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Abrangência das ações de saude

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It’s Great 
 
 
Problema 1: IT'S GREAT! 
Tema central: Abrangências das ações de saúde 
Coordenadora: Julia Bianca 
Relatora: Wilma Rayane 
 
♡ Programa Mais Médicos 
♡ A importância da ANS no sistema de saúde 
(o que ela faz e como ela regula a saúde 
pública) 
♡ Princípios e diretrizes do SUS 
 ♡ Gerenciamento do SUS (de onde vem a 
verba do SUS?/ como tudo isso é gerenciado?/ 
toda a população pode ser usuária?) 
♡ Relação da cobertura de custo do Brasil e 
EUA 
♡ Sistema Suplementar de Saúde 
♡ Como funciona o Sistema de Saúde 
brasileiro 
 
 
♡ PROGRAMA MAIS MÉDICOS: 
A partir da sua inscrição, o médico pode 
trabalhar no Brasil, no qual o objetivo é ajudar 
naquelas regiões que faltam assistência 
médica. O governo arca com toda a sua 
“sobrevivência”, como moradia e salário. O 
maior objetivo é ajudar as regiões mais 
necessitadas, o salário não é tão bem 
remunerado. Muitos médicos de fora vêm 
para o Brasil com a expectativa de melhorar 
de vida. A intenção desse programa é utilizar 
uma medicina preventiva. Esse programa 
continua até hoje, porém com diferenças de 
quando começou. Muitas faculdades têm 
programas em contrapartida ao Mais Médicos, 
a fim de levar mais médicos para auxiliar 
lugares que estão com defasagem em 
assistência médica. 
 
 ♡ A IMPORTÂNCIA DA ANS NO SISTEMA 
DE SAÚDE (O QUE ELA FAZ E COMO ELA 
REGULA A SAÚDE PÚBLICA) E SISTEMA 
SUPLEMENTAR DE SAÚDE: 
Regula através de diretrizes os planos de saúde 
e complementa o sistema único de saúde 
pública. Eles organizam a quantidade de 
procedimentos que podem fazer, o percentual 
de ajustes, o tempo de espera para realização 
dos procedimentos. Quem determina quais os 
procedimentos que os planos podem fazer, é a 
ANS. A ANS é uma agência governamental, 
portanto age no meio público e privado, sendo 
uma subdivisão do ministério da saúde. 
 
♡ PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS 
Oferece o serviço gratuito para todas as 
pessoas, independente de renda. Promover a 
equidade, integralidade e universalidade. 
Universalidade é que todos os cidadãos que 
estão em território brasileiro, recebem 
assistência médica gratuita, todos os serviços 
oferecidos são universais em caso de 
emergência. Existe um programa federal 
Farmácia Popular, no qual recebe receitas de 
todo Brasil através de receitas vindas do SUS. 
Equidade é direcionar ajuda conforme a 
necessidade de cada um, dá mais para quem 
mais precisa. Integralidade é integrar 
diversos setores e trabalharem de forma 
contínua, além de ser a atenção primária, 
secundária (atendimentos a população que já 
está doente) e a terciária (seria a “pós doença”, 
a recuperação de qualquer enfermidade). 
As diretrizes são: empoderamento, 
participação social, sustentabilidade, 
equidade, concepção holística, 
Intersetoralidade, multiações. 
♡ GERENCIAMENTO DO SUS (DE ONDE 
VEM A VERBA DO SUS? / COMO TUDO 
ISSO É GERENCIADO? / TODA A 
POPULAÇÃO PODE SER USUÁRIA?) E 
COMO FUNCIONA O SISTEMA DE 
SAÚDE BRASILEIRO: 
Uma parte do INSS vai para a saúde além 
dos impostos. Existem verbas pré 
destinadas para a assistência saúde. A 
verba do SUS vem de uma porcentagem 
do PIB. Essa relação com o PIB vem desde 
a Constituição. O financiamento do SUS 
vem da União, do Estado e do Município. 
Não há um valor fixo por parte Federal, 
pois depende da relação do PIB. 
Todo o gerenciamento é descentralizado. 
Os estados que têm menor aquisição, são 
os que mais sofrem para se organizarem. 
♡ RELAÇÃO DA COBERTURA DE CUSTO 
DO BRASIL E EUA 
Nos EUA, por não ter um sistema público 
de saúde para todos, muitas pessoas não 
têm condições de se consultar e de fazer 
procedimentos simples pelo simples fato 
de não terem renda necessária. A saúde 
nos EUA é mercantil, o que difere do 
Brasil, pois há um oferecimento de todos 
os procedimentos gratuitos. Muitas 
pessoas nos EUA parcelam suas dívidas 
hospitalares, por não terem condições, e 
muitas vezes morrem e não pagam suas 
dívidas. As pessoas que viajam para os 
EUA precisam fazer o Seguro de Saúde. A 
saúde nos EUA é de excelência, porém 
nem todos têm condições. 
♡ Conhecer o Programa Mais Médicos 
 
♡ Relatar a importância da ANS e suas 
ações 
 
♡ Esclarecer os princípios e diretrizes do 
SUS 
 
♡ Identificar a fonte de financiamento e 
como é a gestão do SUS 
 
♡ Comparar o sistema de saúde do Brasil 
e dos Estados Unidos 
 
 
 
♡ PROGRAMA MAIS MÉDICOS : 
 
O Programa Mais Médicos (PMM) foi 
criado em julho de 2013 por meio de 
Medida Provisória, convertida na Lei 12.8711, 
pelo Congresso Nacional, em outubro do 
mesmo ano; e se somou a um conjunto de 
ações e iniciativas num cenário em que o 
Governo Federal assumiu a tarefa de 
formular políticas públicas para enfrentar 
alguns “MINHA FALA: O PROGRAMA + 
MÉDICOS SURGIU EM 2013 ATRAVÉS DA 
ELABORAÇÃO DE UM PROJETO QUE VISAVA 
SUPRIR/ATENUAR OS DESAFIOS DE SAÚDE 
QUE O PAIS VINHA ENFRENTANDO, 
PRINCIPALMENTE NO CAMPO DA ATENÇÃO 
PRIMÁRIA, desafios ESSES que vinham 
condicionando a expansão e o 
desenvolvimento da Atenção Básica (AB) no 
país, em especial, a insuficiência, A má 
distribuição de médicos, MÁ DISTRIBUIÇÃO 
DE vagas de graduação e DE residência 
MÉDICA, ALÉM DO perfil de formação 
inadequado DOS MÉDICOS EM RELAÇÃO às 
necessidades da população BRASILEIRA, OU 
SEJA, A FORMAÇÃO DOS MÉDICOS NÃO 
VINHA SENDO CONDIZENTE COM QUE SE 
ESTAVA VIVENDO NO PAÍS, A DISPARIDADE 
E DESIQUADADE NA FORMAÇÃO DE 
MÉDICOS ERA MUITO EXPRESSIVA, ENTÃO 
O PMM surge como resposta à necessidade 
DE fortalecimento da Atenção Básica, 
VISANDO expandir a cobertura da ESF 
(equipe de Saúde da Família – eSF), 
VISANDO ATENDER E SUPRIR A CARENCIA 
DE ATENDIMENTO PRIMÁRIO DAS 
UNIDADES DE SAÚDE DO PAÍS, a qual vinha 
apresentando BAIXO E LENTO crescimento 
(1,5% ao ano). 
“ELE TAMBÉM FOI PROJETADO com UMA 
proposta de distribuição mais equitativa dos 
médicos nos serviços DA ATENÇÃO DE 
SAÚDE EM TORNO DO TERRITÓRIO 
BRASILEIRO com foco na ampliação e 
universalização do acesso à saúde, OU SEJA, 
UM REFORÇO/SUPORTE AO SISTEMA DE 
SAÚDE”, TRAZENDO MAIS MÉDICOS DE 
IMEDIATO E REORDENANDO A FORMAÇÃO 
EM SAÚDE NO PAÍS, COM INTUITO DE 
GARANTIR OQ SE TEORIZAVA E SE DIZ NA 
CONSTITUIÇÃO DE CUMPRIR E GARANTIR O 
PAPEL REGULADOR DO ESTADO QUANTO AO 
DIREITO Á SAÚDE.” e, consequentemente, 
produzir impactos na qualificação da 
atenção17,18. Para além da provisão 
imediata de médicos, o PMM traz estratégias 
para reordenar a formação em saúde no 
País, como uma tentativa de cumprimento do 
papel regulador do Estado em efetivar o 
Direto à Saúde, conforme preconiza a 
Constituição Federal5,20-22. Em termos de 
possibilidades e potencialidades, o “ENTÃO, 
EM LINHAS GERAIS, O PMM SE CONFIGURA 
COMO UM PROJETO REVOLUCIONÁRIO DA 
SAÚDE EM DEFESA DO SUS, EM DESEFA DA 
GARANTIA DE SAÚDE A TODOS CONFORME 
A NOSSA CONSTITUIÇÃO, EM DEFESA DA 
FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DESSES 
PROFISSIONAIS NO PAÍS E TB DAQUELES 
QUE DEPENDEM DO SISTEMA ÚNICO DE 
SAÚDE, PRINCIPALMENTE DAS ÁREAS MAIS 
CARENTES E DESPOTENTES DO PAÍS, COMO 
UMA OPORTUNIDADE DE TRANSFORMAR A 
ATENÇÃO PRIMÁRIA, SUPRIR A CARÊNCIA 
DE MÉDICOS, REORDENAR A DESIQUADADE 
DOS CUIDADOS DE SAÚDE NO TECIDO 
BRASILEIRO E DE IMPLANTAR O MODELO DE 
CUIDADOS EFETIVOS CONCEBIDOS PELA 
EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA-ESF, 
CONTRIBUINDO,ASSIM, PARA A 
ORGANIZAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DAS 
REDES DE ATENÇÃO BÁSICA DA SAÚDE “e a 
transformação do modelo de atenção 
A proporção de médico por habitante no 
Brasil (1,8/1.000)4 era muito menor 
que: a da Argentina (3,9)5; a de diversos 
países que também garantem sistemas de 
saúde universais como Canadá (2,4), Reino 
Unido (2,7), Espanha (3,5) e Portugal (3,8); 
e menor também que a média dos 33 países 
da Organização para Cooperação e 
Desenvolvimento Econômico (3,1)4. 
Além disso, esses médicos estavam mal 
distribuídos no territórionacional, de 
modo que as áreas e as populações mais 
pobres e vulneráveis eram as que contavam, 
proporcionalmente, com menos médicos. 
Agravando o problema, de 2002 a 2012, a 
quantidade de médicos formados no Brasil 
correspondeu a apenas 65% do total de 
empregos médicos criados no mesmo 
período6. 
Observa-se também que o modelo de 
muitos países que também apresentam 
maior demanda que formação de 
médicos e que equilibram 
O PMM provê médicos para atuarem na 
ATENÇÃO BÁSICA-AB, nas áreas mais 
vulneráveis e com maiores necessidades, O 
PMM ELE TB providencia O 
aperfeiçoamento DESSES 
PROFISSIONAIS por meio de diversas 
atividades de integração ensino-serviço, 
articuladas por um período de até três 
anos, MAS QUE TB PODE ser prorrogado 
por até mais três anos. Seguindo a 
experiência de outros países e as 
recomendações da Organização Mundial da 
Saúde (OMS), para a qual é necessário 
combinar as estratégias de provimento e 
fixação de profissionais de saúde11, TB É 
IMPORTANTE SALIENTAR QUE o PMM 
forneceu atividades educacionais 
presenciais e à distância; bolsas de 
formação financiadas pelo governo 
federal; incentivos para moradia e TB DE 
alimentação, custeados PELOS 
GESTORES MUNICIPAIS; apoio clínico à 
distância; e lógicas de interação por 
meio de comunidades de práticas 
virtuais, OU SEJA, TODO UM SUPORTE 
COM QUE FOSSE MAIS ATRATIVO PRA 
BUSCAR E CONSEGUIR ESSES MÉDICOS 
PRO PAÍS, E FOI JUSTAMENTE DEVIDO A 
ESSE esse déficit DE MÉDICOS NO 
PAÍS,ALIADO COM ESSA GARANTIA DE 
SUPORTE DO PROGRAMA QUE ACABOU 
atraindo profissionais formados em 
outros países. 
 
