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Puberdade: Mudanças Corporais e Psicossociais

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AM����EC����TO ���M��A� N� ���ER����
A adolescência é um período da vida humana cuja caracterização se dá pelas marcantes mudanças corporais da puberdade,
acompanhadas pelas mudanças na esfera psicossocial.
O crescimento e o desenvolvimento durante a fase puberal ocorrem com uma velocidade muito grande,
● As modificações corporais consequentes acontecem paralelas a outras modificações na personalidade, na
socialização, nas motivações e nos interesses, que, dessa forma, não podem ser analisados separadamente.
● É nessa fase que os distúrbios alimentares e o uso de esteróides anabolizantes surgem com maior frequência, na
busca do controle pelas mudanças e de uma imagem corporal que se aproxime da idealizada.
● O crescimento estatural depende do crescimento linear dos ossos longos, principalmente na cartilagem de
crescimento, e é controlado por diversos hormônios.
● Durante a adolescência, embora os hormônios desempenhem papéis individuais, a interação entre os hormônios
gonadais e adrenais com o hormônio de crescimento torna-se essencial para o estirão de crescimento normal e
para a maturação sexuaL
PUBERDADE
● A puberdade é uma fase do desenvolvimento que prepara o ser humano para a maturação sexual e a reprodução.
● Define-se que, fisiologicamente, pode ter início entre 8 e 13 anos nas meninas, e entre 9 e 14 anos nos meninos.
● Caracteriza-se por uma seqüência de transformações biológicas determinadas pela ação do eixo
hipotálamo-hipófise-supra-renais-gonadal, e que culmina no aumento da velocidade de crescimento (estirão
pubertário) e no surgimento das características sexuais secundárias, com conseqüentes mudanças na esfera
psicossocial dos indivíduos
As transformações da puberdade incluem
● o aparecimento de características sexuais secundárias,
● aumento em altura, mudança na composição corporal e
● desenvolvimento da capacidade reprodutiva
A puberdade é caracterizada pelo aumento da amplitude dos pulsos de secreção de hormônio luteinizante (LH) e
folículo-estimulante (FSH), detectáveis já antes que os sinais externos da puberdade sejam evidentes. A elevação desses
hormônios promove o desenvolvimento das características sexuais secundárias e da composição corporal, que ocorrem
nessa fase.
Sob a influência do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), a glândula hipófise secreta o hormônio luteinizante e o
hormônio folículo-estimulante.
- Inicialmente isto ocorre de uma forma pulsátil, principalmente durante o sono, mas esta variação diurna
diminui ao longo da puberdade.
- O hormônio luteinizante e o hormônio folículo-estimulante estimulam aumentos correspondentes de
andrógenos e estrógenos gonadais.
- A leptina é o possível gatilho para estas alterações (ativação puberal do eixo hipotálamo-glândula
pituitária/hipófise). Suas altas concentrações estão associadas ao aumento da gordura corporal e ao início precoce
da puberdade.
FISIOLOGIA DA PUBERDADE
No estágio pré-púbere (entre a primeira infância e +- 8 a 9 anos), o eixo hipotalâmico-hipófise está quiescente. →
● Supressão do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal por mecanismos ainda não bem esclarecidos, ou seja, a secreção
de gonadotrofinas está sob controle do tipo feedback negativo, exercido pelos esteróides gonadais.
● obs.: de onde vem o hormônio do crescimento (GH)
LH → baixos valores séricos de LH durante o sono tornam-se demonstráveis em 1 a 3 anos antes do início da puberdade.
● Esta secreção ocorre de forma pulsátil e reflete descargas episódicas endógenas de hormônio liberador de
gonadotropinas hipotalâmico (GnRH).
● Pulsos noturnos de LH continuam a aumentar em amplitude e, em menor extensão, em frequência conforme
chega a puberdade clínica.
● Esta secreção pulsátil de gonadotropinas é responsável pelo aumento e maturação das gônadas e secreção de
hormônios sexuais.
● No meio da puberdade, os pulsos de LH se tornam evidentes, mesmo durante o dia e ocorrem aproximadamente
em intervalos de 90 a 120 minutos.
A secreção crescente de GnRH hipotalâmico de forma pulsátil é a base do início do desenvolvimento puberal.
