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1 Samantha Leão F. Lima NEUROANATOMIA VASCULARIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL O SN é formado de estruturas nobres e altamente especializadas, que exigem para o seu metabolismo um suprimento muito alto de GLICOSE e OXIGÊNIO. Dessa maneira, o consumo de tais pelo encéfalo é muito elevado, o que requer um fluxo sanguíneo contínuo e intenso. Quedas na [ ] de glicose e oxigênio, ou o afluxo sanguíneo ao encéfalo, não são toleradas além de um período muito curto, por ex: mais de 10 segundos, leva o indivíduo a perda de consciência. Após cerca de 5 minutos, as lesões são irreversíveis, devido a não regeneração da maioria das células nervosas (consequência de paradas cardíacas). I. VASCULARIZAÇÃO DO ENCÉFALO a. Fluxo Sanguíneo Cerebral É muito elevado, sendo superado apenas pelo do rim e do coração; Embora o encéfalo represente apenas 2% da massa corporal, ele consome 20% do O2 disponível e recebe 15% do fluxo sanguíneo, refletindo assim, a alta taxa metabólica do TECIDO NERVOSO (TN); Recebe metade do volume sanguíneo por minuto; O fluxo sanguíneo cerebral (FSC) é diretamente proporcional á diferença entre a pressão arterial (PA) e a pressão venosa (PV), e inversamente proporcional à resistência cerebrovascular (RCV) depende dos seguintes fatores O fluxo sanguíneo é maior nas áreas mais ricas em sinapses, ou seja: FSC SUBST. CINZENTA > SUBST. BRANCA, estando relacionado com a maior atividade metabólica da substância cinzenta. Fluxo sanguíneo cerebral- ESTÁVEL Fluxo regional- METABOLISMO, pois a atividade celular causa liberação de CO2, e este aumenta o calibre vascular e o fluxo sanguíneo local em áreas cerebrais submetidas a maior solicitação funcional. Logo, o aumento do fluxo regional em resposta do aumento dessa RESISTÊNCIA CEREBROVASCULAR(RCV) i. Pressão intracraniana; ii. Condição da parede vascular (pode estar alterada em patologias como arterioscleroses); iii. Viscosidade do sangue; iv. Calibre dos vasos cerebrais (regulado por fatores humorais e nervosos). 2 Samantha Leão F. Lima NEUROANATOMIA atividade neuronal é também mediado pela liberação de óxido nítrico pelos neurônios que, por ser um gás, se difunde com rapidez, atuando sobre o calibre dos vasos. II. VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DO ENCÉFALO É irrigado pelas artérias: 2 CARÓTIDAS INTERNAS e 2 VERTEBRAIS, sendo especializadas para a irrigação do encéfalo; Na base do crânio, estas artérias formam um polígono anastomótico: POLÍGONO DE WILLIS, de onde saem as principais artérias para a vascularização cerebral. OBS: A vascularizazção do encéfalo é peculiar, pois, ao contrário da maioria das vísceras, não possui um HILO para a penetração dos vasos que entram no encéfalo em diversos pontos da sua superfície. As artérias cerebrais são também peculiares, pois, possuem paredes finas. Este é um fator que torna as artérias cerebrais especialmente propensa a HEMORRAGIAS. OBS 2 : As ARTÉRIAS CAROTÍDEAS INTERNAS e VERTEBRAIS, constituem com as ARTÉRIAS BASILARES, os dois sistemas de irrigação encefálica: SISTEMA CAROTÍDEO INTERNO e o SISTEMA VÉRTEBRO-BASILAR. ENCÉFALO ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA Ramo de bifurcação da carótida comum. ( canal carótico). Penetra na cavidade craniana pelo canal carotídeo do osso temporal ( parte petrosa) . Atravessa o seio cavernoso, no interior do qual, descreve em plano vertical, uma dupla curva formando um S, o SIFÃO CAROTÍDEO ( parte cavernosa) . Perfura a dura-máter e a aracnoide, dividindo-se em seus dois ramos terminais: artérias cerebrais média e anterior (parte intracraniana). Artéria comunicante posterior(ACoP)= anastomosa-se com a artéria cerebral posterior, contribuindo para a formação do polígono de Willis. 