos, cada nível trófico representa um elo da cadeia alimentar, mas 
devido à grande perda nas transferências de energia entre um nível e outro (cerca de 90% 
de perdas), o número de elos possíveis numa determinada cadeia é limitado chegando, 
geralmente, a no máximo cinco elos. 
 Ilustraremos agora por meio do esquema abaixo (Figura 6) cada nível trófico que 
vimos, anteriormente, onde os seres vivos são classificados em categorias com base na 
maneira de produção, obtenção ou transformação dos nutrientes:
Figura 6: Esquema dos níveis tróficos
Fonte: Autor (2021)
17
 Mas, o que são cadeias alimentares afinal? De acordo com Oliveira et al. (2003) uma 
cadeia alimentar (Figura 7) consiste em uma representação conceitual esquemática de uma 
situação real, em que existe um curso de seres vivos relacionados de forma unidirecional 
através de fluxo de energia.
Figura 7: Cadeia alimentar
Fonte: Acervo pessoal (Arte de Pedro Fonseca, 2021)
 Existem dois tipos de cadeias que se diferenciam a partir do primeiro nível trófico, 
como explanado a seguir: 
• As cadeias de herbívoros ou de pastejo são aquelas em que o primeiro nível, 
primordialmente, será constituído por seres produtores, ou seja, a energia que sustenta 
a cadeia é dada por plantas, algas etc. Desses se alimentam os herbívoros que em 
sequência servem de alimento para outros organismos. 
• Já a outra categoria é denominada de cadeia de detritívoros ou de detritos. Nesse tipo a 
base da cadeia é a matéria orgânica não viva, quais sejam, restos de qualquer organismo, 
como animais mortos, folhas caídas no solo ou fezes, por exemplo. Esses restos servem 
de alimentos e são processados por microrganismos decompositores como fungos e 
bactérias que liberam alimento como forma de nutrientes para as plantas ou como 
detritos para organismos detritívoros, que em sequência será o alimento de carnívoros.
 Geralmente, essas duas categorias de cadeias são encontradas de forma interligada 
na natureza, como mostrado na Figura 8. 
Figura 8: Tipos de cadeia alimentar
Fonte: Autor (2021)
18
 Assim como já dito, em um ecossistema cada espécie pode servir de alimento para 
uma variedade de organismos, bem como se alimentar de uma diversidade de alimentos. 
Por esse motivo as relações lineares que vimos, anteriormente, (cadeia alimentar) podem 
facilmente ser convertidas em um emaranhado de caminhos, que dão origem a uma teia 
alimentar formada por diversas cadeias correlacionadas(Figura 9).
Figura 9: Teia alimentar
Fonte: Acervo pessoal (Arte de Pedro Fonseca, 2021)
 Essas inter-relações de cadeias alimentares (teias) como mostradas na Figura 9 
descrevem a realidade das relações alimentares de maneira mais adequada, em relação 
às cadeias isoladas e, por isso, podem se tornar bastante complexas. As setas partem dos 
organismos que servem de consumo e apontam para os que são consumidores.
Para uma aprendizagem mais aprofundada sobre as relações alimentares, veja a 
respeito das pirâmides ecológicas no capítulo Estrutura e Funcionamento de Ecos-
sistemas (página 111), contido na unidade 2 do livro “Ecologia Geral” (STEIN, 2018). 
Disponível na em: https://bit.ly/2R6oj3Q. Acesso em: 05 mar. 2021.
BUSQUE POR MAIS
As cadeias alimentares também podem ser classificadas como terrestres (Figura 7), aquá-
ticas (Figura 10) ou mistas (Figura 9).
FIQUE ATENTO
https://bit.ly/2R6oj3Q
19
Figura 10: Cadeia alimentar aquática
Fonte: Acervo pessoal (Arte de Pedro Fonseca, 2021)
20
1. “Muito se fala que é a natureza, outros dizem ser tudo que está no nosso planeta, ou o 
local onde vivemos”. Trata-se de um trecho recortado deste capítulo e fala a respeito de 
uma definição imprecisa do termo “Meio Ambiente”. Dentre as alternativas abaixo, assinale 
a que melhor explica o conceito geral de Meio Ambiente.
a) Se trata do conjunto de todos os seres bióticos existentes no planeta, tais como os animais 
e a vegetação.
b) É o local em que a vida é desenvolvida no planeta terra, ou seja, o habitat para todos os 
seres vivos, desde microrganismos, animais e humanos. 
c) Se trata do conjunto de todos os seres abióticos existentes no planeta, tais como água, 
luz e calor.
d) É o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e 
biológica, envolvendo aspectos bióticos e abióticos que regem a vida na Terra.
e) É o conjunto das relações entre os seres vivos do planeta.
2. Apesar de estar envolto em um contexto amplo, envolvendo vários fatores, o meio 
ambiente pode ser classificado com base em aspectos físicos, metafísicos e populacionais, 
em meio ambiente: natural, artificial, cultural e de trabalho. A partir disso, qual das 
alternativas contém a definição correta a respeito destas classificações? 
a) O meio ambiente artificial é formado pela parcela abiótica do meio ambiente, como 
construções urbanas e rurais.
b) O meio ambiente natural é definido apenas por componentes físicos, sendo eles o ar, a 
água e o solo. 
c) A composição do ambiente geológico, geomorfológico, hidrológico, fauna e flora a 
paisagens construídas por diferentes povos é chamado de meio ambiente artificial.
d) O meio ambiente natural é o definido apenas por componentes populacionais, sendo 
eles a fauna e a flora. 
e) O meio ambiente de trabalho é a classificação dada à parcela natural existente em 
ambientes que o homem exerce funções trabalhistas, como jardins criados em prédios 
corporativos. 
 
3. O meio ambiente é formado de elementos _____ como a _____ e a _____, por fa-tores 
artificiais, _____, que são vitais para o homem, como a água que bebemos e o ar que 
respiramos e por expressões _____ como os mais diversos tipos de construções. Marque a 
alternativa que preenche as lacunas de maneira correta.
a) Bióticos, Fauna, Flora, Abióticos, Naturais.
b) Bióticos, Fauna, Flora, Abióticos, Populacionais.
c) Abióticos, Fauna, Flora, Bióticos, Naturais.
d) Abióticos, Fauna, Flora, Não vivos, Populacionais.
FIXANDO O CONTEÚDO
21
e) Abióticos, Fauna, Flora, Não vivos, Naturais.
