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Morfofisiologia do sistema nervoso - Documentos Google

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Neurônios 
É considerado a unidade funcional do 
sistema nervoso, composto de: 
● Corpo celula r 
É parecido com uma célula comum, com 
a presença de núcleo de organelas necessárias 
para suprir a atividade neural, seu tamanho 
pode variar, e sua função se dá principalmente 
para a transcrição proteica. 
● Axônio 
É um prolongamento de uma célula nervosa que 
conduz informações, geralmente se ramificando 
lateralmente, formando os neurônio colaterais . No final do axônios encontra-se uma 
dilação, que contêm mitocôndrias e vesículas, chamada terminal axonal . Em alguns 
neurônios, apesar de que a maioria realizar sinapses químicas, existem estruturas para a 
realização de sinapses elétricas, as chamadas junções comunicantes, que conectam as 
suas células. Outrossim, o citoplasma dos axônios não tem organelas, somente 
microtúbulos e microfilamentos, que auxiliam no transporte de material para o terminal 
axonal, essa mobilização é chamada de transporte axonal, este sendo dividido em 
transporte rápido (microtúbulos) e lento (fluxo citoplasmático). Durante o transporte rápido, 
ocorre uma utilização de ATP intensa, pois as estruturas dependem deste para continuar 
conectado a estrutura transportadora. (anterógrado/retrógrado). 
 
 
● Dendritos : 
São ramificações finas que advém do corpo celular e recebe as informações 
provenientes das células, eles aumentam a superfície de contato do neurônio. A área de 
superfície do dendrito pode se expandir ainda mais pela presença de espinhos 
dendríticos , que pode ter comportamento independente produzindo inclusive suas próprias 
proteínas, sendo inclusive associadas ao processo de linguagem e memória. 
 
Glia 
Histologi� d� sistem� nerv��  
 
As células da glia , geralmente 
chamadas neuróglia , gliócitos ou 
simplesmente glia , são células não 
neuronais do sistema nervoso central 
que proporcionam suporte e nutrição 
aos neurônios. 
● Astrócitos: 
São as células mais numerosas 
da glia e altamente ramificadas, estas 
células preenchem espaços entre os 
neurônios e se comunicam entre si 
através de junções comunicantes. Um 
papel essencial dos astrócitos é a 
regulação do conteúdo químico do 
espaço extracelular . 
 
 
Os astrócitos também apresentam, em 
suas membranas, proteínas 
especiais , as quais removem 
ativamente os neurotransmissores da 
fenda sináptica. Uma descoberta recente é que a membrana dos astrócitos também 
apresenta receptores para os neurotransmissores que, assim como nos neurônios, 
podem desencadear eventos bioquímicos e elétricos no interior da célula glial. Sem falar no 
suporte nutritivo e energético que fornece aos neurônios. 
 
● Microglia: 
São células específicas para o sistema imune , e assim que são ativadas removem 
as células danificadas e seus invasores, porém nem sempre é benéfica, liberando radicais 
livres , que podem ocasionar doenças neurodegenerativas. 
 
● Células ependimárias: 
Tipo celular que cria uma camada chamada epêndima com permeabilidade 
seletiva , além de ser um fonte rica em células tronco . 
 
● Oligodendrócitos e células de schwann: 
Essas células gliais formam as camadas de membrana que isolam os axônios , 
chamado mielina. A bainha de mielina é interrompida periodicamente, deixando pequenos 
espaços onde a membrana axonal está exposta. Essa região é chamada de nódulo de 
Ranvier. Os oligodendrócitos e as células de Schwann diferem em sua localização e em 
outras características. Por exemplo, os oligodendrócitos são encontrados apenas no 
sistema nervoso central (encéfalo e medula) , enquanto as células de Schwann são 
encontradas exclusivamente no sistema nervoso periférico (partes fora do crânio e 
coluna vertebral) . Outra diferença é que um único oligodendrócito contribui para a 
formação da mielina de vários axônios , enquanto cada célula de Schwann mieliniza apenas 
um fragmento de um único axônio. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula
https://pt.wikipedia.org/wiki/Neur%C3%B4nio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso_central
 
 
Sinalização elétrica nos neurônios 
O tecido nervoso é considerado um tecido excitatório , por conta da sua habilidade 
em propagar sinais elétricos. No geral, todas as células vivas têm um potencial de 
membrana e os dois principais fatores que interferem nesse potencial, a distribuição 
desigual de íons através da membrana celular e as diferenças de permeabilidade de 
membrana para esses íons. A regulação dos potenciais de membrana em repouso das 
células vivas, se dá primeiramente através do gradiente de concentração de K+ e 
permeabilidade de alguns íons. Quando se fala em neurônios, a membrana celular é 
levemente permeável ao sódio, se ocorre uma permeabilidade intensa ao íon, o Na+ entra 
na célula a favor do seu gradiente. Essa adição de íon positivamente carregado 
despolariza a célula gerando o sinal elétrico . 
 
● Canais iônicos: 
É a maneira mais fácil de permitir a entrada e saída de íons. Desta forma, existem 
quatro tipos de canais predominantes nos neurônios: 
(1) Canais de Na+ 
(2) Canais de K+ 
(3) Canais de Ca+ 
(4) Canais de Cl- 
Existindo variações de controle, entre mecânico, dependentes de ligantes e os 
dependentes de voltagem, este último sendo os mais comuns. 
 
● Fluxo da corrente: 
A corrente é o fluxo de cargas elétricas, ou simplesmente falando, são cargas 
elétricas em movimento, e quanto menor a resistência biológica maior a corrente. Sendo 
duas principais resistência biológicas as geradas pelo citoplasma e pela membrana. As 
alterações de voltagem ao longo da membrana podem ser de dois tipos: potencial 
graduado (1) e potencial de ação (2) . 
(1) são sinais de força que percorrem curtas distâncias , perdendo a força ao decorrer 
do caminho, ocorrendo a possibilidade de gerar um potencial de ação dependendo 
O que acontece quando um neurônio é lesionado? 
1. O citoplasma axonal vaza para o meio externo, até a membrana chegue ao local. 
2. A parte que ainda está conectada ao corpo celular fica edemaciada, mediante o 
acúmulo de organelas e filamentos. 
3. As células de Schwann próximas a lesão envia sinais químicos para o corpo 
celular, gritando pra célula a necessidade de cuidar do dano. 
4. As regiões do axôniodanificados e sem nutrientes colapsam e as células 
fagócitas da microglia ingerem e limpam os detritos celulares. 
 
Obs.: caso as lesões ocorram em neurônios motores, ocorre paralisia permanente, caso 
for o neurônio sensorial, perde-se o sentido no local inervado. As células da glia do SNC 
tendem a selar e a cicatrizar a região danificada, e as células danificadas do SNC 
secretam fatores que inibem o novo crescimento axonal. 
 
�siologi� básic� d� SN  
 
da força suficiente, atingindo a zona de gatilho , que em sua grande parte são os 
cones de implantação. Sendo estes potenciais que ativam a ação, potenciais 
excitatórios . (inibitórios= hiperpolarizantes) 
(2) Grande despolarizações que são breves e percorrem longas distâncias sem perder 
força, tem a capacidade de gerar os canais para os demais neurônios. 
 
 
O potencial de ação se inicia quando os canais iônicos dependentes de voltagem 
se abrem alterando a permeabilidade da membrana para Na+ e K+. Em suma, o potencial 
propriamente dito pode ser dividido em fases. 
 
(1) Fase ascendente : Marcado pelo aumento súbito e temporário da permeabilidade 
da membrana para Na+, e tudo se inicia com um potencial graduado que chega a 
zona de gatilho e atinge o 
valor supralimiar, sendo 
assim o potencial de 
membrana vai ser positivo. 
(2) Fase descendente: 
Investe no aumento da 
permeabilidade de K+ ,a 
grande diferença entre a 
última fase é que o canal 
iônico de potássio tem uma 
resposta mais lenta de 
abertura e fechamento. 
Quando os canais de sódio 
se fecham, os de potássio 
acabaram de se abrir, e por 
conta a lentidão do fechamento do canal pode ocorrer uma hiperpolarização. 
 
