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Objetivo 1: Compreender a anatomia do globo ocular Objetivo 2: Entender a fisiologia da visão 1. Anatomia do Globo Ocular: Órbitas: ➔ são cavidades ósseas no esqueleto da face ➔ as paredes medias das duas órbitas, separadas pelos seios etmoidais e pelas partes superiores da cavidade nasal, são quase paralelas, enquanto as paredes laterais formam um ângulo quase reto (90°). ➔ As orbitas e a região da orbita anterior a elas contem e protegem os bulbos dos olhos e as estruturas acessórias da visão, que são: Pálpebras: limitam as orbitar anteriormente e controlam a exposição da região anterior do bulbo do olho Músculos extrínsecos do bulbo do olho: posiciona os bulbos dos olhos e levantam as pálpebras superiores Nervos e vasos: no trajeto para os bulbos dos olhos e músculos Fáscia orbital: circunda os bolbos dos olhos e os músculos Túnica mucosa (conjuntiva): reveste as pálpebras e a face anterior dos bulbos dos olhos e a maior parte do aparelho lacrimal, que a lubrifica Aparelho lacrimal: Um sistema de glândulas e ductos, mantém um fluxo contínuo de lágrimas que lavam a superfície exposta, de modo que ela permaneça úmida e livre de partículas. A secreção lacrimal é estimulada por neurônios parassimpáticos do nervo craniano VII. Os nervos da órbita são: troclear, oculomotor e abducente Bulbo do Olho: É composto por três túnicas: formada por esclera e córnea • Garante forma e resistência • As duas camadas diferem na regularidade e organização das fibras colágenas e o grau de hidratação de cada uma; enquanto a esclera é avascular, a córnea é totalmente vascular e nutrida por leitos capilares periféricos e líquidos Córnea: é a parte transparente da túnica fibrosa ➔ É formada por três camadas celulares com morfologia e origem distintas. Essas camadas são separadas por duas importantes membranas (acelulares) que parecem homogêneas quando observadas ao microscópio óptico. As cinco camadas da córnea observadas em corte transversal são: 1. Epitélio da córnea (epitélio Estratificado pavimentoso não queratinizado) 2. Membrana de Bowman (membrana basal anterior) 3. Estroma da córnea 4. Membrana de Descemet (membrana basal posterior) 5. Endotélio da córnea: através das bombas de sódio-potássio retira o excesso da água, permitindo uma córnea transparente e sem edema Esclera: é o local de inserção dos músculos intrínsecos do bulbo, parte branca do olho ➔ Perfurada por vasos sanguíneos nervos e nervo óptico ➔ Dividida em três camadas não bem-definidas: ➔ Lâmina episceral, a camada externa, é o tecido conjuntivo frouxo adjacente ao tecido adiposo periorbital ➔ Substância própria: denominada também de capsula de tenon, reveste o olho e é composta de uma densa rede de fibras colágenas espessas ➔ Lâmina supracoroidea, face interna da esclera contém fibras colágenas mais finas e fibras elásticas além de outras células do tecido conjuntivo ➔ o espaço episcleral (espaço de tenon) possibilita a livre rotação do olho dentro da orbita Conjuntiva: membrana mucosa transparente que recobre o resto do globo ocular Limbo: separa a córnea da esclera; onde estão localizadas as células tronco importantes para a cicatrização da córnea e nutrição formada por coroide, corpo ciliar e íris • A coroide uma camada marrom-avermelhada escura está situada entre a esclera e a retina • Os vasos maiores estão localizados externamente, próximos a esclera e os vasos mais finos são mais internos, adjacentes a camada fotossensível avascular da retina • O corpo ciliar é um espessamento da camada posterior ao limbo da córnea • A íris é um diafragma contrátil fino que tem a pupila como sua abertura central, a qual dá passagem a luz • Dois músculos controlam o tamanho da pupila: musculo esfíncter da pupila (inervação parassimpática; diminui diâmetro), musculo dilatador da pupila (inervação simpática; aumenta diâmetro) Pupila: parte central da íris Cristalino (lente): Fica atrás da íris. Possui ausência de vasos e nervos, e é uma lente biconvexa. É suspenso por ligamentos chamados zônulas ciliares, é um disco transparente que foca