4. Para Odum e Barrett (2020) o ecossistema é a primeira unidade completa, na hierarquia 
ecológica, pois possui todos os componentes necessários à sua sobrevivência, sendo esses 
componentes biológicos e físicos. Sobre estes componentes que integram os ecossistemas 
é possível dizer que são:
a) Fauna e Flora.
b) Flora e Homem.
c) Biótopo e Biocenose. 
d) Fauna e Homem.
e) Biótopo e Flora.
5. Organismos diferentes que possuam uma relação de competição não conseguem 
povoar o mesmo local, fazendo com que uma espécie cause a extinção ou expulsão da 
outra. Isto ocorre devido às espécies terem o mesmo ou a mesma:
a) Capacidade de adaptação.
b) Cardápio.
c) Capacidade de reprodução.
d) Habitat.
e) Nicho ecológico.
6. As relações alimentares encontradas entre as espécies das comunidades bioló-gicas 
refletem o fluxo de energia unidirecional que ocorre ao longo dos produtores, passando 
pelos consumidores até os decompositores. A respeito dos consumidores, assinale a 
alternativa correta.
a) São organismos autotróficos fotossintetizantes ou quimiossintetizantes e são capazes 
de transformar substâncias como a água, os sais minerais do solo e o gás carbônico do ar 
em substâncias orgânicas, como açúcares e proteínas.
b) Consumidores primários são organismos que recebem este nome por serem os primeiros 
seres a se alimentarem de outros consumidores. 
c) São de organismos heterótrofos, em geral, bactérias e fungos encarregados de decompor 
a matéria orgânica, isto significa, os animais e as plantas mortas, bem como os restos 
deixados pelos seres do ecossistema.
d) São seres heterótrofos, ou seja, os que utilizam a matéria orgânica fabricada por outros 
seres e a transformam em sua própria matéria, já que não são capazes de produzir seu 
próprio alimento.
e) O tamanho da cadeia alimentar varia de acordo com a quantidade de consumidores 
contidos nela, assim, existem cadeias com níveis tróficos ilimitados em que a energia e a 
matéria são repassadas de forma total ao longo da cadeia.
7. Consiste em uma representação conceitual esquemática de uma situação real, em que 
existe um curso de seres vivos relacionados de forma unidirecional através de fluxo de 
energia (DE OLIVEIRA et al., 2003). O trecho citado faz menção a definição de
22
a) cadeia alimentar.
b) teia alimentar.
c) nicho ecológico.
d) nível trófico.
e) ecossistema.
8. A imagem (Figura 11) ilustra uma cadeia alimentar em que é possível notar a pre-sença 
de produtor(s), consumidor(s) e decompositor(s). Analisando os organismos presentes 
nesta cadeia, julgue as afirmativas a seguir:
I. A cadeia é iniciada com as plantas, que são organismos 
autotróficos fotossintetizantes. 
II. Os fungos e bactérias tratam-se dos consumidores finais 
da cadeia.
III. O grilo, o sapo, a cobra e a águia são os consumidores da 
cadeia sendo, respectivamente, consumidor primário, 
secundário, terciário e consumidor final, ou quaternário. 
IV. A cadeia se inicia com os produtores sendo representados 
pelas plantas e pelo grilo. 
V. Os fungos e bactérias são o último nível trófico desta cadeia, 
sendo chamados de decompositores.
Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas:
a)Somente I, III e IV estão corretas.
b)Somente II e IV estão corretas.
c)Somente II, III e V estão corretas.
d)Somente I, III e V estão corretas.
e)Somente III e V estão corretas.
23
CICLOS DE RECURSOS UNIDADE
02
24
2.1 CICLOS BIOGEOQUÍMMICOS 
 Certamente, você já se deparou em meio à natureza e a observou e admirou à sua 
volta. Talvez até tenha se perguntado quando e como tudo aquilo foi formado e como se 
mantém até hoje. Há grandes chances dessas respostas, ou parte delas estarem contidas 
nos ciclos naturais. Você sabia que são eles os responsáveis por manter a água que bebemos 
e o oxigênio que respiramos? Pois bem, são esses ciclos que possibilitam a interação entre 
os elementos (químicos), o meio ambiente e os seres vivos. 
 São os ciclos naturais os responsáveis pela reciclagem dos elementos químicos, 
através de processos naturais. Esses ciclos, também chamados de biogeoquímicos, 
asseguram que os elementos interajam com componentes vivos e não vivos, bem como 
circulem pela atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera. Os ciclos biogeoquímicos mais 
comuns na natureza são o da água, do oxigênio, do nitrogênio, do carbono e do fósforo. 
 De acordo com os seus reservatórios, os ciclos biogeoquímicos podem ser agrupados 
em duas categorias. Emuma categoria estão os ciclos no qual a atmosfera é o seu principal 
reservatório, já a outra categoria pertence aos ciclos que têm como principal reservatório a 
crosta terrestre. São denominados de ciclos gasosos e ciclos sedimentares, respectivamente. 
 Os elementos indispensáveis à vida: água (H2O), fósforo (P), carbono (C), nitrogênio 
(N) e oxigênio (O) compõem os principais ciclos biogeoquímicos e estão agrupados da 
seguinte maneira: 
• Ciclos sedimentares: ciclo da água e ciclo do fósforo. 
• Ciclos gasosos: ciclo do carbono, ciclo do nitrogênio e ciclo do oxigênio.
 Ao falar em elementos indispensáveis à vida, rapidamente, vem à nossa mente: água. 
Esse será o nosso ponto de partida em nossa discussão a respeito dos ciclos biogeoquímicos 
de forma individualizada.
 Da totalidade de água existente no planeta (Figura 11), a parcela de água doce 
é de cerca de 2,5% e a maior parte desta água é encontrada em geleiras ou depósitos 
subterrâneos, enquanto apenas 0,4% da água doce é encontrada em rios, lagos ou na 
atmosfera, em que é de fácil acesso ao consumo humano. O outro restante (97,5%) trata-se 
de água salgada e é encontrada em mares e oceanos (GURGEL, 2014).
Figura 11: Distribuição de água no planeta
Fonte: Gurgel (2014)
25
 O ciclo hidrológico pode ser definido como o fenômeno que promove a circulação 
da água entre a superfície do planeta e a atmosfera. O movimento ocorre, basicamente, 
pela influência da energia advinda do sol e da gravidade. Este conceito está ilustrado na 
Figura 12 e explicado nos pontos logo abaixo.
Figura 12: Ciclo Hidrológico
Fonte: Acervo pessoal (Arte de Pedro Fonseca, 2021)
• Precipitação: A água presente na atmosfera dá origem a nuvens (condensação do 
vapor d’água) que com uma elevada massa de ar úmida provocam a precipitação, seja 
na forma de chuva, granizo, orvalho ou neve. Os ventos atuam na distribuição dessas 
precipitações, carregando as nuvens pelos continentes. A precipitação é o fenômeno 
responsável por devolver a parcela mais significativa de água doce ao planeta. 
