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Defeitos do desenvolvimento da região oral e maxilofacial

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Bruna Miranda 
Odontologia VII 
1 
 
PATOLOGIA ORAL 
Defeitos do desenvolvimento da 
região oral e maxilofacial 
FENDAS OROFACIAIS: 
Geralmente a FL e a FP ocorrem juntas. 
Causa: sindrômica, não segue padrão simples 
mendeliano. 
FENDA LABIAL: 
Fusão defeituosa do processo nasal mediano com 
o processo maxilar. 
FENDA PALATINA: 
Falha na fusão das cristas palatinas. 
Menor expressão: úvula bífida. 
Em alguns casos: fenda palatina submucosa. 
Sequência de Pierre Robin: 
FP, micrognatia mandibular e glossoptose 
(obstrução das vias aéreas causada pelo 
deslocamento posterior e inferior da língua). 
Pode ocorrer como um fenômeno isolado, ou 
pode estar associada a uma ampla variedade de 
síndromes ou outras anomalias. 
TRATAMENTO: 
 Abordagem multidisciplinar. 
 Cirurgia reparadora. 
 Aconselhamento genético. 
FOSSETAS DA COMISSURA LABIAL: 
Invaginações da mucosa no limite do vermelhão 
dos lábios. Falha na fusão normal do processo 
embrionário maxilar e do processo mandibular. 
Podem ser unilaterais ou bilaterais. 
FOSSETAS LABIAIS PARAMEDIANAS: 
Invaginações congênitas raras no lábio inferior. 
Geralmente fístulas bilaterais simétricas, podem ser 
cegas ou drenar saliva. 
Em geral são herdadas como um traço 
autossômico dominante em combinação com a 
FL ou FP – Síndrome de van der Woude. 
TRATAMENTO: 
 Podem ser excisadas por razões estéticas. 
LÁBIO DUPLO: 
Anomalia rara caracterizada pelo crescimento 
exuberante de tecido na mucosa labial. Pode ser 
congênito ou adquirido (síndrome de Ascher), ou 
por traumatismo. 
Lábio superior frequentemente mais afetado. 
TRATAMENTO: 
 Em casos mais graves, excisão cirúrgica do 
tecido em excesso por finalidade estética. 
GRÂNULOS DE FORDYCE: 
Glândula sebáceas na mucosa oral. 
Pápulas amareladas ou branco-amareladas, 
assintomáticas. 
Não é indicado nenhum tratamento. 
LEUCOEDEMA: 
Aparência difusa, opalescente e branco-
acinzentada leitosa da mucosa. Superfície 
frequentemente pregueada, estrias 
esbranquiçadas ou rugosidades. LESÕES NÃO SÃO 
DESTACÁVEIS. O aspecto esbranquiçado diminui 
ou desaparece quando a mucosa é evertida e 
distendida. 
Não é indicado nenhum tratamento. 
MICROGLOSSIA: 
Língua pequena. 
Tem sido associada a um grupo de condições 
sobrepostas conhecidas como síndromes da 
hipogênese oro-mandibular-membros. 
Está bastante associada à Hipoplasia da 
mandíbula, e os incisivos inferiores podem estar 
ausentes. 
Bruna Miranda 
Odontologia VII 
2 
 
