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FÍSICA APLICADA A BIOMEDICINA E IMAGENOLOGIA Professora: Vanessa Rocha vanessa.rego@uva.br Na aula anterior........ • RADIOISÓTOPOS • APLICAÇÕES DOS ELEMENTOS RADIOATIVOS • INTERAÇÃO DAS RADIAÇÕES COM A MATÉRIA • TIPOS DE RADIOATIVIDADE • EMISSÕES ALFA • EMISSÕES BETA • RAIOS X E GAMA • EFEITO FOTOELÉTRICO • EFEITO COMPTON • RADIAÇÃO DE FRENAGEM • RAIOS X CARACTERÍSTICOS • PROPRIEDADES DOS RX • LEIS DA RADIOATIVIDADE • CLASSIFICAÇÃO DA RADIOATIVIDADE • DECAIMENTO RADIOATIVO • SEGURANÇA, MONITORAÇÃO E PROTEÇÃO NA EXPOSIÇÃO DA RADIAÇÃO NA MEDICINA • NOÇÕES BÁSICAS DE BLINDAGEM DAS RADIAÇÕES • PRINCIPAIS EXAMES COM USO DA RADIAÇÃO NA MEDICINA História da radiologia WILHERN CONRAD ROENTGEN • Graduado em Engenharia Mecânica aos 23 anos; • Especialista em Matemática; • No dia 8 de novembro de 1985, descobriu os Raios-X; • Em 1901 ganhou o premio Nobel de Física pela sua descoberta. Roentgen escureceu o ambiente e envolveu o tubo num papel preto. Para evitar que a luminosidade do tubo fosse vista. Próximo ao tubo estava uma placa coberta com sais de platinoceaneto de bário, uma substância muito utilizada pelos cientistas que , quando excitada, se tornava fluorescente. Ele notou a fluorescência no Platinocianeto de bário, apesar da distância do tubo e da escuridão da sala. Essa observação foi que o diferenciou dos demais cientistas A primeira radiografia foi realizada em 22 de dezembro de1895, a mão esquerda de Anna Bertha esposa de Roentgen Roentgen • Recebeu muitas honras de seu governo e de outros e as maior homenagem que se prestou aplicação de seu nome aos raios. • Rejeitou Propostas e Privilégios que poderiam lhe trazer lucros matérias • Entregou gratuitamente suas descobertas as industrias e a medicina PRINCÍPIOS DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA PRINCÍPIOS DE FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA Baseado nas propriedade da radiação X em impressionar chapas fotográficas e de penetrar em corpos opacos, tornou- se possível o emprego da Radiologia. É preciso entender que, nem todos os raios X que penetram em um objeto o atravessam; alguns são absorvidos. Os que atravessam formam a imagem radiográfica. Os principais componentes envolvidos nos processos de formação de imagens médicas são: a - o paciente; b - o equipamento que adquire a imagem; c - o operador do equipamento; d - a imagem obtida; e - o observador (radiologista) Equipamento de Rx Tubo de raios-x Entre todos os componentes do aparelho de RaioX, esse é o que dá nome ao equipamento, já que é o responsável pela emissão das ondas. Este tubo é composto por vários componentes igualmente importantes para o funcionamento do aparelho, sendo que os mais importantes são o catodo e anodo Transformador de Alta Tensão A energia elétrica fornecida tem uma tensão de 110 V ou 220 V e deve ser aumentada A tensão necessária para produzir feixes de Rx é de 25.000 a 120.000 Volts (25 kV a 120 kV) O transformador aumenta a voltagem do gerador Em um transformador de alta voltagem, a voltagem de saída tem a polaridade alternada. O retificador inverte esta voltagem indesejável, mantendo uma voltagem positiva e constante no anodo Console de Operação A função desse console é controlar a corrente do tubo de raio-X e a tensão do equipamento, além do tempo de exposição à radiação, que pode variar de acordo com a necessidade de cada exame. Basicamente, o console conta com 5 componentes: compensador de linha, autotransformador, fonte de corrente, fonte de tensão e temporizador de exposição. Colimador Tem a função importante de limitar o campo de incidência da radiação. Um obturador de chumbo é usado para restringir o feixe. Entre os componentes do aparelho de RaioX, esse é o responsável por minimizar o campo de alcance do feixe, de modo a reduzir a exposição desnecessária através do uso de placas de chumbo. Grade A grade também é composta de chumbo e fica localizada logo depois do paciente. Ela também pode ser chamada de grade difusora e tem a responsabilidade de aumentar o contraste do tecido corporal, melhorando a qualidade das imagens. Também tem a função de conter a radiação que se dispersa do corpo, de modo que ela não atinja o ambiente. Bucky Mural O Bucky mural é um componente que segura o filme de raio-X e movimenta a grade durante a exposição