Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AM����EC����TO ���M��A� N� ���ER���� A adolescência é um período da vida humana cuja caracterização se dá pelas marcantes mudanças corporais da puberdade, acompanhadas pelas mudanças na esfera psicossocial. O crescimento e o desenvolvimento durante a fase puberal ocorrem com uma velocidade muito grande, ● As modificações corporais consequentes acontecem paralelas a outras modificações na personalidade, na socialização, nas motivações e nos interesses, que, dessa forma, não podem ser analisados separadamente. ● É nessa fase que os distúrbios alimentares e o uso de esteróides anabolizantes surgem com maior frequência, na busca do controle pelas mudanças e de uma imagem corporal que se aproxime da idealizada. ● O crescimento estatural depende do crescimento linear dos ossos longos, principalmente na cartilagem de crescimento, e é controlado por diversos hormônios. ● Durante a adolescência, embora os hormônios desempenhem papéis individuais, a interação entre os hormônios gonadais e adrenais com o hormônio de crescimento torna-se essencial para o estirão de crescimento normal e para a maturação sexuaL PUBERDADE ● A puberdade é uma fase do desenvolvimento que prepara o ser humano para a maturação sexual e a reprodução. ● Define-se que, fisiologicamente, pode ter início entre 8 e 13 anos nas meninas, e entre 9 e 14 anos nos meninos. ● Caracteriza-se por uma seqüência de transformações biológicas determinadas pela ação do eixo hipotálamo-hipófise-supra-renais-gonadal, e que culmina no aumento da velocidade de crescimento (estirão pubertário) e no surgimento das características sexuais secundárias, com conseqüentes mudanças na esfera psicossocial dos indivíduos As transformações da puberdade incluem ● o aparecimento de características sexuais secundárias, ● aumento em altura, mudança na composição corporal e ● desenvolvimento da capacidade reprodutiva A puberdade é caracterizada pelo aumento da amplitude dos pulsos de secreção de hormônio luteinizante (LH) e folículo-estimulante (FSH), detectáveis já antes que os sinais externos da puberdade sejam evidentes. A elevação desses hormônios promove o desenvolvimento das características sexuais secundárias e da composição corporal, que ocorrem nessa fase. Sob a influência do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), a glândula hipófise secreta o hormônio luteinizante e o hormônio folículo-estimulante. - Inicialmente isto ocorre de uma forma pulsátil, principalmente durante o sono, mas esta variação diurna diminui ao longo da puberdade. - O hormônio luteinizante e o hormônio folículo-estimulante estimulam aumentos correspondentes de andrógenos e estrógenos gonadais. - A leptina é o possível gatilho para estas alterações (ativação puberal do eixo hipotálamo-glândula pituitária/hipófise). Suas altas concentrações estão associadas ao aumento da gordura corporal e ao início precoce da puberdade. FISIOLOGIA DA PUBERDADE No estágio pré-púbere (entre a primeira infância e +- 8 a 9 anos), o eixo hipotalâmico-hipófise está quiescente. → ● Supressão do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal por mecanismos ainda não bem esclarecidos, ou seja, a secreção de gonadotrofinas está sob controle do tipo feedback negativo, exercido pelos esteróides gonadais. ● obs.: de onde vem o hormônio do crescimento (GH) LH → baixos valores séricos de LH durante o sono tornam-se demonstráveis em 1 a 3 anos antes do início da puberdade. ● Esta secreção ocorre de forma pulsátil e reflete descargas episódicas endógenas de hormônio liberador de gonadotropinas hipotalâmico (GnRH). ● Pulsos noturnos de LH continuam a aumentar em amplitude e, em menor extensão, em frequência conforme chega a puberdade clínica. ● Esta secreção pulsátil de gonadotropinas é responsável pelo aumento e maturação das gônadas e secreção de hormônios sexuais. ● No meio da puberdade, os pulsos de LH se tornam evidentes, mesmo durante o dia e ocorrem aproximadamente em intervalos de 90 a 120 minutos. A secreção crescente de