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Fármacos usados no tratamento da Angina Pectoris UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI Campus de Divinópolis Professor: Carlos A C Dias Junior Graduação em Farmácia – 6º Período Farmacologia Clínica I • Entender como os fármacos usadas no tratamento da Angina Pectoris (Antianginosos) produzem os seus efeitos farmacológicos. Objetivo: • Importância da Angina Pectoris no Brasil • Revisão da Fisiopatologia da Angina Pectoris • Mecanismo de Ação dos Principais Fármacos • Classificação, Vantagens e Desvantagens • Conclusão Sumário : O que é a Angina Pectoris ? “Distúrbio marcado por desconforto subesternal compressivo e pesado (pressão no peito)” Médico Britânico William Heberden , 1772 Importância da Angina Pectoris no Brasil Representou um custo global para o governo federal de R$ 2 bilhões Arq Bras Cardiol, 2006 É uma das principais causas de Hospitalização no Brasil, 800.000 pessoas (2000-2004) conforme o sexo e a idade Arq Bras Cardiol, 2004 Incidência eleva-se de 5/1000 pacientes abaixo dos 45 anos de idade para 30/1000 após 65 anos, sendo mais freqüente em homens Incidência da Angina Pectoris Nº casos por 1000 pacientes Anos de Idade Homens Mulheres Fluxo sanguíneo coronariano é responsável pelo suprimento de oxigênio ao miocárdio Em condições fisiológicas há um equilíbrio entre o a oferta e o consumo de oxigênio. No entanto, ... Artéria Coronária Direita Ramo Circunflexo esquerdo Artéria Coronária Esquerda Ramo Esquerdo Descendente Consumo de O2 Oferta de O2 Angina Pectoris é sintoma de episódio da isquemia do miocárdio Rapidamente se desenvolve quando a necessidade miocárdica de O2 ultrapassa a sua oferta Causada pelo desequilíbrio entre... Oferta de O2 Consumo de O2 Freqüência, Contratilidade e Pressão VE Fluxo Sanguíneo Coronariano Classificação Clínica da Angina Pectoris New York Heart Association, 1998 I – Angina Estável: desaparece com a interrupção do esforço físico II – Angina Instável: pode ocorrer em repouso ou com mínimo esforço físico III – Angina Variante: episódio repetitivos ou intermitentes em repouso e nas horas iniciais da manhã Conforme a ocorrência dos episódios isquêmicos Principais Causas da Angina Pectoris SBC - Soc Bras Cardiologia, 2005 Sendo o sintoma básico da cardiopatia isquêmica crônica provocada por % 65 Estenose Aterosclerótica da Coronária 50 Hipertensão Arterial Estenose Aórtica 75 Hipertrofia do Miocárdio Fatores fisiopatológicos distintos responsáveis pela Cardiopatia isquemia crônica (Angina Pectoris) Estenose Aterosclerótica Estenose Aórtica Hipertensão Arterial São fatores fisiopatológicos distintos passíveis de intervenção farmacológica Hipertrofia do miocárdio Redução da Oferta de O2 Aumento do Consumo de O2 Estenose aterosclerótica coronariana é processo progressivo Lesão da camada íntima secundária à formação da placa de ateroma Normal Ruptura Aumento espessura da Placa Diâmetro da coronária Episódios de Angina Intervenções Farmacológicas Oferta de O2 Conforme o fator fisiopatológico envolvido = Consumo de O2 Contratilidade Frequência Pressão VE Fluxo Coronariano Diástole VE Estenose Aterosclerótica coronária Hipertrofia do Miocárdio Fármacos Antianginosos Visam melhorar o desequilíbrio entre... Oferta de O2 = Consumo de O2 Contratilidade Frequência Pressão VE Fluxo Coronariano Diástole VE Dilatação Coronária Redução Trabalho Intervenções Farmacológicas na Angina Pectoris Classes de drogas que constituem a Terapia Antianginosa - Vasodilatadores Nitratos orgânicos Antagonistas dos canis de Ca2+ - Antagonistas dos receptores β-adrenérgicos - Anti-coagulantes - Inibidores da síntese de colesterol Como os Antianginosos produzem seus efeitos farmacológicos ? Intervenções Farmacológicas na Angina Pectoris - Vasodilatadores Nitratos orgânicos Antagonistas dos canis de Ca2+ - Antagonistas dos receptores β-adrenérgicos - Inibidores da síntese de colesterol - Anti-coagulantes Nitratos Orgânicos