• Infiltração e percolação: A água ao entrar em contato com a superfície natural, 
seja ela solo ou rocha, infiltra, tendo potencial de formar aquíferos e, posteriormente, 
ressurgirem nas superfícies na forma de nascentes, bem como alimentarem rios e lagos. 
A percolação trata-se da passagem, de maneira lenta, por entre um meio.
• Escoamento: Em solos naturais, quando o nível da precipitação é mais elevado que 
o nível de absorção do solo, provoca a saturação desse solo e, consequentemente, 
diminuindo sua capacidade de absorção, a água tende a um fluxo de movimentação sob 
a superfície do terreno, de acordo com a topografia. Esse fenômeno de deslocamento 
das águas sob a superfície pode ser aumentado devido à impermeabilização do solo.
• Evapotranspiração: A incidência dos raios solares faz com que parte da água contida 
na terra de forma superficial como em rios, lagos e mares evapore e retorne à atmosfera. 
A evaporação também pode ocorrer quando águas ficam retidas nas folhagens das 
árvores, após a precipitação (principalmente aquelas com possuem grandes folhas). 
Somado a evaporação o retorno da água para atmosfera também é causado pela 
absorção da água pelas plantas e liberação desta através da transpiração. A união da 
evaporação com a transpiração é chamada de evapotranspiração. 
26
 Existem ainda outras situações em que podemos encontrar a água de forma natural, 
como em geleiras e depósitos subterrâneos. Para alguns autores essas situações não fazem 
parte do ciclo hidrológico, pois a água se encontra armazenada, fugindo do conceito de 
ciclo (movimento). Existe um movimento das águas subterrâneas que se deslocam por 
percolação, de acordo com a morfologia do terreno em direção aos rios, lagos e oceanos, 
mas por esse fluxo ser, demasiadamente, lento acaba-se considerando o ciclo hidrológico 
fechado. 
 Dando seguimento ao estudo dos ciclos naturais iremos iniciar nossa conversa a 
respeito dos ciclos gasosos, tendo como assunto o ciclo do carbono. Esse elemento (carbono) 
tem como símbolo a letra C e se trata do quarto elemento químico mais abundante no 
universo. São comumente encontrados de duas maneiras, em organismos vivos ou mortos, 
na forma orgânica ou ainda na forma inorgânica presentes nas rochas. 
 São vários motivos importantes que nos levam a estudar o ciclo do carbono. 
Primeiramente, o carbono trata-se do principal bloco de construção de toda a vida 
conhecida e, ainda, é o segundo elemento mais importante nos organismos em termos 
de massa (ficando atrás do oxigênio). Além do mais, o carbono é capaz de formar uma 
matriz diversificada de compostos orgânicos e inorgânicos, se tornando um elemento 
quimicamente versátil. Na atmosfera, o dióxido de carbono e metano (compostos de 
carbono) são potentes gases do efeito estufa, os quais estão em incremento devido à 
atividade humana. Ainda, em várias perspectivas, o estudo das mudanças climáticas trata-
se do estudo do ciclo do carbono (global) (WEATHERS et al., 2015).
 Apesar de estarem interligados, o processo de reciclagem do carbono pode ser 
analisado de duas maneiras, com velocidades distintas, e as identificamos como ciclo 
geológico do carbono e ciclo biológico do carbono. O ciclo geológico do carbono ocorre 
de maneira lenta e tem o papel de regular a movimentação do carbono pela atmosfera, 
hidrosfera e litosfera. Já no processo do ciclo biológico o carbono pode ser devolvido ao 
meio praticamente de maneira instantânea, com a mesma velocidade em que é sintetizado 
pelos organismos autótrofos. Mais adiante iremos abordar a respeito desses dois processos 
de forma individual.
 Iniciaremos com a forma mais rápida, o ciclo biológico do carbono. Neste método 
Continue o estudo dos ciclos sedimentares através do capítulo 8 – Ciclo do Fósforo 
(página 163) escrito por Bennett e Schipanski (2015), do livro “Fundamentos de Ci-
ências dos Ecossistemas”. Disponível em: https://bit.ly/3p3KILS. Acesso em: 10 mar. 
2021.
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O ciclo hidrológico tem sofrido alterações, como o aumento do escoamento superficial e 
a redução da infiltração da água no solo. As alterações ocorrem em virtude do processo 
de urbanização que propicia a redução das áreas verdes e o acréscimo da taxa de solo 
impermeabilizado.
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27
o carbono existente na atmosfera e os compostos como carbonatos dissolvidos na água 
são absorvidos por seres autótrofos fotossintetizantes, nos quais utilizam a fotossíntese 
para transformar esses elementos em matéria orgânica que, posteriormente, por meio da 
cadeia alimentar é passado a outros organismos (STEIN, 2018). 
 Na cadeia alimentar a matéria orgânica é absorvida na ingestão de vegetais pelos 
organismos herbívoros e pela digestão dos animais herbívoros que ocorrem nos animais 
carnívoros. A produção de compostos orgânicos também acontece por organismos 
quimiossintetizantes que têm como principal composto orgânico a produção dos 
carboidratos por meio da quimiossíntese. Uma vez assimilado pelos seres vivos, o carbono 
retorna ao ambiente por diversas formas, tal qual o processo de respiração e decomposição. 
Na respiração o carbono é liberado na forma de CO2, que é um dos produtos finais do 
processo. Na decomposição ocorre de maneira semelhante, liberação de gás carbônico e 
água (MARTINS; LOPES; ANDRADE, 2003)
 No processo geológico do carbono a movimentação é realizada através de uma troca 
contínua do gás carbônico (CO2) existente na atmosfera e hidrosfera, através do processo 
de difusão, que acontece até que a quantidade de CO2 contida na atmosfera acima da 
água e a do meio aquático entrem em equilíbrio. Isso ocorre devido à capacidade da água 
em dissolver o CO2 presente na atmosfera. Além disso, o fluxo pode ocorrer pela dissolução 
do gás carbônico na água da chuva, o que acaba por produzir uma solução ácida (H2CO3), 
que contribui para a erosão de rochas silicatadas (TONIOLO; CARNEIRO, 2015)
 O processo de desintegraçãodas rochas (intemperismo) faz com que ocorra a 
liberação de íons Ca2+ e HCO3. Esses íons ficam sujeitos a serem levados aos oceanos que, 
nesse caso, passam a ser utilizados na formação de conchas por organismos marinhos. 