As atividades de integração ensino-serviço 
usam a prática da equipe como matéria-
prima do processo pedagógico. Todos os 
médicos cursam especialização lato 
sensu oferecida por uma Instituição de 
Ensino Superior (IES) pública por meio 
da Universidade Aberta do SUS 
(UNASUS). Além disso, a educação 
permanente dos profissionais é 
realizada por supervisores e tutores 
pedagógicos ligados a instituições de 
ensino do sistema educacional ou do 
SUS. Os médicos DO PMM têm acesso ao 
Portal Saúde Baseada em Evidências do 
Ministério da Saúde (MS) e ao 
Telessaúde Brasil Redes, ELES TB 
desenvolvem atividades de extensão 
cujos projetos de intervenção são 
construídos junto com as equipes, E 
ISSO TB É UMA DAS FINALIDADES DO 
PROGRAMA, QUE É Identificar, coletar, 
normalizar e armazenar as principais 
bases de dados de interesse visando 
recuperação de dados em alta 
performance para tomada de DECISÕES 
baseada em EVIDÊNCIAS, OQ 
CONHECEMOS COMO MEDICINA 
BASEADA EM EVIDÊNCIAS. 
A SELEÇÃO DE PROFISSIONAIS NO PROGRAMA 
OCORRE DA SEGUINTE FORMA. A PRIMEIRA É A 
DEFINIÇÃO DAS VAGAS DISPONÍVEIS, QUE 
OCORRE POR MEIO DE UM PROCESSO PRÉVIO DE 
ADESÃO DOS MUNICÍPIOS QUE INDICAM QUAIS 
EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA-ESF TÊM 
NECESSIDADE DE COMPLETAR VAGAS E QUANTAS 
SERÃO IMPLANTADAS. A OCUPAÇÃO DAS 
VAGAS,É REALIZADA POR MEIO DE EDITAIS 
PÚBLICOS DE CHAMAMENTO DE MÉDICOS, HÁ 
UMA ORDEM TB DE PRIORIDADE DEFINIDA EM 
LEI: PRIMEIRO, SÃO CONVOCADOS MÉDICOS COM 
REGISTRO NO BRASIL; EM SEGUNDO LUGAR, 
MÉDICOS BRASILEIROS COM REGISTRO APENAS 
NO ESTRANGEIRO; DEPOIS, SÃO OS MÉDICOS 
ESTRANGEIROS, TAMBÉM COM REGISTRO 
APENAS NO ESTRANGEIRO; E, POR FIM, MÉDICOS 
QUE PARTICIPAM, NÃO INDIVIDUALMENTE, MAS 
POR MEIO DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL 
QUE VEM SENDO REALIZADA ENTRE A 
ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAÚDE 
(OPAS) E O MINISTERIO DE SALUD PÚBLICA DE 
CUBA. 
SUCESSO: O PMM, em menos de três anos 
de implantação, alcançou, no eixo 
provimento, um conjunto de resultados 
relacionados aos objetivos do programa, tais 
como: atender a demanda de médicos feita 
em 2013 e, nos anos posteriores, a demanda 
dos gestores municipais para expandir eSF e 
completar as existentes; alocar médicos nas 
áreas com maior necessidade com equidade 
na distribuição; ampliar a cobertura da AB e 
da ESF num volume e velocidade 
significativamente superior aos anos 
anteriores; ampliar o acesso da população às 
ações de AB; elevar o número de consultas e 
diversificar o escopo de procedimentos de 
AB; aumentar o ritmo de redução das 
internações sensíveis à AB; ser bem avaliado 
por usuários, médicos e gestores; e se 
constituir como uma alternativa importante 
de atuação para os médicos brasileiros. 
Mesmo com O sucesso DO PROGRAMA, OS 
médicos brasileiros ainda escolhem e atuam 
num número de municípios bem menor em 
relação aos locais onde os brasileiros 
formados no exterior e, em especial, os QUE 
OS estrangeiros se propõem a atuar. Isso 
faz, por exemplo, com que todos os DistritoS 
sanitárioS especiaIS indígenas- DSEI tenham 
hoje equipes completas, por primeira vez, 
graças aos médicos estrangeiros. Além disso, 
o tempo médio de permanência e a taxa de 
desistência dos médicos brasileiros no 
programa é maior. Esses dois fatores 
apontam para a necessidade de se contar 
com os chamamentos internacionais ainda 
por um bom tempo. 
Outra questão a destacar é que, a partir de 
2016, uma importante ação do PMM 
relacionada ao eixo formação, que é a 
expansão da Residência de Medicina de 
Família e Comunidade com vias à 
universalização do acesso a todos os médicos 
formados, reforçará o eixo provimento, 
melhorando o acesso e a qualidade na AB à 
saúde da população. Com efeito, se a 
expansão da residência acontecer a 
contento, é possível que o eixo provimento já 
atinja patamares próximos do teto e, a partir 
desse momento, seja direcionado cada vez 
mais aos municípios e regiões menores, mais 
distantes e com maiores dificuldades de 
atrair profissionais. 
Por fim, vale lembrar que, para termos 
médicos na quantidade necessária e com a 
formação adequada às necessidades de 
nossa população, é fundamental o alcance 
dos objetivos do eixo formação. O Brasil 
precisa ampliar a quantidade de médicos e 
melhorar a qualidade da sua formação para 
poder responder às razões que exigiram a 
criação do PMM, e para que o país possa 
avançar mais e de modo consistente no 
caminho de garantir o direito à saúde por 
meio de um sistema público, gratuito, 
universal, integral, equânime e com 
participação popular. 
 
Um importante objetivo que consta na lei 
que cria o PMM é a transformação do 
processo de formação de médicos no Brasil, 
em uma tentativa clara de apontar a 
formação para o cuidado integral e as 
necessidades da população e do SUS. 
Finalmente, o Estado vem ao encontro do 
reordenamento da formação em saúde17. 
o PMM constrói medidas estruturantes para 
aprimorar a formação médica e responde à 
legislação do SUS, que ordena novas 
práticas. As mudanças que são apontadas na 
Lei se referem aos cursos de graduação de 
medicina, ordenando os locais de abertura de 
novas vagas e exigindo a adequação dos 
currículos às novas Diretrizes Curriculares 
Nacionais definidas pelo Conselho Nacional 
de Educação (CNE). A Lei também aponta 
para mudanças nas residências de algumas 
especialidades, sendo necessário fazer no 
mínimo um ano de Medicina Geral e 
Comunitária 
 
♡ IMPORTÂNCIA E AÇÕES DA ANS: 
 
PRIMEIRO É IMPORTANTE DEIXAR CLARO 
QUE O sistema de saúde brasileiro é 
composto pelo setor público e pelo setor 
privado. O público É O que consiste no 
Sistema Único de Saúde (SUS), o privado 
constituído pela Saúde Suplementar e o 
liberal clássico composto por serviços 
particulares autônomos. 
A saúde suplementar no Brasil é a atividade 
que envolve a operação de planos e seguros 
privados de assistência médica à saúde, 
referidos simplesmente como planos ou 
seguros de saúde. Essa operação é regulada 
pelo poder público, QUE É representado pela 
Agência Nacional de Saúde Suplementar 
(ANS) e as operadoras compreendem 
seguradoras especializadas em saúde, 
medicinas de grupo, cooperativas, 
instituições filantrópicas e autogestões. 
 