a luz. Sua função é acomodação, ou seja, focalização dos raios luminosos sobre a retina. Zônulas: Ligam o cristalino aos processos ciliares, os quais possuem a função de produção de humor aquoso e acomodação do músculo ciliar. Humor aquoso: É um líquido claro, produzido nos processos ciliares. Vai da câmara posterior até a anterior onde é drenado. Possui a função de nutrir o cristalino e a córnea. Também de acomodação, que é a modificação da lente, o músculo ciliar contrai, a zônula relaxa e o cristalino aumenta o diâmetro antero-posterior, aumentando a zona de foco. Drenado do canal de Schlemm Humor vítreo: É um gel claro e avascular, composto por água, colágeno e ácido hialurônico. Possui duas membranas chamadas de hialoides posterior e anterior. Sua função é manter a forma do olho. Coróide: Última parte da úvea, e possui a função de nutrir a retina. formada por retina, que tem partes óptica e não visual Retina: parte sensível a luz, contém cones e bastonetes A parte óptica é composta de estrato nervoso (sensível a luz) e estrato pigmentoso (reforça a propriedade de absorção da luz reduzindo a dispersão da luz no bulbo) • A parte cega da retina é uma continuação anterior do estrato pigmentoso e uma camada de células de sustentação • No fundo do olho encontra-se o disco do nervo óptico onde as fibras sensitivas e os vasos conduzidos pelo nervo óptico entram no bulbo do olho ➔ Cones: responsáveis pela visão em cores ➔ Bastonetes: podem detectar penumbra e são responsáveis principalmente pela visão em preto e branco ➔ quando os bastonetes e cones são excitados tem seus sinais transmitidos através de neurônios da própria retina e por fim propagam-se pelas fibras do nervo óptico até o córtex cerebral ➔ as camadas da retina são: pigmentar, de bastonetes e de cones que se projeta para a camada pigmentar, nuclear externa, plexiforme externa, nuclear interna, plexiforme interna, ganglionar, de fibras do nervo óptico e membrana limitante interna Mácula: Onde fica a visão nítida, central. Lesões na mácula reduzem muito a visão Fóvea central: Parte mais central da mácula. Lateral ao disco óptico, é um ponto escuro. Ela possui um anel estreito de tecido ao seu redor, que é a mácula lútea, que são regiões da retina com a visão mais acurada. Disco óptico: Local onde os neurônios da via visual formam o nervo óptico (nervo craniano II) e saem do olho Quiasma Óptico: • Situa-se na junção da parede anterior e do assoalho do terceiro ventrículo • As fibras da metade nasal de cada retina cruzam a linha média e entram no trato óptico do lado oposto. Enquanto isso, as fibras da metade temporal seguem posteriormente ao trato óptico, Fotoquímica da visão: • Os cones e bastonetes possuem pigmentos fotossensíveis que são degradados através de estímulo luminoso. Os bastonetes possuem a chamada rodopsina (substância química sensível a luz), enquanto nos cones essas substâncias fotossensíveis são genericamente chamadas de pigmentos coloridos. • Os fotorreceptores estão na última camada com suas extremidades fotossensíveis dispostas sobre o epitélio pigmentado • Fóvea: Nesta os fotorreceptores recebem a luz diretamente porque os neurônios intermediários são empurrados para o lado. • Estrutura dos fotorreceptores: Possuem um segmento externo cuja extremidade toca o epitélio pigmentado da retina. E um segmento interno que contém o núcleo da célula e as organelas responsáveis pela formação de ATP e síntese de proteínas. Também, um segmento basal com um terminal sináptico que libera glutamato nas células bipolares. Neurônios da via visual: Quatro neurônios conduzem os impulsos visuais ao córtex visual: (1) bastonetes e cones, que sãoneurônios receptores especializados na retina; (2) neurônios bipolares, que conectam os bastonetes e cones às células ganglionares; (3) células ganglionares, cujos axônios seguem até o corpo geniculado lateral; (4) neurônios do corpo genicula do lateral, cujos axônios destinam se ao córtex cerebral. O circuito neural da retina é composto por: • Fotorreceptores: são uns cones e bastonetes, e fazem sinapse com células bipolares e