Em resumo, o potencial de ação é uma alteração no potencial de membrana que 
ocorre quando canais iônicos dependentes de voltagem se abrem, inicialmente aumentando 
a permeabilidade da célula ao Na (que entra) e posteriormente ao K (que sai). O influxo 
(movimento para dentro da célula) de Na despolariza a célula. Essa despolarização é 
seguida pelo efluxo (movimento para fora da célula) de K , que restabelece o potencial de 
membrana de repouso da célula. 
Funcionamento com exemplo: 
Um estímulo inicia um potencial graduado sublimiar, quando chega a zona de gatilho, 
assim o estímulo não é forte o suficiente para gerar o potencial de ação. Porém, quando 
atinge o nível de gatilho, o potencial graduado chega na zona e inicia o potencial de ação 
que gera uma resposta contínua elétrica. 
 
 
 
A sinapse é uma junção especializada onde uma parte do neurônio se comunica 
com outro neurônio ou tipo celular. O sentido normal do fluxo de informação é do neurônio 
para a célula-alvo; assim, o primeiro neurônio é dito pré-sináptico , e a célula-alvo é dita 
pós-sináptica . 
 
● Sinapses Elétricas: 
Ocorre em sítios especializados chamados junções comunicantes , essa junção 
estreita é atravessada por grupos de proteínas especiais denominadas conexinas . Seis 
conexinas reunidas formam o canal denominado conéxon , e dois conexons (um em cada 
célula) combinam se para formar um canal de junção comunicante . Esse canal permite que 
íons passem diretamente do citoplasma de uma célula para o citoplasma da outra célula. 
 
Sinaps�  
 
A maioria das junções comunicantes permite que a corrente iônica passe 
adequadamente em ambos os sentidos, sendo assim, as sinapses elétricas são 
bidirecionais. Quando dois neurônios estão acoplados, o potencial de ação no neurônio 
pré-sináptico induz um pequeno fluxo de corrente iônica para o outro neurônio através da 
junção comunicante. 
 
● Sinapses químicas 
As membranas pré e pós-sinápticas nas sinapses químicas são separadas por uma 
fenda, chamada de fenda sináptica. Esta é preenchida com uma matriz extracelular de 
proteínas, e uma das funções dessa matriz é manter a conexão entre as membranas pré e 
pós sinápticas . O lado pré-sináptico da sinapse, também chamado de terminal axonal. O 
terminal típico contém dúzias de pequenas organelas esféricas delimitadas por membranas, 
denominadas vesículas sinápticas . Essas vesículas armazenam neurotransmissores . 
No lado pré-sináptico, proteínas se projetam no citoplasma ao longo da face 
intracelular da membrana. As proteínas e a membrana de onde se projetam são de fato os 
sítios de liberação de neurotransmissores , denominados zonas ativas . A densidade 
pós-sináptica contém os receptores para os neurotransmissores , os quais convertem os 
sinais químicos intercelulares em um sinal intracelular na célula pós-sináptica. 
 
 
Sinapses do SNC 
No SNC, os vários tipos de sinapse podem ser diferenciados pela parte do neurônio 
que serve de contato pós-sináptico ao terminal axonal. Se a membrana pós-sináptica está 
localizada em um dendrito, a sinapse é dita axodendrítica . 
 
Se a membrana pós-sináptica localiza-se no corpo celular , a sinapse é dita 
axossomática . Em alguns casos, a membrana pós-sináptica está em outro axônio , e essas 
sinapses são chamadas 
axoaxônicas . Em certos 
neurônios especializados, os 
dendritos formam sinapses com 
dendritos de outros neurônios, 
sendo denominadas sinapses 
dendrodendríticas . 
Sinapses do SNC podem também 
ser classificadas em duas 
categorias gerais com base na 
morfologia das diferenciações das 
membranas pré e pós sinápticas. 
Sinapses cujas diferenciações na 
membrana pós-sináptica são 
mais espessas do que na da 
pré-sináptica são denominadas 
sinapses assimétricas ou sinapses do tipo I de Gray ; aquelas cujas diferenciações têm 
espessura similar são denominadas sinapses simétricas, ou sinapses do tipo II de 
Gray . As sinapses do tipo I de Gray são geralmente excitatórias, enquanto que as sinapses 
do tipo II são mais comumente inibitórias. 
 
Junção neuromuscular 
Sinapses químicas também 
ocorrem entre axônios de neurônios 
motores da medula espinhal e o 
músculo esquelético . Tal sinapse é 
chamada junção neuromuscular e 
possui muitos dos aspectos estruturais 
das sinapses químicas no SNC. Um 
potencial de ação no axônio motor 
sempre causa um potencial de ação 
na fibra muscular que ele inerva. Essa 
certeza é justificada, em parte, porespecializações estruturais da junção 
neuromuscular. Sua mais importante 
especialização é o tamanho – é uma 
das maiores sinapses no corpo. O 
terminal pré-sináptico contém um 
grande número de zonas ativas. 
Além disso, a membrana 
pós-sináptica, também chamada de 
placa motora terminal , contém uma 
série de dobras. 
 
Neurotransmissores 
● Produção de neurotransmissores 
 
Os neurônios, cada um com suas enzimas específicas para produzir seus 
neurotransmissores específicos. As enzimas envolvidas, aminoácidos e aminas são 
transportadas até o terminal axonal, e, conduzem a síntese de neurotransmissores. Em 
suma, sua produção se inicia quando uma proteína precursora é formada no retículo 
endoplasmático rugoso . O produto deste evento é quebrado no aparelho de Golgi , gerando 
o neurotransmissor ativo e armazenado em vesículas secretoras, assim que se separa do 
complexo de golgi, chamamos as vesícula de grânulos secretores que são transportados 
ao longo do axônio . Quando os neurotransmissores são sintetizados no terminal axonal, 
são captados por vesículas sinápticas, e para que essa aglomeração aconteça existem 
transportadores, que são proteínas fixadas na membrana vesicular. 
 
● Liberação de neurotransmissores 
A secreção dessas substâncias se dão com a chegada do potencial de ação no 
terminal axonal, e especificamente na zona ativa, os canais de cálcio dependentes de 
voltagem se abrem, formando o tão conhecido sinal de cálcio. Em seguida, a vesícula se 
fusiona à membrana pré-sináptica, liberando o neurotransmissor na fenda sináptica por 
exocitose. 
 
● Receptores 
Canais Iônicos Ativados por Transmissores: definidos como proteínas transmembrana 
com algumas subunidades, e sua característica geral é a capacidade de mudar de 
conformação quando se liga aos neurotransmissores. 
Receptores Acoplados a Proteínas G: apresenta abertura e fechamento mais lentos, 
com tempos prolongados de reações. Seu processos e inicia quando o neurotransmissor se 
liga ao receptor, gerando a ativação da proteína G acoplada e em seguida a mesma ativa 
as proteínas efetoras . 
 
Auto-receptores: fazem parte da densidade pós-sináptica, receptores pré-sinápticos que 
são sensíveis aos neurotransmissores liberados no próprio terminal pré-sináptico são 
denominados auto-receptores. Ademais, parecem funcionar como um tipo de válvula de 
segurança para reduzir a liberação quando a concentração de neurotransmissores atinge 
valores muito altos na fenda sináptica. 
 
● Reciclagem e Degradação de Neurotransmissores 
Uma vez liberados, os neurotransmissores devem ser removidos para iniciar um 
novo ciclo, ocorrendo por reabsorção pela fenda pré-sináptica para reciclar aquele 
 
neurotransmissor. Uma vez dentro do citosol, os neurotransmissores podem ser 
degradados enzimaticamente ou recarregados para dentro de vesículas sinápticas. 
Transportadores de neurotransmissores também existem nas membranas da glia que 
envolve a sinapse e auxiliam na remoção de neurotransmissores da fenda sináptica. Uma 
outra maneira de terminar a ação do neurotransmissor é pela degradação enzimática na 
própria fenda sináptica. 
 
● Integração sináptica 
Grande parte dos neurônios no SNC recebe diversos sinais distintos de entrada 
sinápticas que ativa diferentes combinações de canais iônico/receptores. Os neurônios 
pós-sinápticos integram todo esse complexo de sinais químicos e iônicos e dão origem a 
uma única forma de sinal de saída: potenciais de ação . A integração sináptica é o 
processo pelo qual múltiplos potenciais sinápticos se combinam em um neurônio 
pós-sináptico. A somação dos potenciais excitatórios , são representação da mais 
simples forma de integração sináptica no SNC. Há dois tipos de somação: espacial e 
temporal . 
 