aos raios. Carcaça protetora A carcaça protetora está localizada no tubo de raio-x. Ela é composta por aço e tem forro de chumbo para prevenir a exposição excessiva à radiação e a ocorrência de choque elétrico para os pacientes e também para o técnico. A carcaça ainda possui uma abertura para emissão dos raios. As carcaças ainda tem a importante função de reduzir o nível de vazamento de Produção da RX É formado por um envoltório de vidro que contém, no seu interior, ambiente a vácuo e 2 polos: um negativo, o cátodo, e outro positivo, o ânodo. O cátodo é composto por um filamento em geral constituído de tungstênio, que, sob efeito de corrente elétrica com alta amperagem e baixa voltagem, torna-se aquecido e libera elétrons Um circuito de baixa amperagem e alta quilovoltagem cria uma diferença de potencial (DDP) entre o cátodo (negativo) e o ânodo (positivo), fazendo com que os elétrons migrem em direção ao ânodo e, ao colidirem com este, transformem sua energia cinética em calor (99%) e radiação X (1%). Uma placa de tungstênio (alvo) serve de anteparo aos elétrons no ânodo, que é giratório, e está aderida a uma barra de cobre. Há um sistema de refrigeração no ânodo que promove a dissipação do calor. • Durante o bombardeamento de elétrons, o alvo (anodo) de um tubo de raios X não deve esquentar muito. • Caso isto ocorra, emitirá elétrons do mesmo modo que o filamento e esses elétrons seguirão do anodo para o catodo em um ciclo inverso e o filamento, que é muito delicado, será destruído pelo bombardeamento de elétrons. • A fim de prevenir tal fato, retificadores de silício devem ser colocados no circuito para atuarem como uma chave que bloqueia a corrente de elétrons no sentido inverso. A ampola é envolvida por uma blindagem de chumbo, deixando uma única abertura, a janela, por onde passa o feixe de radiação X. Um dispositivo de diafragmas torna possível reduzir a dimensão do feixe ao tamanho da região a ser radiografada. Gerador A produção de raios X requer muita energia elétrica. O tipo de energia fornecido pela companhia distribuidora de energia elétrica não é adequado para ser utilizado diretamente. Um equipamento deve possuir componentes que transformam, controlam e que, muitas vezes, acumulam a energia elétrica que será aplicada ao tubo. Gerador As funções do gerador são: a - aumentar a voltagem da rede elétrica (ou produzir alta tensão que é o kV); b - converter corrente alternada (c.a.) em corrente contínua (c.c.); c - armazenar energia elétrica (equipamentos portáteis); d - controlar a quilovoltagem (kV); e - controlar a corrente no tubo (mA);e f - controlar o tempo de exposição. GERADOR: Os raios X são criados no interior de um tubo com vácuo através da conversão da energia dos elétrons em fótons. O poder de penetração e a quantidade de raios X produzidos podem ser controlados ajustando-se as grandezas: • kilovoltagem (kV) = diferença de potencial (ou “potencial para aumentar a energia dos elétrons”). Elétrons com mais energia adquirida por meio de um kV mais alto produzem raios X mais penetrantes e mais abundantes. • miliamperagem (mA) = quantidade ou número de elétrons que passam do catodo para o anodo a cada segundo. • tempo de exposição = tempo em que o tubo de raios X permanece energizado A kilovoltagem (kV) A energia elétrica fornecida pelas distribuidoras de eletricidade tem uma tensão de 110 V ou 220 V e deve ser aumentada, em geral, para a faixa de 25.000 a 120.000 Volts (25 kV a 120 kV) para produzir feixescom a capacidade de penetração necessária aos procedimentos em Radiodiagnóstico. O dispositivo do gerador que aumenta a voltagem é o transformador. Dentre os componentes do gerador, o transformador é o de maior tamanho e é conectado ao tubo de raios X por uma fiação espessa que suporta altas correntes. Em um transformador de alta voltagem, a voltagem de saída tem a polaridade alternada. O retificador inverte esta voltagem indesejável, mantendo uma voltagem positiva e constante no anodo Controle do mA O catodo é aquecido devido à passagem de uma corrente elétrica proveniente de uma fonte de tensão de baixa voltagem. A saída desta fonte é controlada por um seletor de mA que, ao ser aumentado, faz com que mais corrente elétrica passe através do filamento do catodo, gerando mais calor por efeito Joule e elevando sua temperatura Com o aumento da corrente elétrica no filamento do catodo, aumenta-se “a chuva” de elétrons que cai a partir do catodo sobre o anodo e, portanto, mais raios X são gerados. 