● O “pulso gerador de GnRH” é regulado por diversos neuropeptídeos, incluindo ácido glutâmico, kisspeptina e
neurocinina-B (estimulatórios) e ácido γ- aminobutírico, pré-pró-encefalina e dinorfina (inibitórios).
● também é regulada por fatores produzidos pelas células gliais, como o fator transformador de crescimento α.
● Mutações com perda de função do gene KISS1 R – também conhecido como GPR54 – (o gene que codifica um
receptor acoplado à proteína G cujo ligante é a kisspeptina) causam uma forma autossômica recessiva de
hipogonadismo hipogonadotrópico, enquanto mutações com ganho de função do gene estão associadas à
puberdade precoce.
● O aumento da sinalização do fator transformador de crescimento α está associado à ocorrência de puberdade
precoce central em pacientes com hamartoma hipotalâmico.
A idade de início da puberdade varia e está mais precisamente correlacionada com a maturação óssea do que com a idade
cronológica
Os eventos hormonais da puberdade resultam de um processo de maturação cerebral, que envolve a região basal
extramedial do hipotálamo, a hipófise, as gônadas e os órgãos-alvo dos esteróides gonadais
COMO COMEÇA E ESTÍMULOS PARA O EIXO
O processo pubertário inicia-se na vida intra-uterina com a diferenciação sexual e a produção dos esteróides sexuais.
● Nos lactentes, provavelmente em razão da imaturidade dos tratos inibitórios do SNC, os níveis séricos de LH e FSH
são altos e mais elevados no sexo feminino, começando a declinar no final da lactância e permanecendo baixos por
todo o período pré-puberal até o início da puberdade.
Na fase puberal, ocorrem 3 eventos principais:
● Adrenarca (aumento da secreção dos andrógenos suprarenais),
○ Geralmente, ocorre entre 6 e 8 anos e é controlado pelo ACTH E independente do eixo
hipotálamo-hipófise-gonadal.
○ Aumento progressivo de andrógenos suprarrenais o DHEA, e principalmente sua forma sulfatada, o
DHEAS (sulfato de dehidroepiandrosterona), responsável pelo odor das axilas, pelos pubianos e pela acne
○ bromidrose axilar (mau odor nas axilas) e aparecimentos de pelos púbicos finos (adrenarca).
○ Conhecida popularmente como "hormônio da juventude", a dehidroepiandrosterona (DHEA) e a sua
forma sulfatada, o sulfato de dehidroepiandrosterona (DHEA-S), são os esteroides mais abundantes na
nossa circulação. São produzidos nas adrenais e gonadas masc e feminino. No entanto, sua produção
natural entra em declínio a partir dos 20 anos de idade, após atingir o nível máximo de concentração.
● Ativação ou desinibição dos neurônios hipotalâmicos secretores de LHRH/GnRH (aumento das gonadotrofinas
hipofisárias) libera LH e FSH, atuando nas gônadas, início da gonadarca
● Gonadarca (aumento dos esteróides sexuais produzidos pelos testículos e ovários)
Durante o período pré-puberal, existe uma supressão do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal por mecanismos ainda não bem
esclarecidos, ou seja, a secreção de gonadotrofinas está sob controle do tipo feedback negativo, exercido pelos esteróides
gonadais.
- Hipoteticamente, admite-se a presença de um sensor hipotalâmico (gonadostato) que se mostra sensível ao efeito
supressivo dos esteróides gonadais.
- Acredita-se que, além desse efeito inibidor, existam outros mecanismos inibitórios mediados pelo SNC, ainda não
conhecidos.
O início da puberdade é marcado pela redução da sensibilidade do gonadostato aos esteróides gonadais.
Admite-se que a elevação dos andrógenos supra-renais contribua para a redução da sensibilidade do gonadostato, o que
favorece o aumento da freqüência e da amplitude dos pulsos do LHRH noturnos e posterior secreção pulsátil de LH.
Nos últimos anos, estudos realizados com ratos têm sugerido que a leptina, secretada pelas células adiposas e cujos
receptores estão expressos no hipotálamo e nos ovários, estimula o pulso gerador de LHRH, além de garantir a reserva
calórica e o conteúdo de gordura corpórea.
O avanço das técnicas laboratoriais permitiuo reconhecimento da existência de formas isoméricas das gonadotrofinas.
Durante a puberdade, existe um aumento significativo das frações B-FSH e B-LH, com maior potência bioativa, ou seja,
maior capacidade de indução da síntese dos esteróides gonadais. A fração BLH parece ser a gonadotrofina que mais se
correlaciona com as mudanças somáticas puberais.