horizontais • Células horizontais: realizam inibição lateral. Para a visão ser nítida as informações devem prover das células que receberam um estímulo primeiro e em melhor qualidade ponto assim a onda de Transmissão excitatória é limitada, o que confere grande acuidade e precisão uma visão • células bipolares 2 recebem informações dos fotorreceptores e das células horizontais e encaminham para células amácrinas e ganglionares • Células amácrinas: transmitem informações de forma bidirecional para células ganglionares de outras regiões ou para outras células amácrinas • Células ganglionares: suas fibras componho nervo óptico recebem informações de células bipolares e encaminham para o sistema nervoso central são as únicas que despolarizam 2. Fisiologia da Visão: PRIMEIRA ETAPA DA VIA VISUAL: ➔ A luz do meio externo chega ao olho ➔ A quantia de luz que chega aos fotorreceptores é modulada por modificações no diâmetro da pupila ➔ Além da regulação da quantidade de luz as pupilas contribuem para a profundidade de campo ➔ A luz entra na superfície anterior do olho, passa pela córnea e atinge a retina ➔ Ocorre a refração pois passaram por ambiente com densidades diferentes ➔ A luz é refratada 2 vezes primeiro quando passa na córnea e depois quando passa na lente ➔ Passa através da abertura da pupila atingindo a lente que possui 2 superfícies convexas ➔ Os raios convergem no ponto focal ➔ Acomodação: Processo pelo qual o olho ajusta a forma da lente para manter os objetos no foco. Essa mudança é possível pela presença do músculo ciliar, que circunda a lente e está ligada por ligamentos não elásticos, conhecidos como zônulas. ➔ Ponto próximo da acomodação: Menor distância na qual conseguimos focalizar um objeto. ➔ A córnea e a lente juntas mudam a direção dos raios de luz que entram para que eles sejam focados na retina. SEGUNDA ETAPA DA VIA VISUAL: ➔ Conversão da energia luminosa em sinais elétricos pelos fotorreceptores da retina. ➔ Nossos olhos podem ver a luz visível sem ajuda, mas não respondem à luz ultravioleta e à infravermelha, cujos comprimentos de onda delimitam as extremidades do nosso espectro de luz visível. ➔ Fototransdução: Processo pelo qual os animais convertem a energia luminosa em sinais elétricos. Nos humanos a fototransdução ocorre quando a luz incide na retina, o órgão sensorial do olho. ➔ A fóvea central é o ponto onde a luz é focalizada pela lente, visto que a imagem incide é invertida na retina. Assim, o processamento visual subsequente pelo encéfalo inverte a imagem de novo. ➔ A informação sensorial sobre a luz passa dos fotorreceptores para os neurônios bipolares e depois para uma camada de células ganglionares. ➔ Os axônios das células ganglionares formam o nervo óptico, o qual sai do olho no disco do nervo óptico. ➔ Como o disco do nervo óptico não tem fotorreceptores, as imagens projetadas nesta região não podem ser vistas, gerando o que é conhecido como ponto cego do olho. TERCEIRA ETAPA DA VIA VISUAL: ➔ Vários neurônios fazem sinapse com uma única célula pós-sináptica. ➔ Vários neurônios bipolares, inervam uma única célula ganglionar, de modo que a informação de muitos fotorreceptores da retina é condensada em apenas 1 milhão de axônios que deixam o olho em cada nervo óptico. ➔ O processamento do sinal na retina é modulado por sinais provenientes de dois conjuntos de células adicionais. As células horizontais fazem sinapse com os fotorreceptores e com as células bipolares. As células amácrinas modulam a informação que flui entre as células bipolares e ganglionares. ➔ Uma vez que potenciais de ação deixam os corpos das células ganglionares eles percorrem os nervos ópticos até o SNC, onde são processados. ➔ A informação do lado direito do campo visual dos olhos é processada no lado esquerdo do cérebro e vice-versa. ➔ Na zona binocular, o cérebro integra as duas visões para criar uma representação tridimensional dos objetos. ➔ As informações monoculares dos dois olhos se juntam no córtex para nos dar uma visão binocular sobre o meio que nos circunda.
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