50 a 100 mA foco fino 200 a 500 mA foco grosso Dentre os modelos de equipamentos mais modernos, alguns possuem um dispositivo eletrônico que controla o nível de exposição no receptor, denominado Dispositivo AEC (Automatic Exposition Control), que tem a função de suspender a geração de raios X quando o receptor de imagens (conjunto tela-filme) recebe uma quantidade de exposição pré- determinada considerada ideal No modo manual, o ajuste do tempo de exposição deve ser feito pelo operador antes de iniciar o procedimen to. A seleção adequada dos ajustes do tempo de exposição no equipamento é feita através da consulta a uma tabela técnica que relaciona o tamanho do paciente, o kVP, e o mA Tempo de exposição Outros equipamentos de formação da imagem Filme chassi écran Outros equipamentos de formação da imagem ECRAN: folha flexível de plástico ou papelão do tamanho correspondente ao tamanho do filme usado; ele forra o chassi, ficando em íntimo contato com o filme. É revestido por material fluorescente que emite luz quando irradiado. Essa luz sensibiliza o filme, o que possibilita menor uso de radiação. A função do écran é diminuir a dose de radiação. FILME: placa de poliéster recoberta por emulsão de gelatina e cristais de prata. A prata é sensibilizada pela luz ou radiação, tornando-se negra após a revelação CHASSIS: Estojo metálico no qual é colocado o filme virgem para protegê-lo da luz Qualidade da imagem A qualidade da imagem pode ser comprometida pela radiação difusa que se forma durante a atenuação do feixe de Rx no corpo do paciente Essa radiação espalhada em todas as direções é denominada radiação secundária ela suprime o contraste gerando perda da qualidade da imagem Para reduzir a radiação secundária são utilizados alguns dispositivos: Diafragma e colimadores: reduzem o feixe de radiação que sai da ampola, limitando-o à área a ser radiografada Grade antidifusora ou bucky: são dispositivos de lâminas metálicas dispostas de maneira a absorver a radiação secundária, permitindo que apenas a radiação primária atinja o filme. É colocada antes do filme, na mesa ou em suporte próprio na parede Filtros: são lâminas de alumínio colocadas entre as lâminas dos colimadores com o objetivo de absorver os fótons de baixa energia que prejudicariam a qualidade da imagem A nitidez da imagem depende da imobilidade do corpo, da distância do objeto ao filme e do tamanho do foco. É fundamental que o corpo esteja imóvel ao ser radiografado para que a imagem seja nítida. Relação entre densidade radiológica, absorção no corpo e imagem PROCESSAMENTO RADIOGRÁFICO PROCESSAMENTO RADIOGRÁFICO O primeiro estágio da formação da imagem latente é a absorção de fótons de raios X pelos íons de brometo de prata. Não se consegue distinguir os grãos modificados e os grãos não expostos. No entanto, os grãos expostos são muito mais sensíveis à ação do revelador químico. A distribuição desses grãos invisíveis no filme que foram ativados pela luz é que forma a imagem latente. O segundo estágio é o processamento que abrange a revelação, fixação, lavagem e secagem do filme PROCESSAMENTO RADIOGRÁFICO PROCESSAMENTO RADIOGRÁFICO Processadora Automática de filmes radiográficos Etapa de redução: a redução dos grãos de brometo de prata expostos é um processo que os converte em prata metálica visível por ação da fenidona e hidroquinona. A fenidona é mais ativa e é responsável pela produção dos tons baixos e médios da escala de cinza. A hidroquinona produz os tons escuros ou de densidade ótica alta. Etapa de ativação: a função do ativador, geralmente carbonato de cálcio, é amolecer e expandir a emulsão para que o redutor possa alcançar os grãos sensibilizados. Revelação Etapa de redução: a redução dos grãos de brometo de prata expostos é um processo que os converte em prata metálica visível por ação da fenidona e Etapa de moderação da velocidade de revelação: em geral, usa-se o brometo de potássio que desempenha a função de diminuir a velocidade das reações. Etapa de conservação: o sulfeto de sódio ajuda a proteger os agentes redutores da oxidação que se dá com o contato com o ar. Também reagem com produtos da oxidação para reduzir sua atividade. Etapa de