“A Agência Nacionalde Saúde Suplementar 
(ANS) É EXTREMAMENTE IMPORTANTE POIS 
ELA ESTÁ DIRETAMENTE LIGADA Ministério 
da Saúde e É ELA QUEM É responsável pela 
regulação, normatização, controle e 
fiscalização das atividades que garantam a 
assistência suplementar à saúde. Tem por 
finalidade institucional "promover a defesa 
do interesse público na assistência 
suplementar à saúde, regulando as 
operadoras setoriais, inclusive quanto às 
suas relações com prestadores e 
consumidores, contribuindo para o 
desenvolvimento das ações de saúde" A 
Agência Nacional de Saúde Suplementar 
(ANS) é uma autarquia sob regime especial 
vinculada ao Ministério da Saúde e 
responsável pela regulação, normatização, 
controle e fiscalização das atividades que 
garantam a assistência suplementar à saúde. 
Tem por finalidade institucional "promover a 
defesa do interesse público na assistência 
suplementar à saúde, regulando as 
operadoras setoriais, inclusive quanto às 
suas relações com prestadores e 
consumidores, contribuindo para o 
desenvolvimento das ações de saúde" 
(BRASIL, 2000). 
A ANS possui maior poder de ação, 
autonomia administrativa, financeira e 
política, em relação ao governo, expressas 
por uma arrecadação própria e decisões da 
Diretoria Colegiada com poder legal para 
efetivar suas resoluções. E Possui, ainda, 
competência de polícia normativa, decisória e 
sancionária exercida sobre qualquer 
modalidade de produto, serviço e contrato 
que apresente, além da garantia de 
cobertura financeira de riscos de assistência 
médica, hospitalar e odontológica,E ENTRE 
OUTROS. A ANS possui excelentes possibilidades 
com a criação, verificação e divulgação de 
indicadores da qualidade da promoção e dos 
cuidados integrais da saúde, e a busca pela 
qualificação das operadoras de seguros de saúde 
impulsiona a regulação. 
outras características que diferenciem de 
atividades exclusivamente econômico 
financeiras (LIMA, 2007). 
A ANS está organizada em cinco áreas: 
1. Diretoria de Normas e Habilitação das 
Operadoras: responsável pela normatização, 
registro e monitoramento do funcionamento 
das operadoras, inclusive intervenção e 
liquidação; 
2. Diretoria de Normas e Habilitação de 
Produtos: responsável pela normatização, 
registro e monitoramento dos produtos, 
inclusive reajuste de planos individuais e 
familiares; 
3. Diretoria de Fiscalização: responsável por 
todo o processo de fiscalização, aspectos 
econômico financeiros, médicos assistenciais, 
apoio ao consumidor e articulação com seus 
órgãos de defesa; 
4. Diretoria de Desenvolvimento Setorial: 
responsável pelo sistema de ressarcimento 
do SUS e pelo desenvolvimento de 
instrumentos que viabilizem a melhoria da 
qualidade e o aumento da competitividade do 
setor; e 
5. Diretoria de Gestão: responsável pelo 
gerenciamento de recursos humanos e 
financeiros, suprimentos, informática e 
informação. 
 À ANS coube promover a defesa do interesse 
público na assistência suplementar à saúde e 
regular as operadoras setoriais, inclusive em suas 
relações com os prestadores de serviço e 
consumidores, contribuindo para o 
desenvolvimento das ações de saúde. Com o 
número de beneficiários ultrapassando os 40 
milhões, a ANS é uma realidade e uma necessidade 
no setor no Brasil. 
Os objetivos básicos e as estratégias diferenciadas 
de implementação da regulamentação surgem 
claramente do marco regulatório e evoluem a 
partir da ampliação do conhecimento sobre o 
setor de saúde suplementar. Os objetivos 
da regulamentação DA ANS podem ser 
resumidos em seis pontos: 
1) assegurar aos consumidores de planos 
privados de assistência à saúde cobertura 
assistencial integral e regular as condições 
de acesso; 
2) definir e controlar as condições de 
ingresso, operação e saída das empresas e 
entidades que operam no setor; 
3) definir e implantar mecanismos de 
garantias assistenciais e financeiras que 
assegurem a continuidade da prestação de 
serviços de assistência à saúde contratados 
pelos consumidores; 
4) dar transparência e garantir a integração 
do setor de saúde suplementar ao SUS e o 
ressarcimento dos gastos gerados por 
usuários de planos privados de assistência à 
saúde no sistema público; 
5) estabelecer mecanismos de controle da 
abusividade de preços; 
6) definir o sistema de regulamentação, 
normatização e fiscalização do setor de 
saúde suplementar (BRASIL, 2003). 
 
As competências estabelecidas pela 
Resolução RDC nº 1 da ANS são: 
• estabelecer critérios de aferição e controle 
da qualidade dos serviços oferecidos pelas 
operadoras de planos privados de assistência 
à saúde, sejam eles próprios, referenciados, 
contratados ou conveniados; 
• expedir normas e padrões para o envio de 
informações de natureza econômico 
financeira pelas operadoras, com vistas à 
homologação de reajustes e revisões; 
• proceder à integração de informações com 
os bancos de dados do SUS; 
• requisitar o fornecimento de quaisquer 
informações das operadoras de planos 
privados de assistência à saúde, bem como 
da rede prestadora de serviços a elas 
credenciados. 
 
♡ PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS: 
 
 DIRETRIZES: 
 
 UNIVERSALIDADE 
 É a garantia de atenção à saúde por parte 
do sistema, a todo e qualquer cidadão. Com 
a universalidade, o indivíduo passa a ter 
direito de acesso a todos os serviços públicos 
de saúde, assim como àqueles contratados 
pelo poder público. Saúde é direito de 
cidadania e dever do Governo: municipal, 
estadual e federal. 
 
EQUIDADE 
É assegurar ações e serviços de todos os 
níveis de acordo com a complexidade que 
cada caso requeira, more o cidadão onde 
morar, sem privilégios e sem barreiras. Todo 
cidadão é igual perante o SUS e será 
atendido conforme suas necessidades até o 
limite do que o sistema puder oferecer para 
todos. 
 
INTEGRALIDADE 
Este princípio considera as pessoas como um 
todo, atendendo a todas as suas 
necessidades. Para isso, é importante a 
integração de ações, incluindo a promoção 
da saúde, a prevenção de doenças, o 
tratamento e a reabilitação. Juntamente, o 
princípio de integralidade pressupõe a 
articulação da saúde com outras políticas 
públicas, para assegurar uma atuação 
intersetorial entre as diferentes áreas que 
tenham repercussão na saúde e qualidade de 
vida dos indivíduos. 
 
PRINCIPIOS: 
 
REGIONALIZAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO 
 Os serviços devem ser organizados em 
níveis crescentes de complexidade, 
circunscritos a uma determinada área 
geográfica, planejados a partir de critérios 
epidemiológicos, e com definição e 
conhecimento da população a ser atendida. A 
regionalização é um processo de articulação 
entre os serviços que já existem, visando o 
comando unificado dos mesmos. Já a 
hierarquização deve proceder à divisão de 
níveis de atenção e garantir formas de 
acesso a serviços que façam parte da 
complexidade requerida pelo caso, nos 
limites dos recursos disponíveis numa dada 
região. 
 
DESCENTRALIZAÇÃO 
Descentralizar é redistribuir poder e 
responsabilidade entre os três níveis de 
governo. Com relação à saúde, 
descentralização objetiva prestar serviços 
com maior qualidade e garantir o controle e 
a fiscalização por parte dos cidadãos. No 
SUS, a responsabilidade pela saúde deve ser 
descentralizada até o município, ou seja, 
devem ser fornecidas ao município condições 
gerenciais, técnicas, administrativas e 
financeiras para exercer esta função. Para 
que valha o princípio da descentralização, 
existe a concepção constitucional do mando 
único, onde cada esfera de governo é 
autônoma e soberana nas suas decisões e 
atividades, respeitando os princípios gerais
 e a participação da 
sociedade 
 
RESOLUBILIDADE 
É a exigência de que, quando um indivíduo 
busca o atendimento ou quando surge um 
problema de impacto coletivo sobre a saúde, 
o serviço correspondente esteja capacitado 
para enfrentá-lo eresolvê-lo até o nível da 
sua competência. 
 
PARTICIPAÇÃO POPULAR 
A sociedade deve participar no dia-a-dia do 
sistema. Para isto, devem ser criados os 
Conselhos e as Conferências de Saúde, que 
visam formular estratégias, controlar e 
avaliar a execução da política de saúde. 
 
COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR 
PRIVADO 
A Constituição definiu que, quando por 
insuficiência do setor público, for necessário 
a contratação de serviços privados, isso deve 
se dar sob três condições: 
1ª - a celebração de contrato, conforme 
as normas de direito público, ou seja, 
interesse público prevalecendo sobre o 
particular; 
2ª - a instituição privada deverá estar 
de acordo com os princípios básicos e 
normas técnicas do SUS. Prevalecem, 
assim, os princípios da universalidade, 
equidade, etc., como se o serviço privado 
fosse público, uma vez que, quando 
contratado, atua em nome deste; 
3ª - a integração dos serviços privados 
deverá se dar na mesma lógica 
organizativa do SUS, em termos de 
posição definida na rede regionalizada e 
hierarquizada dos serviços. Dessa forma, em 
cada região, deverá estar claramente 
estabelecido, considerando-se os serviços 
públicos e privados contratados, quem vai 
fazer o que, em que nível e em que lugar. 
 
 Dentre os serviços privados, devem ter 
preferência os serviços não lucrativos, 
conforme determina a Constituição. 
 Assim, cada gestor deverá planejar 
primeiro o setor público e, na sequência, 
complementar a rede assistencial com o 
setor privado, com os mesmos concertos de 
regionalização, hierarquização e 
universalização. 
  Torna-se fundamental o estabelecimento 
de normas e procedimentos a serem 
cumpridos pelos conveniados e contratados, 
os quais devem constar, em anexo, dos 
convênios e contratos. 
 
♡ FONTE DE FINANCIAMENTO E COMO É 
A GESTÃO DO SUS: 
 
Os investimentos e o custeio do SUS são 
feitos com recursos das três esferas de 
governo federal, estadual e municipal. Os 
recursos federais para o SUS provêm do 
orçamento da Seguridade Social (que 
também financia a Previdência Social e a 
Assistência Social) acrescidos de outros de 
outros recursos da União, constantes da Lei 
de Diretrizes Orçamentárias, aprovada 
anualmente pelo Congresso Nacional. Esses 
recursos, geridos pelo Ministério da Saúde, 
são divididos em duas partes: uma é retida 
para o investimento e custeio das ações 
federais; e a outra é repassada às 
secretarias de saúde, estaduais e municipais, 
de acordo com critérios previamente 
definidos em função da população, 
necessidades de saúde e rede assistencial. 
Em cada estado, os recursos repassados pelo 
Ministério da Saúde são somados aos 
alocados pelo próprio governo estadual, de 
suas receitas, e geridos pela respectiva 
secretaria de saúde, através de um fundo 
estadual de saúde. Desse montante, uma 
parte fica retida para as ações e os serviços 
estaduais, enquanto outra parte é repassada 
aos municípios, de acordo também com 
critérios específicos. Finamente, cabe aos 
próprios municípios destinar parte 
adequada de seu próprio Orçamento 
para as ações e serviços de saúde de 
sua população. Assim, cada município irá 
gerir os recursos federais repassados a ele e 
os seus próprios recursos alocados pelo 
governo municipal para o investimento e 
custeio das ações de saúde de âmbito 
municipal. Também os municípios 
administrarão os recursos para a saúde 
através de um fundo municipal de saúde. A 
criação dos fundos é essencial, pois 
asseguram que os recursos da saúde sejam 
geridos pelo setor saúde, e não pelas 
secretarias de fazenda, em caixa único, 
estadual ou municipal, sobre o qual a Saúde 
tem pouco acesso. Hoje, a maior parte dos 
recursos aplicados em Saúde tem origem na 
Previdência Social. Esta tendência deverá 
alterar-se até que se chegue a um equilíbrio 
das três esferas de governo em relação ao 
financiamento da saúde. Para tanto, os 
estados e municípios deverão aumentar os 
seus gastos com saúde atingindo em torno 
de 10% de seus respectivos orçamentos, e a 
União deverá elevar a participação do seu 
orçamento próprio 
 
 
 
 
GERENCIAMENTO DO SUS 
 
O QUE SÃO OS GESTORES? 
Gestores são as entidades encarregadas de 
fazer com que o SUS seja implantado e 
funcione adequadamente dentro das 
diretrizes doutrinárias, da lógica 
organizacional e seja operacionalizado dentro 
dos princípios anteriormente esclarecidos. 
Haverá gestores nas três esferas do 
Governo, isto é, no nível municipal, estadual 
e federal. 
 