Essas conchas, posteriormente, são acumuladas e passam a fazer parte do sedimento do 
fundo dos oceanos, quando os animais morrem. Futuramente, esses sedimentos podem 
deslocar-se para regiões que existam altas pressões e temperaturas, fazendo com que os 
carbonatos se fundam, parcialmente, podendo chegar a formar rochas calcárias. O gás 
carbônico pode ser liberado novamente para a atmosfera através de atividade (TONIOLO; 
CARNEIRO, 2015).
 De forma geral e resumida, o ciclo do carbono (Figura 13) se inicia pela absorção do gás 
carbônico (CO2) da atmosfera pelos organismos autótrofos como plantas e bactérias, que 
utilizam o gás em seus processos de fotossíntese e quimiossíntese. Esses seres sintetizam 
os compostos orgânicos como os carboidratos, por exemplo, que fazem parte da formação 
de seus tecidos. A última etapa, a mais rápida, é o uso dos carboidratos pelos animais que 
devolvem o CO2 à atmosfera através da respiração.
Figura 13: Ciclo do carbono
Fonte: Acervo pessoal (Arte de Pedro Fonseca, 2021).
28
É importante frisar que atividades antropogênicas têm influenciado no ciclo global do car-
bono, especialmente, nos últimos anos. Estas atividades, como o desmatamento e a utili-
zação de combustíveis fósseis, propiciam a elevação dos níveis de gás carbônico presentes 
na atmosfera e, consequentemente, geram um agravamento do efeito estufa. Isso ocorre 
devido às atividades humanas retirarem o carbono disposto em depósitos fósseis em uma 
velocidade maior que a absorção do carbono pelo ciclo, que ainda é comprometida pelo des-
matamento, ou seja, ao mesmo tempo que a emissão de carbono aumenta, a capacidade 
de absorção é diminuída.
FIQUE ATENTO
 O nitrogênio (N), por sua vez, se trata do gás com maior abundância presente no 
ar. Geralmente, é um nutriente limitante de plantas e integra o grupo dos aminoácidos, 
ácidos nucleicos e proteínas, tornando-se, portanto, essencial à sobrevivência dos seres 
vivos. 
 A atmosfera é o mais notável depósito de nitrogênio, em que em sua composição 
possui 80% do gás de nitrogênio (N2). Os demais reservatórios pertencem aos solos, 
sedimentos de lagos, rios e oceanos; o nitrogênio dissolvido em água superficial; e a 
biomassa dos organismos vivos (REECE et al., 2015).
 É importante notar que o ciclo do nitrogênio (Figura 14) também retrata um curso 
de matérias e energia que são constantes na natureza e fundamental ao equilíbrio dos 
ecossistemas, análogo aos demais ciclos biogeoquímicos. O ciclo do nitrogênio é constituído 
de etapas, sendo elas: fixação, amonização, nitrificação e desnitrificação.
Figura 14: Ciclo do nitrogênio 
Fonte: Acervo pessoal (Arte de Pedro Fonseca, 2021)
29
 A primeira etapa é a fixação, onde acontece a fixação do nitrogênio atmosférico. A 
quantidade de nitrogênio nos ecossistemas pode ser decorrente das altas temperaturas 
dos relâmpagos. Dos fertilizantes com nitrogênio, precipitações e poeiras que contribuem 
com quantidade significativas de amônia, nitritos e nitratos. Das bactérias presentes no solo 
que convertem o N2 atmosférico em formas que podem ser aproveitadas para sintetizar 
compostos orgânicos de nitrogênio como: amônia (NH4+), nitritos (NO2-), e nitratos (NO3-
). Já o processo de amonificação promove a fixação do nitrogênio inorgânico no solo em 
amônia (NH4+). Na nitrificação ocorre a conversão da amônia em nitritos (NO2-) e nitratos 
(NO3-). Por fim, a desnitrificação reinicia o ciclo convertendo nitratos de volta a nitrogênio 
inorgânico (STEIN, 2018).
As bactérias são essenciais no ciclo do nitrogênio. As principais são as Rhizobium que convi-
vem com as plantas leguminosas e colaboram com a fixação do nitrogênio. Na amonização, 
as bactérias decompositoras são as autoras que agem sobre a matéria orgânica, liberando 
amônia ao ambiente. Na nitrificação são as bactérias que convertem amônia em nitrito e 
nitrito em nitrato. Já no final do ciclo, no processo de desnitrificação existem bactérias que 
garantem a liberação de nitrogênio para a atmosfera.
FIQUE ATENTO
 O oxigênio é o elemento químico mais abundante da superfície terrestre. Se trata 
do elemento que forma gases vitais à sobrevivência dos seres humanos e diversos outros 
organismos vivos, como o gás oxigênio (O2) e o ozônio (O3). Estudaremos aqui, finalizando 
o conteúdo dos ciclos biogeoquímicos, como funciona a reciclagem do oxigênio em nosso 
planeta.
 A atmosfera é o principal depósito de oxigênio para os seres vivos. Esse elemento 
químico (O) pode ser encontrado em várias formas, sendo o oxigênio molecular (O2) a 
principal delas, já que é usado no processo de respiração. São exemplos de outros gases o 
gás carbônico (CO2), ozônio (O3) e o dióxido de nitrogênio (NO2).
 No ciclo do oxigênio (Figura 15), plantas e animais utilizam o oxigênio em suas 
respirações aeróbias, em que átomos de oxigênio são combinados a átomos de hidrogênio 
e dão origem a moléculas de água (H2O). Essas moléculas podem ser utilizadas na síntese 
de outras substâncias, dessa forma, fazendo com que essas substâncias incorporem 
átomos de oxigênio provenientes, originalmente, do gás atmosférico. As plantas através 
da fotossíntese utilizam o gás carbônico em que os átomos de oxigênio passam a fazer 
parte da matéria orgânica das plantas. O oxigênio é restituído à atmosfera na forma de 
moléculas de água e de gás carbônico, pela respiração celular (AMABIS; MARTHO, 2006). 
30
Figura 15: Ciclo do oxigênio
Fonte: Acervo pessoal (Arte de Pedro Fonseca, 2021)
 Neste ciclo (Figura 15) o principal autor pela criação de oxigênio são as plantas que 
absorvem gás carbônico (CO2) e luz solar (fotossíntese) e liberam gás oxigênio (O2). O 
oxigênio também é transmitido pelas plantas através da cadeia alimentar, com o consumo 
da matéria orgânica. Organismos aeróbios, por meio da respiração celular, absorvem o gás 
oxigênio e liberam gás carbônico no final do processo, fazendo com que o ciclo do oxigênio 
e carbono estejam interligados.
