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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - UNESA
cURSO DE DIREITO - CAMPUS RECREIO
MÉTODOS ADEQUADOS DE SOLUÇÕES DE CONFLITOS - ARA0151	
A MEDIAÇÃO E OS ADR’S (ALTERNATIVE DISPUTE RESOLUTIONS)
- A EXPERIÊNCIA NORTE-AMERICANA -
RIO DE JANEIRO
SETEMBRO 2021
Barbara Nader Zuchelli
Melanie Vieira de Faria 
Pedro Henrique Reis Barbosa
Thalles Leal Augusto
A MEDIAÇÃO E OS ADR’S (ALTERNATIVE DISPUTE RESOLUTIONS)
- A EXPERIÊNCIA NORTE-AMERICANA -
Trabalho apresentado no curso da graduação na área de Direito, da Universidade Estácio de Sá, como avaliação parcial da AV1 da disciplina de Métodos Adequados de Soluções de Conflitos 
Orientador: Prof. Heres Pereira Silva
RIO DE JANEIRO
SETEMBRO 2021
Introdução
Este trabalho é baseado no artigo de autoria de Lília Maia de Morais Sales e Mariana Almeida de Sousa e apresenta a experiência norte-americana já consolidada na utilização da mediação e dos ADR’s (Alternative Dispute Resolutions) em conjunto com o Poder Judiciário, estimulando e promovendo a democratização do acesso à justiça e uma resposta judicial mais eficiente às demandas sociais. Visando principalmente, adequar esses métodos ao dia a dia jurídico e buscando uma melhora a longo prazo.
CONCEITO
 Conceituando, as ADR’s ou MASCs (métodos alternativos de solução de conflitos), são um conjunto de diferentes formas e métodos adequados para administrar e resolver as diversas espécies de conflitos, utilizando diferentes tipos de abordagens técnicas para o tratamento individualizado de cada conflito com intuito de promover a justiça e a pacificação social. Além de expandir os meios de soluções dos diversos processos presentes no Poder Judiciário, ou seja, sem que haja a necessidade da lide em si, resolvendo-se apenas num relacionamento interpessoal entre as partes.
SEMELHANÇA ENTRE OS TIPOS DE ADR’S
Como característica comum aos diferentes tipos de ADR’s temos a participação ativa do indivíduo na solução do seu problema, com base no diálogo colaborativo entre as partes, antes ou durante o processo judicial, prevenindo ações judiciais, consequentemente reduzindo o enorme número de processos, com acordos preventivos de litígios ou como auxiliar na resolução da lide já judicializada dando uma maior eficiência processual. Sendo assim, as partes envolvidas detêm o poder da determinação e solução de seus próprios conflitos.
HISTÓRICO DA EXPERIÊNCIA NORTE-AMERICANA
Historicamente, desde a década de 70, os norte-americanos detectaram a necessidade da utilização dos processos de negociação e arbitragem, reconhecendo uma crise na Administração da Justiça e verificando a insatisfação do povo americano com o Poder Judiciário.
Um marco para o implemento solução de controvérsias por métodos alternativos foi a criação do manual para juízes das cortes norte-americanas, editado pela Harvard Law School, um incentivo aos advogados e às partes, com abundante informação e a disponibilização da estrutura física das cortes, acelerou a consolidação da metodologia aumentando a satisfação do público com o sistema jurisdicional.
No século XXI, observamos a consolidação deste conjunto de procedimentos, através da experiência e do aperfeiçoamento das técnicas, tornando as ADR´s cada vez mais necessárias e eficazes na resolução dos conflitos sociais, sendo um instrumento utilizado em larga escala por pessoas e entidades na busca da solução de conflitos pessoais, familiares e empresariais, ao invés de um único processo, apesar da resistência do judiciário em homologar acordos lícitos previamente construídos pelas próprias partes.