Nitrito de amila Trinitrito de gliceril (Nitroglicerina) Dinitrito de isossorbida São conhecidos também como nitrovasodilatadores sendo estes efeitos causados pelo óxido nítrico (NO) NO2 NO Mecanismo de Ação dos Nitrovasodilatadores NOSeativa L-arginina NO + citrulina Endotélio Músculo Liso Vascular sGCativada sGC GTP Relaxamento Kinase-GMPc Ca++ GMPc Nitrovasodilatadores NO Promovendo a vasodilatação Nitrovasodilatadores são utilizados logo após os episódios de Angina Pectoris Aliviam o desconforto imediatamente após a administração sublingual Antes Após Colateral Área Isquêmica Área Isquêmica Área Não-Isquêmica Tônus Normal Tônus Dilatado Ateroma Colateral Nitroglicerina tem tendência em promover dilatação coronária Heart, 1998 Angina estável Angina Instável 85% dos pacientes de ambos grupos relataram alivio do sintoma da Angina Pacientes foram submetidos ao exame de angiografia (Diâmetro da Coronária) Vasodilatadores (Nitroglicerina) dilatam artérias e veias Reduzindo o trabalho cardíaco (consumo de O2) AE VE Aorta AD VD Artéria Pulmonar Veia Pulmonar Perfusão Pulmonar Perfusão Sistêmica Perfusão Cerebral Veias Capacitância Resistência Pré-carga Pós-carga Uso contínuo de Nitroglicerina reduziu os episódios de Angina Diltiazem (Antagonista dos canis de Ca2+) revelou vantagem em reduzir os episódios comparado a Nitroglicerina Eur Heart J, 2001 Nitroglicerina Diltiazem Probabilidade de Sobrevida livre de episódios de Angina Durante 1 ano Intervenções Farmacológicas na Angina Pectoris - Vasodilatadores Nitratos orgânicos Antagonistas dos canis de Ca2+ - Antagonistas dos receptores β-adrenérgicos - Inibidores da síntese de colesterol - Anti-coagulantes Antagonistas dos canis de Ca2+ possuem estruturas químicas distintas Diltiazem Verapamil Nifedipina Melhoram a oferta de O2 e reduzem o Trabalho (diminuindo também o consumo de O2) Efeitos dos Antagonistas dos canis de Ca2+ AE VE Aorta AD VD Artéria Pulmonar Veia Pulmonar Perfusão Pulmonar Perfusão Sistêmica Perfusão Cerebral Veias Capacitância Resistência Pré-carga Pós-carga Contratilidade Cardíaca Dilatação Coronária Bloqueadores dos canais de Cálcio impedem a entrada de Ca2+ para o interior da célula Mecanismo de Ação Antagonistas dos canis de Ca2+ Contração Actina Miosina Calmodulina Ca2+-Calmodulina RS Canal Ca2+ regulado por Ligante Canal Ca2+ Tipo L Ca2+ Músculo Liso Vascular Reduzem a concentração de Ca2+ intracelular Diltiazem Nifedipina Verapamil Contração Actina Miosina Calmodulina Ca2+-Calmodulina RS Canal Ca2+ regulado por Ligante Canal Ca2+ Tipo L Ca2+ Músculo Liso Vascular Mecanismo de Ação Antagonistas dos canis de Ca2+ Músculo Cardíaco Mecanismo de Ação Antagonistas dos canis de Ca2+ Canal Ca2+ Tipo L RS Contração Troponina Ca2+-Troponina Condução do Potencial de ação Bloqueadores dos canais de Cálcio impedem a tanto entrada de Ca2+ quanto saída Ca2+ do RS Reduzem a concentração de Ca2+ intracelular Diltiazem Nifedipina VerapamilMúsculo Cardíaco Mecanismo de Ação Antagonistas dos canis de Ca2+ Canal Ca2+ Tipo L RS Contração Troponina Ca2+-Troponina Condução do Potencial de ação Uso contínuo do Diltiazem reduziu os episódios de Angina Diltiazem revelou vantagem em reduzir os episódios de Angina comparado a Nitroglicerina Heart, 1997 Número de episódios de Angina /semana Nitroglicerina Diltiazem Intervenções Farmacológicas na Angina Pectoris - Vasodilatadores Nitratos orgânicos Antagonistas dos canis de Ca2+ - Antagonistas dos receptores β-adrenérgicos - Inibidores da síntese de colesterol - Anti-coagulantes Antagonistas dos receptores β-adrenérgicos possuem estruturas químicas semelhantes β não-seletivos Propranool Timolol Metoprolol β1-seletivo: Principais ações deletérias Ativação Simpática Antagonistas dos receptores β reduzem a Frequência e a Força de Contração, diminuindo o Trabalho Trabalho Cardíaco Pressão Arterial Vasoconstrição Retenção Hídrica Frequência e Força de Contração Aldosterona SNA Simpático β1 α1 Consumo de O2 