Os esteróides gonadais determinam o aumento da secreção de GH e IGF-1, os quais têm ação direta sobre a cartilagem,
estimulando a síntese de fatores locais que contribuem para a maturação dos condrócitos e osteoblastos.
O estrógeno parece ter uma importância maior do que a testosterona no processo de maturação epifisária e na
incorporação de massa óssea. No homem, cerca de 75% do estradiol é produto da aromatização extracelular e o restante é
produzido nas células de Leydig.
Nas mulheres, os ovários são responsáveis por cerca de 90% da produção, enquanto 10% provêm da conversão
extraglandular, da testosterona e da androstenodiona.
Outros hormônios, como os da tireóide, a prolactina, a melatonina, a inibina e a ativina, também participam do processo
pubertário.
● A tiroxina influencia na síntese e na secreção de GH e tem ação permissiva sobre o crescimento ósseo.
● A inibina, produzida nas células de Sertoli (testículos) e nas células da granulosa (ovários), exerce ação de
retroalimentação negativa sobre a secreção do FSH hipofisário,
● enquanto a ativina estimula a biossíntese e a secreção da fração B-FSH.
SISTEMA HORMONAL FEMINiNO
Consiste em 3 hierarquias de hormônios:
1. Hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) – liberação hipotalâmica;
2. FSH e LH – secretados pela hipófise anterior em resposta à liberação de GnRH.
3. Estrógeno e progesterona – secretados pelos ovários em resposta aos hormônios hipofisários sexuais anteriores.
São secretados com intensidades drasticamente diferentes, durante as diferentes partes do sexual feminino mensal.
Enquanto a quantidade de GnRH aumenta e diminui de modo menos drástico durante esse ciclo (pulsos curtos de 1 x a cada
90 min,como nos meninos).
FUNÇÃO DOS HORMÔNIOS GONADOTRÓPICOS
Ciclo sexual feminino – padrão rítmico de variações mensais da secreção dos hormônios femininos, com correspondentes
alterações ovarianas e nos outros órgãos sexuais durante os anos reprodutivos da mulher.
Dura em média 28 dias. Resultados significativos desse ciclo:
1. Apenas um só óvulo, em condições normais, é liberado a cada mês;
2. Preparação antecipatória do endométrio uterino para a implantação do óvulo fertilizado;
Efeitos nos ovários
As mudanças ovarianas que ocorrem durante o ciclo sexual dependem inteiramente do aumento e diminuição cíclicos de
FSH e LH.
Em sua ausência, os ovários permanecem inativos, como ocorre durante toda a infância, quando quase nenhum hormônio
gonadotrópico é secretado.
Entre 9 e 12 anos de idade, a hipófise começa a secretá-los progressivamente mais, iniciando os ciclos sexuais mensais
normais, entre 11 e 15 anos de idade (puberdade).
Estimulam suas células-alvo ovarianas ao se combinarem com seus receptores específicos de LH e FSH, os quais ativados
aumentam a secreção dessas, seu crescimento e proliferação.
FUNÇÕES DOS HORMÔNIOS OVARIANOS
Estrogênios promovem essencialmente a proliferação e o crescimento de células específicas no corpo, responsáveis pelo
desenvolvimento da maioria das características sexuais secundárias da mulher.
● Podem ser secretados, na mulher, pelos ovários, córtex adrenal e pela placenta;
● Apenas 3 estão presentes em quantidades significativas no plasma feminino: β-estradiol (principal), estrona e
estriol.
Progestinas atuam basicamente preparando o útero para a gravidez e as mamas para lactação.
● Tipos secretados: progesterona (principal) e 17-α-hidroxiprogesterona;
● Podem ser secretadas pelo corpo lúteo e pela placenta.
ATENÇÃO! Estrógenos e progesteronas exercem tanto efeitos de feedback positivo quanto negativo na hipófise anterior e no
hipotálamo, dependendo do estágio do ciclo ovariano.
Efeitos dos estrogênios sobre as características sexuais femininas primárias e secundárias
Útero e órgãos sexuais externos – aumentam de tamanho por 20 vezes ou mais na puberdade.
