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CCJ0007-WL-AMMA-16-Do Tipo Doloso. Do Tipo Culposo

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DIREITO PENAL I
SEMANA 8 AULA 16
SEMANA 08.AULA 16.
 DA CONDUTA.
 DO TIPO CULPOSO.
SEMANA 8. AULA 16
►OBJETIVOS DA SEMANA DE AULA.
• Conhecer o plano de aula.
• Identificar a culpa enquanto elemento normativo do tipo penal consoante
 a teoria finalista da ação.
• Analisar os elementos da culpa, suas modalidades e a previsibilidade
 objetiva do resultado para fins de responsabilização penal.
• Reconhecer a excepcionalidade do tipo culposo.
• Solucionar as situações nas quais haja conflito entre a conduta dolosa -
 dolo eventual e, culposa - culpa consciente.
• Reconhecer as figuras típicas dos delitos agravados pelo resultado.
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EMENTA
1. Da Conduta Culposa.
2.1.Conceito. Natureza Jurídica
2.2. Elementos
2.3. Modalidades
2.4. Espécies
2.5 Crimes agravado pelo resultado: modalidades; o crime preterdoloso.
A excepcionalidade do tipo culposo.
(ART.18, parágrafo único, do Código Penal)
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CÓDIGO PENAL
 ART.18. Diz-se o crime:
 II.culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou
imperícia.
 (incluído pela lei n.7209, de 11.07.1984)
 CONTEÚDO.
Conceito. Natureza Jurídica.
Conduta culposa é aquela na qual o agente visa uma finalidade lícita, entretanto, ao realizá-la
 quebra o seu dever jurídico de cuidado vindo a produzir um resultado ilícito.
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 A quebra do dever de cuidado pode ocorrer por meio
imprudência, negligência e imperícia – modalidades da culpa.
 Abrangência da expressão “dever de cuidado”.
 “ Significa analisar se o agente agiu com o cuidado
necessário e normalmente exigível (...) que deve ser aferido nas
circunstâncias concretas em que o fato ocorreu” (BITENCOURT.
Cezar. Op.cit. pp.329).
O conceito de tipo culposo e a Teoria Finalista da Ação.
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2.2. Elementos.
 I. INOBSERVÂNCIA DO DEVER DE CUIDADO.
II. PRODUÇÃO DE RESULTADO ILÍCITO.
III. PREVISIBILIDADE OBJETIVA DO RESULTADO.
IV. NEXO CAUSAL.
 “ Previsível é o fato cuja possível
 superveniência não escapa à perspicácia
 comum”
(HUNGRIA, Nelson apud BITENCOURT, Cezar Roberto, op.cit.pp. 339)
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2.3. Modalidades de Culpa.
Imprudência
Negligência
Imperícia
Conduta
Comissiva
Perigosa.
Conduta
omissiva
 Falta de capacidade,
aptidão, de conhecimentos
técnicos para o exercício
 de arte, profissão ou
 ofício.
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2.4. Espécies de Culpa.
► Culpa Inconsciente.
►Culpa Consciente.
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2.5. Crimes Agravados pelo Resultado.
 Art. 19. Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o
agente que o houver causado ao menos culposamente. (Artigo com
redação dada pela Lei nº 7.209, de 11/7/1984)
dolo na conduta principal
Espécies.
culpa na conduta principal
culpa no resultado
dolo no resultado
 culpa no resultado
dolo no resultado
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 CASOS CONCRETOS
É elemento do crime culposo: (34º Exame OAB/CESPE-UnB).
a) a observância de um dever objetivo de cuidado.
b) o resultado lesivo não querido, mas assumido, pelo agente.
c) a conduta humana voluntária, sempre comissiva.
d) a previsibilidade.
DISTINÇÃO ENTRE DOLO EVENTUAL E
 CULPA CONSCIENTE
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 Com base nos estudos realizados sobre a distinção entre e
dolo e culpa, selecione,a opção correta. Responda de forma
justificada e indique o(s) respectivo(s) dispositivo(s) legal(is)
aplicáveis.
 a) Quando o agente deixa de prever o resultado que lhe era
previsível, fica caracterizada a culpa consciente e o agente
responderá por delito preterdoloso..
 b) Quando o agente, embora prevendo o resultado, não
deixa de praticar a conduta porque acredita, sinceramente,
que esse resultado não venha a ocorrer, caracteriza-se a
culpa inconsciente.
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 c) Quando o agente pratica uma conduta, da qual advém um
resultado mais gravoso que o pretendido, sendo este
previsível, será responsabilizado penalmente por ambos os
resultados, ainda que não tenha assumido o risco de sua
produção.
d)Quando o agente, embora não querendo diretamente praticar
a infração penal, não se abstém de agir e, com isso, assume o
risco de produzir o resultado que por ele já havia sido previsto
e aceito, há culpa consciente.