3 Samantha Leão F. Lima NEUROANATOMIA III. CÍRCULO ARTERIAL DO CEREBRO OU POLÍGONO DE WILLIS É uma anostomose arterial de forma poligonal, e está situado na BASE DO CÉREBRO, onde circunda o QUIASMA ÓPTICO. ARTÉRIA VERTEBRAL E BASILAR As artérias vertebrais direita e esquerda, perfuram a membrana a membrana atlantoccipital, a dura- máter e a aracnoide, penetrando no crânio pelo FORAME MAGNO. Percorrem a face ventral do bulbo,e no nível do sulco bulbo-pontino, fundem- se para constituir um tronco único: ARTÉRIA BASILAR. A artéria basilar origina as artérias cerebelares inferiores posteriores, que irrigam a porção inferior e posterior do cerebelo. Percorre o sulco basilar da ponte e termina bifurcando-se para formar as artérias cerebrais posteriores direita e esquerda. Ramos da artéria basilar: i. Artéria cerebelar superior: distribui-se ao mesencéfalo e á parte superior do cerebelo; ii. Artéria cerebelar inferior anterior: distribui-se á parte anterior da face inferior do cerebelo; iii. Artéria do labirinto: penetra no meato acústico interno, junto com os nervos facial e vestibulococlear, vasculrizando as estruturas do ouvido interno; iv. Ramos pontinos 4 Samantha Leão F. Lima NEUROANATOMIA É formado pelas porções proximais das artérias cerebrais anterior, média e posterior, pela artéria comunicante anterior e pelas artérias comunicantes posteriores, direita e esquerda. ARTÉRIA COMUNICANTE ANTERIOR É pequena e anastomosa as duas artérias cerebrais anteriores adianta do quiasma óptico. ARTÉRIA COMUNICANTE POSTERIOR Unem as carótidas internas com as cerebrais posteriores correspondentes. Anastomosando o sistema carotídeo interno ao sistema vertebral. Não existe troca de sangue entre as metades direita e esquerda do CÍRCULO ARTERIAL. Ele permite a manutenção de fluxo sanguíneo adequado em todo o cérebro(irrigam as estruturas profundas do encéfalo), em casos de obstrução de uma ou mais das quatro artérias que o irrigam. ARTÉRIA CEREBRAL ANTERIOR Um dos ramos da bifurcação da carótida interna. Ramifica-se na face medial de cada hemisfério, desde o LOBO FRONTAL até o SULCO PARIETOCCIPITAL. A obstrução de uma dessas artérias causa PARALISIA e DIMINUIÇÃO DA SENSIBILIDADE NO MMII do lado oposto, decorrente da lesão de partes das áreas corticais motora e sensitiva, que correspondem a perna. ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA Ramo principal da carótida interna. Percorre o sulco lateral em toda a sua extensão, distribuindo ramos que vascularizam a maior parte da face dorsolateral de cada hemisfério, compreendendo a área motora, somestésica, o centro de palavras faladas e etc. Sua obstrução causa PARALISIA e DIMINUIÇÃO DA SENSIBILIDADE do lado oposto do corpo( exceto dos MMII), DISTURBIOS NA LINGUAGEM. 