endurecimento: o glutaraldeído é utilizado para impedir o amolecimento excessivo da emulsão. Isto é necessário em processadoras automáticas que transportam os filmes através de rolos Revelação Após passar pelo revelador, o filme é transportado para um segundo tanque que contém a solução fixadora. O fixador é uma mistura de soluções que têm por funções: Etapa Neutralização: quando o filme sai do revelador, ele ainda está molhado pela solução reveladora. Utiliza-se o ácido acético para estancar o processo e evitar revelação excessiva que aumenta o fog no filme. Fixação Etapa de Clareamento: a solução fixadora também clareia os grãos de haletos de prata não revelados. Utiliza-se amônia ou tiosulfato de sódio. Os grãos não expostos são retirados do filme e dissolvem-se na solução fixadora. A prata que se acumula no fixador durante o processo de clareamento pode ser recuperada e tem alto grau de pureza. Etapa de Conservação: o sulfeto de sódio protege o fixador de reações que o deterioram Fixação Para retirar da emulsão a solução fixadora, o filme recebe um banho de água. É muito importante que se remova todo o tiosulfato contido no fixador. Se ficar retido na emulsão, ele pode reagir com o nitrato de prata e com o ar para formar o sulfato de prata que dá à radiografia uma coloração marrom-amarelada. A quantidade de tiosulfato retido na emulsão determina o tempo de vida útil da radiografia do filme processado. Lavagem Consiste na última etapa do processamento. Após passar por uma câmara por onde circula ar quente, o filme está pronto para ser manuseado e avaliado Secagem EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO O efeito biológico é uma resposta natural do organismo a um agente agressor e esta resposta pode comportar-se de diversas formas. O dano causado pela radiação é cumulativo, ou seja, a lesão causada tem seus danos aumentados por doses repetidas de radiação. Porém, os riscos diminuem com a redução da quantidade de radiação EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO Os efeitos biológicos da radiação são classificados em: Efeitos estocásticos Efeitos da exposição pré-natal Efeitos determinísticos Efeitos estocásticos: São proporcionais à dose de radiação recebida, sem existência de um limiar. São cumulativos. Provocam modificações nas células, podendo levar ao câncer ou a efeitos hereditários. Exemplo: neoplasias e leucemia. Efeitos da exposição pré-natal: Os efeitos dependem do período da gestação em que ocorre a exposição. Quando o número de células do embrião é pequeno, a probabilidade da ocorrência do efeito é maior. . : Efeitos determinísticos: Sãolimiares dependentes. Provocam um número elevado de células mortas, causando o colapso do tecido. Aparecem, em geral, dias ou semanas após a irradiação do órgão ou tecido. Exemplo: radiodermite exsudativa, aplasia medular, catarata, esterilidade (temporária ou permanente). A radiossensibilidade celular é variável; quanto mais jovens as células (quando a mitose é mais acelerada) e quanto mais não diferenciadas, mais sensíveis à radiação, Células mais sensíveis: glóbulos brancos (principalmente linfócitos), glóbulos vermelhos, óvulos e espermatozoides Células de sensibilidade intermediária: células epiteliais e células do cristalino Células mais resistentes: células nervosas e musculares; exceção para as células do sistema nervoso do embrião Os efeitos se fazem sentir a curto e longo prazos: Efeitos a curto prazo: observados em horas, dias ou semanas, produzidos por uma grande quantidade de radiação em grandes áreas corporais, em um curto período de tempo. São exemplos a síndrome aguda de radiação com náuseas, vômitos, infecções, hemorragias, diarreia, desidratação e alopecia Os efeitos se fazem sentir a curto e longo prazos: Efeitos a longo prazo: causados por grandes exposições em curto espaço de tempo ou pequenas quantidades de radiação em um longo período de tempo (nesta categoria encontram-se os pacientes que “costumam” ser radiografados com frequência). Podem ser divididos em: Efeitos genéticos: podem surgir quando os órgãos reprodutores são expostos à radiação. O dano não se expressa na pessoa irradiada, e sim em gerações futuras, por mutações genéticas nas células reprodutoras Efeitos somáticos: observados na pessoa irradiada. Radiodermites, câncer, cataratas, leucemia e malformações (exposição