QUEM SÃO OS GESTORES? 
Nos municípios, os gestores são as 
secretarias municipais de saúde ou as 
prefeituras, sendo responsáveis pelas 
mesmas, os respectivos secretários 
municipais e prefeitos. Nos estados, os 
gestores são os secretários estaduais de 
saúde e no nível federal o Ministério da 
Saúde. A responsabilidade sobre as ações e 
serviços de saúde em cada esfera de 
governo, portanto, é do titular da secretaria 
respectiva, e do Ministério da Saúde no nível 
federal. 
 
É MUITO IMPORTANTE FRISAR QUAL É A 
RESPONSABILDADE DESSES GESTORES 
 
No nível municipal, cabe aos gestores 
programar, executar e avaliar as ações de 
promoção, proteção e recuperação da saúde. 
Isto significa que o município deve ser o 
primeiro e o maior responsável pelas ações 
de saúde para a sua população. 
 Como os serviços devem ser oferecidos 
em quantidade e qualidade adequadas às 
necessidades de saúde da população, 
ninguém melhor que os gestores municipais 
para avaliar e programar as ações de saúde 
em função da problemática da população do 
seu município. O secretário estadual de 
saúde, como gestor estadual, é o 
responsável pela coordenação das ações de 
saúde do seu estado. Seu plano diretor será 
a consolidação das necessidades propostas 
de cada município, através de planos 
municipais, ajustados entre si. O estado 
deverá corrigir distorções existentes e induzir 
os municípios ao desenvolvimento das ações. 
Assim, cabe também aos estados, planejar e 
controlar o SUS em seu nível de 
responsabilidade e executar apenas as ações 
de saúde que os municípios não forem 
capazes e/ou que não lhes couber executar. 
A nível federal, o gestor é o Ministério da 
Saúde, e sua missão é liderar o conjunto de 
ações de promoção, proteção e recuperação 
da saúde, identificando riscos e necessidades 
nas diferentes regiões para a melhoria da 
qualidade de vida do povo brasileiro, 
contribuindo para o seu desenvolvimento. Ou 
seja, ele é o responsável pela formulação, 
coordenação e controle da política nacional 
de saúde. Tem importantes funções no 
planejamento, financiamento, 
cooperação técnica o controle do SUS. 
Em cada esfera de governo, o gestor 
deverá se articular com os demais 
setores da sociedade que têm 
interferência direta ou indireta na área 
da saúde, fomentando sua integração e 
participação no processo. Ainda que a 
saúde seja um direito de todos e um dever 
do Estado, isto não dispensa cada indivíduo 
da responsabilidade por seu autocuidado, 
nem as empresas, escolas, sindicatos, 
imprensa e associações, de sua participação 
no processo. Nas três esferas deverão 
participar, também, representantes da 
população, que garantirão, através do 
entidades representativas, envolvimento 
responsável no processo de formulação das 
políticas de saúde e no controle da sua 
execução. 
 
 ♡ SISTEMA DE SAÚDE DO BRASIL E DOS 
ESTADOS UNIDOS: 
 
O debate político sobre o dever dos Estados 
Unidos em fornecer ou não cuidados médicos 
bancados pelo governo existe desde o século 
XIX. Em 1854, a ativista Dorothea Dix bolou 
um projeto de lei que pretendia assegurar 
saúde pública a todos os cidadãos. No 
entanto, sua ideia foi vetada pelo então 
presidente Franklin Pierce. Ele argumentou 
que o bem-estar social não deveria estar nas 
mãos do Estado. 
 
No início do século 20, o ex-presidente 
americano Theodore Roosevelt tentou 
implementarum sistema de saúde 
assegurado pelo governo para todos os 
cidadãos, isto é, público. No entanto, foi 
derrotado por políticos dos dois principais 
partidos: Republicano e Democrata. Desde 
então, instituições privadas são responsáveis 
pelos convênios médicos. 
 
No Brasil, os cidadãos podem contratar um 
plano de saúde privado ou usar o SUS 
(Sistema Único de Saúde), bancado pelo 
governo através dos seus três níveis - federal, 
estadual e municipal.. Em países da Europa, 
como Inglaterra e Espanha, o Estado 
também se encarrega de prover saúde em 
troca do pagamento de impostos. Nos 
Estados Unidos, por outro lado, a única 
forma de receber atendimento é 
pagando um convênio particular. Pessoas 
abaixo da linha de pobreza e idosos são os 
únicos beneficiados por serviços gratuitos 
como o Medicare e Medicaid, que prestam 
apenas atendimentos mais simples e de 
emergência. 
 
Os Estados Unidos adotam o sistema 
federalista, OU SEJA, os estados têm 
bastante autonomia para criar regras e leis 
próprias. Portanto, cada estado oferece 
diferentes tipos de coberturas de saúde e 
CADA ESTADO É QUEM regula o 
funcionamento dos convênios médicos em 
seus territórios. Em todo o país, há clínicas e 
hospitais particulares e públicos. As 
provedoras de seguro geralmente são 
empresas privadas separadas dessas 
instituições, OU SEJA ESTÁ NO SETOR 
PRIVADO O SISTEMA DE SAÚDE NORTE 
AMERICANO. 
 
A forma mais comum de obter um plano de 
saúde nos Estados Unidos é trabalhando em 
uma empresa que ofereça o benefício aos 
funcionários. No entanto, grande parte dos 
americanos não é beneficiada por essa 
prática e não tem dinheiro suficiente para 
pagar um convênio. Em 2007, 46 milhões de 
pessoas não tinham seguro, de acordo com 
dados do Census Bureau divulgados pela 
BBC. Após a criação do Obamacare, esse 
número vem caindo. Em 2016, 28 milhões 
não tinham convênio médico. Os que não o 
possuem enfrentam dificuldades quando 
precisam arcar com cuidados médicos. Tratar 
uma perna quebrada, por exemplo, pode 
custar US$ 7.500 (R$ 41.457,75, segundo o 
site Dólar Hoje). 
Dependendo da complexidade do 
atendimento necessário, é possível ir à 
falência. 
 
E como funcionam os planos de saúde 
privados nos EUA? 
Assim como no Brasil, as seguradoras de 
saúde nos Estados Unidos oferecem 
diversos planos, com valores e 
coberturas distintas. MUITOS 
ADQUIREM UM PLANO DE SAÚDE 
ATRAVÉS DA EMPRESA EM QUE SE 
TRABALHA, OS CHAMADOS planos 
empresariais, QUE custam mais barato 
para os funcionários, mas quem define 
todas as regras é a empresa onde 
trabalham, E QUE TB É DE GRANDE 
RISCO E INCERTO VISTO QUE 
DEPENDENDO DA SITUAÇÃO DO PAÍS, 
OU DA EMPRESA, PODE HAVER A 
DEMISSÃO EM MASSA DESSES 
FUNCIONÁRIOS E CONSEQUENTEMENTE 
A PERDA DESSE PLANO DE SAÚDE. Já os 
PLANOS individuais costumam pesar 
mais no bolso, mas é a própria pessoa 
quem escolhe as regras e o orçamento. 
 
Os planos empresariais e individuais pagam 
uma mensalidade fixa para a seguradora, 
que diz respeito à manutenção do convênio. 
Esse valor pode cobrir serviços mais simples, 
como atendimentos rápidos no pronto-
socorro. Em geral, é preciso pagar uma 
quantia extra para consultas médicas, 
exames, tratamentos e outros serviços 
não incluídos. Quanto mais cara for a 
mensalidade fixa, menos o usuário do 
plano terá de pagar a cada vez que 
utilizar o convênio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Por Thaiane Barros – Medicina P1 1 
 
Conhecendo o “Brazil” 
 
 
Tutor: Caique Fonseca 
Coordenadora: Thaiane Barros 
Relator: Rodrigo Avelar 
Problema 2: Conhecendo o “Brazil” 
Tema Central: Doenças de Notificação 
Compulsória 
 
 
5° PASSO: DESCREVENDO OS OBJETIVOS 
 
 Elencar diferenças e similaridades do sistema 
de saúde do Canadá, Cuba, França, Portugal, 
Reino Unido. 
 
 Analisar o SINAN. 
 
 Descrever o formulário de notificação 
compulsória e as doenças associadas. 
 
 Identificar os critérios de classificação das 
doenças de notificação compulsória. 
 
 
6° PASSO: EXPLICANDO OS OBJETIVOS 
 
 Elencar diferenças e similaridades do sistema 
de saúde do Canadá, Cuba, França, Portugal, 
Reino Unido: 
 
Canadá: Antes de tudo, é válido entender que 
para cada uma das províncias, e território 
canadense existem diversos sistemas de saúde. 
 
As Principais Características do Sistema de Saúde 
Canadense: 
 
CONTEXTO: Desde a década de 1970, o sistema 
de saúde canadense se caracteriza, 
predominantemente, por ser público, fornecendo 
cobertura universal e abrangente. As dez 
províncias e os três territórios do país compõem 
15 planos de saúde distintos, mas entrelaçados 
pelos princípios norteadores ditados pelo governo 
federal, garantindo, assim, mais semelhanças do 
que diferenças entre os planos (Conill, 2000). As 
províncias e territórios canadenses devem 
satisfazer cinco princípios (em termos 
administrativos, de cobertura e de organização) a 
fim de se qualificarem para receber as 
transferências federais completas sobre saúde 
(Health System and Policy Division, 1999). 
 
- Administração pública: A administração dos 
planos de seguro de saúde das províncias e dos 
territórios deve ser realizada em base não 
lucrativa por uma autoridade pública, identificada 
pelo governo provincial ou territorial. 
 
- Abrangência: são segurados todos os serviços 
clinicamente necessários (OU SEJA, OS SERVIÇOS 
ESSENCIAIS CONSIDERADOS POR AQUELA 
PROVINCIA/TERRITORIO) prestados por médicos e 
hospitais. Os serviços hospitalares segurados 
incluem o tratamento dos doentes internados em 
enfermarias (a não ser que seja clinicamente 
necessário o alojamento em quartos privados ou 
semiprivados), os medicamentos, os suprimentos 
e as análises de diagnose, bem como uma ampla 
gama de serviços hospitalares a pacientes 
ambulatoriais. 
 
- Universalidade: Todos os residentes 
(MORADORES) registrados no sistema de saúde 
de uma província ou território são cobertos pelo 
seguro-saúde em termos e condições uniformes. 
Novos moradores (vindos de outra província ou 
território) ou imigrantes têm direito ao plano, 
mas estão sujeitos a uma carência de, no máximo, 
três meses. 
 
- Acessibilidade: Todos os residentes de uma 
província ou território devem ter acesso aos 
serviços hospitalares, médicos e cirúrgico-
dentários e não podem ter seu atendimento 
impedido por nenhum tipo de barreira, como 
pagamento de taxas, discriminação de raça, 
idade, sexo, estado de saúde ou qualquer outra 
circunstância. 
 