● Monte pubiano e grandes lábios – Depósito de gordura;
● Vagina – Alteração do epitélio de cuboide para estratificado – resistente a traumas e infecções (*TTO de infecções
vaginais em crianças com estrogênios);
● Endométrio – Proliferação e desenvolvimento de glândulas endometriais (nutrição posterior de óvulo implantado);
● Tubas uterinas – Proliferação do tecido glandular e de células epiteliais ciliadas e intensificação da atividade ciliar
Mamas – iniciam o seu crescimento e do aparato produtor de leite e são responsáveis pela aparência externa característicos
da mama feminina adulta, mas não finalizam a tarefa de convertê-las em órgãos produtores de leite.
● Desenvolvimento dos tecidos estromais;
● Crescimento de vasto sistema de ductos;
● Depósito de gordura.
Esqueleto – inibem a atividade osteoclástica nos ossos e estimulam o crescimento ósseo, levando ao crescimento em altura
rápido na puberdade. Causam a união das epífises com a haste dos ossos longos, cessando o crescimento da mulher anos
antes do crescimento do homem (*eunuquismo – ausência congênita dos ovários).
OBS: Depois da menopausa, a deficiência de estrógeno pode levar a osteoporose, devido a:
● Maior atividade osteoclástica,
● Diminuição da matriz óssea; e
● Menos depósito de cálcio e fosfato ósseos
Depósito de proteínas – causam leve aumento da proteína corporal total, resultante do seu efeito promotor do crescimento
sobre os órgãos sexuais, ossos e alguns poucos tecidos do corpo.
Metabolismo corporal e depósito de gordura – aumentam ligeiramente o metabolismo de todo o corpo e o depósito de
quantidades maiores de gordura nos tecidos subcutâneos e nas coxas e glúteos, característico da aparência feminina.
OBS: a distribuição de pelos nas axilas e na região pubiana após a puberdade na mulher é afetada pelos andrógenos
liberados pelo córtex adrenal, em detrimento do efeito estrogênico.
Pele – induzem a desenvoltura de textura macia e lisa e maior vascularização.
Balanço eletrolítico – causam retenção de sódio e água nos túbulos renais devido à semelhança química entre hormônios
estrogênicos e adrenocorticais (*maior significância no período gestacional).
Funções da progesterona
Útero – (1) promove alterações secretórias no endométrio, durante a última metade do ciclo sexual mensal; (2) diminui a
frequência e intensidade das contrações uterinas, evitando a expulsão do óvulo implantado.
Tubas uterinas – promove maior secreção pela sua mucosa para nutrir o óvulo fertilizado em divisão em direção à cavidade
uterina.
Mamas - promove o desenvolvimento dos lóbulos e alvéolos das mamas, fazendo com que se proliferem, aumentem e
adquiram natureza secretora.
OS HORMÔNIOS MASCULINOS
Os testículos secretam muitos hormônios sexuais masculinos, chamados androgênios. Inclui Testosterona,
di-hidrotestosterona e androstenediona.
- androgênios significa qualquer hotmônio esteroide que tenha efeito masculinizante. Pode ser produzido em outras
partes do corpo fora testículos
TESTOSTERONA NA PUBERDADE:
A testosterona é mais abundante do que os outros, às vezes considerado o mais importante, embora já nos tecidos, a
maioria da testosterona seja por fim convertida no hormônio mais ativo, a di-hidrotestosterona.
- A testosterona é produzida pelas Células intersticiais de Leydig, quando estimuladas pelo LH.
- Testosterona controla a secreção de GnRH por feedback negativo. Ou seja, libera menos LH e reduz a secreção de
testosterona para níveis adequados. Pouca testosterona tem efeito contrário.
- FSH se liga aos receptores das Células de Sertoli, que crescem e secretam substâncias espermatogênicas.
Testosterona também tem efeito na espermatogênese.
funções
- características que diferenciam o corpo masculino
- Aumento de tamanho do pênis, saco escrotal e testículos em8 vezes antes dos 20 anos
- desenvolvimento de características sexuais secundárias masculinas, começando na puberdade e terminando na
maturidade.
- Crescimento de pelos sobre o púbis, para cima ao longo da linha alba do abdome, na face, no tórax e menos
frequentemente em outras regiões, como nas costas + aumento em abundância.
- Reduz o crescimento de cabelos no topo da cabeça, predispondo à calvície (mas depende também do fator
genético).
- Produz hipertrofia da mucosa laríngea e alargamento da laringe levando a uma voz inicialmente “rachada”, que
gradualmente forma uma voz masculina típica de adulto.
