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PAPER MULTICULTURALISMO FINALIZADO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI – UNIASSELVI 
PAPER PARA OBTENÇÃO DE UMA NOTA DA DISCIPLINA METODOLOGIA 
 
Carla Regina Santos Pereira
1
 
Celia Regina da Silva Diniz
2
 
Sidylene Sousa Madeira
3
 
Dayse Yasmin Santana Lopes
4
 
TUTOR EXTERNO: Daniele Costa de Oliveira Lopes
5
 
 
O MULTICULTURALISMO NO AMBIENTE ESCOLAR 
 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho propõe esclarecer o sentido do termo multiculturalismo e abordar a questão do 
respeito, da valorização e da diversidade cultural existentes no ambiente escolar, procurando 
buscar meios de esclarecer os métodos já existentes para a construção do conhecimento. Tem-
se como tema O MULTICULTURALISMO NO AMBIENTE ESCOLAR. O objetivo do 
trabalho é fomentar e trazer a questão do conhecer, do interagir, do descobrir, do crescer, bem 
como o estudo da diversidade existente e suas particularidades, tendo como justificativa a 
potencialização do trabalho com a realidade do aluno para que assim o mesmo venha a se inserir 
dentro da sociedade como um cidadão de bem. O tema aborda assuntos que levam a 
problemáticas teóricas complexas e contraditórias, que estão relacionadas ao papel da 
linguagem, á construção do sujeito, a teoria da identidade e a concepção da realidade do 
conhecimento. A problematização será norteada pelas seguintes perguntas: O que é 
Multiculturalismo? Qual a origem do Multiculturalismo? Quais as problemáticas trazidas pelo 
Multiculturalismo no ambiente escolar? O que a criança pode aprender com esse tema? 
 
 
Palavras-chave: Escola. Diversidade Cultural. Multiculturalismo. 
 
 
1 Carla Regina Santos Pereira – Aluna do Curso de Bacharelado em Serviço Social do Centro Universitário 
Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
2 Celia Regina da Silva Diniz – Aluna do Curso de Bacharelado em Serviço Social do Centro Universitário 
Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
3 Sidylene Sousa Madeira – Aluna do Curso de Bacharelado em Serviço Social do Centro Universitário Leonardo 
da Vinci – UNIASSELVI 
4 Dayse Yasmin Santana Lopes – Aluna do Curso de Bacharelado em Serviço Social do Centro Universitário 
Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
5 Daniele Costa de Oliveira Lopes – Professora Tutora Externa Curso de Bacharelado em Serviço Social do Centro 
Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
 
 
2 
 
1. INTRODUÇÃO 
Este trabalho tem por base a questão do multiculturalismo, a diversidade cultural, a diversidade 
que existe no ambiente escolar e também no ambiente social. Tem como objetivo descrever e 
esclarecer os principais aspectos do Multiculturalismo no ambiente escolar, o aspecto social, 
econômico e político em que se desenvolveu e suas raízes. 
Busca-se, com base nas realidades que se encontram no ambiente escolar onde o respeito, a 
valorização e o preconceito estão presentes, a inserção do ser diferente, onde a interação com a 
origem do outro, do conhecimento a outras culturas, possam assim, trazer diferentes formas de 
convívio. 
Primeiramente vamos conhecer o conceito de Cultura, Etnocentrismo e Relativismo Cultural, 
que são de domínio imprescindível para o debate do multiculturalismo. 
A problematização será abordada com as seguintes questões: Por que falar sobre outras 
culturas? O que esse tema pode acrescentar na educação escolar? E quais os meios que podemos 
utilizar para findar esse conhecimento? 
Objetivo geral: vai abordar as diversidades culturais existentes e suas particularidades, através 
do conhecimento, do processo do descobrir, interagir, crescer e apropriar-se de novos 
repertórios de forma prazerosa e rica. 
Nos objetivos específicos veremos a questão da valorização cultural e a oportunidade da criança 
conhecer a si mesmo e ao próximo, trabalhando assim a interação. 
Na revisão bibliográfica, trabalharemos com autores que visam a questão do respeito ao 
próximo, a diversidade, o preconceito, as relações ético-raciais, a discriminação, bem como 
destaques de algumas culturas, como a indígena. Veremos também a questão da identidade, das 
desigualdades existentes seja por fatores, econômicos, sociais ou até raciais. Terá também as 
questões legais na escola, que visa o trabalho com o Estatuto da Criança e do Adolescente, o 
uso do dicionário Aurélio para uma compreensão mais ampla acerca das palavras chaves do 
trabalho, os Parâmetros Curriculares Nacionais, a importância do planejar e replanejar, a 
questão do papel da educação, enquanto aprendizagem e por fim quais gerações estamos 
formando. 
 