Catecolaminas ativam o receptor β1 do coração β1 α2 Troponina Miofilamentos da Contração Membrana AC AC β-bloqueador Catecolaminas Mecanismo responsável pelo efeito Inotrópico Positivo causado pelas Catecolaminas Ao se ligar ao receptor β1-adrenérgico impede sua ativação (Efeito Inotrópico Negativo) β1 α2 Troponina Miofilamentos da Contração Membrana AC AC Catecolaminas Propranolol / Metoprolol Bloqueio do receptor β1 no coração impede que as catecolaminas produzam seu efeito Lancet , 1996 Propranolol revelou tendência em reduzir a mortalidade dos pacientes com Angina e Taxa de Mortalidade cumulativa Propranolol não é antagonista seletivo para receptor β1 Placebo Propranolol (40-80mg.v.o x3/dia) Anos após início do estudo que sofreram infarto do miocárdio JCI - J Clin Invest, 2000 Metoprolol melhorou a tolerância ao exercício dos pacientes com Angina Distância percorrida em 6 minutos Após o tratamento com Metoprolol os pacientes percorreram maior distância antes de surgir o episódio de Angina Antes Após 1 mês após 2 doses/dia (v.o.100mg/12h) Am J Cardiol, 2002 Timolol (antagonista β1-seletivo) reduziu a mortalidade dos pacientes Angina após infarto Taxa de Mortalidade cumulativa Meses Timolol aumentou o tempo de sobrevida dos pacientes após terem sofrido infarto do miocárdio (5mg, v.o., 2x/dia) JAMA- J Am Med Association, 2000 Atenolol aumentou a sobrevida dos pacientes com Angina Instável Sobrevida livre de Episódios de Angina (%) Dias após início do estudo Combinação Atenolol e Nifedipina (Antagonista canal Ca2+ revelou vantagem comparada ao uso isolado em reduzir os episódios de angina (5mg, v.o., 2x/dia) Atenolol +Nifedipina Atenolol Nifedipina Intervenções Farmacológicas na Angina Pectoris - Vasodilatadores Nitratos orgânicos Antagonistas dos canis de Ca2+ - Antagonistas dos receptores β-adrenérgicos - Inibidores da síntese de colesterol - Anti-coagulantes Diâmetro da coronária Episódios de Angina Controle Farmacológico dos fatores de risco Inibidores da síntese de colesterol e Anti-coagulantes Evitar a progressão da placa aterosclerótica e atenuar o risco de trombose (infarto) Intervenções Farmacológicas na Angina Pectoris - Vasodilatadores Nitratos orgânicos Antagonistas dos canis de Ca2+ - Antagonistas dos receptores β-adrenérgicos - Inibidores da síntese de colesterol - Anti-coagulantes Inibidores da síntese de colesterol disponíveis para uso clínico são as estatinas Fluvastatina Sinvastatina Atorvastatina Quim. Nova - 2007 Transporte do Colesterol (Endógeno e Exógeno) HMG-CoA redutase Mevalonato Colesterol HDL LDL Eliminação fecal Deposição vascular Síntese Endógena: Exógena - Dieta: Colesterol Colesterol da Dieta Quilomicrons Receptor Q Q Estatinas inibem a síntese de colesterol por meio... Estatinas inibem a HMG-CoA redutase e também HMG-CoA redutase Mevalonato HDL LDL Eliminação fecal Deposição vascular Síntese Endógena: Exógena - Dieta: Colesterol Colesterol da Dieta Quilomicrons Receptor Q Q Estatinas estimulam a captação do colesterol pelo receptores de LDL no hepatócito Valores de Referência dos lipídios Diretrizes Soc Bras Cardiologia, 2002 Sinvastatina reduziu o Colesterol, LDL e TG Arq Bras Cardiologia, 2005 Avaliação mensal das concentrações plasmáticas de lipídios dos pacientes que sofreram infarto 1º 2º 3º 4º Sinvastatina aumentou a sobrevida dos pacientes com Angina Lancet, 1994 Sobrevida (%) Anos após início do estudo Intervenções Farmacológicas na Angina Pectoris - Vasodilatadores Nitratos orgânicos Antagonistas dos canis de Ca2+ - Antagonistas dos receptores β-adrenérgicos - Inibidores da síntese de colesterol - Anti-coagulantes trombolíticos Anti-coagulantes e Trombolíticos disponíveis para uso clínico Anti-coagulantes Heparina (i.v.) Warfarin Aspririna (AAS – ácido acetilsalicílico) Quim. Nova - 2007 Trombolíticos (lise do trombo) Estreptoquinase Uroquinase Apresentam mecanismos de Ação distintos J Bras. Patol Med Lab. - 2003 Cascata de coagulação é um evento que ocorre