 
 
● Potenciação de longa duração (LTP) 
Potenciação de longa duração (LTP) é um aumento persistente da força sináptica 
após a estimulação de alta frequência de uma sinapse química. Sinapses que foram 
submetidas a LTP tendem a ter mais respostas a estímulos elétricos do que outras 
sinapses. A potenciação de longo prazo vem do fato de que este aumento na força 
sináptica, ou potenciação, dura um tempo muito longo quando comparado com outros 
processos que afetam a força sináptica. 
 
 
 
A LTP possui muitas características da memória de longo prazo, tornando-a um 
candidato atraente para um mecanismo celular de aprendizagem. Parece ser responsável 
por muitos tipos de aprendizagem, desde o aprendizado do reflexo condicionado clássico 
simples, relativamente presente em todos os animais, até os aprendizados mais complexos, 
em nível maior de cognição observado em humanos. 
A nível celular , LTP aumenta a neurotransmissão sináptica . Além disso, melhora 
a capacidade de dois neurônios, o pré-sináptico e o pós-sináptico, de se comunicar uns 
com os outros através de uma sinapse. Os mecanismos moleculares precisos para isso não 
foram ainda plenamente estabelecidos, em parte porque a LTP é regulada por múltiplos 
mecanismos, que variam segundo a espécie e a região do cérebro. Na forma mais bem 
compreendida da LTP, o reforço da comunicação é predominantemente realizado através 
do aumento da sensibilidade da célula pós-sináptica aos sinais recebidos a partir da 
célula pré-sináptica. Estes sinais, na forma de moléculas de neurotransmissores , são 
recebidos por receptores de neurotransmissores presentes no superfície da célula 
pós-sináptica. A LTP melhora a sensibilidade da célula pós-sináptica aos 
neurotransmissores, em grande parte pelo aumento da atividade dos receptores 
existentes e aumentando o número de receptores na superfície da célula pós-sináptica. 
 
Logo em um período embrionário precoce, as células que no futuro formaram o 
sistema nervoso estão em uma região chamada de placa neural. Aproximadamente no 23° 
dia, as células da placa se fundem formando o tubo neural. Região mais externa do tubo 
formam as células da glia e neurônio, e a crista neural, formam o SNP. Na 4ª semana do 
desenvolvimento humano, a porção apical do tubo neural começa a se especializar nas 
regiões do encéfalo. Três divisões se destacam: o prosencéfalo, o mesencéfalo e o 
rombencéfalo . O tubo posterior aorombencéfalo originará a medula espinal. Neste estágio, 
a porção do prosencéfalo que originará o cérebro não é muito maior do que as outras 
regiões do encéfalo. 
 
 
 
Embriologi� básic� d� SN  
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reflexo_condicionado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cogni%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula
https://pt.wikipedia.org/wiki/Neurotransmissor
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Molecula&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Neurotransmissor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Receptor
 
 O sistema nervoso central consiste na medula espinal e no encéfalo . O último 
ainda sendo subdividido em bulbo, ponte, cerebelo, mesencéfalo, diencéfalo e 
hemisférios cerebrais . Dentro de cada um dessas divisões há um componente do sistema 
ventricular , um labirinto de cavidades cheias de líquido que possuem diversas funções e 
suporte. 
 
Tecido conectivo de sustentação do SNC 
Existem três camadas de meninges, que localizam-se entre os ossos e os tecidos do SNC. 
 
(1) Dura máter: é a camada mais grossa e mais externa, está associada a drenagem 
venosa do encéfalo através de cavidades chamadas seios . 
(2) Aracnóide: se fixa na dura máter, porém faz concessões em teia com a pia-máter, e 
neste espaço subaracnóide contêm líquido cerebrospinal, ainda há vilosidades na 
membrana que ajuda na reabsorção do líquido já citado. 
(3) Pia-máter : é a membrana mais fina que fica em contato direto com o tecido 
encefálico, as artérias que suprem o cérebro estão associadas a esta camada, o 
líquido intersticial circula abaixo da pia máter. 
 
Líquido cerebrospinal (LCS)  
Denominada uma substância de teor 
salino , secretado de maneira contínua pelo 
plexo coróide , umas região nas paredes 
dos ventrículos, e anatomicamente, é 
basicamente uma rede de capilares com 
epitélio. O líquido produzido tem como 
funções principais, a proteção física e 
química. Quando ocorre um choque na 
cabeça, o LCS deve ser comprimido antes 
que o encéfalo bata na parte interna do 
crânio. Ademais, há a síntese de um meio 
extracelular rigidamente regulado para os 
neurônios, apresentando uma 
concentração de K é diminuída e a 
concentração de H aumentada, contém pouca proteína e não há células sanguíneas . 
Anatomi� � �siologi� d� Sistem� Nerv�� Centra� (SNC)  
 
O líquido cerebrospinal troca solutos com o líquido intersticial do SNC e fornece uma rota 
pela qual os resíduos podem ser removidos. 
 
Barreira Hematoencefálica 
Esta camada de proteção se localiza entre o intersticial e o sangue, protegendo de 
substância nocivas ao tecido nervoso. Apesar da barreira hematoencefálico excluir diversas 
substâncias hidrossolúveis, pequenas moléculas lipossolúveis podem se difundir através 
dela, além de que algumas áreas do encéfalo não possuem uma barreira hematoencefálica 
funcionante. 
 
 
Medula espinal 
A medula espinal é dividida em: cervical, torácica, lombar e sacra . Cada uma 
dessas regiões é separada em segmentos e deste surgem os nervos espinais , e um pouco 
antes de de um nervo espinal se juntar a medula, ele divide-se em dois ramos chamados 
raízes : 
- Raiz dorsal: específica para em conduzir a entrada de informações sensoriais. 
- Raiz ventral: conduz informações motoras advindas do SNC para os músculos e 
glândulas . 
 
Quando realizada uma secção transversa da medula, se distingue uma substância 
cinzenta central, e a raiz dorsal faz sinapse com os neurônios dos cornos dorsais da 
região cinzenta, este corno se divide em transmissão somática ou visceral. Já os cornos 
ventrais , contêm os corpos celulares dos neurônios motores, divididos em núcleos 
somáticos e autônomos. 
As junções apertadas entre células endoteliais adjacentes formam uma barreira que 
impede a passagem da maioria das moléculas e iões do sangue para o cérebro e 
vice-versa. A: cérebro; B: vaso sanguíneo; C: células endoteliais; D: junção apertada; E: 
membranas das células endoteliais. 
 
 
Quando se observa o corte de maneira mais externa, vemos uma instância branca, 
que equivale quase como “isolante” para evitar desvios de sinais, e condutor de 
informações. Assim, diversas colunas formadas por tratos de axônios que transferem 
informações “para cima e para baixo”, os tratos ascendentes , conduzem informações 
sensoriais para o cérebro (ficar dorsal e lateral externa a medula), os tratos descendentes , 
conduzindo sinais eferentes (ventral e lateral interna a medula), e por fim os tratos 
propriospinal , que estão introjetados na medula. 
A medula pode agir como um centro integrador próprio para reflexos espinais 
simples , os sinais passam de um neurônio sensorial para um neurônio eferente através da 
substância cinzenta . Muitas vezes, as informações também se modificam à medida que 
passam pelos interneurônios. Os reflexos desempenham um papel crucial na coordenação 
do movimento corporal. 
Arco reflexo 
 
Para entender o processo de 
movimento, deve-se compreender as vias que 
os sinais atravessam, e como basicamente o 
ação precedida vai acontecer. Dessa forma 
existe o trato corticoespinal que contêm vias 
excitatórias e inibitórias para o movimento, 
respectivamente as vias piramidais e 
extrapiramidais. 
Neste processo também pode-se 
observar o cruzamento dos neurônios 
primários, que permite a sinalização 
contralateral dos movimentos, ou seja, o córtex 
direito irá comandar os movimentos do 
hemisférios esquerdo do corpo, e vice e versa. 
Relatando de uma maneira funcional, a 
mensagem é enviada do córtex para os trato e 
logo em seguida passa pela decussação das 
pirâmides invertendo o sinal, e adentrando a 
medula, que recebe encaminha para o 
segundo neurônio, responsável pela resposta 
inerente ao movimento, atuando com junções 
comunicantes influenciando a liberação de 
cálcio e consequentemente a contração 
muscular. 
 