 
3 
 
Os principais autores que apresentam as questões acima citadas são: Andrea Semprini, Cristina 
Gomes Machado, João Ubaldo Ribeiro, Nilma Lino Gomes e outros; 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Para dar início ao trabalho é importante que saibamos os significados das palavras que irão 
nortear esse trabalho. Segundo o dicionário Aurélio temos como conceito: 
Cultura: Conjunto dos hábitos sociais e religiosos, das manifestações intelectuais e artísticas, 
que caracteriza uma sociedade: cultura inca; a cultura helenística. 
Multiculturalismo: Em que há, em simultâneo, várias culturas num mesmo território, pais etc; 
multiculturalidade. 
Preconceito: Juízo de valor preconcebido sobre algo ou alguém; prejulgamento, opinião ou 
pensamento acerca de algo ou de alguém. 
 Diversidade: Qualidade ou condição do que é diverso; diferença, dessemelhança; divergência, 
discordância. Multiplicidade de coisas, seres ou entidades. 
Conhecimento: Ato de conhecer, ou o resultado deste ato. Informação ou noção adquiridas 
pelo estudo ou pela experiência. 
Respeito: Ato de respeitar (-se), ou o resultado deste ato. 
Valorização: Ato de valorizar(-se), ou o resultado deste ato. 
Há ainda a necessidade de conhecermos o conceito de Etnocentrismo que etimologicamente 
significa: ETNOS: nação, tribo ou pessoas que vivem juntas, e CENTRISMO: centro. Assim 
podemos verificar a ideia de que o grupo está no centro, onde as ideias, os conceitos, o modo 
de conviver, os regramentos sociais, morais, culturais, sexuais, religiosos, ambientais, políticos, 
são para esse grupo o centro de tudo, assim os pontos dão-se como “certos” e o que não se 
ajusta a eles está “errado”. 
Para Cuché (1999) de acordo com o sociólogo americano William G. Sumner (1906), 
etnocentrismo “é o termo técnico para a visão das coisas segundo a qual nosso próprio grupo é 
o centro de todas as coisas e todos os outros grupos são medidos e avaliados em relação a ele”. 
 
 
4 
 
Cada grupo alimenta seu próprio orgulho e vaidade, considera-se superior, exalta suas próprias divindades e olha 
com desprezo as estrangeiras. Cada grupo pensa que seus próprios costumes (folkways) são os únicos validos e se 
ele observa que outros grupos têm outros costumes, encara-os com desdém (SIMON apud CUCHÉ, 1999). 
 
Em decorrência de tanto preconceito e desigualdade no meio em que vivemos torna-se bastante 
visível que os principais motivos encontrados para tal ação é a raça, a cor, a condição financeira, 
os costumes, a etnia e tantos outros fatores que levam muitas pessoas realizarem esta prática: 
A diversidade cultural brasileira se deu pelo processo de miscigenação entre brancos, índios e negros e foi marcada 
por uma série de crenças, hábitos, costumes e conceitos contraditórios, alimentando, assim, uma discussão 
permanente a respeito dos direitos e deveres dos seres humanos, principalmente no combate aos preconceitos 
remanescentes e oriundos dessa relação que perdurou por séculos, trazendo sérias consequências a uma imensa 
população de oprimidos, incluindo negros, índios, pobres, portadores de algum tipo de deficiência, relações e 
diferenças sexuais, doenças crônicas, dentre outras formas de relações consideradas por boa parte da sociedade 
algo fora da normalidade e, por esse motivo, não aceitáveis.( BARBOSA, 2014, p. 3). 
A miscigenação e a mistura de povos foram alguns dos principais fatores para uma diversidade 
culturaltão grande e extensa em nosso país. Por outro lado, essa é uma problemática trazida 
pelo tema Multiculturalismo, pois o diferente passou a não ser tão aceitável, fazendo-se 
necessário o estudo, o conhecimento acerca do tema para que assim houvesse mais respeito e 
valorização com o que o outro é ou escolheu ser. 
Ao trazer esse conhecimento na infância, estaremos dando a criança uma oportunidade de 
compreender o mundo, compreender a sua realidade e conhecer melhor a si mesmo, conhecer 
a sua identidade, a maneira como deve agir diante das adversidades apresentadas e a 
importância de interagir com o diferente, de se relacionar com outras pessoas, pois a mesma 
precisa estar pronta no que diz respeito a questão social, pessoal e interpessoal, para assim ser 
um cidadão de opiniões formadas. 
De acordo com Barbosa (2014, p. 21): 
Sendo assim, eu aprendo, mudo e me transformo com base nas transformações, nas mudanças e na interação com 
o outro, e é nesse processo consciente de interação verbal ou dialógica que construímos a nossa identidade e a 
identidade do outro. Geralmente essa interação é baseada na nossa percepção e a nossa ideia de valor, ideia essa 
que tem sua origem na infância e nos acompanha pelo resto de nossas vidas. 
 