após a lesão vascular Heparina Tromboxano A2 Serotonina Fator VII PGF2 Fibrinogênio Plasmina Fator VIIa Proteína C Lesão Vascular J Bras. Patol Med Lab. - 2003 Mecanismo de Ação dos Anti-coagulantes e Trombolíticos Tromboxano A2 Serotonina Fator VII PGF2 Fibrinogênio Plasmina Fator VIIa Proteína C Lesão Vascular Estreptoquinase Warfarin Heparina GC GTP PGG2 PGH2 vasodilatação Inibição agregação plaquetária vasoconstrição Indução agregação plaquetária Plaqueta ativada Curr Med Chem. - 2007 Síntese e principais efeitos mediados pelos Prostanóides GC GTP PGG2 PGH2 Plaqueta ativada Curr Med Chem. - 2007 Aspirina Mecanismo de Ação da Aspirina Aspirina Inibe Cicloxigenase (COX) Pacientes que sofrem de Angina e que sofreram infarto do miocárdio Pro-Agregantes Fibrinogênio Fator VII Proteína C Anti-agregante Apresentam maiores níveis de fatores Pró-agregantes e menores de Anti-coagulantes Pacientes com Angina Instável apresentam maiores conc. plasmática de Pró-Agregantes Tromboxano Apresentando maior risco de infarto Serotonina Arq Bras Cardiologia, 2006 Am Heart J, 1992 Mortalidade após o Infarto do miocárdio (%) Pacientes com Angina Instável que sofreram infarto tratados com Heparina (i.v.) Grupo tratado com Heparina apresentou maior mortalidade comparado ao grupo Estreptoquinase Dias após início do estudo Estreptoquinase Heparina Lancet, 1988 Mortalidade após o Infarto do miocárdio Pacientes com Angina Instável que sofreram infarto tratados com Aspirina ou Estreptoquinase Placebo Dias após início do estudo Aspirina ou Estreptoquinase Aspirina + Estreptoquinase Combinação de Aspirina + Estreptoquinase revelou vantagem comparada ao uso isolado Categoria do Fármaco Condição Clínica Posologia (dose mg/ dia) Contra-indicações/ Efeitos Colaterais Nitrato Nitroglicerina Intravenosa quandoos sintomas não alivirarem após 3 comprimidos sub- lingual 5 a 10µg/min – infusão contínua Hipotensão/ Paciente recebendo Sildenafil (Viagra ®) Cefaléia β-bloqueador Metoprolol Esmolol Angina Instável 5mg i.v. (1 a 2 min.) 0,1mg/kg/min i.v. Frequência Cardíaca <60bpm e Perssão Sistólica <90mmHg Bloqueador do canal de cálcio Vários Sintomas não aliviados por Nitrato ou β-bloqueador Edema Pulmonar, Disfunção Ventricular Esquerda Fármacos Anti-anginosos Categoria do Fármaco Posologia (dose mg/kg / dia ou Hora) Anti-coagulante oral AAS – ácido acetilsalicílico Clopidrogrel 162 a 325 mg (inicial) 75 a 162 mg/ 1Xdia 300mg (ataque) 75 mg/ 1Xdia Anti-coagulante Intravenoso Abciximabe Bolus de 0,25mg/kg seguido 0,125µg/kg/min por 12 a 24 horas Heparina (HNF Bolus de 60 a 70 U/kg i.v. (máximo 5.000 U) seguido 12 a 15 U/kg/h (máximo 1.000/h) Fármacos Anti-anginosos Perspectivas Estudos Clínicos comparando a eficácia de novos Fármacos Antianginosos: - Nitratos (Molsidomina – tempo maior de ação) - Antagonistas dos Canais de Ca2+ (Nitrendipina – ausência da hipotensão ortostática) Estes ensaios clínicos estão avaliando os efeitos sobre eventos coronarianos obstrutivos, hipertrofia ventricular e mortalidade. - É uma das mais importantes causas de morte por doença cardiovascular; - Angina é progressiva e se não tratada pode provocar o infarto do miocárdio; - 4 tipos de Fármacos são utilizados no tratamento; - Nitratos são usados logo após o início do sintoma; - A combinação desses Fármacos depende da gravidade e mostrou vantagem; - Trombolíticos devem ser utilizados com cautela em pacientes que já sofreram cirurgia (risco de hemorragia). Conclusão - Goodman & Gilman, A. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 11º ed. Mc Graw Hill, 2006 - Rang, P.H.; Dale, M.M. Farmacologia. 6ª ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2006 - Katzung, B.G., Farmacologia Básica & Clínica. 6ª ed. p.109; - Lullmann, H.; Mohr, K. Farmacologia Texto e Atlas 4ª ed. Art Med , Porto Alegre, 2001 - Harrison Medicina Interna, 15ª ed., McGraw-Hill, Rio de Janeiro. Referências Bibliográficas:
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