GnRH hipotalâmico de forma pulsátil é a base do início do desenvolvimento puberal. ● O “pulso gerador de GnRH” é regulado por diversos neuropeptídeos, incluindo ácido glutâmico, kisspeptina e neurocinina-B (estimulatórios) e ácido γ- aminobutírico, pré-pró-encefalina e dinorfina (inibitórios). ● também é regulada por fatores produzidos pelas células gliais, como o fator transformador de crescimento α. ● Mutações com perda de função do gene KISS1 R – também conhecido como GPR54 – (o gene que codifica um receptor acoplado à proteína G cujo ligante é a kisspeptina) causam uma forma autossômica recessiva de hipogonadismo hipogonadotrópico, enquanto mutações com ganho de função do gene estão associadas à puberdade precoce. ● O aumento da sinalização do fator transformador de crescimento α está associado à ocorrência de puberdade precoce central em pacientes com hamartoma hipotalâmico. A idade de início da puberdade varia e está mais precisamente correlacionada com a maturação óssea do que com a idade cronológica Os eventos hormonais da puberdade resultam de um processo de maturação cerebral, que envolve a região basal extramedial do hipotálamo, a hipófise, as gônadas e os órgãos-alvo dos esteróides gonadais COMO COMEÇA E ESTÍMULOS PARA O EIXO O processo pubertário inicia-se na vida intra-uterina com a diferenciação sexual e a produção dos esteróides sexuais. ● Nos lactentes, provavelmente em razão da imaturidade dos tratos inibitórios do SNC, os níveis séricos de LH e FSH são altos e mais elevados no sexo feminino, começando a declinar no final da lactância e permanecendo baixos por todo o período pré-puberal até o início da puberdade. Na fase puberal, ocorrem 3 eventos principais: ● Adrenarca (aumento da secreção dos andrógenos suprarenais), ○ Geralmente, ocorre entre 6 e 8 anos e é controlado pelo ACTH E independente do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal. ○ Aumento progressivo de andrógenos suprarrenais o DHEA, e principalmente sua forma sulfatada, o DHEAS (sulfato de dehidroepiandrosterona), responsável pelo odor das axilas, pelos pubianos e pela acne ○ bromidrose axilar (mau odor nas axilas) e aparecimentos de pelos púbicos finos (adrenarca). ○ Conhecida popularmente como "hormônio da juventude", a dehidroepiandrosterona (DHEA) e a sua forma sulfatada, o sulfato de dehidroepiandrosterona (DHEA-S), são os esteroides mais abundantes na nossa circulação. São produzidos nas adrenais e gonadas masc e feminino. No entanto, sua produção natural entra em declínio a partir dos 20 anos de idade, após atingir o nível máximo de concentração. ● Ativação ou desinibição dos neurônios hipotalâmicos secretores de LHRH/GnRH (aumento das gonadotrofinas hipofisárias) libera LH e FSH, atuando nas gônadas, início da gonadarca ● Gonadarca (aumento dos esteróides sexuais produzidos pelos testículos e ovários) Durante o período pré-puberal, existe uma supressão do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal por mecanismos ainda não bem esclarecidos, ou seja, a secreção de gonadotrofinas está sob controle do tipo feedback negativo, exercido pelos esteróides gonadais. - Hipoteticamente, admite-se a presença de um sensor hipotalâmico (gonadostato) que se mostra sensível ao efeito supressivo dos esteróides gonadais. - Acredita-se que, além desse efeito inibidor, existam outros mecanismos inibitórios mediados pelo SNC, ainda não conhecidos. O início da puberdade é marcado pela redução da sensibilidade do gonadostato aos esteróides gonadais. Admite-se que a elevação dos andrógenos supra-renais contribua para a redução da sensibilidade do gonadostato, o que favorece o aumento da freqüência e da amplitude dos pulsos do LHRH noturnos e posterior secreção pulsátil de LH. Nos últimos anos, estudos realizados com ratos têm sugerido que a leptina, secretada pelas células adiposas e cujos receptores estão expressos no hipotálamo e nos ovários, estimula o pulso gerador de LHRH, além de garantir a reserva calórica e o conteúdo de gordura corpórea. O avanço das técnicas laboratoriais permitiuo