 
5 
 
É justamente na infância que começa o processo de transformação e conscientização, onde a 
interação é o pontapé inicial dessa vida em sociedade e é por isso que se deve dar a devida 
importância para que o sujeito compreenda sua identidade e cresça como um ser formador de 
opiniões, e assim, tenha uma visão de mundo para que á vida em sociedade seja mais proveitosa 
e produtiva trazendo mudanças transformadoras no que diz respeito ao preconceito e as 
desigualdades sociais. 
A discriminação ocorre muitas das vezes nas classes sociais onde estão inseridas crianças e 
adolescentes de baixa renda, que não têm perspectiva e que estão cercadas por dificuldades que 
a própria sociedade lhes impõe. 
De acordo com França (2014) existe a necessidade de levar para dentro da escola discussões 
relacionadas as classes sociais, a raça, ao gênero, as habilidades físicas, cujas relações nos 
diferentes espaços sociais apresentam-se como conflituosas e contraditórias, buscando assim, 
diminuir a discriminação sofrida pelos alunos. Para a autora existe ainda a ideia da possibilidade 
de a educação trabalhar em prol do exercício da cidadania, em que todos têm direitos e deveres 
iguais perante a sociedade. 
Segundo Nilma Lino Gomes, no fragmento do texto currículo e diversidade cultural, trazer o 
debate a respeito da diversidade para a escola, não é um apelo romântico, mas na realidade a 
cobrança feita em relação á forma como a escola lida com o assunto da diversidade no seu 
cotidiano, no seu currículo, nas suas práticas faz parte de uma historia mais ampla. Tem a ver 
com as estratégias por meio das quais os grupos que são considerados como diferentes passaram 
cada vez mais a destacar politicamente suas singularidades, cobrando que as mesmas sejam 
tratadas de forma justa e igualitária, desmistificando a ideia de inferioridade que paira sobre 
algumas dessas diferenças socialmente construídas e exigindo que o elogio á diversidade seja 
mais do que um discurso sobre a variedade do gênero humano. 
Tendo em vista a necessidade de um conhecimento mais amplo no que se refere as condições 
de aprendizagem da criança, é importante que o professor encontre maneiras que possam 
transmitir essa aprendizagem de uma forma que a linguagem seja clara e dinâmica. 
Cabe ao educador, por meio da intervenção pedagógica, promover a realização de aprendizagens como o maior 
grau de significado possível, uma vez que esta nunca é absoluta- sempre é possível estabelecer alguma relação 
entre o que se pretende conhecer e as possibilidades de observação, reflexão e informação que o sujeito já possuí. 
(BRASIL, 1997, p. 53). 
 
 
6 
 
Enfim, é juntamente com a bagagem de conhecimentos prévios que os alunos já possuem e com 
o grau de significado dado pelo professor que a aprendizagem acontece, que é possível observar, 
refletir e informar. 
Segundo Silva (2011) a educação das relações étnico-raciais tem por alvo a formação de 
cidadão, onde homens e mulheres estejam incluídos no que se refere as condições de igualdade, 
buscando assim, o pleno exercício dos direitos sociais, políticos, econômicos, dos direitos de 
ser, viver, pensar próprios daqueles pertencentes as diferenças étnico-raciais e sociais. A autora 
ainda cita que o objetivo é desencadear aprendizagens que possam incentivar os sujeitos. 
É imprescindível a valorização de todos os fatores que norteiam as relações étnico-raciais, seja 
no espaço escolar ou na comunidade, pois a partir do momento que o indivíduo percebe que é 
o autor daquilo que ocorre ao seu redor, que ele é responsável pela mudança, que precisa se 
auto incentivar para romper barreiras e que pode ser o protagonista das suas escolhas, aí sim o 
mesmo começa a se inserir de forma positiva na relação com o outro. 
É preciso ser consciente daquilo que se é, ou daquilo que se quer ser, porque o sujeito, sendo 
ele autor de suas próprias escolhas precisa também ter noção dos princípios que necessitam 
nortear o seu caminho, é preciso contemplar em seus aspectos formas de combate a 
discriminação e ao racismo, por isso a importância da valorização para com as diferenças do 
outro e de se próprio, é também reconhecer sua própria identidade, é aceitar de maneira objetiva 
que a coexistência de várias culturas, é também a marca de cada um. 
Isto é, em que se formem homens e mulheres comprometidos com e na discussão de questões de interesse geral, 
sendo capazes de reconhecer e valorizar visões de mundo, experiências históricas, contribuições dos diferentes 
povos que têm formado a nação, bem como de negociar prioridades, coordenando diferentes interesses, propósitos, 
desejos, além de propor políticas que contemplem efetivamente a todos. (SILVA, 2011, p. 13). 
Ensinar e aprender é um processo que requer tanto do professor, quanto do educando vontade 
e reconhecimento de que ambos necessitam da troca de ideias, conhecimentos e interações, para 
que dessa maneira a valorização pelos modos de agir, pensar e viver do outro seja alvo de 
respeito. Portanto, é imprescindível que exista um fortalecimento na questão de contribuir para 
que cada indivíduo desde sua infância conheça sua identidade e a do outro e que se coloque no 
meio social como cidadão de bem. 
As populações indígenas são vistas pela sociedade brasileira ora de forma preconceituosa, ora de forma idealizada. 
O preconceito parte, muito mais, daqueles que convivem diretamente com os índios: as populações rurais. 
 