- Transferibilidade ou Portabilidade: Residentes 
que se transferem de uma província para outra ou 
mesmo para fora do país, sob determinado 
período e por razões previamente acordadas e 
estabelecidas, têm cobertura garantida de 
serviços segurados e mesmo de alguns serviços 
não segurados, a depender da província de 
origem. 
 
 
 Por Thaiane Barros – Medicina P1 2 
 
 
Similaridades: 
-A Lei de Saúde do Canadá descreve os princípios 
básicos para que a saúde seja universal e acessível 
para os serviços essenciais de saúde médica e 
hospitalar em todo o país, o que na prática não é 
exatamente assim, universal e acessível como 
bem estipula, em partes isso é verdadeiro, em 
outra não e mais a frente eu vou explicar melhor 
pq não é bem assim. 
-Os canadenses não podem ser cobrados uma 
"taxa de usuário", ou seja, uma taxa por serviço 
quando um médico fornece um atendimento 
segurado, porque é algo que já foi coberto pelo 
sistema de saúde financiado publicamente, o que 
da mesma forma acontece no Brasil pois o 
sistema único de saúde é gratuito. 
OBS: Masalguns médicos contornam a letra da lei 
cobrando "taxas anuais" como parte de um 
pacote abrangente de serviços que oferecem aos 
seus pacientes, então de certa forma cobram sim. 
 
- O paciente tem direito a serviços essenciais de 
saúde médica sem custo. 
 
 
Diferenças: 
-A saúde dos aborígenes e veteranos é de 
responsabilidade do governo federal; 
 
- As províncias é quem adequam os serviços de 
saúde às necessidades particulares de seus 
moradores, ou seja, isso quer dizer que os 
serviços de saúde financiados eles não são 
prestados igualmente em todo o país; o que 
teoricamente não ocorre no Brasil, pois 
constitucionalmente o sus é ofertado de maneira 
igualitária no país. Exemplo disso é, o sistema 
financiado publicamente por Quebec que inclui 
tratamentos de fertilidade, enquanto a maioria 
das outras províncias não. Algumas províncias, 
incluindo Colúmbia Britânica, Ontário e Quebec, 
pagam por nascimentos entregues por parteiras 
licenciadas, enquanto várias províncias e 
territórios não. As terapias financiadas elegíveis 
para o autismo também variam amplamente em 
todo o país, assim como os serviços de aborto não 
são igualmente acessíveis em todo o país. 
 
-Dentro do país, em suas províncias, há 
divergências e variações quanto o que é 
considerado um "serviço essencial de saúde” 
 
-A Lei de Saúde do Canadá não abrange 
medicamentos prescritos, cuidados domiciliares 
ou cuidados de longo prazo, e como resultado, 
existem abordagens amplamente diferentes para 
esses serviços em cada província, ao contrário do 
brasil, que possui cuidados e tratamentos de 
curto, médio e longo prazo, gratuitamente. 
 
-Os médicos ganham dinheiro cobrando do 
governo provincial pelos serviços prestados aos 
pacientes, ou seja, fazem a prestação dos serviços 
essenciais estipulados pelo governo daquela 
província e cobram ao governo provincial por 
aquele atendimento, e é assim que eles lucram. 
-O Canadá é o único país com um sistema 
universal de saúde que não inclui medicamentos 
prescritos, ou seja, isso significa que os 
canadenses ainda pagam por fora cerca de 30% de 
seus cuidados de saúde diretamente com o setor 
privado, ou via seguro pra conseguir um 
medicamento prescrito, e apenas 70% dos custos 
de saúde é que são pagos publicamente pelo 
governo da província, o que só leva a entender 
que os canadenses são tão propensos a ter seguro 
de saúde privado como os americanos em relação 
a saúde como uma espécie de mercantilização, e 
não universal e acessível como prega. Diferente 
do Brasil, onde não é cobrado pelas receitas 
públicas, o problema é que aqui na grande 
maioria das vezes muitos medicamentos se 
encontram em falta e também demoram a chegar, 
o que dificulta muitos tratamentos de saúde a 
serem tratados regularmente. 
A Política Nacional de Medicamentos do Brasil 
(Ministério da Saúde, 2001), aprovada pela Lei nº 
3.916/98, assegura o acesso gratuito à medicação 
necessária a pacientes atendidos no SUS, em 
todos os níveis de atenção. Conforme o art. 6º da 
Lei nº 8.080/90, o fornecimento de medicamentos 
atende ao princípio da integralidade da 
assistência, pois o medicamento não é concebido 
isoladamente, mas é um dos componentes do 
tratamento. Os medicamentos considerados 
essenciais à terapêutica da maioria dos problemas 
de saúde são ofertados a baixo custo aos 
pacientes atendidos na rede privada de saúde, 
por meio do Programa Farmácia Popular do Brasil. 
Criado em 2004 pelo Decreto nº 5.090 e 
atualmente regulado pela Portaria nº 111/2016, o 
Programa Farmácia Popular do Brasil, 
disponibiliza medicamentos, via convênios entre 
Estados, Distrito Federal, Municípios e hospitais 
filantrópicos, além de farmácias e drogarias 
privadas, onde o preço dos medicamentos é 
subsidiado. 
 
CUBA: 
 Por Thaiane Barros – Medicina P1 3 
 
 
CONTEXTO: A atenção médica ambulatorial 
de cuba passou por três modelos: o policlínico 
integral (1964-1974), o policlínico comunitário 
(1974-1984) e o modelo cubano de medicina 
familiar (desde 1984). 
 
O Sistema Nacional de Saúde (SNS) de 
Cuba é único, descentralizado, com 
financiamento totalmente público e 
orientado por sete princípios. 
 
- Caráter estatal e social da medicina: os serviços 
de saúde constituem um direito de todos os 
cidadãos e estão organizados em um único 
sistema, sob a responsabilidade do Estado, e 
regido por um conjunto de disposições jurídicas. 
Similar ao Brasil pois, só temos um único sistema 
público de saúde, assim como tb é dever do estado 
a garantia desses serviços de saúde pra todas as 
pessoas. 
 
- Orientação profilática: a prestação dos serviços 
está voltada para a intervenção sobre os fatores 
determinantes da saúde coletiva, abrangendo 
desde melhorias sanitárias até a identificação de 
fatores de risco em pessoas vulneráveis, a fim de 
se oferecer proteção individual. SIMILAR AO 
BRASIL QUANTO A TEORIA DOS PRINCÍPIOS DO SUS 
sobre integralidade voltada para a prevenção e 
cura, onde na prática a conduta é totalmente 
oposta, sendo ela mais voltada pra remediação do 
que a profilaxia, que se fosse realmente prezada, 
evitaria uma série de doenças no nosso país. 
 
- Acessibilidade e gratuidade geral: os serviços de 
saúde devem ser acessíveis geograficamente e 
oferecidos de forma gratuita a toda a população. 
Também é similar a teoria dos princípios de saúde 
brasileiro (o de descentralização dos serviços), 
porém sabemos que os serviços são mal 
distribuídos em todo o país, além disso, tb similar 
pois é gratuito a toda população independente de 
raça,cor,sexo, ou condição social. 
 
- Integralidade e desenvolvimento planejado: os 
serviços de saúde são de caráter integral, devem 
ter alta qualificação e cobrir toda a população de 
maneira equitativa. (BEM COMO NO BR, onde tb 
possui o esse princípio de equidade, servindo a 
todos conforme a necessidade de cada indivíduo) 
Em Cuba esse princípio tem maior ênfase nas 
províncias mais atrasadas em relação à capital. 
 
- Unidade entre ciência, docência e prática 
médicas: o ensino superior em Medicina está 
subordinado ao Ministério de Saúde Pública 
(Minsap),(Assim como no Brasil) que assume a 
responsabilidade pela formação e educação 
continuada dos profissionais de níveis técnico e 
superior. Partindo da premissa de se combinar o 
ensino e a atuação profissional, os estudantes se 
desenvolvem por meio do trabalho direto nas 
unidades de saúde, sob a supervisão dos docentes 
que também atuam nas unidades. Entre as 
demandas do trabalho docente dos profissionais 
nas unidades de saúde, as atividades de pesquisa 
também são privilegiadas. 
 
- Participação da população: os serviços de saúde 
devem ser desenvolvidos com a participação ativa 
da comunidade organizada, que tem papel 
importante no acesso à informação e no controle 
das atividades. (TB SIMILAR AO BR, que conta com 
a participação social para participar dia-a-dia do 
sistema, através dos conselhos e conferências de 
saúde) 
 
- Internacionalismo: este princípio se efetiva de 
duas formas: (i) por meio da graduação em 
Medicina de estudantes estrangeiros que vão para 
Cuba e (ii) pelo envio de profissionais cubanos para 
outros países a fim de prestar serviços de 
assistência médica (como o ocorrido 
recentemente, no Brasil, por meio do Programa 
Mais Médicos, instituído pela Lei nº 12.871/13). 
Diferente do Brasil, o pais n tem obrigação de 
formar médicos estrangeiro*****, o br envia 
profissionais brasileiros através do programa 
médicos sem fronteiras) 
 
Além disso, não é um princípio, mas sim uma 
similaridade, O Sistema Nacional de Saúde de cuba 
(sns) integra o sistema nacional de Medicamentos 
que tem por objetivo garantir o acesso assistencial, 
econômico e geográfico de toda a população aos 
medicamentos de que necessita, estando estes à 
disposiçãona rede de farmácias do país, com um 
preço fixado pelo Estado. A prescrição de 
medicamentos se rege pelas regulações do 
Programa Nacional de Medicamentos e pela 
estratégia da Farmácia Principal Municipal, 
direcionada aos médicos da atenção médica 
primária. A Farmácia Principal Municipal é a 
unidade gestora da Rede Municipal de Farmácias, 
constituída por farmácias comunitárias e farmácias 
vinculadas aos Policlínicos. Na atenção hospitalar e 
nos programas de saúde priorizados na atenção 
ambulatorial (HIV-AIDS, tuberculose, transplante 
 Por Thaiane Barros – Medicina P1 4 
 
de órgãos, entre outros), os medicamentos são 
distribuídos gratuitamente. 
 
FRANÇA: 
 
O sistema público de saúde francês é o Assurance 
Maladie ou AM. Na Saúde, esta apoiava-se na 
filantropia e em esquemas de seguros individuais, 
contributivos, restritos a somente uma parte da 
população (sobretudo trabalhadores e seus 
dependentes). A administração da saúde na França 
é reconhecida como uma das melhores do mundo. 
Assim como no SUS, o sistema de saúde francês é 
universal e financiado, em boa parte, pelo Estado. 
Ou seja, todos os franceses têm direito a usufruir 
do sistema público de saúde. 
 