 
Quando falamos em lesões nessas vias primária e secundária motoras, elas 
apresentam diferentes sintomatologias que auxiliam no processo semiológico, sendo assim 
indicando um diagnóstico. Desta forma, quando há lesão em um processo motor primário, 
um indicativo é o déficit motor e sensitivo, pois as fibras ascendentes e descentes são 
atingidas, ocorrendo sintomas em fase aguda apresenta a flacideze a hiporreflexia, e de 
forma crônica causa a hiperreflexia, espasticidade (rigidez muscular), por conta da perda da 
inibição e o trofismo muscular causa essa rigidez, e o reflexo acentuado se dá mediante o 
segundo neurônio motor funcionantes. Já quando a lesão é na segunda vias, ou chamada 
de via periférica, os reflexos não se tornam presentes, flacidez e rigidez muscular. 
 
Função encefálica 
O encéfalo funciona como um grande computador, integrando todas a informações e 
respondendo-as quando necessário. E no geral existem 3 sistemas que controlam a ação 
motora no corpo: 
(1) Âmbito sensorial. 
(2) Âmbito cognitivo. 
(3) Âmbito comportamental 
As informações sobre as respostas fisiológicas e os comportamentais geradas pelo 
sistema motor retroalimentam o sistema sensorial que, por sua vez, comunica-se com os 
sistemas cognitivo e comportamental. 
 
Substância branca cerebral   
Fibras comissurais : Conectam os córtices correspondentes aos dois hemisférios. 
Fibras de associação: Conectam o córtex das diferentes partes do mesmo hemisfério. 
Fibras de projeção: Conectam o córtex com as partes mais caudais do SNC. 
 
Substância cinzenta cerebral profunda 
Núcleos (gânglios) da base: Controlam o movimento em conjunto com o córtex motor. 
Núcleos da parte basal do prosencéfalo: Desempenham um papel importante na 
e stimulação, na aprendizagem, na memória e no controle motor ; ricos em fibras colinérgicas 
Claustro: Função obscura; pode integrar as informações entre o córtex cerebral e o 
sistema límbico 
 
 
As substâncias cinzenta e branca possuem uma distribuição única no encéfalo. A 
substância cinzenta do SNC contém neurônios curtos não mielinizados e corpos celulares 
neuronais . A substância branca é composta de axônios mielinizados e não mielinizados. 
 
Ventrículos do encéfalo 
São expansões da cavidade central encefálica, preenchidas com líquido 
cerebrospinal e revestidas por células ependimárias. Estes ventrículos são divididos em : 
- Primeiro e segundo ventrículo, ou ventrículos laterais , tem formato de ferradura , e 
são divididos em dois lóbulos que se unem por uma membrana chamada septo 
pelúcido. 
- Terceiro ventrículo , está no diencéfalo , conectando-se anteriormente ao ventrículo 
lateral através de um forame interventricular . Existem também no mesencéfalo, há o 
aqueduto do mesencéfalo , que interliga o terceiro e o quarto ventrículos. 
- Quarto ventrículo , está no tronco encefálico, dorsal a ponte e na região superior do 
bulbo. Há 3 aberturas: o par de aberturas laterais e a abertura mediana, estas 
conectam os ventrículos como espaço subaracnóideo que circunda o SNC, 
permitindo o preenchimento de líquido cerebrospinal. 
 
 
Nervos cranianos 
 
 
N° Nervo Origem Característica Função 
I Olfatório Bulbo Sensitivo Olfato 
II Óptico Corpo geniculado 
lateral no tálamo 
Sensitivo Visão 
III Oculomotor Núcleos de edinger 
westphal no 
mesencéfalo 
Motor Movimentos dos 
olhos (músculos 
extrínsecos) e 
das pupilas 
(músculos 
intrínsecos) 
IV Troclear Núcleos do nervo 
troclear no 
mesencéfalo 
Motor Movimento dos 
olhos(inerva 
apenas o 
músculo oblíquo 
superior dos 
olhos) 
V Trigêmio Núcleo principal e 
núcleo motor do nervo 
trigêmio na ponte 
Misto Responsável pela 
sensibilidade da 
face, e inerva os 
 
 
Tronco encefálico 
músculos da 
mastigação 
VI Abducente Núcleo do nervo 
abducente na ponte 
Motor Movimento lateral 
dos olhos, inerva 
apenas o 
músculo reto 
lateral dos olhos 
VII Facial Núcleo do nervo facial 
na ponte e núcleo do 
trato solitário no bulbo 
Misto Responsável pelo 
paladar que 
inerva os 
músculos da 
expressão facial 
VIII Vestibulococlear Núcleos vestibulares 
e núcleos cocleares 
anterior e posterior, 
localizados no bulbo e 
na ponte 
Sensitivo Equilíbrio na 
ramo vestibular e 
audição no ramo 
coclear 
IX Glossofaríngeo Núcleo do trato 
solitário na bulbo 
Misto Responsável pela 
sensibilidade de 
paladar da parte 
posterior da 
língua 
X Vago Núcleo Ambíguo, 
núcleo do nervo vago 
e núcleo do trato 
solitário no bulbo 
Misto Inervação 
aferente visceral, 
responsável pela 
deglutição, 
fonação e 
inervação 
parassimpática 
das vísceras 
torácicas e 
abdominais 
XI Acessório Núcleo ambíguo no 
bulbo e medula 
espinal da C1 a C5 
Motor Movimentos do 
pescoço, 
inervando o 
esternocleidomas 
tóideo e trapézio 
XII Hipoglosso Núcleo do nervo 
hipoglosso no bulbo 
Motor Movimentos da 
língua, inervando 
os músculos 
intrínsecos da 
língua 
 
Composto : ponte, bulbo (respiração e PA) e mesencéfalo (olhos). O tronco encefálico tem 
o mesmo plano estrutural da medula espinal, com substância branca externa circundando 
uma região interna de substância cinzenta . 
Localização: situado na fossa do crânio posterior, na parte basilar do osso occipital. 
Funções gerais: receber informações sensoriais das estruturas cranianas, controla os 
músculos da cabeça , conduto para o fluxo de informação , participa ativamente da inervação 
da face e da cabeça. 
● Bulbo (medula oblonga) 
É a parte mais caudal do tronco 
encefálico, contínuo com a medula 
espinal ao nível do forame magno do 
crânio . 
Formados por duas pirâmides que se 
localizam anteriormente, 
medialmente ao próprio bulbo , e 
transmitem impulsos nervosos 
voluntários que saem do medula 
espinal. 
Na parte caudal do bulbo, 70%-90% 
dessas fibras piramidais atravessam 
para o lado oposto do encéfalo em um 
ponto chamado decussação das 
pirâmides (“um cruzamento em 
forma de X”) . O resultado desse 
cruzamento é que cada hemisfério cerebral controla os movimentos voluntários do lado 
oposto do corpo. 
Ao lado e cada pirâmide encontra-se uma oliva , contendo o núcleo olivar inferior 
(substância cinzenta), esta é uma estação retransmissora das informações sensitivos que 
seguem para o cerebelo.Os pedúnculos cerebelares inferiores são tratos fibrosos que 
conectam o bulbo ao cerebelo, dorsalmente. Internamente, tem o núcleo grácil e 
cuneiforme . Nervos cranianos associados: 
1) Nervo vestibulococlear (VIII): audição e equilíbrio, o núcleo vestibular e coclear 
(dorsolateral do bulbo). 
2) Nervo glossofaríngeo (IX): língua e faringe, o núcleo ambíguo/motor e o núcleodo 
trato solitário/sensitivo. 
3) Nervo vago (X): órgãos viscerais no tórax e abdome, o núcleo motor dorsal do 
vago, núcleo do trato solitário e núcleo ambíguo. 
4) Nervo hipoglosso (XI): músculos da língua, núcleo do hipoglosso (abaixo do 4 
ventrículo) 
Os núcleos mais importantes na formação reticular do bulbo implicados nas atividades 
viscerais são: 
- Centro vasomotor , que regula a pressão arterial estimulando ou inibindo a 
contração do músculo liso nas paredes dos vasos sanguíneos. 
- Centro respiratório , que controla o ritmo básico e a frequência da respiração. 
- Centro do vômito , que controla o reflexo do vômito. 
 