Atividades humanas afetam diretamente o ciclo do oxigênio. Indústrias mediante a proces-
sos de combustão utilizam O2 atmosférico e liberam CO2. A prática do desmatamento tam-
bém é outro fator antropogênico que interfere significativamente neste ciclo, comprometen-
do nossa camada de ozônio que é o filtro protetor de nosso planeta
FIQUE ATENTO
Os gases lançados pelo homem na atmosfera potencializam o efeito estufa. Dian-
te disto, é de suma importância o processo de sequestro de carbono, que se trata 
da remoção do gás carbônico e lançamento de oxigênio na atmosfera. Continue o 
estudo a respeito do sequestro de carbono através da dissertação disponível em: 
https://bit.ly/3uxUkiV. Acesso em: 15 mar. 2021.
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https://bit.ly/3uxUkiV
31
2.2 RECURSOS RENOVÉVEIS E NÃO RENOVÁVEIS 
 Falamos no tópico anterior sobre fundamentos naturais, essenciais à manutenção 
da vida sob o ponto de vista de elementos químicos. Continuaremos nessa temática, mas 
em uma perspectiva diferente, no panorama que tange aos recursos naturais finitos e não 
finitos, usufruídos pelo homem na construção e desenvolvimento de sociedades.
 Recursos disponibilizados pela natureza, quais sejam, matéria ou energia, explorados 
pelo homem com fim de suprir seus desejos e necessidades, podendo ser classificados em 
grupos distintos chamados de renováveis e não renováveis, esta é a definição do conteúdo 
abordado neste tópico: recursos naturais renováveis e não renováveis. Além disto, os recursos 
naturais também possuem a função de possibilitar condições adequadas à sobrevivência 
de todos os seres vivos que compreendem as populações biológicas e dos ecossistemas, 
tendo papel fundamental no equilíbrio ecológico. 
 Para a Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA), instituída a partir da Lei 6.938/81, 
recursos naturais sãoos inúmeros componentes ecológicos da natureza, como as reservas 
hídricas superficiais e subterrâneas, as florestas, os minérios etc. Ou seja, nossa diversidade 
biológica (BRASIL, 1981).
 A taxa de consumo dos recursos naturais pelo homem caminha de forma crescente. 
Nos primórdios as civilizações utilizaram os recursos encontrados na natureza como forma 
de subsistência, mantendo uma relação de equilíbrio com a natureza. Ao passar do tempo 
foram sendo criadas técnicas que possibilitaram o acúmulo dos materiais provenientes 
da natureza, possibilitando ao homem cada vez mais transformações no ambiente e, 
consequentemente, desbalanceando a relação harmônica existente com a natureza. 
 Podemos definir os recursos naturais renováveis como aqueles cuja capacidade de 
ser regenerado na natureza é superior ou, pelo menos, igual à taxa que a humanidade 
consome este recurso. Englobam os recursos inesgotáveis, os que conseguem ser renovados 
pela natureza ou aqueles possuem a regeneração dada por ações antrópicas, tendo como 
exemplo, respectivamente, a água e vegetais advindos da agricultura. 
Recursos renováveis são sinônimos de recursos sustentáveis? Embora intuitivamente ache-
mos que sim, existe um detalhe substancial que pode nos levar a diferenciá-los. Embora o re-
curso renovável seja dito como infinito, se o seu uso for realizado de forma desordenada sem 
respeitar o tempo de restauração pela natureza ou que seja reabastecido pelo homem, este 
recurso virá a faltar e podemos citar como exemplo a madeira. Já os recursos sustentáveis são 
aqueles em que podemos, de fato, utilizar sem nos preocupar com o seu esgotamento devido 
ao uso, que é o caso do calor do sol e o vento que empregamos na geração de energia solar 
e eólica, respectivamente.
VAMOS PENSAR?
 Fazendo uma analogia inversa aos recursos renováveis, os não renováveis como 
carvão mineral, por exemplo, são aqueles limitados na natureza. Estes recursos não 
possuem a habilidade de restauração ou seu nível de renovação é inferior ao de consumo 
pelo homem. Assim, o uso não consciente destes recursos pode levar rapidamente ao seu 
perecimento.
 A grande razão pela qual os recursos não renováveis podem chegar a sua extinção se 
deve ao motivo do homem não conseguir sintetizar, isto é, desenvolver ou acelerar alguns 
processos que de formas naturais são lentos. Uma boa amostra deste contexto é o uso de 
combustíveis fósseis. O homem faz uso deste recurso de maneira consideravelmente alta, 
enquanto a natureza o recria, mediante processos de calor e pressão, de forma lenta. 
 De forma geral, os recursos naturais renováveis são encontrados dos mais diversos 
32
tipos na natureza, sejam eles biológicos, minerais, energéticos e hídricos. Os recursos 
naturais não renováveis, por sua vez, comumente, são encontrados os tipos minerais e 
energéticos. Confira no Quadro 1 abaixo alguns exemplos de recursos naturais com sua 
classificação e tipo, as formas em que são encontrados na natureza, como podem ser 
utilizados pelo homem e quais seus impactos no meio ambiente. 
RECURSOS NATURAIS 
CLASSIFICAÇÃO RECURSO TIPO USO IMPACTO
Renovável Animais Biológico Alimentação e 
Comércio
Extinção de Espécies 
Renovável Areia Mineral Construção Civil Descaracterização de Relevo
Renovável Luz Solar Energético Energia Solar Alteração da Fauna e Flora
Renovável Rios Hídrico Transposições Perda de Biodiversidade
Não Renovável Ouro Mineral Mineração para 
Comécio
Aumento na Turbidez de águas
Não Renovável Carvão Mineral Energético Combustível 
Fóssil
Poluição Atmosférica
Quadro 1: Recursos Naturais
Fonte: Autor (2021)
 Em todo o mundo os animais são grandes fontes de alimento e renda para o homem. 
Em boa parte dos casos os impactos estão relacionados ao uso de animais de maneira 
econômica, tendo como exemplo o ramo de vestuários, em que podemos citar a utilização 
de couros para confecção de casacos de pele. Esta prática tem como consequência 
alterações no equilíbrio ecológico de uma região e, em caso mais extremos, a extinção de 
espécies. A utilização da areia na construção civil quando realizada em terra pode resultar 
em descaracterização do relevo na destruição da vegetação local e quando realizada em rios 
pode aumentar o percentual de partículas em suspensão e contribuir para o assoreamento 
do rio.