- Aumenta espessura da pele e rigidez de tecidos subcutâneos, e secreção de glândulas sebáceas. Se excessiva, pode
resultar em acne
- Aumenta a formação de proteínas e o desenvolvimento muscular– por isso, utiliza-se androgênios sintéticos em
atletas e em idosos (aumentar força muscular e vigor).
- Aumenta a matriz óssea e induz retenção de Ca – ossos crescem mais espessos e depositam grandes quantidades
adicionais de sais de cálcio, em resposta ao anabolismo proteico.
- Efeito específico sobre a pelve para aumentar o suporte de pesos – estreita a passagem pélvica, alonga, afunila e
aumenta a força.
C�I�ÉRI�� �� TA���R
Escala de estadiamento da maturidade sexual (EMS) (variando de 1, pré-adolescente, para 5, maturidade sexual), ou
estádios de Tanner para descrever cronologia do desenvolvimento das características sexuais secundárias.
Leva-se em conta, no sexo feminino, o desenvolvimento mamário e a quantidade dos pêlos púbicos e, no sexo masculino, o
aspecto dos órgãos genitais e a distribuição dos pêlos púbicos
A faixa de progresso normal da maturação sexual é ampla e afetada pela genética, pelo ambiente psicossocial, pela nutrição
e pelo estado geral de saúde. As exposições ambientais podem também desempenhar algum papel.
No SEXO MASCULINO
Ocorrem mudanças nos testículos e pênis ao longo dos 5 estágios
➭ sinal visível da puberdade e marco do Estágio 2 → aumento testicular, 10,9 anos, podendo variar dos 9 aos 14 anos
➭ seguido do surgimento dos pêlos púbicos, em torno dos 11,9 anos,
➭ Estágio 3 → aumento do comprimento do pênis; O esperma pode ser encontrado na urina; emissões noturnas podem
também ser observadas neste momento.
➭ Estágio 4 → pico do crescimento estatural quando os volumes testiculares alcançam aproximadamente 9-10 cm3
➭ Sob a influência do hormônio luteinizante e da testosterona ocorrem aumentos dos túbulos seminíferos, do epidídimo,
das vesículas seminais e da próstata.
O volume testicular pode ser medido com o orquidômetro de Prader, no qual valores superiores ou iguais a 4 mL indicam o
início do desenvolvimento puberal.
A primeira ejaculação (espermarca) ocorre quando o volume testicular está em torno de 10 a 12 mL, em média. Os
primeiros sêmens ejaculados costumam ser desprovidos ou ter baixa concentração de espermatozóides. Após 12 a 24
meses, atinge-se o padrão do homem adulto.
➭ Ginecomastia puberal
Algum grau de crescimento do tecido da mama ocorre em 40-65% dos meninos entre 12 e 14 anos e após início da
puberdade (durante os Estádios 2-3), como consequência de um excesso relativo de estimulação estrogênica. Isto
geralmente desaparece ao longo do processo da maturação.
A regressão torna-se improvável se o diâmetro da glândula ultrapassa 5 cm, sendo importante questionar a possibilidade de
doenças crônicas ocultas e o uso de drogas, como esteróides anabolizantes, isoniazida, captopril, cetoconazol, cimetidina,
digitoxina, GH, estrógeno, diazepam, antidepressivo tricíclico, haloperidol e fenotiazida.
O aparecimento de pêlos axilares e faciais costuma ser a manifestação mais tardia, ocorrendo por volta dos 12,9 e 14,5
anos, respectivamente.
● A pilificação facial inicia-se nos cantos do lábio superior e na região lateral superior da face, e geralmente surge no
estádio 3 dos pêlos púbicos.
A mudança no timbre da voz coincide com o estádio 5 de pêlos púbicos e representa uma ação da testosterona sobre as
cartilagens da laringe.
SEXO FEMININO
No sexo feminino, a gonadarca precede a adrenarca.
➭ Assim, primeiro sinal visível da puberdade e marco do Estádio 2 é o aparecimento dos brotos mamários (telarca) entre os
8 e os 12 anos de idade
➭ Uma minoria de meninas desenvolve pelo pubiano (pubarca) antes da telarca.