reconhecimento da existência de formas isoméricas das gonadotrofinas. Durante a puberdade, existe um aumento significativo das frações B-FSH e B-LH, com maior potência bioativa, ou seja, maior capacidade de indução da síntese dos esteróides gonadais. A fração BLH parece ser a gonadotrofina que mais se correlaciona com as mudanças somáticas puberais. Os esteróides gonadais determinam o aumento da secreção de GH e IGF-1, os quais têm ação direta sobre a cartilagem, estimulando a síntese de fatores locais que contribuem para a maturação dos condrócitos e osteoblastos. O estrógeno parece ter uma importância maior do que a testosterona no processo de maturação epifisária e na incorporação de massa óssea. No homem, cerca de 75% do estradiol é produto da aromatização extracelular e o restante é produzido nas células de Leydig. Nas mulheres, os ovários são responsáveis por cerca de 90% da produção, enquanto 10% provêm da conversão extraglandular, da testosterona e da androstenodiona. Outros hormônios, como os da tireóide, a prolactina, a melatonina, a inibina e a ativina, também participam do processo pubertário. ● A tiroxina influencia na síntese e na secreção de GH e tem ação permissiva sobre o crescimento ósseo. ● A inibina, produzida nas células de Sertoli (testículos) e nas células da granulosa (ovários), exerce ação de retroalimentação negativa sobre a secreção do FSH hipofisário, ● enquanto a ativina estimula a biossíntese e a secreção da fração B-FSH. SISTEMA HORMONAL FEMINiNO Consiste em 3 hierarquias de hormônios: 1. Hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) – liberação hipotalâmica; 2. FSH e LH – secretados pela hipófise anterior em resposta à liberação de GnRH. 3. Estrógeno e progesterona – secretados pelos ovários em resposta aos hormônios hipofisários sexuais anteriores. São secretados com intensidades drasticamente diferentes, durante as diferentes partes do sexual feminino mensal. Enquanto a quantidade de GnRH aumenta e diminui de modo menos drástico durante esse ciclo (pulsos curtos de 1 x a cada 90 min,como nos meninos). FUNÇÃO DOS HORMÔNIOS GONADOTRÓPICOS Ciclo sexual feminino – padrão rítmico de variações mensais da secreção dos hormônios femininos, com correspondentes alterações ovarianas e nos outros órgãos sexuais durante os anos reprodutivos da mulher. Dura em média 28 dias. Resultados significativos desse ciclo: 1. Apenas um só óvulo, em condições normais, é liberado a cada mês; 2. Preparação antecipatória do endométrio uterino para a implantação do óvulo fertilizado; Efeitos nos ovários As mudanças ovarianas que ocorrem durante o ciclo sexual dependem inteiramente do aumento e diminuição cíclicos de FSH e LH. Em sua ausência, os ovários permanecem inativos, como ocorre durante toda a infância, quando quase nenhum hormônio gonadotrópico é secretado. Entre 9 e 12 anos de idade, a hipófise começa a secretá-los progressivamente mais, iniciando os ciclos sexuais mensais normais, entre 11 e 15 anos de idade (puberdade). Estimulam suas células-alvo ovarianas ao se combinarem com seus receptores específicos de LH e FSH, os quais ativados aumentam a secreção dessas, seu crescimento e proliferação. FUNÇÕES DOS HORMÔNIOS OVARIANOS Estrogênios promovem essencialmente a proliferação e o crescimento de células específicas no corpo, responsáveis pelo desenvolvimento da maioria das características sexuais secundárias da mulher. ● Podem ser secretados, na mulher, pelos ovários, córtex adrenal e pela placenta; ● Apenas 3 estão presentes em quantidades significativas no plasma feminino: β-estradiol (principal), estrona e estriol. Progestinas atuam basicamente preparando o útero para a gravidez e as mamas para lactação. ● Tipos secretados: progesterona (principal) e 17-α-hidroxiprogesterona; ● Podem ser secretadas pelo corpo lúteo e pela placenta. ATENÇÃO! Estrógenos e progesteronas exercem tanto efeitos de feedback positivo quanto negativo na hipófise anterior e no hipotálamo, dependendo do estágio do ciclo ovariano. Efeitos dos estrogênios sobre as características