Similarmente ao Brasil, tratando do sistema 
público, Na França, nenhum cidadão consulta 
diretamente um especialista sem antes passar por 
um clínico geral que o encaminhe., ou seja, pra 
poder ser encaminhado ou ir a um médico 
especialista, o paciente precisa passar antes por 
um clínico geral, o que acontece da mesma forma 
no brasil. 
 
Diferentemente do Brasil, todos os franceses têm 
um médico pessoal. Ou seja, os pacientes realizam 
as consultas sempre com o mesmo generalista, que 
tem total controle de seu histórico, o que não é 
comum acontecer no Brasil dentro do sistema 
único de saúde, pois as pessoas vão para o médico 
que “conseguem” e não que escolhem, assim como 
o profissional de saúde não é fixo de nenhum 
paciente. 
 
-Institucionalidade: 
França: Sistema de Saúde público é inserido no 
Sistema de Seguridade Social, com Princípios de 
universalidade na cobertura e solidariedade no 
financiamento., é um modelo que tem origem no 
Seguro Social, de base contributiva e que, 
progressivamente, amplia a cobertura e adota 
universalidade., além disso tem Elevada 
descentralização administrativa entre Estado e 
“parceiros sociais” (entidades paraestatais), oq tb 
é bem similar ao brasil a questão da 
universalidade e descentralização dos serviços 
de saúde. 
 
-Financiamento: 
França: 
O financiamento provém das contribuições de 
empregados e empregadores, sendo suas fontes 
de tributação generalizada, ou seja, o custeio 
desses serviços é feito através do desconto de 
parte dos salários dos trabalhadores e 
empregadores, destinando esse dinheiro a 
Sécurité Sociale (Segurança Social) a qual vai 
garantir a prestação de serviços do sistema público 
francês o AM. Ao contrário do Brasil, onde o 
acesso ao sistema público pós-88 nunca 
dependeu de vínculo contributivo da população. 
O uso de contribuições sociais para 
financiamento do sistema, apesar de 
constitucionalmente estabelecido, nunca foi 
efetivado, dependendo de aplicações mínimas 
de receitas gerais dos entes federados. 
 
Articulação com o sistema privado 
França: O Modelo “complementar” é o setor 
privado, é o setor privado que complementa 
marginalmente a cobertura da rede pública, ou 
seja é o setor privado que oferece os serviços 
que não são ofertados gratuitamente pelo 
Assurance Maladie, o que difere do Brasil: pelo 
fato de que o modelo de saúde ele é duplo, ou 
seja, o setor público e privado cobrem 
teoricamente os mesmos serviços, sendo o 
público totalmente gratuito. 
 
Subsídios ao sistema privado 
França: subsídios “seletivos” (grupos 
específicos, para serviço complementar); Brasil: 
subsídios “generalizados” para poucos (dedução 
ilimitada em termos de renda individual e tipo de 
despesas, para serviços concorrentes) 
 
PORTUGAL: 
 
A saúde pública em Portugal não é gratuita. Para 
ter acesso aos serviços são cobradas taxas 
moderadoras, de acordo com o tipo de 
atendimento. Uma consulta com um médico em 
um posto de saúde, por exemplo, custa em torno 
de €5 (R$ 23,00 no real brasileiro). Já a emergência 
em um hospital custa em média €20 (R$ 93,50). Os 
portugueses podem contar ainda com o Seguro 
Saúde, onde pagam um valor mensal que cobre a 
porcentagem de tudo que gastam em hospitais e 
clínicas particulares. 
 
O acompanhamento na saúde pública portuguesa 
é feito através do médico de família. O paciente se 
dirige a um posto de saúde onde é encaminhado 
para um clínico geral que irá cuidar dele e de todos 
os seus familiares. Diante da necessidade de 
exames ou outro tipo de acompanhamento, esse 
especialista fará o encaminhamento. 
 
Um dos destaques no setor da saúde em Portugal, 
é que tudo é digitalizado. As fichas dos pacientes 
ficam disponíveis num ambiente online para 
qualquer hospital do país. Essa transparência 
 Por Thaiane Barros – Medicina P1 5 
 
possibilita acompanhamento do histórico, 
oferecendo maior segurança tanto para os 
pacientes quanto para os profissionais de saúde. 
 
Reino Unido: 
 
O sistema de saúde do Reino Unido da Grã 
Bretanha é o National Health System – NHS 
(Sistema Nacional de Saúde) foi criado há 63 anos, 
e é um modelo universal e inteiramente gratuito. O 
mesmo sistema atende a todos, incluindo 
estrangeiros, imigrantes ilegais, ricos e pobres. 
 
As bases de saúde do sistema público de saúde do 
Reino Unido se assemelham com o sistema de 
saúde brasileiro são a universalidade (Atendimento 
a todos os residentes do reino unido) e a equidade( 
não distinguindo as pessoas atendidas pelo sistema 
e ofertando os mesmos serviços de acordo com 
cada necessidade). 
 
Financiamento: 
O sistema inglês é público, sendo financiado pelo 
Estado e pela população. Grande parte do 
financiamento do sistema de saúde do Reino Unido 
é retirada do poder público, ou seja, de tributos 
federais “principalmente de impostos gerais, 
com uma pequena contribuição do sistema de 
Seguridade Social; portanto, o sistema público 
inglês conta com fontes de financiamento 
semelhante às do SUS”. Mas também há o 
financiamento da população, por meio de impostos 
específicos. 
 
CURIOSIDADE: 
Mesmo enfrentando uma de suas piores crises 
financeiras, em 2017, o NHS foi apontado pelo 
Commonwealth Fund, dos EUA, como melhor 
sistema de saúde do mundo. O National Health 
System recebeu elogios por sua acessibilidade, 
segurança e eficiência. Porém, ainda de acordo 
com a mesma pesquisa, nos quesitos prevenção de 
morte precoce e taxas de sobrevivência em casos 
de câncer, o Reino Unido ainda tem muito que 
superar. 
 
 
 Analisar o SINAN. 
 
CONCEITO: 
É um registro que obriga e universaliza as 
notificações, visando o rápido controle de eventos 
que requerem uma pronta intervenção. 
O SINAN É O PRINCIPAL INSTRUMENTO DA 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E TEM COMO 
OBJETIVO COLETAR E PROCESSAR OS DADOS 
SOBRE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO EM TODO O 
TERRITÓRIO NACIONAL E FORNECER 
INFORMAÇÕES PARA ANÁLISE DO PERFIL DE 
MORBIDADE, CONTRIBUINDO, DESSA FORMA, 
PARA A TOMADA DE DECISÕES PELO GESTOR 
MUNICIPAL, ESTADUAL OU FEDERAL. A ENTRADA 
DE DADOS, NO SINAN, É FEITA ATRAVÉS DE 
FORMULÁRIOS PADRONIZADOS COMO A FICHA 
INDIVIDUAL DE NOTIFICAÇÃO E A FICHA 
INDIVIDUAL DE INVESTIGAÇÃO, ESPECÍFICA PARA 
CADA AGRAVO. 
A ocorrência de suspeita ou confirmação de 
eventos de saúde pública, doenças e agravos 
listados, de acordo com a portaria vigente (PRC n° 
4, de28 de setembro de 2017, Anexo 1 do Anexo V 
(Origem: PRT MS/GM 204/2016, Anexo 1), e/ou a 
notificação de surto, são de comunicação 
obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos 
médicos, profissionais de saúde ou responsáveis 
pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou 
privados. É facultado a estados e municípios 
incluir outros problemas de saúde importantes 
em sua região. 
 
SINAN PERMITE: 
-REALIZAR UM DIAGNÓSTICO DINÂMICO DA 
OCORRÊNCIA DE UM EVENTO NA POPULAÇÃO; 
-FORNECER SUBSÍDIOS PARA EXPLICAÇÕES 
CAUSAIS DOS AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO 
COMPULSÓRIA; 
 -INDICAR RISCOS AOS QUAIS AS PESSOAS ESTÃO 
SUJEITAS; DEFINIR O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE 
DETERMINADA ÁREA GEOGRÁFICA; 
-DEMOCRATIZAR A INFORMAÇÃO (PROFISSIONAIS 
DA SAÚDE-COMUNIDADE); 
-AUXILIAR NO PLANEJAMENTO DA SAÚDE (DEFINIR 
PRIORIDADES DE INTERVENÇÃO E AVALIAR O 
IMPACTO DAS MEDIDAS ADOTADAS); 
-MELHORIA DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DA 
POPULAÇÃO 
 
 
 
 
 Por Thaiane Barros – Medicina P1 6 
 
 
 
COMO É FEITA A COLETA DE DADOS DO SINAN: 
-FICHAS DE NOTIFICAÇÃO (BLOCOS DO SINAN) OU 
ETIQUETAS– PEDIR PARA A 3ª CRS, PODE SER POR 
E-MAIL 
-FICHAS DE INVESTIGAÇÃO 
-PLANILHA DE ACOMPANHAMENTO DE SURTO 
-BOLETIM DE INQUÉRITO DE TRACOMA 
-FICHA DE NOTIFICAÇÃO/INVESTIGAÇÃO DE 
EPIZOOTIA 
-BOLETINS DE ACOMPANHAMENTO DE 
HANSENÍASE E DE TUBERCULOSE 
 
APRESENTAÇÃO SINAN -SAÚDE DO TRABALHADOR 
(cevs.rs.gov.br) 
 
 Descrever o formulário de notificação 
compulsória e as doenças associadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antes de tudo, o que é NOTIFICAÇÃO 
COMPULSÓRIA: 
 
De acordo com o Sistema de Informação 
de Doenças de Notificação Compulsória 
(SDNC) 
Notificação é a comunicação da ocorrência 
de determinada doença ou agravo à saúde, 
feita à autoridade sanitária por profissionais 
de saúde ou qualquer cidadão, para fins de 
adoção das medidas de intervenção 
pertinentes. Destina-se, em primeira 
instância, ao serviço local de saúde 
incumbido de controlar a ocorrência. Quando 
reunidas de forma sistematizadas, as 
notificações passam a compor sistemas de 
informações próprios, que possibilitam o 
acompanhamento, de forma mais ampla, das 
características do fenômeno estudado, 
quanto à sua distribuição e tendências. 
A notificação compulsória é feita na 
situação em que a norma legal obriga aos 
profissionais de saúde e pessoas da 
comunidade a comunicar a autoridade 
sanitária a ocorrência de doença ou agravo 
que estão sob vigilância epidemiológica. 
Com este instrumento coletam-se dados 
"universais" de cada doença, já que compulsória 
significa obrigatória, e a sua inobservância é 
considerada infração às normas sanitárias 
brasileiras, pressupondo penalidades que vão 
desde uma simples advertência, até multas, 
previstas no Decreto Lei no 785, de 19696. Esta 
orientação, legalmente ainda vigente e poucas 
vezes cumprida, é considerada uma medida 
autoritária e que contraria o espírito, concepção e 
prática da VE, que trabalha na perspectiva do 
estímulo e persuasão dos profissionais e cidadãos 
para o exercício da notificação como um dever de 
cidadania. 
 