➭ pêlos púbicos (pubarca) e axilares, e posteriormente da menarca
➭ Mudanças menos visíveis incluem o aumento dos ovários, do útero, dos lábios vulvares e do clitóris e o espessamento do
endométrio e da mucosa vaginal.
➭ Um corrimento vaginal transparente pode estar presente antes da menarca (leucorreia fisiológica).
➭ A menstruação tipicamente começa 2,5 anos após o início da puberdade, durante os Estádios 3-4 (idade média: 12,5
anos; faixa normal: 9-15 anos).
- O momento da menarca é determinado em grande parte pela genética, mas provavelmente também pelos
seguintes fatores: adiposidade, doenças crônicas, estado nutricional e ambiente psicossocial.
- Os ciclos menstruais iniciais são anovulatórios e, portanto, um tanto irregulares, (também mais prolongados, por
causa do inadequado desenvolvimento folicular mas normalmente ocorrem a cada 21-45 dias e incluem de 3-7 dias
de sangramento.
Os primeiros ciclos menstruais costumam ser irregulares, anovulatórios e mais prolongados, por causa do inadequado
desenvolvimento folicular.
- Após 12 a 18 meses de vida ginecológica, costumam surgir os ciclos menstruais ovulatórios, que representam o
resultado de interações do hipotálamo, hipófise, ovários e trato genital.
- Esses ciclos dividem-se em 2 fases: folicular ou proliferativa e luteínica ou secretória.
- É descrito que fatores estressores podem favorecer a ovulação mais precoce.
Entre a telarca e a menarca, geralmente ocorre um intervalo médio de 2 a 5 anos.
Quase 25% das afro-americanas e 10% das adolescentes brancas iniciam o desenvolvimento das mamas por volta dos 7
anos de idade. Parece também estar havendo uma tendência em direção a idades decrescentes para o início do
desenvolvimento de pelos pubianos e da menarca.
Pesquisas mostram um declínio de 4,9 meses na idade média da menarca entre 1960 e 2002. As mudanças no momento da
menarca dentro dos grupos étnicos, entretanto, foram acentuadamente menores.
DESENVOLVIMENTO PUBERAL FEMININO
M1: Fase pré-adolescência (elevação das papilas) P1: Fase pré-adolescência I (não há pelugem)
M2: Mamas em fase de botão (elevação da mama e aréola
como pequeno montículo) . 8-13 anos
P2: Presença de pêlos longos, macios, ligeiramente
pigmentados, ao longo dos grandes lábios . 9-14 anos
M3: Maior aumento da mama, sem separação dos
contornos. 10-14 anos
P3: Pêlos mais escuros, ásperos, sobre o púbis. 10-14 ½
anos
M4: Projeção da aréola e das papilas para formar
montículo secundário por cima da mama. 11-15 anos
P4: Pelugem do tipo adulto, mas a área coberta é
consideravelmente menor que no adulto. 11-15 anos
M5:Fase adulta, com saliência somente das papilas. P5: Pelugem tipo adulto, cobrindo todo o púbis e a virilha.
12-16 ½ anos.
DESENVOLVIMENTO PUBERAL MASCULINO
G1: Pró-adolescência (infantil) P1: Fase pré-adolescência (não há pelugem)
G2: Aumento do escroto e dos testículos, sem aumento do
pênis. 9 ½ - 13 ½ anos
P2: Presença de pêlos longos, macios , ligeiramente
pigmentados, na base do pênis. 11-15 ½ anos
G3: Ocorre também aumento do pênis, inicialmente em
toda a su a extensão. 10 ½ -15 anos
P3: Pêlos mais escuros , ásperos, sobre o púbis. 11 ¾ - 16
anos
G4: Aumento do diâmetro do pênis e da glande,
crescimento dos testículos e escroto, cuja pele escurece 11
½ -16 anos
P4: Pelugem do tipo adulto, ma s a área coberta é
consideravelmente menor que no adulto. 12-16 anos
G5: Tipo adulto. 12 ½ - 17 anos P5: Tipo adulto, extendendo-se até a face interna das
coxas. 13-17 anos
Fontes:
- fisiologia Guyton
- Tanner meninos https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2016/10/EstgioPuberal.Tanner-Meninos.pdf
- Tanner meninas: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2016/10/EstgioPuberal.Tanner-Meninas.pdfhttps://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2016/10/EstgioPuberal.Tanner-Meninos.pdf
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2016/10/EstgioPuberal.Tanner-Meninas.pdf

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