no feto) são alguns exemplos Meios de proteção radiológica Para evitar os efeitos deletérios da radiação, são tomadas medidas que visam proteger o indivíduo, minimizando esses danos tanto para quem lida com a radiação, como para os pacientes. São eles: • Redução da área radiografada por meio de colimadores, diafragma • Redução da exposição (dose de irradiação) • Limitação do número de exames, principalmente em crianças • Proteção plúmbica para gônadas, tireoide e cristalino • Biombos e aventais plúmbicos para o profissional em radiologia • Monitor individual de radiação (dosímetro) para os profissionais. Incidências As incidências são as posições em que são colocados os pacientes para que sejam radiografados. Em uma radiografia são observados todos os elementos ultrapassados pelo feixe de radiação, projetados em um só plano. Pela superposição das diversas estruturas, muitas vezes não há condições de localizar ou delimitar com precisão determinadas imagens. É fundamental que sejam feitas incidências em posições diferentes, determinando planos opostos e/ou complementares. O estudo radiológico do tórax, por exemplo, deve constar, no mínimo, de 2 incidências: uma frontal (PA) e outra em perfil Por convenção, a denominação da incidência se faz pelo local do corpo que está voltado para a ampola: PA = posteroanterior, dorso virado para a ampola e ventre próximo ao filme. É possível constatar a posição do paciente em determinado exame observando-se a identificação do paciente na película, que fica sempre no alto e à direita, quando o paciente está em ortostase, e embaixo, também à direita, quando o paciente está em decúbito Rotina mínima de exames radiológicos A rotina mínima que deve ser seguida em exames radiológicos é definida, em cada caso, a seguir: Tórax: posteroanterior (PA) + perfil (P). Abdome: anteroposterior (AP) em ortostática e em decúbito dorsal Rotina de abdome agudo (RAA): tórax PA + 2 incidências do abdome (ortostase e decúbito) Arcos costais: tórax PA + oblíqua Coluna cervical: AP + P + oblíquas Coluna torácica: AP + P Coluna lombar: AP + P + oblíquas Ombro: AP + rotações interna + externa Braço e antebraço: AP + P Cotovelo e punho: AP + P Mãos e pés: AP + P + oblíquas Coxas, joelhos, pernas e tornozelos: AP + P Clavícula: AP Escápula: AP + tangencial Esterno: P + oblíqua (posição do nadador) Calcâneo: P + axial. Radiografia digital Radiografia digital Mesmos princípios de emissão de raios-X e de sua interação com o organismo humano que a convencional. A principal diferença entre elas está em como os raios que atravessam a matéria serão capturados e processados de modo a gerar a imagem. a convencional, usam-se placas de filme que passam por revelação. Já na radiografia digital direta, os raios-X são capturados por uma placa de circuitos sensíveis à radiação, que gera uma imagem digital e a envia ao computador na forma de sinais elétricos. FORMAÇÃO DA IMAGEM A MUDANÇA PARA O SISTEMA DIGITAL COMEÇA NO: CASSETE, NÃO UTILIZAMOS MAIS FILMES E ÉCRAN, PLACA FLEXÍVEL DE FÓSFORO FOTOESTIMULÁVEL DE (CRISTAIS DE BÁRIO CONTENDO ÍONS EUROPIUM), IP (IMAGE PLATE). AGORA A IMAGEM LATENTE FICA ARMAZENADA NO IP E É TRANSFERIDA PARA O COMPUTADOR. Radiografia digital O exame é acessado, processado e armazenado pelo PACS (Picture Archiving and Comunication System), que pode ser conectado diretamente ao Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP). Na digital indireta, os raios são capturados por uma placa de fósforo que precisa ser escaneada a fim de que a imagem seja transmitida ao computador. A partir daí, ela pode ser processada e destinada para os mais diversos locais, da mesma forma que a radiografia direta. Radiografia digital A imagem processada via PACS tem mais nitidez, contraste, detalhes e diferenciação de densidades que a da radiografia convencional, o que otimiza o diagnóstico e acompanhamento das doenças. Como é imediatamente gerada no computador, pode ser rapidamente encaminhada para o médico radiologista. Esse profissional logo emite o laudo para um especialista remoto ou para o médico responsável pelo paciente, que já pode então diagnosticar e iniciar o tratamento adequado, trazendo assim maior agilidade e eficiência a todo o processo de cuidado Picture Archiving and Comunication System PACS
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