 
7 
 
Dominadas política, ideológica e economicamente por elites municipais com fortes interesses nas terras dos índios 
e em seus recursos ambientais, tais como madeira e minérios, muitas vezes as populações rurais necessitam 
disputar as escassas oportunidades de sobrevivência em sua região com membros de sociedades indígenas que aí 
vivem. Por isso, utilizam estereótipos, chamando-os de “ladrões”, “traiçoeiros’’, “preguiçosos”, “beberrões”, 
enfim, de tudo que possa desqualificá-los. Procuram justificar, dessa forma, todo tipo de ação contra os índios e a 
invasão de seus territórios. (NÓBREGA; FREIRE, 2008, p. 7). 
Os indígenas já habitavam o Brasil antes da chegada dos portugueses, lutaram ao lado dos 
europeus para definir os limites do território nacional, e tiveram um papel importante na 
formação da nação brasileira. A influência da diversidade cultural indígena continua presente 
até a atualidade, como por exemplo, as técnicas de plantio desenvolvidas por eles são muito 
utilizadas por pequenos agricultores em todo país. A partir daí podemos observar a importância 
que os índios tiveram e ainda têm para o país, para nossa aprendizagem, para o crescimento do 
conhecimento, para a questão davalorização das diferentes culturas. Não só pelo fato do 
crescimento e do fortalecimento para a questão do aprender do sujeito, mas também para a 
questão da identidade, de compreender que foi pelo encontro de outros povos, que se deu a 
miscigenação, que se faz necessário mostrar para os alunos em sala de aula e até fora dela que 
todos temos uma história, uma marca, um significado. 
 
A intervenção do professor diante da aprendizagem do aluno precisa estar ligada motivação, a 
preocupação com a diversidade do mesmo, porque é a partir dele que se pode dar espaço para 
conhecer outras culturas, outras realidades. A tarefa de ensinar e aprender é árdua, precisa ser 
contínua, pois todos os dias nos deparamos com o novo, com o desconhecido. 
Quando o sujeito está aprendendo, se envolve inteiramente. O processo, assim como seu resultado, repercute de 
forma global. Assim, o aluno, ao desenvolver as atividades escolares, aprende não só sobre o conteúdo em questão, 
mas também sobre o modo como aprende, construindo uma imagem de si como estudante. Essa autoimagem é 
também influenciada pelas representações que o professor e seus colegas fazem dele e, de uma forma ou de outra, 
são explicitadas nas relações interpessoais do convívio escolar. Falta de respeito e forte competitividade, se 
estabelecidas na classe, podem reforçar os sentimentos de incompetência de certos alunos e contribuir de forma 
efetiva para consolidar o seu fracasso. (BRASIL, 1997, p. 101). 
Conforme já foi citado, o respeito dentro e fora do convívio escolar se faz mais que necessário, 
porque através dele surge a motivação do querer aprender e de saber que faz parte da sociedade. 
 