 Apesar da energia solar ser considerada uma fonte limpa de energia, a mesma está 
ligada a impactos ao ambiente devido à necessidade da utilização de grandes áreas para 
a disposição de placas, fazendo com que a vegetação e os animais sejam retirados. Obras 
de transposição são muito utilizadas pelo homem de forma a redistribuir suas reservas 
hídricas, levando água a locais que este recurso é escasso. No entanto, transposições de 
rios estão intimamente ligadas a impactos como o desmatamento, a desertificação e a 
diminuição da biodiversidade. Isso acontece devido às obras de transposição necessitarem 
de grandes hectares de terra em seus projetos, destruindo a fauna e a flora e aumentando 
processos de extinções de espécies.
 O ofício da mineração para extração de metais de reservas geológicas tem como 
causa principal de impacto ambiental a utilização do mercúrio que facilmente se torna 
uma substância tóxica contaminando o solo e quando há presença de escoamento de rios, 
além do aumento da turbidez. A utilização de combustíveis fósseis como o carvão mineral 
e o petróleo estão relacionados, principalmente, à geração de efluentes altamente tóxicos, 
resultantes da queima destes combustíveis e com a poluição atmosférica causada pela 
emissão de CO2, o que agrava problemas como o aquecimento global e a chuva ácida. 
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• Até mesmo recursos renováveis estão sujeitos a escassez em caso do uso errôneo do recur-
so. Como é a situação de florestas, com o desmatamento exacerbado; solos improdutivos 
por falta de preservação; ou até mesmo falta de água para consumo humano, causado 
sobretudo, pelo mau uso e poluição.
• Além de renováveis e não renováveis, os recursos naturais possuem outras nomenclatu-
ras, sendo chamados de biológicos quando se tratam de animais vegetais; hídricos refe-
rente a todas a reservas de água (subterrânea e superficial); minerais quando voltado aos 
recursos geológicos e energéticos em ocasiões de recursos que proporcionam energia
FIQUE ATENTO
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1. Fenômenos naturais são responsáveis pela reciclagem dos elementos químicos, através 
de processos naturais. Estes processos asseguram que os elementos interajam com 
componentes vivos e não vivos, bem como circulem pela atmosfera, hidrosfera, litosfera e 
biosfera. Este conceito relaciona-se com:
a) ciclos biogeoquímico. 
b) fenômenos naturais.
c) revitalização.
d) ciclos da matéria.
e) ciclos do elemento.
2. Os elementos indispensáveis à vida como a água, o fósforo, o carbono, o nitrogênio e o 
oxigênio compõem os principais ciclos naturais de nosso planeta. A respeito da classificação 
destes ciclos, marque a alternativa correta.
a) Podem ser chamados de ciclos sedimentares e rudimentares, sendo a água e o carbono, 
respectivamente, exemplos destes ciclos.
b) Os ciclos possuem classificações de acordo com o grau de importância para o homem, 
sendo o da água e do oxigênio chamados de essenciais.
c) Os ciclos da água e do fósforo são chamados de sedimentares e os do carbono, nitrogênio 
e oxigênio de gasosos.
d) Os ciclos gasosos compreendem os elementos chamados não essenciais e são compostos 
pelo carbono e nitrogênio.
e) Os ciclos da água e do fósforo são chamados de gasosos e os do carbono, nitrogênio e 
oxigênio de sedimentares.
3. O ciclo hidrológico pode ser definido como o fenômeno que promove a circulação da 
água entre a superfície do planeta e a atmosfera. O movimento ocorre, basicamente, pela 
influência da energia advinda do sol e da gravidade. De acordo com ciclo da água, assinale 
a opção correta.
a) Da totalidade de água existente no planeta, a maior parcela se trata de água salgada, 
encontrada nos mares e oceanos. Já a menor parcela, aágua doce, a maior parte encontra-
se em rios e lagos, e a menor parte desta água em reservas subterrâneas e geleiras. 
b) A incidência dos raios solares faz com que parte da água contida na terra de forma 
superficial como em rios, lagos e mares evapore e retorne à atmosfera, sendo esta a única 
forma de retorno da água para atmosfera.
c) O ciclo hidrológico sofre alterações em virtude do processo de urbanização que propicia 
a redução das áreas verdes e o acréscimo da taxa de solo impermeabilizado.
d) O fenômeno de deslocamento das águas sob a superfície pode ser aumentado devido à 
impermeabilização do solo e é chamado percolação.
e) A água ao entrar em contato com a superfície natural, seja ela solo ou rocha, infiltra e 
forma aquíferos sendo impossível retornar à superfície de forma natural.
FIXANDO O CONTEÚDO
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4. A importância de todos os ciclos biogeoquímicos para o nosso planeta está na capacidade 
de reciclagem dos elementos químicos de forma natural, sem necessitar da ajuda do 
homem. Marque a alternativa correta relacionada aos ciclos naturais.
a) O ciclo geológico do carbono ocorre de maneira rápida e tem o papel de regular a 
movimentação do carbono pela atmosfera, hidrosfera e litosfera.
b) No ciclo do nitrogênio, a primeira etapa é a fixação e promove a fixação do nitrogênio 
inorgânico no solo em amônia (NH4+).
c) Apesar da prática do desmatamento diminuir a população de árvores, esta atividade não 
interfere, significativamente, no ciclo do oxigênio.
d) Apesar de ser possível, o homem não interfere e nem influencia os ciclos biogeoquímicos 
de nenhuma forma.
e) No ciclo do oxigênio o principal autor pela criação de oxigênio são as plantas que 
absorvem gás carbônico (CO2) e luz solar (fotossíntese) e liberam gás oxigênio (O2).
5. Desde de o início de sua existência o homem retira da natureza todos os recursos 
necessários à sua subsistência e o suficiente para a construção e desenvolvimento de 
sociedades. Dentre as alternativas abaixo, assinale a correta a respeito dos recursos naturais.
a) Recursos renováveis são disponibilizados pela natureza, quais sejam, matéria ou 
energia, são os únicos recursos explorados pelo homem com fim de suprir seus desejos e 
necessidades.
b) Ao passar do tempo foram criadas técnicas voltadas ao acúmulo dos materiais 
provenientes da natureza, possibilitando ao homem cada vez mais transformações no 
ambiente e, consequentemente, desbalanceando a relação harmônica existente com a 
natureza.
c) Os recursos encontrados na natureza podem ser classificados como naturais e artificiais. 
d) A única função dos recursos naturais é possibilitar condições adequadas à sobrevivência 
de todos os seres vivos que compreendem as populações biológicas e dos ecossistemas.
e) Atualmente, o homem utiliza os recursos encontrados no meio ambiente como forma 
de subsistência, mantendo uma relação de equilíbrio com a natureza.