5 Samantha Leão F. Lima NEUROANATOMIA Essas artérias dão RAMOS CORTICAIS e RAMOS CENTRAIS; RAMOS CORTICAIS= destinam-se a vascularização do córtex e substância branca subjacente. RAMOS CENTRAIS= emergem do círculo arterial do cérebro, ou seja, da porção proximal de cada uma das artérias cerebrais e comunicantes. Penetram perpendicularmente na BASEDO CÉREBRO, e vascularizam o DIENCÉFALO, os NÚCLEOS DA BASE e a CÁPSULA INTERNA. OBS: Quando se retira a pia-máter, permanecem os orifícios de penetração dos ramos centrais, denominados SUBSTÂNCIA PERFURADA ANTERIOR E POSTERIOR= ARTÉRIAS ESTRIADAS. IV. VASCULARIZAÇÃO DA MEDULA ESPINHAL A medula é irrigada pelas ARTÉRIAS ESPINHAIS ANTERIOR e POSTERIORES, ramos da artéria vertebral e pelas ARTÉRIAS RADICULARES que penetram na medula com as raízes dos nervos espinhais. ARTÉRIA CEREBRAL POSTERIOR Ramos de bifurcação da artéria basilar. Contornam o pedúnculo cerebral e percorrem a face inferior do lobo temporal ganhando o lobo occipital. Ela irriga a área visual situada nos lábios do sulco calcariano. Sua obstrução causa CEGUEIRA em uma parte do campo visual. 6 Samantha Leão F. Lima NEUROANATOMIA ARTÉRIA ESPINHAL ANTERIOR É um tronco único, formado pela união de dois curtos ramos recorrentes, que emergem das artérias vertebrais direita e esquerda. Dispõe-se ao longo da fissura mediana anterior da medula até o cone medular. Vascularizam as colunas e o funículo anterior e lateral da medula. Emite artérias sulcais (penetram no tecido nervoso pelo fundo da fissura mediana anterior. ARTÉRIAS ESPINHAIS POSTERIORES DIREITA E ESQUERDA Contornam o bulbo, e em seguida percorrem medialmente aos filamentos radiculares das raízes dorsais dos nervos espinhais. Vascularizam a coluna e o funículo posterior da medula. ARTÉRIAS RADICULARES (SEGMENTARES) Derivam dos ramos espinhais das artérias segmentares do pescoço e do tronco. Os ramos penetram nos forames intervertebrais com os NE e dão origem ás artérias radiculares anterior e posterior. As anteriores anastomosam- se com a espinhal anterior e as posteriories, com os espinhais posteriores. 7 Samantha Leão F. Lima NEUROANATOMIA V. DRENAGEM VENOSA DO ENCÉFALO Os SEIOS VENOSOS DA DURA-MÁTER (canais venosos recobertos por endotélio), recebem o sangue venoso de veias superficiais e profundas do encéfalo. Ao final, drenam para as veias jugulares internas: SAGITAL SUPERIOR, SAGITAL INFERIOR, RETO, TRANSVERSOS, SIGMÓIDES E CAVERNOSOS. SISTEMA VENOSO SUPERFICIAL Constituído por veias eu drenam o córtex e a substância branca. Se anastomosam na superfície do cérebro onde formam grandes troncos venosos: VEIAS CEREBRAIS SUPERFICIAIS, que desembocam no SEIO DA DURA-MÁTER. i. VEIAS CEREBRAIS SUPERFICIAIS SUPERIORES; ii. VEIAS CEREBRAIS SUPERFICIAIS INFERIORES= sua principal é a veia cerebral média superficial, que termina no seio cavernoso. SISTEMA VENOSO PROFUNDO Compreende veias que drenam o sangue de regiões situadas profundamente no cérebro. A veia mais importante é a VEIA CEREBRAL MAGNA, ou VEIA DE GALENO, para a qual converge quase todo o sangue do sistema venoso profundo do cérebro. Essa veia é um curto tronco, formado pela confluência das veias cerebrais internas, tendo paredes muito finas. 8 Samantha Leão F. Lima NEUROANATOMIA VEIAS CEREBRAIS PROFUNDAS VEIAS ENCEFÁLICAS i. VEIA TÁLAMOESTRIADA= tálamo, assoalho do ventrículo lateral; ii. VEIA SEPTAL= septo pelúcido; iii. VEIA BASAL= contorna a pedúnculo cerebral; iv. VEIA CEREBRAL MAGNA
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