 
8 
 
A importância de se começar trabalhar com o multiculturalismo, o preconceito, a diversidade e 
tantos outros ensinamentos na educação infantil, é a possibilidade e a oportunidade de fazer 
com que a criança comece a interagir, a se relacionar e a compreender que depois dela há sempre 
outras pessoas, outras culturas, outras realidades e que diante de cada descoberta a mesma faça 
parte desse mundo, sendo um cidadão que respeita e valoriza as diferenças. 
3. MATERIAIS E METODOS 
A primeira definição do termo Cultura foi formulada por Edward Taylor (1832-1917), no 
primeiro capítulo de seu livro Primitive Culture (1871), procurou demonstrar que Cultura pode 
ser objeto de um estudo sistemático. Para ele cultura no amplo sentido etnográfico compreende 
conhecimento, crença, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou habito 
adquirido pelo homem como membro da sociedade. Em outras palavras, cultura abrange as 
possibilidades de realização humana. 
Inicialmente podemos perceber que existe uma intrínseca relação entre a cultura e o 
multiculturalismo, pois, segundo Cristina Gomes Machado, na realidade um contém o outro e 
vice e versa. 
O trabalho docente na escola precisa visar o interesse dos alunos por outras culturas, precisa ser 
um trabalho fundamentado, que instigue nos estudantes a percepção para um mundo novo, um 
mundo melhor, onde o diferente tenha seu espaço, sua vez e seja respeitado. 
O racismo em nosso país é acompanhado de ideias não fundamentadas sobre a outra pessoa, 
sua origem, seu modo de vida, sua raça, enfim. É na verdade uma maneira que muitos 
encontraram para causar o constrangimento na pessoa que é e vive diferente, é uma forma que 
não condiz com a ética humana. 
Quando crescemos com estas ideias, muitas delas aprendidas na escola, reforçamos mais ainda estes preconceitos 
com outros termos e frases como: “magia negra”, “moça escurinha, mas educada”, “moço pretinho, mas nem 
parece”, “preta feia”, “vida negra”, “preto horroroso”, “tempos negros”, “fome negra”, “lista negra”, “moreninho, 
mas honesto”, “preto de alma branca”, “só podia ser preto”, “pretinha”, “pretinha que nem um Saci”, “samba do 
crioulo doido”, “negrada bagunceira”, “ovelha negra da família”, “ olha o beiço do negão”, “nariz de crioulo”, 
“cabelo ruim”, e muito mais...( OLIVEIRA; COSTA, 2007,p. 139). 
De acordo com Barbosa (2014), a inclusão escolar e social se faz necessário, pois busca a 
conscientização humana no que se refere a democratização das relações entre os povos e os 
 
 
9 
 
demais indivíduos no contexto social como um todo. Ainda como salienta a autora, essa 
inclusão deve ocorrer independente da realidade social do sujeito, expondo assim, 
oportunidades para que o mesmo faça parte da sociedade em que está inserido. 
Cabe a cada um nós procurar acolher da melhor forma possível as diversidades culturais, a 
realidade de cada um, porque todos nós temos particularidades, temos algo que nos difere um 
do outro, que nos faz como já foi dito anteriormente termos a nossa própria identidade. 
Quando nos inserimos em um determinado grupo social nos modificamos, buscamos meios de 
se relacionar melhor com o grupo, pois nossa existência está ligada aos atributos que são 
repassados de um sujeito para o outro. Nossa expressão diante daquilo que nos é apresentado 
se modifica, e é importante nos adequar com a realidade que nos deparamos todos os dias. 
A criança, ao ter contato com o novo e com o diferente se sentirá um pouco tímida, mas a partir 
do momento que a mesma começar a interagir, a entender e a perceber que todos somos iguais 
em direitos e deveres e que aquilo que nos difere uns dos outros, são chances para que tenham 
ainda mais oportunidade de descoberta, de conhecimento, de respeito e de valorização, abrindo 
assim, portas para o mundo que os espera. 
Precisamos dar significado a aprendizagem, propiciar conhecimentos mais amplos acerca da 
diversidade cultural existente no país, precisamos fazer com que a criança reflita e leve para 
sua vida pessoal, social e interpessoal tudo que o ajudará a crescer como cidadão. 
Para tanto, é importante que a profissão de educador venha também carregada de amor, de 
vontade e coragem de querer dar o seu melhor para a melhoria na aprendizagem do educando, 
é importante também que o professor se sinta realizado e busque meios de inovar sua 
metodologia. 
O ato de planejar e replanejar também faz parte do trabalho do professor, pois por meio dessa 
ação é possível traçar estratégias para se obter um bom resultado, respeitando-se assim, a 
necessidade que o aluno apresenta. 
O planejamento da Educação Infantil deve considerar o projeto político-pedagógico da instituição, as experiências 
das crianças e o conjunto de conhecimentos sistematizados pela humanidade - o patrimônio cultural. Nesse sentido, 
é preciso que as escolas tenham um planejamento geral, do que se espera cada área, e que contemple objetivos 
claros, mesmo que pensados para alunos iniciando seu processo de escolarização. (DIAS; KAYANO; EL-KADRI, 
2016, p.29). 
 