6. Podemos definir os recursos naturais renováveis como aqueles cuja capacidade de ser 
regenerado na natureza é superior ou, pelo menos, igual à taxa que a humanidade consome 
este recurso. Sabendo do que se trata os recursos renováveis, marque a opção correta.
a) Se recursos renováveis forem utilizados de maneira desordenada, sem respeitar o tempo 
de restauração pela natureza, ou que seja reabastecido pelo homem, este recurso pode 
faltar no meio ambiente.
b) Os recursos que possuem a regeneração dada por ações antrópicas não podem ser 
classificados como renováveis. 
c) Recursos renováveis são sinônimos de recursos sustentáveis.
d) Devido ao recurso renovável ser produzido rapidamente na natureza, sendo considerado 
infinito, este nunca deixará de existir no planeta.
e) O petróleo é um dos combustíveis fósseis mais utilizados pelo homem e se enquadra 
nos recursos renováveis. 
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7. De maneira inversa aos recursos renováveis, os não renováveis são aqueles limitados 
na natureza. Estes recursos não possuem a habilidade de restauração ou seu nível de 
renovação é inferior ao de consumo pelo homem. Assinale a alternativa que contenha 
somente exemplos de recursos não renováveis.
a) Luz solar e Água.
b) Carvão mineral e Petróleo.
c) Combustível fóssil e Vento.
d) Gás natural e Vegetais.
e) Petróleo e Madeira.
8. Os recursos naturais são elementos vitais para que o homem e toda a vida no planeta 
possam existir. Podem ser classificados em renováveis e não renováveis, mas também 
podem ser divididos em outros grupos. Marque a opção que contenha classificações para 
os recursos naturais e respectivos exemplos:
a) Terrestres e Aquáticos: Plantas e Petróleo.
b) Biológicos e Hídricos: Rochas e Oceanos.
c) Hídricos e Minerais: Argila e Rios.
d) Minerais e Energéticos: Rochas e Vento.
e) Minerais e Biológicos: Luz solar e Animais.
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NATUREZA E RELAÇÕES SOCIAIS UNIDADE
03
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3.1 IMPACTO DAS ATIVIDADES HUMANAS NO AMBIENTE
 Qualquer atividade que venhamos a desenvolver no meio ambiente irá causar um 
impacto ambiental, podendo ser de ordem positiva ou negativa, sobre o segundo tipo, 
infelizmente, é o que sobressai e acaba prejudicando o ambiente. Os impactos positivos 
são caracterizados por modificações que buscam a preservação ou recuperação do 
ambiente como obras de revitalização, reflorestamento e criação de espaços verdes em 
meio a centros urbanos, por exemplo.
 No Brasil, para prevenir o excesso de impactos negativos no ambiente, a legislação 
ambiental determina medidas a serem tomadas de forma a diminuir os danos causados 
ao meio ambiente. No entanto, a preocupação a respeito da mitigação dos impactos 
ambientais negativos não cabe somente a nossos governantes, é necessário que seja uma 
preocupação que se estenda a toda população. Muitas das atividades que realizamos em 
nosso dia a dia resultam em impactos ambientais negativos, como o descarte inadequado 
de nossos resíduos e o uso não consciente da energia elétrica. O esquema abaixo (Figura 
16) retrata alguns outros exemplos de atividades presentes no cotidiano das pessoas, que 
causam impactos negativos ao ambiente. 
Figura 16: Atividades que causam impactos negativos
Fonte: Autor (2021)
 Por outro lado, atitudes positivas (preventivas) podem nos auxiliar na balança dos 
impactos ambientais e, na maioria das vezes, são simples de serem realizadas, como o 
uso racional da água e energia elétrica, separação de resíduos orgânicos e não orgânicos, 
revezamento do uso de automóveis de maneira individual com transportes coletivos ou 
que não emitam poluições, não jogar lixo nas ruas, não utilizar atitudes consumistas e 
optar por doação de materiais que já não lhe servem mais ao invés do descarte.
Poluição e impacto ambiental tem o mesmo significado? Embora possam parecer, estes 
termos não possuem igualdade. São significados diferentes que possuem um certo nível de 
relação entre si. A poluição se trata da emissão de matéria e energia além da capacidade 
do meio ambiente em absorver, já o impacto engloba um conceito mais amplo com outras 
componentes além da poluição. Desta forma, temos que toda poluição resulta em impacto 
ambiental, mas nem todo impacto ambiental é resultante de poluição.
VAMOS PENSAR?
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 O Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) na Resolução 001 (1986) fala que 
impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas 
do meio ambiente, causadas por qualquer forma de energia ou matéria resultante das 
atividades humanas que direta ou indiretamente afetam:
• A saúde, a segurança e o bem-estar da população;
• As atividades sociais e econômicas; 
• A biota (conjunto de plantas e animais de uma determinada área); 
• As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; 
• A qualidade dos recursos ambientais.
 Visto o potencial do homem em provocar efeitos negativos no meio ambiente 
foi necessária a criação de uma série de procedimento legais, institucionais e técnico-
científicos, objetivando evitar, reduzir ou compensar estes efeitos na natureza. Estas 
medidas fazem parte da Avaliação de Impacto Ambiental(AIA) e são oficializadas por meio 
da Lei nº 6.938/1981 (BRASIL, 1981). O uso da AIA é imprescindível para toda a atividade que 
possua capacidade de poluir ou degradar o meio ambiente e estudaremos mais a respeito 
deste instrumento no tópico introdução à gestão ambiental, contido na UNIDADE 5 deste 
livro. 
3.2 DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E OS PROBLEMAS SOCIAIS
 Extinções, esgotamento de água e solo e destruição de ecossistemas e habitats são 
exemplos recorrentes de impactos ambientais de origem antrópicas e que podem ser 
chamados de degradação ambiental. 
 “Degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do 
meio ambiente” (BRASIL, 1981, Art. 3º, parágrafo II). Esta é a menção referente ao conceito 
de degradação ambiental contido na Política Nacional do Meio Ambiente. Meneguzzo e 
Chaicouski (2010) comentam que a lei não indica o agente causador da degradação, ou 
seja, se a degradação foi decorrente do ser humano ou de um fenômeno natural, como 
queimadas geradas por raios atmosféricos, por exemplo.
 O que esse conceito contido na lei quer dizer é que degradação ambiental trata-
se de algo negativo (SÁNCHEZ, 2013). Assim, podemos definir degradação ambiental 
como alterações, geralmente, de causas humanas, das características físicas, químicas e 
biológicas de cunho prejudicial ao ambiente e/ou de forma socioeconômica. 