FICHAS DE NOTIFICAÇÃO 
 a) Deve ser preenchida pela unidade de saúde ou 
outra fonte notifi cadora do município, na 
ocorrência de casos suspeitos e/ou confi rmados 
de notifi cação compulsória ou de interesse 
nacional, estadual e/ou municipal; conforme 
listagem do item 3.1.1; 
 b) O formulário utilizado deve ser a Ficha de Notifi 
cação padronizada (duas vias) e pré-numeradas; 
c) Caso a UF não tenha a impressão da Ficha de 
https://www.cevs.rs.gov.br/upload/arquivos/201712/04102104-apresentacao-sinan-saude-do-trabalhador.pdf
https://www.cevs.rs.gov.br/upload/arquivos/201712/04102104-apresentacao-sinan-saude-do-trabalhador.pdf
 Por Thaiane Barros – Medicina P1 7 
 
Notifi cação em duas vias, as informações desta fi 
cha deverão ser transcritas para o cabeçalho da fi 
cha de investigação do respectivo agravo, antes de 
encaminhá-la para o núcleo de tratamento de 
dados; 
d) As instruções de preenchimento devem ser 
rigorosamente obedecidas, não devendo fi car 
caselas em branco; 
e) O não preenchimento dos campos abaixo 
inviabilizará a inclusão do caso no sistema: 
 • número da notifi cação; 
 • data da notifi cação – data do preenchimento da 
notifi cação; 
 • município de notifi cação – onde está localizada 
a unidade de saúde (ou outra fonte notifi cadora) 
que realizou a notifi cação; 
• Unidade de saúde: nome da unidade de saúde 
que realizou a notifi cação; 
• agravo – nome do agravo notifi cado; 
• data dos primeiros sintomas – data que foi 
referida como surgimento dos primeiros sintomas; 
• nome do paciente – nome completo sem 
abreviações; 
 • data de nascimento; 
• idade – informar se a data de nascimento for 
desconhecida; observação: a idade será campo 
obrigatório. Se a data de nascimento for 
desconhecida, informar a idade aparente. 
• sexo – campo obrigatório; 
 • suspeita (quando a notifi cação for de doença 
exantemática), campo obrigatório.44 Secretaria de 
Vigilância em Saúde / MS 
 
f) A unidade de saúde notifi cante deve 
encaminhar a primeira via, para o Núcleo de 
Vigilância Epidemiológica Municipal de acordo com 
a rotina estabelecida pela SMS, exceto para os 
agravos de notifi cação imediata (item 4. 5. 1) que 
deverão ser encaminhados diariamente; 
 
g) A segunda via deverá ser arquivada na unidade 
de saúde; 
h) As fi chas devem ser submetidas à análise pelo 
Núcleo de Vigilância Epidemiológica Municipal 
antes do encaminhamento para inclusão no 
sistema; 
 i) A digitação deve ser realizada pelo primeiro nível 
informatizado, onde a primeira via deve ser 
arquivada; 
 j) Encerramento dos agravos apenas de notifi 
cação, deve ser feito de acordo com os critérios de 
confi rmação ou descarte de cada agravo, 
constante no Manual de Vigilância Epidemiológica 
vigente. 
 
FICHA DE INVESTIGAÇÃO 
a) Deve ser preenchida para os agravos de notifi 
cação compulsória e de interesse nacional, passível 
de investigação; 
b) Deve receber a mesma numeração de Ficha de 
Notifi cação correspondente ao caso; 
 c) O preenchimento da Ficha de Investigação deve 
ser iniciado no momento do 1o atendimento pelo 
profi ssional que levantar a hipótese diagnóstica. 
Em seguida, deve-se seguir o fl uxo estabelecido 
pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica 
Municipal; 
 d) As instruções de preeenchimento devem ser 
rigorosamente obedecidas, não devendo fi car 
caselas em branco; 
e) O não preenchimento dos campos obrigatórios 
específi cos de cada agravo, inviabilizará a inclusão 
dos casos no sistema. Os campos obrigatórios de 
cada fi cha de investigação constam no instrucional 
de preenchimento ou no dicionário de dados de 
cada fi cha; 
f) As Fichas de Atendimento Anti-rábico Humano 
devem permanecer na unidade até o término do 
esquema profi lático prescrito, só após devem ser 
encaminhadas para digitação, conforme fl uxo 
estabelecido para os demais agravos; 
g) As fi chas devem ser submetidas à análise pelo 
Núcleo de Vigilância Epidemiológica Municipal 
antes do encaminhamento para inclusão no 
sistema; 
 h) A digitação deve ser realizada pelo primeiro 
nível informatizado, onde a primeira via deve ser 
arquivada;45 Sistema de Informação de Agravos de 
Notifi cação – Sinan 
 i) O encerramento dos casos deve ser feito de 
acordo com os critérios de confi rmação ou 
descarte de cada agravo,constante do Manual de 
Vigilância Epidemiológica Nacional, conforme 
prazo estabelecido no Quadro I; 
j) As Fichas de Investigação deverão ser 
encaminhadas para o primeiro nível informatizado 
para que ocorra o primeiro processamento de 
dados, mesmo que os dados pertinentes para 
encerramento de casos ainda não estejam 
disponíveis; e 
 k) Após o recebimento das informações 
complementares, as fi chas deverão ter o 
 Por Thaiane Barros – Medicina P1 8 
 
preenchimento completado e ser encaminhadas 
novamente para que seja digitado o encerramento 
dos casos. 
 
 FICHA DE NOTIFICAÇÃO/INVESTIGAÇÃO 
a) Só devem ser notifi cados após a confi rmação 
do caso, como aids (menores de 13 anos e maiores 
de 13 anos), esquistossomose em área não 
endêmica, hanseníase, gestante HIV +, 
leishmaniose tegumentar americana, tuberculose, 
sífi lis congênita, sífi lis em gestante e as doenças 
relacionadas a saúde do trabalhador. 
b) O formulário utilizado deve ser a Ficha de Notifi 
cação/Investigação para a respectiva doença, 
utilizando a numeração de uma Ficha de Notifi 
cação; 
c) Esta Ficha de Notifi cação deverá ser inutilizada; 
pois só será aproveitado o número existente que 
deverá ser transcrito para a Ficha de Notifi 
cação/Investigação; 
d) Caso a UF opte em trabalhar com a Ficha de 
Notifi cação pré-numerada, específi ca para cada 
agravo, deverá obedecer à orientação para 
numeração dos instrumentos de coleta, item 3.1.2; 
e) As instruções de preenchimento devem ser 
rigorosamente obedecidas, não devendo fi car 
nenhum campo em branco; 
 f) As fi chas devem ser submetidas à análise 
técnica e complementação das informações 
quando necessárias antes da inclusão no sistema; 
g) o não preenchimento dos campos obrigatórios 
específi cos de cada agravo, inviabilizará a inclusão 
do caso no sistema; ver instrucional de 
preenchimento; 
 h) As fi chas devem ser encaminhadas da unidade 
de saúde, para o Núcleo de Vigilância 
Epidemiológica Municipal, de acordo com o fl uxo 
estabelecido pela SMS; e 
 i) A digitação e o arquivamento das fi chas devem 
ser feitos no primeiro nível informatizado.46 
Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 
 
DOENÇAS ASSOCIADAS OU AGRAVOS DE 
NOTIFICAÇÃO COMPUSÓRIA: 
sinan.pdf (ial.sp.gov.br) 
 
Trabalhou-se, inicialmente, com uma lista de 32 
doenças. A peste, o cólera e a febre amarela 
foram incluídas utilizando-se como critério único 
de inclusão o fato de serem as três de notificação 
compulsória internacional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: A pontuação máxima que uma doença 
poderia alcançar no formulário era de 50 
pontos, tendo-se optado, em uma primeira 
abordagem, por definir 25 como o ponto de 
corte. Assim, os agravos com pontuação igual 
ou superior a 25 foram incluídos nesta lista 
inicial. Não houve dissenso, no grupo, em 
relação a que todas essas doenças deveriam 
constar na Lista Brasileira de Doenças de 
Notificação Compulsória - LBDNC. Todas as 
demais doenças, com pontuação igual ou 
inferior a 24 pontos, mereceram uma segunda 
análise quanto à pertinência de sua inclusão ou 
exclusão na lista. Como exemplo, a peste, 
mesmo com 19 pontos, pelo uso do critério 
absoluto mencionado, teria que ser incluída. 
Assim, a lista preliminar obtida foi composta de 
16 doenças: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.ial.sp.gov.br/resources/editorinplace/ial/sinan.pdf
 Por Thaiane Barros – Medicina P1 9 
 
Seleção das doenças de notificação compulsória: 
critérios e recomendações para as três esferas de 
governo (iec.gov.br) 
 
 
 
 
 
 
As doenças que compõem a proposta 
final da Lista Brasileira de Doenças de 
Notificação Compulsória encontram-se 
relacionadas a seguir: 
· Cólera 
· Dengue 
· Difteria 
· Doença de Chagas (casos agudos) 
· Doença Meningocócica e Outras Meningites 
· Febre Amarela 
· Febre Tifóide 
· Hanseníase 
· Hepatite B 
· Leishmanioses Visceral 
· Malária em área não endêmica 
· Meningite por Haemophilus influenzae 
· Meningite por tuberculose 
· Peste 
· Poliomielite / Paralisia Flácida Aguda 
· Raiva Humana 
· Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita 
· Sarampo · Sífilis Congênita 
· Síndrome da Imunodeficiência Adquirida 
(AIDS) 
· Tétano 
· Tuberculose 
 
 
 
 
 
http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-16731998000100002#t1
http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-16731998000100002#t1
http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-16731998000100002#t1
 Por Thaiane Barros – Medicina P1 1
0 
 