 
10 
 
Conforme o que salienta as autoras, é de forma clara, objetiva e de acordo com os documentos 
que regem a instituição, principalmente o projeto político pedagógico que toda a comunidade 
escolar deve trabalhar, planejar e replanejar as atividades, dando também importância para os 
conhecimentos prévios dos alunos. 
É preciso definir os tempos de atividades na educação infantil, para que dessa maneira os 
conteúdos a serem contemplados envolvam a necessidade da criança, como por exemplo, 
brincadeiras, higiene, autonomia, relacionamentos e interação. 
Para que se transmita essa aprendizagem de forma eficiente se faz necessário sair da caixa, ou 
seja, sair da mesmice, estar disponível para mudar, para estimular e ensinar de forma consciente. 
O professor precisa estar atento as novas formas de ensino, as novas gerações que estão dentro 
e fora da escola, precisa de forma rápida redirecionar e acompanhar essa nova realidade 
Por isso o planejar é desafiador, requer criatividade, pesquisa constante, prioridades e limites, 
planejar é fundamental, é imprescindível, pois está ligado não somente com a necessidade de 
formar indivíduos, mas principalmentede formar cidadãos para uma sociedade mais justa e 
igualitária. Onde todos tenham os mesmos direitos, as mesmas oportunidades e estejam sempre 
apostos para respeitar e valorizar o diferente. 
A família precisa estar totalmente inclusa no processo de desenvolvimento educacional do 
aluno, pois a partir da interação entre a escola e a comunidade é possível dar início a função 
social de cada um. 
Incentivar os adultos para que sejam eles parte da equipe escolar ou pais e responsáveis, a aprender, refletir e 
praticar suas próprias habilidades sociais e emocionais também se torna fundamental para o sucesso da 
implementação de um currículo socioemocional. (CASARIN, 2016, p.32). 
Como afirma a autora, todos precisaram de incentivo, quer sejam os educadores, os pais e 
responsáveis ou os alunos, pois mediante o processo de aprender, refletir e praticar nos 
tornamos ainda mas responsáveis por nossos atos e temos noção da dimensão do nosso fazer 
social, ou seja, participamos ativamente da transformação da sociedade podendo assim, 
compreendê-la, valorizá-la e nela intervir de maneira crítica com o objetivo de que seja mais 
justa, solidária e democrática. 
 
 
11 
 
Talvez surjam as seguintes indagações: Porque falar da família na questão cultural? O que têm 
a ver com diversidade? Como fazer para que a família também esteja inserida na educação dos 
seus filhos? Por onde devemos começar o trabalho da valorização das diferenças e do processo 
de multiculturalismo na vida das famílias? 
Bom, a resposta para essas perguntas é bem clara, pois é na família que tudo se inicia, foi pela 
criação e pela relação de diferentes povos que se formou a família e é por isso que toda noção 
de valores, de respeito e de cultura precisam estar inseridos na vida de cada sujeito. A família 
é a base de tudo, é onde tudo começa como já foi citado acima, é onde a criança se espelha e 
carrega consigo o reflexo dos pais, a maneira como os mesmos se comportam e agem na 
sociedade, é os primeiros passos para a educação. 
Isso tudo acontece, porque na vida do sujeito pode estar presente vários tipos de preconceito, 
de discriminação, de desvalorização e de desrespeito as demais realidades existentes na 
sociedade. Isso quer dizer que a criança pode e está sujeita a presenciar dentro de sua própria 
casa a forma machista que o pai trata a mãe, ou a mãe não quer que o filho ande com alguém 
porque é negro e pobre, enfim são inúmeros casos de preconceitos na vida do indivíduo. 
Atrelado a essa realidade a intervenção do professor se faz mais que necessária, pois assim que 
a criança entra na escola é preciso buscar meios para que essas concepções sejam disseminadas. 
Afinal de contas nosso papel é transmitir informações e formar sujeitos críticos e formadores 
de opiniões. 
Precisamos de pesquisas, precisamos dos discursos, precisamos de docentes conscientes, mas nada disso faz mudar 
as práticas das salas de aula, porque necessitamos de algo maior, de transformação, ou seja, transformar a ação. A 
inclusão como prática que valoriza a diversidade dos saberes é ainda uma conquista. Para alcançá-la é necessário 
alterar o currículo, capacitar os professores e todos os envolvidos com a educação, inclusive os pais e a 
comunidade, pois é preciso romper o preconceito instaurado na sociedade e esse é um desafio de todos e para 
todos. (OFFIAL,2014,p.130). 
Compreendemos que é preciso sair do papel, que a necessidade da inclusão é ainda maior, 
porque a verdadeira cidadania se faz com respeito ao outro, as diferenças, a oportunidade para 
todos igualmente, mas não é apenas uma questão de inclusão, mas de Direitos Humanos. 
Construir um mundo onde todos sejam iguais, onde a democracia faça parte da vida de todos 
os sujeitos, onde exista a solidariedade, o respeito, o amor, o compromisso, e a responsabilidade 
 