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 Leia o caso abaixo e responda à questão relacionada.
 Desenvolva sua fundamentação com base na leitura indicada no
 seu plano de aula e por seu professor.
 Tragédia. "Acidente deixa gravemente ferido deputado Fernando
 Carli Filho. Violenta colisão na madrugada matou dois jovens no
 bairro Mossunguê".
 Fonte: Redação Bem Paraná, disponível
 em http://www.bemparana.com.br, última atualização
 em 07/05/09 às 12:43
"Concluído pela polícia polícia paranaense o inquérito que
 investigava o acidente provocado pelo ex-deputado Fernando
 Ribas Carli Filho. Ele estava embriagado e dirigia seu carro a
 167 quilômetros por hora, quando, em 07 de maio, colidiu com
 outro veículo e matou duas pessoas. Carli Filho foi
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 indiciado por duplo homicídio com dolo eventual".Fonte:
Revista Veja, Ed. Abril, edição 2126-ano 42-n.33, 19 de agosto
de 2009 - pp. 52 e 53.
Diante do caso apresentado por dois veiculos de comunicação
e, com base nos estudos realizados sobre os tipos penais
responda ao que se pede e desenvolva sua argumentação com
base na leitura de seu material didático.:
 a) Consoante a classificação dos tipos penais em dolosos e
culposos, diferencie dolo eventual e culpa consiciente.
 b) Diante dos dados constantes no inquérito policial e no
respectivo indiciamento, aplicar-se-á, caso, a Lei n.9503/1997
(Código de Trânsito Brasileiro) ou o Código Penal?
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 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
HC 91159 / MG - MINAS GERAIS .Relator(a): Min. ELLEN
 GRACIE. Julgamento: 02/09/2008 . Órgão Julgador:
 Segunda Turma
 Ementa. DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL.
HABEAS CORPUS. CRIME DE COMPETÊNCIA DO
TRIBUNAL DO JÚRI. "RACHA" AUTOMOBILÍSTICO.
HOMICÍDIODOLOSO.DOLOEVENTUAL.NOVA
VALORAÇÃO DE ELEMENTOS FÁTICO-JURÍDICOS, E
NÃO REAPRECIAÇÃO DE MATERIAL PROBATÓRIO.
DENEGAÇÃO. 1. A questão de direito, objeto de controvérsia
neste writ, consiste na eventual análise de material fático-
probatório pelo Superior Tribunal de Justiça, o que
eventualmente repercutirá na
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 Configuração do dolo eventual ou da culpa consciente
relacionada à conduta do paciente no evento fatal
relacionado à infração de trânsito que gerou a morte dos
cinco ocupantes do veículo atingido. 2. O Superior Tribunal
de Justiça, ao dar provimento ao recurso especial
interposto pelo Ministério Público do Estado de Minas
Gerais, atribuiu nova valoração dos elementos fático-
jurídicos existentes nos autos, qualificando-os como
homicídio doloso, razão pela qual não procedeu ao
revolvimento de material probatório para divergir da
conclusão alcançada pelo Tribunal de Justiça. . O dolo
eventual compreende a hipótese em que o sujeito não quer
diretamente a realização do tipo penal, mas a aceita como
possível ou provável
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 (assume o risco da produção do resultado, na redação do
art. 18, I, in fine, do CP). 4. Das várias teorias que buscam
justificar o dolo eventual, sobressai a teoria do
consentimento (ou da assunção), consoante a qual o dolo
exige que o agente consinta em causar o resultado, além
de considerá-lo como possível. 5. A questão central diz
respeito à distinção entre dolo eventual e culpa consciente
que, como se sabe, apresentam aspecto comum: a
previsão do resultado ilícito. No caso concreto, a narração
contida na denúncia dá conta de que o paciente e o co-réu
conduziam seus respectivos veículos, realizando aquilo
que coloquialmente se denominou "pega" ou "racha", em
alta velocidade, em plena rodovia, atingindo um terceiro
veículo (onde estavam as vítimas).
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 6. extraia das circunstâncias do . Para configuração do dolo
eventual não é necessário o consentimentoexplícito do
agente, nem sua consciência reflexiva em relação às
circunstâncias do evento. Faz-se imprescindível que o dolo
eventual se extraia das circunstâncias do evento, e não da
mente do autor, eis que não se exige uma declaração
expressa do agente. 7. O dolo eventual não poderia ser
descartado ou julgado inadmissível na fase do iudicium
accusationis. Não houve julgamento contrário à orientação
contida na Súmula 07, do STJ, eis que apenas se procedeu
à revaloração dos elementos admitidos pelo acórdão da
Corte local, tratando-se de quaestio juris, e não de quaestio
facti. 8. Habeas corpus denegado.
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