● Ponte 
 
É saliência encravada entre o mesencéfalo e o bulbo, ela é separada do cerebelo 
pelo quarto ventrículo. Núcleos da ponte , são núcleos encefálicos retransmissores em uma 
via que conecta uma parte do córtex cerebral com o cerebelo, ligada à coordenação dos 
movimentos voluntários . Os núcleos da ponte enviam axônios para o cerebelo através dos 
espessos pedúnculos cerebelares médios . Nervos cranianos associados: 
1) Trigêmeo (V): a pele da face e os músculos da mastigação. 
2) Abducente (VI): que inerva um músculo que move o olho. 
3) Facial (VII): músculos da face, entre outras funções. 
Os núcleos da formação reticular na ponte, funcionam no controle dos reflexos 
autônomos . 
 
● Mesencéfalo 
Está situada entre o diencéfalo e a ponte, cavidade central do mesencéfalo é o 
aqueduto do mesencéfalo , que divide o mesencéfalo em teto , posteriormente, e 
pedúnculos cerebrais (pequenos pés do cérebro/ conectar ao cerebelo) anteriormente. 
Em corte transversal, são visíveis dois núcleos pigmentados mergulhados na substância 
branca do mesencéfalo. A substância negra, cujos corpos celulares neuronais contêm 
pigmento escuro de melanina , está situada profundamente aos tratos piramidais no 
pedúnculo cerebral. Esse núcleo está unido funcionalmente à substância cinzenta 
profunda do cérebro, os núcleos da base, e ao controle do movimento voluntário. A 
degeneração dos neurônios na substância negra é a causa do mal de Parkinson. 
O núcleo rubro , oval, está abaixo da substância negra. Seu matiz avermelhado 
deve-se à rica vascularização e à presença de pigmento de ferro nos corpos celulares de 
seus neurônios. Nervos cranianos associados: 
1) Núcleos oculomotor (III) 
2) Troclear (IV) 
A substância cinzenta central tem duas funções um pouco relacionadas. Primeiro, 
ela está implicada na reação de “lutar ou fugir” e a via autônoma que produz as reações 
psicológicas associadas a esse sentimento. Os reflexos auditivos e visuais são integrados 
pelos núcleos cerebrais nos colículos (corpos quadrigêmeos). Os dois colículos 
superiores atuam nos reflexos visuais, e os inferiores pertencem ao sistema auditivo. 
 
 
 
Cerebelo 
Funções: Regula os movimentos do 
membros e dos olhos e a 
manutenção da postura e do 
equilíbrio , parte desta também 
participa regulação das funções 
superiores do encéfalo , incluindo 
linguagem, cognição e emoção. 
(memória motora) 
Localização: posição dorsal à ponte 
e ao bulbo, dos quais está separado 
pelo quarto ventrículo. 
Estrutura: consiste em dois 
hemisférios cerebelares expandidos 
e conectados medialmente pelo 
verme do cerebelo, é dobrada em 
muitas cristas, chamadas folhas , 
separadas por sulcos profundos, denominados fissuras. 
Cada hemisfério cerebelar é subdividido em três lobos: os grandes lobos anterior e 
posterior ( movimento dos membros ), e o pequeno lobo floculonodular ( equilíbrio, cabeça, 
olhos e postura ). Possui três regiões: córtex externo de substância cinzenta , substância 
branca interna conhecida como árvore da vida e substância cinzenta profunda que 
constitui os núcleos cerebelares. 
Funcionamento: 
1. O cerebelo recebe informações do cérebro a respeito dos movimentos que estão 
sendo planejados. 
2. O cerebelo compara esses movimentos planejados com a posição e os 
movimentos reais do corpo. 
3. O cerebelo envia instruções de volta ao córtex cerebral a respeito de como 
resolver quaisquer diferenças entre os movimentos planejados e a posição real. 
A medula espinal participa no processamento de informações sensoriais 
provenientes dos membros, tronco e muito outros órgãos internos, controle dos 
movimentos corporais e regulação das funções viscerais . Além de fornecer um 
conduto para a transmissão de informação sensorial nos tratos que sobem até o encéfalo 
e informações motoras nos tratos descendentes. Cada segmento da medula espinal contém 
um par de raízes nervosas chamadas de raízes posteriores e anteriores. As posteriores 
contêm apenas axônios sensoriais que transmitem informação sensorial para a medula 
espinal. Já as raízes anteriores contêm axônios motores que transmitem comandos 
motores para os músculos e outros órgãos do corpo. Estes axônios se misturam com os 
nervos espinais. 
 
Diencéfalo 
Localização: forma a parte central do prosencéfalo e é circundado pelos hemisférios 
cerebrais. 
Estrutura: três estruturas pareadas= o tálamo, o hipotálamo e o epitálamo , que margeiam 
o terceiro ventrículo e são constituídas principalmente de substância cinzenta. 
 
● Tálamo 
 
É uma estrutura oval que corresponde a até 80% do diencéfalo e forma as paredes 
superolaterais do terceiro ventrículo. Os tálamos direito e esquerdo são unidos pela 
aderência intertalâmica. Os núcleos do tálamo é dividido em três grupos: grupo anterior, 
grupo mediano e grande grupo lateral . Os impulsos aferentes de todos os sentidos 
conscientes, exceto o olfato, convergem no tálamo e comunicam-se por sinapses em 
pelo menos um de seus núcleos. Qualquer parte do encéfalo que se comunique com o 
córtex cerebral precisa retransmitir seus sinais através de um núcleo do tálamo . Os núcleos 
do tálamo organizam e depois amplificam ou “suavizam” os sinais encaminhados para o 
córtex cerebral. 
● Hipotálamo 
É a parte inferior do diencéfalo, abaixo do tálamo, situado entre o quiasma óptico e 
a margem posterior dos corpos mamilares , protuberâncias arredondadas que se projetam 
no assoalho do hipotálamo. No lado inferior do hipotálamo, projeta-se a hipófise . 
O hipotálamoé o principal centro de controle visceral do corpo , regulando muitas atividades 
dos órgãos viscerais. 
● Epitálamo 
O epitálamo, a terceira e mais dorsal parte do diencéfalo, forma parte do teto do 
terceiro ventrículo e consiste em um minúsculo grupo de núcleos e um pequeno botão sem 
par chamado glândula pineal. Essa glândula, que deriva das células gliais ependimárias, é 
um órgão secretor de hormônio . Sob a influência do hipotálamo, a glândula pineal secreta o 
hormônio melatonina, que sinaliza ao corpo a hora de se preparar para a fase noturna do 
ciclo sono-vigília. 
 
 
Cérebro ou telencéfalo 
As várias fissuras evidentes nos hemisférios cerebrais e em volta deles separam as 
partes principais do encéfalo uma da outra. 
- A fissura transversa do cérebro separa os hemisférios cerebrais do cerebelo. 
- A fissura longitudinal mediana separa os hemisférios cerebrais direito e esquerdo 
 
 
 
● Lobos dos hemisférios cerebrais 
Existem muitos sulcos rasos na superfície dos hemisférios cerebrais que delimitam 
saliências de tecido cerebral retorcido, chamadas giros . Os giros e sulcos mais 
proeminentes são similares em todas as pessoas e também são marcos anatômicos 
importantes. Alguns dos sulcos mais 
profundos dividem cada hemisfério 
cerebral em cinco grandes lobos: frontal, 
parietal, occipital e temporal, além da 
ínsula. 
- Frontal: Estende-se 
posteriormente até o sulco central , que 
separa o lobo frontal do lobo parietal. O 
giro pré-central , contendo o córtex 
motor primário , situa-se imediatamente 
antes do sulco central. O lobo frontal 
contém áreas funcionais que planejam, 
iniciam e executam o movimento motor , 
incluindo o movimento dos olhos e a 
produção da fala. A região mais anterior 
do córtex frontal desempenha funções 
cognitivas de ordem superior , como o 
raciocínio, o planejamento, a tomada de decisão e a memória de trabalho, e outras 
funções executivas. 
- Parietal: Estende-se posteriormente do sulco central até o sulco parietoccipital, e 
sulco lateral forma seu limite inferior. O giro pós-central , imediatamente posterior 
ao sulco central, contém o córtex somestésico primário. O lobo parietal processa 
 
estímulos sensitivos , permitindo: a percepção consciente da sensibilidade somática 
geral ; a percepção espacial dos objetos, sons e partes do corpo ; e a compreensão 
da fala . 
- Occipital: Forma a parte posterior do cérebro e contém o córtex visual. Ele é 
separado do lobo parietal pelo sulco parietoccipital na superfície medial do 
hemisfério. 
- Ínsula: está inserida profundamente no sulco lateral e forma parte de seu assoalho. 
Ela é coberta por partes dos lobos temporal, parietal e frontal. O córtex sensitivo 
visceral do paladar e da sensibilidade visceral geral encontra-se nesse lobo. 
 