 
12 
 
sem dúvidas não é uma tarefa fácil, mas também não podemos considerar impossível, pois 
existe as formas de vivenciar todos esses valores dentro e fora da escola. 
A educação é de fato um motivo de discussão e preocupação da sociedade em geral. Afinal, o futuro da nação, ou 
melhor, do homem, enquanto ser humano, depende da humanização do indivíduo que se constrói através da 
educação. A aprendizagem do homem é um fenômeno natural, e, cada vez que socializamos as pessoas e as 
integramos na sociedade, elas se transformam e tornam-se mais aptas a promover a harmonia, a compreensão, a 
tolerância e a paz. (ALBUQUERQUE,2014,p.11). 
A responsabilidade do professor enquanto formador é intensa, é algo que precisa estar em 
constante transformação, pois é através dela que a socialização e a interação com o outro é 
capaz de promover a harmonia, a compreensão, a tolerância e a paz como retrata a autora. 
Com as novas gerações se espalhando pelo mundo é possível perceber que os métodos 
ensinados em sala de aula já não são suficientes para acompanhar essa transformação. É 
necessário inovar, buscar competências para que as crianças tenham capacidade de se 
adaptarem as novas formas de convivência. 
É na forma de educar, de ensinar e de aprender que todos nós estamos inseridos na sociedade, 
é também na forma de pensar, de respeitar, de valorizar e de tratar a todos como iguais que 
teremos um país mais igualitário, mais democrático e que dê espaço para que os sujeitos estejam 
num mesmo patamar. 
Tratar da educação multicultural é uma forma de promovermos a equidade social, valorizando 
assim, as culturas e colaborando para a superação das diferenças. É por meio do ensinar e 
aprender que iremos juntos transformar o mundo. No Brasil, essa multiculturalidade não 
deveria representar uma dificuldade, afinal somos marcados pelas diferentes culturas, pela 
miscigenação. 
O grande desafio é conviver com o outro, com a sua diferença, com seu modo de pensar e de 
agir, com seus costumes e tudo aquilo que nos difere um do outro, pois o país mesmo sendo 
marcado pela diversidade, pelas diferentes identidades ainda é alvo do preconceito, do racismo 
e do desrespeito, por isso é imprescindível à luta pela disseminação do preconceito. 
É necessário que se tenha esperança de um mundo melhor, de um mundo onde um dia todos 
possam se respeitar, se valorizar e entender que somos de uma mesma espécie, que somos seres 
 
 
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racionais e que a única coisa que nos faz ser diferentes são as nossas características, nossas 
particularidades, nossos sonhos, nossas ideias, nossa forma de pensar, de ser e etc. 
É preciso mudar de ótica, ou seja, não ver o diferente como um problema, mas trazer essa 
questão para dentro do ambiente escolar, trabalhar dentro da realidade vivenciada por cada 
sujeito. Quando o professor aborda conteúdos sobre a realidade do aluno abre espaço para que 
o mesmo se sinta inserido no meio social e comece a compreender que ele é protagonista da 
sua própria história, da sua própria jornada. 
É importante lembrar que não só a escola tem influência sobre os conhecimentos adquiridos 
pelos sujeitos, mas também a família, a igreja, os amigos e todos os grupos do qual fazemos 
parte, pois essa trajetória feita pelo indivíduo será cheia de conhecimentos e formas de 
aprendizagem. É evidente, que nem todas as formas de aprendizagem transformam 
positivamente a vida do ser humano, muitas vezes são carregadas de pensamentos negativos, 
de agressões, enfim tudo que não contribuí para a formação de um cidadão. 
O simples fato de os alunos serem provenientes de diferentes famílias, diferentes origens, assim como cada 
professor ter, ele próprio, uma origem pessoal, e os outros auxiliares do trabalho escolar terem também, cada qual, 
diferentes histórias, permite desenvolver uma experiência de interação, “entre diferentes”, na qual cada um aprende 
e cada um ensina. O convívio, aqui, é explicitação de aprendizagem a cada momento: o que um gosta e o outro 
não, o que um aprecia e o outro, talvez, despreze. Aprender a posicionar-sede forma a compreender a relatividade 
de opiniões, preferências, gostos, escolhas, é aprender o respeito ao outro. Ensinar suas próprias práticas, histórias, 
gestos, tradições, é fazer-se respeitar ao dar-se a conhecer. (BRASIL, 1997, p. 53-54). 
É levando todo o contexto de aprendizagem, seja ela vinda da família, do professor, da igreja, 
dos amigos que o processo de interação está presente. Cada um têm sua história, suas 
preferências, seus gostos, seus modos de pensar e agir diante da sociedade, mas o que precisa 
ser igual é o respeito pela diferença do outro, pela sua história. 
A cultura pode assumir um sentido de sobrevivência, estímulo e resistência. Quando valorizada, reconhecida como 
parte indispensável das identidades individuais e sociais, apresenta-se como componente do pluralismo próprio da 
vida democrática. Por isso, fortalecer a cultura própria de cada grupo social, cultural e étnico que compõe a 
sociedade brasileira, promover seu reconhecimento, valorização e conhecimento mútuo, é fortalecer a igualdade, 
a justiça, a liberdade, o diálogo e, portanto, a democracia. (BRASIL,1997, p.44). 
Ao longo do trabalho vimos a importância da diversidade dentro do ambiente escolar e na vida 
da criança, bem como as formas de aprender, ensinar e transmitir conhecimentos. Devemos de 
forma contínua levar os valores que devem nortear a vida do sujeito na sua trajetória, dando a 
 
