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1 Marcela Oliveira – Medicina UNIFG 2021 São gônadas femininas com formato e tamanho semelhantes aos de uma amêndoa, medindo 4 x 2 x 3 cm, podendo variar de acordo com a idade e estado do ciclo. Sendo maior durante a gestação e crescimento do corpo e regredindo de tamanho após a menopausa. É uma estrutura intraperitoneal e está localizado na fossa ovariana da pelve verdadeira. Apresenta 2 faces (medial e lateral), 2 margens (margem livre e margem mesovárica) e 2 extremidades (extremidade tubária e extremidade uterina). É o local onde se desenvolve os oócitos (células germinativas femininas); São glândulas endócrinas que produzem hormônios sexuais: estrogênio, progesterona e relaxina (pelo corpo lúteo e placenta). Cada ovário é suspenso por uma dupla prega peritoneal, que é o Mesovário. O mesovário é uma subdivisão do ligamento largo do útero. O ovário é recoberto por uma lamina de mesótelio ovariano e antes da primeira ovulação, tende a ser mais liso e rosado. E mais tarde, tende a se tornar mais pregueado e cicatrizado por causa da liberação dos folículos. A fibrose é menor em usuárias de contraceptivos orais. A fixação é feita através dos ligamentos útero-ováricos, suspensor e mesovário: 1. LIGAMENTO SUSPENSOR DO OVÁRIO: une o ovário até a parede da pelve lateral. É por ele que vai passar os vasos e nervos ovarianos. 2. LIGAMENTO ÚTERO-OVÁRICO: fixa o ovário ao útero. O ligamento útero- ovárico une a extremidade proximal (uterina) do ovário ao ângulo lateral do útero, 2 Marcela Oliveira – Medicina UNIFG 2021 imediatamente inferior à entrada da tuba uterina. 3. MESOVÁRIO: é uma curta prega peritoneal que prende o ovário à parte do ligamento largo. Como o ovário está suspenso na cavidade peritoneal e sua superfície não é coberta por peritônio, o oócito expelido na ovulação passa para a cavidade peritoneal. Entretanto, sua vida intraperitoneal é curta porque geralmente é aprisionado pelas fímbrias do infundíbulo da tuba uterina e conduzido para a ampola, onde pode ser fertilizado. SUPRIMENTO VASCULAR As artérias ovarianas direita e esquerda são ramos direto da artéria aorta abdominal, que alcança o ovário por meio do ligamento suspensor do ovário. Nesse ponto, ela ainda emite um ramo tubário e faz anastomose com o ramo ovárico da artéria uterina. O ligamento suspensor do ovário cruza o ureter na sua região medial. Essa relação anatômica é muito importante na navegação cirúrgica, pois manipulações ureterais podem lesionar esses vasos. As artérias ovarianas descem por trás do peritônio e na margem da pelve, cruza a artéria e veias ilíacas externas para entrar na cavidade pélvica. Além disso, a artéria uterina, que é ramo da artéria ilíaca interna, emite ramos para o ovário e anexos uterinos. Então a artéria uterina penetra na mesossalpinge e torna-se bifurcada, dando origem ao ramo tubário e ao ramo ovárico da artéria uterina. A vascularização arterial ovariana contém uma importante rede de anastomose, entre os ramos da artéria uterina e ramos da artéria ovárica. 3 Marcela Oliveira – Medicina UNIFG 2021 Durante histerectomia, ou seja, o procedimento cirúrgico de retirada do útero, é importante realizar a ligadura dos vasos que realizam a irrigação ovariana. Essas anastomoses ficam localizadas, principalmente, na mesossalpinge e no mesovário. O sangue venoso dos ovários é drenado pelo plexo pampiniforme. Essas veias posteriormente se fundem para formar as veias ovarianas. Veia ovárica direita: drena para a veia cava inferior. Veia ovárica esquerda: drena para a veia renal esquerda. 4 Marcela Oliveira – Medicina UNIFG 2021 CORRELAÇOES ANATOMOCLÍNICAS A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é a principal causa de anovulação das mulheres em idade fértil. Pacientes com SOP podem apresentar oligomenorreia (disfunção ovulatória), além de outros sinais e sintomas como acantose nigricans (devido à hiperinsulinemia), aumento de peso, acne e hisurtismo (devido ao hiperandrogenismo). A ultrassonografia transvaginal da paciente com SOP pode evidenciar diversas estruturas císticas no estroma uterino.
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