Áreas funcionais do córtex cerebral 
 
Áreas sensitiva 
Ocorre principalmente em partes dos lóbulos parietal, temporal e occipital. Existe 
uma área sensitiva para cada um dos sentidos no córtex sensitivo primário, divididos 
principalmente em sentidos somáticos gerais e sentidos especiais (visão,audição, equilíbrio, 
olfação e gustação). Ainda há, áreas de associação do estímulo/sentido , que 
normalmente ficam próximas do córtex responsável por aquele sentido, e tem como 
principal função, interpretar-lo e atribuir um significado a sensibilidade. 
 
- Áreas sensitivas somáticas 
Existe o córtex somestésico primário , que recebe informações de sensibilidade 
geral, está localizada no giro pós-central do lobo parietal . 
 
(1) Captada pelos receptores sensitivos periféricos 
(2) Retransmitido através da medula espinal, tronco encefálico e o pelo tálamo 
(3) Encaminha-se para o córtex somestésico primário 
(4) Neurônios corticais processam a informação 
(5) Identificando a área do corpo que está sendo estimulada 
(6) Área de associação 
(7) Compreensão abrangente do estímulo 
 
Já o córtex de associação somestésica , se encontra no lado posterior ao córtex 
somestésico primário. 
 
1. Áreas visuais: Existe o córtex visual primário , que se localiza na região posterior 
e medial do lobo occipital (sulco calcarino), e sua função é receber de maneira 
contralateral as informações visuais que se originam na retina do olho. Já a área de 
associação visual , localiza-se circundando o córtex visual, e abrange grande parte 
do lobo occipital, e sua conexão analisa cor, forma e movimento . 
 
2. Áreas auditivas: O córtex auditivo primário , que funciona para as percepções do 
som, localizado na margem superior do lobo temporal, sendo a associada a 
intensidade, ritmo e altura . Já a área de associação auditiva , localiza 
posteriormente e lateral ao córtex auditivo primário. 
 
 
3. Área sensitiva visceral: Existe o córtex sensitivo visceral , localizado 
profundamente no sulco lateral na ínsula , essa área recebe estímulos sensitivos 
gerais dos órgãos. 
 
4. Córtex vestibular: Responsável pela percepção do equilíbrio , localiza-se na parte 
posterior da ínsula , abaixo do sulco lateral. 
 
5. Córtex gustatório: Percepção consciente dos estímulos do paladar , localizado na 
ínsula . 
 
6. Córtex olfatório: Há o córtex piriforme , localizado da face medial do lobo 
temporal , em uma região chamada unco . Também há o rinencéfalo , que são o 
conjunto de todos os locais que recebem o estímulo olfativo, o córtex, trato e bulbo. 
 
 
Áreas motoras 
1. Córtex motor primário: Localiza-se no giro pré-central do lobo frontal, nesta região 
há grandes neurônios chamados de células piramidais, formando os tratos 
piramidais maciços que descem pelo tronco e medula. 
 
2. Córtex pré-motor: Localiza-se antes do giro pré-central, tem como função planejar 
e coordenar movimentos, retransmitindo o plano de movimento para o córtex 
motor primário visando a execução da ação, participa da retroalimentação sensitiva . 
 
3. Campo ocular frontal: Está localizado anteriormente ao córtex pré-motor, e tem 
como função controlar os movimentos voluntários dos olhos . 
 
4. Área de broca: Localiza-se na região inferior do córtex pré-motor no hemisfério 
esquerdo, e tem como função controlar os movimentos necessários para a fala . 
A área correspondente no hemisfériodireito, controla as conotações emocionais 
fornecidas pelas palavras. 
 
 
 
 
 
Área de associação multimodais 
São grandes regiões do córtex que recebem estímulos sensitivos de várias 
modalidades e áreas . 
 
1. Área de associação posterior: Nas regiões de interface das áreas de associação 
visual, auditiva e somestésica , nos lobos parietal e temporal. Ele percebe a 
localização espacial do corpo em si mesmo, objetos ao redor, necessitando da 
integração contínua destas áreas para realização do movimento. A informação 
visual sai da região occipital e segue dois caminhos, o fluxo dorsal (córtex parietal 
posterior até o giro pré-central/ ONDE ) e o fluxo ventral (inferior do lobo temporal/ 
QUE ). Assim que os estímulos visuais são processados, o estímulo auditivo é 
processado também ao longo das duas vias. A posterolateral do lobo parietal até o 
lobo frontal é o ONDE , e a anterolateral do lobo temporal até o lobo frontal, é o O 
QUE. 
 
2. Área de associação anterior: É a grande região anterior do lobo frontal , recebe 
informações da área de associação posterior, integra as informações com a área de 
associação límbica e planeja/iniciar as respostas motoras mediante suas ligações 
com as regiões motoras, ocorrem também funções cognitivas como raciocinar, 
perceber e lembrar-se. 
 
3. Área de associação límbica: Localiza-se medialmente nos hemisférios cerebrais 
em partes dos lobos temporal, parietal e frontal, incluindo o giro do cíngulo, 
hipocampo e o giro-hipocampal . Conectada a memória, emoção, integra o 
comportamento sensitivo-motor, utiliza a experiência anterior para influenciar a 
resposta ao estímulo. 
 
 
Vascularização 
De forma geral, quatro pares de artérias 
suprem a cabeça e pescoço: 
- a artéria carótida comum e a 
artéria vertebral. 
- o tronco tireocervical e o tronco 
costocervical (estes três ramos 
advindos de cada subclávia). 
A maioria das partes da cabeça e 
do pescoço recebe seu sangue das 
artérias carótidas comuns direita e 
esquerda, que sobem pela parte anterior 
do pescoço, bem ao lado da traqueia. Na 
margem superior da laringe, cada artéria 
carótida comum termina se dividindo em 
uma artéria carótida externa e interna . As 
artérias carótidas externas direita e esquerda abastecem a maioria dos tecidos da 
cabeça, externos ao encéfalo e à órbita. À medida que cada carótida externa sobe, ela 
emite um ramo para a glândula tireóide e à laringe, a língua, a pele e músculos anteriores 
da face, a parte posterior do couro cabeludo e a região em torno da orelha. Perto da 
articulação temporomandibular (ATM), cada carótida externa termina se dividindo nas 
artérias temporal superficial e maxilar . 
● A artéria temporal superficial sobe imediatamente anterior à orelha e supre a maior 
parte do couro cabeludo. 
● A artéria maxilar e profunda ao colo da mandíbula e no posterior à maxila,passando 
pelos músculos da mastigação. 
Um ramo clinicamente importante da artéria maxilar é a artéria meníngea média . 
Esse vaso entra no crânio através do forame espinhoso no osso esfenóide e supre as 
amplas superfícies internas do osso parietal e a parte escamosa do osso temporal, bem 
como a dura -máter subjacente. Dando continuidade, as artérias carótidas internas irrigam 
as órbitas e a maior parte do encéfalo. Cada carótida interna sobe pelo pescoço, 
lateralmente na faringe, e entra no crânio pelo canal carótico , no osso temporal. Desse 
ponto, ela segue medialmente pela parte petrosa do osso temporal , avança ao longo do 
corpo do osso esfenóide e faz uma curva para cima, entrando posterior ao canal óptico. 
Nesse local, ela emite a artéria oftálmica para o olho e a órbita e se subdivide nas artérias 
cerebrais anterior e média. Cada artéria cerebral anterior se anastomosa com sua parceira 
no lado oposto através de uma artéria comunicante anterior curta e supre as faces medial e 
superior dos lobos frontal e parietal. 
 