 
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ele oportunidades de se conhecer e conhecer ao outro, mostrando que o mesmo faz parte da 
cultura e que ela está inserida na sua identidade, fortalecendo assim, o crescimento pessoal, 
interpessoal e social de cada um. Falar de cultura é falar de direitos, de igualdade, de liberdade, 
de democracia. 
4. RESULTADO E DISCUSSÃO 
O ato de ensinar e aprender vai muito além da sala de aula, pois requer do professor 
planejamento, replanejamento, pesquisa, estudo, atitude, vontade de enfrentar o novo e requer 
do aluno coragem para receber os ensinamentos e levá-los para sua vida pessoal e social. Não 
existe o ensinar sem ter quem aprenda e não existe o aprender sem ter quem ensine, ou seja, o 
professor e o aluno caminham juntos, precisam estar de forma recíproca buscando meios para 
uma melhor aprendizagem. 
Trabalhar com temas que visam a realidade do educando é a melhor maneira de preparar o aluno 
para a vida em sociedade, é a melhor forma de inseri-lo nas questões sociais que também lhe 
dizem ou lhes dirá respeito, pois o mesmo faz parte dessa sociedade e precisa manter meios de 
interação com o mundo que o espera, com as diferenças que ele com certeza irá encontrar em 
sua trajetória. 
A criança por muitas vezes pode não compreender amplamente o sentido do tema que será 
abordado pelo professor, pois elas estão no início de sua formação como cidadão, mas é 
justamente por esse motivo que se faz necessário o trabalho com as mesmas, porque é a partir 
daí que começa a inserção do sujeito dentro da sociedade, onde na sua fase de crescimento a 
criança terá oportunidade de se socializar mais facilmente com as outras pessoas, terá 
oportunidade de conhecer a si mesmo e ao outro e o mais importante, de respeitar a cada um 
conforme seus costumes e suas diferenças. 
Quando o professor de educação infantil trabalha assuntos acerca das diversas culturas, dos 
diferentes costumes, gostos, raças, etnia e todos os assuntos que abordam o diferente ele não 
apenas ensina ou forma, mas dá a criança chance de crescimento pessoal, interpessoal e social, 
porque o indivíduo não apenas irá conhecer o outro, mas também sua própria identidade, 
podendo também conhecer sua origem. 
 
 
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Portanto, o educador precisa ver metodologias que possibilitem um melhor esclarecimento de 
ideias, ver maneiras para que o sujeito esteja apto a uma compreensão mais adequada de cada 
tema abordado. 
5. CONCLUSÃO 
O tema apresentado aqui abordou a multiculturalidade existente no país ou até mesmo numa 
mesma sociedade, apresentou também os desafios que precisam ser enfrentados todos dias e 
buscou trazer de forma clara e objetiva o quanto se faz necessário o trabalho com a questão do 
respeito ao próximo. Mas para que os valores estejam sempre presentes na vida de cada sujeito 
é preciso partir de cada um, pois é uma questão pessoal e que por vezes necessita ser trabalhado 
para que dessa maneira tenhamos uma geração capaz de ver as diferenças não como um 
empecilho, mas como forma de interagir com o outro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Disponível em: www. Planalto.gov.br/ccivil-03/leis/L8069.htm Acesso em: 10 de out/2017.

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