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anti-hiperlipêmicos

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º 
 
Farmacologia 
→
Os lipídios são compostos elaborados pelo organismo, 
apresentando baixa solubilidade em compostos, como 
a água. Do ponto de vista químico, a maioria dos 
lipídios são compostos de ácidos orgânicos 
hidrocarbonados de cadeia longa (conhecidos como 
ácidos graxos). 
Existem vários e diferentes compostos químicos nos 
alimentos e no corpo humano que são classificados 
como lipídios, tais como: 
-Triglicerídios (TG), - Fosfolipídios e Colesterol. 
O objetivo desses fármacos anti-hiperlipêmicos é 
controlar o nível de lipídios paciente, pois esses 
lipídeos são fatores de risco para doenças 
cardiovasculares (infarto, aneurisma...). 
A maioria dos lipídios são compostos por ácidos 
orgânicos hidrocarbonetos de cadeia longa (ácidos 
graxos) e são apolares. 
→Lipoproteínas 
As lipoproteínas são partículas esféricas que tem 
como função, transportar os lipídios através do 
plasma sanguíneo. Elas são formadas por quantidades 
variáveis de Colesterol, Fosfolipídios, Triglicérides e 
Proteínas (essas são chamadas de Apoproteínas). 
As lipoproteínas são classificadas de acordo com a 
composição de lipídios e de proteínas, e de acordo 
com a densidade, sendo então, as lipoproteínas 
humanas separadas em: 
-QUILOMÍCRONS 
-VLDL : Very Low Density Lipoprotein 
-LDL: Low Density Lipoprotein 
-HDL : High Density Lipoprotein 
 
 
Ciclo exógeno dos lipídios:. 
1) Os lipídios da alimentação são digeridos no 
intestino delgado e absorvido para osistema linfático; 
2) o duto linfático conecta-se com a circulação 
sangüínea e transporta os lipídios em quilomícrons; 
3) a HDL cede apoC2 e E que favorecem a captação de 
triglicerídeos pelo adipócito e pelos músculos; 
4) o colesterol que restou e captado pelo fígado; 
5) o fígado converte o colesterol em sais biliares ou a 
excreta livre na bile. 
 
Ciclo endógeno dos lipídios: 
1)O colesterol e triglicerídeos produzidos nofígado por 
um excesso de acetil-CoA são transportados para o 
sangue ligados à VLDL; 
2) a HDL cede apoC2 e apoE para a VLDL facilitando a 
captação dos triglicerídeos pelos adipócitos e 
músculos; 
3)o colesterol restante pode ser captado pelo fígado. 
º 
 
4) ser convertido em sais biliares ou excretado livre na 
bile. 
5)a VLDL remanescente converte-se em LDL devido à 
impossibilidade da degradação hepática por saturação 
no processo de degradação do colesterol. A LDL 
plasmática pode ser captada pelas demais células do 
organismo. 
 
→DISLIPIDEMIAS 
São transtornos metabólicos dos lipídios que se 
expressam pela quantidade ou qualidade das 
lipoproteínas. 
-Classificação: 
-Primárias: origem genética (ver tabela- Classificação 
de Fredrickson) 
-Secundárias: originadas a partir de outras doenças 
(diabetes, obesidade, hipotireoidismo), uso de 
medicamentos e hábito de vida inadequado 
(fumo,álcool). 
-De acordo com o tipo de lipídio: 
hipercolesterolemias, hipertrigliceridemias, 
dislipidemias mistas. 
Dislipidemias: transtorno metabólico dos lipídios. 
Tipo I: quilomícron. Dieta. 
Tipo IIa: LDL. Obrigatoriamente uso de medicação 
 
 
→ATEROSCLEROSE 
Os níveis elevados de LDL representam um 
importante fator de risco para o desenvolvimento da 
aterosclerose. 
A LDL nativa que migra parao espaço subendotelial 
pode sofrer transformação química a LDL oxidada 
através de peroxidação lipídica e fragmentação da 
apoB100. 
A LDL oxidada exerce diversos efeitos deletérios sobre 
a função vascular. 
A LDL oxidadapromove a quimiotaxia dos monócitos 
para o espaço subendotelial (A)e inibea saída dessas 
células do espaço (B).Os monócitos-macrófagos 
residentes ligam-se à LDL oxidada através de um 
receptor de depuração (SR-A), resultando na 
formação de células espumosas repletas de lipídios 
(C). 
A LDL oxidada pode causar diretamente lesão das 
células endoteliais e produzir disfunção endotelial. 
(D). 
A LDL oxidada também pode causar necrose das 
células espumosas, com liberação de numerosas 
enzimas proteolíticas capazes de provocar lesão da 
íntima (E). 
º 
 