 
Cada artéria cerebral média passa pelo sulco lateral de um hemisfério cerebral e 
supre as partes laterais dos lobos temporal e parietal. O suprimento sanguíneo para a parte 
posterior do encéfalo provém das artérias vertebrais direita e esquerda, que surgem nas 
artérias subclávias, na região inferior do pescoço. As artérias vertebrais sobem pelos 
forames nos processos transversos das vértebras cervicais C VI e C I e entram no crânio 
pelo forame magno. 
Ao longo do caminho, elas emitem ramos para as vértebras e medula espinal 
cervical. Dentro do crânio, as artérias vertebrais direita e esquerda se unem, formando a 
artéria basilar ímpar , que sobe ao longo da linha média ventral da ponte , emitindo ramos 
para o cerebelo, ponte e orelha interna. 
Artérias comunicantes posteriore s curtas conectam anteriormente às artérias 
cerebrais posteriores às artérias cerebrais médias . As duas artérias comunicantes 
posteriores e a única artéria comunicante anterior completam a formação de uma 
anastomose arterial chamada círculo arterial do cérebro (antes chamado de círculo de 
Willis) . Ao interconectar as artérias que irrigam as partes anterior, posterior, esquerda e 
direita do encéfalo, essa anastomose proporciona rotas alternativas para o sangue chegar 
às áreas do encéfalo que são afetadas, caso ocorra uma obstrução na artéria carótida ou 
na artéria vertebral. 
 
 
Circulação anterior 
1. Artéria cerebral média 
A ACM proximal dá origem a ramos penetrantes, chamadas de artérias 
lenticuloestriadas, que suprem o putame, a parte externa do globo pálido, o ramo posterior 
da cápsula interna, a coroa radiada adjacente e a maior parte do núcleo caudado. O 
processo oclusivo ocorre com mais frequência por conta de êmbolo do que processo 
aterosclerótico, a formação de vasos colaterais leptomeníngeos impede em grande parte 
das vezes que a estenose da ACM torne-se com sintomas presentes. 
As ramificações envolvem a região cortical lateral exceto, o polo frontal e a faixa 
superior e média, de interconexão entre os lóbulos frontal e parietal, este supridos pela 
artéria cerebral anterior; e as conecção entre os lobos temporal e occipital, que é abrangidapela artéria cerebral posterior. Na fissura de Sylvius, em grande maioria a ACM se divide 
em inferior e superior, a primeira abrangendo o córtex parietal inferior e temporal, enquanto 
o segundo atinge o córtex frontal e parietal superior. Se houver oclusão de toda a ACM em 
sua origem e as colaterais distais forem limitadas, os achados clínicos são: 
- hemiplegia contralateral: paralisia de um lado do corpo. 
- hemianestesia : ausência de sensibilidade em uma das metades do corpo. 
- hemianopsia homônima: defeito visual que afeta igualmente a ambos olhos, e 
ocorre tanto à esquerda ou direita da linha média do campo visual. 
- Disartria : s ão consegue articular e pronunciar bem as palavras devido a uma 
alteração no sistema responsável pela fala. 
 
 
Q uando o hemisfério dominante é comprometido, também se observa afasia global , 
e quando o hemisfério não dominante é afetado detectam-se anosognosia ( incapacidade 
de uma pessoa ter consciência de sua própria doença) , apraxia construcional ( é a 
incapacidade de construir figuras geométricas, montar quebra-cabeças ou desenhar um 
cubo ou outras figuras geométricas) e negligência . 
A oclusão de um vaso lenticulostriate produz AVE de pequeno vaso (lacunar) 
dentro da cápsula interna. Isto gera AVE motor puro ou sensorimotor contralateral à 
lesão. A isquemia dentro do joelho da cápsula interna causa fraqueza principalmente facial 
seguida de fraqueza do braço e depois da perna à medida que a isquemia se desloca 
posteriormente dentro da cápsula. 
 
2. Artéria cerebral anterior 
Divide-se em dois segmentos: o polígono de Willis pré-comunicante ( tem diversos 
ramos profundos que suprem a necessidade sanguínea da cápsula interna anterior, da 
amídala, da substância perfurada anterior, hipotálamo anterior e a parte mais inferior do 
núcleo caudado), e segmento pós-comunicante. A oclusão da ACA proximal costuma ser 
bem tolerada, em virtude do fluxo colateral através da artéria comunicante anterior e de 
colaterais através da ACM e da ACP. Se ambos os segmentos A2 derivarem de um tronco 
encefálico anterior único, a oclusão pode afetar ambos os hemisférios. Ocorrem abulia 
profunda (retardo nas respostas verbais e motoras) e sinais piramidais bilaterais com 
paraparesia ou tetraparesia e incontinência urinária). 
 
 
 
3. Artéria coroidal anterior 
Advém da artéria carótida interna, e irriga o ramo posterior da cápsula interna, e 
substância branca póstero-lateral a ela, atingindo as fibras geniculocalcarinas. A síndrome 
completa de oclusão da artéria coroidal anterior consiste: 
- hemiplegia contralateral 
- hemianestesia (hipoestesia) 
- hemianopsia homônima 
Mediante a irrigação sanguínea 
de outras artérias na região , 
podem ocorrer efeitos mínimos e, 
com frequência os pacientes tem 
recuperação substancial. 
 
4. Artéria carótida interna 
Seus sintomas e agravos variam 
segundo o grau de isquemia. Se 
o trombo propagar-se até a 
artéria carótida interna e daí para 
a ACM, ou embolizá-la, os 
sintomas são idênticos aos da 
oclusão da ACM proximal . 
Quando as origens da ACA e da 
ACM são ocluídas no topo da 
artéria carótida, ocorrem abulia 
ou estupor com hemiplegia, hemianestesia e afasia ou anosognosia . Em cerca de 25% 
dos casos de doença sintomática da carótida interna, cegueira monocular transitória 
 
(amaurose fugaz) recorrente alerta para a presença da lesão, tudo isto por meio da artéria 
oftálmica. 
 
5. Artéria carótida comum 
Todos os sinais e sintomas de oclusão da carótida interna também podem 
acompanhar a oclusão da artéria carótida comum. 
 
Circulação posterior 
1. Artéria cerebral posterior 
Comumente se observam duas síndromes clínicas na oclusão da ACP: 
 
(1) síndrome de Pl : sinais mesencefálicos, subtalâmicos e talâmicos . 
Pode sobrevir paralisia do terceiro nervo craniano (oculomotor) com ataxia contralateral 
(síndrome de Claude/núcleo rubro) ou hemiplegia contralateral (síndrome de Weber/ 
pedúnculo cerebral). Se atingir o núcleo subtalâmico ocorre hemibalismo contralateral ( é um 
distúrbio neuromotor raro caracterizado por movimentos involuntários abruptos e 
possivelmente violentos e envolve mais a musculatura proximal do que distal). 
Um infarto extenso do mesencéfalo e do subtálamo decorrente de oclusão bilateral da ACP 
proximal apresenta-se como coma, pupilas não reativas, sinais piramidais bilaterais e 
rigidez de descerebração. A oclusão dos ramos penetrantes das artérias talâmicas e tálamo 
geniculadas produz síndromes lacunares talâmicas e tálamo capsulares menos extensas. A 
síndrome talâmica de Déjerine-Roussy consiste em perda sensorial contralateral, seguida 
mais tarde de dor agonizante, lancinante ou em queimação nas áreas afetadas. 
 
(2) síndrome de P2 : sinais do córtex temporal e do lobo occipital. 
A oclusão da ACP distal causa infarto 
dos lobos temporal medial e occipital. 
Normalmente se manifesta como: 
- hemianopsia homônima 
contralateral, com preservação da 
mácula 
- prejuízo agudo da memória 
Se o hemisfério dominante for afetado 
e o infarto ampliar-se, comprometendo 
o esplênio do corpo caloso, o paciente 
pode evidenciar alexia sem agrafia. 
Agnosia visual para faces, objetos, 
símbolos matemáticos e cores, e 
anomia com erros parafásicos (afasia 
amnésica) também podem ocorrer 
nessas circunstâncias, mesmo na 
ausência de envolvimento do corpo 
caloso. A oclusão da artéria cerebral 
posterior pode produzir alucinose 
peduncular (alucinações visuais com 
cenas e objetos em cores vívidas). 
 