DETALHES DA CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS: 
 Relacionadas a acidentes de trabalho: 
♥ Acidente de trabalho com exposição a material 
biológico 
♥ Acidente de trabalho: grave, fatal e em crianças 
e adolescentes 
🙨 Acidente por animal peçonhento 
🙨 Acidente por animal potencialmente 
transmissor da raiva 
🙨 Botulismo 
🙨 Cólera 
🙨 Coqueluche 
🙨 Dengue: 
♥ Dengue – Casos 
♥ Dengue - Óbitos 
🙨 Difteria 
🙨 Doença de Chagas Aguda 
🙨 Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) 
🙨 Doença Invasiva por "Haemophilus Influenza" 
🙨 Doença Meningocócica e outras meningites 
🙨 Doenças com suspeita de disseminação 
intencional: 
♥ Antraz pneumônico 
♥ Tularemia 
♥ Varíola 
🙨 Doenças febris hemorrágicas 
emergentes/reemergentes: 
♥ Arenavírus 
♥ Ebola 
♥ Marburg 
♥ Lassa 
♥ Febre purpúrica brasileira 
🙨 Zika: 
♥ Doença aguda pelo vírus Zika 
♥ Doença aguda pelo vírus Zika em gestante 
♥ Óbito com suspeita de doença pelo vírus Zika 
🙨 Esquistossomose 
🙨 Evento de Saúde Pública (ESP) que se constitua 
ameaça à saúde pública (ver definição no Art. 2º 
desta portaria) 
🙨 Eventos adversos graves ou óbitos pós- 
vacinação 
🙨 Febre Amarela 
🙨 Chikungunya: 
♥ Febre de Chikungunya 
♥ Febre de Chikungunya em áreas sem 
transmissão 
♥ Óbito com suspeita de Febre de Chikungunya 
🙨 Febre do Nilo Ocidental e outras arboviroses de 
importância em saúde pública 
🙨 Febre Maculosa e outras Riquetisioses 
🙨 Febre Tifoide 
🙨 Hanseníase 
🙨 Hantavirose 
🙨 Hepatites virais 
🙨 HIV/AIDS: 
♥ Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência 
Humana ou Síndrome da Imunodeficiência 
Adquirida 
♥ Infecção pelo HIV em gestante, 
parturiente ou puérpera e Criança exposta ao risco 
de transmissão vertical do HIV 
♥ Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência 
Humana (HIV) 
🙨 Influenza humana produzida por novo subtipo 
viral 
🙨 Intoxicação Exógena (por substâncias 
químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e 
metais pesados) 
🙨 Leishmaniose: 
 Por Thaiane Barros – Medicina P1 1
1 
 
♥ Leishmaniose Tegumentar Americana 
♥ Leishmaniose Visceral 
🙨 Leptospirose 
🙨 Malária: 
♥ Malária na região amazônica 
♥ Malária na região extra Amazônica 
🙨 Óbito: 
♥ Infantil 
♥ Materno 
🙨 Poliomielite por poliovirus selvagem 
🙨 Peste 
🙨 Raiva humana 
🙨 Síndrome da Rubéola Congênita 
🙨 Doenças Exantemáticas: 
♥ Sarampo 
♥ Rubéola 
🙨 Sífilis: 
♥ Adquirida 
♥ Congênita 
♥ Em gestante 
🙨 Síndrome da ParalisiaFlácida Aguda 
🙨 Síndrome Respiratória Aguda Grave associada a 
Coronavírus: 
♥ SARS-CoV 
♥ MERS- CoV 
🙨 Tétano: 
♥ Acidental 
♥ Neonatal 
🙨 Toxoplasmose gestacional e congênita 
🙨 Tuberculose 
🙨 Varicela - caso grave internado ou óbito 
🙨 Violência: 
♥ Violência doméstica e/ou outras violências 
♥ Violência sexual e tentativa de suicídio 
 
 
 Identificar os critérios de classificação das 
doenças de notificação compulsória. 
 
O uso de informações de saúde nas análises 
epidemiológicas requer a observância de 
alguns critérios mínimos, que devem ser 
padronizados de acordo com a definição de 
normas e procedimentos técnicos para cada 
doença e agravo. Os critérios são definidos 
de acordo com a seleção das seguintes listas: 
nacional, regionais, estaduais, municipais e 
locais. 
 
As doenças sujeitas ao Regulamento 
Sanitário Internacional (hoje restrito a 
três enfermidades: cólera, peste e febre 
amarela) previsivelmente fazem parte de 
todas as listas dos países membros da OMS. 
A seleção de outras doenças e agravos tem 
obedecido a uma série de critérios e os mais 
utilizados têm sido os seguintes: 
 -CRITÉRIOS DE: 
· Magnitude - doenças com elevada 
freqüência que afetam grandes contingentes 
populacionais, que se traduzem pela 
incidência, prevalência, mortalidade, anos 
potenciais de vida perdidos. 
· Potencial de disseminação - expressa-se 
pela transmissibilidade da doença, 
possibilidade da sua disseminação através de 
vetores e demais fontes de infecção, 
colocando sob risco outros indivíduos ou 
coletividades. 
· Transcendência - que se tem definido 
como um conjunto de características 
apresentadas por doenças e agravos, de 
acordo com sua apresentação clínica e 
epidemiológica, das quais as mais 
importantes são: 
a severidade medida pelas taxas de 
letalidade, hospitalizações e seqüelas; 
a relevância social que subjetivamente 
significa o valor que a sociedade imputa à 
ocorrência do evento através da 
estigmatização dos doentes, medo, 
indignação quando incide em determinadas 
classes sociais; e as que podem afetar o 
desenvolvimento o que as caracteriza como 
 Por Thaiane Barros – Medicina P1 1
2 
 
de relevância econômica devido a 
restrições comerciais, perdas de vidas, 
absenteísmo ao trabalho, custo de 
diagnóstico e tratamento, etc. 
· Vulnerabilidade - doenças para as quais 
existem instrumentos específicos de 
prevenção e controle permitindo a atuação 
concreta e efetiva dos serviços de saúde sob 
indivíduos ou coletividades. 
· Compromissos internacionais - o 
governo brasileiro vem firmando acordos 
juntamente com os países membros da 
Organização Panamericana de Saúde / 
Organização Munidal de Saúde (OPS/OMS), 
que visam empreender esforços conjuntos 
para o alcance de metas continentais ou até 
mesmo mundiais de controle, eliminação ou 
erradicação de algumas doenças. Exemplo 
mais expressivo é o do Programa de 
Erradicação do Poliovírus Selvagem, que 
alcançou a meta de erradicação proposta 
para as Américas. Desta forma, teoricamente 
a poliomielite deveria ser excluída da lista, 
mas, este programa preconiza a sua 
manutenção e sugere ainda que se 
acrescentem as Paralisias Flácidas Agudas, 
visando à manutenção da vigilância ativa do 
vírus, para que se detecte a sua introdução 
em países indenes, visto que o mesmo 
continua circulando em áreas fora do 
continente americano. 
CRITÉRIOS DA Lista Brasileira de 
Doenças de Notificação Compulsória: 
 
Qualquer processo de seleção, opção, ou 
hierarquização, vem revestido de uma 
análise subjetiva, sujeitas portanto a juízo de 
valor dos atores envolvidos. Com o objetivo 
de reduzir a influência da subjetividade, 
decidiu-se pela realização de um exercício de 
seleção, tomando-se como base 13 critérios, 
sendo dez deles pontuados em uma escala 
contínua, de zero a cinco, onde "zero", 
significa a menor possibilidade da doença ser 
incluída na Lista Brasileira e "cinco" a maior 
possibilidade de incluí-la 
 
 
 
 
 Thaiane Barros – Medicina – P1 1 
 
 
 
PASSO 5- LISTANDO OS OBJETIVOS: 
♡ Compreender infectividade, virulência e 
patogenicidade. 
♡ Compreender a cadeia epidemiológico 
(doença, o agente causador, o ciclo evolutivo, 
as formas de transmissão, o vetor, o 
hospedeiro e o reservatório.) 
♡ Diferenciar vigilância epidemiológica x 
ambiental x sanitária e suas formas de 
investigação (inquérito epidemiológico). 
♡ Diferenciar surto, pandemia, endemia e 
epidemias. 
♡ Conhecer o PNI. 
♡ Diferenciar Autóctones e Alóctones. 
 
 
PASSO 5- DESCREVENDO OS OBJETIVOS: 
 
♡ Autóctone: Próprio do lugar; que nasceu 
naquele lugar e guarda dentro de si costumes, 
cultura e jeitos dos costumes daquele 
povo/espécie que ali nasceu (natural, próprio 
do lugar, nativo). 
♡ Alóctone: É aquilo que não é natural do 
lugar em que se encontra. 
 
IMPORTÂNCIA DESSES TERMOS PARA A 
SAÚDE: 
 Importância na análise da distribuição das 
doenças por pessoas, no espaço e no tempo. 
 Melhor conhecimento do processo saúde-
doença. 
Planejamento em saúde: definição dos 
grupos mais vulneráveis e de áreas de risco 
para intervenções em saúde. 
 
 
Reconhecimento de quem adoeceu, 
considerando-se as variáveis 
 Demográficas: idade, sexo e grupo etário 
 Sociais: situação conjugal, renda, ocupação e 
instrução, etc. 
 Que expressam estilo de vida: habito de 
fumar, consumo alimentar, prática de exercício 
físico, uso de drogas, práticas de autocuidado, 
etc. 
Permite o reconhecimento de áreas que 
necessitam de maior intervenção 
Espaço geográfico: incluindo fatores físicos e 
populacionais, que fazem com que algumas 
doenças ocorram em algumas regiões e em 
outras não. 
A distribuição espacial de qualquer evento 
está na elaboração de mapas. 
 
♡ Compreender infectividade, virulência e 
patogenicidade: 
 
VIRULÊNCIA: É o grau de patogenicidade/ a 
capacidade de um agente infeccioso (vírus ou 
bactéria) de provocar a gravidade da doença, é o 
grau de patogenicidade que se expressa pela 
gravidade da doença, letalidade). 
PATOGENICIDADE: Capacidade do agente 
biológico invasor causar uma doença com suas 
manifestações clínicas em hospedeiros 
suscetíveis. 
 
INFECTIVIDADE: É a capacidade de o agente 
etiológico ou seja um vírus ou bactéria de 
alojar-se e multiplicar-se no organismo do 
hospedeiro e transmitir-se deste para um novo 
hospedeiro e daí provocar a gravidade da 
doença. 
 
 Thaiane Barros – Medicina – P1 2 
 
PODER IMUNOGÊNICO: É a capacidade do agente 
biológico de estimular a resposta imune no 
hospedeiro 
 
VALÊNCIA ECOLÓGICA: É a capacidade de um 
agente etiológico sobreviver em um ou mais 
reservatórios. 
 
RESISTÊNCIA ÀS CONDIÇÕES DO MEIO: É a 
capacidade de sobreviver nas condições do meio 
ambiente 
 
INÓCULO OU DOSE INFECTANTE: É a quantidade 
do agente etiológico necessária para causar 
doença, além disso varia de acordo com a 
virulência do agente e resistência do hospedeiro) 
 
 
♡ Compreender a cadeia 
epidemiológica (doença, o agente 
causador, o ciclo evolutivo, as formas 
de transmissão, o vetor, o hospedeiro e 
o reservatório.): 
 
Diferença entre terminologias: 
• Agente infeccioso ou bioagente: São 
(bactérias, vírus, protozoário, fungos, 
príons, vermes, entre outros) 
• Infecção: (endógena/exógena; 
aparente/inaparente) 
• Doença infecciosa: É uma manifestação 
clínica 
• Doença transmissível:

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