TRATAMENTO: 
 Varia de acordo com a natureza e 
gravidade da condição. 
 Procedimentos cirúrgicos e ortodônticos 
podem melhorar a função oral. 
MACROGLOSSIA: 
Aumento da língua causada por malformações 
congênitas e doenças adquiridas. 
Mais frequente em crianças. 
Achado da síndrome de Beckwith-Wiedemann. 
TRATAMENTO: 
 Casos leves: fonoaudiologia. 
 Casos graves: redução através da 
glossectomia. 
ANQUILOGLOSSIA: 
Freio lingual curto, resultando na limitação dos 
movimentos. 
Mais comum no gênero masculino 
TRATAMENTO: 
 Recém-nascidos: frenotomia (corte para 
liberar o freio). 
 Crianças ou adultos: frenectomia 
(liberação com freio com reparo plástico). 
TIREOIDE LINGUAL: 
Tecido tireoidiano decorrente da não migração 
da glândula primitiva. 
Pode variar de lesão nodular pequena e 
assintomática à grande massa bloqueando as vias 
aéreas. 
TRATAMENTO: 
 Assintomáticos: nenhum tratamento, 
acompanhamento periódico. 
 Sintomáticos: terapia supressiva com 
hormônio tireoidiano pode reduzir o 
tamanho da lesão, quando não reduz é 
indicado remoção cirúrgica ou ablação 
com iodo radioativo. Se a massa for 
excisada pode-se tentar o autotransplante 
para manter o tecido funcional e prevenir 
o hipotireoidismo. 
LÍNGUA FISSURADA (LÍNGUA ESCROTAL): 
Fissuras ou sulcos de 2 a 6 mm na superfície dorsal 
da língua. 
Em geral é assintomática, mas alguns paciente se 
queixam de discreta ardência ou dor. 
Pode ser componente da síndrome de 
Melkersson-Rosenthal. 
TRATAMENTO: 
Escovação, pois alimentos retidos podem causar 
irritação. 
LÍNGUA PILOSA (LÍNGUA PILOSA NEGRA, 
LÍNGUA SABURROSA): 
Acúmulo acentuado de queratina nas papilas 
filiformes do dorso lingual (aparência de pelos). 
Mais comum na linha média anterior às papilas 
circunvaladas, são acastanhadas, amareladas ou 
enegrecidas (resultado da colonização de 
bactérias cromogênicas, pigmentos de tabaco e 
alimentos). 
Em pacientes com papilas semelhantes a pelos: 
língua saburrosa. Muitas vezes é confundida com 
candidíase. 
Pigmentação negra transitória sem elevação das 
papilas filiformes pode ocorrer e pacientes que 
utilizam salicilato de bismuto. 
Histologicamente: alongamento e 
hiperparaqueratose das papilas filiformes. 
TRATAMENTO: 
 Higiene oral, raspagem periódica ou 
limpeza com raspador de língua, 
podofilina com medidas de segurança. 
Deve-se ter cuidado para não confundir com a 
leucoplasia pilosa, que ocorre na borda da língua, 
causada pelo vírus Epstein-Barr, e geralmente 
associada à infecção por HIV. 
TÓRUS PALATINO: 
Bruna Miranda 
Odontologia VII 
3 
 
Massa dura de osso que surge na linha média do 
palato duro, podem ser classificados pela 
morfologia (plano, alongado, nodular e lobular). 
Histopatologicamente: massa de osso cortical 
lamelar denso, às vezes zona mais interna de osso 
trabecular é observada. 
TRATAMENTO: 
 Biópsia em casos raros. 
 Edêntulos: remoção para acomodar a 
prótese. 
 Cirurgia para casos de ulceração ou 
interferência na função oral. 
Apresenta tendência ao desenvolvimento de 
osteonecrose induzida por medicamentos. 
TÓRUS MANDIBULAR: 
Exostose ao longo da superfície lingual da 
mandíbula acima da linha milo-hióidea, na região 
de pré-molares. 
Histopatologicamente: densa massa lamelar de 
osso cortical, algumas vezes zona mais interna de 
osso trabecular associada à medula gordurosa. 
TRATAMENTO: 
 Edêntulos: remoção para acomodar a 
prótese. 
CISTO DO DUSCTO NASOPALATINO: 
O cisto não-odontogênico mais comum da 
cavidade oral. 
Acredita-se que sejam remanescentes do ducto 
nasopalatino. 
Mais comum entre a quarta e a sexta década de 
vida. 
Sintomas mais comuns: tumefação da região 
anterior do palato, drenagem e dor. Muitas lesões 
são assintomáticas, encontradas em radiografias 
de rotina. 
Radiograficamente: lesão radiolúcida bem 
circunscrita próxima ou na linha média da região 
anterior de maxila, entre os ápices dos incisivos 
centrais. Em geral, a lesão é redonda ou oval, com 
uma borda esclerótica. Podem ter formato de 
pêra invertida, ou coração. 
Histopatologicamente: epitélio variável 
(pavimentoso estratificado, colunar 
pseudoestratificado, colunar simples, cúbico 
simples). 
TRATAMENTO: 
 Enucleação cirúrgica. 
 Biópsia, pois existem lesões benigna e 
malignas semelhantes ao cisto. 
CISTO DO DUCTO TIREOGLOSSO: 
Remanescentes epiteliais do ducto tireoglosso. 
Classicamente se desenvolvem na linha média 
abaixo do osso hioide. 
São mais diagnosticados nas duas primeiras 
décadas de vida. 
Geralmente apresenta-se como uma tumefação 
móvel, flutuante e indolor, a menos que se 
complique por uma infecção secundária. 
Histopatologicamente: revestidos por epitélio 
pavimentoso estratificado ou coluna, embora 
possa ser observado epitélio cúbico ou epitélio do 
intestino delgado. 
TRATAMENTO: 
 Técnica de Sistrunk: remoção do cisto com 
o segmento medial do osso hioide e uma 
ampla porção do tecido muscular ao 
longo de todo o trato tireoglosso.

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