O SISTEMA DE MULTIPLAS PORTAS 
Os norte-americanos contam com um Sistema de Múltiplas Portas de acesso ao Poder Judiciário e diversos tipos de ADR’s se adequando para oferecer o método mais apropriado para cada caso concreto, sendo composto por diversos métodos alternativos de resolução de disputas: mediação, arbitragem, conciliação, assistência no mapeamento do problema e a avaliação do conflito.
MEDIAÇÃO (Mediation)
Dentre eles, a Mediação ou Mediation, apresentou-se como o mecanismo mais utilizado na experiência norte-americana, em conflitos contratuais, em nível empresarial e comercial, sendo um processo de resolução de conflitos flexível e consensual, no qual uma terceira parte, neutra, imparcial e com qualificação técnica, o mediador, interpreta a situação, escutar os argumentos, verificar as evidências, identifica os reais problemas e estabelece convergências, incentivando a colaboração e auxiliando as partes a chegar a um consenso e consolidar um acordo, estabelecido com base do “ganha-ganha”, com opções satisfatórias a todos, substituindo a competição pela cooperação. 
O mediador age imparcialmente como facilitador do diálogo, de forma eficiente e confidencial, sem impor soluções, empodera as partes a assumirem o controle da situação de forma voluntária e informal, estimulando-as a encontrarem as próprias soluções, harmonizando seus interesses e necessidades, pois para ele o conflito e as controvérsias são naturais na vida em sociedade e geram o aprimoramento transformativo das partes envolvidas, uma vez que as partes são responsáveis pela decisão. 
CLASSIFICAÇÃO DA MEDIAÇÃO
A Mediação pode ser classificada como facilitativa, onde o mediador facilita o diálogo, avaliativa, quando ele avalia o mérito, podendo agir de forma opinativa e transformativa, com um mínimo de interferência do mediador para alcançar a transformação das pessoas. 
A forma avaliativa foi questionada, pois desvirtuava todo o conceito originário de mediação, porém, a experiência demonstra serem formas complementares, pois é importante mesclar os métodos avaliativos e facilitativos facilitando a resolução da controvérsia sem, contudo, impor a solução.
CLASSIFICAÇÃO DAS ADR’S 
As ADR’s se dividem em: mandamental ou compulsório, Mandatory, ou seja, aqueles determinados pelo juiz ou ADR voluntário, Voluntary, exercido pela voluntariedade das partes, podendo ser adjudicatórios, Adjucatory, onde um terceiro decide o conflito ou consensuais, Consensual, quando as partes decidem seus próprios conflitos.
A classificação quanto ao poder vinculante da decisão, podem ser: obrigatórios e vinculantes, sendo as partes compelidas a chegar a uma solução ou voluntários não vinculantes, onde não há uma obrigação de realizar o acordo ou a resolução. 
OS DIVERSOS TIPOS DE ADR’S (Alternative Dispute Resolutions)
Uma espécie de ADR é a arbitragem vinculante, chamada de Binding Arbitration, nela realiza-se a seleção de um árbitro, um advogado, que pode ser escolhido por um sorteio aleatório, por indicação do juiz do caso, ou por escolha das partes, podendo ser um único árbitro ou um painel de três árbitros. Neste tipo, as partes se submetem à decisão por ele proferida, dispensando, contudo, a atuação do judiciário.
Também há uma inovação nas formas de resolução de disputa a Med-Arb, onde um terceiro imparcial age primeiramente como um mediador e, posteriormente, como um árbitro, com poderes para decidir as questões não solucionadas pelas partes no diálogo, podendo ser realizado também com duas pessoas distintas para cada processo: mediação e arbitragem, porém nesta subespécie se observa um menor grau de comprometimento das partes na auto resolução de seus conflitos de forma pacífica.
Outra modalidade utilizada pelos norte-americanos é o Judge-Hosted settlement conferences, muito comum nas cortes federais e estaduais, nela são realizadas conferências de negociação presididas por um juiz negociador, que locuciona o julgamento do mérito, agindo tanto previamente ao julgamento como durante o mesmo, facilitando e auxiliando a transação e a resolução do litígio para que se chegue a um acordo.