 
 
→
São diversos os fármacos usados para reduzir o LDL-
Colesterol do plasma. 
A terapia farmacológica para reduzir os lípidos 
plasmáticos constitui apenas uma abordagem para o 
tratamento, sendo utilizada em associação com o 
controle dietético e correção de outros fatores de 
risco cardiovasculares passíveis de modificação. 
-As principais classes de fármacos usados na clínica 
incluem: 
1. Inibidores da HMG-CoA redutase ( “ESTATINAS”) 
2. Resinas de ligação de ácidos biliares 
3. Fibratos 
1. Inibidores da HMG-CoA redutase ( “ESTATINAS”) 
Os inibidores da HMG (3-hidroxi-3-metil-glutaril) CoA 
redutase, comumente conhecidoscomo estatinas, 
inibem competitivamente e reversíveis a atividade da 
HMG CoA, a enzima que limita a taxa de síntese de 
colesterol. A inibição dessa enzima resulta em 
diminuição modesta e transitória da concentração 
celular de colesterol. 
Consequentemente, haverá menor síntese das VLDL e 
LDL pelo fígado, além de aumentar a remoção dessas 
lipoproteínas. 
-Fármacos: Lovastatina (Mevacor ), Sinvastatina 
(Zocor ), Atorvastatina (Lipitor ), Fluvastatina 
(Lescol ), Rosuvastatina (Crestor ), 
Pravastatina(Pravacol ) 
Mecanismo de redução das LDL pelas estatinas. 
As estatinas inibem competitivamente a HMG CoA 
redutase, a enzima que catalisa a etapa que limita a 
taxa de biossíntese de colesterol. A diminuição das 
concentrações celulares de colesterol leva à ativação 
da protease e clivagem da proteína de ligação do 
elemento regulador de esteróis (SREBP), que é um 
fator de transcrição normalmente encontrado no 
citoplasma. A SREBP clivada difunde-se para o núcleo, 
onde se liga a elementos de resposta de esteróis 
(SRE), resultando em supra-regulação da transcrição 
do gene do receptor de LDL. Isso leva a um aumento 
na expressão celular dos receptores de LDL, 
promovendo a captação de partículas de LDL e 
resultando em diminuição das concentrações de 
colesterol LDL no plasma. 
2. Inibidores da absorção de ácidos biliares 
Os sequestradores de ácidos biliares são resinas 
poliméricas catiônicas que se ligam a ácidos biliares 
no intestino delgado. 
O complexo resina-ácido biliar não pode ser 
reabsorvido no íleo distal, sendo, portanto, excretado 
nas fezes. 
A reabsorção diminuída de ácidos biliares pelo íleo 
interrompe parcialmente a circulação êntero-hepática 
de ácidos biliares, de modo que os hepatócitos 
passam a supra-regular a 7-α-hidroxilase, A enzima 
que limita a taxa de síntese de ácidos biliares. 
Fármacos: Colestiramina (Questran), Colesevelam 
(Welchol), Colestipol (Colestid) 
3. Inibidores da absorção colesterol 
º 
 
Diminuição do transporte de colesterol das micelas 
para os enterócitos através da inibição seletiva da 
captação de colesterol por uma proteína da borda em 
escova, denominada NPC1L1. Em concentrações 
terapêuticas, o ezetimibe diminui em cerca de 50% a 
absorção intestinal de colesterol, sem reduzir a 
absorção de triglicerídios ou de vitaminas 
lipossolúveis. 
Fármacos: Ezetimibe (Ezetrol ) 
4. Fibratos 
Dispõe-se de vários derivados do ácido fíbrico 
("fibratos"), esses fármacos produzem acentuada 
redução das VLDL circulantes e, por conseguinte, dos 
triglicerídios, com redução moderada (de cerca de 
10%) nas LDL e aumento de cerca de 10% nas HDL. 
Atuam como agonistas no receptor ativado pelo 
proliferador do peroxissoma a (PPA-Ra , peroxisome 
proliferator-activated receptora), um receptor que 
pertence à superfamília dos receptores nucleares, que 
estimula a degradação β-oxidativa dos ácidos graxos. 
Os fibratos estimulam a lipoproteína lipase, com 
consequente aumento da hidrólise dos triglicerídios 
em quilomícrons e partículas de VLDL. 
-Fármacos: Fenofibrato (Lipanon ), Benzafibrato 
(Cedur ) , Ciprofibrato (Cibrato ) 
A ativação do PPARa pelos fibratos resulta em 
numerosas alterações no metabolismodos lipídios, 
que atuam em conjunto para diminuir os níveis 
plasmáticos de triglicerídios e aumentar as HDL do 
plasma.

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