 
2. Artéria vertebral e cerebelar inferior posterior 
Quando uma artéria vertebral sofre atresia e uma lesão aterotrombótica ameaça a 
origem da outra, a circulação colateral, que também pode incluir fluxo retrógrado a partir da 
artéria basilar, muitas vezes é insuficiente . Nesse contexto, podem ocorrer AIT por 
hipofluxo, consistindo em síncope, vertigem e hemiplegia alternada; esse estado também 
prepara o terreno para trombose. 
 
3. Artéria basilar 
Um estado de "encarceramento" (locked-in) com preservação da consciência, 
tetraplegia e sinais dos nervos cranianos sugere um infarto completo da ponte e do 
mesencéfalo inferior. Os AIT na distribuição da artéria basilar proximal podem provocarvertigem (muitas vezes descrita pelo paciente como "sensação de estar nadando", 
"oscilação': "deslocamento", "instabilidade'' ou "sensação de cabeça oca'). Outros sintomas 
que alertam para trombose basilar incluem diplopia, disartria, dormência facial ou perioral e 
sintomas hemissensoriais. 
Em geral, os sintomas de um AIT dos ramos basilares afetam um dos lados do 
tronco encefálico, enquanto os sintomas de um AIT da artéria basilar em geral afetam 
ambos os lados, embora se tenha enfatizado a existência de hemiparesia "de alerta' como 
sintoma inicial de oclusão basilar. Com maior frequência, os AIT, independentemente de 
serem secundários a oclusão iminente da artéria basilar ou de um ramo basilar, tem curta 
duração ( 5 a 30 minutos) e são repetitivos, ocorrendo várias vezes ao dia. 
 
 
Artéria Região Sintomas 
Artéria cerebral 
média (ACM) 
-Irriga as regiões temporais e 
limites entre frontal, parietal e 
occipital. 
-Afasia (quando o hemisfério 
dominante é lesado); 
- Hemiplegia e/ou hemiparesia 
 
-Suprem o corpo estriado e parte do 
globo pálido. 
-Ainda supre o córtex insular. 
-Atinge as regiões do: córtex motor, 
córtex sensitivo e centro da fala. 
→ Área motora primária: atividade 
voluntária 
→ Área sensitiva primária: 
sensibilidade/percepção tátil 
 → Área da Broca: fluidez da 
linguagem. 
→ Área de Wernicke: área 
responsável pela compreensão do 
que se é ouvido e/ou lido. Área de 
interpretação da linguagem. 
→ Cápsula interna: associação dos 
membros inferiores com superiores. 
 
contralateral, mais acentuada na 
face 
e membro superior; 
- Hemianopsia homônima. 
 
Artéria cerebral 
anterior (ACA) 
-Abrange a região medial do 
cérebro e a porção mais superior da 
face súpero- lateral de cada 
hemisferio 
-Parte do giro pré e pós central, 
responsáveis pela inervação da 
região da PERNA e PÉ. 
→ Área motora primária: 
motricidade voluntária nos 
membros inferiores 
→ Área sensitiva primária: 
sensibilidade/percepção tátil 
→ Giro do cíngulo: reação 
involuntária 
 
 
-Hemiparesia contralateral, mais 
acentuada no membro inferior; 
- Perda sensorial contralateral; 
- Alterações do funcionamento 
esfincteriano anal e vesical; 
- Manifestações mentais, que são 
mais nítidas e estáveis se o AVC 
for bilateral; 
- Alterações do comportamento, 
se o AVC do lobo frontal for 
intenso. 
 
Artéria carótida 
interna (ACI) 
-Penetra na cavidade craniana pelo 
osso temporal. Perfura a 
dura-máter e a aracnóide e, no 
início do sulco lateral, divide-se em 
dois ramos terminais: as artérias 
cerebrais média e anterior. 
-Irrigam a parte anterior do 
encéfalo: frontal, parietal, temporal 
e o diencéfalo. 
- Cegueira monocular transitória, 
causada por isquemia ipsilateral 
da artéria retiniana. 
-A oclusão da artéria carótida 
pode ser assintomática. A 
oclusão sintomática resulta em 
uma síndrome semelhante ao 
AVC da artéria cerebral média 
(hemiplegia contralateral, déficit 
hemissensorial e hemianopsia 
homônima, além de afasia, caso 
o hemisfério dominante esteja 
envolvido). 
Artéria cerebral 
posterior (ACP) 
-Irrigam o córtex das áreas caudais 
e basais do lobo temporal e 
hipocampo, assim como todo córtex 
do lobo occipital com seu córtex 
- Síndromes sensoriais talâmicos; 
- Alterações de memória (lesão 
bilateral); 
- Cegueira cortical, provocada por 
 
visual. 
- Também irriga o tálamo e uma 
grande parte do mesencéfalo. 
→ Áreas visuais: campo de visão 
(região occipital). 
→ Tálamo: relacionado a 
sensibilidade, a consciência e 
vigilância. 
 
lesão bilateral dos lobos 
occipitais 
associada à agnosia; 
- Ataxia . 
- o paciente pode apresentar 
anopsia (perda da visão em um 
olho), ou até mesmo, 
quadrantanopsia (apenas um 
quadrante de todo o campo 
visual). 
- A oclusão da artéria cerebral 
posterior produz uma 
hemianopsia homônima afetando 
o campo visual contralateral. 
-Nas oclusões junto ao nível do 
mesencéfalo, as anormalidades 
oculares podem incluir paralisia 
do olhar vertical, paralisia do 
nervo oculomotor (III), 
oftalmoplegia internuclear e 
desvio de inclinação vertical dos 
olhos. 
-Quando a oclusão da artéria 
cerebral posterior afeta o lobo 
occipital do hemisfério dominante 
(que geralmente é o esquerdo), 
os pacientes podem apresentar 
afasia anômica (dificuldade de 
denominar objetos), alexia sem 
agrafia (incapacidade de ler, sem 
comprometimento da escrita), ou 
agnosia visual (incapacidade de 
identificar objetos apresentados 
no lado esquerdo do campo 
visual, sendo causada por uma 
lesão do corpo caloso, que 
desconecta o córtex visual direito 
das áreas da linguagem do 
hemisfério esquerdo). 
Artéria 
vertebral e 
cerebelar 
posterior 
-As artérias vertebrais seguem em 
direção ao encéfalo a partir das 
artérias subclávias. Passam pelas 
primeiras seis vértebras cervicais e 
penetram no crânio pelo forame 
magno. Fundem –se para constituir 
a artéria basilar. 
-Percorre a ponte e termina 
anteriormente, bifurcando-se para 
formar as artérias cerebrais 
posteriores direita e esquerda. 
 
 
 
 
Quando se fala em definição, podemos ir diretamente para a etimologia da palavra, 
a autonomia , se refere a ser independente, de certa forma involuntário . Neste viés, de 
maneira conceitual SNA é a porção do SNC que controla a maioria das funções 
viscerais. O funcionamento é basicamente através do recebimento de a informação 
sensorial que vem do sistema somatossensorial e dos receptores viscerais seguindo 
para o centro de controle localizados no hipotálamo, ponte e bulbo. Este sistemas 
viscerais, sendo dividido em simpático (fula e fuga) e parassimpático (principalmente 
relaxamento). 
Existem 4 propriedades de controle da homeostase : 
(1) Regulação para cima ou baixo por controle tônico ( ex. glândulas sudoríparas e 
musculatura lisa) 
(2) Preservação das condições do meio interno ( ex. ereção peniana) 
(3) Controle antagonista ( ex. frequência cardíaca) 
(4) Sinais químicos com efeitos diferentes ( ex.vasos) 
 
Os neurônios autonômicos são algumas glândulas exócrinas e endócrinas, músculo 
liso e cardíaco, tecidos linfáticos e tecido adiposo. 
 
Gânglio/ Neurônios 
Todas a vias autonômicas tem basicamente essa mesma estrutura, contendo os 
gânglio

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