sexuais femininas primárias e secundárias Útero e órgãos sexuais externos – aumentam de tamanho por 20 vezes ou mais na puberdade. ● Monte pubiano e grandes lábios – Depósito de gordura; ● Vagina – Alteração do epitélio de cuboide para estratificado – resistente a traumas e infecções (*TTO de infecções vaginais em crianças com estrogênios); ● Endométrio – Proliferação e desenvolvimento de glândulas endometriais (nutrição posterior de óvulo implantado); ● Tubas uterinas – Proliferação do tecido glandular e de células epiteliais ciliadas e intensificação da atividade ciliar Mamas – iniciam o seu crescimento e do aparato produtor de leite e são responsáveis pela aparência externa característicos da mama feminina adulta, mas não finalizam a tarefa de convertê-las em órgãos produtores de leite. ● Desenvolvimento dos tecidos estromais; ● Crescimento de vasto sistema de ductos; ● Depósito de gordura. Esqueleto – inibem a atividade osteoclástica nos ossos e estimulam o crescimento ósseo, levando ao crescimento em altura rápido na puberdade. Causam a união das epífises com a haste dos ossos longos, cessando o crescimento da mulher anos antes do crescimento do homem (*eunuquismo – ausência congênita dos ovários). OBS: Depois da menopausa, a deficiência de estrógeno pode levar a osteoporose, devido a: ● Maior atividade osteoclástica, ● Diminuição da matriz óssea; e ● Menos depósito de cálcio e fosfato ósseos Depósito de proteínas – causam leve aumento da proteína corporal total, resultante do seu efeito promotor do crescimento sobre os órgãos sexuais, ossos e alguns poucos tecidos do corpo. Metabolismo corporal e depósito de gordura – aumentam ligeiramente o metabolismo de todo o corpo e o depósito de quantidades maiores de gordura nos tecidos subcutâneos e nas coxas e glúteos, característico da aparência feminina. OBS: a distribuição de pelos nas axilas e na região pubiana após a puberdade na mulher é afetada pelos andrógenos liberados pelo córtex adrenal, em detrimento do efeito estrogênico. Pele – induzem a desenvoltura de textura macia e lisa e maior vascularização. Balanço eletrolítico – causam retenção de sódio e água nos túbulos renais devido à semelhança química entre hormônios estrogênicos e adrenocorticais (*maior significância no período gestacional). Funções da progesterona Útero – (1) promove alterações secretórias no endométrio, durante a última metade do ciclo sexual mensal; (2) diminui a frequência e intensidade das contrações uterinas, evitando a expulsão do óvulo implantado. Tubas uterinas – promove maior secreção pela sua mucosa para nutrir o óvulo fertilizado em divisão em direção à cavidade uterina. Mamas - promove o desenvolvimento dos lóbulos e alvéolos das mamas, fazendo com que se proliferem, aumentem e adquiram natureza secretora. OS HORMÔNIOS MASCULINOS Os testículos secretam muitos hormônios sexuais masculinos, chamados androgênios. Inclui Testosterona, di-hidrotestosterona e androstenediona. - androgênios significa qualquer hotmônio esteroide que tenha efeito masculinizante. Pode ser produzido em outras partes do corpo fora testículos TESTOSTERONA NA PUBERDADE: A testosterona é mais abundante do que os outros, às vezes considerado o mais importante, embora já nos tecidos, a maioria da testosterona seja por fim convertida no hormônio mais ativo, a di-hidrotestosterona. - A testosterona é produzida pelas Células intersticiais de Leydig, quando estimuladas pelo LH. - Testosterona controla a secreção de GnRH por feedback negativo. Ou seja, libera menos LH e reduz a secreção de testosterona para níveis adequados. Pouca testosterona tem efeito contrário. - FSH se liga aos receptores das Células de Sertoli, que crescem e secretam substâncias espermatogênicas. Testosterona também tem efeito na espermatogênese. funções - características que diferenciam o corpo masculino - Aumento de tamanho do pênis, saco escrotal e testículos em8 vezes antes dos 20 anos - desenvolvimento de características sexuais secundárias masculinas, começando na puberdade e terminando na