O tipicamente voluntário, Fact-Finding Panels é utilizado no setor público, na composição de dissídios coletivos, onde um juiz de fato, denominado fact finder, avalia não só as informações providas pelas partes, mas também realiza pesquisas complementares, de modo a clarear e dirimir controvérsias básicas, recomendando a resolução por negociaçõesadicionais ou pela mediação, na formulação de acordos coletivos.
No âmbito privado, em litigâncias corporativas utiliza-se os Mini-Trials, através da contratação de um juiz aposentado ou de um advogado renomado e experiente no assunto, a fim de verificar como o poder judiciário decidiria o litígio.
Outro método de resolução de disputas é pelo Multi-Step, onde realiza-se uma série progressiva de procedimentos, entre as partes que representam empresas ou negócios. Primeiramente há a negociação ‘cara a cara’ entre os litigantes, não havendo acordo, a negociação passa a ser com os representantes hierarquicamente superiores e, na sequência, há a mediação ou outro método facilitativo por um terceiro imparcial, não havendo a resolução consensual, passa-se a outro método vinculativo, como arbitragem, adjudicação privada, até que se formule um acordo.
Uma modalidade de ADR flexível, é o Summary Jury Trial, uma espécie de “júri simulado”, uma prévia de um julgamento realizado na corte em um dia, dirigido por um corpo de jurados permanentes, expondo os litigantes e seus advogados, na modalidade ad hoc, às evidências probatórias, às incertezas e às despesas de um julgamento e produzindo ao final, um sentença consultiva não vinculante, um provável resultado de um julgamento, um veredicto consultivo, que é tomado como base para negociações subsequentes objetivando a promoção de acordos. Desta modalidade, há uma variação, a denominada Summary Bench Trial, como um julgamento sumário, presidido por um terceiro neutro que emite um parecer consultivo, uma espécie de acordo, ao invés de um veredito.
ESTÍMULO DO CNJ E AS ADR’S NO BRASIL
No Brasil, a Resolução nº 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça evidenciou a necessidade e a importância da utilização de métodos alternativos de solução de conflitos, ou sejam, meios consensuais como a mediação e a conciliação além das soluções adjudicadas, com a criação de núcleos de conciliação e mediação atrelados às estruturas do Poder Judiciário, encorajando em audiências preliminares o diálogo e o pacífico acordo interpartes.
No mesmo formato norte-americano, implementamos os terceiros imparciais habilitados e capacitados, os mediadores e os conciliadores, que estimulam o diálogo e promovem o consenso. A diferença básica entre eles é que o mediador, imparcial, age empoderando as partes e incentivando a comunicação, sem tecer sugestão ou juízo de valor, para que a tomada de decisão seja autocompositiva. Já o conciliador, é mais proativo, pois além de auxiliar no diálogo, orienta e sugere soluções para as partes chegarem a um acordo.
Os MASC’s – Métodos Alternativos de Solução de Conflitos, têm como características básicas a liberdade de escolha das partes, e a informalidade, sendo um procedimento não litigioso que aperfeiçoa a comunicação colaborativa, o fortalecendo o cidadão para a tomada uma auto solução transformativa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na atualidade, os métodos alternativos de solução de conflitos são ferramentas indispensáveis e eficazes na promoção da democratização da Justiça, uma vez que os próprios cidadãos são incentivados a dirimir seus conflitos. 
Sendo assim, a aplicação dos diversos meios adequados efetiva o direito fundamental do amplo acesso ao Judiciário, promovendo melhor qualidade e celeridade da resposta judicial às demandas da sociedade, desafogando o setor jurisdicional público e diminuindo a quantidade de recursos dos litigantes.
No Brasil, ainda há um caminho a ser trilhado, porém a semente da pacificação dos conflitos pelos meios consensuais de autocomposição está plantada, nos resta estimular e publicizar sua utilização em busca da pacificação social.

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