Degradação ambiental ≠ impacto ambiental: Comumente se vê pessoas utilizando esses 
dois termos para definir uma mesma situação. Embora sejam parecidos, são conceitos dife-
rentes e possuem definições distintas em forma de lei. A principal diferença é que a degra-
dação ambiental faz alusão a fenômenos negativos, enquanto no impacto ambiental pode 
haver aspectos positivos, além dos negativos.
FIQUE ATENTO
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 As alterações dos aspectos ambientais naturais oriundas de ações humanas são 
inúmeras, dos mais variados tipos, em que podemos destacar: poluição, desmatamento, 
queimadas, salinização e efeito estufa. Pequenas definições a respeito destes tipos de 
degradações ambientais estão descritas, respectivamente, no Quadro 2 abaixo.
TIPO DESCRIÇÃO CONSEQUÊNCIA 
Poluição Contaminação do meio ambiente por 
meio de elementos ou energia, de efeito 
negativo, causado pelo homem de forma 
direta ou indireta.
Contaminação do solo e de reser-
vatórios de águas superficiais e 
subterrâneas.
Desmatamento Desflorestamento de grandes áreas. Reti-
rada total ou parcial da vegetação de um 
determinado local.
Empobrecimento do solo e des-
truição de habitats.
Queimada Prática da queima de biomassa vegetal, 
geralmente utilizada pela agricultura para 
limpeza de terrenos
Poluição do ar e aumento da ero-
são no solo.
Salinização Efeito, comumente ligado à agricultura, 
causado pelo acúmulo de sais no solo.
Infertilidade do solo e morte de 
culturas.
Efeito Estufa Processo físico natural que controla a tem-
peratura do planeta.
Ondas de calor e ocorrência de fe-
nômenos naturais como furacões 
e tsunamis.
Quadro 2: Tipos de degradação ambiental de origem antropogênica
Fonte: Autor (2021)
A degradação ambiental está ligada somente a ações antrópicas? Apesar do homem ser 
autor principal das alterações ambientais, existem também efeitos negativos causados de 
forma natural, embora sejam agravados por atividades humanas, como é o caso de terre-
motos, tsunamis e chuvas ácidas, por exemplo.
VAMOS PENSAR?
 A depender do grau de alteração do ambiente é possível que ele se recupere de 
forma espontânea, no entanto, existem certos níveis de degradação que a recuperação 
espontânea pode não ser possível ou ser dependente de um longo prazo com a fonte de 
perturbação retirada ou reduzida, havendo na maioria das vezes, a necessidade de uma 
ação corretiva (SÁNCHEZ, 2013).
 As atividades de forte potencial destrutivo ao meio ambiente, desenvolvidas pelo 
homem na busca incessável de suprir suas vontades levaram as nações a repensar se os 
acordos ambientais idealizados na conferência de Estocolmo em 1972 estavam de fato 
sendo cumpridos. Esta análise resultou na conclusão, 10 anos depois, na Conferência de 
Nairóbi no Quênia em 1982, que os ideais combinados em Estocolmo de fato não estavam 
sendo praticados. O desfecho da Conferência de Nairóbi, em virtude do resultado negativo 
dos últimos anos, foi a priorização da criação de unidades voltadas à conservação e 
recuperação de áreas degradadas.
 Em nosso país a legislação assegura a recuperação dos impactos negativos causados 
ao meio ambiente por intermédio do segundo parágrafo do art. 225 da Constituição 
Federal de 1988 ao citar: “As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente 
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sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, 
independentemente da obrigação de reparar os danos causados” (BRASIL,1988, Art. 
225, § 3º). No que diz respeito à reparação dos danos, é possível ser realizada com o 
reestabelecimento do equilíbrio ambiental mediante a criação de um projeto ambiental 
que englobe premissas ambientais, estéticas e sociais, a depender da função dada à área 
em questão. 
Já sabemos como acontecem as degradações ambientais e quais suas consequ-
ências. Aprofunde o estudo desta temática lendo sobre restauração das áreas de-
gradadas, contido na unidade 2 (página 106), do livro “Responsabilidade Socioam-
biental” (MIRANDA, 2017).
 Disponível em: https://bit.ly/3fCh0dA. Acesso em: 20 mar. 2021.
BUSQUE POR MAIS
 Apesar de associarmos, frequentemente, o termo degradação ambiental a assuntos 
de fato ambientais, este conceito está ainda intimamente ligado a questões sociais como 
consta na Agenda 21, documento derivado da ECO-92 (Conferência das Nações Unidas 
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento) que fora assinado por 179 países:
A pobreza e a degradação do meio ambiente estão es-
treitamente relacionadas. Enquanto a pobreza tem 
como resultado determinados tipos de pressão ambien-
tal, as principais causas da deterioração ininterrupta do 
meio ambiente mundial são os padrões insustentáveis 
de consumo e produção, especialmente nos países in-
dustrializados (CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS 
SOBRE O MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1992, 
p. 21).
 O que este trecho da Agenda 21 ressalta é que a degradação ambiental é resultante 
de ações das diferentes classes sociais, no entanto, é importante destacar que populações 
que ocupam os níveis mais baixos não têm capacidade de causar degradação ambiental 
como as pessoas de poder aquisitivo mais elevado, uma vez que os níveis mais altos das 
classes sociais possuem maior facilidade em produzir e consumir bens materiais gerando, 
por exemplo, mais resíduos (MENEGUZZO, 2006).
 Rodrigues e Silva (2020) corroboram este pensamento ao contrariarem o dizer do 
Ministro da Economia Paulo Guedes, de que a degradação é causada pela pobreza, ao 
falarem que a degradação, na verdade, é uma das mais perversas consequências da pobreza. 
A degradação decorrente da pobreza é uma parcela muito pequena, como por exemplo, 
quando a mata de zonas de risco é retirada para ocupação trata-se de um componente 
mínimo se comparado à destruição ambiental que o país testemunha há séculos, em que 
se pode citar o caso da Amazônia, que embora sejam pessoas pobres que executam o 
serviço de desma-tamento, são pessoas de alto nível social os responsáveis, uma vez que 
são os financiadores (RODRIGUES; DIAS, 2020)).
 Assim, podemos dizer que o que realmente acontece é pobreza oriunda de degradação 
ambiental. Tomemos como exemplo comunidades de mesmo poder aquisitivo vivendo 
https://bit.ly/3fCh0dA
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em condições ambientais distintas. Uma está inserida num contexto de preservação do 
meio ambiente, a outra na circunstância da degradação ambiental. Podemos dizer que 
ambas populações possuem exatamente o mesmo nível social?
 Há quem diga que sim, já que possuem a mesma renda. Mas vamos analisar através 
de outro ângulo, considerando os recursos ofertados pelo meio ambiente preservado. 
A comunidade que vive em um ambiente

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