maturidade. - Crescimento de pelos sobre o púbis, para cima ao longo da linha alba do abdome, na face, no tórax e menos frequentemente em outras regiões, como nas costas + aumento em abundância. - Reduz o crescimento de cabelos no topo da cabeça, predispondo à calvície (mas depende também do fator genético). - Produz hipertrofia da mucosa laríngea e alargamento da laringe levando a uma voz inicialmente “rachada”, que gradualmente forma uma voz masculina típica de adulto. - Aumenta espessura da pele e rigidez de tecidos subcutâneos, e secreção de glândulas sebáceas. Se excessiva, pode resultar em acne - Aumenta a formação de proteínas e o desenvolvimento muscular– por isso, utiliza-se androgênios sintéticos em atletas e em idosos (aumentar força muscular e vigor). - Aumenta a matriz óssea e induz retenção de Ca – ossos crescem mais espessos e depositam grandes quantidades adicionais de sais de cálcio, em resposta ao anabolismo proteico. - Efeito específico sobre a pelve para aumentar o suporte de pesos – estreita a passagem pélvica, alonga, afunila e aumenta a força. C�I�ÉRI�� �� TA���R Escala de estadiamento da maturidade sexual (EMS) (variando de 1, pré-adolescente, para 5, maturidade sexual), ou estádios de Tanner para descrever cronologia do desenvolvimento das características sexuais secundárias. Leva-se em conta, no sexo feminino, o desenvolvimento mamário e a quantidade dos pêlos púbicos e, no sexo masculino, o aspecto dos órgãos genitais e a distribuição dos pêlos púbicos A faixa de progresso normal da maturação sexual é ampla e afetada pela genética, pelo ambiente psicossocial, pela nutrição e pelo estado geral de saúde. As exposições ambientais podem também desempenhar algum papel. No SEXO MASCULINO Ocorrem mudanças nos testículos e pênis ao longo dos 5 estágios ➭ sinal visível da puberdade e marco do Estágio 2 → aumento testicular, 10,9 anos, podendo variar dos 9 aos 14 anos ➭ seguido do surgimento dos pêlos púbicos, em torno dos 11,9 anos, ➭ Estágio 3 → aumento do comprimento do pênis; O esperma pode ser encontrado na urina; emissões noturnas podem também ser observadas neste momento. ➭ Estágio 4 → pico do crescimento estatural quando os volumes testiculares alcançam aproximadamente 9-10 cm3 ➭ Sob a influência do hormônio luteinizante e da testosterona ocorrem aumentos dos túbulos seminíferos, do epidídimo, das vesículas seminais e da próstata. O volume testicular pode ser medido com o orquidômetro de Prader, no qual valores superiores ou iguais a 4 mL indicam o início do desenvolvimento puberal. A primeira ejaculação (espermarca) ocorre quando o volume testicular está em torno de 10 a 12 mL, em média. Os primeiros sêmens ejaculados costumam ser desprovidos ou ter baixa concentração de espermatozóides. Após 12 a 24 meses, atinge-se o padrão do homem adulto. ➭ Ginecomastia puberal Algum grau de crescimento do tecido da mama ocorre em 40-65% dos meninos entre 12 e 14 anos e após início da puberdade (durante os Estádios 2-3), como consequência de um excesso relativo de estimulação estrogênica. Isto geralmente desaparece ao longo do processo da maturação. A regressão torna-se improvável se o diâmetro da glândula ultrapassa 5 cm, sendo importante questionar a possibilidade de doenças crônicas ocultas e o uso de drogas, como esteróides anabolizantes, isoniazida, captopril, cetoconazol, cimetidina, digitoxina, GH, estrógeno, diazepam, antidepressivo tricíclico, haloperidol e fenotiazida. O aparecimento de pêlos axilares e faciais costuma ser a manifestação mais tardia, ocorrendo por volta dos 12,9 e 14,5 anos, respectivamente. ● A pilificação facial inicia-se nos cantos do lábio superior e na região lateral superior da face, e geralmente surge no estádio 3 dos pêlos púbicos. A mudança no timbre da voz coincide com o estádio 5 de pêlos púbicos e representa uma ação da testosterona sobre as cartilagens da laringe. SEXO FEMININO No sexo feminino, a gonadarca precede a adrenarca. ➭ Assim, primeiro sinal visível da puberdade e marco do Estádio 2 é o aparecimento dos brotos mamários (telarca) entre os 8 e os 12 anos de idade ➭ Uma minoria de meninas desenvolve pelo pubiano (pubarca) antes da telarca. ➭ pêlos púbicos (pubarca) e axilares, e posteriormente da menarca ➭ Mudanças menos visíveis incluem o aumento dos ovários, do útero, dos lábios vulvares e do clitóris e o espessamento do endométrio e da mucosa vaginal. ➭ Um corrimento vaginal transparente pode estar presente antes da menarca (leucorreia fisiológica). ➭ A menstruação tipicamente começa 2,5 anos após o início da puberdade, durante os Estádios 3-4 (idade média: 12,5 anos; faixa normal: 9-15 anos). - O momento da menarca é determinado em grande parte pela genética, mas provavelmente também pelos seguintes fatores: adiposidade, doenças crônicas, estado nutricional e ambiente psicossocial. - Os ciclos menstruais iniciais são anovulatórios e, portanto, um tanto irregulares, (também mais prolongados, por causa do inadequado desenvolvimento folicular mas normalmente ocorrem a cada 21-45 dias e incluem de 3-7 dias de sangramento. Os primeiros ciclos menstruais costumam ser irregulares, anovulatórios e mais prolongados, por causa do inadequado desenvolvimento folicular. - Após 12 a 18 meses de vida ginecológica, costumam surgir os ciclos menstruais ovulatórios, que representam o resultado de interações do hipotálamo, hipófise, ovários e trato genital. - Esses ciclos dividem-se em 2 fases: folicular ou proliferativa e luteínica ou secretória. - É descrito que fatores estressores podem favorecer a ovulação mais precoce. Entre a telarca e a menarca, geralmente ocorre um intervalo médio de 2 a 5 anos. Quase 25% das afro-americanas e 10% das adolescentes brancas iniciam o desenvolvimento das mamas por volta dos 7 anos de idade. Parece também estar havendo uma tendência em direção a idades decrescentes para o início do desenvolvimento de pelos pubianos e da menarca. Pesquisas mostram um declínio de 4,9 meses na idade média da menarca entre 1960 e 2002. As mudanças no momento da menarca dentro dos grupos étnicos, entretanto, foram acentuadamente menores. DESENVOLVIMENTO PUBERAL FEMININO M1: Fase pré-adolescência (elevação das papilas) P1: Fase pré-adolescência I (não há pelugem) M2: Mamas em fase de botão (elevação da mama e aréola como pequeno montículo) . 8-13 anos P2: Presença de pêlos longos, macios, ligeiramente pigmentados, ao longo dos grandes lábios . 9-14 anos M3: Maior aumento da mama, sem separação dos contornos. 10-14 anos P3: Pêlos mais escuros, ásperos, sobre o púbis. 10-14 ½ anos M4: Projeção da aréola e das papilas para formar montículo secundário por cima da mama. 11-15 anos P4: Pelugem do tipo adulto, mas a área coberta é consideravelmente menor que no adulto. 11-15 anos M5:Fase adulta, com saliência somente das papilas. P5: Pelugem tipo adulto, cobrindo todo o púbis e a virilha. 12-16 ½ anos. DESENVOLVIMENTO PUBERAL MASCULINO G1: Pró-adolescência (infantil) P1: Fase pré-adolescência (não há pelugem) G2: Aumento do escroto e dos testículos, sem aumento do pênis. 9 ½ - 13 ½ anos P2: Presença de pêlos longos, macios , ligeiramente pigmentados, na base do pênis. 11-15 ½ anos G3: Ocorre também aumento do pênis, inicialmente em toda a su a extensão. 10 ½ -15 anos P3: Pêlos mais escuros , ásperos, sobre o púbis. 11 ¾ - 16 anos G4: Aumento do diâmetro do pênis e da glande, crescimento dos testículos e escroto, cuja pele escurece 11 ½ -16 anos P4: Pelugem do tipo adulto, ma s a área coberta é consideravelmente menor que no adulto. 12-16 anos G5: Tipo adulto. 12 ½ - 17 anos P5: Tipo adulto, extendendo-se até a face interna das coxas. 13-17 anos Fontes: - fisiologia Guyton - Tanner meninos https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2016/10/EstgioPuberal.Tanner-Meninos.pdf - Tanner meninas: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2016/10/EstgioPuberal.Tanner-Meninas.pdfhttps://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2016/10/EstgioPuberal.Tanner-Meninos.pdf https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2016/10/EstgioPuberal.Tanner-Meninas.pdf
Compartilhar