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Dialética e Racionalismo na Filosofia de Hegel e Descartes

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O que é a dialética e o idealismo histórico de Hegel
 A “sacada” de Hegel foi desenvolver um pouco mais a dialética. Ele afirmou que uma ideia oposta não é algo que exclusivamente destrói a ideia original. Ao contrário, ela pode criar algo, isto é, uma nova ideia que não seja nem a ideia original, nem ela própria.
Existe, então, uma noção de movimento na dialética. Essa “sacada” do movimento é o que chamamos de noção de progresso na teoria de Hegel. Ele entendia a história como um processo de construção que progredia à medida que novas ideias eram pensadas. Daí a noção de idealismo dialético, ou seja, Hegel pensava que era a partir da dialética de ideias que existia o progresso da humanidade.
O pensamento hegeliano seria a fusão das ideias desde a discussão entre Heráclito e Parmênides até aquele momento.
É por essa razão que a natureza da consciência humana não é segundo Hegel, um simples fruto do acaso. Isso porque a consciência humana se dá pela existência de um intrincado conjunto de teses e antíteses que surgem com uma finalidade. Essa finalidade foi o que Hegel chamou de espírito absoluto.
Hegel tentou, a partir de seu sistema filosófico, transformar o estudo da Filosofia em uma “parada” mais científica. Por conta disso, sofreu inúmeras críticas. No entanto, nenhuma delas ofuscou o brilhantismo de seu trabalho ao nos mostrar que a realidade é o que nosso pensamento conhece a partir de um processo de desenvolvimento histórico.
René Descartes e o Racionalismo
Em sua obra intitulada Meditações, Descartes vai se aventurar nos domínios da Metafísica a fim de comprovar a possibilidade de um conhecimento verdadeiro, ainda que partindo das mais céticas posições.
 “Devemos investigar que tipo de conhecimento a razão humana é capaz de atingir, antes que comecemos a adquirir conhecimento sobre as coisas em particular”.
Para obter sucesso nessa empreitada em busca da verdade, Descarte fez uso de uma ferramenta que chamamos de Dúvida Metódica.
Algumas de suas reflexões a respeito do mundo ganharam bastante notoriedade, dentre as contestações mais famosas temos:
“Como é que eu posso saber que o mundo não passa de uma ilusão?”
“Como eu posso saber se não estou sonhando?”
Essa incerteza vem da ideia de que nós contamos com nossos sentidos para conhecer o mundo. Ora, esses sentidos podem nos enganar. Logo, não posso confiar em meus sentidos. Essa alegação é fundamental para entendermos o Racionalismo Cartesiano, uma vez que ele faz frente ao Empirismo.
O Empirismo é a corrente filosófica que se baseia nos sentidos (na observação do mundo por meio deles) para conhecer o mundo. Todavia, se eu (assim como fez Descartes) perceber que os sentidos podem me enganar, então todo o meu conhecimento de mundo é uma enganação.
René Descartes e o Racionalismo
Pode parecer estranho um único argumento ser tão importante assim. Mas, é sobre essa certeza que Descartes, ao longo de suas Meditações, constrói seu raciocínio. Ele é o alicerce do Racionalismo Cartesiano.
Bom, se considerarmos que os sentidos nos enganam daí para você chegar a uma conclusão verdadeira é preciso algo a mais que os sentidos. O Racionalismo Cartesiano é justamente esse processo que você acompanhou até agora. Isto é, por meio da razão a gente criou toda uma Lógica para elucidação de um problema sem contar com nossos sentidos, mas nos apoiando na Razão.
Racionalismo é, então, a corrente filosófica que se apoia na razão em detrimento dos sentidos na busca pela verdade. Assim sendo, a razão é a fonte de todo do conhecimento verdadeiro e autônomo aos sentidos.
Por fim, René Descartes foi um filósofo que pregava a autonomia do sujeito, como era comum em sua época. A partir do pensamento dedutivo, ele conseguiu provar a nossa existência. Depois disso, todo o mundo quer dizer, todo o pensamento foi influenciado por suas ideias. O Iluminismo, principal corrente filosófica do século XVIII, foi fortemente influenciado por Descartes.
Francis Bacon e o empirismo inglês
Conhecimento é poder! Essa é a máxima de um sujeito chamado Francis Bacon. Ele possuía uma acuidade com a Filosofia que transformou o mundo a sua volta. Por isso, é frequentemente chamado de pai do empirismo britânico.
Método Científico
Talvez a maior contribuição de Bacon para posteridade foi a elaboração de um método científico. O pensador defendia que a Filosofia avançava por meio da formulação de leis de generalidade crescente. Ou seja, para conhecer o mundo devemos observá-lo e, a partir disso, criar regras universais para seu entendimento.
Segundo o filosofo, nós somos capazes de observar o mundo de duas maneiras. A primeira é pela antecipação, ou seja, sem a necessidade de experimentos, fazendo com que não se exija amostras práticas para que o conhecimento seja verdadeiro. A segunda maneira se dá pela observação e interpretação, ou seja, utilizando um método para realizar experiências. Assim, podemos observar o mundo em busca de verdades gerais.
Para Bacon, o conhecimento válido é aquele que pode ser repetido. Desta forma, o filosofo aplica o que chamamos de método indutivo. É possível traçar as origens desse método até a Grécia Antiga, num momento próximo ao surgimento da Filosofia. O grande Aristóteles já fazia uso da indução quando falava sobre sua Filosofia Primeira.
Ciência como guia
Francis Bacon acreditava no papel transformador das ciências nas vidas das pessoas. O inglês desejava algo o mais do que o estudo meramente teórico do mundo. Ele buscava uma abordagem prática para os problemas cotidianos que o cercavam, corroborando com a luta pelo fim da superstição da época.

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